Revista ozren design

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ozren design Saiba preparar suas impress천es Kuat e a nova identidade visual Helvetica fonte mais usada no mundo


Lançamento História do design gráfico Philip B. Meggs Tradução: Cid Knipel Edição revista e atualizada por Alston W. Purvis Fundamental na formação de várias gerações de designers em todo o mundo, História do design gráfico, de Philip B. Meggs (1942-2002).

ARTE . LITERATURA . ARQUITETURA & DESIGN . CINEMA & TEATRO . ENSAIO FOTOGRAFIA . MODA . MÚSICA & DANÇA . LANÇAMENTOS . EVENTOS . INFANTIL


sumário . ozren design

sumário

expediente Projeto gráfico Miriam Mendes Diagramação Miriam Mendes Revisão Miriam Mendes Coordenação Hangel Sales

Guaraná Kuat e a nova identidade visual

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Tiragem 1 exemplar Impresso na Futura express em papel couche 120 gr

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notícias / eventos -Manual prático de produção gráfica

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A fonte que todo designer deve conhecer e deveria possuir

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Pré-impressão Saiba preparar suas impressões

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Rotogravura / Serigrafia

6 dicas para uma boa wfotografia

16 As ilustrações de Catarina Gushiken

18 Design da embalagem

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Acabamento especial O misterio das cores

Portfolio com Joshua Davis

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ozren design . notícias gráficas

Manual prático de produção gráfica Praticamente de cada capítulo deste livro é possível fazer um só livro, porque são abordados temas complexos como: a preparação dos ficheiros para a impressão; a avaliação e a escolha dos originais; a escolha correta das cores; a prevenção do ganho de ponto; a avaliação e a correção das provas de cor; a escolha do processo de impressão; a escolha dos suportes adequados para imprimir e os acabamentos indicados; a descrição de um trabalho, a escolha da gráfica e, finalmente, dou algumas dicas sobre alguns problemas com que me deparei na minha experiência como produtora gráfica. Com este manual gostaria de conseguir que todos aqueles que estão envolvidos no processo criativo - desde clientes a accounts ou criativos - se tornem mais participativos na produção, principalmente no sentido de perceberem um pouco mais de artes gráficas, de forma a que ninguém mantenha falsas expectativas relativamente aos impossíveis desta profissão, então ficarei com a sensação de dever cumprido: todos falando a mesma linguagem. Atualmente há 2 grandes circuitos que um trabalho gráfico pode seguir: o circuito digital e o circuito convencional. Para decidir exatamente qual deles devemos seguir, há que considerar vários fatores: tiragem; qualidade; prazo e preço. Há que conhecer muito bem todos os processos de impressão convencionais e digitais para tomar a decisão certa.

Este livro pode ser comprado em qualquer livraria, na Loja das Maquetas www.lojadasmaquetas.com ou através da editora www.principia.pt 4

eventos Pixel Show 2009 Quinta edição do evento realizado pela Zupi traz dois palestrantes internacionais. Confira os preços promocionais. exposições Expo fotográfica aceira trabalhos Universo do Conhecimento inaugura galeria de artes com expo fotográfica e seleciona trabalhos para comporem novo espaço. eventos Icsid World Design Congress Congresso aborda tendências do design mundial com foco em soluções de sustentabilidade. eventos SP Photo fest Primeira edição do evento internacional de fotografia toma conta do Museu da Imagem e do Som entre os dias 10 e 13 de setembro. eventos Dr. Sketchy’s Anti Art School Movimento artístico criado pela artista Molly Crabapple chega ao Brasil. Dia 26 de junho. eventos Paraty em Foco Fotógrafos e amantes da arte do click se reúnem na cidade histórica em setembro.


tipografia . ozren design

Helvética: A fonte que todo designer deve conhecer e deveria possuir Em 1957, Max Miedinger criou a família tipográfica chamada Neue Haas Grotesk, que foi comprada por Eduard Hoffman para a empresa Haas’sche Schriftgiesserei de Münchenstein, Suíça. Em 1960 a fonte foi renomeada para refletir o nome do país em latim – Helvetica. Espalhado como um símbolo de tecnologia-de-ponta suíça, Helvetica se tornou reconhecida mundialmente. O objetivo da tipografia conhecida hoje como Helvetica, era de criar um tipo claro, sem significados culturais, de fácil legibilidade e que pudesse ser usado em diferentes tipos de suporte: desde sinais de trânsito até

impressos em papel. Helvetica é uma das fontes sem-serifa mais usadas no mundo. Existem versões para línguas derivadas do latim, cirílico, hebreu e grego além de versões especiais para hindu, urdu, khmer e vietnamita. Variantes dos sistemas de escrita baseado em caractéres incluem chinês, japonês e koreano foram desenvolvidos para complementar a Helvetica. Entre as empresas mais famosas que usam Helvetica nas suas marcas incluem a 3M, American Airlines, a rede de jornalismo BBC News, Boeing, Jeep, linhas aéreas Lufthanse, Microsoft, Panasonic e muitos outros. A fonte está até impressa nos ôni-

bus espaciais da Nasa, além de ter seu próprio filme. Helvetica do diretor Gary Hustwit é um longa-metragem independente sobre tipografia, design gráfico e cultura visual global. Ela olha para a proliferação de um tipo de letra (que comemorou seu aniversário de 50 anos em 2007) como parte de uma grande conversa sobre como o tipo afeta as nossas vidas. O filme é uma exploração dos espaços urbanos em cidades grandes e do tipo que habita-las, e uma discussão fluida com designers de renome sobre o seu trabalho, o processo criativo, e as escolhas e estética por trás da sua utilização do tipo.

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ozren design . pré-impressão

Saiba preparar suas impressões Problemas de pré-impressão podem custar muito em termos de tempo, dinheiro e reputação. Compreender a preparação de impressos é essencial para evitar tropeços

Para qualquer prestador de serviços, oferecer um produto empecável para o cliente é fundamental. No caso do design impresso, a preparação de uma impressão é parte integrante de um job de sucesso. Se um trabalho de design é uma corrida de 1500 metros, a pré-impressão consiste nos 500 metros iniciais. Tropeçar nesse trajeto pode comprometer todo o trabalho, custando muito ao seu estúdio em termos de tempo, gastos e, o pior de tudo, colocar a confiança do cliente em jogo. O ponto de largada para um bom projeto impresso é assegurar que ele terá as cores que você e o cliente escolheram. Ao contrário do que muitos podem pensar, o gerenciamento de cor não é um assunto tão árido quanto pode parecer: hoje, com um bom monitor e um calibrador de impressora, você está bem protegido contra erros. Depois de adquirir o hardware adequado, a etapa seguinte é selecionar aplicações que façam a leitura de cor mais realista possível. Felizmente, a parte mais difícil do

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trabalho já foi feita pela Periodical Publishers Association (PPA), que padronizou o processo de pré-impressão em alcance global. O objetivo do guia pic4press é melhorar a previsibilidade e a consistência das imagens digitais no intercâmbio entre fotógrafos, editoras e gráficas. O guia mostra como otimizar os programas da Adobe Creative Suite para lidar com perfis de cor no formato ICC, entre muitas outras coisas. Já o guia pass4press, também da PPA, fala sobre um dos aspectos mais importantes do trabalho impresso: a criação de PDFs para os mercados publicitário e editorial. Também é possível baixar presets para QuarkXPress, InDesign e Acrobat Distiller, além do próprio guia, em www.pass4press.com. Padrões de PDF De acordo com o guia pass4press, o padrão PDF/X-1 a é o que mais facilita a troca de arquivos entre designers e gráfica. Contudo, o que o pass4press

não explica é como eliminar quatro grandes problemas que costumam ocorrer na geração de PDFs: a não-fixação de fontes, espaços de cor em RGB, imagens faltando ou erros como overprint e invasão de cor. Apenas a pré-impressão poderá identificar esses problemas antes que eles cheguem nas mãos do cliente. O Adobe Acrobat Profissional(que se encontra na versão 9.0) é a aplicação ideal para abrir PDFs, além de conter propriedades extremamente úteis para os designers. A ferramenta Preflight, presente na versão 9.0(menu Advanced>Preflight) analisa o conteúdo de um PDF para determinar se ele está válido para a impressão, inspecionando o arquivo por meio de um conjunto de valores ou ‘perfis’ definidos pelo próprio usuário. Também há inúmeros perfis de pré-impressão padrão construídos com base no Ghent PDF Workgroup(www.gwg.org), um comitê de experts dedicados a formular especificações para melhores práticas na arte gráfica e no design.


pré-impressão . ozren design

Melhore a sua imagem para impressão Mesmo na fotografia profissional, o resultado da impressão pode decepcionar. É aí que entram as ferramentas de melhoria de nitidez do Photoshop. É importante lembrar que esses recursos não podem melhorar uma imagem que está focalizada de modo incorreto. A ferramenta Smart Sharpen proporciona um campo de edição mais amplo. mesmo assim, faça sempre uma série da mesma imagem com tolerâncias diferentes antes de mandar o trabalho para a impressora.

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Antes de aplicar qualquer melhoria, lembre-se de otimizar o tamanho da imagem. Se melhorar a nitidez dos pixels e depois reduzir a imagem, perderá todos os detalhes editados. A melhoria da nitidez ocorre com ampliação dos pixels claros e escuros que estão próximos uns dos outros. Escurecendo os pixels e vice-versa, cria-se uma borda definida.

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Para abrir a caixa de diálogo SmartSharpen, vá Filter > Sharpen > SmartSharpen. Clique em um ponto e foco na imagem. mantenha a dialog view em 100%, mas deixe a imagem do fundo com 50% do tamanho para ter uma idéia do resultado da impressão. Você pode mudar a escala da imagem de fundo pressionando Ctrl - ou Ctrl +.

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04.

Com o Radius em 2.4, conseguirei uma borda nítida assim que os pixels estiverem reduzidos e compactados. Agora posso reduzir a porcentagem de Amount, o que vai restaurar a quantidade de fragmentação dos pixels. Um bom jeito de checar as alterações na sua caixa de diálogo é segurar a barra de espaço. Assim você pode arrastar o preview e fazer com que a imagem volte ao estado original.

05.

O último ajuste a ser aplicado é Remove. Posso usar o Motiom blur para corrigir uma fototremida e o Gaussian blur em imagens escaneadas. Costumo evitar o More Accurate, pois ele pode bagunçar a granulação da foto. Depois, melhoro áreas como os olhos usando Sharpen com pouca opacidade.

Começo colocando 500% no valor do Amount para ver o quanto meus ajustes de Radius precisam ser aperfeiçoados. O Radius é a grossura das auréolas que o Photoshop traça ao redordas bordas de uma imagem. Para ver o que isso significa, aumente bastante os valores. Mantenha os valores baixos, mas, como o que estou vendo na tela não se traduzirá na impressão, consulto tanto a imagem de fundo quanto a pré-visualização na caixa de diálogo. Ajuste o valor para 2,4 px.

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ozren design . impressão

Rotogravura: Sistema de impressão Encavográfico Trata-se de um processo de impressão direta, cujo nome deriva da forma cilíndrica e do princípio rotativo das impressoras utilizadas.

Difere-se dos outros métodos pela necessidade de que todo o original tenha de passar por um processo de reticulagem, incluindo o texto. A impressão é rotativa e se dá em diversos tipos de superfície. O primeiro projeto de uma máquina com matriz de impressão apresentando o grafismo gravado, foi patenteada em 1784 por Thomas Bell. Porém, o primeiro projeto de um equipamento rotativo de impressão a utilizar deste tipo de processo data de 1860, e deve-se a Karl Klic, que é considerado pai da Rotogravura. Na Rotogravura, a impressão aplica quantidade de tintas em diferentes partes do impresso. Isso é possível graças à gravação de células em um cilindro revestido com cobre e cromo. A gradação das tonalidades da imagem é determinada pela profundidade das células: as profundas contêm mais tinta, assim imprimem tons mais escuros; as rasas, com menos tinta, resultam em tons mais claros. Depois de ser gravada no cilindro revestido com cobre, a imagem é recoberta com cromo para dar maior durabilidade. O sistema de pré-impressão consiste nas etapas necessárias para confecção dos cilindros de Rotogravura. O cilindro é a unidade básica de impressão, isto é, para cada cor de impressão corresponde um cilindro de Rotogravura. O processo final da pré-impressão é a gravação de cilindros. Este tipo de impressão é feito em máquinas rotativas, que podem ser

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alimentadas por folhas ou por bobinas. A alimentação por folhas é utilizada para pequenas tiragens e reproduz trabalhos de arte. A alimentação por bobinas é projetada para rodar a altíssimas velocidades, sendo ideal para trabalhos de elevada tiragem. No processo de impressão, o cilindro é instalado na máquina (normalmente com 8 cores) é imerso num tinteiro que contém tintas e solventes de secagem rápida (por evaporação). Existe depois uma raclete instalada no início que entra em contato com o papel que visa remover o excesso de tinta. Depois de estar devidamente entintado, entra em contato com o papel (plástico, papelão...), que em pressão com o cilindro compresso vai imprimir.

Sua vantagens Impressão de walta qualidade e alta tiragem em branco, preto e colorido; Qualidade uniforme em toda tiragem; Pretos mais ricos e gama mais ampla de tonalidades em relação a todos os outros processos de impressão; Mais econômicas nas altas tiragens e altas velocidades. No entanto, com preparação cuidadosa e atenção para os detalhes, as pequenas tiragens podem ser feitas a um custo competitivo; As chapas e cilindros, embora durem mais, custam mais que os tipográficos ou em offset.


impressão . ozren design

Serigrafia: Popularmente chamada de silk-screen Desde os tempos mais remotos, existe, no Oriente, o estêncil (pl. estênceis, em inglês stencil) para a aplicação de padrões (modelos, espaços seqüenciais) em tecidos, móveis e paredes. Na China os recortes em papel (cutpapers) não eram só usados como uma forma independente de artefato, mas também como máscaras para estampa, principalmente em tecidos. No Japão o processo com estêncil alcançou grande notabilidade no período Kamamura quando as armaduras dos samurais, as cobertas de cavalos e os estandartes tinham emblemas aplicados por esse processo. Durante os séculos XVII e XVIII ainda se usava esse tipo de impressão na estamparia de tecidos. Aos japoneses é atribuída a solução das “pontes” das máscaras: diz-se que usavam fios de cabelo para segurar uma parte na outra. No Ocidente registra-se no século passado, em Lyon, França, o processo (de máscaras, recortes) sendo usado em indústrias têxteis (impressão a la lyon-

naise ou pochoir) onde a imagem era impressa através dos vazados, a pincel. No início do século registravam-se as primeiras patentes: 1907 na Inglaterra e 1915 nos Estados Unidos, e o números de impressos comerciais cresceu muito. Na América, os móveis, paredes e outras superfícies eram decorados dessa maneira. Foram raros os artistas que utilizaram o processo como ferramenta para a execução de gravuras, ou de trabalhos gráficos.Theóphile Steinlein, um artista suíço que vivia em Paris no início do século (morreu em 1923) é um dos poucos exemplos do uso da técnica. No fim da segunda guerra mundial, quando os aviões americanos aterrizaram em Colónia (Alemanha), com suas fuselagens decoradas com emblemas e comics em serigrafia, surgiu o interesse europeu pela técnica. Serigrafia ou silk-screen é um processo de impressão no qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma tela preparada.

A tela, normalmente de seda, náilon ou poliéster, é esticada em um bastidor de madeira, alumínio ou aço. A “gravação” da tela se dá pelo processo de fotosensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotosensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto matriz+fotolito colocados por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotosensível que foi exposta a luz. É utilizada na impressão em variados tipos de materiais (papel, plástico, borracha, madeira, vidro, tecido, etc.), superfícies (cilíndrica, esférica, irregular, clara, escura, opaca, brilhante, etc.), espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores. Também pode ser feita de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas).

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ozren design . acabamentos

Acabamento especial Há inúmeras finalizações disponíveis para destacar um trabalho impresso muitas vezes elas são mais importantes do que a própria impressão. Conheça algumas das finalizações:

As facas consistem no processo de cortar e moldar usando um bloco de metal. O bloco é utilizado para cortar partes especificas do design de modo a criar um efeito tátil e decorativo.

O envernizamento em UV é um dos processos que mais destacam as cores. Elas ficam mais ricas e fortes, especialmente se o verniz é aplicado em apenas alguns elementos.

Como o alto relevo, o baixo relevo cria imagens tridimensionais por meio de uma depressão na impressão.

Esse tipo de estampa envolve um filme que é pressionado no material impresso usandose uma faca.

O alto relevo permite a criação de um design tridimensional por meio da pressão de calor no papel. Overprint é o simples processo de imprimir uma cor em cima da outra de modo que ela se interseccionem.

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portfolio . ozren design

Portfolio Joshua Davis

“Gosto de bagunçar tudo o que fiz e começar do zero. Um caminho diferente resulta em novas aventuras, novos erros e também em novos triunfos”

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ozren design . portfolio

Pioneiro na abstração dinâmica, forma de arte gerada por computadores, o artista, designer e tecnólogo nova-iorquino Joshua Davis já trabalhou para BMW, Nike e Motown Records, exibiu trabalhos em galerias como a Espeis Galery, em Nova York, EUA, a Maxalot, e Amsterdã, Holanda, e também em museus como MoMA, em Nova York, e o Guggenheim de Bilbao, na Espanha. Além de ser professor na School of Visual Arts de Nova York, Joshua da palestras memoráveis em conferências. Em 2001 o artista ganhou um prêmio do Prix Ars Electronica na categoria Net Excellence.

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portfolio . ozren design

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ozren design . criação e design

Guaraná Kuat Nova identidade visual O guaraná Kuat, da Coca-Cola, que completa dez anos de vida no final deste ano, decidiu arregaçar as mangas e promover algumas ações com o objetivo de conquistar novos consumidores e uma participação mais polpuda dentro de seu mercado. A estratégia da companhia vai começar por uma grande mudança na identidade visual do Kuat. A idéia é se apropriar da cor que caracteriza o refrigerante, adotando o dourado como cor predominante, diferentemente dos tradicionais verde e vermelho da categoria, estabelecendo uma evolução dentro do segmento de guaranás premium. Além de mais moderno, o grafis-

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mo de Kuat também está mais iconográfico: a letra K do logotipo ficou mais longelínea e a imagem do fruto, vermelha, dá lugar a uma discreta esfera, na mesma cor. Criada pela agência Santa Clara, a nova identidade visual tem um simbolismo especial na construção da nova postura, mais ousada, de Kuat, que pretende inspirar as pessoas a “buscar sempre a evolução em suas vidas”. “A mudança visual é apenas o começo de um novo e envolvente caminho. As novas embalagens marcam o início da evolução também da nossa comunicação com o consumidor”, explica Andréa Mota, diretora de marketing da

Coca-Cola Brasil. As novas latas de Kuat são totalmente douradas, com exceção do logotipo em verde e vermelho. Já Kuat Zero traz pequenas frisas brancas alternadas ao dourado. Nas garrafas - tanto as de vidro quanto as de PET, a solução para ressaltar o dourado foi simples: embalagens transparentes substituíram as verdes, fazendo com que o líquido se encarregue de dar o tom dourado à embalagem. Vale ressaltar que a marca Kuat é líder no segmento guaranás em importantes capitais, como Salvador, Fortaleza e Teresina, cidades onde vem se distanciando à frente de seu principal concorrente.


criação e design . ozren design

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ozren design . fotografia

Exercitar o olhar é fundamental para se obter boas fotos As câmeras fotográficas digitais, tradicionais ou em celulares - estão em toda parte: nas ruas, no ônibus, no metrô, no avião, no restaurante, na balada, no colégio ou na faculdade e até em ambientes de trabalho. Não há dúvida, nunca se fotografou tanto como hoje. Assim como, jamais se mostrou tanto o que se clica. Por fim, em tempo algum o fotógrafo foi tão protagonista de suas próprias imagens. Esses dois últimos exemplos, por sinal, são uma clara cortesia da internet e suas múltiplas redes de relacionamento. Alguns pesquisadores, como o indiano Ramesh Raskar do MediaLab, laboratório de mídia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), nos EUA, um dos principais centros da vanguarda mundial de pesquisa em novas tecnologias, têm se dedicado ao estudo do tema. Para Raskar, o que estamos testemunhando é o surgimento de uma “cultura da câmera” (camera culture, em inglês). Raskar defende que não se trata apenas de uma mera expansão quantitativa das imagens. O fato novo é o relacionamento entre as pessoas, mediado pela inter-

01 Tente fugir do clichê de colocar o assunto sempre no meio da foto. Desclocar o objeto principal da imagem pode fazer toda a diferença para deixá-la mais interessante. 16

net e baseado cada vez mais no registro e no desejo de se consumir imagens. O digital mudou tudo - ou quase - na fotografia. “A fotografia extrapolou suas fronteiras com o digital. E o mercado expandiu de tal forma que hoje todo mundo tem interesse nesse assunto”, observa Duda Escobar, show manager da PhotoImage Brazil, maior evento do setor da América Latina, que começou ontem (11) em São Paulo. É preciso experimentar - De um jeito ou de outro, a boa notícia é que não importa qual a câmera que você tem ou pretende comprar. Ela é capaz de tirar boas fotos. A opinião é do pelo renomado fotógrafo Klaus Mitteldorf, que costuma tirar belas fotos até com os seus celulares, e ao idealizador e curador-geral do tradicional Prêmio Porto Seguro de Fotografia, Cildo Oliveira, que sempre se preocupou em abrir espaço para novas plataformas de pesquisa da imagem na premiação (neste ano as fotos feitas com celulares ganharam uma categoria própria). Para você acertar no clique, preparamos um guia com dicas simples que podem ajudá-lo nesta missão. A pri-

meira - e talvez mais importante dica - é: tire muitas fotos, muitas mesmo. Experimente todos os ajustes e opções de comandos que encontrar na máquina e observe atentamente aos resultados deles. Em suma, explore e exercite seu olhar. É claro que uma câmera mais sofisticada trará mais recursos e, com eles, mais possibilidades. Mas isso não quer dizer que ela é garantia de uma boa foto. “Uma boa câmera sempre ajuda, mas o olho do fotógrafo é fundamental na imagem”, observa Oliveira. “O bom fotógrafo é aquele que sabe usar o seu equipamento, seja ele de boa ou má qualidade”, pondera Mitteldorf. Apesar da revolução trazida pelo digital e do filme fotográfico ter virado quase item de museu, o negócio de revelar fotos (imprimir imagens em papel fotográfico), que há pouco tempo parecia ter sido sepultado, têm prosperado e movimenta, em todo o mundo, cerca de US$ 1 bilhão. Quer dizer, muita gente percebeu que a melhor forma de ver fotos ainda é no bom e velho - e analógico - álbum. Ironias do mundo digital.

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Lembre-se que o flash tem um alcance limitado, de normalmente três a cinco metros, às vezes um pouco mais. Não adianta deixar o flash ligado em uma foto onde o foco é um objeto a 30 metros.

Cores vibrantes, linhas e outros objetos podem interferir ou tirar a atenção do foco. Um erro engraçado, porém muito comum, é tirar foto de uma pessoa em frente a uma árvore onde os galhos parecem formar chifres sobre sua cabeça.


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04 Tire fotos na altura dos olhos da pessoa. Para tirar foto de criança fique de joelhos, sente, atire-se no chão. Faça o necessário para ficar ao nível dela.

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Muitos assuntos exigem uma foto vertical. Se o foco tiver mais linhas verticais, como um farol ou uma escada, vire a câmera.

Sempre que puder, aproveite a luz do Sol. Posicione-se de forma a deixar a fonte de luz à suas costas, aproveitando assim a iluminação. É impressionante quanta diferença pode fazer um simples 17 passo para o lado.


ozren design . ilustração

Ilustração Catarina Gushiken ozren: Como foi sua trajetória no mercado de trabalho? Comecei a trabalhar com 16 anos, como assistente de arte na revista Show Bizz. No ano seguinte, fui para Cavalera, onde trabalhei por sete anos. Comecei como estagiária e depois assumi a coordenação de estilo. Hoje aos 26 anos tenho o meu próprio studio, onde desenvolvo projetos de design. As roupas são suportes maravilhosos como tantos outros. A diferença é que amo criar as roupas assim como criar as estampas. Aqui no studio desenvolvo peças e estampas exclusivas e o cliente pode levar enquadrado o desenho da sua roupa. ozren: Como você define seu estilo? Quais são suas fontes de inspiração? Referências orgânicas distorcidas, com uma cartela de cores e um movimento que faz com que tudo pareça vir de um sonho, onde a sensualidade está implícita em cada traço. A leveza e a segurança que os meus amigos e minha família me trazem são minha maior fonte de inspiração! ozren: Quais as técnicas que utiliza em seus trabalhos? Uso aquarela, nanquim, pastel seco, tinta de tecido, tinta acrílica de parede, misturo tudo, depende do suporte. Gosto de desenhar à mão e não utilizo recursos gráficos. ozren: Você prefere ter temas definidos ou livres? Gosto de ter uma direção de trabalho bem definida, mas com liberdade de criação. Agora se não é trabalho, gosto

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ilustração . ozren design

de ser livre, não penso em nada quando estou desenhando. Não formulo histórias. O desenho vai acontecendo à medida que traço. Tudo vem do subconsciente. ozren: O que você ainda espera realizar dentro do mundo da moda? Desde que comecei a trabalhar, uma coisa sempre me projetou para outra e, para minha alegria, a outra sempre me fez crescer. Espero realizar muitos projetos e concretizar muitos sonhos. Não vou parar de pensar em realizações nunca. Trabalho intensamente amando tudo o que faço e tenho ao meu lado pessoas maravilhosas. ozren: De que trabalho você sente mais orgulho em ter realizado? O de montar meu studio com a minha identidade visual. ozren: Qual a sua visão a respeito do mercado da moda hoje? O mercado da moda está se profissionalizando cada vez mais. A Zoomp é um exemplo disso. Desde 2006 a marca é controlada pelo grupo HLDC e anunciou a criação de um grupo de gestão de marcas de moda chamado Identidade Moda (I’M), além da compra de quatro grifes: Clube Chocolate, Fause Haten, Cúmplice e Herchcovitch; Alexandre. Isso já havia acontecido na Europa há muito tempo, o estilista Marc Jacobs, por exemplo, fez o faturamento para a Vuitton triplicar, e foi consagrado como mago das tendências e dos lucros, por isso o presidente da LVMH (um grupo que possui várias marcas) renovou o contrato com ele por 10 anos. Os valores do negócio são guardados a sete chaves, mas já dá pra imaginar porque este grupo comanda a Christian Dior, Givenchy, Guerlain, Moët et Chandon, nomes de prestígio, universalmente conhecidos, sinônimos de luxo, de qualidade e refinamento.

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ozren design . embalagem

Design da embalagem: Composição e apresentação da embalagem Dando vida ao projeto

boneco da embalagem estar montado; Inicie pelo desenho ou pela planta técnica, depois, vá colocando todos os demais elementos.

Ponto em que o designer passa a interferir no projeto; A composição deve atender a todas as premissas do projeto; Encontre o ponto de maior relevância e trabalho prioritariamente nele; Deve ser decidido se a ênfase será por meio da cor, imagem, texto, forma, composição. Defina o foco do trabalho.

A forma

Hierarquia da composição

complexa e sofisticados.

Conceitos de diagramação chamado Grid design( ou malha), desenvolvidos pela escola suíça de desenho para o estilo internacional de design(1950); Crie uma hierarquia clara na composição para aplicar a ênfase, definindo uma ordem de importância para as informações; O consumidor confia mais em embalagens que apresentam uma ordem hierárquica;

Focalizando o desenvolvimento Trabalhe “em linha reta”, executando uma atividade após a outra, seja objetivo; Não questione as definições antes do

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É o principal elemento de diferenciação, provendo identidade ao produto; Deve ser o ponto relevante para produtos com personalidade, de entidade

A cor Principal elemento de comunicação que provoca estímulos visuais que podem influenciar na percepção; Fique atento ao sentimento que a cor transmite; Produtos com a cor como ponto relevante da embalagem são facilmente reconhecidos e acabam tendo algo em comum na categoria; Faça a pergunta: De que cor é o produto? -se a resposta não for clara e objetiva, alguma coisa está errada.

Utilizando fotos É o ponto de relevância mais trabalhoso; Para imagens de produtos alimentícios: - Tem que explorar o apetite - Utilize um ângulo simulando uma pessoa vendo o produto a sua frente na mesa; - Trabalhe sempre com a ajuda de um produtor de alimentos. Ao utilizar pessoas:

- Só use modelos se possuirem empatia; - Evite focar diretamente os rostos, de ênfase ao produto. Procure dar movimento a cena; Utilize efeitos gráficos apenas para gerar um clima ou significado de estilo ao produto.

Utilizando ilustrações Ilustrações possuem uma mística própria que atribuem em toque humano e artístico ao produto; Desenhos hiperrealistas podem dar ênfase; Desenhos não realistas podem provocar a imaginação do consumidor e o estilo do desenhista agrega personalidade ao produto.


embalagem . ozren design

Assinatura do produto É o elemento-chave da identidade do produto; O logo do produto deve expressar uma personalidade e seus atributos significativos, enfatizando seu diferencial; O estilo do logo deve ser exclusivo do produto e jamais ser aplicado em outro; Nunca utilize um tipo comum. Se usar, altere; Preveja como esse logo será utilizado no material promocional.

Tipografia

para o produto; Pode ser um elemento coadjuvante ou parte expressiva do conjunto.

Elementos visuais de apoio São componentes que promovem uma interação entre as informações do produto e sua identidade. Permitem dar mais ênfase e significado a uma determinada informação; Podem ser compostos por ícones ou símbolos culturais; Podem estar impressos na embalagem ou inseridos.

Pode agregar valor e significado ao produto; Deve manter uma unidade com o logotipo do produto; Todo material deve ser relacionado: -logotipo;

Composição e diagramação

-descritivos, textos legais e obrigatórios - material de ponto de venda - material promocional Não se deve abusar na utilização de famílias de tipos, apenas uma com suas variações (negrito, light, etc); Tipos compactos (futura condensed) funcionam melhor em embalagens com pouco espaço; Para massa e peso visual, funcionam melhor: Franklin e Helvetica heavy Sempre utilize alto contraste.

ve-se agrupar os elementos por blocos informativos e significantes, criando uma unidade entre eles; Os elementos periféricos devem sempre contribuir para elevar e destacar o elemento relevante; Não devem competir pela força de comunicação visual.

Fundo da composição Os elementos de fundo da embalagem geram um clima ou um ambiente

Deve ser estudado o peso necessário à função de cada elemento; O elemento relevante precisa agrupar em sua volta os demais elementos; De-

Finalizando o design Crie uma boneco da embalagem o mais fiel possível; A planta técnica deve ter descrita todos os detalhes sobre o projeto; Confronte uma gôndola com varias embalagens para observar o agrupamento em massa.

Apresentação do design Deve ser considerada como uma etapa do projeto, em que se deve verificar se o design aponta para o caminho certo Monte uma apresentação com a sequência de informação necessária ao entendimento do projeto; Deve seguir o passo a passo do projeto, apresentando primeiro as pranchas e estratégia de design, enfatizando os objetivos estabelecidos; Demonstre com clareza como os objetivos foram atingidos pelo desenho; Exiba o passo a passo da montagem da embalagem e seu estudo em gôndolas; As duvidas devem ser resolvidas em conjunto com o cliente, nunca encaminhar layouts para ser aprovado; As pranchas e os protótipos devem ser

entregues ao cliente, pois fazem parte da historia do produto.

Considerações finais Dificilmente uma embalagem é aprovada completamente na 1° apresentação. Sempre existiram ajustes e sugestões para serem avaliadas; O bom design não precisa ser defendido com teorias ou retóricas explicativas; Um bom design faz sentido e conquista o entusiasmo do cliente; Um designer nunca deve se comportar como um competidor pela aprovação de sua proposta e nem se considerar um derrotado pela reprovação.

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ozren design . artigos técnicos

O mistério das cores Não passa uma semana sequer sem que eu receba e-mails com perguntas sobre cores, desde consultas sobre a aplicação em logotipos, uso em cartazes e até na decoração da casa. Mas falar de cores é muito mais complexo do que parece. Existem várias teorias, estudos e conceitos que divergem. O tema “cores” faz parte de todas as disciplinas que leciono. Sempre falo sobre essa diversidade no mundo da escolha. Abordo cinco modos de usá-las, cinco associações cromáticas, que divergem em alguns pontos, mas que estão corretas sob o ponto de vista de estudo e de pesquisa. São elas: • associação psicológica; • associação fisiológica; • associação sinestésica; • associação afetiva; • associação matéria. Também poderíamos analisar e aplicar as cores levando em conta os estudos da psicodinâmica e da cromoterapia; os estudos matemáticos, os esotéricos e os astrológicos, baseados na tradição celta, indígena ou no nosso folclore; sem esquecer a história de cada sociedade — abordo isso em associação afetiva. Um estudo sobre o qual sempre me questionam é o feng shui. Todos estão certos, desde que baseados em conceitos e pesquisas sólidas. Todas as possibilidades acima possuem uma relação correta sobre a escolha, uso e aplicação de cores.

Somado a isso, não podemos esquecer nunca da relação pessoal que cada um possui com as cores. Exemplo: no caso de um projeto ter um direcionamento mais pessoal, diferindo-o do que é feito para um grande nicho de mercado. As diferenças entre o que cada cor causa em cada um dos seus métodos de uso são grandes. E é por isso que digo sempre que criar uma regra única para o uso das cores configura um erro grave. Cores podem ser “boas ou ruins” dependendo da associação em que foi baseada. O erro está no método de escolha e não na escolha. Deve-se definir qual o tipo de associação, de pesquisa cromática que é o mais adequado para o projeto em questão, seja ele de criação de logotipo, cartaz ou decoração da casa. O amarelo, por exemplo, pode ser uma cor positiva dentro da psicologia cromática, mas é negativa na relação fisiológica. Isso tudo ainda se agrava quando temos de juntar a associação cromática com a superfície em que é aplicada. Será papel (CMYK) ou vídeo (RGB)? Ainda usando o amarelo como exemplo: sua variação em intensidade de luz — vale sempre lembrar que cor é luz — é enorme se percebermos como o mesmo amarelo pode refletir diferente — cor é luz refletida — em um papel, uma parede, um tecido e, principalmente, como difere em uma superfície que já reflete luz, como uma tela de vídeo. Falando em iluminação, as diferenças de uso e aplicação só aumentam. O tipo de luz que temos em um ambien-

te influencia diretamente no modo como vemos cada cor. Se um projeto de uso de cor for para cenografia, o figurino de um filme ou teatro tudo fica mais complexo porque a iluminação criada para cada cena, cada ato, interferirá diretamente na cor absorvida pelo nosso cérebro. Portanto, não existe conceito único, regra única quando falamos de cor. Na verdade acredito, sim, em uma regra básica, única, quando temos de escolher cores: sinta-as antes de mais nada; para mim, a sinestesia é sempre um bom começo. Termino com uma frase de Vincent van Gogh sobre cores: “Normalmente, meu espírito está inteiramente tomado pelas leis das cores. Ah, se elas nos tivessem sido ensinadas em nossa juventude.” Um filme: “Gabbeh” — produção iraniana de 1996, com direção de Mohsen Makhmalbaf — não só porque gosto muito de cinema iraniano. Mas este filme é, com certeza, obrigatório para qualquer um que queira entender ou aprender mais sobre a linguagem das cores e suas simbologias. Uma música: “Volta” — de Manacéia da Portela cantada por Marisa Monte e pela Velha Guarda da Portela — o que tem a ver com cor? Diretamente nada, mas realmente cantei essa música quase o tempo todo em que escrevi este artigo. Sinestesicamente, talvez ela tenha a cor do dia de hoje, de uma lembrança... ou de qualquer outro momento azul. (Esta música faz parte do documentário sobre a Velha Guarda da Portela — Mistério do Samba).

Márcia Okida é designer gráfico, vice-presidente da Associação Cultural Vontade de Ver. Professora nos cursos de Produção Multimídia, Jornalismo e Publicidade & Propaganda; coordenadora de Produção Multimídia. Universidade Santa Cecília (UNISANTA). www.marciaokida.com.br/blog . E-mail: okida@uol.com.br

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