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Ano 1 • Março 2010 • #01
Bumerangue •Tipografia Distribuição Gratuita editora 1
Bumerangue •Tipografia 2
Tipografia Retratos tipográficos.
Ilustração
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A ilustração característica de Jon Burgerman.
Arte Urbana
A genialidade política e rebelde de Banksy.
Design O resgate da moda vintage.
Fotografia Lomografia: também um estilo de vida.
Pôsteres O forte apelo artístico dos pôsteres de shows.
Portifólio Conheça o trabalho de Aline Ribeiro.
Processos de Impressão Serigrafia.
Revista Bumerangue #01 Março 2010 Distribuição Gratuita Projeto Gráfico e Diagramação • Aline Ribeiro aline.nrl@gmail.com Coordenação e Supervisão Técnica • Rangel Sales www.rangelsales.com.br Tiragem • uma cópia Papel • couché fosco (capa) 200 g/m² / couché fosco 150 g/m² (miolo) Empresa responsável pela impressão • Áster Graf - Gráfica Expressa
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Ao estudarmos design gráfico aprendemos que uma composição tipográfica deve ser especialmente legível e visualmente envolvente, sem desconsiderar o contexto em que é lido e os objetivos da sua publicação.
Mas os designers também sabem que, dependendo do projeto e do cliente, esses objetivos formais podem extrapolar a funcionalidade do texto; portanto questões como legibilidade, nesses casos, podem acabar sendo relativas.
Enquadrados nisso, existem trabalhos que se utilizam de fontes para compor retratos de pessoas famosas e anônimas, resultando criatividade e planejamento visual.
Bumerangue •Tipografia 4
O que associa a
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Alex Turner,
vocalista dos “The Arctic
Monkeys”? E se pegasse nas palavras que lhe viessem à cabeça e construísse o rosto do músico com elas? Trata-se disso mesmo: de um retrato tipografado, resultando numa imagem em preto e branco onde sobressaem as palavras myspace, favourite worst nightmare, Sheffield, file sharing, indie, social realism e, claro está, a frase “Whatever people say I am, that is what I am not”. A 1
imagem pertence a Georgie Whitelock.
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Tem até os
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Them Crooked Vultures,
banda que sur-
preendeu ano passado com o álbum de estreia homônimo. 3
E há mais: a profundidade do senhor da Apple, Steve Jobs, que surpreende. A biografia de
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Michael Jackson escrita so-
bre a sua fotografia quando era criança também merece atenção. No fundo, é a atualidade e a cultura popular representada em rostos construídos a partir de palavras, com destaque para o que se passou. Não sabemos se será uma tendência crescente, mas a verdade é que há uma grande quantidade deste tipo imagens nos mais variados sites de design. Uns banais, mas outros com bastante originalidade e potencial para trazer algo de novo. •
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Bumerangue •Tipografia 5
Jon Burgerman é um ilustrador com um estilo bem característico. Suas ilustrações extra coloridas e emaranhadas resultam sempre em obras de encher os olhos. Burgerman tem um estilo muito próprio, facilmente indentificável: cute, bizarro, surreal e ocasionalmente caótico — onde estão presentes um conjunto de fantásticas e estranhas criaturas, e divertidos e coloridos personagens que aparecem onde você menos espera. A seguir, um papo relâmpago no qual ele responde a sete perguntas, de forma bem humorada.
Bumerangue•Ilustração 6
Com vocês, Jon Burgerman, ilustrador e artista.
Um objeto: Qualquer objeto? Uma colher. Boa para comer e para
Eu por eu mesmo:
bater delicadamente nas cabeças das toupeiras.
Olá, pessoal! Meu nome é Jon e sou artista. Apesar de não ser uma toupeira, tenho barba. Eu desenho, pinto
Arte é:
e não sei jogar boliche. Mesmo tendo trabalhado para
A coisa mais sem sentido e mais importante do mundo.
grandes gravadoras, nunca gravei um disco. Também nunca fui picado por abelhas. Já expus meus trabalhos
Se eu pudesse, eu inventaria:
em diversos lugares, entre eles Austrália e China. Gosto
Uma fonte de energia não poluente. Ou um robô que
de ingerir carboidratos, ouvir trilhas sonoras de games
pudesse voar e destruir coisas.
antigos e não sou chegado a levantar pesos, subir ladeiras e não gosto de times que vestem vermelho.
Quando criança, eu queria ser:
“Um dia, quando eu me aposentar, quero dormir
Jogador de futebol, caçador de fantasmas ou artista.
até meio dia, a não ser, claro, se tiver de fazer xixi.” Quando isso acontecer, vou me levantar e depois voltar
Três coisas aleatórias sobre mim:
para cama e entrar de novo debaixo das cobertas frias.
Gostaria de ser um gato para poder dormir o dia todo. Sou vegetariano, o que significa que não como
Esta palavra me define:
nenhuma criatura viva. Minha cor favorita é o preto,
Confuso.
exatamente como meu coração.
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Visite : • www.jonburgerman.com
Violão Ibanez customizado por Jon.
Livro Pens are my friends e The Heroes of Burgertown, toys de vinil criados por Burgerman.
Bumerangue •Ilustração 7
É fatal que o homem conhecido como Banksy seja o maior artista de rua dos nossos tempos. O alcance global do conteúdo de suas obras, aliados à uma certa onipresença e a ousadia na escolha dos lugares a serem interferidos (a Disneylândia ou os pinguins do Zoológico de Londres) fizeram de seus stencils imediatamente reconhecíveis pelo grande público mas, a despeito disso, seu nome verdadeiro, ano de nascimento e cidade natal permanecem um mistério. No último janeiro, uma parede grafitada por ele fora vendida a 400 mil dólares e, meses depois, duas peças menores seriam avaliadas em 50 mil libras cada uma e postas em leilão junto com fotografias do Elthon John e Faye Danaway; desde o ano passado, pedaços de rua grafitados têm sido arrancados e vendidos no e-Bay a 20 mil libras. Tanto furor tem a ver com a crescente atenção e importância que as intervenções urbanas vêm ganharam nos grandes e médios centros urbanos de todo mundo depois de saírem da esfera da pichação pura – uma concorrência entre grupos e indivíduos pichadores cujo objetivo é, essencialmente, elevarem seus nome e assinaturas através do vandalismo mais arriscado. As intervenções urbanas são agora parte da chamada arte contemporânea pelo refinamento dos objetivos, referências das gravuras e complexidade das mesmas; são instalações artísticas à céu aberto que hoje dialogam com o aspecto do pixe (nada de tintas nobres, técnicas acadêmicas ou amenidades) e com as grandes galerias de arte. Banksy é um dos cabeças-de-chave desse movimento que têm levado as ruas para dentro dos museus e a
Bumerangue •Arte Urbana 8
arte para transeuntes. Suas gravuras possuem um claro conteúdo político, rebelde, que se derrama em sarcasmos tão violentos quanto sutis: o soldado sendo revistado pela menininha, o guerrilheiro que joga um buquê de flores ao invés de uma bomba, a empregada varrendo a sujeira para dentro da parede, os dois assassinos de Pulp Fiction portando bananas ao invés de armas, ou portando armas, mas vestidos de bananas. São protestos que podem ser compreendidos e sentidos do mesmo modo por londrinos e colombianos, Banksy mexe com a cultura de massa, com os produtos e a miséria nossa de cada dia e depois embala tudo com tinta preta e referências à artistas contemporâneos como a fotógrafa norte-americana Diane Arbus ou o pop-artist Andy Warhol. A genialidade do artista está lançada agora na Village Pet Store And Charcoal Grill, uma bizarra loja de animais animatrônicos (uma categoria de robôs originalmente criada pelos estúdios Disney) onde as grandes atrações são salsichas feito minhocas, câmeras de segurança, um chipanzé que assiste pornografia na Discovery Chanel e uma fazendola de McNuggets. A história dele com certeza não para por aí, e neste ano um filme sobre ele estará em cartaz pela Paramount e já está sendo exibido em alguns festivais pelo mundo. Enfim, o manifesto em seu site fala por sua obra:
“Quando era criança eu costumava rezar toda noite por uma nova bicicleta. Mas eu percebi que Deus não funciona assim, então eu roubei uma bicicleta e rezei por perdão.” • Bumerangue •Arte Urbana 9
Após conquistar estilistas como Alexander McQueen e Marc Jacobs, o vintage ganha cada vez mais adeptos na moda brasileira e entre os consumidores. De origem inglesa, a palavra vintage designa, na enologia, o ano de uma colheita de uvas. Na moda, é usada para definir roupas antigas, que representam claramente o estilo de sua época - contanto que esteja em seu estado original. “Existem
coleções que revisitaram
certas décadas, se inspiraram em certas peças vintage. Mas se foi produzido agora, é uma releitura, não é vintage.”, diz João Braga, professor de história da moda da FAAP (Faculdade Armando Álvares Penteado). A atração principal do vintage é o seu caráter
“As
único.
pessoas
buscam
cada
vez mais a individualidade, pois vivemos
num
período
sem
definição.
Por isso também o resgate do antigo, de uma época mais definida.”,
diz Braga.
Com o aumento da procura por peças únicas, aumentou também o número de brechós. Vale a pena passar uma tarde em algum deles garimpando peças de outras décadas. Mas na hora de comprar uma peça vintage, o melhor mesmo é escolher uma que seja bem característica para depois misturá-la com coisas mais simples. Se misturada com outras peças fortes, pode ficar com cara de fantasia. Outro bom lugar para achar uma peça vintage é o guarda-roupa da avó. Valem blusas e vestidos com estampas, cores e até volumes fora do padrão, acompanhados de uma boa e básica calça jeans.
Nessa
onda
vintage,
algumas
estilistas
começaram a reformar roupas compradas em brechós para que elas ficassem mais atuais e usáveis. É o caso de Teca Paes de Carvalho, que acredita que “Algumas peças você precisa reformar, ou
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porque o tecido está desgastado ou porque a silhueta é completamente diferente”. Ela tem sua marca de roupas, a Ïf, na qual a diferenciação é dada de outra forma. Se o tecido é simples, Teca desenvolve a estamparia para deixá-lo com uma cara diferente, sempre buscando o conceito de peça-única. A estilista Isabela Capeto, também credita o interesse pelo vintage a essa vontade do único. “As pessoas querem uma peça mais cuidada, que demonstre que o trabalho foi artesanal., afirma. Suas maiores fontes de inspiração vêm das pesquisas em mercados de pulgas de Paris, feiras de antiguidades e brechós. Ela chega a guardar algumas peças de suas coleções para vendê-las mais tarde como vintage. “Em Nova York isso já acontece. E é maravilhoso entrar numa loja e encontrar um Yohji Yamamoto vintage novinho.”, explica ela. Por isso, pense bem na hora de limpar o seu guarda-roupa. •
Bumerangue •Design 11
A lomografia é um estilo fotográfico que consiste da utilização de câmeras fotográficas analógicas automáticas, que podem ser do formato 135 ou 120. A maioria das máquinas são equipadas com lentes de plástico, produzindo assim efeitos artísticos nas fotos.
O surgimento dessas câmeras que deram origem ao estilo tem influência direta da guerra fria entre EUA e URSS. Em 1982 o Ministro da Indústria e da Defesa Soviético ordenou que a fabrica LOMO, Leningradskoye Optiko Mechanichesckoye Obyedinenie (União de Óptica Mecânica de Leningrado), produzisse em larga escala a Lomo Kompact Automat. Mas diferente das câmeras japonesas que teriam apaixonado o Ministro soviético, as LOMO tinha lentes de péssima qualidade e a construção tosca do corpo permitia a entrada de luzes indesejáveis. De qualquer forma as LOMO foram bem vendidas em outros países também socialistas.
Os problemas de reprodução de luzes e cores causadas pela baixa qualidade das lentes e da construção do corpo das câmeras, com certeza eram um problema para a comercialização dessas câmeras, mas em 1991 jovens Austríacos de férias na República Tcheca compraram algumas LOMOs e filmes para registrar tudo a sua volta. Fotografavam na maioria das vezes sem nem mesmo olhar pela ocular, para não perder nenhuma cena. Quando revelaram os filmes e se depararam com as cores, formas e luzes produzidas ficaram apaixonados, e começaram a espalhar para outros jovens de sua cidade a utilização dessas máquinas.
O alvoroço criado foi tão grande que em 1995 foi criada em Viena a primeira Sociedade Lomográfica e a primeira LomoEmbaixada, que tinham a intenção de divulgar a utilização das máquinas e do estilo, além de tentar impedir o desaparecimento das câmeras que já não eram mais produzidas.
Desde então mais de 500mil lomógrafos tornaram mundial esse movimento artístico que teve origem de forma acidental e espontânea em Viena. Hoje em dia a comunidade de Lomógrafos é incontável, ganhando novos membros, curiosos e entusiastas todos os dias, em todo o mundo. •
Visite: • www.lomography.com.br
Bumerangue•Fotografia 12
Bumerangue• Fotografia 13
Fotografias, pop art, psicodelismo, quadrinhos, tipografia, cores... Tudo isso é usado na hora de criar um cartaz de show.
Bumerangue •Pôsteres 14
Uma arte que ainda engatinha no Brasil, é a dos pôsteres de shows. Por aqui, um concerto é anunciado, quando muito, com lambe-lambe nos muros das grandes avenidas, sempre com aquele jeitão mais-ou-menos, já que na próxima semana outro papel será colado por cima. Uma pena, pois a arte feita para divulgar shows nos EUA e na Europa, além do caráter informativo, tem um forte apelo artístico e serve como suporte para o trabalho de grandes artistas do design gráfico. Tentar descobrir que grande show aconteceu no dia do seu nascimento, ou como foi anunciada “aquela” apresentação, faz com que uma visita a sites estrangeiros de pôsteres de rock se torne uma jornada que pode durar horas e resulte em uma bela mordida na conta bancária. O Gigposters.com é um misto de comunidade com loja virtual, onde é possível publicar pôsteres históricos de sua coleção, assim como trabalhos originais. Um site brasileiro tem feito um excelente trabalho, tentando catalogar a produção nacional de pôsteres mais bacanas, geralmente feitos no circuito alternativo de São Paulo. O Posterize é um blog que se define como “(…)um blog de design. De design sobre música. Pôster (de show) é um meio incrível, porque usa o trabalho de um artista para divugar outro artista.”. A maioria dos pôsteres destes sites são a prova de que a linguagem musical tem um paralelo visual igualmente poderoso, que constrói a “marca” tanto quanto a música. Sim, marca, porque pôster é propaganda. Deve ser belo, mas deve informar. Tanto no GigPoster quanto no Posterize, é possível enviar seus trabalhos. Diversão garantida para quem produz e para quem consome. •
Visite: • www.gigposters.com • www.poster.com • www.allposters.com • www.posterize.com.br • www.wallstreetposters.com.br
publiam hos • publi sedem, 15
Aline Ribeiro tem 18 anos e está terminando de cursar o técnico em Design Gráfico, área que atua há pouco mais de um ano. Desde criança gosta de desenhar. E é justamente na ilustração que pretende se especializar. Também gosta de fotografia, porém mais como diversão. Por ser vegetariana, suas criações estão sempre cheia de animais. Suas maiores influências são: pop , punk , retro e street art, mas afirma que antes destas veem a música e o cinema, duas coisas que têm um espaço garantido em sua vida. Pretende continuar no design: “Tenho muita coisa para aprender e aperfeiçoar. Também estou dentro do grupo que está tentando descobrir seu próprio traço, suas próprias características.”. •
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Bumerangue •Portifólio 16
1 My Bubbles: “Dentro das bolhas estão algumas coisas que não vivo sem, são as minhas bolhas.” diz Aline.
2 Singing with the rain: Música do filme “Cantando na chuva”, que foi alterada para “Cantando com a chuva.”
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Bumerangue •Portifólio 17
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Bumerangue• Portifólio 18
3 Thrasher Pig Veg: O porquinho thrasher e vegan.
4 Cartão-postal produzido para a disciplina de fotografia.
5 Uhul: O Papagaio Pirata.
Na página ao lado fotografias pessoais.
Bumerangue •Portifólio 19
Conheça a Serigrafia, um processo de impressão que está desde camisetas à obras de arte. Serigrafia ou silk-screen é um processo de impressão no qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma tela preparada. A tela, normalmente de seda, náilon ou poliéster, é esticada em um bastidor de madeira, alumínio ou aço. A “gravação” da tela se dá pelo processo de fotossensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotossensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto matriz+fotolito colocados por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotossensível que foi exposta a luz. É utilizada na impressão em variados tipos de materiais (papel, plástico, borracha, madeira, vidro, tecido, etc.), superfícies (cilíndrica, esférica, irregular, clara, escura, opaca, brilhante, etc.), espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores. Também pode ser feita de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas). A serigrafia caracteriza-se como um dos processos da gravura, determinado de gravura planográfica. A palavra planográfica, pretende enfatizar que não há realização de sulcos e cortes com retirada de matéria da matriz. O processo se dá no plano, ou seja na superfície da tela serigráfica, que é sensibilizada por processos fotossensibilizantes e químicos. O princípio básico da serigrafia é relacionado freqüentemente ao mesmo princípio do estêncil, uma espécie de máscara que veda áreas onde a tinta não deve atingir o substrato (suporte). O termo serigrafia (serigraph, em inglês) é creditado a Anthony Velonis, que influenciado por Carl Zigrosser, crítico, editor e nos anos 1940, curador de gravuras do Philadelphia Museum of Art, propôs a palavra serigraph (em inglês), do grego
Bumerangue• Processos de Impressão 20
Várias obras de Andy Wahrol são um grande exemplo da utilização da serigrafia para fazer arte.
Bumerangue •Processos de Impressão 21
sericos (seda), e graphos (escrever), para modificar os aspectos comerciais associados ao processo, distinguindo o trabalho de criação realizado por um artista dos trabalhos destinadas ao uso comercial, indústrial ou puramente reprodutivo.•
Visite: • www.portaldasartesgraficas.com.br
Bumerangue•Processos de Impressão 22
Bumerangue •Tipografia 23
Bumerangue Tipografia
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