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4.1 ARQUIVO LIVRO (ESCRITO) E ARQUIVO SONORO (AUDIOLIVRO
from Calafrios
by Rede Código
4.1 ARQUIVO LIVRO (ESCRITO) E ARQUIVO SONORO (AUDIOLIVRO)
Se até agora mencionamos a literatura, sua relação com a oralidade e como muitas histórias passaram da oralidade para o registro físico, em nosso projeto faremos o inverso. Agora é da literatura para a parte vocal, de livro escrito para livro sonoro, de linguagem literária para linguagem sonora, ou radiofônica, visto que muitos dos elementos que iremos utilizar surgiram no rádio. A linguagem literária e a linguagem radiofônica obviamente têm muitas diferenças, mas também semelhanças. Ambas causam imersão sem o fator visual, “a linguagem literária é resultado de uma função específica da linguagem verbal” (LOPES, 2010, p. 3), dessa forma na literatura há uma descrição muito detalhada para a criação de imagens e ambientes mentais, enquanto que na linguagem radiofônica além da voz/narração há também a paisagem sonora a fim de causar sensações em quem está ouvindo a história ou narrativa apresentada. Narração de histórias sempre foi comum no cotidiano do ser humano, desde a antiguidade, sendo ela verbal ou não. A linguagem literária e verbal ter tantas semelhanças é natural, pois as duas são divergentes do mesmo tipo de linguagem, a narração de uma história que tem o intuito de transmitir uma mensagem e chegar por fim no receptor. Por pequenas diferenças conseguimos distinguir o escrito do sonoro.
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(...) a leitura do oralista não se diz, estruturalmente, como a leitura, mas como mais uma possibilidade de leitura entre outras, pondo-se em pé de igualdade dialógica entre as leituras e o próprio texto transcriado. (...) O oralista tornase navegador de traços, de movimentos, de percursos, sem as redes de positividade que tolhem o historiador e condicionam tanto sua visão como sua escrita; (...) (CALDAS, 1999, p. 84)
O ouvinte/leitor no fim sempre vai ter o mesmo papel, de receber a mensagem da obra que está consumindo. A literatura serve como um impulso para o imaginário da pessoa, com descrições detalhadas é possível se sentir na história, você consegue ter a identificação com a história que lê e isso faz com que a experiência seja mais “rica”.
A linguagem sonora utiliza do mesmo tipo de imersão com o receptor, pois necessita dispor de elementos para que o ouvinte crie mentalmente os cenários por meio do som. A adaptação para um arquivo sonoro relembra o passado, quando uma pessoa apenas contava uma história para outra tentando adicionar o máximo de detalhes possíveis para ser compreendido, a diferença é que na linguagem