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março 2010 | ano #1 | n° #1

PixelArt A técnica de ilustração que lembra os jogos dos anos 80

TiltShift Minimizando o mundo!

Embalagens “Verdes” Preocupadas com o futuro, as embalagens “verdes” gaham espaço

DZNO Thiago Henrique apresenta sua coleção de postais

Grego Um ilustrador que sabe o que faz.



fotografia

ilustração

portifólio

Grego. Conheça a técnica de

Conheça o trabalho

DZNO

minimizar o mundo com

de um ilustrador que

Coleção de Postais

a fotografia.

faz sucesso.

“Sentimentos”

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criação

inspiração

tipografia

Conheça as Mascotes e marcas

maravilhas que são

DZNO

infantis, o que é

possíveis com a

Fontes digitais

fundamental?

Pixelart.

e dingbats

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embalagem

p.i.

Direção Geral

(processo de impressão)

Prof.: Rangel Sales

Direção de Redação: Dzno Design

Direção de Criação: Dzno Design Serigrafia As embalagens do futuro

+

são verdes!

Impressão digital

Editora:

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Dzno Gráfica


fotografia

Tilt-Shift Minimizando o mundo!

A impressionante técnica fotográfica do tilt-shift é capaz de transformar qualquer imagem em miniaturas como feitas em maquete.

Em 1976, o governo soviético encomendou ao artista Efim Deshalyt uma maquete de toda cidade de Moscou. A miniatura, que se estendia por uma superfície de mais de 37.000 m², fazia parte de mais uma das propagandas megalomaníacas do regime e levou um ano para ficar pronta. Hoje, os comunistas poderiam resolver tudo com mais rapidez e praticidade. A impressionante técnica fotográfica do tilt-shift é capaz de transformar qualquer imagem em miniaturas como feitas em maquete. Apesar do atual frisson em torno do tilt-shift, o negócio não é assim tão novo. Algum tempo antes

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de Efim Deshalyt iniciar a construção de sua mini Praça Vermelha, a Nikon havia desenvolvido uma lente SRL para suas câmeras de 35mm capaz de provocar o shift um uma imagem (basicamente, um efeito de deslocamento que causa rotação da imagem). A Canon aprimoraria a tecnologia em 1973, acrescentando ao movimento já existente o de tilt, que causa inclinação - ou báscula – do assunto fotografado. É manipulando a combinação desses dois movimentos que a

técnica

tilt-shift

consegue

transformar qualquer assunto fotografado

em

uma

versão

miniaturizada dele mesmo. Graças ao avanço das câmeras digitais, a aplicação do efeito deixou de exigir muitos conhecimentos na área, mas a verdade é que ninguém se interessou tanto assim. O atual sucesso da técnica tilt-shift tem a ver com o software senhor de todas as ilusões óticas: o PhotoShop. Fazendo ajustes simples de cor e nitidez, fica ao alcance de qualquer um criar sua própria maquete a partir de uma imagem feita por câmeras domésticas.

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ilustração

Grego ilustrador

Resolvi fazer faculdade agora por opção, todo profissional deve ter algo a mais para oferecer.

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Grego iniciou sua carreira em 1973 como letrista

segmentos e também livros para Editoras de todo

na redação Disney da Editora Abril. Entre 1976 e

o Brasil. É, atualmente, filiado à SIB – Sociedade

1978 ilustrou Histórias em Quadrinhos para as

dos Ilustradores do Brasil. Aos 48 anos, Grego

revistas Disney. De 1978 a 1980 escreveu roteiros

está fazendo uma faculdade. Para quem achar

para as revistas Pato Donald, Tio Patinhas,

estranho, ou achar tarde, ele diz: “Resolvi fazer

Zé Carioca e outras, da mesma Editora.

faculdade agora por opção. Todo profissional

De 1980 até 1988, criou e ilustrou capas

deve ter algo a mais para oferecer. Não apenas

para as publicações Disney, Hanna Barbera,

a arte deve ser desenvolvida com competência,

Walter Lantz e Maurício de Souza. Em 1990,

pois o profissional deve ter competência, mas é

foi contratado como cartunista do jornal

preciso acrescentar, evoluir.

O Estado de S.Paulo, onde permaneceu até 1991.

Escolhi fazer publicidade e propaganda, já

A partir de 1991 passou a ilustrar para agências

que desenvolvo trabalhos relacionados a isso.

de Publicidade e empresas dos mais variados

A teoria passada na faculdade me acrescenta

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muito. Além, disso, gosto dos meus colegas

um teste, porém, na época, eu ainda não possuía

de faculdade, pois, meus colegas de sala, em

técnica. O desenho Disney é extremamente

maioria, são adolescentes. É quase uma relação

definido, profissional, com os contornos já bem

de pai pra filho, uma coisa bacana, que traz

definidos: ou você faz ou não faz. Eu tinha alguns

jovialidade. Com a convivência, a gente começa

desenhos que havia feito, uma revistinha que

a desenvolver vínculos cada vez mais fortes.

fiz, sem técnica, sem nada, apenas por gosto.

Ganho muito com isso, pois consigo ver as coisas

Esse foi o gancho para que eu pudesse entrar.

com outros olhos, de uma forma mais moderna,

O teste era para fazer legendas para os balões

pois o jovem tem aquela energia, um jeito sempre

dos personagens, fui aprovado. Estar lá dentro já

novo de ver o mundo”.

era um bom caminho, a Editora Abril na época

Seu início de carreira foi na Editora Abril, onde

era a grande empresa na área editorial e de

entrou com 18 anos e permaneceu por treze anos

revistas em quadrinhos.”

trabalhando com os quadrinhos Disney. “Sempre

Grego fez legendas, roteiros, arte-finais e capas

tive tendência para o desenho, essa coisa da

para as revistas da Abril Jovem. “A vivência com

sensibilidade no traço. A minha irmã conhecia

os quadrinhos e o trabalho com as capas me abriu

uma pessoa na empresa onde trabalhava, que

perspectivas para planejar o futuro da minha

conhecia um profissional da Editora Abril, o Valdir

carreira: ilustrações, charges, cartoons”. Por dois

Yagaiara, hoje falecido. Na época ele era o diretor

anos escreveu as histórias Disney e recebeu dois

de arte das revistas Disney. Fui convidado a fazer

prêmios abril de jornalismo, entre 78 e 80.

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portifólio

DZNO “Ainda não consegui enchergar o design como áreas separadas; Gráfico, Produto, Moda, interiores, etc. Design é design” Designer Gráfico graduado como tecnólogo em 2007, atualmente curso técnico em Design Gráfico no Senai Cecoteg com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2010. Thiago Henrique, mais conhecido como Dzno (desenho) se considera um designer experiente, mas com muito a aprender ainda. “Já são três anos de formado, já trabalhei com design corporativo, já trabalhei em agência de publicidade, trabalho em uma empresa de postais e simultâneamente faço alguns freelas, mas sempre sinto que falta algo, sempre acho que posso aprender mais! Tanto que procurei o curso técnico no senai.” Durante

seu

processo

de

formação

as

oportunidades de estágio ainda eram poucas, e trabalhando como garçon em um café conheceu os postais publicitários. Por coincidência, uma matéria da faculdade pediu que desenvolvesse uma coleção de postais que representasse os sentimentos. “Quando me disseram que era para fazer uma coleção de postais, fiquei logo animado e procurei saber o assunto a ser tratado. Seis sentimentos foram listados e comecei a desenhar algo, logo criei “Ele” e “Ela”, dois personagens

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Thiago Henrique que representariam os sentimentos. Achei interessante que tinham tanto sentimento ruins quanto sentimentos bons e isso influênciou na criação dos personagens. Gostei muito do resultado final, lembro que pequei um pouco no acabamento, mas ainda era muito inexperiente e realmente tinha que errar para aprender como se faz. Estes postais são meus xodós, e torço para sobrar um tempinho livre para que eu aperfeiçoe eles, pois pretendo distribuir eles pela PopCards divulgando meu trabalho.” Como ainda não definiu uma área específica para trabalhar dentro do design, Dzno gosta de aprender sobre tudo do Design. “Ainda não consegui enchergar o design como áreas separadas; Gráfico, Produto, Moda, interiores, etc. Design é design, o processo criativo é o mesmo! Claro que cada área tem sua especialidade e sei da importância dessa divisão, e vejo a importância também da escolha de uma sub-divisão dentro de cada área”. Dzno gosta do estilo de trabalho freelancer, quer investir na sua carreira, mas atualmente prefere trabalhar para um empresa fixa e alternar com trabalhos freelancer. Seu trabalho pode ser melhor conhecido através do seu portifólio online no seguinte endereço: www.thiagohenriquedg.carbonmade.com Contato com Dzno: Twitter: @dzno23 / Skype: dzno23 +31 55 8829 4122

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criação

Os personagens e as

marcas infantis O uso do personagem e sua expressão pede os mesmos cuidados que as marcas: busca de diferenciação, pertinência em seu discurso e coerência ao longo do tempo.

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Muito se tem falado ultimamente sobre gestão

As respostas a estas perguntas são valiosas, pois

de marcas e o que podemos fazer para fortalecê-

o mercado de produtos infantis movimenta mais

las. Sabemos que as marcas são muito mais

de 50 bilhões de reais, só no Brasil.

que símbolos gráficos; são símbolos da própria

Os personagens são a resposta, pois são facilmente

empresa, de seus valores e de suas promessas ao

reconhecidos pelas crianças. O desenho simples,

consumidor. Esse assunto afeta a competitividade

as cores vivas e a expressividade das emoções

das empresas, pois marcas fortes ajudam-nas

atribuídas a eles, fazem dos mascotes o porta-

a se diferenciar, representando uma vantagem

voz ideal da empresa para a criança. Alguns

sobre a concorrência. Tanto que as avaliações de

estudos mostram que a criança pode associar

empresas já levam em conta o valor desse ativo

corretamente um personagem ao produto

tão intangível, a marca.

correspondente já a partir dos quatro anos. As

Mas nós não nascemos sabendo interpretar

formas e cores são muito importantes nesse

esse ou qualquer outro símbolo. A habilidade

processo. No entanto, o significado da marca

de

ainda não é compreendido.

decodificar

símbolos

é

aprendida

e,

antes, precisamos desenvolver a capacidade

A compreensão de uma marca tradicional, sem

neurológica, cognitiva e psicológica para isso.

personagem, começa a partir dos seis ou sete

O que fazer, então, nos casos de marcas de

anos. Não é por acaso que a criança é alfabetizada

produtos infantis? A partir de qual idade são

nessa idade. Começa aí sua capacidade de

compreendidas? Podemos ter outra abordagem?

compreender a linguagem simbólica. Sua

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preferência por determinadas marcas também

outro, quer ser como o outro, vivencia no outro

começa nessa fase. No entanto, os personagens

o que não pode ser. Nessa faixa etária, a criança

continuam sendo objeto de grande interesse

começa a buscar uma necessidade básica

das crianças até os nove ou 10 anos, quando

humana: poder e controle. Daí o sucesso

costumam substituí-los por personalidades ou

de lutadores e super-heróis,

ídolos, como artistas e atletas.

para os meninos. A velocidade também atrai,

Vemos que o desenvolvimento de personagens

pois remete a poder e diversão. Já as meninas

para

estão mais interessadas na socialização e no

representar

marcas

nas

campanhas

principalmente

publicitárias, ou até mesmo ser a própria marca,

relacionamento com as amigas.

envolve muita responsabilidade e deve ser

A partir dessa fase a moda é cada vez mais

tratado com muita seriedade. O mascote é o

importante para elas, pois expressa a sua

porta-voz da empresa e a torna mais simpática

personalidade e sinaliza qual é o grupo ao qual

e humanizada. Os valores da marca podem

pertence, facilitando a sua integração.

ser reforçados pela personalidade do mascote.

É muito importante valorizar os aspectos

Como em quase tudo relacionado a marketing

emocionais do personagem, definir como e

infantil, a segmentação do mercado é o guia

quando se expressam nele suas emoções: amor,

sobre os tipos de personagens que devem ser

tristeza, alegria, medo ou raiva.

utilizados. Afinal, o desenvolvimento psicológico,

Outro ponto fundamental a ser considerado

intelectual e social da criança é dado em estágios

são os valores dos pais, pois não deve haver

relativamente bem definidos.

conflito entre o que é proposto às crianças e o

Para crianças na fase de quatro a sete anos de

que os pais aprovam.

idade, aproximadamente, os personagens serão

A partir daí, o uso do personagem e sua expressão

muito mais eficientes que marcas tradicionais,

nas embalagens, publicidade ou promoções

pois só eles são compreendidos. Nessa etapa

pede os mesmos cuidados que as marcas: busca

a criança desenvolve alguns padrões de

de diferenciação, pertinência em seu discurso e

identificação: Cuida do outro, se enxerga no

coerência ao longo do tempo.

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inspiração

PixelArt

Programas como o Paint se tornaram uma opção bem acessível. Quem foi adolescente ou adulto aficionado por jogos nos anos 80 se lembra: não era fácil decidir que criatura era Zelda afinal se a única referência fosse um console de game. Naquela época, e desde o Atari, todas as rodas de carros eram invariavelmente quadradas. E enquanto ao espaço sideral de Galaga? Essas foram as raízes da pixelart tenha surgido nessa época, para dar forma às idéias de jogos que iam surgindo com cada vez maior volume desde o Tênis para dois criado pelo físico William Higinbotham em 1958. A partir daí, as coisas evoluíram rapidamente. Vieram outras espécies de ping pongs, jogos espaciais, o advento do Mr. Pac Man; em cada um desses novos jogos, os desenhos foram se tornando mais complexos e coloridos, acrescentando cenários e detalhes... sempre aquadradados, mas, ainda assim, alucinantes.

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Com o aprimoramento das interfaces dos computadores e a democratização gradual dos computadores, programas como o Paint se tornaram uma opção bem acessível para quem queria criar alguns desenhos a partir da montagem de pequenas unidades coloridas a partir de um meio digital moderno. O termo pixelArt foi usado pela primeira vez por Adele Goldberg e Robert Flegal, da XeroxPalo Alto, em 1982 numa compilação de artigos editada pela ACM (a Associação para Maquinaria da Computação) embora dez anos antes Richard Shoup, também da Xerox, já houvesse cavado o conceito para pensar seu software SuperPaint (MAC). Mas, independente da paternidade, fato é que a técnica já estava consolidada: edição de imagens, sem aplicação de filtros ou modos especiais de renderização através da

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inspiração

alocação cuidadosa de cada um pixel com o auxilio de uma ferramenta que se assemelhe a uma caneta de pontos até que se obtenha o resultado necessário. A única “ferramenta extra” é qualquer um modo de ampliação da imagem em questão. No final, tudo deve ser armazenado na mais baixa compressão possível, assim, será atribuído à cada pixel preservará sua cor mais exata. Hoje, programas como o PhotoShop modificaram bastante a forma de se encarar essa arte digital; na realidade, ela ficou mais refinada, contando com novas técnicas e estilos além de novos usos como em animações, avatares, ícones para desktop e personagens de mundos virtuais e jogos para celulares. Os profissionais em atividade até não são muitos comparados aos demais artistas digitais, mas a qualidade e paixão com que pacientemente “montam” as figuras cativam até os mais ferrenhos entusiastas das últimas novidades da área.

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Fontes Digitais e d,NLkZ$& Descompromissadas com a legibilidade, elas parecem esquecer da sua função inicial de gerar textos verbais para questionar sua própria forma.

O processo de leitura e escritura de textos é

A produção das fontes digitais

composto por vários elementos que podem

Um olhar atento acerca da tipografia nos textos

estabelecer

conforme

nos revela que ela contém diversas camadas de

ambiente, técnica e historicidade. Nesse sentido,

significados que a deixam longe de ser apenas

o ambiente hipermidiático atua como um

instrumento para a linguagem verbal, como

elemento importante no estabelecimento de

alguns pressupõem. Além disso, seu potencial

diferentes relações entre palavra, imagem e som

de significação se intensifica quando passa a

nos textos verbais pois altera não só o processo

ser produzida digitalmente, pois nesse caso é

de leitura, mas o de produção de linguagem.

possível criar fontes tipográficas que tenham

Estabelecer algumas dessas relações e mostrar

uma linguagem interna própria e imagética, que

o tênue limite entre linguagem verbal e visual

não permite a leitura verbal, apesar de estarem

nos meios digitais é o que se pretende com esse

incondicionalmente ligadas a ela devido a sua

texto. Palavras-chave: leitura, fontes digitais,

forma. Desconsiderando fatores históricos que

hipermídia.

normalmente regem as classificações das fontes

diferentes

relações

dividindo-as em serifadas, modernas, sem serifas, O processo de leitura

decorativas e manuscritas, proponho observá-las

e escritura de textos

segundo seus potenciais de significação.

é

composto

elementos

por

vários

Ficam, assim, claros três tipos de fontes digitais:

que

podem

aquelas cuja característica é passar despercebida,

diferent

como diz Gruszynski, elas são invisíveis, aqui

conforme

denominadas letradas. São utilizadas em função

estabelecer es

relações

ambiente,

e

de um texto e não devem ter outro fim, se não o

Nesse

de ajudar o leitor a identificar rapidamente os

ambiente

caracteres e facilitar a leitura. O segundo tipo são

técnica

historicidade. sentido,

o

hipermidiático comoum elemento

atua

aquelas que chamam a atenção por sua forma diferenciada. Também chamadas de decorativas,

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tipografia

se apresentam com freqüência em títulos ou

quebram a rigidez da escrita verbal e dão certa

logotipos, mas raramente em textos corridos pois

flexibilidade ao texto, pois são abertas a múltiplas

são consideradas de baixa leiturabilidade. Seus

interpretações e algumas vezes abandonam por

caracteres por terem formas diferentes se impõem

completo a linearidade. As decorativas exploram

contra um leitor acostumado simplesmente a ler

a linguagem visual sem perderem a estrutura do

o texto, sem nunca ter atentado à forma da letra.

texto escrito, pois é possível identificar, ainda

As fontes exclusivamente digitais, do terceiro

que com dificuldade, as letras do alfabeto. Elas

tipo, são as chamadas dingbats.

utilizam o aspecto visual da letra como modo de

Essas, apesar de funcionarem como fontes, não

informação agregado à leitura verbal, ficam no

apresentam nenhuma letra do alfabeto. Seu

limite entre visual e verbal. A tensão criada no

significado não é dado pela identificação dos

ato da leitura gera o significado, a letra não passa

caracteres que agrupados formam palavras e

despercebida, ela se impõe frente a uma estrutura

frases em determinado código verbal, mas pelo

verbal e fonética historicamente predominante.

estabelecimento de relações entre elementos

A inserção de características imagéticas na

gráficos que geram uma linguagem visual despida

escrita alfabética retoma características icônico-

de relações fonéticas. Tendo em vista a complexa

indiciais que quebram um pouco a rigidez desse

estrutura das sociedades em rede, é possível

signo simbólico. A compreensão de um texto

entender o surgimento das fontes dingbats e a

escrito com tais fontes é dada pela interação

proliferação das decorativas. Esses tipos de fontes

entre estrutura verbal e visual. O leitor deve ser capaz de relacionar as duas linguagens a fim de tornar o texto mais rico. Já as fontes dingbats são construídas por figuras no lugar das letras e estabelecem importantes relações entre linguagens, pois utilizam a estrutura da linguagem verbal para construir textos figurativos. A combinação de elementos imagéticos por meio de uma linguagem verbal (teclado) pede ao leitor uma compreensão não-verbal do signo. O texto construído é compreendido por meio de associações, por troca de informações entre elementos que podem, ou não, seguir uma seqüência linear. O abandono das letras

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alfabéticas em prol de imagens figurativas nos

na rede não há necessidade de aceitação de um

dingbats mostra o rompimento com a estrutura

grande público para que elas tenham o seu lugar.

verbal, principalmente no que diz respeito ao

Descompromissadas com a legibilidade, elas

leitor, pois a relação verbal existente é estrutural

parecem esquecer da sua função inicial de gerar

e não aparente no texto. O escritor que utiliza as

textos verbais para questionar sua própria forma.

dingbats deve dominar as regras entre comandos

Ao explorarem os limites entre verbal e visual,

do teclado e as classes de imagens que são

elas próprias ficam no limite entre experimentais

visualizadas, portanto deve dominar as linguagens

e funcionais. Transitam entre a arte e o design,

verbal e visual. Mas o texto depois de escrito, seja

habitam o terreno pouco firme desses dois

qual for o seu suporte, esconde essas relações.

conceitos. A convergência das mídias deixa os

Ao leitor, resta uma leitura não-verbal, pouco

limites dos conceitos cada vez mais nebulosos,

sistematizada (principalmente se comparada à

o que torna esse fenômeno natural ao ambiente

estrutura verbal) que aponta possibilidades, gera

que estamos inseridos. Se ao design ainda

associações, mas é extremamente frágil quando

resta ter alguma funcionalidade, as fontes

se busca uma eficiência da informação.

dingbats se distanciam dele, pois não têm essa

O crescimento de formas de design com múltiplos

característica bem definida. Elas questionam

significados mostra não só a capacidade de lidar

seu próprio ambiente, sua linguagem e, assim, se

com a pluralidade e com a complexificação

aproximam da arte.

dos elementos, além de ser uma forma de comunicação mais individualizada. Não é possível uma mensagem que abranja um grande número de pessoas, nem há tempo para que ela se estabeleça. A fluidez das relações permite formas mais dinâmicas e individualizadas de comunicação que geram múltiplos significados a partir das diversas relações estabelecidas pelos indivíduos. Somente em um ambiente onde a diversidade é incentivada e há dissolução das categorias, como no das redes poderiam as fontes dingbats florescerem. Não só por uma questão técnica, pois não fazem o menor sentido fora da linguagem digital, mas porque

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embalagem

A embalagem do

futuro Embalagens “verdes” são a tendência de uso no mercado.

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Revista DZNO


O uso de embalagens de plástico biodegradável

linhas”, diz Claudio Natale, gerente de qualidade

ou de matéria-prima renovável já chegou

e meio ambiente da Bimbo do Brasil. “Estamos

à indústria de alimentos no Brasil. De olho

estudando como fazer essa substituição”, diz.

no consumidor atento a questões de saúde

A Bunge Alimentos também já está trazendo sua

e sustentabilidade, grandes indústrias estão

margarina da marca Cyclus em uma embalagem

introduzindo embalagens com menor impacto

biodegradável, feita de um polímero renovável,

ambiental em linhas de produtos voltadas a esses

cuja base é a fermentação do amido de milho. O

nichos de mercado. A Bimbo, indústria de pães

pote de margarina pode ser descartado no lixo

com sede no México e que no Brasil é dona das

orgânico e, exposto às condições ideais de calor,

marcas Pullman, Nutrella e Plus Vita, entre outras,

umidade e ação de bactérias, pode virar composto

acaba de lançar no mercado brasileiro uma linha

orgânico em cerca de 200 dias. “Foram dois anos

de pães, a Vitta Natural, com embalagens de

de pesquisa e desenvolvimento da embalagem,

plástico oxibiodegradável, que se decompõe em

que incluiu ainda a busca de fornecedores dentro

cerca de três a cinco anos, um tempo bem menor

e fora do País” afirma Rosa Nascimbeni, gerente

do que o plástico convencional. “Fizemos o

de marketing de consumo da Bunge Alimentos.

lançamento em uma linha de produtos premium,

A nova embalagem foi submetida a testes na

com grande apelo nutricional, que levam

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

ingredientes orgânicos e integrais. Mas o objetivo

e no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital),

é estender, de forma paulatina, para todas as

ligado ao governo paulista.

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embalagem

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A empresa detentora da tecnologia é a americana

que desenvolveu um polímero de cana-de-

Cereplast, que produz o polímero do amido de

açúcar 100% biodegradável. A unidade piloto da

milho. A produção dos potes está a cargo do

PHB Industrial, tem capacidade para produzir 50

consórcio de empresas formado pela Poly-vac,

toneladas/ano do biopolímero, mas o plano da

Emplal e Fibrasa. “Há uma tendência clara da

empresa é, dentro de três anos, ampliar a produção

indústria de alimentos, cosméticos e de itens

para 230 mil toneladas. “A demanda cresce nos

descartáveis de buscarem resinas biodegradáveis”,

países acima do Equador, especialmente entre

afirma Antonio Marcucci, diretor da Poly-vac.

os europeus, que precisam reduzir o volume de

De todo plástico produzido no mundo (cerca de

resíduos urbanos em 25% até 2030”, diz Ortega.

230 milhões toneladas/ano), apenas cerca de

O plástico biodegradável e desenvolvido a partir

0,5% é biodegradável, segundo Sylvio Ortega,

de outras tecnologias que poderão ser utilizadas

presidente da PHB Industrial, empresa brasileira

conforme a sua necessidade e mercado.

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Personalize seu impresso com

Serigrafia A impressão digital é um processo que pode ser integrado sem grande turbulência, permitindo a sua rápida rentabilização. A área digital tomou conta de

Estas impressoras normalmente

toda nossa casa. E também tem

são usadas em tiragens curtas de

surgido também, nas empresas

trabalhos impressos directamente

de impressão de todo o mundo.

em suportes que, historicamente,

Digital é um termo genérico. Tem

as serigrafias sempre executaram

o mesmo significado, desde a

como

pequena impressora no escritório,

publicidade em ponto de venda

de um lado, às máquinas de offset

(PLV) e sinalética, entre outros. É

digital, como a Índigo.

sobre a inserção das impressoras

Entre elas, ficam todas as outras

digitais planas nas serigrafias e

impressoras de vários formatos,

que utilizam tintas com cura UV,

que empregam a tecnologia inkjet.

a que este artigo se dedica.

A maioria das impressoras utiliza

Os serígrafos têm muito orgulho

os

displays

para

tintas de base de água ou com pigmentos. É o caso

em pertencer a uma área que é muito mais

das HP, Roland e Encad. O material impresso por

vista como uma arte do que como um processo

estas máquinas não é um produto que possa ser

industrial. Embora a impressão digital não

utilizado no exterior, ele adere a uma preparação

tenha essa tradição, oferece soluções técnicas e

especial absorvente de água aplicada numa

económicas que são verdadeiros desafios para

pequena variedade de suportes. Por outro lado,

as atuais serigrafias.

as impressoras de solventes usam a tecnologia

As serigrafias estão melhor posicionadas para

piezoeléctrica e oferecem cabeças de impressão

a produção de trabalhos com 400 ou mais

mais robustas e de maior duração.

exemplares. No entanto, existe um crescente

Também elas são usadas na impressão de

mercado para quantidades inferiores a 200

uma gama limitada de suportes, normalmente

unidades. É aqui que a impressão digital intervém,

flexíveis, como o vinil, lonas, telas, etc.

com elevada qualidade, rapidez e rentabilidade.

Mas, para a serigrafia, as mais interessantes são

As serigrafias que venham a ter esta capacidade

as impressoras digitais planas, que usam tintas

podem atingir novos segmentos de mercado

com cura UV e imprimem em suportes rígidos.

que incluam tiragens pequenas e médias, sobre

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p.i. papel, vinil cartão, foam e suportes diferentes como vidro, acrílico, lenticular, metal, cortiça ou madeira. Não são só mercados lucrativos por si, como transformam uma empresa de impressão serigráfica numa empresa prestadora de mais serviços aos seus actuais clientes, bem como conseguem atrair novos mercados. Contrariamente à serigrafia, a impressão digital plana tem muito pouco de preparação, tornando o trabalho muito rápido. Como os trabalhos são produzidos a partir de ficheiros digitais, estes praticamente não tem custos de preparação. Um trabalho está pronto a imprimir alguns minutos

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depois de chegar. Depois da impressão também

Por outro lado, a impressão digital pode apoiar

não há grandes limpezas, e portanto, a impressora

a serigrafia na execução de provas rápidas, de

está praticamente disponível para outro trabalho.

qualidade e muito eficazes, para uma aprovação

Assim, as impressoras planas oferecem facilidade

junto do cliente.

e rapidez de preparação, assim como excelente

Tiragens curtas em impressão digital significam

qualidade de impressão.

tão curtas como um único exemplar. Torna-

Uma vez a trabalhar, a impressão serigráfica é

se assim ideal para edições especiais, com

muito rápida, embora os custos de preparação

dados variáveis ou não, produção gráfica para o

sejam altos, manter uma máquina imprimindo

comércio a retalho, tiragens em várias línguas,

é relativamente barato e, por isso, os clientes

etc, com evidentes vantagens.

costumam encomendar uma quantidade maior

Também, transferindo as pequenas tiragens,

e estocam, nas instalações do clientes.

complexas ou menos rentáveis (ou, mesmo, não

A impressão digital é um processo que pode ser

lucrativas) para a produção digital, as máquinas

integrado sem grande turbulência, permitindo

tradicionais de serigrafia estão mais disponíveis

a sua rápida rentabilização. Por outro lado, a

para longas tiragens, para trabalhos com cores

análise dos trabalhos, considerando o tempo

especiais onde a impressão serigráfica está melhor

de preparação (e custos) e a tiragem, podem

apetrechada. Existe também a possibilidade para

determinar o que é mais conveniente - imprimir

utilizar a impressão digital em conjugação com

digitalmente ou da forma tradicional.

a serigrafia, fazendo de uma forma tradicional

A possibilidade de escolha do processo de

parte do trabalho (por exemplo, a impressão de

produção garante a optimização das margens. A

cores ou acabamentos especiais) e a impressão

impressão digital é também eficiente em termos

da quadricromia, produzida digitalmente.

de espaço e de trabalho. É fácil de manusear e,

Em conclusão, a impressão digital deve ser

virtualmente, não tem desperdícios. Um número

considerada

concreto de exemplares será impresso sem

serigrafias, pois oferece meios para uma maior

necessidade de desperdícios ou de excedentes.

rentabilidade no futuro.

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uma

oportunidade

para

as




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