Quarta-feira, 30 de abril de 2014
Ano: XXIIII
Bancada do PT comemora criação de 20 milhões de empregos; continuar luta é desafio Na data em que se comemora o Dia do Trabalhador, 1° de maio, e ao longo de 11 anos de Governo do PT com partidos aliados, uma breve retrospectiva aponta muitas conquistas. A primeira diz respeito à geração recorde de postos de trabalho no Brasil: mais de 20 milhões de novos empregos formais de janeiro de 2003 (Governo Lula) a março de 2014 (Governo Dilma). Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada anualmente, e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), publicado mensalmente. Nesse período, o serviço público saiu do sucateamento imposto pelo governo neoliberal de FHC (1999-2002), as centrais sindicais foram reconhecidas e o processo de flexibilização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi barrado. Os governos Lula-Dilma inverteram a lógica do neoliberalismo. No Brasil, os economistas que comandavam as eras Collor e FHC viam a renda do trabalhador como um problema, o aumento do salário mínimo era a causa da inflação e prejudicava a economia. O governo Lula mudou essa lógica perversa e o Governo Dilma deu continuidade a esta nova fase. Com esse novo foco, fortaleceu-se o laço entre as políticas econômica e social apoiada no tripé: valorização do salário mínimo, política de incentivo ao emprego formal e transferência de renda. No Parlamento, a Bancada do PT foi a principal defensora das ações dos Governos Lula e Dilma, até porque os direitos dos trabalhadores sempre foram bandeira de luta do partido desde o seu surgimento, na década de 80. Dentre as iniciativas aprovadas no Congresso Nacional em favor do trabalhador brasileiro, destaca-se a proposta do governo estabelecendo as diretrizes para a política de valorização do salário mínimo. As regras, definidas na Lei 12.382/11, têm assegurado avanços significativos na renda média do trabalhador e garantido
uma maior distribuição de renda no Brasil. Em 2002, fim do governo FHC, o mínimo valia R$ 200. Com a valorização promovida pelos governos do PT, chegou a R$ 724,00, em 2014, acumulando ganho real de 72,31% e representando reajuste nominal de 262%. Em outra frente, a situação de quase pleno emprego só foi possível em função dos investimentos que o governo do PT fez e faz na formação profissional. Lula e Dilma promoveram uma verdadeira revolução na educação profissional com o Pronatec, que já beneficiou cerca de 4,6 milhões de pessoas, em mais de 3.200 cidades. Na área do trabalho, entretanto, poucas ações são tão simbólicas quanto a promulgação, em abril de 2013, da PEC das Domésticas, que se tornou a Emenda Constitucional nº 72 e garantiu aos trabalhadores domésticos os direitos previstos na CLT. A EC 72 ainda precisa ter alguns dos seus dispositivos regulamentados. Em defesa da dignidade no trabalho, a Bancada do PT também tem atuado no combate a todas as formas de opressão e discriminação na sociedade. Para a bancada, essa é uma pauta da agenda dos direitos humanos, bandeira histórica do PT. Mas a Bancada do Partido dos Trabalhadores quer mais. Para o líder do partido na Câmara, deputado Vicentinho (SP) (SP), sindicalista histórico, é importante votar a PEC que trata da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, relatada por ele na comissão especial, onde foi aprovada por unanimidade. Falta a votação em plenário. Em entrevista ao PT na Câmara, o líder alerta os trabalhadores brasileiros para não se deixarem levar pela grande mídia, que faz coro, representando a elite brasileira, contra o governo. “Hoje o povo pobre pode andar de avião, tem o seu carro, tem a sua televisão e ninguém mais faz um churrasquinho de pé de frango. Hoje você pode declarar que acabou a fome no Brasil. Quarenta milhões de brasileiros saíram da miséria com as políticas dos governos Lula e Dilma. Por isso, continuar a luta é o principal desafio”, recomenda o líder do PT.