Agropec Bahia 2012

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Avanços tecnológicos na terminação em pasto Valéria Pacheco Batista Euclides


produção de forragem X exigência nutricional


Avanços tecnológicos:

1. manejo do pastejo

2. suplementação alimentar

3. uso estratégico da pastagem e do suplemento


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

1. Manejo do pastejo Taxa de lotação

Método de pastejo


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

1,1

760

Ganho/área

660

0,9

560

0,7

460

0,5

360 260

Ganho/animal

0,3

160

0,1

Ganho (kg/ha)

Ganho (kg/cab/dia)

capim-marandu – pastejo contínuo

60 4,1

6,7

7,5

9,5

Taxa de lotação (UA/ha) faixa ótima de utilização

40

30

20

Altura do pasto (cm)

1. Manejo do pastejo

10 Andrade(2003)


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

pastejo contínuo lotação variável Permite o controle da estrutura do pasto - ajuste do número de animais - ajuste no tamanho da área

recomendado: Plantas de hábito de crescimento prostrado Plantas eretas com pequeno alongamento do colmo

1. Manejo do pastejo


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

pastejo contínuo lotação variável Ganho de PV

Pastos

Altura do pasto (cm)

UA/ha

kg/cab

marandu

15

2,8

0,670

460

30

2,5

0,760

480

45

2,0

0,775

400

15

3,5

0,810

680

30

2,5

0,760

500

45

2,0

0,606

325

xaraés

TL

1. Manejo do pastejo

Kg/ha


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

200

20

Folhas

160

16

120

12

Colmos 80

8

Senescência

40

4

0

Acúmulo de Colmo (cm/perfilho)

Acúmulo e senescência de Folhas (cm/perfilho)

capim-tanzânia – pastejo rotacionado

0

63,2

91,1

95,9

99,1

Interceptação de luz % 49

74

62

87

Altura (cm) Barbosa 2004

1. Manejo do pastejo


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

Capim-tanzânia sob pastejo rotacionado Fixo 7/35 – 35 cm de resíduo Variável 70 cm/35 cm de resíduo fixo

variável

48,3

55,3

Relação folha/colmo

3,2

6,1

Proteína (%)

12,9

15,2

Digestibilidade (%)

62,7

66,5

Taxa acúmulo de folhas (kg/ha.dia)

1. Manejo do pastejo


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

Capim-tanzânia sob pastejo rotacionado Fixo 7/35 – 35 cm de resíduo Variável 70 cm/35 cm de resíduo Ganho de peso kg Estratégia

Período

TL

dias

UA/ha

animal

área

fixo

216

5,4

0,666

860

variável

216

4,4

0,780

990

(70 cm)

1. Manejo do pastejo


50 cm

25 cm

50 cm kg/novilho/dia Novilhos/ha Kg/ha Intervalo entre pastejo

0,800 5

25 cm 0, 660 6

560

600

33

45 Difante (2005)


30 cm

50 cm

50 cm g/novilho/dia

30 cm

640

400

Novilhos/ha

5,1

6,7

Kg/ha

1070

640

33

40

Intervalo entre pastejo

Lopes (2012)


Capim-mombaça 90 cm / resíduos de 30 e 50 cm

Intervalo de pastejo resíduo de 30 cm (dias) 48

42

36

35

41

Intervalo de pastejo resíduo de 50 cm (dias) 38

37

30

24

25

33

37


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

pastejo diferido consiste em selecionar determinadas áreas e vedá-las no final do verão para serem utilizadas no período crítico 1/3 FEVEREIRO

JUNHO-JULHO

2/3 MARÇO

AGOSTO-SETEMBRO

gramíneas promissoras: espécies de Brachiaria, tiftons, coastcross e estrelas

gramíneas não indicadas: as de crescimento ereto, com acúmulo de caules. Ex. Panicum, Andropogon e capim-elefante 1. Manejo do pastejo


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

Massa de forragem , percentagens de proteína bruta e nutrientes digestíveis totais de pastos de marandu diferido (média de 5 anos)

Período de utilização (dias) 0

75

MS (t/ha)

4,9

3,8

3,0

PB (%)

7,2

6,5

5,7

49,5

47,7

46,7

NDT (%)

1. Manejo do pastejo

150



Avanços tecnológicos na terminação em pasto

2. Suplementação em pastos 500

30

36

450

kg PV

400 350 300 Tanzânia B. decumbens

250 200 150

A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A Meses


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

O que suplementar? Função da meta do ganho de peso dos animais: 1 - Corrigir nutrientes específicos (MMM) 2 - Corrigir deficiências generalizadas (MBC)

Deve ser fundamentada numa análise econômica

2. Suplementação em pastos


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

As misturas múltiplas devem conter: 5 a 12 % de uréia / S 12 a 25 % de sal branco 8 a 10 % de mistura mineral 15 a 40 % de fonte de proteína verdadeira 20 a 30 % de fonte de energia Sal branco (controle do consumo da mistura) Consumo = 0,1 a 0,2 % do peso vivo A média de ganho de peso está entre 100 a 250 g/dia a mais do que os animais não suplementados.

2. Suplementação durante o período seco


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

Corrigir deficiências generalizadas Utilizar uma mistura balanceada de concentrados As taxas de ganho de peso variam de 500 a 1000 g/dia quantidade de suplemento (0,6 a 1% PV) potencial do animal e condição corporal tamanho, declividade dos pastos e distância das aguadas

2. Suplementação durante o período seco


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

ganho de peso de novilhos suplementados

Pastagens

Decumbens

Marandu

Tanzânia

Consumo

Ganho PV

% PV

g/dia

-

30

0,80

740

0,1

430

0,6

790

1,0

980

-

410

0,8

920

Referência

2. Suplementação durante o período seco

Euclides (2001)

Raffi (2004)

Santana (2005)


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

disponibilidade de pasto x suplemento Marandu 1

Marandu 2

Consumo supl. kg/cab/dia

1,64

1,68

Ganho de peso g/novilho/dia

330

550

2,6 - 1,4

4,3 - 2,2

Disponibilidade MS (t/ha)

2. Suplementação durante o período seco


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

2 - suplementação no período das águas Gramíneas tropicais período das águas = 600 a 900 g/dia

Alta quantidade de forragem de boa qualidade Efeito substitutivo

Corrigir nutrientes específicos

2. Suplementação em pastos


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

capim-marandu + 0,15% PV MMM (184 dias) Não suplementado Ganho diário (g)

Suplementado

535

740

Consumo MMM kg/período

-

90

PV inicial (kg)

250

250

PV final (kg)

348

386

kg da MMM = R$ 0,80

custo/novilho = R$ 72,00

2. suplementação período das águas


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

3 - Uso estratégico das pastagens e suplemento Sistema recria-engorda (CNPGC) ha

%

Tanzânia

13,5

22

B. decumbens

16,5

27

Marandu

30,5

51

Os animais permanecem no sistema da desmama até o abate


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

Manejo capim-tanzânia (13,5 ha) pastejo rotacionado (70 cm/35 cm) período das águas - intensivo e a taxa de lotação ajustada de acordo com crescimento do pasto adubação de manutenção: 450 kg/ha da fórmula 0-20-20 + micronutrientes 200 kg /ha de N 500 kg /ha de gesso 1,5 t/ha de calcário dolomítico período seco - 1,5 UA/ha + suplementação

3. Uso estratégico dos pastos e suplementos


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

manejo dos pastos de braquiárias manutenção  50 kg/ha/ano de nitrogênio (vedação) A cada 3 anos: - 200 kg/ha de 0-20-20 - 2 t/ha de calcário dolomítico

período das águas - utilização menos intensiva Vedação é escalonada a partir da 1ª semana de fevereiro

período seco  pastos vedados + suplementação

3. Uso estratégico dos pastos e suplementos


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

Período seco (120-150 dias, maio a setembro) Tanzânia – bezerros desmamados Sal proteínado

Cncentardo

g/bezerro/dia

460

770

consumo (%PV)

0,2

0,6

Braquiárias – novilhos de sobreano Sal proteínado

concentrado

g/novilho/dia

250

650

consumo (%PV)

0,2

0,6

Uso estratégico do suplemento: Bezerros (sal proteínado) e Novilhos em acabamento (concentrado) 3. Uso estratégico dos pastos e suplementos


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

Produção do sistema (média de 6 anos) tanzânia

Brachiaria

Período das águas UA/ha

6,1

2,1

800

580

1020

350

Suplemento (kg/an./dia)

0,6

3,0

UA/ha

1,7

2,8

g/novilho/dia

460

670

kg PV/ha

250

320

g/novilho/dia kg PV/ha Período seco

3. Uso estratégico dos pastos e suplementos


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

Produção média dos pastos de tanzânia e de braquiária (média de 6 anos) Os novilhos foram abatidos entre 18 e 24 meses PV médio de abate = 460 kg Taxa de lotação média (anual)= 3,5 UA/ha Ganho por área = 580 kg de carcaça/ha/ano

3. Uso estratégico dos pastos e suplementos


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

sistema recria-engorda (CPSSE) Pastagens de tanzânia adubação anual – 1.500 kg/ha de 20-5-20 a taxa de lotação foi fixada em 4 UA/ha Período das águas - o excesso de forragem conservado (silagem) - GPD = 850 g/novilho Período das seco - pastagem + silagem + 500g de farelo soja - GPD = 440 g/novilho Animais Canchim 19-20 meses peso de abate


Avanços tecnológicos na terminação em pasto

Considerações A otimização dos investimentos com as pastagens e suplementos só será alcançada: 1. com o uso de animais apropriados animais precoces (acabamento) Adaptados e com bom potencial para ganho de peso eficientes (conversão de alimentos) manejados de forma apropriada - cuidados sanitários 2. treinamento da mão-de-obra 3. melhoria do gerenciamento da propriedade



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