Regata news edição 20 especial schurmann

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12 de setembro 2014


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Editor: Adilson Pacheco Editor:adilsonap_pacheco@hotmail.com Redação adilsonpachecoredacao@gmail.com Departamento Comercial adilsonpa_pacheco@hotmail.com Site & Redes htt//dia.jiamdo.com www.facebook.com/adilsonpacheco Publicação da Agência AP Bureau de Comunicação & Editores Endereço: Bairro Fazendinha Editado em Itajaí/SC

Uma simples citação do nome da família Schurmann no meio de um grupo de pessoas – logo todos levam o nome p tura nos mares da Terra. Pois é, a família Schurmann foi à primeira família brasileira e uma das poucas privilegiadas de do a dar uma volta a terra. Recordo que li sobre eles há muitos na revista veja – e como repórter sonhei em um dia en los ver seu barco Calipso de perto. Já estive várias vezes perto do Calipso, também já entrevistei o Vilfredo Schurmann guns eventos náutico e entrevistas coletivas. Mas o triunfo maior foi ter conseguido fotos exclusivas de seu mais novo e moderno veleiro Kat. Estava chegando à c da Avenida Beira Rio - quando olhei em direção do molhe e vi uma embarcação muito grande, branca e listrada – pen submarino parei e já tirei a máquina fotográfica da bolsa, fixei mais os olhos na embarcação.. e gritei - Cara não é submarino e o Kat a mais moderna embarcação do Brasil e da família Schurmann Fiz a primeira foto do Kat navegando no rio Itajaí-Açu que retornava de sua primeira saída para o mar. Claro, corri até a Regata torcendo que o veleiro lá fosse atracado. Estava certo, lá produzimos dezenas de fotos. Entusiasmei-me tanto beleza do veleiro e registrar o momento nas imagens que deixei para outra oportunidade entrevistar alguém da tripu Mas via que a primeira navegação foi um sucesso pela alegria e abraços da equipe que ali se encontrava. Eu não quer entrevistar – queria apenas documentar com certa exclusividade este momento que o esporte náutico ou esporte de ra náutica do Brasil- ganhava mais um ingrediente em sua história: o veleiro Kat da família Schurmann construído liter em Itajaí. O veleiro Kat parte para uma expedição no Oriente no dia 21 do píer da Vila da Regata – o mesmo píer que recebe e de 2015 pela segunda vez a 12º edição da Regata Volvo Ocean Race. Com a partida do veleiro Kat agora em setembr tura da Volvo Ocean Race em outubro a cidade de Itajaí volta a ser pauta dos principais jornais esportivo náutico do m Pelo momento histórico que a família Schurmann provoca ao partir para mais uma jornada de aventura pelos mare terra e exatamente por Itajaí ser escolhida para esta partida optamos em editar esta edição especial do REGATA NEW TAL - edição de número 20. Bons ventos Família Schurmann pelos mares desta terra. Adilson Pacheco Editor adilsonpachecoredacao@gmail.com


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Dione Carabelli, companheira a duas décadas do velejador e engenheiro naval Horácio Carabelli, mãe de três filhos.

Curioso como os sonhos que realizamos muitas vezes passam despercebidos. Foi o comentário de uma amiga de quem há muito eu não tinha notícias, que me fez chegar a essa conclusão. Se as redes sociais tem alguma vantagem, sem dúvida é essa, a de resgatar amigos dos quais, muito provavelmente, nunca mais ouviríamos falar. Comentando algumas coisas que observou em minha vida, ela disse: - Que bom que você realizou os seus sonhos! Surpresa, percebi que ela tinha razão. Quando jovens, falávamos sobre coisas que gostaríamos de realizar no futuro, e de repente percebi ter realizado a maioria delas. Sempre quis conhecer o mundo, visitar os lugares dos quais eu ouvia falar, ou lia a respeito. Meu pai adorava livros e compra-los era seu passaporte para o mundo. Ele os lia e dividia conosco o prazer pela leitura. Eles ocupavam o espaço da internet, abrindo nossas janelas para o Universo. O curioso sobre isso, foi que sofremos uma grande inundação em 1983 e de todas as perdas, a única que

registrei foi a pequena biblioteca que meu pai havia montado em casa. Os livros ficaram cobertos pela lama, e ainda posso sentir minha frustração por não conseguir recuperá-los. Eu posso me ver em pé, diante da destruição, tentando folhear as páginas ainda molhadas. Mas de alguma forma eles ficaram em minha mente, como a coleção dos

grandes inventores e descobridores, e os mapas que ensinavam como o mundo era maior que minha pequena cidade, aumentando minha curiosidade, minha vontade de saber como as pessoas viviam do outro lado do mundo. Eu mudei de cidade e me casei com um homem apaixonado pelo mar e pela vida. E por causa dele, fiz três voltas


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ao mundo e tive o privilegio de passar algum tempo em alguns dos lugares mais interessantes que conheço. Mas ainda acho que devo tudo isso aqueles livros. As minhas viagens começaram lá, em casa, diante daquelas páginas que tanto fascinavam meu pai.


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Adilson Pacheco Editor Um dia histórico Quarta feira – dia 27 de agosto – Vi pelo facebook na terça feira o batismo do Veleiro Kat pela Heloisa Schurmann, não consegui tempo para chegar até lá e registrar o momento. Mas no dia seguinte, ganhei algo maior e quase literalmente exclusivo. Estava chegando à calçada da Avenida Beira Saco quando olhei em direção do molhe e vi uma embarcação muito grande, branca e listrada – pensei é um submarino parei e já tirei a maquina fotográfica do estojo, fixei mais os olhos na embarcação e gritei. - Cara! Não é submarino é o Kat a mais moderna embarcação do Brasil e da família Schurmann Fiz a primeira foto do Kat navegando no rio Itajaí-Açu que retornava de sua primeira saída para o mar. Claro, corri até a vila da Regata torcendo que o veleiro lá fosse atracado. Estava certo, lá estava o Kat atracado. Produzimos dezenas de fotos. Entusiasmeime tanto com a beleza do veleiro e registrar o momento nas imagens que deixei para um outra oportunidade entrevistar alguém da tripulação. Mas via que a primeira navegação foi um sucesso pela alegria e abraços da equipe ou da tripulação. Eu não queria falar, entrevistar – queria apenas documentar com uma certa exclusividade este momento que o esporte náutico ou esporte de aventura náutica do Brasil ganhava mais um barco


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Heloisa batiza Kat Heloísa Schurmann quebra garrafa de champanhe no batismo oficial do veleiro

Uma aventura de proporções inéditas no Brasil, envolvendo um dos projetos mais inovadores das embarcações a vela do país! Há praticamente dois anos, a FAMÍLIA SCHURMANN vem se dedicando à construção de Kat, uma das peças fundamentais da Expedição Oriente. Nas redes sociais, os seguidores da primeira família brasileira a dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro acompanharam cada etapa do

processo. E assim, no estaleiro em Itajaí, Santa Catarina, mais um sonho acaba de virar realidade. Neste domingo,, ia 21 de de outubro—o Kat e sua tripulação parte para Exedição Oriente.. Reunindo elementos de alta tecnologia, inovação e sustentabilidade, a embarcação foi oficialmente batizada como Kat em homenagem à encantadora Kat Schurmann, filha

caçula do casal, falecida em 2006. Seguindo a tradição de marinheiros de todo o mundo, a FAMÍLIA SCHURMANN se reuniu para uma cerimônia no final de agosto, que incluiu a mística quebra d e uma garrafa de champanhe no casco da embarcação para proteger o veleiro de eventuais perigos do mar.


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A embarcação é o maior veleiro de aço já construído no Brasil. Com tecnologia de ponta e foco na sustentabilidade ele possui 80 pés de comprimento e 6,65 metros de largura, quilha retrátil de 18,5 toneladas e peso total de cerca de 67 toneladas. Também será o primeiro veleiro do país com quilha retrátil, o que vai permitir que o barco navegue em baias com pouca profundidade, e ao mesmo tempo encare condições extremas de navegação como na Antártica. Todos os testes foram realizados no velereiro Kat que, foi construído e equipado, de modo a não causar impacto ambiental negativo com sistemas de reciclagem e fontes de energia limpa. O intuito da utilização dessas formas de energias renováveis é pensando unicamente na preservação ambiental. Tiveram no veleiro dois profissionais da CE (Conselho Europeu) para certificar o veleiro. Os teste dos motores, teste de estabilidade e das velas foram realizados dos dias 8 ao dia 14 de setembro. A preparação no veleiro× Kat se fez com muita antecedência, desde a verificação das mangueiras de água e óleo hidráulico com sua braçadei-

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ras, verificação das baterias, verificação de peças sobressalentes para motor. Todos equipamentos de transmissão por satélite de comunicação, sistema de combate a incêndio, sistema de tratamento de água

enfim, tudo é checado para ver se está tudo em ordem. A equipe irá saber da previsão do tempo de várias fontes como: brasileiras, americanas e europeias.


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O veleiro Kat foi projetado e construído especialmente para a Expedição Oriente. Tendo como ponto de partida Itajaí, a família irá percorrer mais de 30 mil milhas náuticas divididas entre mais de 40 trechos marítimos e passando por cinco continentes. No roteiro estão: Argentina, Chile e Uruguai, na América do Sul; Austrália, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné, na Oceania; China, Indonésia, Japão, Singapura e Vietnã, na Ásia; e África do Sul, Madagascar e Maurício, na África, além de passar pela Antártica e dezenas de outras localidades, antes de seu retorno ao Brasil, programado para dezembro de 2016. Toda a aventura será transmitida em tempo real. Foto: Adilson Pacheco/RN

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Durante dois anos, Kat percorrerá cerca de 30 mil milhas e passará por quatro oceanos, cerca de 50 portos em 29 países distribuídos em cinco continentes. Terceira grande aventura ao redor do mundo a bordo de um veleiro, a Expedição Oriente coloca a FAMÍLIA SCHURMANN na rota de polêmicas teorias que defendem os chineses como os primeiros grandes navegadores e, consequentemente, descobridores do planeta. Para esta missão, os Schurmann construíram o próprio veleiro, associando alta tecnologia e sustentabilidade. Kat conta, por exemplo, com geradores eólicos, painéis solares, bicicletas ergométricas capazes de gerar energia, sistema de tratamento de efluentes de águas, composteira para lixo orgânico, entre outras inovações. Tudo começou há... 30 anos, quando a FAMÍLIA SCHURMANN decidiu romper padrões e convenções para realizar um sonho. Em 14 de abril de 1984, Vilfredo e Heloísa Schurmann partiram de Florianópolis, em Santa Catarina, com os filhos Wilhelm, David e Pierre – na época, aos 7, 10 e 15 anos, respectivamente – com o objetivo de dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro. Para isso, deixaram para trás, casa, carro,

trabalho, escola e o conforto da vida em terra firme. A viagem que inicialmente duraria dois anos se estendeu para dez. E, com a realização de um sonho, os Schurmann entraram para a história. Em 1997, uma nova aventura: a Expedição Magalhães Global

Adventure, acompanhada por milhões de pessoas no Brasil e em mais 43 países, via internet e TV. Já com a recente Expedição U-513 – Em Busca do Lobo Solitário, a FAMÍLIA SCHURMANN conseguiu, pela primeira vez na história do país, encontrar um submarino alemão,


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afundado na costa brasileira durante a Segunda Guerra Mundial. A poucas semanas de uma nova aventura, de proporções inéditas, a tripulação Schurmann está pronta para a fascinante Expedição Oriente, que conta com o patrocínio da Estácio, HDI Seguros e Solvi.


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Com a Expedição Oriente, a Familia Schurmann espera trazer à tona a teoria de que os chineses foram os primeiros navegantes a darem a volta ao mundo. Para isso, buscarão por indícios em determinados locais da viagem. “Em nossa última expedição, seguimos a esteira de Fernão de Magalhães. Estudamos a fundo sua história e uma coisa nos intrigou. Magalhães suspeitava que houvesse uma rota para as ilhas das especiarias via uma passagem ao sul das Américas. Ele argumentava que detinha um mapa que provava a existência deste canal. Veio então nossa curiosidade: como ele teve acesso a essa informação, que não era mencionada em nenhum documento oficial?”, conta o capitão Vilfredo Schurmann. Em 2002, Gavin Menzies, um oficial da Marinha inglesa, publicou uma tese que poderia fornecer a resposta para a pergunta da FAMÍLIA SCHURMANN. No livro “1421: o ano em que a China descobriu o mundo”, Menzies apresenta pesquisas que o levaram à origem desses mapas e expõe sua teoria de que os chineses foram os precursores das viagens de descobrimentos, utilizando “avançados instrumentos” com know how de cálculo de latitude e longitude. “A tese reza que, em 1421, a maior esquadra com gigantescos juncos de até 150 metros de comprimento zarpou da China. Os navios eram capitaneados pelos leais almirantes do Imperador Zhu Di. Sua missão

era 'seguir até os confins da terra para recolher tributos dos bárbaros de além-mar'”, explica Vilfredo. Em sua jornada de dois anos, os navios chineses aportaram na América 70 anos antes de Colom-

bo, circunvagaram o globo um século antes de Magalhães, descobriram a Antártica, chegaram à Austrália 320 anos antes de Cook e descobriram a longitude 300 anos antes dos europeus.


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Inspirados nesta teoria e suposto fato histórico, a Família Schurmann resolveu se lançar ao mar novamente para a sua inédita Expedição Oriente, que retraça parte das rotas chinesas. “Sim, não foi apenas uma rota, foram diversas rotas navegadas pelos juncos chineses e nós iremos ao encalço de algumas delas”, comemora Heloísa Schurmann. No

total, foram cinco anos de planejamento para este projeto, estruturando o plano e buscando investimento, e – agora – cerca de um ano de pré-produção pela frente até a partida para a Expedição Oriente.


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21 de setembro de 2014 – FamíliA Schurmann parte de Itajaí, Santa Catarina, Brasil, rumo ao mundo! Em seu caminho... è Punta Del Este, no Uruguai è Mar Del Plata, na Argentina. è Puerto Deseado, na Argentina. è Ushuaia, na Argentina, com navegação pelo interior dos fiordes. è Antártica. è Puerto Willians, no Chile. è Puerto Montt, no Chile, com navegação nos canais chilenos, passando pelas cidades de Puerto Chacabuco e Chiloé. è Ilha de Páscoa, no Chile. è Ilha Pitcairn, território britânico vizinho da Polinésia Francesa. è Tahiti, passando por alguns atóis de Tuamotus, na Polinésia Francesa. è Ilha Moorea, na Polinésia Francesa. è Ilha de Huahine e Tahaa, na Polinésia Francesa. è Ilha de Bora Bora, na Polinésia Francesa. è Ilha de Mopelia, na Polinésia Francesa. è Ilha de Rarotonga, nas Ilhas Cook. è América Samoa, na Polinésia. è Western Samoa, na Polinésia. è Vavau, nas Ilhas de Tonga. è Suva–Fiji, passando pelas Ilhas Monothaki e Yarol. è Opua, na Baía das Ilhas, na Nova Zelândia. è Auckland, na Nova Zelândia. è Brisba-

ne, na Austrália. è Alotau, na Papua Nova Guiné, com paradas na grande barreira de Corais da Austrália. è Ilha de Guam, colônia norteamericana localizada na Micronésia, com passagem pelas ilhas New Ireland, New Hanover e Mussau. è Saipan, nas Ilhas Marianas, co-

lônia norte-americana localizada na Micronésia. è Okinawa, no Japão. è Shangai, na China, com navegação pelo Grande Canal. è CidadeEstado Hong Kong. è Ho Chi Minh, no Vietnã, com paradas em duas ilhas. è Natuna Island, na Indonésia. è Singkwang na Ilha de Borneo, na Indonésia. è Singapura. è


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Jacarta, na Indonésia. è Ilhas Chagos, território britânico localizado no Oceano Índico. è Atol Cargados & Carajos, a 250 milhas da Ilha Maurício. è Ilha Maurício, no Oceano Índico. è Ilha Reunião, no Oceano Índico. è Tonalaro, em Madagascar. è Port Elisabeth, na África do Sul. è Ca-

peTown, na África do Sul. è Ilha Santa Helena, no Oceano Atlântico. È dezembro de 2016– Família Schurmann chega em Itajaí, a bordo de seu veleiro Kat, concluindo a Expedição Oriente.


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Heloisa Schurmann, 64 anos. Graduada professora de Inglês p ela New York University c om especialização na área de Pedagogia, Heloísa educou os quatro filhos, nas duas expedições de volta ao mundo. Ela é pesquisadora, responsável pelo conteúdo dos projetos globais e autora dos diários de bordo da família. Heloisa é escritora e publicou três best sellers nacionais e, rec Entemente o livro “O Pequeno Segredo”. Heloisa Schurm ann, 64 a nos. Ela desenvolveu o Programa Pedagógico da segunda expedição, intitula do “Educação na Aventura”, Acompanhado por mais de 2 m ilhões de alunos no Brasil e nos Estados Unidos. Além de palestrante, é responsável pelo núcleo de dramaturgia d a produtora e conteúdo


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Vilfredo Schurmann, 64 anos. Economista graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina, Vilfredo foi consultor financeiro de grandes corporações brasileiras, tais como Ceval (hoje, Bunge), Weg AS e outras. Aos 35 anos de idade, trocou uma carreira bemsucedida e a vida em terra firme pelo prazer de desfrutar momentos de aventura junto com sua família, navegando pelo mundo em um veleiro. O capitão da FAMÍLIA SCHURMANN liderou e coordenou as duas expedições no mar. Foi condecora do com a Medalha do Mérito Naval da Marinha do Brasil. Vilfredo foi produtor do documentário “Em Busca do Sonho”, da série “Magalhães Global Adventure” para a Rede Globo de Televisão e do l onga-metragem “ O Mundo em Duas Voltas”. É presidente da SCHURMANN Produç ões Cinematográficas, palestrante e responsável pelos projetos educacionais do Instituto Kat Schurmann.


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Em 1984, Vilfredo e Heloísa Schurmann partiram de Florianópolis, em Santa Catarina, com os filhos Wilhelm, David e Pierre – na época, aos 7, 10 e 15 anos, respectivamente – com o objetivo de realizar um sonho: dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro. Em sua primeira grande aventura, os SCHURMANN passaram dez anos no mar. Eles navegaram pelo mundo e conheceram povos e culturas exóticas. Os filhos cresceram e estudaram a bordo. Em 1997, a Família Schurmann .Partiu para sua segunda grande aventura. Dessa vez, com uma nova tripulante: a filha Kat, então com apenas 5 anos. A Expedição Magalhães Global Adventure foi acompanhada por milhões de pessoas no Brasil e em mais 43 países, via internet e TV. Durante a aventura, também foi desenvolvido o programa “Educação na Aventura” em parceria com a americana Adventure on Line, que foi indicado pela Unesco como ferramenta educacional. Depois de quase dois anos e meio no mar, o veleiro dos SCHURMANN chegou a Porto Seguro, na

Bahia, no dia 22 de abril de 2000, para participar das comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil, sendo recebido pelos então presidentes do Brasil e de Portugal, imprensa internacional e cerca de 3 mil pessoas. Em 2002, a FAMÍLIA SCHURMANN iniciou pesquisas so-

bre o afundamento de um submarino alemão durante a Segunda Guerra Mundial na costa brasileira. Até então, nenhuma das nove embarcações alemãs naufragadas havia sido encontrada. A primeira fase da Expedição U513 – Em Busca do Lobo Solitário durou cinco anos e en-


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volveu uma equipe de 35 profissionais, entre eles, mergulhadores, oceanógrafos, ex-comandante de submarinos das marinhas brasileira e alemã, arqueólogos, historiadores e cinegrafistas. Em 2009, iniciaram-se as buscas a bordo do veleiro Aysso. No dia 14 de julho de

2011, depois de diversas incursões ao mar, entre tempestades, frustrações e muitas informações, finalmente o submarino foi encontrado a 85 km da costa da Ilha de Santa Catarina, a 130 metros de profundidade. Prestes a completar 30 anos de aventuras, a primei-

ra família brasileira a dar a volta ao mundo em um veleiro – e a fazê-lo por duas vezes – prepara-se para um novo e instigante desafio. Este ano, a FAMÍLIA SCHURMANN retorna aos mares e oceanos para sua terceira volta ao redor do mundo: a Expedição Oriente! Os Schurmann reunidos


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Quando e como começa o sonho da FAMÍLIA SCHURMANN e suas famosas expedições? Schurmann - A ideia surgiu em 1974, durante uma viagem de turismo à Ilha de St. Thomas, no Caribe. Na época, nós (Heloisa e Vilfredo) navegamos pela primeira vez em um veleiro e nos apaixonamos. No último dia na ilha, fizemos um pacto: iríamos voltar àquela ilha com nosso próprio veleiro. Foram 10 anos atrás do sonho. Iniciamos com um pequeno veleiro em Florianópolis e um jovem de 15 anos nos ensinou a navegar. Aos poucos, fomos adquirindo experiência, participando de regatas no Brasil e no exterior, até adquirir um veleiro de oceano. Com o veleiro Sagui e, depois, o Manatee, navegamos mais de 8 mil milhas na costa brasileira. Em 1982, adquirimos o veleiro Guapo de 44 pés, que nos levou a dar uma volta ao mundo. Saímos de Florianópolis em 1984 e voltamos após 10 anos, vivendo com nossa família no mar. Nossos filhos na época Wilhelm, David e Pierre tinham 7, 10 e 15 anos, respectivamente. Os três cresceram a bordo e conheceram povos e culturas exóticas. Vilfredo e Heloísa chegaram a sofrer críticas duras por “desviarem” os filhos de uma rotina de estudos e desenvolvimento tido como “normal”? Schurmann - No início, fomos criticados, especialmente por parte dos familiares. Mas tínhamos um sonho e, para isso, foi necessário buscar soluções para a educação de nossos filhos. Depois de extensa pesquisa, encontramos o método de educação por correspondência em uma escola americana com mais de 100 anos de experiência. Como professora, eu, Heloisa, aliei a didática à disciplina e criei uma rotina para as aulas e, com dedicação, obtivemos excelentes resultados. Um dos desafios era desenvolver temas para que eles escrevessem cerca de 20 redações por mês e motivá-los a realizar dezenas de trabalhos de pesquisas em todas as matérias. Foi uma experiência incrível, dar aula para poucos alunos: no meu caso, na primeira viagem, três meninos e na segunda, a nossa filha Kat. O aproveitamento e o aprendizado se tornaram personalizados e os resultados foram excelentes. No estudo à distância, a maior lição foi a disciplina e o respeito mútuo.

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E como foi essa primeira grande aventura? Schurmann -Florianópolis, 14 de abril de 1984. Deixamos para trás, casa, carro, trabalho, escola e o conforto da vida em terra firme. Heloísa, eu e nossos filhos, Wilhelm, David e Pierre zarpamos para realizar o sonho de nossas vidas: dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro. Para tornar o sonho possível, a preparação foi longa e exigiu sacrifícios. Foi um ano de planejamento para cada ano passado no mar. Nesses dez anos de preparação, fizemos vários treinamentos, em diferentes áreas: navegação, primeiros socorros médicos e dentários, eletricidade e eletrônica. Durante a viagem, nos tornamos empreendedores realizando charters com o veleiro, os meninos deram aulas de windsurfe e mergulho, Heloísa escreveu artigos para revistas e publicações especializadas... Escolhemos a rota dos navegadores que seguem os ventos alísios. Navegamos dez anos pelos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. Seguimos do Caribe pelo canal do Panamá, Barbados, Galápagos, Bora Bora, Ilhas Fiji, Madagascar e Cidade do Cabo, entrando em contato com uma riquíssima diversidade paisagística, cultural e humana. Tornamo-nos a primeira família brasileira a completar uma volta ao mundo a bordo de um veleiro. Mais importante que a fascinante oportunidade de conhecer o mundo, a convivência permitiu que tivéssemos o privilégio de compartilhar em família a grande aventura da vida.

educacionais e ambientais, estratégias de divulgação, produção cinematográfica etc. E o terceiro e maior desafio é no mar: desenvolver o espírito de equipe, a convivência e o relacionamento interpessoal em um pequeno espaço – além das tempestades em alto mar.

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Qual a maior frustração que já tiveram em um projeto? Schurmann -Foi quando saímos na última expedição, em 1997, quando tínhamos na economia do país a paridade de dólares. Mas quando chegamos à Patagônia, houve uma desvalorização de 30% do real. Tivemos que reformular todo o projeto. Qual é o maior aprendizado que tiraram das primeiras expedições? Schurmann - A experiência incrível de conhecer culturas e costumes diferentes, de compreender que um planejamento e gestão com uma logística bem definida são fundamentais, da importância de termos uma tripulação bem alinhada para facilitar a convivência entre tripulantes de idades e nacionalidades diferentes em um espaço reduzido e de contar com uma equipe de mar e de terra comprometida que sentiam parte do time.

Quais são os maiores desafios já enfrentados pela FAMÍLIA SCHURMANN na concepção de um projeto ou durante uma expedição (em terra e em alto mar)? Schurmann - São diversos os desafios. O primeiro é a persistência necessária para, mesmo com muitas negativas, continuar seguindo e acreditando até o momento de fazer acontecer, principalmente no momento de captação de recursos por meio de patrocínios. Esse tipo de expedição não é comum no nosso país. Por isso, muitas empresas têm receio de embarcar em algo diferente como um projeto desses. As empresas preferem investir em futebol ou esportes e eventos que já são a norma. Por isso, ficamos contentes quando algumas poucas empresas decidem abraçar algo inovador como a Expedição Oriente. O segundo grande desafio é o planejamento de um projeto diferente, que não se enquadra em apenas um pilar, não existe um “template” ou formato para seguirmos, temos que criar tudo do zero, de nossa maneira. É um projeto multifacetado que exige uma programação específica para cada uma de suas áreas: construção do barco, planejamento da viagem (incluindo tripulação, treinamento, licenças, vistos, pesquisa de portos e locações), produção de eventos, exposições, projetos

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