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Edição: Única Distribuição: Gratuita
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Sumário e Expediente
Seções Tipografia 4 Ilustração 6 Design Editorial 10 Tecnologia 12 Processos de Impressão 20
Destaques Fotografia 8 Luiz Garrido: O economista que virou retratista.
Arte Urbana 14 Grafite da Guerrilha: A arte guerrilheira do inglês Bansky veio para chocar, incomodar, causar sorrisos amarelos.
Expediente
Portifólio 16 Henri Cartier Bresson: Um dos grandes mestres da fotografia do século 20, morreu aos 95 anos de idade. Repórter fotográfico com trabalhos feitos para revistas como “Life” e “Vogue”.
Editor Chefe: Rangel Sales Editora: Natália Godinho Coselho Editorial: Rangel Sales, Lorena Tavares Designer: Natália Godinho Diretor Adiministrativo e Financeiro: José Carlos Godinho
Tiragem: 01 Exemplar
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Tipografia
Tipografia
Quem é: Avant Garde A história por trás da fonte que marcou as décadas de 60 e 70.
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palavra vanguarda, do francês avant garde, é o batalhão que precede as tropas de ataque durante uma guerra, daí surge o termo muito utilizado para determinar aqueles que estão a frente de seu tempo. O intuito não é falar de movimentos culturais, mas é inevitável, a fonte tipográfica Avant Garde nos conta uma história peculiarmente vanguardista. Ralph Giznburg foi um jornalista americano que trabalhou em conhecidos veículos como a NBC e Reader’s Digest. Após alguns anos de trabalho comprou uma sala em Manhattan e começou a publicar seu próprio material. Em 1962 lançou a revista Eros, que trazia ensaios fotográficos com a temática amorosa-sexual, sua publicação trimestral durou apenas um ano. À epoca o procurador-geral dos Estados Unidos, Bobby Kennedy, futuramente candidato a presidência, indiciou Giznburg pela violação das leis anti-obscenidade. Foi condenado a 5 anos de prisão, mas cumpriu apenas 8 meses, em 1972, por uma decisão da Suprema Corte. Nos anos que vão de 1964 a 1967, sua nova investida foi a revista Fact, onde mais uma vez usou do teor sexual para provocar o falso moralismo que rondava a sociedade americana.Entre janeiro de 1968 e julho de 1971, surge uma nova e controversa revista chamada Avant Garde. A publicação foi considerada um reboliço editorial, mais uma vez, por tratar de temas sexuais, usar uma linguagem rude e ser bem ácida em suas críticas e paródias. Avant Garde, apesar de ter tido pequenas tiragens, tinha bastante fama entre os editores gráficos e os publicitários de Nova York. Além do conteúdo chocante para a época, um dos segredos das três publicações de Giznburg era o visual das revistas criado pelo designer gráfico Herb Lubalin. Entre outras responsabilidades, ele criou a logo da revista Avant Garde. Ela tinha uma escrita apertada com letras algumas vezes sobrepostas e baseada em formas geométricas da Bauhaus.
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Após a decisão de estender para os títulos das seções a mesma tipia do logotipo da revista, o sócio de Herb Lubalin, Tom Carnase ficou responsável por criar as letras restantes do alfabeto. Depois de um tempo algumas pessoas passaram a comercializar aquela tipia sem nenhuma autorização e outras pediam para que Lubalin e Carnase liberassem o uso da fonte. A dupla, então, decidiu por comercializar a fonte. Hoje ela é distribuída principalmente pela International Typeface Corporation – ITC.Pouco tempo depois do fim da revista, em 1974, o tipógrafo Ed Benguiat, o criador das logos da Playboy, The New York Times, Sports Illustrated, entre outras, foi responsável por criar a versão condensada da Avant Garde a convite da ITC. Desde a sua abertura comercial a fonte vem sendo utilizada em diversos títulos e logos, inclusive na deste blog, no meu caso uma homenagem a fonte mais vanguardista de todos os tempos. Herb Lubalin, o pai oficial da fonte, faleceu em 1981 e Ralph Giznburg em 2006. Dois gênios que nos deixam esse legado de vanguarda para se contar.
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Ilustração
Ilustração
Mônica
A criação do personagem brasileiro.
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aurício de Souza, sem dúvida, tem uma carreira brilhante: Soube dar identidade e personalidade às suas criações, foi e é admirado por diversos nomes dos mais importantes das histórias em quadrinhos mundiais, soube fazer seu trabalho principal e empreendedor muito bem, tem fama internacional (talvez até muito mais do que imaginamos…) e tudo começou, no caso
O “encontro” da Mônica real e a Mônica dos quadrinhos, na Folhinha de São Paulo de 1964.
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da Turma da Mônica, com inspiração na sua filha. E é essa força, a carreira e as mudanças da Mônica e sua turma que está na exposição “Mônica: A criação do personagem brasileiro”, assim como as versões ao redor do mundo e as interpretações das personagens por outros grandes e renomados ilustradores. O processo criativo do Maurício de Souza, nos traços simplificados e peculiares de sua personagem mais famosa.
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Turma da Mônica é um grupo de personagens de história em quadrinhos criado por Mauricio de Sousa no ano de 1959. É o maior dos grupos (chamados de “turmas”) de personagens criadas pelo cartunista, possuindo ainda uma série de minigrupos, nos quais as personagens passam por várias peripécias cotidianas. O termo pode se referir também a todas as personagens já criadas por Mauricio, mas que, a rigor, não fazem parte da “Turma da Mônica”, tais como as personagens da Turma da Mata ou da Turma do Penadinho.
Os primeiros personagens da Turma da Mônica foram Bidu e Franjinha publicados pela Editora Continental em 1960. A Turma da Mônica foi publicada pelas editoras Abril e Globo. Desde 2007, vem sendo publicada pela editora Panini Comics, além da publicação de tiras no formato de bolso pela própria Panini. As novidades recentes da Turma da Mônica são a Turma da Mônica Jovem, lançada em agosto de 2008, Mónica y su pandilla e Monica’s Gang. A Turma da Monica tambem têm histórias de aprendizado e traz muita alegria para as crianças com as suas histórias.
A Turma da Mônica em outro idioma. A Turma da Mônica Jovem.
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Fotografia
Fotografia E como você “descobriu” o retrato? O primeiro retrato foi com a Maitê Proença. Era para um cartaz de filme.e aí eu, ao invés de fazer a Maitê, que era o símbolo sexual da época, maravilhosa, eu a fotografei grintando de boca aberta, olhos arregalados. Ficou lindo! Eu pensei: pô, eu psso fazer os retratos de formas diferentes. E esse foi um marco,eu vi que tinha um feeling, uma assinatura diferente. Eu consegui pegar a personalidade das pessoas no retrato de uma forma muito legal e fácil também. O que antecedia a foto demorava meia hora, uma hora de papo, mas o clique que eu fazia em 15 minutos. Aí começaram a sair retratos incríveis e eu fiz uma serie de trabalhos hoje em dia famosos, como o retrato do Niemeyer, do Lula...
Luiz Garrido O economista que virou retratista.
Luiz Garrido trilhou um caminho bem diferente de outros fotógrafos. Famoso por seus retratos, ele nos conta um pouco de sua história e sobre sua paixão pela fotografia.
Qual era seu pintor predileto? Eu gostava de todos os impressionistas. E eu comecei a comprar livros, tenho uma biblioteca enorme. E com isso eu fui me aprimorando na parte mais visual. Totalmente visual com uma força técnica anterior,entende? E aí eu comecei a fazer moda e beleza, ainda em Paris. Eu fotografei Gina Lollobrigida, Alain Delon, Freddie Mercury, Maria Callas, Alfred Hitchcock. E comecei então a sentir na reportagem o pique do retrato.
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Como a fotografia apareceu na sua vida? Luiz Garrido: Eu era economista, trabalhava em banco e ganhei uma bolsa para estudar economia em Paris. Fui pra Paris fazer um curso, estudar no Instituto de Estudos de Desenvolvimento Econômico e Social. O Iedes era uma instituição muito séria. O Celso Furtado lecionava lá e você só entrava com recomendação da Unesco. Eu consegui uma recomendação do Carlos Chagas, que atuava na Unesco em Paris. Depois que eu entrei no Iedes, não aguentei. Vi que não era aquilo que eu queria. O ano era 1968. Aí eu larguei a faculdade e meu pai me esqueceu também. Porque ele me mandava uma grana pra eu me sustentar enquanto fazia o curso. Quando eu falei que larguei o curso, ele me esqueceu (risos).
Na volta ao Brasil você continuou colaborando com a Manchete? Sim, mas depois fui pra Editora Abril. Eu trabalhei no estúdio da Abril por muito tempo, ali na Rua do Cuturme. Eu fiz muita publicidade na Abril. Lá eu era fotógrafo fixo. Eu morava no Rio, ficava em São Paulo uma semana, mas morava no Rio, nunca morei em São Paulo. Foi em 1982 que resolvi montar meu estúdio, a Casa da Foto. Nessa época fiz muitas fotos e capas para a revista Moda Brasil, que foi o marco da moda. Os fotógrafos trabalhavam e criavam. Tínhamos muita liberdade. Os diretores de arte Russo e Ricardo Avastin transformaram a revista e deixaram a liberdade de criação muito na responsabilidade da gente.
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Design Editorial
Design Editorial
Quem explica? Marcas, nomes, símbolos e suas relações Existem marcas que possuem nomes diretamente relacionados ao seu ramo de atuação, outras nem tanto. Como isso afeta o seu desempenho?
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á tempos venho me perguntando qual o nível de participação que o nome possui no sucesso de uma marca. Enorme, dirão os mais apressados, mas ainda assim mantenho a pergunta, não me contento com essa resposta instantânea que pode saciar a maioria das pessoas, mas a mim não. Existem marcas que possuem nomes diretamente relacionados ao seu segmento de atuação, como Telefônica, para telecomunicações, ou Volkswagen, para carros (já que em alemão seu significado é “carro popular”). Outras relacionam seus nomes aos símbolos como Apple, cujo símbolo é uma maçã, ou Red Bull e seu touro vermelho, não possuindo relação direta com o setor em que atuam, sendo uma fabricante de computadores e a outra de energéticos. Outra vertente, essa sim, bastante curiosa, é a das empresas que não relacionam seus nomes nem ao seu ramo de atuação, nem ao símbolo da sua marca, dificultando uma explicação clara sobre o seu sucesso, seja do ponto de vista de naming ou construção do símbolo. A seguir, separei algumas marcas reconhecidas nacional e internacionalmente, para falar um pouco sobre essas relações, que podem influenciar positiva ou negativamente o desempenho de uma marca, porém mensurar a amplitude desta relação de uma forma clara, não tem sido uma tarefa fácil.
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Marcas que aparentemente não relacionam nada com nada:
Petrobras Essa esta na moda hein? Tentaram mudá-la em 2000 para Petrobrax, mas deram com os burros n’água.bem, Petróleo + Brasil,e o resultado nos já conhecemos bem. Nokia O nome vem do mamífero finlandês, o primeiro logotipo era um peixe, atua no segmento de celulares e é um sucesso mundial. Quem explica?
Marcas que se relacionam ao nome do símbolo:
Marcas que relacionam o nome ao segmento de atuação:
Puma Tem apostado no design e tem colhido ótimos resultados nos últimos anos.a obviedade da sua marca, que alia o “Puma saltitante” ao nome, não parece influenciar negativamente em nada. É cada vez mais desejada e o Puma salta cada vez mais longe.
Burger King Esse deixa o “popular” de lado, e invoca a força monárquica para avalizar seu principal produto, o hambúrguer. Falta de modéstia com foco na concorrência, que esbanja seguidores por aqui e pelo mundo. Luta árdua.
Ponto Frio Nasceu como Globex, mas por uma dessas ironias do destino, um de seus produtos, um refrigerador importado, fez tanto sucesso nas vendas que acabou deixando a loja conhecida como Ponto Frio, daí por diante foi só expandir o Ponto Frio pelo Brasil a fora. Um produto rebatizando a loja parece o rabo balançando o cachorro, mas se deu certo quem questiona?
Shell Uma empresa do setor petrolífero e uma concha como símbolo.graficamente acho um símbolo forte, bem desenhado e com uma combinação de cores bastante forte, mas pensem em português, uma empresa chamada “Concha”?, quem apostaria nela? Coisas da vida...
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Tecnologia
Tecnologia
Apple consegue patente de tecnologia multitoque
“Atualmente, a Apple utiliza aplicações multitoque nos MacBooks e, especialmente, no iPhone e iPod touch.”
Multitoque ou multitouch é a tecnologia de uso em computadores com telas sensíveis ao toque capaz de detectar um ou mais contatos do dedo com a tela, aplicando um ou mais comandos heurísticos para determinar um comando para o dispositivo e processar esse comando.
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partir de agora a Apple já pode cobrar das empresas que usam tecnologia multitoque. Utilizada em produtos como o iPhone, iPod Touch e MacBooks esta tecnologia faz que o contato de um ou mais dedos na tela sensível ao toque seja identificado como comandos a serem processados pelos equipamentos da empresa. Agora qualquer empresa que queira fazer uso da tecnologia multitoque em seus dispositivos vai ter que licenciar seu uso direto com a Apple.
“Nós gostamos de competição, desde que ninguém roube propriedade intelectual nossa. Caso isso aconteça, nós vamos atrás dos responsáveis.”
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A patente foi registrada sob o número 7.479.949 no escritório de patentes dos Estados Unidos. Esta patente protege as tecnologias em uso nos dispositivos da Apple mas também é um modo da empresa se defender de possíveis cópias e adaptações que venham a ser feitas por outros fabricantes. Tim Cook, CEO interino da Apple, fez algumas afirmações semana passada que pareciam direcionadas à Palm. “Nós gostamos de competição, desde que ninguém roube propriedade intelectual nossa. Caso isso aconteça, nós vamos atrás dos responsáveis”, afirmou o executivo. O Palm Pre, anunciado no começo de 2009 pela Palm, usa uma tela multitoque.
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Arte Urbana
Grafite
Arte Urbana
da guerrilha
A arte guerrilheira do inglês Bansky veio para chocar, incomodar, causar sorrisos amarelos. O cara não gosta de aparecer em público para “evitar ser preso”.
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ascido em Bristol, Inglaterra, Banksy iniciou cedo sua carreira: aos 14 anos foi expulso da escola e preso por pequenos delitos. Sua identidade é incerta, não costuma dar entrevistas e fez da contravenção uma constante em seu trabalho, sempre provocativo. É um artivista declarado, e uma das principais marcas de seu trabalho é a criação de pequenas intervenções que geram grandes repercussões. Os pais dele não sabem da fama do filho: “Eles pensam que sou um decorador e pintor”, declarou. Recentemente, ele trocou 500 CDs da cantora Paris Hilton por cópias adulteradas em lojas de Londres, e colocou no parque de diversões Disney uma estátua-réplica de um prisioneiro de Guantánamo. Na única vez que foi entrevistado pessoalmente, o repórter do “The Guardian” lhe perguntou: “Como posso saber se você é Bansky?”. A resposta: “Você não tem garantia nenhuma.”
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uas obras são carregadas de conteúdo social expondo claramente uma total aversão aos conceitos de autoridade e poder. Em telas e murais faz suas críticas, normalmente sociais, mas também comportamentais e políticas, de forma agressiva e sarcástica, provocando em seus observadores, quase sempre, uma sensação de concordância e de identidade. Apesar de não fazer caricaturas ou obras humorísticas, não raro, a primeira reação de um observador frente a uma de suas obras será o riso. Espontâneo, involuntário e sincero, assim como suas obras.
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Portfólio
Henri Cartier Bresson Um dos grandes mestres da fotografia do século 20, morreu aos 95 anos de idade. Repórter fotográfico com trabalhos feitos para revistas como “Life” e “Vogue”, Cartier-Bresson fundou em 1947, ao lado de Robert Capa e outros profissionais, a agência de fotos Magnum.
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endo trabalhado mais de meio século a capturar o drama humano com sua câmera, ele inspirou várias gerações de fotógrafos com seu estilo intimista, que o transformou no mestre indiscutível da escola francesa de fotografia. Ele desprezava fotografias arranjadas e cenários artificiais, alegando que os fotógrafos devem registar sua imagem de uma forma rápida e acurada. Seu conceito de fotografia baseava-se no que ele chamava de “o momento decisivo” -- o instante que evoca o espírito fundamental de alguma situação, quando todos os elementos externos estão no lugar ideal.
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Portfólio
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artier-Bresson era filho de pais de uma classe média (família de industriais têxteis), relativamente abastada. Quando criança, ganhou uma câmera fotográfica Box Brownie, com a qual produziu inúmeros instantâneos. Sua obsessão pelas imagens levou-o a testar uma câmera de filme 35mm. Além disto, Bresson também pintava e foi para Paris estudar artes em um estúdio. Em 1931, aos 22 anos, Cartier-Bresson viajou à África, onde passou um ano como caçador. Porém, uma doença tropical obrigou-o a retornar à França. Foi neste período, durante uma viagem a Marselha, que ele descobriu verdadeiramente a fotografia, inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista Photographies (1931), mostrando três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.
Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês. Durante a invasão alemã, Bresson foi capturado e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou por duas vezes escapar e somente na terceira obteve sucesso. Juntou-se à Resistência Francesa em sua guerrilha pela liberdade. Quando a paz se restabeleceu, Cartier-Bresson, em 1947, fundou a agência fotográfica Magnum junto com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour “Chim”. Começou também o período de desenvolvimento sofisticado de seu trabalho. Revistas como a Life, Vogue e Harper’s Bazaar contrataram-no para viajar o mundo e registrar imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos da América, da Índia à China, Bresson dava o seu ponto de vista especial.
Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registrar a vida na União Soviética de maneira livre. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural. Na década de 1950, vários livros com seus trabalhos foram lançados, sendo o mais importante deles “Images à la Sauvette”, publicado em inglês sob o título “The Decisive Moment” (1952). Em 1960, uma megaexposição com quatrocentos trabalhos rodou os Estados Unidos em uma homenagem ao nome forte da fotografia.
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Portfólio
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Cartier-Bresson advogava: “No meu modo de ver, a fotografia nada mudou desde a sua origem, exceto nos seus aspectos tecnicos, os quais não são minha preocupação principal. A fotografia é uma operação instantanea que exprime o mundo em têrmos visuais, tanto sensoriais como intelectuais, sendo também uma procura e uma interrogação constantes. E’ ao mesmo tempo o reconhecimento de um fato numa fração de segundo, e o arranjo rigoroso de formas percebidas visualmente, que conferem a êsse fato expressão e significado”.
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Processos de Impressão
O que é Impressão Digital? Em produção gráfica, a impressão digital é um método de impressão no qual a imagem é gerada partir da entrada de dados digitais direto do computador para a impressora de produção.
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conceito de Impressão Digital é amplo e vem se modificando ao longo do tempo. Pode-se considerar qualquer equipamento que registre sobre papel, ou outro suporte, as informações recebidas de um computador na forma de dados digitais sem que haja necessidade de gravar qualquer tipo de matriz para transferência dessas informações. Dentro da amplidão e da própria concepção do definido, em um futuro próximo, teremos que reavaliar e apurar um novo conceito. Foi no início da década de 90 que se começou a falar de impressão digital. Mais exatamente em 1993, na feira internacional Ipex, na Inglaterra. Nessa oportunidade, apresentaram-se os primeiros sistemas digitais de impressão em policromia. Na Drupa de 1995, na Alemanha, a impressão digital foi a grande estrela da maior mostra de equipamentos gráficos do planeta. Na edição de 2000 da Drupa, quando a feira comemorou seus 50 anos, que a impressão digital mostrou que veio mesmo para ficar. A digitalização do processo de préimpressão criou a possibilidade única de produção dentro da rede, integrando todas as fases da cadeia gráfica.
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“Saber usá-la é o desafio de amor e ódio que tomou conta da indústria gráfica.”
Processos de Impressão A automação do fluxo de trabalho foi expandida, objetivando a inclusão dos sistemas de desenvolvimento digital, desde a fase da pré-impressão até a de acabamento. Para implantar a tecnologia digital em uma empresa é preciso mais do que investimento em tecnologia. É imprescindível promover uma ruptura e criar novos conceitos de parceria, com fornecedores e clientes. É inegável reconhecer que, mesmo nos dias atuais, há desconhecimento, desconfiança e medo em relação a Impressão Digital. No futuro as gráficas receberão as informações brutas dos criadores de conteúdo. Não importando a mídia elas terão que atender e apresentar soluções de mercado a seus clientes. A dinâmica da demanda requer novos caminhos para alcançar a pessoa certa, no momento certo e no formato certo. A gráfica do futuro deverá facilitar essa dinâmica. Sensibilidade e sinergia são palavras obrigatórias no glossário da globalização digital. Há quem veja na intuição e na gestão de talentos um ponto diferencial a ser considerado. A indústria gráfica evoluiu do conceito de “operação e supervisão de máquinas” para uma indústria de serviços, onde o marketing e a comunicação com o cliente são imprescindíveis. Mudança é sinônimo de sobrevivência e hoje uma obrigação do dia-a-dia de nossas empresas. O destino da indústria gráfica está interligado ao destino dos fornecedores.
Será pela Internet que os fabricantes de equipamentos bem-sucedidos irão comercializar, treinar, distribuir, dar suporte, comunicar e negociar com clientes e fornecedores. Para as empresas na área de negócios de comunicação e seus clientes, “há menos valor na comunicação de massa e mais valor na personalização.” No futuro, a impressão não será mais uma escolha do remetente, mas uma escolha do destinatário. As funções de pré-impressão, impressão e pós-impressão se tornarão cada vez mais automatizadas e executadas através de redes. Tradicionalmente, a indústria gráfica baseada no mercado de massa tem sido parte da categoria de “execução”, e seu sucesso, freqüentemente, é decorrente do volume.
Precisamos ser capazes de imaginar como o produto impresso poderá se tornar um produto com valor agregado. O volume global de impressos pode declinar, mas o valor de cada produto deverá aumentar. Algumas gráficas continuarão a ser organizações de larga escala extremamente eficientes. Outras, todavia, precisarão criar uma solução vertical, incorporando o gerenciamento de dados, o design e o layout, a produção, tornando-se assim um negócio com valor agregado. O produto gráfico digital não é um concorrente do offset. A impressão digital complementa e amplia as possibilidades do processo offset. Saber usá-la é o desafio de amor e ódio que tomou conta da indústria gráfica.
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Processos de Impressão
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Serigrafia Artística A serigrafia caracteriza-se como um dos processos da gravura, determinado de gravura planográfica.
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ão serigrafias únicas porque não se reproduzem em série. Trabalhadas diretamente sobre uma placa (suporte), e variando entre papelão rígido ou madeira, permitem ao artista o uso prolífero da cor junto à infinitas texturas, traços, linhas gerando efeitos visuais plásticos surpreendentes.
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