A pressõa da Indústria do K-Pop sobre os “Idols”
Hayao Miyazaki anuncia novo filme
A arte de Interpretar personagens na vida real
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São Paulo • Maio de 2017 • Ano 1 • nº 1 • Distribuição Gratuita
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K-POP DITA MODA ENTRE OS JOVENS PÁG • 6 - 7
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OPINIÃO
EDITORIAL
COLUNA SAVITRI
A cultura oriental como um todo e com toda a complexidade dos costumes de países que ficam do outro lado do mundo já é, em si, muito atraente, mas o que chama atenção dos jovens ocidentais sobre essa vertente é a cultura pop oriental, aquela que diz respeito à todos as produções midiáticas, como mangás, animes, filmes, doramas (novelas), música, entre outros, produzidos, principalmente, no Japão e Coreia do Sul. Pode-se dizer que as cores vibrantes, os enredos envolventes, as produções de alto custo de videoclipes e novelas ou os variados gêneros são o que atraem os olhos dos jovens para o oriente. Até mesmo a estranheza sobre o “diferente” capta o olhar de curiosidade das pessoas. Pensando nisso - e em todos os amantes da cultura pop oriental - o jornal Origami foi criado. Por não existir qualquer outro jornal igual na cidade, essa publicação irá atender todos os jovens leitores com matérias informativas e opinativas sobre os assuntos mais tratados na atualidade sobre as produções midiáticas asiáticas. Então, seja bem-vindo à primeira edição do jornal Origami, um dos jornais mais coloridos que existe! Redação: Raquel Prado Projeto Gráfico: Raquel Prado Projeto Editorial: Raquel Prado e Thamires Reche Ano 1 • Maio de 2017 Fale conosco: cartadoleitor@origami.com. br facebook.com/JornalOrigami twitter.com/JornalOrigami instagram.com/JornalOrigami
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A Cultura pop japonesa e internet Através do mangá, os jovens também se interessaram pela cultura pop em geral do Japão. Entre elas a música, culinária, vestimentas, videogames, festivais e até a procura pelo aprendizado da língua e escrita japonesa. Alguns títulos japoneses não chegam ao Brasil, e para se manter informados, muitos recorrem a internet. Em sites especializados que disponibilizam animes legendados, mangás traduzidos, músicas e qualquer outro tipo de material proveniente da cultura pop japonesa. Todavia, o que chama atenção nesse processo todo não é tanto a facilidade ou a rapidez com que os bens culturais nipônicos circulam pelo ciberespaço, mas a nova experiência cultural que se insere através dele, mais do que um grupo de fãs, de um nicho específico, os otakus ocidentais são exemplos da nova sociedade que vem se formando com o desenvolvimento tecnológico, tanto em termos comunicacionais, como culturais. Na modernidade, isso é um papel imprescindível, principalmente tratando-se do público jovem. O mangá consegue atender a essa demanda atual, por isso, talvez esteja crescendo no consumo da juventude Brasileira. Temas atuais, e de fácil acesso para a massa.
ESPAÇO DO LEITOR
O que será que o capitão do esquadrão das Forças de Operações Especiais, Levi, falou para Eren ter ficado com essa expressão de surpresa e apreensão? Use sua criatividade, preencha os balõezinhos e mande na página do jornal Origami no Facebook. O diálogo mais criativo será publicado na última página da edição seguinte, abaixo da seção de eventos. O quadrinho da primeira edição do game foi retirado do mangá ‘Attack on Titan’.
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O QUE OS PERSONAGENS ESTÃO FALANDO?
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COMPORTAMENTO
SER TATUADOR NA CORÉIA DO SUL É CRIME E PODE LEVAR À PRISÃO Na Coreia do Sul, os jovens tatuadores têm de enfrentar um dilema: mostrar a sua arte ao mundo ou evitar a prisão? divulgação
podem encontrar cerca de 300 estúdios, num número muito pequeno de ruas. Segundo fontes governamentais há 20 mil tatuadores clandestinos na Coreia do Sul. As consequências podem ir desde um aviso acompanhado de uma multa, até aos 20 anos de prisão por crime contra a saúde pública. Não muito tempo atrás, pessoas com tatuagens não eram autorizadas a utilizar banhos públicos ou piscinas na Coreia do Sul. Agora, no entanto, as coisas estão lentamente a mudando para melhor. Um tatuador coreano conhecido como Playground Tattoo está fazendo sucesso por lá com figuras minimalistas. Ele descreve seu trabalho usando apenas poucas palavras: “linha fina, pequena e simples”, que é também o que define a tendência desses desenhos por lá.
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Em 2001, o Tribunal Supremo coreano decretou que apenas os médicos - que representam um lobby muito poderoso neste país asiático - podem realizar tatuagens, passando a ser assumidas como um procedimento médico. Apesar disso, há poucos médicos que se dediquem a uma atividade que é considerada imoral a nível social. Antigamente, os únicos coreanos com a pele marcada eram os marginais, os objetores de consciência que não cumpriam o serviço militar obrigatório, ou mafiosos, como os gangsters da Gangpae, a Yakuza sul-coreana. Agora, uma nova geração de coreanos, influenciados por fenómenos de massas como o K-Pop, os desportistas de sucesso, ou os programas de televisão, olham para as tatuagens como algo atrativo e completamente na moda. Mas a proibição segue em vigor. Os tatuadores trabalham, por isso, na clandestinidade. Um submundo que fervilha em locais secretos nos bairros de Seul, como Hongdae, meca da arte e das novas tendências neste país, e onde se
“cada desenho é complexo e consiste em uma enorme quantidade de detalhes” Sartorio
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MÚSICA
A PRESSÃO DA INDÚSTRIA MUSICAL SUL-COREANA SOBRE OS ‘IDOLS’ Os grupos femininos possuem carreiras bem mais frágeis do que grupos só formados por homens Isabela Faggiani
A indústria da música dos EUA e do Reino Unido exporta canções e artistas para todo o mundo. Os maiores nomes da música atual e do passado cantam em inglês, desde The Beatles até Beyoncé. Mas há uma outra indústria musical que cresce exponencialmente a cada momento: o pop coreano, k-pop (K vem de Korea, o nome do país em inglês). Esse gênero musical originado na Coréia do Sul e caracterizado por uma variedade grande de elementos audiovisuais. Há no país diversas bandas de k-pop, tanto de meninas (girlbands) quanto de meninos (boybands). As bandas podem ter vários integrantes. Esse gênero musical mostra muitos talentos, com produções muito bem feitas, coreografias sincronizadas e vocais perfeitos. Não é surpresa que esteja cativando tanta gente. O Twitter brasileiro começou a dar mais atenção para esse gênero há menos de um ano. Agora, os assuntos mais falados no país têm tido hashtags sobre k-pop mais frequentemente.
A fã do gênero, Isabela Canani, de 20 anos, que está imersa no mundo do k-pop há mais de 6 anos, conta como é a formação das bandas: “tu tem que fazer audição para entrar numa empresa (ou ser descoberto nas ruas por sua aparência bonita), aí tu entra na empresa e treina treina treina, tem aula de canto, de dança, de línguas, de atuação, de rap, etc. Depois de um treinamento que pode variar de dois meses a 10 anos, a empresa te junta com outros trainees e criam um grupo, escolhem um conceito pro teu conjunto e te debutam [terminologia usada para quando um grupo estreia]. Aí é aquela coisa né, a sociedade lá é fixada por beleza, então tem que seguir uma dieta rígida, algumas vezes dietas super não-saudáveis, tem que se portar bem, não pode ser rude, não pode xingar, enfim, tem que ser bem um modelo de pessoa. Às vezes a empresa te obriga a fazer cirurgia plástica, enfim, é bem tenso isso”. E muitas vezes isso acontece quando o artista ainda é menor de idade. E mesmo depois da estreia do grupo, a vida dos idols [os ídolos, artistas] é bem ocupada. “Depois de debutar é con-
tinuar treinando tudo, mas no topo disso a agenda fica ainda mais cheia, porque tem apresentações, gravações de comerciais, sessões de autógrafos, etc. Também tem que continuar com as dietas, porque se tu ganha um pouquinho de peso já vão te xingar.”, explica Canani. “já vi diversos comentários de coreanos dizendo que meninas que pesam 50 kg pra cima são gordas.” Canani também explica que “a carreira das meninas é bem mais frágil, porque qualquer escândalo que der a carreira delas acaba, já se for um homem fazendo a mesma coisa, ele provavelmente vai continuar com a carreira intacta. um bom exemplo é a Park Bom [integrante do 2NE1], que foi pega com drogas (que ela disse que era remédio) e está afastada há mais de 2 anos. Já o G-DRAGON, que já foi pego com drogas também está aí firme e forte”. A situação das mulheres no k-pop e na Ásia é pior que a dos homens sim, mas Martins lembra que “por mais que lá tenham situações que não seriam criadas aqui, não é como se lá fosse ‘pior’ e aqui ‘melhor’. É simplesmente diferente”.
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BTS É O PRIMEIRO GRUPO DE K-POP PREMIADO NO BILLBOARD MUSIC AWARDS Fenômeno sul-coreano passou na frente de nomes como Justin Bieber e Selena Gomez divulgação
O fenômeno do k-pop BTS esteve na noite de domingo (21) no Billboard Music Awards, e levou para casa o troféu Top Social Artist, categoria votada especialmente pelos fãs na web. Com o prêmio, a boyband sul-coreana passou na frente de grandes nomes do pop americano, como Justin Bieber, Selena Gomez e Ariana Grande, e se tornou o primeiro grupo do
gênero k-pop a vencer uma categoria na premiação. O grupo de sete meninos sul-coreanos — Jin, Suga, J-hope, Rap Monster, Jimin, V e Jungkook — já é um fenômeno mundial, e reúne 9,7 milhões de seguidores no Twitter e outros 7 milhões no Facebook e no Instagram. No Brasil pela terceira vez, o BTS fez duas apresentações em São Paulo
“Nós não acreditamos que estamos aqui no palco do Billboard Music Awards. É uma honra vencer nessa categoria, com tantos artistas incríveis na nossa frente” — Rap Monster. no fim de março com a 2017 BTS Live Trilogy Episode III (Final Chapter): The Wings Tour, última turnê de uma trilogia. Antes, eles estiveram no país em 2014 e 2015. Na manhã desta segunda-feira, fãs brasileiros (ou Armyes, como ficaram conhecidos os admiradores do grupo) emplacaram a hashtag “Brazil to Billboard” em homenagem ao prêmio. O Globo
Desde o debut com “Replay”, o grupo permanece em pé até hoje! SHINee, que pertence a S.M. Entertainment, é um dos maiores grupos do gênero, e comemora hoje 9 anos de carreira. O grupo debutou em 2008, com a música ”Replay”, e são responsáveis pelos sucessos ”Lucifer”, ”View”, ”Sherlock”, crescendo mais a cada ano. Os fãs estão comemorando junto do grupo pelo Twitter, levando o grupo pro primeiro lugar nos Treending Top, por meio da hashtag: #ThankYouSHINeeForShiningForThePast9years. Jessica Carneiro
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Shinee: Grupo Comemora 9 anos de Carreira!
CHEN E SUHO DO GRUPO EXO SE JUNTAM PARA O MV DE “BEAUTIFUL ACCIDENT” O MV é trailer do longa “Beautiful Accident” Os dois integrantes Chen e Suho colaboram na OST (trilha sonora) do filme de drama e fantasia chamado “Beautiful Accident”. O MV (videoclipe da música) é uma espécie de trailer para o filme, trazendo diversas cenas mescladas com as gravações dos dois membros.
Jessica Carneiro
O filme conta a história de uma advogada de sucesso que acaba sofrendo um acidente de carro e então se encontra em outra realidade, onde ela é uma dona de casa e mãe. A data prevista para estréia é 02 de junho nos cinemas chineses, com duração de 1h 30min e a participação de Kwai Lun Mei como atriz principal.
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K-POP DITA MODA ENTRE OS JOVENS O poder de influência da moda K-pop do século XXI e suas origens A moda pode ser considerada como um meio de comunicação diferenciado, em que o sujeito se comunica com o outro sem dizer uma só palavra; apenas por meio de vestimentas, o indivíduo pode transmitir uma mensagem para as pessoas que o rodeia. E se há uma coisa em que os sul-coreanos mais se importam — além da beleza — é com a moda. Para os habitantes da Coreia do Sul, a construção de uma boa imagem é tudo. Não é à toa que o país é famoso por exportar produtos midiáticos com alta qualidade técnica — vide alguns recentes filmes, Kdramas, MV’s de K-Pop e outros —, o esmero que possuem com a direção de arte e a estética inspira e influencia o ocidente de tal maneira. A Coreia do Sul está entre os países que mais se destaca no mercado. O país é dinâmico e flexíveis com as vestimentas; geralmente as pessoas utilizam mais a criatividade, autenticidade e ousadia na hora de compor seus looks, que muitas vezes são montados com o intuito de construir uma imagem mais artística, visceral e cheia de personalidade. Tal expressividade pode ser vista, por exemplo, nos looks dos K-idols, seja através de ensaios fotográficos ou looks do dia a dia.
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Os sul-coreanos aderem certos estilos que podem parecer “alternativos” na visão dos brasileiros. Interessante notarmos que, o estilo alternativo visto no Brasil é popular e comum lá na Coreia do Sul. O comfy style — testilo confortável: peças largas e maiores — é um trend marcante no país do leste asiático. Elementos que só agora estão começando a crescer recentemente no Brasil, como: calças pantacourt, oversized jackets, t-shirt dress, sobreposições, meias altas caneladas, saias estilo college, sapatos Oxford, estampas holográficas, gargantilhas e plataformas tratoradas, todos estes já estavam presentes no cotidiano coreano há alguns anos atrás. Muitas das tendências sul-coreanas de moda e beleza podem ser vistas também nos MV’s de K-Pop e K-dramas. Dentre tantas marcas queridinhas pelos K-idols e fashionistas de plantão, a grife KYE se sobressai na indústria da moda. A marca foi criada pela designer Kathleen Hanhee Kyeearned, e ela, rapidamente, se tornou uma das estilistas mais admiradas pelas estrelas do K-pop depois de fazer sua estreia na Seoul Fashion Week durante a temporada de primavera/verão 2013. A força de
KYE encontra-se em sua vibe funky e ao mesmo tempo high-end streetwear combinado com o estilo estético único da estilista sul-coreana. A origem da moda sul-coreana atual e sua relação com o K-Pop A cada dia, o k-pop conquista admiradores ao redor do mundo. O gênero alcançou maior notoriedade após a febre “Gangnam Style”, single de 2012 do cantor PSY. O termo k-pop designa o moderno estilo de música popular coreana, caracterizado pela junção de elementos da música eletrônica, rock, balada, hip-hop e R&B. O k-pop, como conhecemos nos dias atuais, surgiu na década de 1990, porém somente no fim da década de 2000, durante o boom da era digital, tornouse um fenômeno global. Ultrapassando as barreiras do idioma, a Onda Coreana domina os mais diversos setores da nova cultura jovem mundial. A música popular coreana possui suas origens no século 19, quando missionários protestantes norte-americanos, de passagem pela Coreia, ensinaram canções britânicas à população. Acredita-se que o primeiro álbum “pop” coreano tenha sido lançado em 1925: “Yi Pungjin
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Sewol”, dos artistas Park Chae-seon e Lee Ryu-saek, continha canções traduzidas do japonês. Nesta época de ocidentalização da cultura asiática, os tradicionais trajes coreanos, como ohanbok, gradualmente cederam lugar aos trajes ocidentais, conforme a moda. Após a divisão da Coreia, ocorreu fim da ocupação japonesa. Não mais vivendo sob o regime imperialista dos colonizadores japoneses, os sul-coreanos experimentaram relativa liberdade nos primeiros anos pós-Segunda Guerra Mundial, os EUA enviaram artistas no intuito de entreter os soldados americanos na Coreia. As figuras de Louis Armstrong e Marilyn Monroe causaram frisson e atraíram considerável atenção do povo nativo. Durante os anos 1960 e 70, o governo do presidente Park-chung-hee impôs restrições à maneira de vestir das jovens: eram proibidas as saias que medissem 20 centímetros ou mais acima dos joelhos, pois eram consideradas “indecentes”. A moda jovem coreana dessa época foi ditada pela estilista Nora Noh, considerada “a primeira designer de moda da Coreia do Sul”. Em 1947, aos 19 anos, Nora viajou aos EUA, onde se aprimorou na arte da costura e criação de moda.
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Dois anos depois, de volta a sua terra na- centes: designa a expressão de um efertal, fundou sua Maison de luxo House of vescente momento cultural na história Nora Noh. Em 1956, realizou o primeiro da Coreia do Sul; um estilo de coreogradesfile de moda da Coreia. fia, uma moda, um ideal de beleza. Ao trazer inovações da moda ameriA beleza, por sinal, é uma preocupação cana, Nora traduziu os desejos da nova constante entre a nova geração coreana: mulher coreana, interessada em libertar- a cada dia, cresce o número de jovens que se de velhos valores e incorporar os ideais realizam cirurgias plásticas no intuito de ocidentais ao seu estilo de vida. Nora ves- alargar os olhos – as chamadas cirurgias tiu atrizes, modelos e cantoras em minis- de “ocidentalização das pálpebras”. A face saias e pantalonas. da nova juventude sul-coreaEm 1980, foi marcada moda colorida, na desvencilha-se do modelo pelos cabelos volumosos, austero tradicional, e expresdivertida, ombreiras e peças em cores sa-se através da moda colorineon, é revisitada por gru- criativa! da de estilistas como Ha Sang pos como BIGBANG e 2NE1. Beg, autor do guarda-roupa O estrondoso sucesso da boyband Seo Taiji do grupo SHINee. & Boys, e, posteriormente, outros grupos, As garotas vestem candy colors, esno início dos anos 1990, marca o alvore- tampas florais, laços, babados, saias cer do sucesso do k-pop: data desta época rodadas em tecidos fluidos e os atema fundação das mais importantes produ- porais vestidos tubinhos de modelatoras musicais da Coreia do Sul, como YG gem sessentinha; ou preferem o estilo Entertainment, DSP Media, entre outras. urbano, marcado pelas sopreposições, Incorporando elementos do rap e estilos moletons, botas, bonés, sneakers e peda música jovem americana, o k-pop anos ças oversized. Para os garotos, a moda 90 já moldava sua identidade colorida, é o “dândi casual” – cardigãs, casacos, alegre e dançante. blazers, sapatos oxfords e calças ajustaAtualidades das ao corpo; alguns optam pelo casual Hoje, o termo k-pop é mais do que um simples, composto por malhas, t-shirts gênero musical popular entre adoles- e jaquetas. Laila Arêde e Rafaella Britto
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DORAMA
COLUNA DÉBORA VÁZ
Para a primeira edição, resolvi apresentar um novo vício que adquiri nesse ano: os Lakorns, ou dramas tailandeses. Como muitas outras pessoas, a minha história com essas novelas começaram com o remake de Full House. porém esse foi só o começo de uma longa história de descobrimento, algumas frustrações, mas também experiências maravilhosas. Abaixo, segue duas dicas para você: divulgação
EPISÓDIOS DO NOVO DORAMA DA MBC JÁ ESTÃO SENDO LANÇADOS NO DRAMA FEVER Lookout trata-se de um clube de pessoas comuns em busca de justiça A produção esteirou no dia 22 desse mês e os episódios lançados já estão disponíveis gratuitame¬nte legendados em português no Drama Fever, site de streaming internacional de produções asiáticas. No drama, os personagens vão perceber que eles vivem em uma sociedade onde as regras básicas como “os maus devem ser punidos” não são mantidos. Apesar de o carma não fazer o seu trabalho, eles se tornam os “caras bons” que lutam pela justiça. O K-drama vai captar como eles aprendem a abraçar e aceitar a própria dor e criar um mundo melhor, onde as pessoas podem acreditar que a justiça existe.
Kim Young Kwang interpreta o personagem Jang Do Han, um procurador ambicioso que vem de uma família pobre, mas que se torna uma parte da alta sociedade. Após injustiças, suas prioridades vão mudar e ele vai lutar pela justiça. A personagem de Lee Si Young é Jo Soo Ji, uma detetive de crimes violentos. Ela vai trabalhar ao lado de Jang Do Han para resolver os crimes e punir os criminosos. Serão 32 episódios no total que serão transmitidos do dia 22 de maio de 2017 a 11 de julho de 2017 na MBC e postados no site todas as segundas e terças às 22h. Lilly Moratelli
1. Love Sick: The Series Eu sei que nem todo mundo é fã de histórias BL (romance entre meninos), porém, simplesmente adoro como a indústria tailandesa nos traz esse tema frequentemente para assistirmos. Vejo muita gente criticando, dizendo que eles podem estar querendo forçar determinadas situações, mas para mim eles só nos mostram que o amor é simplesmente amor e que gênero não importa. 2. Kun Chai Puttipat Esse drama é um dos meus favoritos não somente pelo fato de o casal ter uma química loucamente maravilhosa, mas também pelo fato de a história de amor deles ser muito doce e cheia de sacrifícios. E quando digo sacrifícios, eu falo daqueles quando você se importa tanto com alguém que você simplesmente não se importa com o que aconteceu com você... E apesar de isso soar meio clichê e maluco (em dramas tailandeses nem tanto), a história deles é escrita de uma maneira tão bela que é impossível não desejar um amor assim.
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CINEMA
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PARAMOUNT CULPA POLÊMICA DE WHITEWASHING POR BILHETERIA FRACA DE ‘A VIGILANTE DO AMANHÃ’ Arrecadação no fim de semana de lançamento ficou abaixo do esperado Executivos da Paramount estão atribuíndo a bilheteria abaixo do esperado de A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell à polêmica de whitewashing, ou “embranquecimento”, que girou ao redor da escolha de Scarlett Johansson para viver a protagonista. De acordo com o ComicBook, o filme arrecadou apenas US$ 19 milhões nos EUA em seu fim de semana de abertura, um número baixo dado que o filme foi orçado em US$ 110 milhões. Whitewashing é o nome dado à tendência hollywoodiana de diluir etnias e colocar caucasianos em papéis-chave
para supostamente não perder o apelo do público americano médio. No filme, Johansson vive a personagem major Motoko Kusanagi, originalmente uma nativa do Japão, e a história foi alterada para justificar a mudança étnica. De acordo com um executivo da Paramount, a responsável pelo lançamento do filme, os comentários negativos tiveram mais impacto na arrecadação do que o estúdio estava esperando. Kyle Davies, chefe de distribuição da empresa produtora, disse que tinha esperança de bem melhores resultados no mercado norte-americano.
Rafael Gonzaga
“Você tem um filme que é muito importante para os fãs uma vez que é baseado em um anime japonês. Então você está sempre tentando encontrar a medida exata entre honrar o material de origem e fazer um filme para uma audiência de massa. Isso é um desafio, mas é evidente que os comentários não ajudaram.” A trama de Ghost In The Shell acompanha major Motoko Kusanagi (Scarlett Johansson), uma policial cibernética, que luta para levar justiça às ruas de sua megacidade japonesa, em um futuro extremamente distópico. O filme não se encontra mais em cartaz.
ATOR DE ‘DEATH NOTE’ DIVULGA NOVA IMAGEM DO LONGA COM LIGHT TURNER E L EM DESTAQUE Longa da Netflix estreia em 25 de agosto Rafael Gonzaga
O ator Lakeith Stanfield, que viverá L em Death Note, divulgou em seu Instagram uma foto de uma cena do filme da Netflix onde é possível ver seu personagem interagindo com Light Turner. Nat Wolff (A Culpa é das Estrelas, Cidades de Papel) vive Light Turner que mudou de sobrenome para a versão ocidental -, um estudante que encontra um caderno que causa a morte de quem tem o nome escrito nele. Depois de constatar o assombroso efeito, ele começa a exterminar criminosos,
sob a alcunha de Kira. Logo ele passa a ser caçado por L (Stanfield), o maior detetive do mundo. Death Note, da dupla Tsugumi Oba e Takeshi Obata, foi publicado originalmente no Japão na revista mensal Shonen Jump entre 2003 e 2006, gerando depois 12 volumes encadernados, publicados no Brasil pela editora JBC, além de adaptações a outras mídias. O longa-metragem da Netflix estreia em 25 de agosto, com direção de Adam Wingard.
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ANIMES E MANGÁS
COLUNA Crítica: Anime Tokyo Ghoul Vamos começar pelo enredo do anime, que é realmente bem diferenciado, digamos que é o tipo do anime que faz falta quando acaba. O enredo bem feito se baseando sempre em um “cotidiano” com fatores meio que apocalípticos. O anime ocorre em Tokyo, porém uma Tokyo diferente, que foge totalmente do que conhecemos, uma realidade em que Tokyo é o lar de seres muito parecidos com os humanos, porém com algumas pequenas diferenças que os coloca em seu lugar de predadores sobre os humanos. O protagonista Kaneki, tem uma personalidade muito padrão para protagonistas, com a intenção de que quem assiste o anime tenha a maior chance de se identificar com ele. Porém não desista dele! A evolução do personagem é incrível, e muito bem-feita, o que ele acaba se tornando é um protagonista único e inesquecível! O traço dos personagens pode ser chamado de único, não são personagens que podem ser confundidos com personagens de outros animes. Os cenários do anime são perfeitos, a nova geração da animação Japonesa pode até não ser perfeita, entretanto em questão de cenários a habilidade está ultimamente quase sempre merecendo uma nota 10/10. É um ótimo anime para se matar o tempo, infelizmente não temos garantia que o mangá todo vai ser animado, então veja o anime e curta o máximo já preparado para ficar sem saber o fim da história ou precisar recorrer a ler mangá para saber...
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JHONATAN GONÇALVEZ
HAYAO MIYAZAKI, ‘MESTRE’ JAPONÊS DA ANIMAÇÃO, ANUNCIA NOVO FILME Cineasta de 76 anos havia falado que não iria dirigir mais longas, em 2013 O mestre japonês do cinema de animação Hayao Miyazaki sairá de sua aposentadoria anunciada em 2013 para fazer um novo filme, anunciou nesta sextafeira o Studio Ghibli. “Miyazaki decidiu abrir mão da aposentadoria e fazer um longa-metragem de animação”, explicou o site da produtora do diretor. A empresa, da qual ele foi um dos fundadores em 1985, destacou que o cineasta, 76 anos, “encontrou um tema que vale a pena transformar em filme”, antes de destacar: “será realmente seu último filme por sua idade”. Hayao Miyazaki anunciou em setembro de 2013 que não voltaria a dirigir filmes de animação para o cinema, mas que não deixaria de trabalhar. “Vou continuar comparecendo ao estúdio todos os dias. Meu sonho é descansar aos domingos. Me pergunto inclusive se isto será possível”, declarou na época à imprensa. “Serei um homem livre. O que desejar fazer, farei”.
Ganhou Oscar em 2003 Hayao Miyazaki recebeu vários prêmios, incluindo o Oscar de filme de animação em 2003 por “A Viagem de Chihiro”, que estreou no Japão em 2001 e que também foi o primeiro filme de animação da história a receber o Urso de Ouro no Festival de Berlim. O japonês também foi premiado com um Leão de Ouro em Veneza em 2005 pelo conjunto de sua carreira e com um Oscar honorário em 2014. Entre seus filmes mais conhecidos estão “Princesa Mononoke”, “Meu Amigo Totoro”, “Ponyo: Uma Amizade que veio do Mar” e “Vidas ao Vento”, o mais recente, de 2013. Miyazaki iniciou a carreira de 1963. Seu primeiro longa-metragem, “O Castelo de Cagliostro”, é de 1979. Ele se tornou um diretor cult com “Nausicaä do Vale do Vento” (1984), antes de cofundar o Studio Ghibli, o primeiro de animação no Japão. France Presse
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JBC PUBLICARÁ O MANGÁ QUE ADAPTA ‘KIMI NO NA WA’, DE MAKOTO SHINKAI A série de mangás será concluída em 3 volumes Parece que Makoto Shinkai não é só da NewPOP. A Editora JBC surpreendeu e anunciou o lançamento do mangá que adapta o filme ‘Kimi no na Wa’, maior sucesso do Japão nos últimos tempos. A série é adaptada por Ranmaru Kotone, a mesma responsável pelos mangás de Blood-C no Brasil. A série foi publicada na revista Comic Alive, e teve 3 volumes compilados entre 2016 e 2017. Produzido pelo CoMix Wave Films, Kimi ni Na wa. é um longa de animação com direção de Makoto Shinkai que começou a ser exibido nos cinemas japo-
neses em julho de 2016. O longa ainda conta com o character design de Tanaka Masayoshi (ano hana.) e a trilha sonora conduzida pela banda RADWIMPS. O filme tem aproximadamente 1h50m de duração. Na semana de estreia, Kimi no Na wa. foi o filme mais visto na bilheteira japonesa, tendo arrecadado novecentos e trinta milhões de ienes na receita, com seiscentas e oitenta e oito mil entradas. Em três dias, o filme faturou mil milhões, duzentos e setenta e sete milhões, novecentos e sessenta mil ienes (moeda japonesa).
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TOP 3: MANGÁS MAIS VENDIDOS DE ABRIL No período do mês de abril, a Oricon, empresa de ranking de produções de mídias do Japão, divulgou a lista dos 50 mangás mais vendidos. O quinto volume de ‘Omoi, Omoware, Fure, Furare’, da mesma autora do mangá de sucesso ‘Ao Haru Ride’, Akiko Abe, é o que lidera o ranking, seguido pelo décimo terceiro volume de ‘Kyou wa Kaisha Yasumimasu’, de Fugimura Mari, e pelo volume 10 de Tokyo Ghoul:re, de Sui Ishida. O restante da lista e os números de vendas pode ser conferido na íntegra no link: http://migre.me/wlSvC Raquel Prado
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OMOI, OMOWARE, FURE, FURARE VOL. 5
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KYOU WA KAISHA YASUMIMASU VOL. 13
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TOKYO GHOUL:RE VOL. 10
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JBC vai retirar suas obras de scans A editora JBC notificou os principais sites de scans de mangás para que removessem todo conteúdo online de obras licenciadas por ela. São mais de 80 títulos removidos do ar, entre eles, os mais aclamados como ‘Hunter x Hunter’, ‘Fairy Tail’, ‘Magi’, ‘Boku no Hero’, ‘Btooom!’, ‘Ao no Exorcist’, ‘UQ Holder’, ‘Terra Formars’, ‘Cavaleiros do Zodiaco: Santia Shô’, entre outros. Lucas Máximo
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EVENTOS
COSPLAY: A ARTE DE INTERPRETAR PERSONAGENS NA VIDA REAL A cosplayer Beatriz Fischer expõe sua experiência com cosplays em eventos Quem já ouviu falar em cosplays? Creio que todos que visitam blogs voltados para assuntos Geek em algum momento já deve ter lido sobre esse termo, principalmente aqueles que já visitaram eventos de cultura japonesa, anime ou comics em geral. Para quem não sabe, Cosplay é um termo designado para a prática lúdica de indivíduos (geralmente o publico jovem) que se disfarçam ou se fantasiam de personagens seja eles real (artista) ou ficcional (personagens de animes, jogos, filmes animados, quadrinhos), tentando interpretá-los da melhor forma. Essas pessoas que tem esse tipo de prática, são chamados de Cosplayers. Embora muitos pensem que o termo Cosplay foi criado no continente asiático e a cultura Cosplay veio do Japão, isso é um grande engano. O primeiro cosplay foi no ano de 1939 durante a primeira Worldcon, onde Forrest J. Ackerman usou seu primeiro cosplay durante um evento. Desde então, tornou-se uma prática anual nas Worldcon, se esten-
dendo para concursos e atrações destinadas apenas a esse publico. Beatriz Fischer (estudante de Biomedicina, que tem costume de criar Cosplays para seu uso pessoal em eventos do gênero) irá nós responder algumas perguntas simples, mas que serão bem interessantes para quem não conhece como funciona ou para quem tem interesse em criar seu Cosplay. O que te motivou a criar seu primeiro Cosplay, e o que você viu de diferente nisso? Beatriz: Sempre gostei de usar roupas diferentes, mas raramente aparecia uma ocasião pra fazer isso, sabe? Então um dia eu vi fotos de algumas amigas que são cosplayers, aí me interessei pelo hobby. A diferença que vi no cosplay é que podemos usar roupas dos personagens que gostamos, algo bem mais elaborado na maioria das vezes, ao contrário de uma fantasia que usaríamos pra ir em uma festa carnavalesca, por exemplo. E quando foi que você resolveu criar um Cosplay? Teve alguma dificulda-
de na criação dele ou foi tranquilo? Beatriz: A vontade de criar um cosplay surgiu no final de 2012, mas fui adiando por vários motivos. Não queria arriscar algo sem antes saber como realmente funcionavam as coisas, sabe? Sem falar que eu pensava em como minha família e amigos iriam reagir quando eu contasse para eles sobre isso. No começo de 2015, depois de entender melhor sobre o assunto, decidi escolher uma das personagens que eu mais gostava e “entrar nesse mundo”. Meu primeiro cosplay decidi fazer uns 20 dias antes do evento e apesar da correria com a roupa, pra mim, a única dificuldade nessa vez foi com o cabelo, tive que descolorir ele 3 vezes em um dia só, porque estava difícil chegar na cor base pra pintar de azul, já que eu ainda não tinha comprado uma peruca. Cite cinco coisas que você ache fundamental para se criar um Cosplay de qualidade: Beatriz: Organização, paciência, dedicação, dinheiro e… me escapou a quinta coisa, então vamos colocar paciência novamente, pois precisa de muita (risos). Eduardo Mateus divulgação