Universidade Estadual do Ceará Faculdade de Veterinária Laboratório de Reprodução Suína e Tecnologia de Sêmen (www.uece.br/labsuis)
Inseminação artificial com sêmen refrigerado e sua viabilidade na suinocultura do Nordeste
Breve Hist贸rico Dividido em 4 per铆odos distintos
1 o Período
à partir séc. XIV Marcelo Malpighi (bicho seda) Ludovico Jacob (salmão) Lázaro Spallanzani (cão, 1779) Elias Ivanov (equino, 1907)
2 o Período
de 1907 a 1930 Início do uso técnico (pp/equino) Elias Ivanov (1909): 1o laboratório da IA Giusepe Amantea (1914): vagina artificial cão
3 o Período
de 1930 a 1945 Grandes progressos técnicos 1ª prática em Guaratinguetá (1938) Philips e Lardy (1939): gema de ovo/fosfato Salisbury (1942): meio diluente citratado
4 o Período
de 1945 aos dias atuais Disseminação do uso nos rebanhos Novas técnicas: conservação, detecção cio IA antes e depois da congelação Ivanov (1949) idéia Polge, Smith e Parks: possível
glicerol
1946: IA no vale do Itajaí (SC ) No Brasil
1953: Uso do sêmen congelado 1975: Uso da IA em Suínos
Vantagens da Inseminação Artificial
De ordem Zootécnica * Diminuição do no de reprodutores * Velocidade da difusão genética * Aproveitamento do potencial genético * Produção mais homogênea * Aumento da pressão de seleção * Limite de tempo e distância * Uso por pequenos criadores
De ordem Sanitária
* Controle de qualidade espermática * Risco de transmissão doenças venéreas * Contribuição no aumento da fertilidade * Reduz entrada de portadores de problemas
De Manejo
* Economia de tempo e trabalho * Uso de animais de portes diferentes * Reprodutor com impotência coeundi * Programação e distribuição de nascimentos
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Científicas
* Estudos da bioquímica espermática * Fecundação inter-espécies * Estímulo estudo da fisiologia da reprodução
Limitações da Inseminação Artificial
De ordem geral
* Pessoal habilitado e equipamentos * Disseminação fatores genéticos indesejados * Lesões no genital feminino * Propagação de doenças no rebanho * Exige bom manejo e regime alimentar * Observação diária do rebanho * Controle burocrático do rebanho
Fatores importantes para o Processo
* Ejaculado •Coleta do sêmen Manejo com o reprodutor Nível de contaminação Paciência e técnica Qualidade material e produtos
* Processamento e Estocagem do sêmen * Infusão espermatozóides aptos * Quantidades suficientes * Momento adequado * Fecundar maior no óvulos viáveis
Qualidade da MatĂŠria Prima
Qualidade da MatĂŠria Prima
Regime coleta
Idade macho Raça
Manejo
Sazonalidade
Tratador / Coletador
Qualidade da Matéria Prima
Qualidade dose Sêmen Regime coleta
Idade macho Raça
Manejo
Sazonalidade
Tratador / Coletador
03. Implantação de um Programa de IA
Fatores à serem considerados * Viabilidade econômica * Viabilidade técnica: qualidade mão de obra
* Resultados MN x IA: fichamento * Manejo Sanitário Nutricional Pesquisa cio Instalações
* Tempo disponível para os trabalhos
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04. Instalaçþes, Material e Procedimentos
Coleta de SĂŞmen
A rotina e métodos de Coleta * Rotina de coleta * Relação coletador / reprodutor * Frequência e técnica da coleta * Método da mão enluvada e da vagina artificial; * Qualidade da luva * Recipiente de coleta temperatura
* Higienização do prepúcio;
Latex / Vinil luz e
Local de coleta do Sêmen * Sons de porcas no cio; * Localização da sala de coleta; * Tipo de manequim de coleta; * Tipo do piso da sala; * Área de segurança.
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Diluentes, diluição e envaze do Sêmen
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Procedimentos gerais para Diluição 01) Entrada do sêmen no laboratório; 02) Colocar em BM 32 – 34 o C; 03) Diluir em ≤ 20 min.; 04) Avaliar motilidade após diluição; 05) Envazar o sêmen nos frascos identificados; 06) Manter doses MA (20 – 24 o C);
Diluentes do Sêmen Suíno * Funções básicas: prolongar a vida dos sptz controlar a proliferação bacteriana Ser de fácil preparo e custo compatível aumentar o volume do ejaculado maximizar n o doses sêmen produzidas
* Grupos de diluentes: classificados p/capacidade de conservação curta e longa duração
Regras p/ conservação de doses de Sêmen * Evitar flutuações temperatura entre os limites; * Usar equipamento correto: geladeiras x conservadoras; * Ambiente limpo, abrigo luz solar, distante fonte calor; * Não abrir desnecessariamente a geladeira;
Regras p/ conservação de doses de Sêmen * Usar sêmen dentro prazo de validade; * Agitar suavemente as doses 2x/dia = rapidamente; * Levar em caixa térmica p/IA número exato; * Doses não usadas voltar p/ geladeira; * Não permitir incidência direta de raios solares;
Controle HigiĂŞnico do Processo
Possíveis fontes contaminação na Coleta # O próprio reprodutor (aerosóis, pelos, etc) # Falhas na higienização prepucial # Falhas na fixação do pênis # Falhas na limpeza e esterilização dos recipientes # Falhas na higienização das luvas e sala de coleta # Contaminação ambiental (poeira) # Falhas na limpeza das baias dos cachaços
Efeitos contaminação bacteriana no sêmen # Redução da vida útil # Queda da motilidade espermática # Queda do pH do meio # Aumento da aglutinação espermática # Lesões do acrossoma # Aumento dos retornos ao cio # Com ou sem descarga genital
Detalhes Importantes * Roupas e calçados limpos e apropriados; * Pessoas estranhas ao serviço; * Limpeza das estruturas e materiais; * Materiais descartáveis de qualidade; * Estoque adequado do material e na validade; * Cuidado com a origem e manipulação da água; * Checar a temperatura da geladeira, estufas; * Equipamentos e materiais bem secos; * Documentar procedimentos x Protocolo preconizado.
Embalagem e Transporte do SĂŞmen
01) Condições transporte x qualidade
Embalagens e Transporte das doses de sêmen dose;
02) Temperatura transporte x qualidade dose; 03)
Fatores
afetam
flutuação
da
temperatura; 04) Distância: até 2.400km na Noruega ; 05) Identificação da embalagem; 06)
Monitoramento
do
tempo
de
07) Transporte em programas internos; Embalagens e Transporte das doses de sêmen 08)
Choques,
vibrações
e
movimentos
bruscos; 09) Transportador específico x sanidade ; 10) Qualidade das embalagens; 11) Caixas de isopor
capacidade
limitada ;
12)
Temperatura
remessa;
sêmen
na
hora
da
Armazenamento do sêmen na Granjana granja; 1) Chegada do sêmen 2) Verificar condições de armazenamento; conservadora x circulação de ar adaptação de termostato monitoramento
da
temperatura agitação periódica das doses
3) Período de utilização das doses de sêmen.
05. Pesquisa de Cio
Sinais visíveis durante o cio
Em suínos saudáveis e bem nutridos, o cio ocorre a intervalos de 21 dias, com duração de dois a três dias, sendo que a ovulação ocorre entre 20 a 36 horas em média, após o aparecimento dos primeiros sinais do cio.
Etapas edecomportamentais do 1) Alterações anatômicas observação
estro;
2) Estimulação das fêmeas p/ macho sexualmente maduro;
3)
Identificação
tratador.
do
reflexo
de
tolerância
pelo
06. Inseminação Artificial
Diferentes protocolos de Inseminação 1. Protocolo de duas inseminações: 1ª IA: imediatamente após a detecção cio; 2ª IA: 12 h após a primeira inseminação;
Diferentes protocolos de Inseminação 1. Protocolo de duas inseminações: 1ª IA: imediatamente após a detecção cio; 2ª IA: 12 h após a primeira inseminação; 2. Protocolo p/ detecção díária / dupla de cio: 1ª IA: 12 h após os primeiros sinais cio; 2ª IA: 12 h após a primeira inseminação; 3ª IA: 12 h mais tarde (se fêmea ainda aceitar)
Diferentes protocolos de Inseminação 1. Protocolo de duas inseminações: 1ª IA: imediatamente após a detecção cio; 2ª IA: 12 h após a primeira inseminação; 2. Protocolo p/ detecção díária / dupla de cio: 1ª IA: 12 h após os primeiros sinais cio; 2ª IA: 12 h após a primeira inseminação; 3ª IA: 12 h mais tarde (se fêmea ainda aceitar) 3. Se a fêmea = intervalo desmama-cio ≤ 4 dias pós desmame: 1ª IA: 12 a 24 h após os primeiros sinais cio; 2ª IA: 30 a 36 h após o início cio; 3ª IA: 42 a 48 h após o início cio (se a fêmea ainda aceitar e se o esquema de IA envolver a 3ª dose).
Diferentes protocolos de Inseminação 4. Se a fêmea apresentar intervalo desmama-cio longo (geralmente as primíparas): 1ª IA: 0 a 6 h após os primeiros sinais cio; 2ª IA: 12 a 18 h após o início cio; 3ª IA: Não é aconselhável a 3ª dose nessas fêmeas.
Diferentes protocolos de Inseminação 4. Se a fêmea apresentar intervalo desmama-cio longo (geralmente as primíparas): 1ª IA: 0 a 6 h após os primeiros sinais cio; 2ª IA: 12 a 18 h após o início cio; 3ª IA: Não é aconselhável a 3ª dose nessas fêmeas. 5. Para marrãs, é recomendado: 1ª IA: No máximo 12 h após os primeiros sinais cio; 2ª IA: 24 h após o início cio; 3ª IA: 36 h após o início cio.
Como inseminar ? Uma vez que o momento mais apropriado para a inseminação
artificial
de
uma
fêmea
esteja
determinado, a inseminação deve ser conduzida de forma calma, com atenção voltada para a higiêne e estimulação da fêmea. A inseminação artificial em suínos é relativamente fácil de ser executada, mas, apesar disso, alguns cuidados devem ser tomados como estes a seguir:
Cuidados ao inseminar # fêmea deve ser IA na presença de um macho adulto; # faça uma higiêne no períneo da fêmea; # pressão parte dorsal e massageie os flancos da fêmea; # homogeneizar a dose do sêmen; # aplique lubrificante não-espermicida na ponta da pipeta;
Cuidados ao inseminar # abra os lábios vulvare, introduza o cateter; # inocule o sêmen em ± 5 a 10 minutos; # frasco estiver pela metade = furo na base do mesmo; # aguarde cateter esvaziar e depois massageie clitóris; # finalizada a inseminação, descarte todo o material.
Cuidados com as FĂŞmeas
Estado corporal / metabólico na précobertura 01) Objetivo da nutrição na pós-desmama 02) Stress e estado metabólico 03) Melhores condições de desmame 04) Sanidade das porcas 05) Chamadas “porcas de risco” 06) Higiêne dos animais
Técnica de Inseminação Artificial
Técnica da AutoInseminação
Técnica da Inseminação Transcervical ou Intrauterina
Razões para usa-la na rotina 01. Aumento da eficiência da IA; 02. Menor número espermatozoides / dose; 03. Aumento do número de doses; 04. Diminuição dos custos de produção; 05. Local deposição do sêmen; 06. Volume da dose inseminante .
07. Avaliação dos Resultados de Fertilidade
OS EXAGEROS Nテグ DEVEM SER ESTIMULADOS
http://www.uece.br/labsuis toniolli@roadnet.com.br