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JUSTIFICATIVA

Neste tópico serão apresentados dados informativos sobre os benefícios do projeto transmídia, abordando desde o tema proposto até o projeto em si. Observar casos já conhecidos e estudados nos fornece indícios sobre o seu sucesso.

O PODER TRANSMÍDIATICO

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Os fundamentos da comunicação não mudaram – emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto -, entretanto, a tecnologia mudou. Atualmente, é possível assistir um programa televisivo e, ao mesmo tempo dialogar com pessoas distantes através de um smartphone, postar conteúdos diversos em redes sociais e ler notícias em plataformas informativas. Com este avanço tecnológico, a transmídia também encontra, cada vez mais, oportunidade de crescimento.

E a participação pessoal e a interação são tão importantes que criam um desejo no consumidor de compartilhar a experiência, aumentando o engajamento e tornando o público, parte da história permitindo o real envolvimento de pessoas. A tendência é que as mídias sejam cada vez mais integradas e que o público possa interagir ainda mais com elas. Cada vez mais, as narrativas estão se tornando a arte da construção de universos, á medida que os artistas criam ambientes atraentes que não podem ser completamente explorados ou esgotados em uma única obra, ou mesmo em uma única mídia. (JENKINS, 2009, p. 162)

Cada meio apresenta as suas próprias características que contribuem para que a história possa ser explorada de maneiras distintas. Na teledramaturgia da emissora, a expansão da narrativa transmídia ocorre, ainda, de forma experimental. Na novela Cheia de Charme (2012) a emissora lançou um blog de uma das protagonistas e lançou o clipe “Vida de Empreguete”, que viralizou nas redes sociais.

A UNIFICAÇÃO DAS PLATAFORMAS

Segundo Jenkins (2009), As velhas mídias não morreram, mas sim, as nossas relações com elas. As relações entre produtor e consumidor é uma simbiose em que o conteúdo precisa seguir com as tendências e os costumes criados pelo público, mas, ao mesmo tempo, trazem um novo olhar para a cultura popular.

As marcas podem utilizar da narrativa transmídia para expressar o seu posicionamento ao mercado, reforçando seus valores e suas características, além de criar laço e relacionamento com os consumidores. Esta narrativa permite a possibilidade de comunicação por meio de diferentes mensagens, baseadas nas preferências e hábitos de consumo do público-alvo em cada mídia.

Sendo assim, fazer o conteúdo circular entre várias mídias é uma forma de ampliar o público. E é com este intuito que, nós, integrantes da Golden Empire, optamos pelo desenvolvimento e criação de um projeto em narrativa transmídia.

Todos esses dados foram relevantes para a construção e desenvolvimento do projeto, pois a ideia partiu não somente da intenção de atuar nas três áreas do curso, mas também com o intuito de conquistar ainda mais o público.

Em seu livro, “Cultura da Convergência” (2009, p. 97-98), Henry Jenkins disserta sobre a economia afetiva.

Hoje, estão explorando o conceito de “expressões” do público, tentando entender como e por que o público reage aos conteúdos. Gurus do marketing argumentam que construir uma ‘comunidade de marca’ comprometida pode ser o meio mais seguro de aumentar a fidelidade do consumidor. (JENKINS, 2009, p. 98). Neste sentido, as empresas não querem apenas mais um consumidor que realize uma ou duas compras, e sim, objetivam um consumidor fiel, que estabeleça uma relação de longo prazo com a marca. De tal forma, identificamos o transmídia um meio de aproximar os telespectadores e unificá-los, oferecendo uma diferente, porém íntima, visão sobre o assunto apresentado nas demais plataformas e com um maior número de conteúdos sendo oferecidos.

A ERA DE OURO DO PODCAST

Um estudo realizado pela plataforma de streaming Deezer, apontou que o consumo de podcast no Brasil, subiu 67% em 2019. A pesquisa foi realizada entre ouvintes de todas as plataformas, mas colheu dados também desta específica. Entre os ouvintes da própria Deezer, no Brasil, o crescimento foi de notórios 177%.

O estudo geral analisou dados colhidos no Brasil, França e Alemanha, deixando o Brasil em primeiro lugar, com uma diferença de 17% entre os demais. Mas a Deezer assume que isso parte de uma iniciativa da própria corporação, sendo resultado de diversas promoções e iniciativas em podcasts originais, gerando mais interesse e acessibilidade aos usuários.

Outra plataforma de streaming, o Spotify, também não ficou para trás tratando-se de pesquisa de mercado. O serviço realizou uma pesquisa e divulgou os dados no primeiro dia do mês de novembro de 2019, apontando que o consumo de podcast no Brasil dentro da plataforma, teve um ganho de 21% se comparados ao mês de janeiro de 2018. Além disso, a empresa chegou a realizar um evento, intitulado “Spotify for Podcasters Summit”, em São Paulo, onde reuniu cerca de 700 podcasters e 10 expositores de áudio.

A estatística global ainda reafirma as pesquisas acima. No ranking de consumo, segundo a pesquisa realizada pelo Podcast Stats Soundbites, o Brasil ocupa o segundo lugar, perdendo apenas para os Estados Unidos. Dentre os gêneros mais buscados, estão cultura, comédia, educação e notícias. Anunciado ainda pelo mesmo portal, grandes empresas que fazem apostas no ramo, esperam um grande crescimento nos mercados “não ingleses”, como o Brasil e a Índia.

Tais fatores e indícios de grande consumo de produções nacionais chamou a atenção de plataformas que nunca atuaram em solo brasileiro. O “iHeartRadio”, pertencente a grande rádio “iHeartMedia” (EUA), prometeu até o final de 2020 apresentar diversos episódios em português.

Conforme divulgado pela Associação Brasileira de Podcasters, o podcast é considerado, cada vez mais um canal importante de mídia para as empresas, permitindo uma comunicação mais íntima e direta com seu consumidor.

E, precisamente com esse intuito, a Golden Empire optou por incluir o podcast em seu projeto transmídia, realizando a junção de um tema que está em alta crescente com uma plataforma que, segundo as pesquisas apresentadas, tende a crescer e, progressivamente, conquistar um público mais extenso, fiel e próspero.

A MASSIFICAÇÃO DO GEEK

Geek não é apenas aquele que conhece todas as histórias em quadrinhos de cor ou, nem mesmo, o que sabe todas as falas de determinada franquia de filmes. Enquadra-se como nerd a pessoa que apenas gosta de assistir desenhos, que possui algum objeto de decoração fazendo referência a algum super herói ou somente aquele que gosta de assistir os filmes que estão em alta nos cinemas. Essa facilidade de expansão de público faz existir a expectativa de um crescimento ainda maior sobre o faturamento dos produtos.

O grande poder de consumo e, claro, sua devastadora paixão por excentricidades, são características que bem podem definir o público geek. Apesar de não estar entre os maiores produtores de conteúdos do nicho no Brasil, este mesmo público, segundo uma pesquisa realizada pela empresa de soluções e-commerce “Rakuten Digital Commerce” consome 40% a mais que a média nacional. Atualmente, especialistas estimam que ao redor do mundo, anualmente, é movimentado mais de R$138 bilhões neste setor. Essa junção de informações faz com que o potencial de negócios geeks seja considerado interessante, nacional e internacionalmente. A pesquisa levantou dados obtidos entre maio de 2018 e abril de 2019.

Devido a tal importância, este mercado em ascensão recebeu um dia exclusivo em sua homenagem, o Dia do Orgulho Geek, comemorado todo dia 25 de maio.

Com esses dados, percebe-se que aquele que iniciar um negócio dentro deste segmento, possui grande chance de crescimento e alta possibilidade de bons lucros. Mas, para tal feito, além de perfil empreendedor e/ou criativo, é necessário conhecer o seu público.

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