Lautriv Mitelob - BV028

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BANABUYE DE ESPERANÇA ‐ PARAHYBA ‐ BRASIL A ARTE, A CULTURA E A HISTÓRIA DA NOSSA GENTE. FUNDADO EM JUNHO DE 2013 ‐ Nº 028 ‐ MAR15 A serviço do Fórum Independente de Cultura/FIC

DIREÇÃO E REDAÇÃO: EVALDO BRASIL E RAU FERREIRA CONTATO: KAQUIM@GMAIL.COM CONTEÚDO: DE BLOGS, SITES; E INÉDITO. A serviço do Ins tuto Histórico e Geográfico de Esperança/IHGE

REGISTROS

Sarau 2015.3: Charau dos 20 anos BLOGOSFERA: 31 posts de Carlos Almeida:

Março: A Sociedade de Estudos Espíritas comemorou a passagem dos seus 20 anos de a vidade. Abril: O Grupo Jesus de Nazaré de Teatro Amador realiza a 16ª edição da paixão de Cristo.

Em http://evaldobrasil.blogspot.com.br/2015/04/blogometro-notas-da-nossa-blogosfera.html

Ao contrário do que muitos pensam A emboscada do Mucuim A primeira perda Afinal qual é a cor? Cada cal cum suas limitrações Carona no carvão Casa de marimbondo: p05 Chega me faltou suspiração Com açúcar e muito afeto! Esquecimento Estórias que mamãe contava Eu queria falar de água Eu sou de um tempo I... Eu sou de um tempo II... Falando sério Lembro, logo existo! Livro‐me Deus! Meninos sabidos! Minha outra amiguinha Minha síndrome pueril Mulher Naquela mesa 'tá faltando ela! O boato do dinheiro Orlando lembra Giba

Ouçam aquele sax! Poucas palavras! Responde vovô! Se essa rua fosse minha Sem querer querendo Ser e fazer feliz Tareco e mariola Triste do bicho...

P02 e P03 E MAIS:

p04: Sarau poético p06: Esperança Clube p07: Viagem através dos tempos p08: Meu Carnaval 2001 p09: Mulher p10: Maria Nazaré da Cunha Novas: Galeria Histórica Galeria Contemporânea

Toma as espadas rútilas, guerreiro, E a rutilância das espadas, toma A adaga de aço, o gládio de aço, e doma Meu coração – estranho carniceiro! Não podes?! Chama então presto o primeiro E o mais possante gladiador de Roma. E qual mais pronto, e qual mais presto assoma Nenhum pôde domar o prisioneiro. Meu coração triunfava nas arenas. Veio depois um domador de hienas E outro mais, e, por im, veio um atleta, Vieram todos, por im; ao todo, uns cem... E não pôde domá-lo, en im, ninguém, Que ninguém doma um coração de poeta!

EU


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Sarau do Fórum Independente de Cultura/FIC por Evaldo Brasil

Charau dos 20 Anos Ata do Sarau do FIC (Fórum Independente de Cultura), Edição 2015.3. Após a úl ma das assinaturas lavraremos esta. Esperança, aos 29 de março, na Sociedade de Estudos Espíritas/SEEE, por ocasião das comemorações dos 20 anos da ins tuição. (Assinaturas) O evento inicia pelas 19h45, quando o cerimonial da SEEE, na pessoa de Allison Raposo explica a dinâmica do Charau, evento ar s co regado a chás. Após as boas vindas feitas pelo presidente da ins tuição, Pedro Paulo da Costa Filho (em versos, seguida de referência à obra de Raul Almeida, cordelista espírita) Evaldo Brasil foi convidado a fazer prece inicial, com seu poema Uma Casa de Esperança e Luz (cordel 49‐026). Angelo Rock canta sua composição Quando Evoluir; Carlos Almeida repete poema dito quando esteve pela primeira vez na casa, A instabilidade das cousas do mundo (Gregório de Matos); Yordan Alcar também canta sua música A Busca, versejando de improviso, em seguida; encerrando a primeira rodada de inscritos, Kaio César recita Ai se sêsse (Zé da Luz), representando o parceiro Megafone Soluções Culturais (CG). 2

Na segunda rodada dos previamente inscritos, Pedro Paulo apresenta Augusto dos Anjos em Parnaso de Além Túmulo (Espíritos Diversos, por Chico Xavier), recomendando sua leitura; Rau Ferreira fala sobre a inicia va Fórum Independente de Cultura/FIC e sua Biblioteca I nerante, e recita Poema em Claro e Escuro (Silvino Olavo); Clêrton Mouro fala sobre a inicia va Megafone, conta o causo (fato) do italiano vendedor de panelas e canta Quando tu passas por mim (V. Moraes/A. Maria). Intervalo para os chás, depois da degustação de vários sabores, além dos salgados, Brasil assume o microfone e convida o s p r e s e n t e s p a ra a s e g u n d a p a r t e , espontânea, onde todos podem se apresentar movidos pela emoção. Embora sem inscrições, registre‐se: Se essa rua fosse minha (C49‐001, Evaldo Brasil) dá lugar para Malamén e Pensamentos (poema de Angelo Rock e música de Roberto Carlos). Tomando assento, Carlos Almeida reza Quatro ave Maria bem cheia de graça (Jessier Quirino); convida Brasil e José Fernandes para dois improvisos à porta aberta Veja Margarida (Vital Farias) voz e violão, percussão e violão e flauta, respec vamente e Asa Branca (L. Gonzaga/H. Teixeira) instrumental; Odaildo Taveira conta causos (fatos) curiosos da história de Esperança. ‐‐>>>


lautriv.mitelob Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente Bole m Virtual __________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 13.03.1995 - 13.03.2015

CHARAU DOS 20 ANOS

Fórum Independente de Cultura Sociedade de Estudos Espíritas Esperancense Megafone Soluções Culturais PARCERIA Kaio César de posse do celular e Carlos Almeida incorporando Jerimum citam Chico Pedrosa em dois poemas A Briga na Procissão e O Abilolado, de cor, provocando mais uma vez a lembrança de Taveira, com mais causos de Esperança. Encerrando a noite, o registro fotográfico feito pelo Megafone inclui a foto oficial das palestras dominicais da SEEE.

Ilustração: Amanda Leite *A ar sta expôs seu trabalho durante o evento. Diversos desenhos em grafite e técnicas mistas. Neste caso, divulgação do sarau no facebook inspirada em xilogravura. Abaixo: Parte do público presente. FOTO: Rau Ferreira

Encerrando o Charau, Pedro Paulo agradece a todos e, em reflexão, aborda a importância do evento e das artes, deixando a casa à disposição das inicia vas presentes. Nada mais havendo a registrar, exceto a divulgação da programação da ins tuição, a presença do Megafone nas redes sociais (facebook) e o convite para o próximo sarau (2015.4, Um ano de Sarau do FIC) no úl mo sábado de abril, 25, a princípio na Câmara Municipal, eu Evaldo Brasil, secretário ad hoc lavro a presente ata do Charau dos 20 Anos. 3


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Diversos Autores

Ei-la a versejar em guerra Fazendo-se minha camarada Na verdade, apenas dilacera O gozo amor que lhe encerra. Ah vem de longe aquela fera Voraz, desejosa e enciumada Pobre de mim, o que me espera? Uma boca ardente e perfumada! Caindo de amores volto à terra De encantos, de luz e de fadas E sentindo-me na casa paterna Sinto, não me resta quase nada. Descansarei, pois naquela serra Que se esconde no fim da estrada. Rau Ferreira 4

Evaldo Brasil

É manhã vou à missa na capelinha que Dom palmeira está a celebrar Solidário vou ao hospital que Padre Zé e as irmãs estão a cuidar Chegou à hora do jogo, José Ramalho estava lá Vou tomar meu banho na lagoa, para o corpo descansar Em casa as músicas de Diogo fui escutar Com o jornal de Jacintão a folhear

Minha mãe manda ir a seu Didi para comprar A boneca de Angelita para minha irmã brincar Na volta passo na farmácia de João Mendes Para Carlos Drummond de Andrade Também passo nos bosques de Lírio Verde onde Silvino está a se inspirar Chega à noite, no cinema do Titico vou paquerar Nostalgia Aquelas lindas moças, que de Esperança, estão a participar... De um velho A tecer um mar E a Esperança dos que se eternizaram Num local que Quero que fique na minha viagem, e nas lembranças dos que ficaram... Não existe mar. Perde-se num mar De ideias que não tem volta. A contrariar o medo De possuir o verbo, Não se contém num ritual ao belo e Comove-se ao máximo que pode Retirando com os olhos As imagens do dia-a-dia.

Sabe bem usá-las: No viver das ruas, Na busca do amor, Das brancas nuvens, Do asfalto negro, São filtrados no olhar maneiro Mineiramente prevenido.

A Defesa de Esperança A defesa da minha terra Hoje eu já nem sei Se esses vales são serras Se vales o que acertei O que fizestes? Ó Banabuyês?

Rau Ferreira

Filha pródiga da quimera Em noite de lua – enluarada! – Veio de longe, de priscas Eras Cheia de amor, enclausurada.

Esperança escrevo de um lugar Que no momento não quero me encontrar Mas em um dia distante sei que vou participar

Chicão de Bodocongó

A serra (no fim)

Busco no uxo Das palavras Um texto no contexto Da poesia Que mesmo sem rima, Métrica ou rebuscamento Seja um reexo Tenha nexo Com meu pensamento.

Arthur Richardisson

Sarau poético

Esperança...

Construindo


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Casa de

Ao contrário do que muitos pensam... por Carlos Almeida*

Nascimento, é verdadeiramente que conduz (pra não dizer carrega nas costas) os des nos daquela Casa de Apoio. Abriu mão de sua juventude e de tudo que daí pudesse usufruir. Andréa é dedicação e carinho exclusivos àquelas crianças com uma educação conseguida por poucas famílias mundo afora. Incrível que ainda há pessoas (e não são poucas) falando “asneiras” a respeito dessa amiga abnegada. Alguns chegam ao extremo de acusá‐la de “vender” adoções. Fosse eu – em lugar de Andréa – pediria para ser inves gada. Abriria meus sigilos bancários e telefônicos para calar (de uma vez por todas) essas bocas maldosas, indolentes, desalmadas, doen as. Ainda ganharia um “troco” por calúnia e difamação. Ao contrário do que muitos pensam, por aqui passaram juízes e promotores que acompanharam a vida em Nosso Lar: Juízes como Dr. Rudimacy F i r m i n o d e S o u s a ; D r. K é o p s d e Vasconcelos Amaral Vieira Pires; Dra. Lua

Casa de maribondo

Sou interpelado nas ruas, no ônibus a caminho ou na volta da universidade e até em seus corredores, sobre minha s ín d ro me p u eril. Uma d as rad as interessantes faz referência ao Nosso Lar, palco da comemoração dos meus 60 anos, portão de entrada da minha vida sexagenária. Uma colega sugere “quando ou se esse menino se sen r abandonado procure o Nosso Lar que será bem acolhido. O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA lhe permi rá usufruir daquele espaço de acolhimento e convivência entre iguais: Crianças assim como você”. Refle sobre aquela conversa humorada e voltei minhas atenções àquelas crianças e jovens que se servem e fazem o Nosso Lar. Passou um filme de quando lá es ve como vice‐presidente a uns doze ou treze anos. A bem da verdade todos nós que por lá passamos compondo diretorias, só atendíamos as formalidades estatutárias e o ECA. Tia Déa, Andréa Costa

Quem bole com Tia Déa, mexe em casa marimbondo Yamaoka Mariz Maia; promotores de jus ça como Dr. Demétrius Castor de Albuquerque Cruz; Dr. Otacílio Marcus Machado; Dra. Rosane Maria Araújo e Oliveira que jamais deixariam passar despercebidas quaisquer irregularidades naquela Casa de Apoio. Caso contrário seriam coniventes, o que não ocorreu, indubitavelmente. Quem bole com Tia Déa, mexe em casa de marimbondo!

*Acadêmico de Filosofia, servidor público municipal, performer. Seu trabalho pode ser encontrado no endereço à direita.

http://muitospensamaocontrario.blogspot.com.br

Marimbondo

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História Esperancense Conhecendo um dos primeiros clubes sociais de Esperança, dentre as tantas iniciativas fadadas ao ocaso Antes mesmo do centro operário a elite esperancense já havia

http://www.historiaesperancense.blogspot.com.br/

por Rau Ferreira*

idealizado um clube social para abrigar a comunidade e seus festejos anuais, que denominaram de Esperança Clube. A en dade recrea va foi fundada em 19 de abril de 1941, tendo sua sede na Praça Getúlio Vargas (calçadão). A diretoria da época fora assim cons tuída: Severiano Pereira da Costa (Presidente); Manoel Rodrigues de Oliveira (Vice‐presidente); Prof. Luiz Alexandrino da Silva (1º Secretário); Francisco Souto Neto (2º Secretário); Antônio Coêlho Sobrinho (Tesoureiro); Sebas ão Rocha (Vice‐tesoureiro); Dr. Newton Pinto (Orador); Dr. Joaquim Freitas Bitú (Vice‐orador); e Inácio Cabral de Oliveira (Bibliotecário). A comissão fiscal da recém‐criada sociedade possuía os seguintes membros: Joaquim Virgolino da Silva; Dr. Sebas ão Araújo e Teotônio Rocha. A adesão se fazia através de subscrição às cotas de ações, no valor nominal de Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros) cada. Entre os associados, destacamos Luiz Mar ns de Oliveira (sócio remido), Clóvis Brandão, Arlindo Delgado e José Ramalho da Costa. Este úl mo cidadão, grande despor sta de nossa cidade, também presidiu o clube entre 1950 e 1953, no período em que trouxe à Esperança grande bandas, como a Orquestra Tabajara.(...) PARA SABER MAIS Siga o link abaixo: h p://historiaesperancense.blogspot.com.br/2015/03/o‐esperanca‐clube.html

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Esperança Clube

Diretoria do Esperança Clube, 1953. Acervo Antônio Barbosa

*Bacharel em Direito, servidor da Jus ça, pesquisador e escritor. Seu trabalho pode ser encontrado no endereço à esquerda.


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Antarctossauro, o dino brasileiro

h p://www.achetudoeregiao.com.br/dinossauros/antarctossauro.htm

Estudar e sonhar por Hauane Maria*

Viajei em um dinossauro até a Era deles. O transporte era muito rápido e a viagem muito longa. Demorou horas para chegar. Falando a verdade, até que foi legal viajar a 1.000 km por hora. Sozinha e morrendo de fome, não podia nem parar para beber água. Quando cheguei enfim, não acreditei que nha dinossauros. Pensei que fosse tecnologia, sabe como é... aqueles robôs que ficam andando com o controle remoto. Toquei pra ver se era verdade e pum! Quase que um deles me comia. Desesperada, não sabia o que fazer. Entrei numa caverna. Comecei a gritar. Havia um morcego, mas graças a Deus aquele homenzinho estava lá, gorducho como sempre. Dei‐lhe o nome de Emanuel, e lhe perguntei: ‐ Quando você vai voltar? Ele respondeu: ‐ Uga, uga... Eu não entendi nada. Vixe! O local era de dar medo, com dinossauros por toda parte, vulcões e cavernas. O cardápio de Emanuel era muito ruim, na verdade horrível: comia 50 dinossauros em um só dia! E eu pobrezinha, apenas um no máximo. Ah! Não aguentei e dei uma dieta para ele: um dinossauro e meio. Ele também não aguentou. Emanuel fazia de tudo para comer, e queria apenas sobreviver naquela terra inóspita. Depois de alguns dias, resolvi voltar. Não era bem a minha praia, e pensei que o presente é de fato uma dádiva. Viva o presente intensamente, pois o passado pode ser bem menos interessante do que você pensa. *A autora cursa o 5º Ano do Ensino Fundamental

http://hauanepoetisa.blogspot.com.br/

Viagem através dos tempos

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epcBrasil: iniciaiC49

http://www.evaldobrasil.blogspot.com.br/

por Evaldo Pedro da Costa Brasil*

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meuCarnaval

Da quarta‐feira de fogo à quarta‐feira de Cinzas: Mascarados nas ruas Eis que surge nos céus de Esperança o Passarim. Era 23/24 horas da quarta‐feira de Fogo, véspera de Carnaval. Não era o Bacurau, devido ao fato de que 'só quem faz um bacurau é outro bacurau'. Pintado em cores alegres, como deveria ser, vinha predominantemente em laranjas, passando por amarelos e vermelhos; zarolhos brancos; pouco preto, para acentuar detalhes, além de penachos alviverdes como sobrancelhas. Ora, era Bacurau, sim (e daí?), enquanto obra de arte, ar s ca manifestação do desejo de ver a vivacidade que o Carnaval vem perdendo. Ora, pois, trocamos o dia pela noite na confecção das máscaras. Fomos bacuraus, por assim dizer. Mas não era preto! Poderia se dizer. Afinal, quer‐se ler uma história permeada de estórias ou se quer discu r, argumentaria o mestre Ariano Suassuna. Como sempre, gastamos economias antes e repomos parte com ajuda pública. Ves dos todos os outros, além do Passarim, em roupas de saco de cebola recheados de retalhos, à la ursa, compunham o Bloco de Máscaras Cidade de Esperança. Ele, Panda e Urso Verde; Boi Fantasma, a Cobra do Açude Velho e um azulado ET; uma Pa nha, o Saguim e a Porca veram suas roupas confeccionadas pela criançada que, ao começarem a vê‐los nascer, tomar forma,

2001

contornos e cores imaginaram, sabidamente, “Ti‐Vá” e “Ti‐ Mécio” não usariam todas no Carnaval. Ademais, nha o Boi de Luz, em leve lilás e coloridamente decorado, alusivo ao bumba‐ meu‐boi, teria a Burrica Azul. Certamente eles seriam os principais personagens dessa empreitada, e para gente grande. Como em toda brincadeira, os brincantes foram chegando, atraídos por cores e ritmos. Ramon se beneficiou de imediato. Marivaldo queria exercitar a arte da confecção de máscaras, ser um mascareiro, por achar um barato. Além de ves r o Bonecão, compondo com Mita Costa o Casal da Meia‐Noite, Marivaldo mascarou Ramon, tendo até a mãe pintado no set para dar cores ao personagem do filho. Leandro se viu na Cobra. Verdinha, de olhos obtusos, cujos dentes amarelados foram logo associados aos dele. Até tentou fazer máscara… Mas não ves u a camisa, foi tocar zabumba e foi tocar agogô… A Gogô, a Maga e os namorados Mivaldo e Renato, respec vamente, se re raram. Estavam num só coração. Não brincaram o Carnaval. Pediram pra rezar e saíram. Naquela noite, então, Evaldo ves u o Homem da Meia‐ Noite e Mita, a Mulher. (...) PARA SABER MAIS Siga o link abaixo: h p://evaldobrasil.blogspot.com.br/2013/03/meu‐carnaval‐2001.html

*Bacharel em Comunicação, servidor público municipal, colecionador. Seu trabalho pode ser encontrado no endereço à esquerda.


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Mulher

COMENTÁRIOS

por Ana Débora Mascarenhas

A maior transformação de uma mulher é quando ela se torna mãe: o corpo muda, a mente muda, nos tornamos mais corajosas, não uma Mulher Maravilha, mas uma mulher diferente. E que me perdoem as feministas radicais de plantão (se quiserem), mas não precisamos nos masculinizar para ser feministas –gosto de mulheres com cara de mulher, depilada, bem cuidada, bonita do seu jeito. Precisamos, primeiro nos libertar da alienação, das diferentes formas de escravidão que ainda existem, só então poderemos mudar o mundo. E nas voltas que o mundo dá, a educação, inclusive para os nossos meninos, é um dos passos mais significa vos para a igualdade de gêneros. Portanto, meu feliz Dia da Mulher para todas que acordam cedo, trabalham, cuidam, amam, amamentam, educam e mesmo assim são lindas.

http://asvoltasqueomundodar.blogspot.com.br/

Dizem que esse é o mês das mulheres, que devemos lutar pelos nosso direitos. Essa história de luta é an ga. Conquistamos muito, mas ainda faltam mais de oitenta anos para termos a igualdade de gêneros de verdade, segundo especialistas. Uma das lutas mais importantes que devemos ter é contra a ditadura dos padrões de beleza, ins tuídos pela sociedade que tem causado muitas doenças e morte, principalmente de meninas ainda adolescentes. Elas que não conseguem ser magras e lindas passam por dietas rigorosas, desenvolvem anorexia, bulimia e outras tantas. Não percebem que ainda são escravizadas. Eu, menina, nha como heroína a Mulher Maravilha, e a linda atriz que fazia o papel também se chamava Linda*. O que mais me chamava à atenção nela era o avião invisível, a liberdade de amazona que ela nha e, sobretudo, a força de uma mulher feminina que não precisava se masculinizar para ser a vista.

Quaresma

O Mundo e suas voltas

Carlos Almeida Aaaaf, Ana! Esta sua reexão deveria ser “obrigatória sem Evaldo Brasil Lindo, linda! Creio que outra linda fez A Mulher Biônica. Todas obrigatoriedade”, posto que seria imposição, em todas as salas de aula do maravilhosas. As heroínas estão voltando. A Marvel lança as HQs, nossos velhos maternal ao pós doutorado; nos bares, estações de trens, metrôs, ônibus; gibis, e em breve vão se tornar filmes, blockbusters na maioria dos casos. Mas nos placares eletrônicos dos estádios de futebol; em placas indicatórias seja lá sucesso mesmo são as nossas do dia a dia. Minha poeta pitonisa sabe disso e eu do que for; lida nas missas e cultos quaisquer... Tudo isso vislumbrando a compartilho, curto! Parabéns! possibilidade de transformação na concepção de ver e ser mulher. Os *A Mulher Maravilha: Atriz Lynda Carter; parâmetros estão aí em seu post. Parabéns! A Biônica: Lindsay Wagner; e Linda Hamilton (Sarah Connor) enfrentou o Exterminador do Futuro. 9


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Revivendo Esperança/PB

http://revivendoesperancapb.blogspot.com.br/

por João de Patrício* Fatos e fotos que fizeram a história de Esperança

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MARIA NAZARÉ DA CUNHA (NAZA)

Uma das primeiras Bibliotecárias do nosso município

A cidade de Esperança depois de sua emancipação polí ca na década de 20, mais precisamente no ano de 1925, procurou lentamente, sem recursos materiais e financeiros, fazer a organização administra va, fazendo a nomeação de seus primeiros servidores municipais, o que significava dar os primeiros passos na administração pública. O trabalho foi lento. Só na década de 40 o município teve suas primeiras eleições para escolha de seus administradores. N o q u e d i z re s p e i to a o s serviços públicos, era necessário ter um quadro mínimo exigível de servidores. Na época, meia dúzia de funcionários fora o suficiente, para tocar o barco para frente.

Maria Nazaré, como é conhecida no seio social de Esperança, foi uma das escolhidas pela administração pública para co l a b o ra r e fa ze r p a r te d a administração municipal, na condição de bibliotecária. Foi a segunda bibliotecária do município. A primeira foi a filha do então prefeito, Júlio Ribeiro, a Sra. Maria Auxiliadora. Naza passou por diversas gestões, entre elas, Júlio Ribeiro, Joaquim Virgolino, Arlindo Delgado e Luiz Mar ns, como bibliotecária, até o dia de sua aposentadoria. Naza reside hoje em sua pacata residência, rodeada de amigas e parentes, no seu silêncio, guardando na memória a historia que ninguém conta.

*Bacharel em Direito, servidor público municipal, pesquisador. Seu trabalho pode ser encontrado no endereço à esquerda.


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Galeria Histórica 1

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FAUSTO FIRMINO BASTOS

LICÉRIO DE ALMEIDA

HORTÊNSIO RIBEIRO

Fausto iniciou suas a vidades como auxiliar da Casa Campos; foi presidente da Associação dos Empregados no Comércio, e depois se associou a José Valdez, abrindo a firma J. Valdez & Irmão.

Sócio‐gerente da firma J. M. de Almeida & Cia.

Redator do jornal “O Pharol”, fundado por José Maria Passos Pimentel, em 1928, e proprietário da “Alfaiataria Glória”.

SAIBA MAIS EM h p://historiaesperancense. blogspot.com.br/2015/03/ esperanca‐elite‐dos‐anos‐20.html

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PAIS FUNDADORES DE ESPERANÇA (1) Manoel Rodrigues de Oliveira, comerciante e prefeito; (2) Theotônio Tertuliano da Costa, comerciante e subprefeito; (3) Ignácio Rodrigues; delegado (4) Elysio Sobreira, Tenente‐coronel chefe polí co municipal; (5) Nicolau da Costa, comerciante. 11


Galeria Contemporânea Apresento‐lhes uma despretensiosa coleção de registros fotográficos feitos a par r de aparelho celular, na qual exploro, principalmente, o «verde» da Zona Norte de Recife, onde resido. (....) VEJA MAIS em RDUARTE fotoamadorismo (h p://www.rduartefotoamadorismo.blogspot.com.br/) Seleção e legendas, Evaldo Brasil et alii

Seleção

2. Fauna do filme Avatar

Caros amigos:

3. «Papai quando ‘tá com raiva»

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REGISTRO

Messias

De 1º a 03 de abril de 2015 no Campestre, Esperança/PB

À la Claude Monet

A Paixão de Cristo

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PA S C O M / G T J N ‐ Revivendo o acontecimento cristão que dividiu a história da Humanidade, o Grupo Teatral Jesus de Nazaré traz para a cidade de Esperança, em seu décimo sexto ano, o espetáculo Messias – A Paixão de Cristo. Uma superprodução com mais de 100 pessoas entre atores, figurantes, equipe ar s ca e técnica, empenhados em apresentar a dramaturgia bíblica dos úl mos momentos de Cristo antes de sua morte e ressurreição. (...) LEIA MAIS em: h p://historiaesperancense.blogspot.com.br/2015/03/messias‐paixao‐de‐cristo‐em‐ esperanca.html


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