z Revista
Grafico
SKATE E DESIGN
A FORTE LIGAÇÃO DO ESPORTE COM AS ARTES GRÁFICAS... CONHEÇA O TRABALHO DE BILLY ARGEL.
FOTOGRAFIA
NESTA EDIÇÃO CONHEÇA ALGUMAS TÉCNCICAS DE FOTOGRAFIA
ILUSTRAÇÃO
CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DOS ESTÚDIOS TERRY TOONS.
E MAIS...
NOTÍCIAS SOBRE PRÉ-IMPRESSÃO, IMPRESSÃO E ACABAMENTO.
NAREBA EDITORA
#1 setembro/ 2009 R$ 11,90
FOTOGRAFIA
ILUSTRAÇÃO
EMBALAGEM
ARTIGOS TÉCNICOS
16
18 20
22
CRIAÇÃO E DESIGN
PORTIFÓLIO
IMPRESSÃO
8
11 14
PRÉ-IMPRESSÃO
6
ACABAMENTO
TIPOGRAFIA
5
10
NOTÍCIAS GRÁFICAS
Couchê
4
z Revista
Grafico
Projeto Gráfico e Diagramação:
Alexandre Paiva
Revisão:
Alexandre Paiva
Coordenação Técnica:
Rangel Sales
Tiragem:
1cópia
Papel:
A importância do design na indústria do skate. O design gráfico é uma
não vemos em outros esportes.
sign gráfico de suas pranchas,
forma de comunicação visual.
Foi uma época em que o esporte
com trabalhos que podem
Mas você deve estar se pergun-
estava evoluindo muito e os sha-
ser agressivos, irônicos, de
tando: - O que isso tem a ver
pes, precisaram ter seu tamanho
protesto, críticos, cômicos ou
com skate?
aumentado, ultrapassando os
bem-humorados.
“Tudo”. É que a maioria das
20cm de largura. As empresas
Estes trabalhos contêm cari-
marcas de skate buscam no mer-
começaram a aproveitar esse
caturas e gozações com cele-
cado bons profissionais na párea
espaço para aplicar estampas
bridades, fatos, personagens e
do design gráfico, para esses,
relacionadas ao contexto da prá-
logos famosos; uso de ícones
através de um processo técnico
tica do esporte. Um dos mais
da cultura popular e a apro-
e criativo que utiliza imagens
famosos designers dessa área é
priação de trabalhos já exis-
e textos para comunicar men-
o brasileiro Billy Argel, cujo tra-
tentes sem a preocupação com
sagens, ideias e conceitos das
balho é influência assumida para
seus direitos autorais.
marcas em seus produtos. Isso
boa parte da geração de artistas
faz com que os designers grá-
urbanos brasileiros.
parte fundamental do skate, não
ficos também estejam inseridos
só o design gráfico que é aplicado
no meio do skateboard. Isso co-
esporte é praticado foi
na identidade visual das marcas,
meçou no fim da década de 70,
determinante para que os
mas também design de produtos
quando os skatistas começaram
skatistas criassem a sua per-
utilizado nos acessórios e design
a adotar um perfil próprio. Skate
sonalidade, sua conduta e va-
de moda aplicado no vestuário.
e arte passaram a ter uma liga-
lores referentes a diferentes
Essa é uma área do mercado que
ção muito forte, principalmente
assuntos. Essas característi-
tem muito à oferecer, a tendên-
desse esporte com as artes gráfi-
cas identitárias são expressas
cia desse design diferenciado é
cas e a música, uma ligação que
principalmente através do de-
só crescer junto com o esporte.
O contexto em que o
Hoje em dia o design é
TIPOGRAFIA CLAUDIO ROCHA Designer, tipógrafo, editor e representante do Brasil na ATypI - Associação Tipográfica Internacional
Claudio Rocha é um especialista em tipografia. Não um especialista frio e tecnicista, mas um daqueles que demonstram sensibilidade para todas as nuances do conhecimento criativo e técnico. Além de conhecedor da história e das técnicas tipográficas, é um designer completo e grande conhecedor de tipos – suas fontes estão disponíveis no mercado internacional. Claudio, junto com Tony de Marco, é idealizador e editor da revista Tupigrafia, uma publicação recente e já reconhecida (Prêmio Brasil Faz Design 2002) que lança um olhar instigante e sensível sobre todas as manifestações contemporâneas sobre a tipografia, no Brasil e no mundo.Claudio Rocha é autor dos títulos Projeto tipográfico - Análise e produção de fontes digitais da coleção Textos Design, de A eterna Franklin Gothic e Trajan da coleção Qual é o seu tipo das Edições Rosari.
“Claudio Rocha é autor dos títulos Projeto tipográfico - Análise e produção de fontes digitais da coleção Textos Design, de A eterna Franklin Gothic e Trajan da coleção Qual é o seu tipo das Edições Rosari.”
TIPOGRAFIA 5
Pré-impressão Alguns termos usados em Pré-Impressão: FIDELIDADE DE CORES Nenhum sistema de reprodução de cores alcança o espectro de cores da natureza: - O olho humano vê biliões de cores; - O écrã de um computador atinge os 16 milhões; - O filme fotográfico atinge de 10 a 15 milhões; - O impresso não ultrapassa 6 mil cores. Essa limitação do “range” de cores (chamada também de “color gamut”) do processo de impressão é o que impede a reprodução perfeita das imagens coloridas. RGB E CMYK RGB (R = Red; G = Green; e B = Blue): são as cores aditivas primárias usadas pelos monitores. Para a reprodução offset ou digital, as cores RGB devem ser transformadas em CMYK (C = Cyan; M = Magenta;Y = Yellow; e K = Black), que são cores subtrativas primárias, usadas no processo de impressão. Quando misturadas, elas reproduzem limitadamente o espectro de cores da natureza. UCR O UCR (Under Color Removal) é uma técnica usada em programas de retoque de imagem que reduz a quantidade de magenta, amarelo e cião em áreas neutras, substituindoas por uma apropriada quantidade de preto.
6 Pré-impressão
OPI O sistema OPI (Open Prepress Interface) é um processo que dá agilidade ao trabalho. As imagens são digitalizadas e os ficheiros são guardados numa pasta criada para depósito das imagens em alta resolução, que ao serem aí colocadas geram novos ficheiros em baixa resolução que vão para dentro de uma pasta de depósito das imagens em baixa resolução. Esta duplicação de imagens servirá para que as imagens possam ser trabalhadas na fotocomposição de forma mais célere e sem ocuparem demasiado espaço no computador. Depois da paginação concluída, as imagens em baixa resolução, posicionadas nas páginas, são substituídas automaticamente pelas imagens em alta na altura do processamento final do trabalho na filmadora ou CTP (Computer-to-Plate). Actualmente com as capacidades dos novos equipamentos informáticos, já não existe tanta necessidade de recorrer a este sistema. Antigamente é que era bastante usado pelas dificuldades em trabalhar em equipamentos de fraca capacidade. IMPOSIÇÃO DE PÁGINAS Impôr significa montar as páginas em cadernos de impressão. Actualmente a imposição faz-se de forma electrónica, gerando o esquema de montagem para o trabalho em questão. A conferência é feita através de uma prova em plotter (ozalide digital) e após a aprovação é executada a saída do trabalho em fotolito (CTF) ou chapa (CTP). PostScript O PostScript é uma linguagem de descrição de página – um código muito parecido com as linguagens de programação tipo Basic ou C++ que os programadores utilizam para desenvolver um software. O código PostScript não se presta à criação de aplicativos: ele é uma linguagem de descrição e decodificação de informações (forma e posicionamento) que contém instruções para impressão de uma página por uma impressora.
Pré-impressão 7
Impressão Kodak apresenta novidades de impressão no varejo digital e lançamentos em câmeras digitais na PhotoImageBrazil 2009
A Kodak Brasileira participa da
ente e verso e permite conec-
17ª edição da PIB - PhotoImage-
tividade direta com o APEX e
Brazil, realizada nos dias 11, 12
os quiosques Kodak G4.
e 13 de agosto, com novidades em tecnologia de impressão té-
Os novos serviços permitem
rmica e exclusivos lançamentos
que o próprio consumidor crie
em câmeras digitais que estarão
produtos divertidos e diferencia-
disponíveis para o mercado va-
dos em minutos.
rejista ainda este ano.
Desde os mais simples, como
Em tecnologia de impressão
calendários e cartões comemo-
destacam-se na PIB os produtos
rativos com foto e texto, até os
Premium oferecidos pela Kodak
mais elaborados, como pho-
com as impressoras:
tobooks, cubos fotográficos e filmes em DVD com até 60 fo-
- Kodak Adaptive Picture Ex-
tos, personalizadas com músicas
change (APEX) – o dry lab da
originais, os produtos elevam a
Kodak é uma solução de labo-
impressão de fotos para um pa-
ratório seco com sistema modu-
tamar mais alto.
lar e flexível; “Os novos serviços da Kodak
8 IMPRESSÃO
- Kodak Duplex DL2100 – conta
tornam o fluxo de trabalho mais
com tecnologia de impressão
eficiente, moderno e econômico.
eletrofotográfica, imprime fr-
Com eles, o varejista poderá
oferecer ao consumidor um
Outro destaque é a EasyShare
produtoPremium, que promove
C140. Com 8,2 megapixels de res-
uma experiência nova e fácil de
olução, permite montar apresenta-
comprar, ao mesmo tempo que
ções de slides na própria câmera e
promove tráfego e aumenta o
chegará ao consumidor brasileiro
potencial de lucro”, diz Emer-
com preço diferenciado.
son Stein, diretor nacional de
Esses e outros lançamentos
Vendas da Kodak Brasileira.
poderão ser conferidos durante
“Nossas soluções estabelecem
a PhotoImageBrazil, que será re-
no mercado uma forte diferen-
alizada no Centro de Exposições
ciação em termos de produtos e
Imigrantes, em São Paulo. Para
serviços, pois queremos que o
mais informações sobre a Kodak,
consumidor imprima cada vez
acessewww.kodak.com.br e, para
mais e com cada vez mais cria-
saber sobre a PIB 2009 e como
tividade, e para isso lhe oferec-
participar, acesse
emos essa nova oportunidade.” www.photoimagebrazil.com.br/. Entre as novidades ewwwm câmeras digitais, a Kodak traz a EasyShare M340, um equipamento com 10 megapixels de resolução que permite fácil carregamento e compartilhamento de fotos e vídeos no YouTube™.
IMPRESSÃO 9
Acabamento Capa Flexível
U
ma
das
últimas
será debruada, tal como ocorre
sobrando 198 mm para distribuir
novidades no setor
no desenho da capa dura. Esse
entre as orelhas.
de acabamento edi-
excesso inclui também as seix-
Capa flexível x brochura Tec-
torial foi o desenvolvimento da
as de cerca de 3 mm.
nicamente falando, a diferença
capa flexível, uma alternativa
A capa flexível admite os mes-
básica entre a brochura e a capa
elegante e econô-mica, inter-
mos recursos empregados nas
flexível é que esta última pos-
mediária entre a brochura e a
encadernações tradicionais, ou
sui guardas coladas ao miolo
capa dura, lançada na Europa
seja: envernizamento UV (com
do livro, além dos excessos
com o nome de capa integral.
ou sem reserva), plastificação,
(seixas) que se projetam além
Como o nome sugere, a capa
laminação (fosca ou brilhante),
dos cortes do miolo.Estetica-
flexível é feita de cartão im-
relevo, gravação com hot-stamp-
mente, a capa flexível é mais
presso, de gramatura em torno
ing e outros. Não há limitações.
nobre e elegante, aumentando o
de 250 g/m², semelhante àquele
Além disso, é possível incluir
impacto visual do produto e o
utilizado em livros de capa
orelhas, desde que se observe os
ensejo ao consumo.
mole (brochuras), porém com
limites da máquina encaderna-
requintes da encadernação em
dora. Por exemplo: considerando
capa dura, tais como: guardas,
um equipamento de 580 mm de
seixas, debruns e outros recur-
largura máxima e um livro de for-
sos que valorizam o produto.
mato igual a 160 x 230 mm, com
O projeto gráfico-visual da capa
30 mm de lombada, o projeto da
flexível deve considerar um ex-
capa deverá considerar 350 mm
cesso de 16 mm na cabeça, no
(2 x 160 + 30 mm) mais 32 mm
pé e na frente da capa, visto que
(seixas + debruns), ou 382 mm,
10 acabamento
ALEXANDRE PAIVA
[11]
MARCA PESSOAL
CARTÃO POSTAL
Marca Pessoal desenvolvida na matéria de desenvolvimento de projetos do curso técnico em Design Gráfico, e atual marca usada profissionalmente por Alexandre Paiva.
Cartão Postal produzido para disciplina de fotografia do curso técnico em design gráfico do SENAI.
TRATAMENTO E RESTAURAÇÃO DE IMAGEM
Trabalho pessoal, restauração de fotografia antiga.
FOTOGRAFIA E ILUSTRAÇÃO CAPA DA REVISTA NINTENDO WORLD: Trabalho criado para matéria de ilustrações vetoriais em conjunto com a matéria de fotografia do curso técnico em design gráfico do senai.
MANIPULAÇÃO DE IMAGEM Trabalho pessoal criado usando scanner e photoshop.
W W W . F L I C K R . C O M / A L E X A N D R E S M P A I V A
Billy Argel é artista,
skatista e guitarrista da banda punk/crossover oldschool Lobotomia. Se você andou de skate ou surfou nos anos 80 então você inevitavelmente conhece a arte do cara. Nessa época ele desenhou para praticamente todas as marcas legais como Lifestyle, Urgh!, Caos, Mad Rats, Stanley, etc. O cara hoje é referência e influencia muita gente.
Billy Argel expõe desde
mento se tornasse marcante.
até o próximo dia 12 de dezem-
semana passada, algumas de suas
Billy Argel produziu os mais
bro. Vale lembrar que a entrada
conceituadas obras, refletindo
famosos models de shapes da
é gratuita.
uma interação entre o skate, a
década de 80, além de diversas
arte, entre outras coisas.
artes que são vistas com certa
BAIXE FONTES CRIADAS POR
nostalgia por aqueles que valo-
BILLY ARGEL EM:
No dia 26 de novembro
rizam o conteúdo simbólico que
http://pt.fontriver.com/author/billy_argel/
teve início a Sketch Art Expo,
o skate propicia. Quem foi cur-
que está sendo exposta na gal-
tiu, e com certeza voltou para
eria de arte da loja da Element,
casa com uma outra percepção
em São Paulo. Logo na estréia,
daquilo que se pode fazer em
o próprio Billy Argel pode re-
cima de um shape para skate,
ceber seus convidados em uma
por exemplo! Obras do mestre
clima de bastante descontração,
Billy. Para quem não pode com-
fazendo com que aquele mo-
parecer, a expo ficará na galeria
Uma fotografia panorâmica é aquela que
surge à partir da união de duas ou mais fotos. Essa é uma fotografia panorâmica noturna feita em Belo Horizonte. Foi tirada 5 fotos com um tempo de exposição de 15 segundos cada, depois unidas no photoshop resultando nesta fotografia panorâmica.
Light painting é uma
Macro,panning, retrato, light painting,
que técnica consiste em mov-
longa exposição, panorâmica, HDR, Grafismo,
er uma fonte luminosa diante
abstrata, P&B, Tilt-shift, congelamento, pinhole
da câmera durante uma longa
e etc.... Existem muitos tipos de efeitos especi-
exposição. Pode-se mover a
ais em fotografia que possibilitam uma variedade
câmera também para conseguir
de fotografias que ficam na dependência da cria-
outro tipo de resultado, mas a
tividade e originalidade de cada fotógrafo. Como
idéia geral é de movimentos in-
em qualquer forma de expressão artística, seja na
teressantes com a luz - riscos,
literatura, na música ou nas artes plásticas, pro-
formas, desenhos definidos - ou
curamos comunicar o que sentimos através de
uma luz peculiar que dá um
diferentes técnicas, específicas para cada proposta,
efeito diferente à imagem.
sem, entretanto, deixar que as mesmas prevaleçam e ofusquem a mensagem da obra. Nesta edição iremos conhecer algumas das muitas técnicas de fotografias existentes.
16 fotografia
www.flickr.com/alexandresmpaiva
“tilt-shift é uma técnica de fotografia que produz fotografias de objetos e cenários reais mas que ficam parecidos com miniaturas e maquetes.” Essa foto foi tirada da favela morro das pedras em Belo Horizonte, e trabalhada no photoshop para simular a técnica tilt-shift. fotografia 17
ILUSTRAÇÃO
TERRY TOONS Um pouco da história dos estúdios Terry Toons. Terrytoons foi um estúdio de ani-
dade de sua produção, agravada
mação norte-americana fundada
principalmente a inflexibilidade
por Paul Terry, um grande car-
de Terry, que obrigava o estúdio
tunista, roteirista, diretor e produ-
a produzir cerca de um desenho
tor que trabalhou ativamente entre
animado por semana, indepen-
1915 a 1960. Paul nasceu no dia
dentemente da relação custo e
19 de fevereiro de 1887, em San
qualidade dos mesmos.
Mateo, Califórnia e criado em San
Mas por outro lado, a Terrytoons
Francico. Iniciou sua carreira em
foi aos poucos se adaptando as no-
1904, trabalhando como fotógrafo
vas tendências e tecnologias, como
e desenhista para os jornais San
a utilização do som por volta de
Francisco Bulletin e San Francisco
1930 e a utilização do Technicolor
Call-Examiner. Pouco tempo de-
por volta de 1942. Apesar da má
pois se transferiu para a New York
fama da Terrytoons chegou a ser
Press, um jornal de Nova Iorque.
indicada por três ocasiões ao Os-
Depois produziu várias curtas
car como melhor curta metragem
metragens em desenhos anima-
como: “All out for V” (1942), “My
dos entre 1914 até 1920, quando
Boy, Johnny” (1944) e “Sidney´s
criou juntamente como Amadee
Family Tree” em 1958.
J. Van Beuren a produtora Fables
Em 1955, Paul Terry vendeu a Ter-
Studios. Juntos produziram vári-
rytoons e os trabalhos para a CBS
os desenhos, inclusive as novas
e a 20th Century Fox que continu-
produções de “Farmer Al Falfa”,
aram a distribuição dos trabalhos
até 1929, quando os dois se de-
do estúdio. No ano seguinte ao da
sentenderam e Paul Terry saiu da
compra, a CBS baixou novas or-
sociedade e fundou a sua própria
dens à direção de Gene Deitch, que
produtora, a Terrytoons.
passou a trabalhar com orçamen-
O estúdio Terrytoons começou
tos ainda menores. Seus trabalhos
modestamente e também ficou
mais notáveis deste novo estúdio
bastante conhecido como uma
foram os segmentos animados de
dos piores estúdios do mercado
“Tom Terrific” que passaram a ser
de animação devido à baixa quali-
apresentador na televisão dentro
18 ILUSTRAÇÃO
do programa “Captain Kangaroo”.
metragens tiveram grande êxito
Além disso, foram introduzidos
na televisão, onde tiveram boas
novos personagens como “Sick
respostas em diversas ocasiões. Os
Sick Sidney”, “John Doormat” e
desenhos animados da Terrytoons
“Clint Clobber”.
foram apresentados pelas redes de
Gene Deitch trouxe muita cria-
televisão durante quase três déca-
tividade e vida a Terrytoons, mas
das, ou seja, entre 1950 a 1980, até
neste novo estúdio nunca chegou a
que os seus direitos foram compra-
intergrar-se integralmente e tempo
dos pela USA Network em 1989
depois acabou sendo despedido
e desde então praticamente não
em 1958 e Bill Weiss assumiu o
foram mais vistos.
controle do estúdio e passou a su-
No final dos anos 70, a Filmation
pervisionar as novas produções e
Studios licenciou os direitos para
outras que estavam na “prateleira”
produzir a nova série de “Mighty
voltaram novamente a ser ativa-
Mouse” e em 1987, Ralph Bak-
das. Fora isso o estúdio começou
shi produziu “The New Adven-
a produzir a série “Deputy Dawg”
tures of Mighty Mouse” que du-
para a televisão em 1960.
rou duas temporadas.
Na realidade a pessoa de maior talento dentro da Terrytoons na década de 60 foi o animador, diretor e produtor Ralph Bakshi, que chegou ao estúdio uma década antes. As produções sob os cuidados de Bakshi se estenderam até 1966, quando o estúdio começou a declinar e finalmente encerrou suas atividades em 1968. Os filmes que se seguiram foram reestreadas nos cinemas através da 20th Century Fox. Para a sorte do estúdio, as curtas
ILUSTRAÇÃO 19
E
ssa ferramenta de comunicação oferece precisão, eficácia, e atinge em cheio o público-alvo Não é novidade para os profissionais de comunicação e marketing a força
das embalagens em sua interação com os consumidores. Desde o grande salto em sua apresentação visual dado durante a revolução industrial, quando a abundância gerada pela produção em grande escala obrigou os fabricantes a ‘embelezar seus produtos’ para torná-los mais atraentes, até o aparecimento dos supermercados, que eliminou a presença do vendedor, obrigando a embalagem a assumir a responsabilidade de apresentar, sozinha, o produto e convencer o consumidor a levá-lo. Nos tempos atuais, a era da hiper-conectividade faz com que o consumidor esteja cada vez mais conectado a uma infinidade de opções de mídia, o que transformou num inferno a vida dos profissionais de comunicação, pois se tornou muito difícil definir com precisão onde o consumidor se encontrará e qual a melhor forma de atingi-lo. Ao conduzir mensagens, a embalagem incorpora mais uma função e oferece aos planejadores da comunicação um veículo que tem como características básicas a precisão e a eficácia, mas com uma vantagem: ela pode fazer isso sem custo extra, pois o valor da embalagem já está incluído no preço do produto, constituindo uma mídia adicional. Muitas vezes nos perguntamos por que esse recurso não é utilizado de forma mais intensiva pelas empresas, principalmente por sabermos que mais de 90% dos produtos apresentados em um supermercado não têm qualquer apoio de marketing, dependendo única e exclusivamente da embalagem para se comunicar com o consumidor.
20 EMBALAGEM
A resposta está no fato de os profissionais de mar-
pass, que veicula informações de forma sistemática nas embalagens
keting e comunicação conhecerem o enorme po-
de todos os seus produtos. A Bombril e a Assolan passaram a incluir
tencial da embalagem e não saberem integrá-la em
os personagens de seus anúncios nas embalagens de seus produtos,
seu planejamento.
reforçando a integração campanha/produto. Algumas das embalagens de pizza que recebemos em casa trazem anún-
Como compreender que milhões de ‘inputs’ gra-
cios de filmes ou ações inteligentes como a que pergunta ao consumidor:
tuitos, que poderiam reforçar a mensagem da
“quem vai lavar a louça depois de comer?”, aproveitando para oferecer
campanha de propaganda, sejam desperdiçados
um lava-louças e uma campanha de prêmios. Os profissionais respon-
pela própria empresa, uma vez que ela poderia
sáveis por essa ação sabem que uma embalagem de pizza permanece,
inserir em suas embalagens citações ou slogans,
em média, 30 minutos sobre a mesa, constituindo uma ótima oportuni-
reforçando o investimento que está sendo feito em
dade para oferecer produtos e serviços ao consumidor.
propaganda naquele momento? É comum encontrarmos no mercado embalagens inexpressivas em que nada parece estar acontecendo, pertencentes a produtos que naquele exato momento estão no ar com uma campanha milionária, bonita e marcante. Quando o consumidor chega ao ponto-de-venda, verifica que o produto que lhe está sendo apresentado não se apropriou da imagem construída na comunicação. Empresas como a Nestlé já perceberam o enorme poder de comunicação da embalagem e passaram a incorporá-la em seu plano de marketing. O programa de comunicação na embalagem criado por ela tem à sua disposição, só no Brasil, mais de sete bilhões de repetições por ano. Para reforçar seu conceito de empresa voltada para a nutrição, ela criou um programa denominado Nutritional ComEMBALAGEM 21
O que é um perfil ICC?
Um perfil ICC é um arquivo que descreve as capacidades e limitações
dos dispositivos que geram cor. Ele pode ser usado em conjunto com a tecnologia ColorSync da Apple e aplicações como por exemplo o Adobe Photoshop para corrigir imagens de cores, igualar cores tão próximo quanto possível do scanner ao monitor e à impressora e provas, e também simular a aparência de imagens de máquinas impressoras. ICC significa International Color Consortium – Consórcio Internacional de Cores, o qual é um grupo de fabricantes lideres de produtos de imagem digital que inclui Adobe, Agfa, Apple, Fuji, Microsoft e outros. O ICC tem desenvolvido especificações para descrever como os dispositivos criam cor e esta informação está incorporada na estrutura de um perfil ICC.
22 ARTIGOS TÉCNICOS