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Crise muda hábitos de consumo de 57% dos brasileiros
Pesquisar os preços antes de comprar é uma das mudanças mais citadas
DA REDAÇÃO / AG. BRASIL
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Mais da metada dos brasileiros, 57%, mudaram hábitos de consumo ou planejamento financeiro por causa da crise econômica e outros 21% disseram que pretendem fazer o mesmo.
Esse número é maior do que o verificado na crise de 2008 e 2009, segundo dados da pesquisa da CNI, Confederação Nacional da Indústria.

Entre as mudanças nos hábitos de consumo mais citadas estão pesquisar mais os preços antes das compras, mudar o lugardeconsumo,trocarprodutos por similares mais baratos, adiar a compra de bens de maior valor e reduzir as despesas da casa.
O brasileiro, além de reduzir gastosemudarhábitosdeconsumo,foiobrigadoa“sevirar”com o orçamento doméstico para manter um mínimo de conforto no dia a dia da família.
Segundoaestudantededireito Ana Carolina, ultimamente a coisa vem apertando, mas este ano, piorou demais. “A saída foi usar criatividade e jogo de cintura. Algumas contas vamos levando até conseguimos pagar. Se tem juros altos, como cartão de crédito, dou prioridade no pagamento, mas outras, menores, ficam para o mêsseguinteeassimvou revezando para não deixar de pagar”, conta. O consumo da família também mudou.

“Troquei as marcas de produtos de limpeza e de consumo na casa”, diz. Agora a família faz uma boa pesquisa de preços. “O sabão em pó, por exemplo, compramos o mais viável com relação ao preço. Diminuímos o consumodecarnebovina, agora o que consumimos mais em casa é o frango que está relativamente maisbarato”,finalizou.
Existem opções de trabalho para escapar da crise como por exemplo, trabalhar de maneira informal, que ajuda a pessoa a aumentar sua renda em até dois salários mínimos. Aqui em nossa empresa a procura é grande pelo trabalho de venda, pois sabem que o retorno é de 100%.
O brasileiro está recebendo a conta de luz com a bandeira vermelha pelo 11º mês seguido. Com o aperto no bolso, o consumidor tem feito de tudo para economizar, mas mesmo assim, a conta continua subindo.
“Pagava só de energia elétrica em torno de R$ 300,00 no salão e ultimamente veio quase R$ 500,00. É um absurdo! Não sei porque é tão cara a nossa conta aqui na região norte, já que ela é grande fornecedora de energia elétrica no país, não deveria ser mais barata? A energia em São Paulo é mais barata que aqui, não dá para enten- der. Precisamos ser mais concientes com relação a esse problema que afeta e muito nosso bolso. A crise chegou até nosso salão de cabeleireiro e bateu forte. Nossa clientela deu uma diminuida e precisamos pensar rápido tomando algumas atitudes. Fomos forçados a abaixar nosso preço, mas não deixamos cair a qualidade no atendimento que aqui é especial.”



Alan Lima, 42 anos –autônomo, cabeleireiro.



Com a alta no preço do álcool e da gasolina, os motoristas estão fazendo de tudo para economizar. “Em toda a minha vida nunca vi uma crise tão grande como essa. São vários fatores que estão atrapalhando a vida do cidadão, mas no meio dos taxistas o principal é a gasolina que está bastante cara gerando uma grande alteração em nosso ganho diário. Nós estamos sentindo na pele esse aumento. Antigamente nós ficávamos rodando pela cidade em busca de passageiros, mas hoje somos obrigados a ficar parados nos pontos para economizarmos o combustível”, disse Sirley Damasceno presidente do Sindtaxi de Castanhal.

