UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
Oficina de Leitura
Prof. : Ródnei Almeida Souza
Dinâmica
Linguagem da Química • Objetivo: Relacionar a linguagem específica da Ciência Química com a linguagem do processo de ensino e de aprendizagem de Química Analise os exemplos a seguir:
• TEXTO 1: A interação do ácido muriático, utilizado na construção civil para remoção de resíduos de cimento em revestimentos cerâmicos, com a soda caústica, usada como desentupidor de ralos de pias e na fabricação de sabão, resulta em sal de cozinha e água. • O ácido muriático e a soda caústica são produtos perigosos que podem causar queimaduras graves. O sal formado, assim como a água, são substâncias essenciais para o homem.
• TEXTO 2: A reação entre o ácido clorídrido e o hidróxido de sódio, que é uma base, produz o sal cloreto de sódio e água. Alguns autores denominam uma reação entre um ácido e uma base como reação de neutralização ou de formação de água.
Quais as diferenças entre as linguagens utilizadas nos dois textos?
Como a Química ( a Ciência, em geral) aparece na mídia:
Filme: Independence Day
Filme: Frankenstein
Querida encolhi as crianรงas Jerry Lewis
Qual a foto famosa de Einstein?
QUร MICA: COISA DE MALUCO? Prof. Rรณdnei Almeida Souza (UNEB) Rรณdnei
Segundo as Orientações Curriculares para o Ensino Médio: • A Química estrutura-se como um conhecimento que se estabelece mediante relações complexas e dinâmicas que envolvem um tripé bastante específico, em seus três eixos constitutivos fundamentais: as transformações químicas, os materiais e suas propriedades e os modelos explicativos (BRASIL, 2002).
Os três eixos:
(capítulo II do módulo) • As disciplinas da área de exatas (química, física, biologia e matemática) apresentam uma característica em comum: uma linguagem própria. • Símbolos, signos e representação característicos da Ciência Química podem se constituir em um obstáculo à aprendizagem se o estudante não se apropria desta linguagem.
(capítulo II do módulo) • Esta especificidade da linguagem química é contraposta com o seu caráter universal por Chassot: “Mas esta universalidade tem um caráter hermético. Há o uso de códigos que mesmo decodificados continuam herméticos para os não iniciados” (CHASSOT, 1993, apud, MALDANER, 2003, p.163).
Como a linguagem da Ciência Química expressa o fenômeno descrito nos dois textos analisados: HCl(aq) + NaOH(aq) NaCl(aq) + H2O(l) O que esta linguagem pode nos dizer?
• A seta é um signo que indica o sentido da transformação. Só é possível reconhecermos uma transformação se podemos comparar o estado inicial com o estado final. A seta indica estes dois estados. • Indica a composição de cada composto que participa da reação; • Indica a quantidade de átomos de cada elemento presente na reação; • Indica a proporção entre os reagentes, entre os produtos e entre reagentes e produtos; • Como podemos comparar o estado final e o inicial, podemos perceber que nenhum elemento aparece ou desaparece durante a transformação, apenas passam a se combinar de maneira diferente. HCl (aq) + NaOH (aq) NaCl (aq) + H2O (l)
A conservação da matéria nas transformações foi objeto de análise dos filósofos gregos: "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” Titus Lucrécius Carus (341-270? a. C.)
Epicuro (341-270? a. C.)
Princípio da Conservação da Matéria “Existe uma quantidade igual de matéria antes de depois do experimento: a qualidade e a quantidade dos elementos permanece precisamente a mesma e nada acontece além de mudanças e modificações nas combinações desses elementos.”
Qual a dificuldade em aprender essa linguagem? • A ordem dos slides dá uma pista: • Se apresentarmos inicialmente ao aluno a equação química antes trazer a linguagem que está mais próxima de sua realidade e que apresenta elementos (signos) que ele já conhece previamente, o processo e o resultado serão os mesmos do que na ordem aqui apresentada?
Rรณdnei
Transposição Didática – Transposição didática: do objeto de conhecimento ao objeto de ensino. – É necessário considerar: • Seleção/recorte do conteúdo • Classificação, divisão, do conteúdo • Ordenamento no tempo • Organização, forma de apresentação • Objetivos
Uma pergunta fundamental:
Para que ensinamos QuĂmica? Ou Para que aprender QuĂmica?
Objetivos do Ensino de Química “É preciso objetivar um ensino de Química que possa contribuir para uma visão mais ampla do conhecimento, que possibilite melhor compreensão do mundo físico e para a construção da cidadania, colocando em pauta, na sala de aula, conhecimentos socialmente relevantes, que façam sentido e possam se integrar à vida do aluno.” (PCN: 241). Professor Ródnei
Pressupostos do Ensino de Química A contextualização dos conteúdos a serem ensinados é uma das orientações dos Novos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: “contextualizar um conteúdo que se quer aprendido significa, em primeiro lugar, assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto”
Professor Ródnei
Pressupostos do Ensino de Química Segundo os PCN’s, O ensino de Química deve promover competências e habilidades : – de reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, – reconhecer as relações entre desenvolvimento científico e tecnológico e aspectos sócio-político-econômicos, como nas relações entre produção de fertilizantes, produtividade agrícola e poluição ambiental. Professor Ródnei
Pressupostos do Ensino de Química •Segundo os PCN’s, O ensino de Química deve promover competências e habilidades : –e de reconhecer limites éticos e morais envolvidos no desenvolvimento da Química e tecnologia, apontando a importância do emprego de processos industriais ambientalmente limpos, controle e monitoramento da poluição, divulgação pública de índices de qualidade ambiental.” (p. 245). 11/2007
Professor Ródnei
• A (re)construção do conhecimento se dá na interação entre: – os sujeitos; – suas condições sócio-históricas; – seus conhecimentos prévios; – seus interesses; – os instrumentos que dispõem; – seus relacionamentos* Maio/2010
Professor Ródnei
Finalizando (?) ou só iniciando a Discussão ! “O fenômeno da transposição didática põe em evidência o fato de que a disciplina escolar não é o conhecimento cientifico mas uma parte dele e, além disso, modificada. Por outro lado, é mais do que ele, porque abarca também os procedimentos para o seu ensino. A física escolar, por exemplo, não se confunde com a física ciência mas é uma parte dela, acrescida daquilo que a física ciência não tem: um pressuposto sobre como se ensina e se 11/2007 Professor Ródnei aprende física”. (Mello, G. Namo de. 2002)
Paulo Freire “Não existe educação sem afetividade”.
maio/2010
Professor Ródnei