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EDIÇÃO DE LANÇAMENTO

i r r e s i s t í v e l Editora AÇÃO edição 1 - ano 1 - nº 1 março de 2010



sumário

EXPEDIENTE projeto gráfico e diagramação: Túlio Figueiredo Prata coordenação e supervisão técnica: Rangel Sales tiragem: exemplar único

16 Portfólio da Mexicana Anita Mejía

4

6

14

Letra das ruas

BENICIO

Pôsteres

4 tipografia 6 ilustração 8 eco design 10 design 12 tecnologia 14 pôsteres 16 portfólio 20 processo de impressão

Poloneses

bubble gum

3


tipografia

Letra das ruas

4

Com a popularização da informática, e por

O projeto Tipografia Artesanal Urbana tem

consequência dos recursos de impressão que esta ofe-

como objetivo a produção de fontes digitais que tragam

rece, é cada vez mais raro nos depararmos com letras

em si características encontradas nessa grande obra cole-

confeccionadas de forma artesanal quando andamos

tiva. O cenário escolhido para a pesquisa de referências

pela cidade. Esses trabalhos constituem, porém, uma

foram bairros distantes de áreas nobres, onde esse tipo

importante fonte para quem busca soluções distantes

de trabalho tem forte presença no ambiente urbano,

do convencional no campo da tipografia.

qualidade improvável nas partes da cidade que desejam

tornar-se shopping centers.

Foi nessa situação que Vinicius Guimarães,

formado em Desenho Industrial / Programação Visual

pela UFRJ, viu em seu projeto de graduação a opor-

São Gonçalo e Niterói, região metropolitana do estado

tunidade de estudar e divulgar um aspecto de sua ci-

do Rio de Janeiro. Foi feito um levantamento fotográfi-

dade: a grande presença de letras feitas artesanalmente

co em uma das vias principais que liga as duas cidades.

no ambiente urbano

Foram definidos como limites desta área o Clube Es-

bubble gum

A área pesquisada pertence aos municípios de


Projeto Tipografia Artesanal Urbana vai buscar inspiração nas ruas de São Gonçalo e Niterói.

portivo Mauá, no centro de São Gonçalo (Rodo), e a escola de samba Viradouro, às margens da BR 101. As duas instituições têm como hábito divulgar eventos e atividades em suas fachadas, através de grandes anúncios feitos artesanalmente onde a tipografia é explorada de diversas formas.

Se uma tipografia é reflexo do meio onde é

produzida, as letras encontradas são mais um traço que compõe a muitas vezes rejeitada cultura suburbana lá existente, somando-se às cores fortes, ao samba e funk carioca, ao jeito cordial e extrovertido de ser, além de diversos outros elementos que a compõem.

Cabeça - Aa Bb Cc Dd Contexto - Ee Ff Gg Hh filezin - Ii Jj Kk Ll X-T UDO - M N O P O resultado obtido foram

estas quatro fontes: Cabeça, Contexto, Filezin e X-Tudo

(Símbolos) e que podem ser baixadas no viniguimaraes.com

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ilustração

BENICIO de reproduções de alguns de seus mais famosos trabalhos,

O maior ilustrador de cartazes da história do cinema brasileiro

o jornalista Gonçalo Junior fala não só sobre o artista,

Entre as décadas de 60 e 80, suas garotas es-

mas também sobre os mercados publicitário, editorial e cinematográfico, pelos quais Benicio trafegou, sempre com um traço ao mesmo tempo elegante e sensual. Nascido em Rio Pardo (RS), em 14 de de-

tavam por todo lado: em capas de livros, em revistas e,

zembro de 1936, José Luiz Benicio da Fonseca mostrou

principalmente, em cartazes de cinema. Se você viveu

desenvoltura para o desenho desde muito novo (alguns

aquelas décadas, não tem como escapar: seus olhos já

esboços da época de menino aparecem no livro). Além

admiraram a beleza das ilustrações de Benicio. Em 2006,

do desenho, Benicio também era apaixonado pelo piano

ano em que completou 70 anos, Benicio (sem acento

e tentou seguir carreira como músico. Na juventude,

mesmo) ganhou biografia que revê sua vida e obra. Em

sua jornada de trabalho se alternava entre agências de

Benicio – Um Perfil do Mestre das Pin-Ups e dos Carta-

publicidade e rádios de Porto Alegre. Foi para apri-

zes de Cinema, ao longo de mais de 200 páginas, repletas

morar sua habilidade no instrumento que decidiu se mudar para o Rio de Janeiro - desenhar era a maneira para bancar os estudos musicais.

Mas quis o destino que o mundo perdesse um

pianista promissor e ganhasse um dos maiores artistas gráficos do Brasil. Ao longo da carreira, Benicio trabalhou em consagradas agências de publicidade, como a Artplan, Denison e McCann, e fez campanhas para marcas como Coca-Cola, Banco do Brasil, Esso, entre outras. Passou também por diversas editoras, como a Rio Gráfica Editora (RGE) e Monterrey. Publicações sobre cinema, rádio e revistas femininas ganharam capas ou ilustrações do artista. As belas e sensuais Giselle e Brigitte Monfort, espiãs protagonistas de séries em livros de bolso, também surgiram de seu pincel. Porém, foi fazendo pôsteres para cinema que Benicio deixou sua maior marca na memória popular. Gonçalo Junior conseguiu contar 178 dessas produções, mas segundo o próprio desenhista, foram entre 300 e 350 trabalhos feitos para a sétima arte.

Entre essas centenas de cartazes, os mais me-

moráveis são aqueles das pornochanchadas, as comédias eróticas tão populares no Brasil entre 1960 e 1980. É

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conversas telefônicas. “Só no primeiro mês de pesquisa trocamos mais de 500 e-mails”, lembra. “Para minha sorte, as pessoas à sua volta têm muito material dele. Sua esposa é uma verdadeira tiete e coleciona as coisas produzidas pelo marido”. Entre os fãs mais ardorosos, conta o jornalista, alguns encomendam obras exclusivas do ilustrador, como retratos de grandes figuras femininas da história do cinema. “Benício é uma pessoa simples, tímida e, como os artistas genuínos, se interessa mais em mostrar sua arte do que sua pessoa”, elogia.

José Luiz Benicio ainda mora no Rio de Janei-

ro. Apesar de aposentado pelo INSS, ele está em plena atividade como ilustrador. dele, por exemplo, a arte de Histórias que Nossas Babás Não Contavam, O Bem Dotado Homem de Itu e A

Por Pedro Brandt

Superfêmea. Não raras vezes, os cartazes eram melhores que os próprios filmes. Não que as produções fossem necessariamente ruins, mas suas protagonistas eram sempre mais belas no desenho de Benicio.

Com um traço ultra-realista e rico em deta-

lhes, Benicio colocava naqueles pôsteres cenas-chave de cada filme, algo como um trailer desenhado. Além das pornochanchadas, filmes do grupo humorístico Os Trapalhões também foram agraciados com cartazes de Benício (ele os produziu até meados dos anos 90). Filmes considerados mais sérios, como Independência ou Morte e Dona Flor e Seus Dois Maridos também levaram a assinatura do mestre.

Para Gonçalo Junior, Benicio é um patrimônio

do cinema nacional. “Seus desenhos causavam muito impacto no público com aquelas mulheres perfeitas, difíceis de se encontrar ao vivo”, diz. O jornalista levou um ano entre pesquisas e a produção do livro. O primeiro contato aconteceu via e-mail, e depois seguiram-se diversas

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eco design

Bloco de porcelana

A Yoyo Ceramics criou

um bloco de notas diferente de qualquer outro. Na verdade, tratase de uma peça em cerâmica com a superfície esmaltada, onde se pode escrever como num quadro branco. Depois é só apagar com um paninho. Simpático, divertido e ecologicamente correto, ele imita até o espiral que serve como porta-caneta. O “Ceramic Notepad” mede 15cm x 21 cm x 1,5 cm e custa 20 libras.

Cabides engarrafados

A ideia do “Rethink Han-

ger” é no mínimo curiosa: ganchos que se transformam em cabides após a conexão de duas garrafas plásticas. É isto mesmo! Dependendo do tamanho da roupa, é só rosquear garrafinhas de água mineral, chá, refrigerante, etc. Uma interessante maneira de reutilizar garrafas, além de economizar espaço na bagagem durante viagens. O cabide “ Rethink Hanger” é encontrado nas cores verde e amarela e cada um custa 7,99 dólares.

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Lixeiras praianas

Praias, ruas e qualquer lugar sujo, não fica

assim à toa. A culpa é de quem não respeita o próximo e joga lixo em qualquer canto. Mudar estes hábitos é extremamente difícil, mas não custa tentar. Achei este conceito de lixeiras de praia extremamente interessantes, embora saiba que aqui no Brasil, infelizmente, elas seriam roubadas sem dó. Como a ideia do blog é colocar o que é legal, vamos deixar porcalhões e malandros pra lá.

A criação dos designers Ji-in Byun, Cho

Jung Seok e Oh Seul Ki se chama “Dustbin 4 Beach”. Feitas para serem espalhadas pelo litoral, têm formato extremamente prático, já que a ponta em forma de pá entra facilmente na areia e garante sua estabilidade. Na parte de trás uma fenda permite ajudar com o pé na fixação e alguns ganchos internos seguram os sacos de lixo.Aparentemente cada cor é indicada para um tipo de lixo, garantindo a coleta seletiva e a separação de lixo orgânico do que pode ser reciclado. Uma ideia sim-

ples, de fácil utilização e que poderia ajudar bastante a manter as areias das praias limpinhas. Pena que, como eu disse antes, enquanto as pessoas não se conscientizarem e aprenderem um pouquinho de educação, não adianta nada ter lixeiras. Por André Montejorge bemlegaus.com

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design

web designer?

Tudo o que as escolas deveriam ensinar, mas que a gente acaba tendo que aprender na base da tentativa e erro.

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Desde que o orkut surgiu, aqueles que traba-

Aprender teoria das cores, usabilidade e tipografia

lham na área de web design encontram nas comunidades

relacionadas um lugar para tirar dúvidas, trocar experiên-

seus sites vão ser visualmente agradáveis, a navegação

cias e divulgar seus trabalhos. A mesma coisa aconteceu

será mais fácil para o usuário e a leitura dos textos não

com quem ainda não está na profissão, mas pretende.

ficará cansativa.

Cuidar da acessibilidade

Mas no meio de tanta gente, podemos perceber

O básico do básico. Assim você garante que

o despreparo da grande maioria. Muitos cursos de web

design hoje em dia ensinam as ferramentas, mas não ensi-

putador ao seu site, e sim o contrário. Portanto, esqueça

nam conceitos fundamentais; aí surgem as dúvidas, muitas

o “este site é melhor visualizado em 800x600” e prepare

vezes bobas aos olhos de quem já está na profissão.

seus sites para todos os tipos de usuários, resoluções,

navegadores e, de preferência, dispositivos possíveis.

A maior dificuldade que eu tenho percebido é

Não é o usuário que tem que adaptar seu com-

na hora de começar a carreira. Como publicar seu primeiro

Estudar, estudar, estudar

site, montar um portfólio, saber quanto cobrar... Tudo o

que as escolas deveriam ensinar, mas que a gente acaba

curso de web design que está livre da aprendizagem. A

tendo que aprender na base da tentativa e erro.

web é uma área em constante mudança, por isso procure

Por isso, resolvi escrever essa série de artigos,

conhecer todas as novas tecnologias, ferramentas e con-

baseados nas minhas experiências pessoais e nas opiniões

ceitos que surgem a cada dia. Não se aprofunde somente

de profissionais da área.

nas que você mais gosta: procure ter uma noção geral

Aprender HTML e CSS

de cada uma delas, porque nunca se sabe quando pode

surgir um trabalho que precise justamente daquilo que

Seus sites vão ficar mais leves, sem os códigos

Não é porque você concluiu aquele super

desnecessários dos editores. Além disso, você terá muito

você não domina.

mais facilidade para programar dominando as tags do

HTML, e será muito mais fácil entender como funcionam

seu alcance. Pra começar, use o Google, o melhor lugar

as novas tecnologias, como XHTML e XML.

para encontrar dicas e tutoriais. Apenas lembre-se de

Investir num domínio próprio e numa hospeda-

que aprendendo inglês, suas chances de encontrar o

gem paga

que procura são infinitamente melhores.

Montando seu portfólio

Além de evitar propagandas desagradáveis, que

Todo esse conhecimento está cada vez ao

tiram seu layout do lugar e podem até trazer spywares para

o computador do usuário, os hosts pagos oferecem muito

imaginação, e principalmente a primeira impressão sobre

mais ferramentas para melhorar seu site. Além disso, um

seu profissionalismo. Por isso, você precisa tomar muito

domínio próprio mostra muito mais profissionalismo (ver

cuidado com os pequenos detalhes, pra não manchar a

mais no tópico sobre portfólio).

sua imagem logo de cara.

bubble gum

Seu portfólio é uma vitrine da sua capacidade e


Se você quer mesmo investir na carreira, consi-

quiser saber das suas habilidades, saberá onde encontrá-

dere mesmo a possibilidade de adquirir um domínio .com.

las). Mas não se esqueça que Windows, Office e Internet

br, .com ou .net, além de um bom plano de hospedagem.

você tem obrigação de saber, não é mérito nenhum.

Endereços como o .cjb.net mostram falta de profissio-

nalismo - “se este trabalho não vale o investimento de

bate, a gente tem vontade de sair fazendo sites de graça,

um endereço pago, por que devo contratá-lo?”. Além do

só pra exercitar e ter o que mostrar, não é mesmo? Não,

mais, hosts gratuitos ficam fora do ar muito mais tempo

não é. Aceitar um site por um preço muito abaixo do

do que deveriam - e se o seu portfólio não abrir, existem

mercado é errado - muitos novatos têm feito isso sem

outros na fila esperando pelo seu lugar.

se preocupar com as conseqüências que isso traz para a

Cuidado com o português.

nossa carreira. Se você quer um cliente e ele não pode te

Chega a ser desnecessário dizer isso, mas revise

pagar, faça uma permuta: você monta um site e ele te dá

seu texto, peça para um amigo ler e procurar pelos erros

cinco aulas na auto-escola, quatro jantares no restaurante

que você possa ter deixado passar, ou mesmo use o Word

ou o que puder oferecer. É muito mais ético e vantajoso

para corrigir a grafia das palavras. Nada, nada queima mais

pros dois lados.

o seu filme do que um erro grave.

Nem pense em começar sem nenhum trabalho

fins lucrativos que adorariam contar com um voluntário

pra mostrar.

para criar seu site. Procure a instituição mais perto de você

e ofereça seu trabalho - se for para trabalhar de graça, que

Vá para o computador e crie um site sobre

E quando o desespero por falta de trabalho

Em contra-partida, existem instituições sem

algum assunto que você gosta - exercite toda a sua capaci-

seja por uma causa nobre.

dade, abuse das novas ferramentas, teste novos conceitos.

É o momento em que você está livre, sem depender da

as resoluções de tela, como eu disse anteriormente, imagine

opinião de quem está te pagando pra trabalhar, e mostran-

seu portfólio! Um “escolha aqui a sua resolução” logo na

do tudo o que você é capaz de fazer. Nada mais amador

cara do site mostra que você não tem nenhuma flexibi-

do que encontrar num portfólio uma mensagem “em

lidade; algumas pessoas nem mesmo sabem o que isso

breve meus trabalhos”.

significa! É você que tem que se adaptar ao computador do

usuário, e não o contrário. O mesmo vale para quantidade

E se você ainda não tem muito trabalho para

Se todos os seus sites devem funcionar em todas

mostrar, nem pense em fazer volume enchendo seu site

de cores na tela, navegador ou sistema operacional.

de textos. Ninguém tem paciência para ler, e o cliente não

está preocupado com a sua metodologia de trabalho ou

acha que se 95% das pessoas que acessam um site usam

com aquele trecho da sua apostila do cursinho que diz que

Internet Explorer, é pra essa maioria que o site deve

“a Internet é um mercado em expansão bla bla bla”. E

funcionar. Isso é um grande erro – e se no meio dos

nunca, jamais, sob hipótese alguma diga que seu preço é

outros 5% estiver justamente aquela pessoa que entra

mais baixo, por qualquer razão que passe pela sua cabeça.

no seu portfólio querendo te contratar? Se o seu site não

Isso soa “estou desesperado por isso topo tudo”.

funcionar, você perdeu a chance. Por isso, teste todos os

Se você quiser listar suas habilidades nos pro-

seus sites pelo menos nos navegadores mais conhecidos,

gramas e recursos da área, monte um mini currículo.

em várias resoluções, sistemas operacionais e processa-

Assim, essa informação será direcionada a um possível

dores diferentes. Evite surpresas desagradáveis.

contratador, enquanto o usuário comum e cliente em

Quando se fala de navegador, muita gente

Por Erika Sarti

potencial não recebe informações desnecessárias (se ele

bubble gum

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tecnologia

Photoshop completa 20 anos

Conheça a história de um dos softwares mais famosos da história. scanner. O próprio scanner digital era uma curiosidade

Completou dia 10 de fevereiro de 2010, 20

rara em 1990. Mas as funções de retoque de imagem do

anos de sucesso ininterrupto. É, estamos falando do

primeiro e humilde Photoshop já eram poderosas e fas-

Photoshop, e não é preciso explicar em minúcias o que

cinantes - um vislumbre de infinito potencial artístico.

ele é, pois ele está envolvido em todo tipo de produção

visual impressa, em vídeo ou na internet. O Photoshop

adição de recursos de design, composição e automação.

está sempre presente como caixa de ferramentas virtual

Uma vantagem importante desde o início foi a possibi-

para o designer, artista, fotógrafo, ilustrador

lidade de acrescentar funções novas através de plug-ins;

foi daí, aliás, que surgiu a ideia de extensões que temos

O Photoshop surgiu comercialmente como

um software de retoque para fotografias digitalizadas em

12

bubble gum

O talento do programa consolidou-se com a

hoje em navegadores da web.


Os primeiros filtros e funções de edição do

depois, porém, os irmãos fecharam um acordo com a

Photoshop continuam disponíveis na versão mais atual,

Adobe, empresa que fizera fama e fortuna com o sistema

mas raramente encontram aplicação, pois foram suplanta-

PostScript de impressão computadorizada. A Adobe

dos por outros mais modernos e eficazes. A acumulação

acolheu o produto, sem adquiri-lo completamente, pa-

de funções ao longo de duas décadas explica porque

gando royalties aos irmãos. O Photoshop da Adobe foi

partes do programa são arcaicas e obscuras enquanto

oficialmente lançado, após dez meses de desenvolvimen-

outras parecem transplantadas de algum outro lugar.

to adicional, em 10 de fevereiro de 1990, somente para

A história do software

Apple Macintosh.

O Adobe Photoshop começou como projeto

A Adobe plantou o Photoshop no mercado

diletante de um par de irmãos norte-americanos, fãs de

sem pretensões exageradas, com uma confiança tranquila

fotografia por influência paterna. John Knoll era então, e

de que ele poderia dar frutos mais adiante. E efetiva-

ainda é hoje, um supervisor de efeitos visuais para cinema

mente, o Photoshop estabeleceu-se como líder absoluto

da Industrial Light & Magic, a empresa pioneira fundada

em seu segmento, obliterando muitos concorrentes que

por George Lucas. Em 1987, ele estava investigando a pos-

surgiram e cujos nomes hoje estão esquecidos. Alguns

sibilidade de usar sistemas computadorizados para gerar e

deles, como Altamira Composer e Macromedia XRes,

manipular imagens de efeitos visuais para filmes. Além da

chegaram a ser mais avançados que o Photoshop em sua

computação gráfica em 3D, ele esperava também poder

época, mas não resistiram à concorrência.

fazer retoques localizados e alterações tonais - um campo

então pouco explorado da manipulação visual. Fotografia

fissionais de imagem digital, bem como as infinitas ra-

e design nem passavam por sua cabeça, inicialmente.

mificações desse sucesso em toda a indústria criativa

Thomas Knoll cursava Engenharia na Uni-

do mundo, deve muito ao desenvolvimento inicial do

versidade de Michigan. Estava criando num Mac Plus

Photoshop no Mac. Mas na versão 2.0 o Photoshop tam-

um software de processamento de imagem para sua tese

bém foi lançado para Windows. A partir daí, as edições

de doutorado. O nome do programinha era Display,

do programa sempre tiveram paridade de funções.

porque sua função original era simular tons de cinza na

tela do Mac, que só suportava pixels totalmente brancos

exemplo de outros programas como Microsoft Windows

ou pretos. John viu um potencial comercial no Display e

e CorelDRAW, é um dos softwares mais pirateados por

incentivou o irmão a colocar mais funções no programa.

usuários individuais. Apesar das implicações polêmi-

Thomas trancou a faculdade e mergulhou no projeto

cas, é inegável que a difusão ilegal do programa ajuda a

junto com o irmão.

mantê-lo forte na consciência das pessoas. Os programas

A primeira versão preliminar do aplicativo com

de visualização de imagem que vêm nos computadores

uma aparência mais acabada, chamada ImagePro, rodou

permitem uma edição elementar, e também existem so-

em setembro de 1988. Nessa altura, o software já era

luções gratuitas baseadas na Internet, sem necessidade

mais avançado que tudo que existia então no mercado.

de instalar nada. Mas o poder ilimitado do Photoshop

John foi procurar alguma empresa de software do Vale

prova-se, geração após geração de usuários, irresistível.

O sucesso da Apple e da Adobe entre pro-

O Photoshop caiu na boca do povo porque, a

do Silício para fazer a comercialização.

O programa, renomeado para PhotoShop

Por Mario Amaya

(inicialmente com S maiúsculo), foi distribuído por um fabricante de scanners chamado Barneyscan. Logo

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pôsteres

Pôsteres Poloneses

A antiga forma de divulgação acabou, mas o costume continua com vendas em galerias on-line

Na década de 50, a distribuição de filmes na

Hoje a maioria dos filmes é lançada com os

Polônia era feita por uma companhia estatal, que não

mesmos cartazes americanos e poucos designers conti-

visava lucro como as distribuidoras normais de cinema.

nuam nessa área. Esses artistas agora criam series limi-

Com isso, não foi problema adaptar a divulgação a esté-

tadas de 300 a 500 cópias de seus trabalhos inspirados

tica local de cartazes. Sem a preocupação com aspectos

em filmes e os vende em galerias, não mais como uma

comerciais, os artistas produziram trabalhos brilhantes e

forma de divulgação e sim como obras de arte.

muitas vezes sem apelo comercial por um grande período,

A Escola Polonesa de Pôster

criando verdadeiras obras de arte.

Em 1990, com o fim do monopólio estatal, em-

Polônia não foi a toa. Mesmo antes dos pôsteres para filmes,

presas como Warner e Paramount passaram a ter controle

o país já tinha tradição na criação de cartazes com caracte-

da divulgação. Com a liberdade, veio também a necessida-

rísticas artísticas. O nascimento do poster artístico polonês

de de garantir boas bilheterias com cartazes mais óbvios.

tem início em 1899 com Stanislaw Wyspianski que produziu

Assim, morria a tradição dos pôsteres poloneses.

a obra Interior para a peça teatral de Maurycy Maeterlinck.

Winchester 73 (1958)

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King Kong (1978)

A decisão de adaptar a divulgação dos filmes na

E.T. (1984)


Para esse tipo específico de trabalho de arte,

foi criada a expressão Escola Polonesa de Poster. Entre as características específicas desse movimento estão: sugestão, abreviações, associação de ideias, metaforismo, alusões e sub-textos e referências aos instintos primordiais de erotismo, medo e maternidade.

Outra característica é que a linguagem plástica

desses pôsteres é intrigante e às vezes pouco compreensível sem um adequado conhecimento da realidade em que foram criados e de suas analogias históricas. Por Fatima Prado

Gremlins (1985)

Laranja Mecânica (2007)

Pulp Fiction (2008)

Um Estranho no Ninho (2009)

Kill Bill (2010)

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portf贸lio

Anita Mej铆a 16

revista XYZ


Também conhecida como Chocolatita ela é ilustradora de 25 anos, mexicana que mora em Ensenada, Baja California, Mexico. Faz ilustrações para revistas e livros. O estilo dela é composto por cores bem vivas e imagens de menininhas em situações diversas, com um toque surreal.

revista XYZ

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portfólio

Elend

Feita com tinta nanquim, photoshop

e texturas fotográficas essa ilustração pessoal se chama Elend (palavra alemã que significa miséria). Anita não quis falar sobre o conceito e preferiu deixar em aberto a interpretação, dizendo apenas que é a ilustração mais pessoal e com mais paixão que tenha feito.

Convite de Casamento

Requisitos que pediram: Com entardecer, e sobre as cores: Alaranjados, vermelhos e verdes.

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Oh Sailor

Ilustração experimental com fotos, pho-

toshop, texturas de aquarela, etc. A ilustração partiu de um esboço inspirado em uma parte de um conto que Anita escreveu.

El Sol

Esta ilustração foi feita para uma exposição de

cartas de tarô. Anita se sentiu tocada pela carta “o Sol”, que trata sobre a alegria, o sucesso (grandes e pequenos), o amor do casal, a família e as coisas boas.

esta é Anita!

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processos de impressão

O que é uma impressão offset? Entenda como funciona o processo mais utilizado na indústria gráfica atualmente.

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bubble gum


O offset é um dos processos de impressão

sobrava era a tinta grudada na gordura que tinha a forma

mais utilizados desde a segunda metade do século

desejada. Em seguida, era só pressionar o papel contra a

XX. Ele garante boa qualidade para médias e gran-

pedra que a tinta imprimia no papel. Anos mais tarde, a

des tiragens, além de imprimir em praticamente todos

litografia passou a ser em metal, podendo ter uma forma

os tipos de papéis além de alguns tipos de plástico

cilíndrica e tornando o processo rotativo, dando origem

(especialmente o poliestireno).

à litografia industrial.

O que é uma impressão offset?

A expressão “offset” vêm de “offset lito-

matriz e o suporte (a mídia no qual a informação era im-

graphy” (literalmente, litografia fora-do-lugar), fa-

pressa, o papel por exemplo), surgiu o offset. A litografia

zendo menção à impressão indireta (na litografia,

é utilizada hoje para fins artísticos.

a impressão era direta, com o papel tendo contato

direto com a matriz).

quanto a offset? Não sairia mais barato?”. Tecnicamente,

O offset é um dos processos de impressão

não. A inclusão da blanqueta no processo offset evita os

mais utilizados e é ideal para grandes quantidades de

borrões e excesso de tinta que um sistema de impressão

impressos pois o papel corre pela máquina, e não precisa

direto cilíndrico (como a litografia cilíndrica) pode dar. A

de nenhuma intervenção humana enquanto o processo

blanquenta ao encostar na chapa absorve a tinta melhor, e

é feito. Mas não pense que o humano não têm utili-

permite que nem toda a tinta seja transferida ao papel.

dade nessa hora. Pelo contrário, a máquina precisa de

vários ajustes durante a impressão, seja na quantidade

em excesso pode enrugar a folha ou até mesmo atravessar

de tinta e água ou seja na hora em que um impresso

a folha. Além do mais, o atrito entre a borracha e o papel

for ter mais de uma cor.

é melhor do que entre o metal e o papel. Tente passar

“E como um impresso por offset pode ter mais

um objeto metálico por cima do papel; viu como ele

de uma cor, se no cilindro apenas vai uma?”. Oras, caro

desliza facilmente? Já a borracha, não. Ou seja, o papel

leitor, isso é simples: como os impressos são geralmente

está mais propenso a borrar quando impresso direto da

feitos com o sistema CMYK (ou “Europa”) de cores,

chapa do que quando impresso pela blanqueta.

cada cor é impresso separadamente. Utilizando-se das

Como o offset funciona?

retículas, todas as cores são impressas separadamente e

mais tarde nossos olhos é que vão ver a cor planejada.

seja, a imagem não é impressa direta no material (nes-

O que é litografia?

te artigo, vou usar o papel como exemplo). Isto acon-

Desenvolvido em fins do século XVII, foi

tece pois a superfície da chapa onde está a imagem é

muito utilizada no século seguinte na Europa, especial-

lisa e teria pouca fricção com o material – o que iria

mente para impressão de partituras musicais, gravuras e

deixar tudo borrado.

até mesmo livros e revistas. Quando criada, a litografia

Primeiro: pega-se uma chapa metálica que é pre-

se utilizava de uma matriz de pedra polida pressionada

parada para se tornar foto-sensível. A área que

contra o papel, com os elementos para reprodução re-

é protegida da luz acaba atraindo gordura – nes-

gistrados na pedra por substâncias gordurosas.

te caso, a tinta – enquanto o restante atrai apenas

água – que não chega no papel.

Quando umedecida com tinta, a gordura que

Quando a blanqueta foi introduzida entre a

“Mas por que a litografia não é tão usada

Se o papel for muito fino, por exemplo, a tinta

O offset faz uma impressão indireta: ou

tinha na figura absorvia a tinta. Em seguida, a pedra era

Segundo: a chapa é presa em um cilindro. Esse cilindro

“lavada” com água para tirar a tinta desnecessária. O que

vai rolar por um outro menor que contem a tinta – que

bubble gum

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processos de impressão pode ser da cor ciana, magenta, amarela ou pre-

Quais são os tipos de impressoras?

ta. A tinta vai “colar” na imagem, enquanto o

restante fica em “branco”.

ser planas ou rotativas. Isso quer dizer que pode utilizar

Terceiro: um cilindro com uma blanqueta de borracha

folhas soltas (planas) ou bobinas de papel (rotativas). O

rola em cima do primeiro cilindro (com a chapa já pin-

sistema de bobinas, por exemplo, é utilizado na indústria

tada). A blanqueta vai absorver melhor a tinta além de

da produção de jornais por ser muito mais rápido – em

proporcionar uma melhor fricção ao papel. Agora, a

média 30.000 cópias por hora – porém a qualidade é

imagem está impressa na blanqueta.

menor que nas impressoras offset planas, que por sua

Quarto: o papel passa entre o cilindro com a blanqueta e

vez são mais usados para imprimir cartazes, livros, fo-

um outro cilindro que vai fazer pressão. Assim a imagem

lhetos, folders, etc. Existem também impressoras rota-

é transferida da blanqueta para o papel.

tivas de alta qualidade, disponíveis apenas em gráficas

muito grandes e usada principalmente para impressão de

Ou seja, a chapa imprime na blanqueta que

Na impressão offset, as impressoras podem

imprime no papel.

revistas de alta tiragem.

Como a chapa é produzida?

Na imagem abaixo você pode notar que

existem as quatro cores básicas, que juntas podem formar qualquer cor. Quando uma gráfica não precisa utilizar todas as cores (em impressões monocromáticas, bicromáticas ou tricromáticas) a “torre” onde cada cor fica é removida.

As chapas podem ser produzidas por foto-

gravura com a utilização de fotolitos ou por gravação digital. Na produção por fotogravura, a chapa de alumínio virgem é colocado na gravadora, ou prensa de contato sob o fotolito. O fotolito é como se fosse uma transparência positiva de uma das quatro cores (CMYK).

O fotolito, aderido a chapa por vácuo, é ex-

posto a luz por algum tempo. A luz possibilita que as imagens do fotolito sejam impressas na chapa – essa etapa chama-se gravação ou sensibilização. Nesta etapa, a luz “amolece” a emulsão na chapa. Tudo que foi exposto à luz, irá passar a atrair a umidade, enquanto a área que não foi exposta “endurece” e passa a atrair gordura (neste caso, a tinta). Em seguida, a chapa é lavada com químicos específicos que irão reagir com as áreas expostas à luz tanto quanto com as áreas não expostas, etapa que leva o nome de revelação.

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bubble gum

Por Canha


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