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Roteiro de gravação.........................................................................................................51

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Fundamentação Teorica do Gênero

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Documentário é um gênero de filmes que visa o compromisso com a realidade. Um documentário é uma produção audiovisual de visão artística não ficcional, que dificilmente segue as formações de produtos audiovisuais padrões com roteiro, narração e descrição. Não se trata da representação audiovisual da realidade como ela é, mas a realidade segundo a ótica específica de alguém, que pode ser o documentarista, diretor e/ou roteirista. O cinema documental é mais antigo do que possamos imaginar, porém, a verdadeira definição para esse gênero audiovisual, surgiu em meados dos anos vinte do século XIX, através de dois cineastas: Robert Flahert e Dziga Vertov. (DA-RIN, 2004, Página 28)

Ambos Robert Flahert e Dziga Vertov afirmam que é essencial sair do estúdio, para filmar a realidade em seu habitat natural, e assim obter uma versão mais próxima do real que se pretende abordar. Apesar de terem esta mesma perspectiva, cada um possui uma verdade abordada de forma diferente em seus filmes. Flahert costumava pedir para seu entrevistado direcionar seu discurso para as câmeras, enquanto Vertov desejava captar imagens de pessoas em seu dia a dia, sem que percebessem que estavam sendo gravadas. Esses dois exemplos deixam claro que cada documentário possui uma identidade diferente e uma realidade própria. Isto se dá em função da ótica elaborada por cada diretor, documentarista e/ou roteirista em questão. São eles que costumam determinar a realidade que desejam abordar, e sobre qual ótica, como foi dito no início do texto.

Cada Documentário tem sua voz distinta. Como toda voz que fala, a voz fílmica tem um estilo ou uma “ natureza ” própria, que funciona como uma assinatura ou impressão digital. Ela atesta a individualidade do cineasta ou diretor, ou às vezes, o poder de decisão de um patrocinador ou organização diretora. O noticiário televisivo tem voz própria, da mesma forma que Fred Wiseman, Chris Marker, Esther Shub e Marina Goldovskaya. (NICHOLS, 2005,pág. 135)

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