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1 edição
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04 Tipografia A letra fala!
Ilustração Samuel Casal
06
08 Arte hurbana Julian Bever
Design Eco Design
10
12 Fotografia
Hugo Machado
Cartaz Shigeo Fukuda
FICHA Técnica Nome da revista: Imagine Edição: 1 Número de páginas: 24 Papel: couchê liso Editor: Felipe Paiva Coordenação: Rangel Sales
14
18 Portifólio
Egon Zakuska
Impressão CTP, Caminhos e desafios de uma nova revolucao tecnologica
20
TIPOGRAFIA
famílias não serifadas. Giambattista Bodoni tornase, com a criação de sua fonte, o primeiro topógrafo
A
“moderno”, exemplo máximo da tendência à racioletra, como se pode perceber,
nalização da página, à limpeza, precursor até mes-
é enquadrada quanto à forma
mo do modernismo, pela eliminação quase total dos
e quanto ao estilo. Ela sem-
elementos decorativos e a fé na beleza intrínseca e
pre está associada à história
não figurativa da tipografia. É, pois, típico produto
de seu tempo, aos modismos.
4
do Iluminismo e até mesmo da Revolução Francesa,
A fonte Helvética − filha direta da Futura, de
pois há uma aura “totalitária” em Bodoni, assim
Paul Renner, 1927− que foi construída dentro da
como o neoclássico exprime perfeitamente o regime
filosofia do funcionalismo absoluto, antidecorativo,
totalitário. (Os caracteres de Firmin Didot, primos-
antiformalista(Escola Bauhaus), mas que justamente
irmãos dos da família Bodoni, são sistematicamente
torna-se o símbolo tipográfico do próprio funcional-
utilizados pela Revolução Francesa e pelo Primeiro
ismo, do modernismo, enquanto movimento cultural
Império).O ecletismo tipográfico do final do século
e estético. É o anti-símbolo que se torna símbolo. É
XIX é o reflexo mais claro do ecletismo arquitetônico
impossível imaginar o modernimo sem a Helvética;
e artístico do mesmo período. À arquitetura eclé-
é, aliás, impossível imaginar o modernismo sem as
tica corresponde um estilo gráfico eclético, que usa
numa mesma página até 10 tipos diferentes. São as variações e o desenho da letra – que partilham em alguns períodos históricos de estilo - que permitem, no grafismo, emitir conceitos visuais. Como as cores, que podem expressar estados ou sentimentos, – o vermelho é sinônimo de calor, o azul de frio, o branco de pureza, o preto de obscu-
Grotesca Atualidade, mecanismo, força Estilo romano Classicismo,tradicionalismo, religião, arte Grossa Força, poder, energia
ridade– a letra, por si mesma, por sua forma, por seu contraste ou tamanho, pode expressar idéias ou pode reforçar o significado das palavras. Tomemos como exemplo as palavras perfume e trator e tratemos de ver, de acordo com o tipo de letra empregado para escrever estas palavras, se seu sentido cai diminuído ou reforçado. É difícil precisar exatamente qual deve ser, em
Clara Debilidade, suavidade, elegância, luxo MAIÚSCULA Título, encabeçamento anúncio Itálico Dinamismo
cada caso, o tipo de letra a utilizar para conseguir maior expressividade. Porém, parece possível estabelecer algumas normas gerais de interpretação como as estabelecidas no quadro ao lado.
5
Samuel Casal
ILUSTRAÇÃO
Samuel Casal, é ilustrador profissional desde 1990. Atualmente é Editor de Arte do Diário Catarinense, em Florianópolis, e ilustrador freelancer, já tendo colaborado com várias publicações nacionais como Caros Amigos, Você S/A, Exame Info, Macmania, Mundo Estranho, Superinteressante, Folha de São Paulo entre outras. Acompanhe a entrevista com a artista.
Quando foi que o lance ILUSTRADOR engrenou de vez? Samuel Casal: Comprei um computador e fui aprendendo na marra. Decidi que queria fazer isso e ser bom nisso. Em 2000 entrei numa lista de discussão na internet... E nesta lista estava o Kipper, o Maringone... Caras que estavam num altar pra mim. Entrei super tímido, nem sabia como funcionava. Um dia mandei um desenho pro Kipper. Logo em seguida um amigo do jornal me disse: “Ba, o kipper botou teu desenho na lista!” Ele ainda me convidou para participar da lista da FRONT. Aí que vi que esse universo HQ, que eu tinha esquecido, existia e tava todo ali, no submundo; e descobri esse projeto para HQ’s Adultas. Nunca achei que soubesse desenhar. Sempre pensava que o meu desenho era o pior de todos até que me disseram o contrário. Quando os caras que eu mais admirava disseram que eu
“
Na verdade o que aconteceu com o meu desenho, que todo mundo acha muito original e tal, foi uma interpretação diferente das ferramentas que o computador dispõe.
”
6
sabia fazer aquilo, decidi tirar o atraso. Comecei a
Na verdade o que aconteceu com o meu
desenhar, muito, muito, o tempo inteiro. Mostrava
desenho, que todo mundo acha muito
e todo mundo gostava. Viciei-me naquilo.
original e tal, foi uma interpretação difer-
E os roteiros?
ente das ferramentas que o computador
Então... O primeiro que fiz, foi “Dois cliques para
dispõe. As pessoas querem desenhar no
o Inferno”. Publicado no Front oito em 5 páginas.
computador da mesma forma que elas de-
Ba... Senti-me nas nuvens. Depois veio o convite da
senham à mão; e não é isso. Minha forma de
Fábrica de Quadrinhos. Fiz uma história para um
desenhar no computador se remete muito mais
álbum de luxo que acabou não sendo publicado. A
a uma colagem do que a um traçado. Por isso
história foi parar no projeto “Dez na Área, Um na
parece um mistério. É o meu segredo e não conto
Banheira e ninguém no Gol”, uma coletânea de
para ninguém.
histórias sobre futebol para ser lançado na Copa.
É sério que você desenha com mouse?
E ali estavam Allan Sieber, Galhardo, Custódio, Le-
É. Sempre assustei as pessoas com isso. Todo
lis, Zimbres... Eu pensei: “Pôooo... to nesse time
mundo me pergunta como faço. Desenho direto
aí? Então vamos jogar!” Depois disso comecei a
no freehand, sem rascunho, sem nada... Pra mim
aparecer como quadrinista e surgiram muito tra-
é a coisa mais simples do mundo.
balhos. Apareceu essa exposição na Espanha, um
Você não parece ser um fissurado por HQ’s.
álbum de quadrinistas do Brasil. Foi assim... De re-
Não leio nada, sou um ignorante em HQ. Mas
pente eu tava no meio e todo mundo dizendo que
acho que isso foi bom pra mim porque, quando
era quadrinista.
apareci, ninguém entendeu muito. E, justamente
O que você pensa sobre seu trabalho hoje em dia?
por não ter tanta referência visual, saiu o que saiu. O que vem em primeiro lugar: ilustrador
Ainda mando desenhos e fico com frio na barriga
ou quadrinista?
para ver se gostaram. Mas hoje acredito mais no
Sempre fui muito dividido. Tenho muita vontade de
que faço. O Orlando, um cara que ilustra a Folha
fazer quadrinhos; as pessoas me cobram muito.
e a maioria das revistas brasileiras, é meu mentor...
Mas é muito trabalhoso e não te dá retorno. Foi
Estou sempre mandando desenhos e perguntando
por isso que espalhei meu portfólio como ilustra-
o que ele acha. Na verdade ele me acha o cara
dor. A história se repetiu e acabei fazendo ilustra-
mais chato do mundo!
ções para a revista Mundo Estranho, Super Interes-
Parece que sempre tenho que ir atrás de respostas... Ainda tenho esse bloqueio. Mas me divirto muito mais hoje em dia. Esse teu estilo, com
sante, Você S/A, Exame, Sexy, até para a Folha de São Paulo... A ilustração pesa bem mais, me dá mais retorno e visibilidade. Apesar dos movimentos de
o perdão da palavra, fo-
resistência, o quadrinho
dasso, veio com o com-
ainda é uma coisa que
putador?
não existe.
7
ARTE HURBANA
Julian Bever
A expressão Arte Urbana ou street art refere-
um aspecto diferente do que realmente é, ou seja,
se a manifestações artísticas desenvolvidas no es-
um aspecto 3D. Para isso é preciso instalar de uma
paço público, distinguindo-se da manifestações de
câmara sobre um tripé e mantê - la em um de-
caráter institucional ou empresarial, bem como do
terminado local. Isto possibilita verificar cada risco
mero vandalismo.
de giz que é feito. Julian Beever é um artista in-
A princípio, um movimento underground, a
ternacionalmente renomado. Nos últimos 15 anos
street art foi gradativamente se constituindo como
Julian tem produzido centenas de peças em locais
forma do fazer artístico, abrangendo várias mo-
em toda a Europa. Frequentemente é chamado de
dalidades de grafismos - algumas vezes muito
Pavement Picasso. Não é para menos, pois seus
ricos em detalhes, que vão do Graffiti ao Estên-
desenhos 3D são excelentes. Além disso, não deixa
cil, passando por stickers e cartazes lambe-lambe,
de ser uma forma de popularizar a arte trazendo
também chamados poster-bombs -, intervenções,
para as ruas das cidades.
instalações, flash mob, entre outras. Beever lança um novo conceito: grafite 3D conseguindo
milimetricamente executados. Pura matemática.
aplicar o conceito da anamorfose
Em média, o artista leva cerca de três dias para
para nos dar a sensação tridimensional ao ver seu
completar uma obra. Foi assim quando esteve nas
trabalho. Tudo isso desenhando na rua. Um de-
ruas Birmingham’s Chinatown, para pintar um um
senho leva em média três dias para ser concluído.E
enorme dragão chinês de 9 metros quadrados
realmente é um sucesso. Não só para o Julian, mas
em comemoração do Ano Novo chinês. Foi assim
também para o publico em geral, que muitas vezes
quando esteve em Porto Alegre em uma promoção
não tem a oportunidade de visitar uma galeria de
da Scott Passaport. Além disso, segundo o próprio
arte. Como o próprio artista esclarece: “Minha arte
artista, o seu trabalho tem lá suas exigências: “O
é para todos. A arte não deve ficar escondida em
ideal são os dias de sol forte, pois quando chove,
galerias, bibliotecas e livros. Arte deveria ser para
significa que eu tive um monte de trabalho para
todos e não apenas alguns”.
nada. Mas o importante para mim é tirar a foto
Segundo Julian, o segredo é explorar ao máximo a técnica da perspectiva e dar aos desenho
8
Os desenhos são minuciosamente projetadas,
com o resultado final. Quando isto acontece, o objetivo foi alcançado com sucesso .
ECO
DESIGN
DESIGN O ecodesign é a síntese da criação humana que nos permite com o uso de arte e tecnologia materializar idéias para servir à humanidade sem ferir a natureza que nos une em um todo que é o meio ambiente. O designer possui o conhecimento de como resolver um problema simples ou complexo em um objeto que solucione um problema, assim ao se olhar para um sapato devemos calçá-lo, andar, correr, pular e vestir, pois um sapato foi criado justamente para resolver o problema de andar, correr, pular e vestir, é com nosso corpo que sentimos o bom design que se encaixa e nos serve ergonomicamente em perfeita fusão entre as necessidades humanas e as possibilidades tecnológicas de como resolver nossos problemas
olor senim ipsum alit lutatuerosto core essed ea commod molore magna feugiam etummodolor in henisis adio odipit in ilit
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sem ferir o meio ambiente que habitamos e faze-
jetando e fabricando ecologicamente.
mos parte, a Terra, nossa casa. Assim o ecode-
Como exemplo eu posso citar o caso da ca-
signer tem que pensar em problemas específicos
deira de madeira e a cadeira de alumínio. A cadeira
do objeto sapato de um modo muito mais amplo
de alumínio é fabricada com uma matéria prima re-
que um designer tradicional, pois ele tem que ver o
sistente e durável que nem tinta necessita, quando
invisível a olhos comuns, o ecodesigner deve pre-
a cadeira quebrar e tiver que ser descartada ela
ver que um dia o sapato vai ficar velho e terá que
poderá ser transformada em outra coisa como uma
ser descartado, e como este produto pode ser re-
lata de refrigerante ou o parte de um sapato.
utilizado, reciclado ou biodegradado, são fatores
É frágil, quebradiça, difícil de fabricar, com
que o ecodesigner tem que pensar muito antes da
muito desperdício de matéria prima, pega fogo, tem
fabricação.
que ser pintada e limita a criatividade do designer.
O mercado mundial hoje usa mecanismos
Uma cadeira de madeira é o oposto é o sistema
para permitir ou rejeitar produtos sem qualidade
anti-ecológico, porém muito utilizado por ser tradi-
ecológica e que não foram projetados por profis-
cional e cercada de mitos como que ao cortarmos
sionais, assim foram criados as normas ISO 9002
uma árvore outra igualzinha vai nascer no lugar ou
e 14000 que permitem ao designer seguir uma
que a madeira é renovável ou outro paradigma to-
linha de projeto que vai aumentar os lucros do fab-
talmente incorreto.
ricante, a aceitação do produto no mercado atual
Ao se cortar uma árvore, que no mínimo levou
e a preservação do meio ambiente. Nosso maior
cinqüenta anos para crescer dentro de uma floresta
desafio é quebrar o ciclo vicioso em que antigas
que a protegia e alimentava num delicado equilíbrio
tradições e formas primitivas de fabricação e es-
ecológico que beneficiava diversos vegetais e ani-
colha de material prejudicam o mercado e o meio
mais, inclusive o homem. mato cobre as mudas an-
ambiente pela ignorância e teimosia de alguns
tes que elas possam se firmar. São gastos milhares
em enxergar a necessidade imediata de preservar
de dólares todo o ano em poda e limpeza da área
o meio ambiente que vivemos pro-
replantada para que nossos netos possam ver.
“
Ao se cortar uma árvore, que no mínimo levou cinqüenta anos para crescer dentro de uma floresta que a protegia e alimentava num delicado equilíbrio ecológico que beneficiava diversos vegetais e animais, inclusive o homem.
11
”
FOTOGRAFIA
Hugo Machado
12
Estava a chegar à cidade indiana de Jaisalmer,
petróleo já nem estava à espera de ganhar o con-
na fronteira com o Paquistão, vindo de uma dolorosa
curso nacional da National Geographic. Mas o re-
viagem no deserto de Thar na boleia de um camelo,
conhecimento internacional da fotografia do vulcão
quando decidiu ir consultar o e-mail a um cibercafé. E
Licancabur, entre o Chile e a Bolívia, tirada por si em
lá estava a notícia inesperada: Hugo Machado tinha
2008 não estava mesmo no seu horizonte.
ganho uma das categorias do prémio internacional
“Concorri porque a minha mãe e uma grande
de fotografia da National Geographic.O geólogo
amiga minha quase me obrigaram diz sobre a fo-
açoriano, com um mestrado acabado de completar
tografia que foi eleita a melhor, entre mais 200 mil,
no Imperial College de Londres sobre geologia do
na categoria de lugares. “Acabei por concorrer a
sítio certo na hora certa. Nos Açores já tinha visto uma coisa semelhante no Pico. Penso que nestes cumes isolados este tipo de fenómeno pode acontecer”, diz sobre a nuvem bem definida, quase que parece desenhada, que se pode admirar a pairar, num equilíbrio perfeito, sobre o cume do vulcão.
foto vencedora do concurso internacional National Geographic
Foi esse equilíbrio que impressionou o júri do concurso da National Geographic formado por Mark Thiessen, editor gráfico da edição internacional da revista da National Geographic, Darren Smith,
duas categorias: lugares e natureza”. Venceu na primeira categoria.
editor da publicação e Maria Stenzel, fotojornalista. Hugo Machado, que já tinha concorrido há dois
A imagem tirada numa viagem em Maio de
anos ao mesmo concurso, prepara-se agora para ir
2008 foi tirada a 4200 metros de altitude, muito
a Washington receber o prémio, na sede da Nation-
cedo, pelas 7h30, num dia com uma luz especial,
al Geographic Society, onde terá direito a uma visita
conta o fotógrafo amador: “Foi tirada do lado Bo-
guiada personalizada e contactará com profission-
liviano. Já lá tinha passado e não havia aquelas
ais da sociedade ligados à geologia. Há ainda um
nuvens que se vêem na fotografia. Era só eu e um
prémio monetário, no valor de mil dólares, e uma
casal inglês que estava no jipe comigo. Estava no
máquina fotográfica Leica para os vencedores.
13
CARTAZ
SHIGEO FUKUDA
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Shigeo Fukuda foi um escultor, artista gráfico
criação do cartaz oficial da Feira do Mundo de
e designer de cartaz que criou ilusões de ótica.
1970 em Osaka. Um poster 1980 criada para a
Suas obras geralmente retratam engano, como al-
Anistia Internacional apresenta um punho fechado
moçar com um capacete.
entrelaçada com arame farpado, com a letra “S”
Fukuda nasceu em 14 de fevereiro de 1932
na palavra “Anistia” no topo do cartaz formado a
em Tóquio, em uma família que estava envolvido
partir de uma manilha vinculado. “Victory 1945”,
em brinquedos de fabricação. Após o fim da II
uma das suas obras mais conhecidas, possui um
Guerra Mundial, tornou-se interessado no estilo
projétil indo direto na abertura do cano de um can-
minimalista suíço de design gráfico, e graduou-
hão. Um par de cartazes criados para comemorar
Tokyo National University of Fine Arts and Music,
o Dia da Terra incluir um projeto que mostra a Terra
descreveu como cartazes de Fukuda “destilada
como uma abertura de sementes contra um mar
conceitos complexos em imagens fortes de logo-
sólido de fundo azul e “1982 Feliz Dia da Terra”,
simplicidade”. Seu trabalho comercial incluída sua
que mostra um machado com a cabeça contra o
“ Conceitos complexos em imagens fortes de logo-simplicidade ”
o grande prémio no Concurso de Cartaz Varsóvia 1975, uma competição, cuja renda foi para o Fundo de Paz Movimento.
chão e um pequeno ramo germinação para cima
A porta de sua casa nos arre-
de seu punho. Em 1987, Fukuda foi introduzido
dores de Tóquioapresentou um qua-
no Art Directors Club Hall of Fame, em Nova York,
tro-pé porta da frente alta que parece
que o descreveu como “comunicador consumar do
longe de se aproximar de alguém da
Japão visual”, fazendo dele o primeiro designer
casa. Esta porta era um truque visual,
japonês escolhido para este reconhecimento. The
com a entrada efectiva para a casa
Art Directors Club tomou conhecimento do “co-
que está sendo uma porta sem ador-
mentário satírico mordaz sobre a insensatez da
nos brancos projetado para misturar-
guerra” mostrado em “Victory 1945”, que ganhou
se perfeitamente com as paredes.
15
PORTIFÓLIO
Veterano de guerra entre os cossacos do Don, Egon Zakuska era o responsável pelos desenhos de mapas estratégicos abrangendo áreas militares importantes das estepes entre a Rússia, Ucrânia e Moldávia, mas, com o colapso da Cortina de Ferro, partiu para terras ocidentais e tropicais (sob domínio cultural yankee, diga-se de passagem) com o intuito de se tornar ilustrador, ou designer, ou diretor de arte, e cá está, exercendo tais funções.Voltando ao mundo real, vamos lá: há 10 anos no mercado, já trabalhei com ilustração, HQ, estampas, processo gráfico, web, atualmente mais com direção de arte e design (sem deixar as outras de lado, principalmente o desenho - trabalho, expressão e hobbie), e algo de redação publicitária. Fui quatro vezes premiado pela marca de design colaborativo Camiseteria (www.camiseteria.com), com artes minhas produzidas e comercializadas como camisetas (mostradas no projeto “Estampas”), e também eleito “Featured Portfolio” aqui mesmo, no Carbonmade, em 20 de fevereiro de 2009.
EGON ZAKUSKA
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Cartazes
Estampas
ILUSTRAÇÃO
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19
Marcas
IMPRESSテグ
CTP Caminhos e desafios de uma nova revoluテァテ」o tecnolテウgica
20
puter-to-plate foramfeitas pela RCA em 1968.
cas foram gravadas usando laser de alta potên-
• Laser térmico ou visível, em diversos comprimentos de onda.
cia. A idéia de um sistema de gravação direta de
• Chapas térmicas com ou sem pré-
chapas offset surgiu logo após o desenvolvimento
forno, com variados sistemas de processa-
dos primeiros equipamentos de gravação de fotoli-
mento ou sem processamento.
tos em, meados dos anos 80. Em 1994, surgiu a primeira platesseter de uso prático, desenvolvida pela Creo para a RR Donelley (Creo Platesetter 3244). Na Drupa de 1995, um grande úmero de fabricantes apresentou sistemas CTP, alguns introduzindo a nova tecnologia térmica (laser infraver-
• Chapas sem processamento ablativas e não-ablativas. • Chapas de laser visível com base de prata ou de fotopolímero. • Sistemas com feixes de laser ou lâmpadas UV e micro-espelhos.
melho) de gravação. Na Ipex de 1998, havia cerca
• Platesseters de arquitetura plana,
de 40 fabricantes de sistemas CTP e a Drupa 2000
com cilindro externo ou com cilindro in-
simbolizou a maturidade da tecnologia, com um
terno.
úmero menor de fabricantes de equipamentos e uma maior disponibilidade de chapas. Diante des-
NOVAS
Em1974, nos jornais Gannett, matrizes tipográfi-
• Sistemas de alimentação manual, semi-automática ou automática.
sa evolução, o grande desafio, hoje, não é mais a validade ou não do CTP e sim qual das tecnologias disponíveis é mais adequada. Encontrar o tipo mais adequado de chapa é o
Gravação de filmes e chapas
primeiro passo na implantação do CTP. As chapas
Há diferenças significativas nos processos de
de haletos de prata, para uso com laser visível,
gravação de fotolitos e de chapas para impressão.
em todos os comprimentos de onda disponíveis,
Na gravação de chapas o manuseio sem exposição
têm um processamento parecido com as chapas
à luz é mais complicado. É necessária a imposição
convencionais. As chapas de foto-polímeros,
das páginas no formato dos cadernos, exigindo
gravadas com laser visível verde ou vermelho,
sistemas de RIP e armazenamento de dados mais
em sistemas de gravação ultra-rápida, são mais
poderosos e o registro entre as cores e em rela-
empregadas na produção de jornais, devido à
ção ao suporte. O tempo de gravação e potência
rapidez de gravação. As chapas térmicas, grava-
do laser empregado também é maior comparando
das com laser infravermelho (830 ou 1024 nm) e
chapas e filmes e a resistência da película a agen-
que apresentam diversas alternativas de proces-
tes químicos e a abrasão terá influência na dura-
samento, foram as que mais evoluíram, inclusive
bilidade da chapa e tiragem possível.
na questão custo, que hoje equivale às chapas de prata. Temos, ainda, as chapas convencionais,
Diferentes soluções
para uso em sistemas baseados em lâmpadas UV
Várias tecnologias estão disponíveis, podendo
e micro-espelhos, para as quais ainda há poças
ser divididas em:
opções de equipamentos, com alto custo.
21
TECNOLOGIAS
As primeiras experiências em sistemas com-
IMPRESSÃO
Vantagens do CTP
Outro detalhe: cuidado com a pressão do market-
No CTP, as chapas são gravadas em condições
ing, que clama pela implantação do CTP como
mais uniformes. Com isso tem-se registro perfeito
diferencial de mercado e chamariz de vendas. Com
nas cores e menor índice de erros na montagem,
a disseminação do CTP, rapidamente esse apelo
reduz-se as chances de surgimento de chapas de-
perderá a força.
feituosas, tem-se um melhor controle das áreas de
Tão importante quanto a definição da chapa
máximas e mínimas do impressos, o que resulta em
e sistema de gravação é a implantação de um fluxo
maior qualidade de impressão e possibilidade de
de trabalho digital eficiente e adequado à realidade
uso de retículas mais finas, inclusive estocástica.
da gráfica, ainda que baseado em fotolito. Portanto,
O CTP também abre a possibilidade de ajuste de
fique atento em relação aos custos ocultos do CTP:
máquinas de impressão e acabamento por meio de
equipamentos de prova de cor digitais, sistemas de
transmissão de informações digitais (CIP 3). Outro
gerenciamento de cores, scanners e software de
benefício é o menor uso de sistemas de processa-
copy-dot, grandes sistemas de armazenamento e
mento químico, com redução de problemas ambi-
arquivo de dados, treinamento de pessoal etc. O
entais e de saúde ocupacional.
retorno dos pesados investimentos em sistemas CTP
Mas, o principal benefício do é o econômi-
deverá vir dos ganhos de produtividade internos,
co, obtido na área de impressão e não na pré-
em especial no setor de impressão, e da economia
impressão como muitos imaginam. Com o CTP há
de papel. Assim, é preciso cuidado na definição da
uma redução significativa no tempo de ajuste das
política de preços: a lógica atual de cobrar mais
impressoras, que pode cair para menos de 50% do
caro pelos serviços em CTP (absorvendo parte dos
tempo usual. Essa diferença é especialmente no-
custos do cliente com fotolitos) não deverá resistir à
tada em máquinas rotativas. Com isso, é possível
difusão da tecnologia pelo mercado.
a redução do desperdício de papel nos ajustes, em
A adoção de sistemas computer-to-plate pe-
especial em máquinas rotativas e planas de grande
las gráficas de diversos segmentos do mercado é
formato, possibilitando a impressão de serviços em
um caminho sem volta. Não há chances de que
quatro cores com tiragens menores, além da viabi-
sistemas baseados em filme reocupem o terreno
lização prática do uso de impressoras com seis ou
perdido é não existem mais dúvidas quanto ao fato
oito cores em tiragens médias.
de que os sistemas CTP funcionam bem e são financeiramente vantajosos. A questão real hoje é
Cuidados na implantação
22
quanto à tecnologia a ser adotada, ao método de
Os sistemas CTP são uma ferramenta: sozin-
implantação e ao timing do processo, obrigando a
hos, não resolvem problemas no fluxo de trabalho
gráfica a tomar decisões difíceis quanto à política
ou no controle de qualidade. Eles exigem mais dis-
de relação com os clientes, ao nível de sofisticação
ciplina na geração de arquivos, já que é bem maior
do setor de pré-impressão e ao sistema de work-
a possibilidade de erros de produção se converter-
flow digital. Mas, esteja certo: Uma implantação
em em grandes prejuízos. Quem está pensando em
mal-feita de CTP pode ser desastrosa, porém a re-
migrar para o CTP não pode esquecer, ainda, que
cusa em iniciar um processo de adoção de novas
a redução de etapas de trabalho também significa
tecnologias é receita certa para uma tragédia em
eliminação de pontos de conferência e checagem.
médio prazo.
23
O
SEU
PUBLIC
ATINJA
COMUNICAÇÃO VISUAL felipepaiva01@gmail.com
felipe paiva