A internacionalização da economia brasileira Setembro 2012
Condições para uma economia se internacionalizar
1.Estabilidade macro econômica. 2.Confiança na taxa de cambio. 3.Dimensão de seus mercados. 4.Competitividade. 5.Legislação.
A construção da internacionalização da economia brasileira
1.Estabilização da moeda (1994/1996) 2.Estabilidade macro econômica (1997/2000) 3.Fortalecimento das contas externas; fator China (2003/2006) 4.Credibilidade de longo prazo na taxa de cambio (2003/2006) 5.Construção das cadeias de importações (2005/2007) 6.Competitividade; agro negocio e industria. 7.Legislação.
IPCA
Inflação
Taxa de Câmbio Real 4,5
4,5
Taxa Real de Câmbio Real (BRL-USD)* 4,0 Base Média de 2007
4,0
Média 1947/2009 R$ 2.1 a preços de 2007
3,5
3,5
3,0
3,0
2,5
2,5
2,0
2,0 (*) Deflatores: IPCA e IPC-FGV. Fonte: BCB, IPEA, FGV e IBGE. Elaboração: Quest Investimentos.
1,5 1,0
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
1,5 2010
1,0 2012
O grande ajuste
Fonte foi externa – Termos de Troca 140 130
140
Termos de Troca e Média 1991/2011 Base 2006=100 - Ajustado Sazonalmente
130
120
120
110
110
100
Média
90
90
20 12
20 11
20 1
0
80 20 09
20 08
20 07
20 06
20 05
20 04
3
Fonte: Funcex e Quest Investimentos.
20 0
80
100
50
Balança Comercial
350
Balanço Comercial 40 Saldo Acum. 12m - Em US$ bi
300
Fonte: MDIC e Quest Investimentos.
30
250
Saldo Exportações (direita) Importações (direita)
20
200
10
150
0
100
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
0
1997
-20
1996
50 1995
-10
Dívida Pública Total (Líquida) 70%
70%
Dívida Pública Total (Líquida) % PIB (Externa + Interna)
60%
60%
50%
50%
40%
40%
30%
Fonte: BCB e Quest Investimentos.
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
30%
Reservas Internacionais Líquidas - %PIB 18
Reservas Internacionais Líquidas - %PIB
18
16
16
14
14
12
12
10
10
8
8
6
6 Source: BCB and Quest Investimentos.
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
4
4
Spread sobre 10y US-Bonds
2.500
2.500
Spread sobre 10y US-Bonds Benchmarks do Governo Brasileiro (pp)
2.000
2.000
Fonte: Reuters, BCB, Fed e Quest Investimentos.
1.500
1.500
1.000
1.000
500
500
12 20
11 20
10 20
09 20
08 20
07 20
06 20
05 20
04 20
03
0 20
20
02
0
O que esperar da pr贸xima d茅cada no Brasil
Na economia Na sociedade No mercado financeiro Na agricultura
O que esperar da próxima década no Brasil
Hipóteses assumidas para a construção do cenário a seguir: • A zona do euro consegue construir uma saída da crise atual, sem crise financeira aguda embora com um longo período de estagnação econômica e social. • USA consegue sair das eleições de novembro com um programa de ajuste fiscal de longo prazo, criando as condições para uma recuperação lenta do crescimento econômico histórico ( 2 a 3% ao ano) . • A China continua em sua rota de crescimento econômico, embora a taxas mais modestas ( 7 a 8% ao ano).
O que esperar da próxima década no Brasil Na economia: •
continuidade do crescimento a uma taxa anual entre 3 e 3,5% aa.
•
a renda per capita deve crescer ao longo da década chegando a U$17.000 por volta de 2010.
•
na região sudeste a renda per capita pode chegar a US$ 24.000.
• mais de 70% dos brasileiros estarão incorporados ao que se chama economia de mercado. •
o desnível econômico entre as diversas regiões do país vão se reduzir continuadamente.
•
O setor de serviços deve crescer mais rápido do que a industria, que deve terminar a década representando 10% do PIB.
Brasil: O que esperar para os próximos 10 anos? (2012 – 2020)
Fonte: Quest Investimentos.
Emergentes x Desenvolvidos: Participações no PIB Mundial (% PPP) 70 60 50 40 30 20
Projeções FMI e Quest Investimentos.
EUA, Euro e Japão
10
China, India, Brasil, México, Russia e Turquia
0 4 0 2
0 2
6 1 0 2
1 0 2
8 0 2
4 0 2
0 2
6 9 1
2 9 1
8 9 1
4 8 9 1
0 8 9 1
Fonte: FMI (1980/2017) e Quest Investimentos (2018/2024)
EUA e China: Participações no PIB Mundial (% PPP) 30 25 20 Estados Unidos
15
China
10
Projeções FMI e Quest Investimentos.
5 0
4 0 2
0 2
6 1 0 2
1 0 2
8 0 2
4 0 2
0 2
6 9 1
2 9 1
8 9 1
4 8 9 1
0 8 9 1
Fonte: FMI (1980/2017) e Quest Investimentos (2018/2024)
180
180
CRB em US$ - Índice base 100 = 2007
160 140
160
Grãos Metais Energia
140
120
120
100
100
80 Sep 09
Fonte: Reuters e Quest Investimentos.
Apr 10
Nov 10
Jun 11
Jan 12
80 Aug 12
200
160
CRB em US$ - Índice base 100 = 2007
200
160
Grãos Metais Energia
120
120
80
80
Ja n 05 Au g0 M 5 ar 06 Oc t0 M 6 ay 07 De c0 7 Ju l0 8 Fe b 09 Se p 09 Ap r1 No 0 v1 0 Ju n 11 Ja n 12 Au g1 2
40
Fonte: Reuters e Quest Investimentos.
40
200
200
CRB em BRL - Índice base 100 = 2007
180 160
180 Grãos Metais Energia
160
140
140
120
120
100
100
80 Sep 09
Fonte: Reuters e Quest Investimentos.
Apr 10
Nov 10
Jun 11
Jan 12
80 Aug 12
240 200 160
CRB em BRL - Índice base 100 = 2007
240 200
Grãos Metais Energia
160
120
120
80
80 Fonte: Reuters e Quest Investimentos.
Ja n 05 Au g0 M 5 ar 06 Oc t0 M 6 ay 07 De c0 7 Ju l0 8 Fe b 09 Se p 09 Ap r1 No 0 v1 0 Ju n 11 Ja n 12 Au g1 2
40
40
PIB per Capita
O que esperar da próxima década no Brasil No mercado financeiro: •
o longo período de estabilidade macro econômica e financeira que prevejo para os próximos anos vai trazer alterações profundas no mercado em função de uma maior confiança e da redução da volatilidade dos acontecimentos, inclusive na política; • um dos elementos mais importantes deste processo será a redução da divida liquida do governo para níveis abaixo das existentes no mundo desenvolvido – 20% do PIB em 2020 – o que deve levar as agencias de risco a classificar a divida brasileira entre AA e A; • neste cenário os juros reais nos mercados locais vão convergir para níveis internacionais; • a busca por investimentos em equities e outros instrumentos ligados a investimentos diretos aumentará de forma importante;
Cenário de queda de juros
Fonte: Tesouro Nacional
Obs.: As NTN-B’s são títulos públicos com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra (cupom). As taxas de cupons apresentadas são referentes aos últimos dias úteis no semestre correspondente.
Redução da relação Divida Publica/ PIB e estabilidade macro econômica vão levar a uma melhora do rating do Brasil
Source: rating agencies and Brazilian Treasury
•
Até 2015, em função das métricas atuais, o rating do Brasil deve chegar a A
•
Não há mais razões para os juros no Brasil serem superiores aos de outros paises;
PIB, Pop & Área Agriculturável PIB*
População*** FRANCE
GERMANY
CANADA
JAPAN
ITALY
NIGERIA
MEXICO
INDONESIA CHINA
UK
INDIA
PAKISTAN
SPAIN BRAZIL
EUA SOUTH KOREA
RUSSIA AUSTRALIA
Área Agriculturável** ARGENTINA *PIB maior do que US$ 1 tri/ano ** Área Agriculturável maior do que 140 mm ha *** População maior do que 100 mm Fonte: FMI, ONU, FAO e Quest Investimentos.
SAUDI ARABIA
KAZAKHSTAN
BANGLADESH
Brasil: Desafios à frente Alavancas do crescimento no período Lula estão perdendo força e reduzindo o crescimento econômico: 1.
Crédito bancário aos consumidores está chegando a seus limites saudáveis;
2.
Os membros da nova classe media, criada nos ultimos anos, estão atingindo limites a seu endividamento e começando a ter dificuldades para honrar seus compromissos;
3.
Maiores taxas de desemprego até 2007 criavam alguma folga no mercado de trabalho permitindo a expansão do emprego sem e forçar os salários;
4.
Pequeno déficit em Transações Correntes abria espaço para o crescimento das importações;
5.
Fortalecimento do real acima da sua taxa natural de equilibrio, associado ao aumento de custos internos de produção, está reduzindo fortemente a competitividade de nossa industria;
6.
Existência de alguma folga na infraestrutura do país (portos, estradas e geração de energia) chegou ao fim e está pressionado os custos internos;
Brasil: Desafios à frente Baixo nível de desemprego (menor que a NAIRU) e a escassez de mão-de-obra qualificada elevam os salários acima da produtividade (Curva de Phillips). O recente ganho real nos salários, tanto do setor público quanto do privado, é reflexo de um mercado de trabalho apertado e do poder dos sindicatos. Pontos de estrangulamentos na infra-estrutura criando pressões de custos e perda de eficiência na logística do país. Um dos setores mais críticos é o da geração de energia elétrica (fontes mais caras). Os custos de produção das empresas brasileiras, ao crescer em ritmo acima dos ganhos de produtividade, reduzem a competitividade local e favorecem as importações (mesmo no setor agricola como o do etanol e do açúcar).
Agenda para a manutenção do crescimento 1. Estimular apenas o consumo não pode ser a mais prioridade da política econômica pois não temos mais os excessos de capacidade ociosas ocupadas nos anos Lula. 2. O nome do jogo daqui para a frente será Suply Side Economics. 3. Os principais itens desta nova agenda são: •
Expansão do investimento privado na infra estrutura econômica;
•
alivio tributário nos principais imputs do setor industrial;
•
Redução da velocidade dos aumentos dos gastos de custeio;
•
Política de treinamento profissional em conjunto com o setor privado;
•
Aumento da eficiência da gestão de órgãos públicos responsáveis pela regulação do setor privado;
•
simplificação tributaria e redução dos impostos em setores mais expostos à concorrência internacional;
Brasil 2020: cenário externo nos próximos anos •
O crescimento econômico do Brasil depende também do ambiente externo nos próximos anos;
•
O cenário mais provável que acredito contempla as seguintes hipóteses: •
A Europa vai continuar em crise pelos próximos anos e só voltará a crescer com algum vigor por volta de 2016;
•
Mas não contemplo uma saída traumática do euro que poderia ocasionar uma depressão mundial;
•
Os USA vão encontrar após as eleições um caminho de ajuste fiscal de longo prazo que preserve a credibilidade do dólar;
•
Mas mesmo neste cenário, o crescimento econômico será baixo nos anos de 2013 e 2015;
•
Mas na segunda metade da década a maior economia do mundo vai reencontrar um novo e mais estável vigor;
•
A China vai continuar crescendo, embora a taxas mais modestas ( 7 a 8 % ao ano) por toda a década;
•
Medido pelo critério de PPP a economia chinesa vai ultrapassar a americana ainda nesta década;
•
O mesmo vai ocorrer com o conjunto dos países emergentes em relação ao chamado G7;
Brasil 2020: forças de longo prazo a serem aproveitadas Mundo emergente será o novo polo de crescimento na próxima década. Demanda por alimentos e eficiência da agricultura brasileira como forças a serem exploradas. Clima favoravel, setor privado eficiente e disponibilidade de agua vão fazer a diferença nos proximos anos. Endividamento do governo em relação ao PIB no Brasil estará entre os menores do mundo. Se mantida a politica fiscal dos ultimos o rating do Brasil poderá chegar a AA em um mundo pressionado pelo nivel das dividas publicas soberanas.
140 130
Termos de Troca
140
Termos de Troca e MĂŠdia 1991/2011 Base 2006=100 - Ajustado Sazonalmente
130
120
120
110
110
100
MĂŠdia
90
90
20 12
20 11
20 10
80 20 09
20 08
20 07
20 06
20 05
20 04
Fonte: Funcex e Quest Investimentos.
20 03
80
100
Ciclo de Crescimento 8 6
Brasil - Ciclo de Crescimento - CRB x IBC-Br* Taxas de Crescimento (% yoy)
30
IBC-Br (yoy) CRB (yoy) - RHS
20
4
10
2
0
0
-10
(*) Índice de Atividade Mensal do Banco Central (tendência). Fonte: Reuters, BCB e Quest Investimentos.
-30 Jan 11 Oct 11
Apr 07 Jan 08 Oct 08 Jul 09 Apr 10
-4
-20
Apr 98 Jan 99 Oct 99 Jul 00 Apr 01 Jan 02 Oct 02 Jul 03 Apr 04 Jan 05 Oct 05 Jul 06
-2
Crédito – Estoque e Concessão 40 30
40
Crédito - Estoque e Concessão Concessão Total média diária (var.% 12m) Estoque Total (yoy%) Concessão Total Média Diária (yoy%)
30
20
20
10
10
0
0
May 07 Jul 07 Sep 07 Nov 07 Jan 08 Mar 08 May 08 Jul 08 Sep 08 Nov 08 Jan 09 Mar 09 May 09 Jul 09 Sep 09 Nov 09 Jan 10 Mar 10 May 10 Jul 10 Sep 10 Nov 10 Jan 11 Mar 11 May 11 Jul 11 Sep 11 Nov 11 Jan 12 Mar 12 May 12
-10
Fonte: BCB e Quest Investimentos.
-10
Massa Real de Salários 12 10
12
Massa Real de Salários Var. yoy
% yoy Tendência
10
8
8
6
6
4
4
2
2
0
Fonte: IBGE e Quest Investimentos.
2007
2008
2009
2010
2011
2012
0
Taxa de Desemprego 14%
Taxa de Desemprego Metropolitano Ajustes Quest Investimentos
12%
14% 12%
10%
10%
8%
8%
Dessazonalizado Trend
6%
Ja
n
12
4%
11
Ja
n
10
Ja n
09
Ja n
08
Ja n
07
Ja n
06
Ja n
05
Ja n
Ja n
Ja n
04
Fonte: IBGE e Quest Investimentos (www.questinvest.com.br).
03
4%
6%
5.5%
Emprego formal - CAGED 300
CAGED - Total - Em milhares Ajustado Sazonalmente
300
200
200
100
100
0
0
-100 Fonte: Min. Trabalho e Quest Investimentos.
Jul 07 Oct 07 Jan 08 Apr 08 Jul 08 Oct 08 Jan 09 Apr 09 Jul 09 Oct 09 Jan 10 Apr 10 Jul 10 Oct 10 Jan 11 Apr 11 Jul 11 Oct 11 Jan 12 Apr 12 Jul 12
-200
-100 -200
30
20
-20 Jul 06 Oct 06 Jan 07 Apr 07 Jul 07 Oct 07 Jan 08 Apr 08 Jul 08 Oct 08 Jan 09 Apr 09 Jul 09 Oct 09 Jan 10 Apr 10 Jul 10 Oct 10 Jan 11 Apr 11 Jul 11 Oct 11 Jan 12 Apr 12 Jul 12
Produção Industrial
Produção Industrial Evolução Anual (% yoy)
-10
30
20
10 10
0 0
% yoy Tendência
Fonte: IBGE e Quest Investimentos.
-10
-20
Varejo 16
16
Varejo - Crescimento Anual Real (% yoy) (Ex-Autos/Construção)
12
12
8
8
4
4
0
% yoy Tendência Fonte: IBGE e Quest Investimentos.
2007
2008
2009
2010
2011
2012
0
GAP industria e comercio Índice - Base Jan/00=100
200
188
Indústria Comércio varejista
160
135 120
80
jun/04
jun/06
Fonte: IBGE. Elaboração: MB Associados.
jun/08
jun/10
jun/12
1.200 1.000
Salário Industrial
1.200
Salário Médio Industrial Bruto Em US$/mês*
1.000
US$ (DSZ) MM12m
800
800
600
600
400
400
12
20
11
20
10
20
20
09
200
08
20
07
20
06
20
05
20
04
20
03
20
02
20
01
20
00
20
19
19
98
200
99
(*) Corrigido pela inflação (PPI) e pelo diferencial de produtividade industrial (Brasil-EUA). Fonte: IBGE (PIM/PIMES/PIA), BLS e Quest Investimentos.
Endividamento da Pessoa Física 24
24
Comprometimento da Renda Familiar com Dívidas (%) 22 (mai/12: 14% amortização e 8% juros; serviço total 22%) 20
22
Amortização (Principal) Juros
20
18
18
16
16
14
14
12
12
10
Fonte: BCB e Quest Investimentos.
2007
2008
2009
2010
2011
2012
10
Crédito ao Consumo / PIB 20
Crédito ao Consumo / PIB* EUA x Brasil
16 12
20 16 12
EUA Brasil
8
8
4
4
Jan 93 Jan 94 Jan 95 Jan 96 Jan 97 Jan 98 Jan 99 Jan 00 Jan 01 Jan 02 Jan 03 Jan 04 Jan 05 Jan 06 Jan 07 Jan 08 Jan 09 Jan 10 Jan 11 Jan 12
0
(*) Não inclui crédito imobiliário. Fonte: Fed, BEA, BCB e Quest Investimentos.
0
32 28
Crédito Pessoa Física Crédito Pessoas Físicas - Novas Concessões Core (Cred. Pessoal e Aquis. Bens) - R$ bi (a preços do último mês)
32 28
24
24
20
20
16
16 Fonte: BCB e Quest Investimentos.
Jul 06 Oct 06 Jan 07 Apr 07 Jul 07 Oct 07 Jan 08 Apr 08 Jul 08 Oct 08 Jan 09 Apr 09 Jul 09 Oct 09 Jan 10 Apr 10 Jul 10 Oct 10 Jan 11 Apr 11 Jul 11 Oct 11 Jan 12 Apr 12 Jul 12
12
12
32
Crédito Pessoa Física Crédito Pessoas Físicas - Novas Concessões Core* (Cred. Pessoal e Aquis. Bens) - R$ bi (a preços do último mês)
28 24 20
28 Nível Dez/10 em Dez/12 Inclinação: 10% aa base 2000-2012
16
24 20 16
*Ex-Crédito Rotativo e Cheque Especial Fonte: BCB e Quest Investimentos.
Sep 06 Jan 07 May 07 Sep 07 Jan 08 May 08 Sep 08 Jan 09 May 09 Sep 09 Jan 10 May 10 Sep 10 Jan 11 May 11 Sep 11 Jan 12 May 12 Sep 12 Jan 13 May 13
12
32
12
Crédito Pessoa Física Crédito Pessoas Físicas e PIB 8 Taxas yoy (%) 6 4
40 Concessões: +10% aa PIB +3.5/4% aa
20
2
0
0
-20 -40
Sep 06 Jan 07 May 07 Sep 07 Jan 08 May 08 Sep 08 Jan 09 May 09 Sep 09 Jan 10 May 10 Sep 10 Jan 11 May 11 Sep 11 Jan 12 May 12 Sep 12 Jan 13 May 13
-2
PIB Concessões PF* (t+6m, RHS)
*Ex-Crédito Rotativo e Cheque Especial. Fonte: BCB e Quest Investimentos.
O que esperar da economia no ultimo trimestre de 2012 Setembro 2012
Primeira varredura dos últimos quatro meses do ano
Acredito que terminaremos o ano de 2012 com um ambiente de investimentos - no Brasil e no mundo - completamente diverso dos últimos meses.
Será uma transição para 2013 com a volta das analises macro mais estruturais e construtivas em vários mercados.
Nesta passagem poderemos ter correções fortes nos preços de vários ativos, principalmente os ligados a juros.
As moedas emergentes também terão correções fortes em relação ao dólar americano.
Primeira varredura dos últimos quatro meses do ano
Os mercados refletem hoje dois grandes medos: crise de natureza política na Europa e nos USA e, em função da insegurança associada a elas, a possibilidade de um novo mergulho recessivo de dimensão mundial.
Como os investidores não conseguem ter um mínimo de segurança para apostar em uma das duas alternativas possíveis – mergulho recessivo ou recuperação lenta do crescimento – eles se posicionam já há algum tempo na segurança dos títulos de renda fixa e do dólar americano.
Mas existem sinais de que nos últimos meses, principalmente depois que o BCE se posicionou de maneira clara a favor da intervenção – dentro de certos parâmetros – nos mercados de bônus soberanos os riscos associados a uma crise mais seria na zona do euro diminuíram.
Primeira varredura dos últimos quatro meses do ano
Mais do que isto, nos últimos dias parece haver uma posição mais homogênea entre os países do norte da Europa em relação á necessidade de uma nova rodada de ajuda aos países mais endividados, principalmente Espanha e Itália: hoje, sexta feira 17 de agosto, isto ficou bem claro com declarações da chanceler alemã sancionado o programa do BCE no Canadá e de lideres da Holanda e Finlândia sobre uma possível saída do euro.
Mas temos uma agenda importante de eventos relacionados com a zona do euro no inicio de setembro e em outubro que precisará ser vencida para que uma distensão mais clara e duradoura possa ocorrer nos mercados m relação á Europa.
Mas nos USA vai continuar a incerteza em relação ao chamado fiscal Cliff .
Primeira varredura dos últimos quatro meses do ano
Portanto, apenas no último trimestre do ano é que poderemos ter os mercados voltados de forma mais clara para questões econômicas. Neste sentido temos que ficar atento pois se as coisas no nível político acontecerem como espero, teremos um período no final do ano marcado por uma correção muito forte nos mercados de equities, renda fixa e moedas.
Continuo com o call de recuperação da economia no Brasil e na China na virada do ano. Brasil crescendo entre 4 e 55 e china entre 7,5% e 8,0%.
No caso da China os sinais desta recuperação só devem aparecer de maneira clara depois de setembro ou mesmo outubro.
Mas temos que estar atento por que alguns formadores de opinião do mercado podem mudar de posição antes de termos os dados sancionados; mas é preciso ter calma e não queimar a largada.
Acredito na recuperação do crescimento no Brasil no ultimo trimestre
Massa de salários continua a crescer em termos reais ( mais de 6% ao ano).
Com isto a taxa de desemprego deve continuar muito baixa, criando com isto as condições para que o consumidor se sinta seguro e confiante no futuro.
massa de salários crescendo vai permitir que o ajuste na inadimplência bancaria continue a ocorrer nos próximos meses de modo que, no ultimo trimestre do ano, o credito ao consumidor deva voltar a crescer.
toda esta retomada que prevejo deve ocorrer com taxas menores do que a retomada em 2010 e 2011.
Acredito na recuperação do crescimento no Brasil no ultimo trimestre
outro fator a se considerar é que na retomada do consumo na virada do ano os juros reais bem mais baixos nos empréstimos bancários devem começar a fazer efeito.
da mesma forma, na virada do ano os investidores em aplicações de juros de curto prazo também começarão a sentir os efeitos de um juros real entre 2 e 3% ao ano.
Acredito na recuperação do crescimento na China no ultimo trimestre ou virada do ano
O consumo das famílias continua a crescer a taxas elevadas.
O investimento publico em infra estrutura foi o grande responsável, junto com as exportações de manufaturados, pela desaceleração da economia nos últimos 18 meses.
O governo já começou a, principalmente via os governos locais, a acelerar os investimentos em infraestrutura, que deve começar a impactar a atividade mais na virada do ano, isto é , a partir de outubro ou novembro.
As exportações continuarão fracas pois dependem muito da demanda no mundo desenvolvido que deve continuar frágil ao longo de 2013.
LUIZ GUILHERME PIVA
O investidor institucional terá de ir à economia real. É ótimo. Aqui, os fundos de pensão alocam 60% em renda fixa. Nos EUA, 62% vão à renda variável Em termos reais (ou seja, descontando-se a inflação), a taxa de juros básica (Selic) caiu de pouco mais de 6% ao ano em 2010 para cerca de 3% em 2012. Tal redução, num quadro de inflação sob controle, traz uma série de benefícios para a economia brasileira. Além da desvalorização cambial, positiva para as contas externas e para a atividade produtiva, e do menor custo de financiamento da dívida pública, chamo a atenção para os efeitos produzidos nos investidores e financiadores da atividade produtiva. À medida que cai o retorno assegurado pelas aplicações em papeis que rendem juros, aumenta a atratividade -e a necessidade- de se alocar recursos na economia real. Isso impacta, destacadamente, os bancos, cuja oferta de crédito deverá crescer -ampliando o mercado de dívida no Brasil, ainda pequeno- e os investidores institucionais (fundos de pensão), cujo papel como sócios e financiadores do investimento é de extrema importância. Os investidores institucionais deverão passar a ter maior participação no investimento produtivo, a exemplo do que ocorre em muitos outros países. Para tal, eles têm o desafio de redirecionar sua carteira, hoje predominantemente voltada à renda fixa (principalmente títulos da dívida pública), para a economia real, mantendo a solvência e a sustentabilidade de seus planos de aposentadoria.
TENDÊNCIAS/DEBATES
Os fundos fechados de pensão têm hoje ativos de cerca de R$ 600 bilhões, perto de 15% do PIB. Seus investimentos estão alocados da seguinte forma: 60,5% em renda fixa; 30,5% em renda variável (participação direta ou indireta em empreendimentos e empresas); e menos de 10% em outros. renda fixa (principalmente títulos da dívida pública), para a economia real, mantendo a solvência e a sustentabilidade de seus planos de aposentadoria. Os fundos fechados de pensão têm hoje ativos de cerca de R$ 600 bilhões, perto de 15% do PIB. Seus investimentos estão alocados da seguinte forma: 60,5% em renda fixa; 30,5% em renda variável (participação direta ou indireta em empreendimentos e empresas); e menos de 10% em outros. Para assegurar o cumprimento de suas obrigações (passivos), os fundos buscam um patamar mínimo de remuneração. Em geral, ele é de IPCA mais 6% ao ano. Até 2009 (exceto na crise de 2008), os fundos obtiveram retornos, no agregado, de quase o dobro desse patamar. Mas desde então têm tido muito mais dificuldade -que, diante dos juros baixos, só aumentará se a carteira seguir mais orientada à renda fixa. A comparação com outros países mostra aspectos importantes. Quanto à relação entre ativos dos fundos e PIB, estudo da OCDE, de 2009, mostra percentuais, em dez economias consideradas maduras (Dinamarca, Irlanda, Canadá, Chile, EUA, Reino Unido, Finlândia, Austrália, Islândia e Holanda), que vão de 45% na Dinamarca a 130% na Holanda, com média de 67%. Já a alocação de ativos em renda variável (equities), relativa a 2005, é de 43% do total de ativos dos fundos na Holanda, 53% na Austrália, 44% no Japão, 37% na Suécia, 67% no Reino Unido e 62% nos EUA. Chile, Finlândia e Canadá (anos distintos) estão por volta de 40%. se dediquem à busca de liquidez acima da sustentabilidade e da rentabilidade de longo prazo.
Além de juros e questões regulatórias, alguns estudos comprovam ainda que a alocação tem relação com a idade média da população: quanto mais velha, maior a participação da renda fixa, de retorno mais rápido. Nos países citados, mais de 20% têm 65 anos ou mais. No Brasil somente 7,4% (dados de 2010). Isso significa que os fundos brasileiros dispõem de bastante espaço para o redirecionamento de seus ativos. Não é necessário que eles Todo o cenário, portanto, indica maior participação dos investidores institucionais como funding dos investimentos produtivos, com repercussões positivas no mercado de capitais e no crescimento econômico. LUIZ GUILHERME PIVA, 50, economista, mestre e doutor pela USP em ciência política, é diretor da LCA Consultores. Publicou "A Miséria da Economia e da Política" (Manole)