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Disp. e Tradução: Rachael Revisora Inicial: Tina Revisora Final: Rachael Formatação: Rachael Logo/Arte: Dyllan

Depois de um ano na escola médica, Dakota Holden retorna a casa para cuidar dos negócios da família em tempo integral e ajudar seu pai a lidar com esclerose múltipla. Dedicado à sua família, Dakota permite-se ter apenas uma semana de férias no ano, em algum lugar exótico tendo toda a diversão que pode encontrar. Em suas últimas férias, em um cruzeiro, Dakota inicia uma amizade com Phillip Reardon, e ele preenche um papel importante na vida de Dakota. Então quando Phillip decide aceitar o convite de Dakota para visitar o rancho, Dakota fica feliz em vê-lo e receber como convidado o amigo de Phillip, o veterinário Wally Schumacher. Apesar da inclinação de Wally de ajudar os homens de Dakota a proteger o gado dos lobos, ele e Dakota acham que têm muito em comum, inclusive uma atração feroz. Mas terão que decidir se o espaço em Wyoming é grande suficiente para o gado de Dakota, e os lobos de Wally, e seu amor. 2


Dedicação

Esta história é inspirada e dedicada para os Parques Nacionais na América e para a Fundação dos Parques Nacionais; por todo o trabalho que eles fazem para manter algumas das melhores partes deste país aberto e disponível para todo mundo.

Revisoras Comentam...

Tina: Cada vez mais estou amando mais esse autor. Essa série promete ser no estilo da Série Fazenda. Então apaixonante. Adorei a química entre Wally e Dakota, sem falar no sexo. Tudo de bom. Hot. Hot. Dakota todo estilo cowboy, alto musculoso. Wally um veterinário baixinho, mas não se enganem achando que ele é um fracote, vai botar respeito. Wally ainda vai aprontar muito para Dakota, e pra variar Dakota não saberá dizer não. Aguardem o próximo e com o amigo Phillip.

Rachael: Gente eu amei o Wally, ele é engraçado, bonitinhos, briguento e teve o Dakota nas suas mãos em um piscar de olhos. O Dakota tinha tudo para ser um homem sofrido, amargurado, mas não, superou as dificuldades e criou uma vida para ele. Achei um casal lindo e com uma química maravilhosa. Estou louca pelos próximos!

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Prólogo O cavalo balançou suavemente por baixo dele, e Dakota podia sentir a tensão e a pressão escapando da baía a cada trote. “Então, como foi o seu primeiro ano de faculdade de medicina? E não me dê a porcaria que colocou em suas cartas para que não fosse ficar preocupado.” Dakota não pode deixar de sorrir ao lado de seu pai, sentado ereto na sela da égua cinza. Ele havia tentado por anos fazer com que seu pai montasse outro cavalo diferente, mas Sadie era a favorita de seu pai, e os dois se conheciam tão bem que era quase sobrenatural. Dakota exalou profundamente, deixando mais da pressão ir. “Foi como uma panela de pressão, o maior desafio que eu poderia ter imaginado. As aulas, a Clínica, provas orais e escritas...” O pensamento das longas horas e professores exigentes, realmente trouxe um sorriso ao seu rosto. “Você adorou, não é, filho?” Havia definitivamente orgulho na voz de seu velho. Mas isso não era incomum. Jefferson Holden sempre deixou muito claro que estava orgulhoso de tudo que Dakota fez. O homem não era apenas seu pai — ele era seu melhor amigo. Eles não guardavam segredos, eles compartilhavam tudo. Bem, quase tudo. “Eu fiz, pai. É o que eu realmente quero fazer.” Os cavalos continuaram se movendo pelo campo aberto, e Dakota olhou para as colinas que levavam além das montanhas íngremes a distância. “Mas há algo sobre voltar aqui...” Ele não sabia como expressar o que estava sentindo em palavras, mas seu pai olhou para ele e balançou a cabeça, o olhar em seu rosto dizia que entendia e que as palavras não eram necessárias. A terra estava no sangue de Jefferson Holden. Ele vivia e respirava cada pedacinho dela. E Dakota não tinha percebido o quanto isso estava em seu sangue, também, ou o quanto tinha sentido falta ao estar longe dele. “Pensei que iríamos

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montar para o rio.” Dakota viu o brilho nos olhos de seu pai antes de olhar em frente novamente. “Sabia que você faria. Quando era criança, pensei que ia ter que amarrá-lo na varanda da frente para mantê-lo longe da água.” Seu pai riu, um riso rico e familiar que continuou com o vento. “Vamos lá. Vamos ver quem chega primeiro.” Jefferson esporeou seu cavalo para um galope e decolou, com Dakota logo atrás dele. “Vamos, Roman, não deixemos esse velhote obter o melhor de nós.” Dakota esporeou seu cavalo ligeiramente e ele decolou, disparando através do prado, batendo os cascos no chão, a respiração pulverizando no ar fresco da manhã. Dakota podia sentir o animal pulsando debaixo dele, e seu espírito subindo junto com Roman. Ele passou meses dentro de salas de aulas e clínicas. O odor da terra e uma pitada de água alcançou sua alma despertando o que na cidade tinha acabado adormecido. “Estou logo atrás de você, meu velho,” ele falou quando se aproximou de seu pai, alcançando antes de puxar seu cavalo para uma parada na folhagem perto da água que surgia. Seu pai parou logo atrás dele, e juntos caminharam para a margem antes de desmontar e deixar os cavalos beberem nas águas rasas na curva. Dakota olhou para o outro lado do rio. A corda ainda estava pendurada no galho da velha árvore, e podia ainda ouvir os gritos e gritos de seus amigos quando se penduravam e balançavam antes de mergulhar na água gelada. “Uma coisa era certa,” — seu pai falou o trazendo de volta de suas memórias — “eu sempre pude encontrar você.” Dakota sentiu uma mão em seu ombro. “Você nadaria no inverno se eu deixasse.” “Não mais.” Dakota não poderia deixar de sorrir. Quando criança, a água nunca parecia ser muito fria, mas agora não parecia daquela maneira. “Não, eu acho que não.” Eles ficaram juntos, confortavelmente quietos, ambos viam as manchas escuras que pontilhavam na faixa no outro lado. O gado, o sangue da fazenda, moviase lentamente buscando o alimento. “Isto é engraçado, pai. Quando eu parti para a escola, não poderia esperar para cair fora daqui. Queria ver um pouco mais do mundo.” 5


“E agora você está ansioso para voltar,” seu pai disse, terminando seu pensamento por ele. Dakota movimentou a cabeça e seu pai riu. “Você acha que é o único? Quando eu tinha sua idade, não via a hora de sair daqui, o mais rápido possível, mas alguma coisa nesta terra me chamou de volta, e agora está fazendo o mesmo com você também.” Dakota girou e viu seu pai com os olhos azuis cheios de carinho. “Você partirá novamente, mas vai voltar. A terra não te deixará ficar muito longe, por tanto tempo. Isto é parte de você, assim como é parte de mim.” Dakota sabia que era verdade, mas também sabia que existia uma parte dele — uma parte que estava ficando inegável — que tornaria muito difícil para ele ficar aqui, não importando quanto queria. Dakota abriu sua boca, e por um segundo quase disse a seu pai, mas ele parou. Agora não era hora. Acabou de voltar para casa para recarregar as baterias e se preparar para mais um ano cansativo, e a revelação que ele preferia aos homens do que as mulheres era uma discussão que justamente não necessitava, e nem seu pai. Ele queria que as coisas fossem como eram, pelo menos no verão. “Nós devíamos voltar, pai.” Dakota realmente não queira deixar este lugar. A água que borbulhava em torno das pedras e as flores ao longo da margem do rio eram tudo que ele lembrava. “Você vai voltar aqui novamente, eu espero.” Jefferson montou seu cavalo e começou a jornada de volta em direção a casa. Dakota sabia que ele estava lhe dando alguns minutos. Com um sorriso, montou de volta em Roman e o esporeou para frente, voando e passando por seu pai e chamando para correr com ele. Sabia que seu pai não iria superá-lo, mas podia ouvir a batida dos cascos atrás dele. Dakota alcançou o abrigo para cavalos primeiro e saltou de Roman levando-o até sua baia. “Ei, Pai, você precisa de ajuda para descer?” Ele arreliou enquanto fechava a porta da baia. Dakota pensou em retirar a sela, mas não ouviu seu pai se aproximando. Achando isto estranho, deixou o celeiro e caminhou ao redor, olhando de volta para o campo. O coração de Dakota quase parou quando e viu Sadie vagando, sem o seu cavaleiro. Decolando em uma corrida, com a adrenalina percorrendo seu corpo, o chão voava em baixo de 6


seus pés até um montículo escuro que sabia que era seu pai quando se aproximou. “Papai!” Seu grito foi respondido por um gemido baixo e doloroso que mexeu com seu coração. “Papai, o que aconteceu?” Dakota deslizou até parar e se ajoelhar próximo ao homem mais velho. “Caí,” foi tudo que Dakota conseguiu entender entre resmungos e gemidos de dor. “Onde dói?” Instintivamente Dakota o verificou, procurando por sangramento e ossos quebrados. “Minhas costas.” Seu rosto se contorceu em agonia. Dakota tirou sua jaqueta, colocando sobre seu pai enquanto tentava se mover, mas Dakota o pressionou para ficar no chão. “Só fique onde você está, conseguirei ajuda.” Enfiando a mão em seu bolso, Dakota retirou seu telefone e pediu uma ambulância. Enquanto falava, ele viu alguns vaqueiros correndo através do campo em direção a eles. Quando deu todas as informações para o 911 ele desligou o telefone e metade da fazenda estava aglomerada ao redor deles. “Mario, corre de volta para casa, para buscar um cobertor.” “Eu devia conseguir um travesseiro também?” “Não, nós não podemos movê-lo, mas precisa ficar aquecido.” Dakota afrouxou o colarinho da camisa de seu pai e tomou seu pulso no pescoço. Era firme e forte, mas as ondas de dor que podia ver passando através do corpo do seu pai dizia que existia algo muito errado. Mario retornou correndo, deslizando até entregar o cobertor quando o som das sirenes começou a tocar ao longe. “Eu vou orientá-los até aqui,” Mario disse, e então se foi novamente, correndo de volta em direção ao curral. “Você vai ficar bem, pai. A ajuda está aqui e eles irão te ajudar.” Dakota deu um suspiro de alívio quando viu os paramédicos correndo através do campo, trazendo uma maca e equipamentos médicos. “O que aconteceu?” O primeiro a chegar ajoelhou-se no chão abrindo sua maleta. “O que nós podemos dizer, é que caiu de seu cavalo.” Merda. Dakota olhou e viu Eric levando a égua cinza de volta em direção ao celeiro. Ele tinha completamente esquecido da égua. “Ele está reclamando de dor nas costas. A pulsação está firme, mas um pouco rápida, que 7


é de se esperar,” Dakota forneceu toadas às informações, então se levantou e se afastou, deixando os homens fazerem seu trabalho. “Meu filho vai ser médico,” seu pai falou entre as respirações, e Dakota sentiu um nó em sua garganta quando ouviu aquele orgulho paternal sempre presente, através da dor. Os paramédicos olharam para Dakota e então voltaram para seu pai. “Nós iremos fazer os primeiros socorros e levá-lo para o hospital.” O outro homem juntou-se a ele e os dois começaram a trabalhar. Uma mão firme agarrou o ombro de Dakota, um aperto tão familiar quanto de seu pai. “Ele ficará bom, rapaz.” Bucky o chamava assim desde que ele tinha cinco anos de idade. “Ele é tão forte quanto um boi. Nada irá o segurar por muito tempo.” Dakota girou e examinou os olhos do capataz da fazenda e movimentou a cabeça. “Eu espero, Bucky. Eu realmente espero.” Dakota voltou sua preocupação para seu pai. Observou os paramédicos trabalharem e o colocarem em uma maca e cuidadosamente o ergueram, levando-o para a ambulância. Dakota os seguiu, mastigando uma unha com preocupação. “Você quer vir com ele?” O paramédico perguntou antes de fechar a porta. Dakota balançou sua cabeça. Por mais que quisesse, achou que seria melhor ter um veiculo com ele. “Estou seguindo logo atrás de vocês.” O homem movimentou a cabeça e subiu, e Dakota o ouviu explicar para seu pai o que estava acontecendo quando fechou a porta com um profundo baque. “Certo, meninos, temos trabalho a fazer. Jeff não gostaria que vocês ficassem parados como um grupo de viúvas preocupadas com ele,” Bucky disse em direção ao grupo parado próximo ao celeiro. Dakota girou e viu a preocupação de cada um em seus rostos. Só isso lhe falou quanto cada um daqueles homens gostava de seu pai. Um por um eles giraram alguns desaparecendo no celeiro enquanto outros entraram em seus veículos e saíam da fazenda. “Você quer que eu vá com você, rapaz?” “Eu ficarei bem.” Dakota deu um sorriso para o homem que lhe ensinou a montar e muito mais. Mas existia um vislumbre naqueles olhos que o fez mudar de ideia. Bucky estava 8


preocupado, algo que nunca o tinha visto fazer antes, nunca. “Sim, eu dirijo.” Ele andou em torno do caminhão de seu pai e abriu a porta do passageiro. A porta do passageiro fechou e Dakota ligou o motor. Assim que a ambulância saiu, Dakota estava logo atrás, acelerando estrada abaixo atrás da sirene. Eles chegaram ao hospital logo atrás da ambulância, e quando entraram, encontraram um dos paramédicos. “Obrigado.” Dakota apertou sua mão e então se apressou até o balcão da emergência, onde a garota disse para ele se sentar e esperar que alguém daria logo as informações. Ele e Bucky sentaram-se, e Dakota tentou se acalmar. Não conversaram muito, pois não tinha necessidade. Preocupação e preocupação estavam escritas em ambas as faces. “Dakota?” Ouvindo seu nome, ele virou para ver o Dr. Hansen caminhando em direção a eles. “Oi, Bucky,” o doutor disse. O capataz movimentou a cabeça, sua expressão era expectante. “Ei, doutor.” Dakota ficou de pé e apertou a mão do homem. Ele tinha sido seu médico desde que Dakota podia se lembrar. Este era o homem que tinha consertado seus ossos quebrados e o colocado de cama por causa de uma catapora. “Já faz tanto tempo. Ouvi que você foi para a escola de medicina.” “Pergunto-me de quem você ouviu isso.” Dakota suprimiu seu sorriso. “Seu pai diz a todo mundo que possa o escutar.” Existia um sorriso no rosto do homem de meia-idade que desapareceu quando voltou para o tema em questão. “Seu pai machucou suas costas. Ele teve uma sorte danada, pois poderia ter sido pior dado a sua condição. Que diabo ele estava fazendo em um cavalo de qualquer maneira?” “Opa, devagar, doutor. Sua condição?” Dakota perguntou de repente mais preocupado. “Acho que é melhor nós nos sentamos para conversar.” “Sim, eu acho melhor.” “Vou esperar você por aqui,” Bucky disse, e não fez questão de encontrar seu olhar. Dakota imediatamente soube que qualquer notícia ruim que ele ia ouvir Bucky já sabia. Doutor Hansen me levou em direção a uma pequena sala de consulta e fechou a porta.

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“Sente-se.” Dakota se sentou e esperou. “Hoje, seus ferimentos não foram muitos sérios, e ele provavelmente se recuperará deles em algumas semanas.” “Hoje.” Dakota cruzou seus braços na frente do tórax. “O que é que ninguém está me dizendo?” “Kota,”— o chamou pelo apelido de infância, “estou dizendo que — diagnostiquei o seu pai com esclerose múltipla um ano atrás. Ele nunca deveria ter montado em um cavalo, e infelizmente este ferimento só irá piorar sua condição. Há um leve inchaço em torno da coluna que provavelmente sumirá, mas isto só irá agravar a doença.” “O que você está dizendo? Ele poderá caminhar novamente?” O pensamento quase o deixou doente. “Estou dizendo que a doença esteve progredindo continuamente, quando ele veio até mim, suas mãos estavam tremendo, e não fazem tanto agora. Ele já perdeu muito controle muscular. De fato, estou surpreso que você não notou qualquer coisa.” “Eu só voltei ontem à noite, e nós fomos cavalgar juntos esta manhã. O que quero saber é por que ele não disse nada para mim?” E só ele podia responder essa pergunta. Dakota afundou na cadeira, o ar fluindo de seus pulmões, e ele podia quase sentir ele mesmo esvaziando. “Kota, eu não tenho certeza, mas seu pai só estava tentando proteger você.” Doutor Hansen levantou de sua cadeira. “O que quero saber é por que aquele tolo pensou que poderia voltar a montar em um cavalo. Eu disse há ele meses atrás para ficar fora deles.” As palavras estavam perdidas em Dakota quando ficou de pé e voltou para a sala de espera. Bucky levantou-se, seu chapéu de cowboy em suas mãos, olhando extremamente arrependido. “Ele me fez jurar não dizer nada a você.” “Percebi isto!” Dakota olhou para o capataz, mas ele realmente não estava bravo com ele. Estava louco em seu pai… mas não gritaria com ele, e não faria isto com Bucky, não seria justo. “Desculpe.” “Ele está tão orgulhoso de você,” Bucky explicou. “E sabia que você voltaria para casa se soubesse, e isso era a última coisa que ele queria.” Dakota assistiu o incomodo do homem 10


mais velho e acenou para uma cadeira. Bucky se sentou próximo a ele, com o chapéu em seu colo. “Mais que qualquer coisa, ele sabia o quanto ser médico significava para você, e ele não queira nada atrapalhando em seu caminho, muito menos ele.” “Eu sei.” E seu pai estava certo. Se ele soubesse, Dakota teria estado no primeiro avião para casa. Isso ele sabia, sem dúvida. Uma enfermeira abordou-os. “Eu posso levá-lo para ver seu pai.” Dakota movimentou a cabeça e levantou-se, examinando em Bucky. “Esperarei aqui, rapaz. Vá vê-lo.” Ele odiava aquele olhar nos olhos de Bucky — como se tivesse acabado de matar o cachorro de Dakota e não sabia como dizer e fazer as pazes com ele. “Você não fez qualquer coisa errada,” Dakota disse a ele e Bucky movimentou a cabeça devagar. Dakota seguiu a enfermeira pelas portas duplas, abaixo num corredor, e em uma pequena área com as cortinas fechadas onde seu pai estava deitado, com os olhos fechados. “Eles deram algo para a dor, então ele pode estar um pouco fora durante algum tempo,” a enfermeira explicou antes de verificar as máquinas e então deixar o quarto. Dakota ficou no pé perto da cama, olhando para o homem que olhou por toda vida. Jefferson Holden sempre pareceu maior que tudo na vida para Dakota e fez sentir-se como se ele pudesse fazer qualquer coisa. Agora, olhando para ele com tubos em seu braço, olhos fechados, seu rosto apenas começando a relaxar por causa do medicamento, de repente parecia tão pequeno e vulnerável. “Kota?” “Estou aqui, papai.” Ele caminhou ao lado da cama e segurou seu pai pela mão, vendo a agitação quando fez. “Prometa-me que você vai voltar para a escola?” Seu pai olhou com olhos abertos por alguns segundos e então fechou novamente. Dakota não disse nada, aliviado por ele não ter que responder a esta pergunta. Seu pai tinha estava certo — se ele não soubesse ele viria para casa e voltaria para a escola e nada teria mudado, se não fosse por esse incidente. Se seu pai fosse voltar para a fazenda, precisaria de alguém para cuidar dele, e Dakota não era nenhum idiota. 11


Ele sempre quis ajudar as pessoas, e como poderia pensar sobre ajudar a alguém se não pudesse ajudar seu próprio pai. “Nós iremos movê-lo para um quarto em alguns minutos. Ele provavelmente estará fora durante o resto do dia.” A enfermeira voltou, e moveu-se em torno da cama e começou a destravar as rodas. “Você é bem-vindo a subir com ele.” “Obrigado. Você sabe o número do quarto que ele estará?” Ela consultou o quadro. “Quarto 229.” “Eu irei encontrá-lo lá em cima.” Dakota deu a seu pai um leve aperto e então o deixou ir, e foi para a sala de espera. Bucky ficou de pé quando Dakota chegou. “Eles estão levando-o para um quarto. Por que você não volta para a fazenda, e eu fico aqui com ele.” Bucky movimentou a cabeça. “Vou pedir para um dos caras, trazer um dos caminhões para você, rapaz.” “Obrigado, Bucky.” Ele não sabia o que dizer ou fazer e estava para se virar quando Bucky o puxou em um abraço e então o deixou ir. Dakota achou ter visto olhos lacrimejantes, enquanto observava o capataz girar e se apressar para o lado de fora; Então seguiu as direções para quarto do seu pai. Quando chegou, seu pai já estava lá. As luzes estavam baixas e parecia como se ele nunca tivesse aberto seus olhos. Em baixo da janela tinha um sofá pequeno, e Dakota resolveu sentar-se lá e pensar. Havias muitas decisões que precisavam ser feitas agora mesmo, e tinha tempo para isso. Mas em sua mente, já sabia o que tinha que fazer.

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Capítulo Um DAKOTA dirigiu seu caminhão ao longo da estrada que levava até a fazenda, passando pela caixa de correio e puxando no caminho antes de parar o veículo. Abrindo sua porta, saiu e se encostou a ela. A casa da fazenda, celeiros, estábulos, e piquetes estavam todos, a primeira vista antes do plano de fundo com pastos, pastagens, e, bem lá no fundo, os imponentes Picos Tetons. Respirando fundo, ele deixou o cheiro e a sensação de casa trabalhar sua maneira em seu sangue. Ele precisava fazer isto, precisava lembrar a si mesmo que estava em casa e que amava isto. “Ei, chefe, está procurando por algo?” Ele virou na direção da voz e viu Mario fazendo seu caminho. “Não, só olhando.” Ele fazia isto toda vez que ficava fora mais que algumas horas. Voltando para o caminhão, Dakota ligou o motor e puxou para casa. Agarrando suas bolsas na parte de trás, subiu a escada, pela porta da frente. “Ei, olhe o que o gato trouxe para dentro.” Bucky levantou de uma cadeira e foi até ele, dando a Dakota um tapinha de olá. “Estava começando a me perguntar se você ia voltar hoje.” “Eu tinha que voltar.” Bucky movimentou a cabeça em compreensão, e Dakota soltou suas bolsas pelo sofá e caminhou pelo corredor, abrindo a porta do último quarto. A enfermeira sentada ao lado da cama de hospital olhou para cima de seu livro e sorriu. “Ele está muito bem.” Grace marcou a página e pôs o livro de capa mole em sua bolsa antes de levantar e caminhar em direção à porta. Dakota a seguiu, e eles conversaram em voz baixo no corredor. “Hoje foi um bom dia. Ele jantou cerca de uma hora atrás e continuou olhando para mim como se estivesse perguntando quando eu ia partir porque sabia que você iria voltar.” “Ele disse qualquer coisa?” 13


Ela agitou sua cabeça. “Mas como você disse, ele entende e tem maneiras de fazer ser entendido.” Dakota já tinha pagado a ela pela semana, mas enfiou a mão em seu bolso e deu-lhe um envelope. “Não, Kota.” Ela tentou empurrar de volta, mas ele apertou mais duro. “Então você gasta isto com seus netos.” Ele fechou sua mão em torno do papel. “A única razão para que eu possa me divertir é porque sei que você está tomando conta dele.” Ela era uma dádiva de Deus, e ambos ele e seu papai confiavam nela, o que dizia muita coisa. Ela desistiu e colocou o envelope em sua bolsa. “Eu já dei seu banho nesta manhã e troquei os lençóis. Ele foi examinado, e o doutor Hansen disse que está muito bem.” Bem, tão bem quanto podia ser esperado, mas Grace nunca diria isto. A mulher era uma eterna otimista. “Estou indo, mas se precisar de qualquer coisa, só me chame.” Ela pegou suas coisas, girou e partiu. “Se você precisar de ajuda um dia ou dois na semana, dê-me um telefonema. Gosto daqui, ele é muito querido.” Ela deu a ele outro sorriso e foi embora. Sorrindo para si mesmo enquanto observava ela ir, empurrou a porta do quarto do seu pai abrindo e caminhado para o lado de dentro. O único som era sua respiração suave à medida que dormia, o que fazia cada vez mais e mais, ele dormia muito mais do que ficava acordado. Oh, houve momentos que seu pai estava muito alerta, mas estes momentos estavam ficando cada vez menores a cada dia, bem como a sua habilidade de controlar seus músculos diminuíam. “Eu amo você, papai.” Ele dizia isto todo dia, não importando se estava dormindo ou não, exatamente como tinha dito pelos últimos quatro anos. Virando em silêncio, deixou a porta aberta assim ele podia ouvir qualquer barulho e então voltou para a sala. Bucky estava adormecido na poltrona reclinável que reivindicou depois que Jefferson não podia mais usar. Oficialmente, Bucky estava aposentado, mas tinha estado na fazenda por quase quarenta anos e Dakota disse a ele que sempre teria uma casa aqui. O homem era tanto sua família como seu papai, e a irmã, que ouvia falar uma vez por mês, normalmente quando estava sem dinheiro. “Então me diga como foi o seu cruzeiro.” Os olhos de Bucky se abriram enquanto falava. “A coisa era tão grande quanto parecia nas fotos?” 14


“Maior.” Dakota entrou na cozinha pegando duas cervejas, abrindo-as, dando uma para Bucky e sentou-se no sofá. “O navio tinha três piscinas, seis jacuzzis, um ginásio, pista de patinação no gelo, quadra de basquete e qualquer outra coisa que você poderia pensar.” “Então, você acha que vai durar até o próximo ano?” O homem velho tomou um gole longo. “Terá que fazer.” Dakota permitia-se uma vez por ano, uma semana longe da fazenda — uma semana onde podia deixar ser ele mesmo e semear toda sua veia selvagem, e este ano tinha feito um cruzeiro. “Você conheceu alguém?” Os olhos do homem o observaram, quando um sorriso apareceu no rosto de Dakota, Bucky espalmou seus joelhos. “Bem, conte-me sobre ela, filho.” Está era a parte que sempre tinha odiado, e todo ano ficava se debatendo. Antes de partir para a viagem, dizia a si mesmo que não iria mentir para ele mesmo ou qualquer outro mais. “Bem, agora era a hora.” Ele tomou um longo gole de sua bebida, abaixando a garrafa de cerveja e colocando na mesa. “Eu não sei como dizer isto, mas eu não gosto de mulher. Conheci um homem.” Pronto, ele disse. Bucky inclinou sua cadeira lentamente colocando seus pés no chão. “Você está me dizendo que é bicha?” “Gay, Bucky, eu sou gay.” “Oh, desculpe… gay.” Bucky tomou outro gole de sua cerveja. “O que eu quero saber é por que você demorou tanto tempo para nós dizer.” “Você não está chateado?” Dakota tinha construído este momento em sua mente em uma produção tão dramática que a realidade era uma espécie de decepção. “Inferno, não. O que acontece entre duas pessoas na privacidade de seu quarto não é da conta de ninguém.” Bucky estreitou os olhos. “Então, vamos ter um namorado aparecendo por aqui? Porque, rapaz, você não pode estar sozinho o tempo todo.” Dakota não podia acreditar no que estava ouvindo. Nunca esperou este tipo de reação. “Eu não entendo.” 15


“O que?” Bucky sentou-se de volta em sua cadeira. “Você achou que eu iria virar minhas costas pra você?” Ele agitou sua cabeça. “Você devia saber melhor que isto. Você é o mais perto de um filho que eu já tive, e seria um ridículo maldito se isso mudasse alguma coisa.” Bucky reclinou na cadeira. “Então, alguém mais sabe?” Dakota balançou sua cabeça. “Nem mesmo ele?” Bucky inclinou sua cabeça em direção ao corredor. “Não. Eu iria dizer a ele no verão quando ele se machucou e nunca tive a chance. Depois que ele se machucou nada me pareceu tão importante.” Dakota levantou e pegou outra cerveja na geladeira, então retornou ao sofá. “Desde então, eu mantive isso para mim mesmo. Com exceção de uma semana por ano que saia de férias e podia ser eu mesmo. Quero dizer, aqui é Wyoming, o país de Matthew Shepard 1.” “Então qual foi à diferença desta vez?” A simples pergunta o fez pensar. Em suas viagens anteriores, sempre tinha ido para cidades maiores e fodido com um bando de homens no seu caminho, até que suas bolas estivessem doloridas e não pudesse se mexer. “Eu não tenho certeza.” Ele estava mentindo para Bucky e para si mesmo. Esta viagem, ele passou o tempo inteiro com um homem, uma beleza de cabelos escuros com o corpo de um anjo e a imaginação de um diabo. Mais que isto, descobriu que tinha envolvido seu coração. Dakota não era ingênuo em pensar que estava apaixonado por Phillip. Mas Phillip acordou algo nele que mantinha fechado — e que era a caixa de Pandora, uma vez aberta, não podia ser fechada. E Dakota se viu dando os primeiros passos preliminares para a abertura desta. “Algo aconteceu neste cruzeiro, não é isto, rapaz?” “Sim, eu só queria entender isto.” Bucky agitou sua cabeça. “Você tem que ser você mesmo, rapaz.” 1

Matthew Wayne Shepard (1/12/17976 - 12/10/1998) era um estudante da Universidade de Wyoming de 21 anos que foi torturado e assassinado perto de Laramie,Wyoming, em Outubro de 1998. Foi atacado na noite de 6 para 7 de Outubro, e morreu no Poudre Valley Hospital em Fort Collins, Colorado,12 de Outubro, devido a graves traumatismos cranianos Durante. o julgamento do seu homicídio várias testemunhas garantiram que Shepard se tornou um alvo para os seus assassinos por ser homossexual. Este foi um dos crimes de natureza homofobica que mais atenção concentrou quer nos Estados Unidos, quer no resto do mundo, inspirando leis contra crimes de ódio.

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Bucky terminou a cerveja e colocou a garrafa na mesa perto da cadeira. “E você precisa ser feliz. Nem todo mundo fica contente de estar sozinho a vida inteira.” Dakota pensou no que o homem mais velho falou, mas Bucky o surpreendeu e continuou. “Você desistiu da faculdade de medicina quando seu pai ficou doente, e cuidou de quase tudo pelos últimos quatro anos. Então não deve a ninguém quaisquer explicações de como você vive sua vida. Além disso, há mais homens nesta fazenda pra te ajudar de uma forma ou de outra. Isto é o que importa.” Bucky levantou pegou o controle e ligou a televisão. Dez minutos mais tarde ele estava adormecido, exatamente como fazia todas as noites, e Dakota se sentou no sofá e o observou com reverencia e completamente surpreso. Não que iria sair e começar a levar bandeiras na parada de orgulho gay que tinham em Cheyenne todo ano, mas se sentiu melhor saber que talvez não era um grande negócio para algumas pessoas. Levantando, Dakota terminou sua cerveja e colocou no lixo antes de ir para fora. No celeiro, parou e ficou olhando os cavalos por alguns minutos até Sadie aparecer, batendo em seu peito. “Ei, menina.” Ele não havia trazido nada com ele, mas ela não pareceu se importar. “Estou em falta com você também.” Ele acariciou seu pescoço até um grito alto ecoou, aprofundando em um uivo e baixo estrondo. Sadie assustou-se um pouco e se afastou, olhando em volta e balançando a cabeça. A porta do barracão bateu aberta e os homens correram. “Você ouviu que direção veio?” Mario perguntou, na corrida. “Do noroeste.” Os homens estavam ainda puxando seus casacos enquanto se dirigiam aos caminhões e caminho abaixo. O que está acontecendo, rapaz?” Bucky perguntou da varanda. “Lobos. Eu vou verificar com os homens. Você fica com o pai?” Bucky movimentou a cabeça, e Dakota sabia que parte de Bucky queria ir junto e parte dele estava aliviado por estar ficando. Sabendo que seu pai estaria cuidado, Dakota se apressou para seu caminhão, tendo 17


certeza que seu rifle estava debaixo do banco antes de se apressar na direção da chamada do lobo. Eles supostamente não estavam indo para matá-los, ainda que pegassem um lobo entre o gado, porque tecnicamente, os lobos eram propriedade do governo federal. Mas podiam assustá-los, e se fossem baleados no processo… Alcançando a estrada, foi mais depressa, indo tão rápido quanto podia, virando na esquina e voando ao longo da estrada a oeste para alcançar o extremo norte. Quando se aproximou, viu os outros homens já espalhados então ouviu um tiro ao longe, seguido por outro, e então o silêncio. Ele podia ver faróis pontilhando buscando nos lugares, e seu telefone tocou. Era Mario. “Eu acho que Sparky assustou um com seus latidos, Você quer que nós continuemos procurando?” “Um pouco mais. Você sabe que eles caçam em bando, e ganham se nós desistirmos, a menos que nós façamos isto difícil para eles.” Dakota desligou e viu um flash nos faróis. Alcançando em baixo do banco, ele puxou sua arma e desceu com seu rifle. Carregando fechou a porta e começou a caminhar ao longo da linha de cerca. Enquanto fazia, ele podia ouvir a voz do seu pai. Ele sempre disse que Dakota podia localizar um lobo mais rápido que qualquer pessoa. Grandes formas escuras moviam-se em torno do intervalo da última luz do dia — o gado pastando, e suas sombras alongando-se. Ele não queria que estivesse muito escuro e muito tarde para assustar e afastar o filho da puta do lobo. Dakota verificou seu relógio. Ele tinha por volta de meia hora para livrar-se dos lobos ou perder uma cabeça de gado para eles, e ele não tinha nenhuma intenção de deixar isto acontecer. Afastando do caminhão, rifle pronto na mão, ele observava as fronteiras próximo ao pé das arvores. Ele sabia se eles estivessem em qualquer lugar, eles estariam naquelas árvores. O sol continuou baixando e Dakota continuou observando. Então ele viu — um pequeno movimento abaixo no chão e se agachou, fugindo na grama mais alta. “Eu tenho você, bastardo.”

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Dakota esperou. Ele mal podia ver o animal, apenas seu movimento, e ele sabia que existiam provavelmente outros também. Escondendo-se atrás das cercas, ele esperou até o movimento ser retomado, e com certeza, ele viu um na outra extremidade das árvores, o observando. Levantando seu rifle, ele avistou e apertou o gatilho. Ele espera a explosão, mas não um som alto e estridente. “Caralho!” Ele acertou na árvore próxima ao lado do demônio. O som teve um efeito, entretanto, e ambos os lobos correram para as árvores. Dakota pensou ter os visto correr para o outro lado, em direção às montanhas e longe da fazenda. Abaixando seu rifle, Dakota lentamente caminhou de volta em direção a seu caminhão e seu telefone tocou novamente. “Mario, eu errei, mas os assustei. A última vez que os vi, estavam em direção ao parque.” Ele ouviu Mario rir. “Você errou? O que aconteceu, você ficou suave no grande navio de cruzeiro?” Ele ouviu os outros sujeitos rindo junto com seu novo capataz. “Nós encontraremos em casa.” Ele desligou e guardou seu rifle antes de ligar o caminhão. A viagem de volta não tomou muito tempo, depois de dizer boa noite para todos os homens, caminhou para dentro da casa. “Você está acordado, Bucky?” Dakota fechou a porta suavemente assim não despertaria seu papai. “Sim. Você conseguiu pegar?” Existia uma pitada de excitação na voz do velho homem. Bucky era um dos homens que ajudou a organizar o protesto uma década antes quando o governo federal decidiu reintroduzir lobos em Yellowstone. Os animais ficavam bem, enquanto geralmente ficavam no parque, mas os lobos às vezes vagavam para fora nas pastagens. Era um assunto extremamente sensível para todos os criadores de gados das fazendas na área. “Eu os perdi. Mas assustei a merdas deles, entretanto.”

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“Ótimo. Animais imundos. Levou décadas para eliminá-los, e o governo maldito traz de volta.” Obviamente ainda era um assunto muito dolorido. Para Dakota, eles eram apenas um fato que tinha que lidar. Os lobos eram protegidos, e enquanto ele matou alguns deles ao longo do tempo, tentava seguir as regras, não importando o quão injusto sentia que eles eram. “Trabalharemos em cima disto. Eles se foram no momento.” Dakota bateu levemente no ombro de Bucky. “Estou indo verificar o papai.” Dakota caminhou silenciosamente pelo corredor para o quarto e abriu a porta, surpreso por encontrar seu pai de olhos abertos e olhando para o quarto. “Você está acordado.” Dakota podia ver ele tentando mover seu lábios e garganta. Às vezes podia falar algumas palavras, mas tinha que ser no seu tempo. Ele fez um pequeno som soou como um apito leve e então parou antes de tentar novamente. “Lobo?” Dakota perguntou, e seu pai parou e relaxou. “Existiam alguns lá fora hoje à noite. Harry, o novo empregado, disparou contra um e eu também.” Dakota sentou próximo a sua cama. “Ele era enorme, papai. Cinza e marrom, e eu penso que vi seu companheiro.” Tanto quando odiava o que eles podiam fazer para seu rebanho, tinha que admirar as criaturas. “Eu só o vi claramente à medida que ele foi embora, mas, homem, ele era rápido, e forte também.” Ele disse para seu pai sobre o pôr-do-sol que tinha visto no navio; como o vermelho e o dourado enfraqueciam atrás dos cumes ao longe. “Era como se suas sombras alongasse e os cobrisse como um cobertor.” Dakota continuou falando até que seu pai fechou os olhos novamente. Dakota sentava-se com ele quase todas as noites, dizendo tudo que aconteceu na fazenda. Não tinha nenhuma ideia o quanto ele compreendia, mas aquilo não parecia importar para nenhum deles.. Embora a conversa agora estava unilateral, por anos, antes da doença avançar, eles conversavam até seu pai não consegui falar mais.

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“Você lembra quando eu era criança e você estava acostumado a dizer-me todos os tipos de histórias sobre vaqueiros e índios, até a época quando o bisavô encontrou com o presidente Roosevelt quando estava visitando Yellowstone que era uma novidade?” Dakota diminuiu para uma iluminação leve. “Você contava para mim história após história até que eu não conseguia manter meus olhos abertos. Toda noite sentava comigo.” Dakota levantou da cadeira, e colocou um cobertor dobrado ao lado dele. “Eu acho que vai nevar logo.” Seu pai balançou levemente a cabeça, e Dakota não estava certo se foi uma sacudida ou uma concordância. Tomou como sendo o último. “Costumava amar a neve, você lembra? Você comprou meu primeiro trenó.” Dakota lembrou de seu papai correndo e correndo, puxando-o pela neve sobre o quintal. Olhando para cima, ele viu seu pai de olhos fechados e sua respiração tranquila.”Boa noite, Papai.” Dakota levantou e apertou sua mão ligeiramente antes de colocar debaixo do cobertor e caminhou para seu quarto. Evitando as malas ainda – sem desfazer, foi se limpar. Quando entrou em baixo das cobertas, seu telefone tocou. Ele não reconheceu o número, e Dakota quase deixou a chamada cair no correio de voz, mas em seguida, num impulso atendeu. “Dakota? É Phillip… do cruzeiro.” Sua voz era profunda e rica. Maldição, ele soou bem mesmo, e o pênis de Dakota ficou bem acordado. Lembrou tão bem da voz, junto com a sensação de sentir aquele corpo duro movendo embaixo dele. “Você chegou bem em casa?” Phillip perguntou, e a mente de Dakota viajou na imagem de Phillip na praia em Saint Martin, nu, tão a vontade em sua cadeira de praia. Ele estava com está memória quando concordou. “Sim, foi uma longa viagem, mas boa.” O lençol tocou ligeiramente acima de seu comprimento, e abafou um gemido e empurrou para trás um desejo que Phillip estivesse aqui com ele. Dakota não estava apaixonado por ele, e sabia que Phillip não tinha quaisquer ilusões sobre eles, qualquer uma, mas era bom conversar e ter uma boa fantasia. “Eu já estive lá fora perseguindo lobos, e os mantendo longe do gado. E você, algum problema para chegar em casa?” 21


“Não, foi uma viagem fácil.” Phillip ficou quieto por um segundo ou dois. “Eu só liguei para dizer muito obrigado pelo grande momento. Você foi maravilhoso, e…” Dakota riu no telefone. “Eu sei, você sempre quis foder um vaqueiro. Se bem me lembro, isso foi em ambos os sentidos.” “Certamente que foi.” Phillip ligeiramente riu. “Escute, não quero tomar seu tempo, mas queria que você soubesse que tive um grande momento e que você fez o meu cruzeiro, ser especial. E queria te perguntar se tudo bem eu te ligar de vez em quando.” Houve mais um daquele riso estrondoso. “Quero dizer, sei que não sou o amor de sua vida. O Senhor sabe que já vi suficiente disso com Gary. O homem resmungou o caminho inteiro até em casa.” Agora era a vez de Dakota rir para Phillip. “Mas pensei que podíamos ser amigos.” “Senhor, claro.” Phillip deixou Dakota preocupado por um segundo. “Se você está desta maneira, amaria ter você me fazendo uma visita, e talvez um passeio.” Phillip desatou a rir, e Dakota percebeu o que disse. “Em um cavalo,” ele clarificou com indignação falsa. “Você é um louco completo.” Embora seu corpo definitivamente gostasse da ideia do outro tipo de passeio, ele não estava indo nisso, e certamente não na fazenda. Dakota achou que devia mudar de assunto ou a conversa ia se transformar em sexo pelo telefone. “Então como Gary está tomando a separação de Scott?” “Nada bem. Ele vai se recuperar, mas ele é um daqueles homens felizes para sempre, que realmente querem encontrar o amor de sua vida, e infelizmente, ele acha que tem de ser com Scott. E ter seus caminhos separados depois do cruzeiro está o despedaçando.” Dakota compreendeu, ele pode ver isto no cruzeiro. Aqueles dois tinham sido inseparáveis. Felizmente para Dakota, tanto ele como Phillip sabiam que estavam tendo um pouco de diversão — realmente quente, sensual. “Já é tarde e sei que você é um madrugador, então boa noite.” “Obrigado por ligar, Phillip, e quero afirmar, o convite está aberto para uma visita.” Eles desligaram, e Dakota colocou o telefone no criado-mudo e apagou a luz. Na última semana, enquanto estava no navio, seus sonhos tinham sido com a fazenda e sua casa. Agora sonhava com o vento e ondas, o som do navio, e o incrivelmente sexy de 22


cabelos escuros que ele compartilhou a cama por grande parte de sua viagem. Para isso que eram suas fÊrias — para encher seus sonhos. E no momento era isso o que teria.

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Capítulo Dois DAKOTA despertou, esticando suas costas e tentando se concentrar. “Ei, rapaz.” Abrindo seus olhos, ele viu Bucky no quarto do seu pai. “Você adormeceu na cadeira novamente.” Bucky encostou no batente da porta com os braços cruzados sobre o peito. “Você precisa dormir direito, porque há bastante trabalho agora que a primavera está apenas um triz de distância.” Dakota podia ouvir a emoção na voz do velho homem. Forçando suas pernas se moverem, Dakota esticou-se, aliviando a câimbra em suas costas e pernas e olhou para seu pai dormindo tranquilamente. “Eu só não pude deixá-lo.” Estava ainda escuro fora das janelas, mas ele sabia que não estaria assim por muito tempo. Bucky estava de pijama, se inclinou sobre a cama. “Eu sei, mas sua temperatura está baixa e os antibióticos estão trabalhando, então vá para a cama por algumas horas. Há um grande dia pela frente, e Grace estará aqui cuidar dele enquanto nós movemos o rebanho fora da faixa do inverno.” “Nós?” Dakota perguntou quando se levantou, decidindo tomar o conselho de Bucky, e o velho homem o seguiu para fora do quarto. “Sim, nós, rapaz. Você não achou que estaria me deixando de fora da diversão, não é?” Dakota alcançou sua porta e sorriu. “Não, não faria isto, Bucky.” Com um olhar final, ele fechou sua porta e caiu na cama, puxando o edredom por cima dele sem se preocupar em tirar a roupa. Ele despertou algumas horas mais tarde, sua boca sentindo como se estivesse bebido, mas sem ter tido a diversão na noite anterior. Levantando-se da cama, passou a mão em seu rosto e foi em direção ao banheiro tentando se despertar com uma chuveirada. Tirando suas roupas, Dakota foi para debaixo da água quente, apertando seus olhos quando a água acalmou seus músculos que nunca tinham relaxado ao dormir na cadeira.

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Como suas mãos ensaboadas deslizando por sua pele abaixo, Dakota deixou sua mente vagar. Tinha sido meses desde ele teve alguém o tocando, mas ainda tinha bastante imagens de suas últimas férias e deixou se tocar, escolhendo uma imagem. Phillip insistia que ele usasse seu chapéu de cowboy, e o sexy de cabelo escuro tinha suas pernas para o ar, gritando: “foda-me mais duro, cowboy!” O corpo sexy e flexível de Phillip vibrava a cada punhalada, seus olhos fechados e sua boca aberta em um grito silencioso. Dakota agarrou-se firmemente quando a memória continuou a tocar. Ele podia quase ouvir os gritos de desejo de Phillip quando seu corpo agarrava Dakota como um vício, seu próprio corpo reagindo agora da mesma maneira que tinha reagido naquela manhã em sua cabine. Ele podia quase sentir o balanço suave do navio enquanto a água corria sobre ele, e seu clímax bateu através do seu corpo, pintando sua mão e os azulejos com sua liberação. Dakota encostou a parede para se firmar enquanto recuperava sua respiração, aquecendo-se na fosforescência da endorfina induzida. Ainda ofegante, ele forçou-se a terminar de se lavar antes de desligar e sair. Secando-se depressa, voltou para seu quarto e se vestiu rapidamente, encontrando os homens nos estábulos. “Prontos, rapazes?” Ele até achou que não dormiu mal, Dakota estava cheio de energia e ansioso para ir. Depois do inverno longo, os dias estavam esquentando, e estava esperando ansiosamente passar o dia na sela. A maior parte dos homens acampava até o gado estar de volta, mas ele retornava todas as noites para estar com seu pai. Um coro de sim respondeu e todos saíram. O rebanho estava sendo conduzido em três faixas diferentes, com uma porção sendo movida todo dia. O caminho foi bom e até o almoço o primeiro do rebanho alcançou sua moradia de verão e começaram a pastar. Levou a maior parte da tarde para conseguir mover o último rebanho e reunir os retardatários. Os homens montaram o acampamento assim como os tropeiros2 de antigamente, sentando ao redor do fogo e cozinhando o jantar. Dakota ficou de pé, 2

Os Tropeiros , cujo termo deriva de tropa, foi uma atividade itinerante desenvolvida por grupos de homens. Os tropeiros conduziam o gado e levavam consigo bens essenciais. Acampava todas as noites protegido apenas pela manta e pelas tendas feitas de couro. Cozinhava ainda a sua refeição na fogueira que o aquecia. O tropeiro foi fundamental para fomentar o desenvolvimento e estimular a fixação das populações.

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afastando-se do grupo, preparando-se para partir. Os homens pareciam felizes quando as histórias começaram, enquanto Bucky liderava o caminho. A verdade seja dita, o homem adorava a cavalgada, mas acima de tudo amava se sentar em torno do fogo contando histórias para os homens mais jovens. Sombras se alongavam quando Dakota montou e começou seu caminho de volta para casa. Ele conhecia estes campos e trilhas com a palma de sua mão, ambos conheciam. Ele e Roman fizeram esta viagem juntos por anos… desde que seu pai não podia mais. “O que foi menino?” O cavalo começou a empinar e parou de se mover, soprando através de seu nariz e sacudindo sua cabeça. “Existe algo lá?” Dakota sabia que Roman era bom o suficiente para seguir seus instintos. Desmontando, agarrou seu rifle e armou antes de caminhar adiante. “Está tudo bem. Eu te protegerei,” ele acalmou enquanto pegava as rédeas de Roman e lentamente o levou adiante. Podia ver na linha de árvores à esquerda e sabia que ali era a fonte de tudo que estava assustando Roman. Dakota continuou adiante até que um movimento chamou sua atenção, e ele parou e viu quando um lobo surgiu entre as árvores, andando devagar e hesitante. Ambos pareceram olhar um para o outro ao mesmo tempo, Dakota parou, observando o macho enorme — o mesmo que tinha atirado antes — olhou fixamente de volta para ele. Mesmo aos olhos de Dakota, ele era magnífico, forte, imponente, seus olhos brilhavam no final do sol poente. Roman relinchou baixinho, e Dakota falou suave e baixo para acalmá-lo, olhando para o cavalo por um segundo. Quando voltou, o lobo já tinha ido, e Dakota ficou lá olhando para as árvores, esquecendo completamente o rifle que levava. Roman cheirou o ar e parecia tranquilo, batendo levemente contra o peito de Dakota. Esfregando seu nariz, Dakota agradeceu a Roman através de seu toque por não fugir. Colocando o rifle de volta na sela, montou e foram em direção a casa. Roman estava definitivamente com pressa, e Dakota o deixou assumir o comando. Já estava escuro quando eles chegaram ao celeiro. Dakota tirou a sela de Roman e o levou até a baia antes de sair e ir para casa. Grace estava esperando por ele, parecendo muito

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preocupada. “Ainda bem que você voltou. Seu pai está com febre e inquieto. Eu quase chamei o médico.” Dakota correu para o quarto do seu pai, caminhando até o lado de sua cama e colocou sua mão em sua testa. “Não está muito ruim,” ele conferiu com o termômetro. “Um pouco mais de 37,5°C.” A preocupação de Grace pareceu desaparecer. “Ele estava com quase 39,5 °C, mais ou menos meia hora atrás.” “Isto tem estado acontecendo. Devia ter-lhe dito. Os antibióticos estão ajudando, mas a ferida em seu pé não.” Dakota e o médico tinham tentado tudo que podiam, mas estavam quase sem opções. “Estou com medo que precise levá-lo ao hospital em breve.” Os dois olharam para seu pai, dormindo confortavelmente agora, inconsciente. “Eu sei que ele provavelmente ganha por não perceber isto, mas é como perder um pedaço dele novamente.” Dakota engoliu e sentiu Grace pegar sua mão. “Seu pai e eu fomos para a escola juntos. Ele estava alguns anos à minha frente, e tive até uma queda por ele. Até uma vez mandei para ele um cartão de Valentine's Day”3. “Grace, você é uma mulher selvagem,” Dakota brincou, e ela deu um tapa em seu ombro e sorriu. “Só estou dizendo que sei como você se sente. Ele foi sempre tão forte e ativo.” “Eu sei, e a coisa engraçada é que isto está ficando mais difícil de me lembrar dele dessa maneira — e detesto isto, porque sempre quero me lembrar dele com Sadie, conduzindo o gado ou montando cerca.” Ele arrumou os cobertores antes de deixar o quarto e fechar a porta atrás deles. “Há tempos que desejo que ele parta.” Um nó se formou em sua garganta, e engoliu isto. “E existem tempos que meu maior medo é que eu acorde e ele tenha ido, sem ter tempo de dizer adeus.” Dakota esperou por Grace, mas ele não saiba o que estava esperando. Esperava que ela tivesse algumas palavras de sabedoria?

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Dias dos Namorados

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Para sua surpresa, ela não disse nada. Ao invés, acenou para ele chegar mais perto e o beijou na bochecha. “Você teria sido um baita médico.” Ele sentiu sua mão suavemente no seu pescoço e então soltou. Dakota observou ela partir com um sorriso agradecido antes de voltar para o quarto do seu pai para dizer boa noite. Seu pai estava dormindo quando entrou, então se sentou na cadeira durante algum tempo. Estar perto dele o fez se sentir melhor. O telefone vibrou em seu bolso, e Dakota disse boa noite para seu pai e deixou o quarto antes de atender ao telefone. “Oi, Phillip.” Ele encontrou um brilho em sua voz. “Ei, Cowboy como está a fazenda?” Ele não poderia deixar de sorrir pelo uso de seu apelido do cruzeiro. Phillip ligou para ele durante algumas semanas durante o inverno, e a amizade que se formou a longa distância significava muito para Dakota. Agora, em sua mente, existiam dois Phillips: O sexy de cabelos escuros que encontrou no cruzeiro, e o amigo que se tornou nos últimos meses. “Está tudo bem. Está é minha época favorita do ano. Tudo está verde e nós estamos mudando o gado para os pastos de verão. Os rapazes estão animados,” Dakota continuou. “Eles dormem nos acampamentos. Isto é mais fácil do que ter que estar voltando toda noite.” Dakota caminhou para sala e se acomodou no sofá. “Acampamento isso parece divertido. Você está com eles?” “Não, eu volto para casa.” Dakota disse, rindo. “De alguma maneira eu só posso ter uma imagem de você em um acampamento com os rapazes.” “Eu acho que você já esteve acampando bastante.” Dakota esperou quando Phillip fez uma pausa dramática. “No quintal conta?” Dakota gargalhou pela primeira vez em dias. “Claro que conta, exceto que há uma grande diferença. No campo, eles não têm como entrar para usar o banheiro.” Phillip riu junto e acrescentou: “Ou ligar o cabo da extensão para música e luzes.” “Bom Deus.” Dakota riu mais forte, seus lados começando a doer. “E suponho de um cobertor elétrico para aquelas noites frias?” Dakota brincou entre respirações. 28


“Claro. Fica frio.” Phillip conseguiu soar sério por um segundo antes de cair na gargalhada novamente. “Deus, eu era um garoto mimado,” ele adicionou através de sua alegria. “Eu também era, mas de uma maneira muito diferente. Tive cavalos e acampei no campo com meu papai. Ele me contava todos os tipos de histórias em volta da fogueira do acampamento.” Dakota parou porque podia sentir a preocupação começando a se infiltrar nele novamente. “Como está seu pai?” “Ele está melhor em alguns aspectos e piores em outros. Eles começaram a usar nele um novo medicamento, e parece mais alerta e realmente pode falar um pouco melhor.” Tinha sido maravilhoso quando seu pai realmente formou as palavras ásperas pela primeira vez em meses. “Isto parece realmente bom.” “Mas ele também desenvolveu uma infecção em sua perna e isto está lhe dando febre, e se não conseguirmos controlá-la poderá perder a perna.” Dakota sentiu um pouco de sua dor e conflito escaparem junto com suas palavras. “Mas o que realmente me preocupa é que isto é um sintoma que seu corpo está começando a se fechar.” Ele ouviu um suspiro suave vindo através da linha. “Você sabe estou aqui para qualquer coisa se você quiser conversar.” Dakota fez uma pausa. “Eu sei disto.” Verdadeiramente sabia. “Talvez pudéssemos falar de algo um pouco mais divertido.” Ele realmente precisava mudar de assunto. Phillip pareceu entender e começou a contar algumas coisas divertidas que tinha feito. Dakota escutou e riu junto com seu amigo, perguntando-se o que estava lhe faltando. Com a doença do seu pai progredindo, Dakota se fechou em seu mundo sem ele perceber. A fazenda, os homens, e seu pai eram tudo que ele tinha. Eles eram seu mundo agora, e era tudo que tinha para gastar seu tempo e energia mental. A única exceção parecia ser os telefonemas de Phillip. Eles o puxavam para longe, no mundo do meu amigo Phillip, que o faziam rir e esquecer-se de tudo pelo menos um pouquinho.

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“A propósito, eu queria perguntar a você algo.” Phillip mudou de assunto e puxou Dakota para fora de seus próprios pensamentos. “Seu convite para uma visita ainda está aberto? Estou planejando minhas férias e estávamos pensando em gastar em Wyoming.” “Claro que sim. Vai ser bom vê-lo novamente.” “Ótimo!” Phillip atirou excitação através da ligação, e Dakota não conteve um sorriso. “E não se preocupe. Sei que é ocupado com a fazenda e tudo. Mas posso ajudá-lo.” “Eu nunca pensei que você não faria.” Dakota deu um suspirou tolo. “Você precisa saber que não estou fora para muitas pessoas aqui. Algumas pessoas sabem e eles respeitam minha privacidade… e dizendo a você a verdade, realmente não estou certo de quantos homens sabem. Gosto de pensar que a maior parte dos empregados entende…” “Eu entendo. Além disso, não estou pensando que isto iria ser um tipo de férias de sexo de qualquer maneira.” Dakota ouviu Phillip hesitar. “No cruzeiro, nós tivemos um grande momento e um sexo alucinante. Mas desde então você se tornou um amigo. Duas coisas; você não pode ter um amigo — e fodê-lo. Fazer sexo com um amigo é o caminho mais rápido para perder ambos ao mesmo tempo.” Dakota não saiba se ele devia se sentir aliviado ou insultado. Phillip deve ter percebido porque ele continuou, “Isto não que dizer que eu não estaria com você novamente, Cowboy, porque eu iria. Você é um garanhão quente. Mas eu acho que você precisa de um amigo muito mais que precisa de uma foda rápida.” Dakota não conseguiu discutir com isto. Durante os passar dos meses, ele disse coisas para Phillip que ele nunca disse a qualquer outro. Talvez fosse mais fácil dizer a alguém algo quando você não tinha que olhar em seus olhos. Acabou parecendo mais fácil, mais desapegado, dizer coisas para alguém no telefone, especialmente quando esse alguém está a mil e quinhentas milhas de distância. Ele encontrou-se esperando ansiosamente pela companhia e tentou lembrar quando teve seu tempo gasto com amigos. Ele honestamente podia dizer que era desde quando deixou a escola. Ele não considerava seus empregados seus amigos. Embora conhecesse alguns deles há anos, ele era o chefe. Com exceção de Bucky, que era mais como família. 30


“Certo. Penso que posso viver com isto.” “Mas se eu estiver errado, só diga e vou adorar montar para um passeio….” Phillip começou a rir. “Maldição! Posso até apresentar uma analogia inteligente, mas isto é apropriado e original.” “Você quer dizer algo como, você vai me montar como uma prostituta de dez dólares que tem um aroma de uma nota de vinte?” Dakota respondeu e Phillip riu. “Eu estava pensando mais ao longo nos campos e eu te montando como uma cena de filme pornô.” Dakota riu e disse, “Você é doente, homem.” “Eu não sou o único falando sobre prostitutas,” Phillip disse lançando de volta. “Isto é como… ewww.” Isto fez ambos rirem. “Eu devia provavelmente deixar você ir.” “Dê-me um telefonema e deixe-me saber quando você planeja chegar. Estarei aqui esperando.” Não estava indo a qualquer lugar logo e ele sabia disto. “Estou pensando no final de junho. Talvez o Quatro de Julho?” “Isto seria ótimo.” Eles disseram suas despedidas e desligaram, com Phillip prometendo chamar quando tivesse mais detalhes. Levantando-se do sofá, Dakota vagou do lado de fora na noite fria. Ele provavelmente devia ter pegado um casaco, mas que diabo. Permanecendo em pé na varanda, ouviu os sons da noite tocando ao redor: alguns insetos cordiais já estavam fazendo-se ouvir, a evasiva de um cavalo batendo o casco, e o ocasional relinchar tranquilo. Nenhuma angústia ou medo, apenas os sons de sua casa. E ao longe, um grito estridente, como um solista levantando a sua orquestra, a voz carregada do vento. Dakota o encontrou mesmo querendo um bis, mas não existia nenhum. Tremendo levemente, ele abriu a porta e caminhou para o lado de dentro, fechando a porta atrás dele. Agarrando um cobertor do sofá, se enrolou e retornou a varanda, sentando na cadeira de balanço da varanda, enrolando-se e escutando enquanto sua mente rodava. Ele amava isto aqui, mas também adorava a faculdade de medicina. Desistiu para cuidar de seu pai, 31


e faria isto novamente, mas se perguntava como teria sido se as coisas fossem diferentes. Sua meta sempre tinha sido terminar a faculdade e retornar aqui. Não havia médicos suficientes de qualquer maneira. Ao invés, retornou para cuidar de seu pai, e no processo seu próprio medo permitiu que ele cortasse de si tudo exceto a fazenda. Dakota movimentou sua cabeça lentamente. Phillip vindo para cá iria ser uma boa coisa. Estava na hora dele parar de esconder quem ele realmente era. “Eu não estarei marchando em quaisquer paradas, mas não irei esconder mais quem eu sou.” Ele disse as palavras em voz alta e ouviu um relincho de cavalos, então outro grito estridente que ecoou pela grama. “Estou contente que você concorde.” Dakota encolheu no cobertor e escutou a noite, quando estava quase adormecendo, ele finalmente levantou e foi para dentro. Desligando as luzes enquanto caminhava pela casa, verificou seu papai uma última vez e foi para o quarto indo para cama. A madrugada chegou rápida e poderosa, havia muito trabalho para fazer de manhã. Mas pela primeira vez em um instante, iria fazer algo para si mesmo.

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Capítulo Três “VOCÊ está certo que posso ir junto?” Wally perguntou caminhando nervosamente em torno do apartamento. “Eu não quero me impor ou ser um terceiro na roda.” “Eu já disse a você, eu chamei Dakota há duas semanas e ele está bem com você indo.” Phillip levantou do sofá. “E Dakota e eu tivemos nossa diversão no cruzeiro, mas isso isto já passou.” “Sim, certo,” Wally zombou quando entrou no quarto, com Phillip seguindo logo atrás. “Foi você que me disse que ele só cai fora deste rancho uma vez por ano durante uma semana. Dou uma noite e ele terá você em sua cama.” Wally continuou embalando, colocando calça jeans, camisas, e roupa de baixo na mala. “Eu não acho.” Phillip dobrou seus braços acima de seu tórax e se debruçou contra o batente da porta. “Dakota precisa de amigos acima de tudo, principalmente gays, então não ouse pensar em desistir desta viagem.” “Eu não vou. Vê?” Wally fechou a mala e colocou na porta do quarto. “Além disso, será uma grande experiência prática com animais de grande porte. Tudo que eu já trabalhei foi em clínicas de cachorros, gatos e animais exóticos. Eu estava esperando ansiosamente para trabalhar com cavalos e gado.” “Por que você pensa que eu convidei você para vir junto? Eu sabia que você não conseguiria ficar fora disto, assim como Dakota. E com certeza ele nos manterá ocupados.” Phillip se levantou. “Deixe-me colocar as últimas coisas no carro assim nós podemos ir.” “Nós sairemos hoje à noite?” Wally começou a olhar pelo quarto para ver se estava esquecendo-se de alguma coisa antes de ir verificar no banheiro. “Eu pensei que você tinha dito que nós estávamos saindo de manhã.” Wally agarrou seu kit no balcão antes de retornar ao quarto e colocando isto na mala.

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“São apenas quatro horas. Nós podemos ir até Lacrosse está noite.” Phillip levantou a mala e kit enquanto Wally caçava em seu armário suas botas e agarrando uma jaqueta. “Assim dirigiríamos menos amanhã. Isto é tudo?” “Sim, eu acho.” Wally olhou pela última vez, e Phillip xingou impacientemente e então Wally seguiu fora de seu apartamento e esperou por ele fechar a porta antes de o acompanhar para o elevador. “Você precisa de ajuda para carregar suas coisas?” Wally perguntou. “Não. Minhas coisas já estão no carro. Tudo que nós precisamos fazer é carregar as suas coisas e nós podemos ir.” As portas do elevador se abriram e entraram, indo para o hall de entrada. O carro de Phillip estava estacionado na frente do edifício. “Eu vou colocar no portamalas.” Phillip colocou a mala próxima ao carro e caminhou ao redor para o lado do motorista. O porta-malas abriu e Wally olhou do lado de dentro. “Você deve estar brincando. Você não conseguiria colocar qualquer outra coisa lá mesmo se tentasse.” Phillip riu e começou a reorganizar suas coisas, movendo o cooler para o banco traseiro. “Olhe tem bastante espaço. Dê-me sua mala.” Phillip moveu um pouco mais suas coisas e conseguiu colocar a bolso no porta-malas. Depois de arrumar o resto das coisas e fechar o portamalas, ambos os homens entraram o carro e Phillip ligou o motor. “Vamos, doçura.” Eles compartilharam um sorriso e Phillip acelerou juntando-se ao trafico da cidade a caminho da estrada. “Você já foi para o oeste?” Phillip perguntou quando entraram na autoestrada alguns minutos mais tarde, saindo de Milwaukee. “Não. Quando eu era criança, nós fizemos algumas para o leste, mas papai nunca gostou muito de férias. Nós realmente não podíamos contar com ele. A única vez que fomos para algum lugar foi para um casamento de família. Eu viajei algumas vezes quando era um estudante universitário, mas principalmente em “algum lugar perto de casa.” Wally conheceu Phillip quando ainda era um estudante universitário em Marquette. Eles viveram no mesmo edifício e chegaram a conhecer um ao outro, eventualmente tornando34


se bons amigos. Eles se separam quando Wally foi para Madison, para escola veterinária. Uma vez que tinha terminado, Wally retornou a Milwaukee para sua residência e imediatamente entrou em contato com Phillip. Calhando de ter uma vaga em seu prédio, e eles acabaram como vizinhos novamente, voltando a amizade como se nunca tivessem se separados. “Eu acho que você me disse que seu pai trabalhava em dois empregos em tempo integral.” “Ele trabalhava, e isso não lhe sobrava muito tempo. Em suas férias ele geralmente trabalhava e dormia.” Wally se acomodou no banco. “Você já foi para o oeste antes?” Phillip movimentou a cabeça devagar. “Quando eu tinha mais ou menos quatorze, nós lotamos o carro com barracas de camping e passamos duas semanas viajando pelo Colorado, Nebraska e Dakota do Sul. Então fui para alguns lugares e nós iremos também, mas nunca estive em Wyoming.” “Que tipos de lugares?” Wally perguntou empolgado. “Hoje à noite nós ficamos em Lacrosse, e amanhã nós viajaremos através de Minnesota e Dakota do Sul para a Rapid City4. Se nós chegarmos lá cedo suficiente, nós podemos provavelmente visitar Monte Rushmore5, e então nós nos dirigimos através de Wyoming para a fazenda de Dakota. Isto é próximo a Yellowstone o Grand Teton 6 que é perto o suficiente para irmos.” Wally praticamente saltou em seu banco. “Eu sei. Eu estive ansioso esperando visitar os parques.” Wally olhou a janela quando a paisagem mudava de urbana para rural. “Quando eu era criança, tive fases onde queria ser um guarda-florestal de parque, então um bombeiro, e eventualmente um veterinário. Eu não posso esperar para ver todos os animais.” “Aposto que não pode. Estive assistindo aquele documentário de Parques Nacionais na PBS, e realmente deve ser algo,” Phillip comentou e continuou dirigindo. 4

Rapid City é vibrante e crescente comunidade de 70.000 cidadoes localizada no coraçao de Black Hills - Sul de Dakota.

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Parque Nacional

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Wally sentiu-se animado. “Eu também. Pergunto se eu poderei ouvir os lobos.” Phillip começou a rir, e Wally olhou para o banco perguntando-se que diabos era tão engraçado. “Pelo o que Dakota me disse, você poderá ouvi-los e poderá até ver algum. Ele tem estado tendo alguns problemas com eles ultimamente.” O telefone de Wally tocou e tirou do seu bolso. “Oi, Mãe.” “Eu só liguei para ver se estavam prontos para a viagem.” “Estamos. Nós saímos a pouco.” Wally olhou pela janela para dizer a ela onde estavam, mas decidiu que não era realmente importante de qualquer maneira. “Eu ligo pra você durante a semana.” “Se você tiver tempo.” Ele podia quase ouvi-la sorrir. “Só divirta-se e tire muitas fotos.” Essa era sua mãe. Ela sempre foi uma pessoa caseira, nunca querendo viajar muito, mas ela amava ver fotos. “Eu irei mãe. Nós devemos estar em casa em aproximadamente duas semanas.” “Vou esperar você e Phillip para jantar, então, vocês poderão me contar tudo.” Wally repassou a mensagem para Phillip, que lambeu seus lábios e vigorosamente movimentou a cabeça. “Phillip já está esperando ansiosamente o jantar. Eu falo com você em breve.” “Certo, amo você, Wally.” Ela desligou e Wally colocou seu telefonar de volta em seu bolso. “Você tem os melhores pais.” “Você só esta dizendo isso, porque toda vez que você vai visitá-la, ela tenta engordá-lo enviando para casa uma de suas tortas com você.” Phillip olhou para cima, olhando todo inocente. “Seria rude recusar,” ele disse, antes de quebrar em um sorriso. “Sua mãe ama você e mostra da melhor forma possível — através das comidas.” Eles conversaram e dirigiram por horas, o sol ficando mais baixos e mais baixos no céu. Depois de parar para jantar em Madison, eles continuaram dirigindo passando por Wisconsin Dells, Baraboo, e finalmente entrando em Lacrosse. As luzes estavam se acendendo nas ruas quando eles entraram no estacionamento do hotel e desceram do carro. “Deus, parece bom para 36


caminhar ao redor,” Wally comentou quando puxou a mala do porta-malas lotado, esperando que nada saísse voando para fora. Phillip ligeiramente zombou. “Isso não era nada. Nós rodaremos seiscentas milhas amanhã.” Wally abafou um gemido. Não adiantava reclamar; era o que era. “A boa coisa é que em Minnesota o limite de velocidade é setenta e Dakota do Sul é setenta e cinco, então nós podemos realmente avançar.” Phillip agarrou sua bolsa e fechou o porta-malas, levando o cooler também. Wally fez o registro no hotel e andaram pelo corredor para seu quarto. “A piscina fecha em meia hora. Nós podemos também usá-la.” Eles mudaram para roupas de banho, pegaram as toalhas, e seguiram o cheiro do cloro da piscina. Wally caiu na água e nadou ao redor durante algum tempo antes de sair e entrar em um redemoinho de água quente. “Agora isto é o céu,” ele suspirou para ele mesmo quando a água quente o envolveu, puxando para longe a tensão. Phillip deslizou poucos minutos mais tarde. “Há algo que eu sempre quis perguntar a você,” Wally disse, e olhou para ter certeza ninguém mais podia ouvir. “Gary disse uma vez que você e ele dormiram juntos quando ele conheceu você.” “Sim, nós fizemos,” Phillip respondeu com naturalidade. “Por que você nunca deu em cima de mim?” Wally falou com a água tanto como para Phillip. Phillip riu e isso era a última resposta que ele queria ou esperava. “Eu dei, seu bobo. Achei que você não estava interessado. Percebi mais tarde que você era só muito inocente para perceber. Estou contente por não termos, na verdade.” Wally olhou por cima da água, sentindo-se um pouco ofendido, mas sabia que não devia perguntar, se não queria saber a resposta. “Eu sou tão feio?” O riso de Phillip desapareceu. “Deus, não! Você realmente é bastante atraente, de uma maneira – que passa-tempo demais-na-biblioteca. Nós acabamos se tornando amigos depois 37


disto, e é bastante desconfortável ver seus amigos nus. Eu há fiz isso, e acredite me mim, é difícil olhar nos olhos deles uma vez que vi suas partes.” “Eu acho que você está certo.” Phillip levantou-se e saiu da banheira. “Eu vou voltar. Vejo você no quarto.” Wally saiu alguns minutos mais tarde e retornou também, e depois de tomar um banho e se secar, caíram na cama. Phillip desligou as luzes, e eles dois dormiram. De manhã, se trocaram, tomaram café da manhã, pagaram o hotel e estavam na estrada antes da sete. Eles cruzaram o Rio de Mississippi em Minnesota e continuaram dirigindo. Lá por milhas e milhas viram uma planície plana. Para almoço, eles compraram hambúrgueres em Sioux Falls7, abasteceram o tanque, e continuaram novamente, com Wally dirigindo. Cerca de uma hora ao oeste, o céu começou a escurecer, e Wally ligou as luzes. “Jesus, está ficando escuro.” Flash de raios relampejou para o chão no horizonte, e o céu ficou mais escuro e mais ameaçador. “Puta merda!” O raio relampejou novamente, e Wally apontou para o horizonte. “Você viu isto?” Ele perguntou e segurou no volante novamente. “Isto é um tornado?” “Merda, sim!” Wally pisou fundo até que um viaduto apareceu, dirigindo para cobertura e fora do inferno. Tirando-os da estrada, ele estacionou atrás de outro carro. “O que nós fazemos?” Wally já estava com sua porta aberta, o ar que crepita como energia contra sua pele, soando como um baixo ruído de um trem de carga enorme vindo contra eles. “Vamos para debaixo da ponte, em baixo da estrada e segure-se!” Wally bateu a porta e correu até o aterro, abaixando-se próximo aos suportes volumosos de concretos buscando abrigo. Phillip abaixou próximo a ele, e eles esperaram quando o barulho ficava cada vez mais perto. Wally sentiu suas orelhas começarem a mexer e isso fez seu coração disparar quando o vento soprou ao redor deles. Fechando os olhos por causa do vento de pó e sujeira, esperou por sua preciosa vida. Um grito alto e o som de metal moendo alcançou as suas orelhas e ainda esperou, sentindo o corpo de Phillip apertado contra ele. 7

Sioux Falls é uma cidade localizada no estado norte-americano da Dakota do Sul

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O vento pareceu continuar para sempre, e então o som começou a enfraquecer e o estrondo passou e começou a diminuir. Abrindo seus olhos, Wally procurou. Todo mundo parecia bem. Quando ele olhou em direção à estrada, ele viu que o carro que estava estacionado na nossa frente tinha sumido. Ele continuou olhando e viu o carro no fosso, a duzentos metros à frente de onde estava. Seu carro ainda estava estacionado do lado da estrada, mas também, havia sido movido uns bons cinquenta metros. “Está tudo bem?” Phillip perguntou ao lado dele. “Parece que ele se mexeu.” Saindo debaixo da ponte, foram até o carro. “Tudo bem.” Nem mesmo uma janela trincada. Wally olhou para o céu, que consideravelmente iluminou. “O que nós devíamos fazer?” Só então, o céu abriu e a chuva desceu. Wally fez seu caminho onde todos estavam em pé. Eles todos pareciam bem, com exceção do casal cujo carro tinha sido arrastado para vala. Os telefonemas foram feitos e até que a chuva parou a ajuda já estava a caminho. Eles subiram de volta no carro, e Wally fechou a porta do motorista. “Isso foi legal!” Phillip olhou para ele, agitando sua cabeça. “Você é um homem doente.” Então os dois começaram a rir, deixando o pânico e o medo facilmente ir longe antes de puxar de volta para a estrada. O caminho do tornado era fácil de localizar. As casas e campos para o norte da estrada era aplainados para mais ou menos duas milhas, e então tudo pareceu normal. “Não vá muito rápido.” “Eu não pretendo—” Wally pisou nos freios quando uma estrada semi destruída apareceu. “Jesus.” Outros carros tinham saídos da estrada, e Wally conduziu devagar pelo acostamento, desviando de um reboque antes de manobrar novamente voltando para a estrada. A medida que ganharam velocidade, o céu começou a iluminar, e a estrada se abriu na frente deles. Wally acelerou, e o mais distante a oeste viajavam, mais claro ficava, até que os primeiros raios do sol iluminaram a estrada. Phillip começou a rir. “Eu já vi muitas coisas, mas uma estrada rosa? Este tem que ser o lugar mais gay de todos.” “O que é isto?” 39


“A massa que eles costumavam pavimentar a estrada deve ser rosa, e aparece quando chove.” “Bem, eu serei condenado, pois agora eu já vi tudo.” Wally acelerou e eles começaram há fazer seu tempo novamente, os pneus voam acima do pavimento rosa. Para entretenimento, eles começaram a contarem as placas que indicavam Wall Drug8. Algumas horas mais tarde, a paisagem drasticamente mudou. Os campos saíram para a entrada de um lugar ermo, uma paisagem árida de colinas corroídas, com sobras de campos. “Isto é lindo,”Phillip comentou com uma sensação de temor. “É uma espécie de deserto, sim.” Eles conversaram sobre parar, mas decidiram avançar para a Rapid City, chegando uma hora mais tarde e encontrando um hotel. Depois desse tempo dirigindo, tudo que eles quiseram eram parar e estar fora do carro durante algum tempo. “Isto é um inferno de uma viagem,” Phillip comentou quando estirou suas costas, de pé no estacionamento de hotel. “Isto é eufemismo do século.” Wally adicionou, e eles compartilharam um sorriso antes de descarregar suas bolsas e caminharem para o hotel. Depois de fazer o registro de entrada, eles comeram primeiro o jantar antes de dirigir a curta distância para o Monte Rushmore. Depois de ver as cabeças presidenciais no crepúsculo, eles assistiram as luzes se acenderem, brilhando na montanha, antes de voltar para o hotel e cama.

DEPOIS do longo tempo e sua aventura em Dakota do Sul, a viagem através de Wyoming no dia seguinte foi calma, e quando se aproximaram do lado oeste do estado do estado, Phillip ligou para Dakota e seguiu suas instruções para a fazenda. Wally virou e parou próximo a um caminhão enorme na frente da casa. A porta da frente abriu, e um homem alto saiu na varanda. Quando Wally viu o homem tirar seu chapéu, e Wally ouviu um suspiro, só para perceber para seu embaraço que veio dele. “Este é Dakota?” Wally sabia que ele estava olhando fixamente, mas não podia ajudar a si mesmo, e apenas ouviu a risada suave do banco do passageiro. 8

Hipermercado

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“Sim, é ele.” “Ele é enorme.” Wally viu quando Dakota desceu os degraus da varanda. Lembrandose, destravou o cinto de segurança e ouviu Phillip abrir sua porta e sair do carro. Sem se mover, ele viu Dakota e Phillip abraçarem, e então abriu sua porta e saiu do carro. Ele podia definitivamente ver o que atraiu Phillip. Fechando a porta do carro, ele abordou os dois homens. “Dakota, este é Wally,” Phillip disse. O homem enorme estendeu sua mão e Wally agitou, deixando seus olhos viajarem até o rosto forte e sorriso amigável. “É um prazer conhecê-lo. Obrigado por me permitir vir,” Wally disse formalmente quando tentou tirar sua atenção longe de Dakota. Wally forçou se lembrar de que, enquanto Phillip disse que não tinha qualquer coisa entre eles mais, isso não significava que ficaria deste modo. “Eu fico feliz por ter você aqui.” Dakota soltou sua mão e afastou-se. “Venha para dentro.” Wally e Phillip seguiram pela porta e ele olhou novamente para Dakota. Deus, o homem era bonito. Não que realmente importava — homens como Dakota nunca olhavam para ele duas vezes. “Você almoçou?” Dakota perguntou. “Sim, obrigado,” Wally respondeu, e ele se sentou em uma das cadeiras, procurando o quarto. A casa pareceu confortável, com cadeiras grandes e uma televisão enorme. A cozinha era à esquerda e o que pareceu com um corredor era à direita. “Eu sei que vocês tem estado na estrada por dias. Vocês gostariam de descansar por algum tempo?” Wally olhou a grande janela dianteira para o celeiro com cavalos e para além das montanhas. “Eu estava perguntando-se se eu poderia conhecer os animais?” “Claro.” Dakota se levantou. “É um prazer lhe mostrar.” Phillip levantou-se também. “Se você me mostra onde estão nossos quartos estão, eu posso descarregar o carro.”

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Dakota levou-s corredor abaixo e abriu duas portas, cada um para um quarto brilhante. “Você pode escolher qual você gosta.” Dakota olhou timidamente entre eles. “Se vocês forem compartilhar um quarto, está tudo bem também, a maior parte dos meus homens sabem que sou gay, então….” Phillip sorriu. “Dakota, Wally e eu não somos amantes. Nós somos amigos.” Wally notou o olhar aliviado de Dakota e ele percebeu que não importava qual quarto Phillip escolheria, ele provavelmente acabaria dormindo com Dakota de qualquer maneira. Por um segundo, ele sentiu uma punhalada de ciúme que ele sabia que não tinha nenhum direito ou causa para se sentir assim. Afastando-se deles, ele olhou para dentro do primeiro quarto. “Este aqui parece bom.” “Então eu fico com este aqui.” Phillip entrou no quarto através do corredor. “Você dois podem ir, eu descarrego o carro.” “Você tem certeza?” Dakota perguntou, e Phillip sorriu e segui-os até lá fora, parando no carro. Wally e Dakota seguiram para o celeiro. “Esta é Sadie. Ela está conosco há anos.” Ela foi até Dakota, cutucando sua camisa. “Ela procurando por alguma coisa.” Quando ela percebeu que Dakota não tinha qualquer coisa para ela, ela foi até Wally e começou a cheirar ao redor de seus bolsos antes de bater seu tórax. “Você é uma boa menina?” Wally acariciou seu pescoço suavemente. “Parece que ela tem sido amada e bem cuidada.” Wally passou suas mãos de lado dela ao longo. “Quanto anos ela tem, mais ou menos dezesseis?” “Dezessete. Ela cavalgou durante anos, meu pai a ama, ela é grande com as crianças. Eu passeio com ela, mas não muito frequentemente. Em um ano ou mais, ela conseguira sua aposentadoria permanente no celeiro ao norte.” Dakota sorriu quando viu ela cutucar Wally no tórax novamente. “Ela gosta de você.” Um caminhão encostou, e Wally viu um pequeno grupo de cães correr para fora do celeiro para o caminhão e então voltar para começar a circular suas pernas. “O que é tudo isso?” Ele ajoelhou e foi assediado pelo grupo desorganizado. “Eles são amigáveis?”

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“Amigáveis, sim.” A menor, uma mistura de terrier, saltou nos braços de Wally e começou a lamber seu rosto. “O vira-lata do grupo é Max. O labrador é Libby, e o boxer é Sparky.” Na menção de seu nome, Sparky correu e bateu em Wally, e também, juntou-se na festa do amor. Wally cometeu o engano de rir e conseguiu que o cachorrinho colocasse a língua dentro da sua boca, mas isso realmente não importou para ele e continuou acariciando os cachorros. “Mario,” Dakota chamou, e o homem do caminhão apareceu. “Este é Wally.” Wally tentou apertar as mãos, mas o abanar, torcendo enquanto os cachorros entravam em seu caminho. “Wally, este é Mario, meu capataz.” Dakota começou a rir quando Wally tentou levantar, só para ser empurrado novamente pelos cachorros. Wally finalmente ficou em pé e estendeu mão. “É um prazer conhecê-lo.” Eles apertaram as mãos depressa. “Chefe, nós tivemos alguns problemas na montanha norte.” Mario girou sua atenção para Dakota, seu rosto sério. “Aquele lobo novamente?” o sorriso de Dakota desapareceu e sua voz ficou séria. “Nós perdemos qualquer coisa?” “Isto é a coisa estranha. Era definitivamente ele, mas não tinha nenhum sinal de que tentou tirar qualquer um do rebanho. Ele acabou de aguardar a extremidade da área arborizada e assistiu até que disparei contra ele.” “Talvez ele não estivesse faminto,” Wally falou mais alto, e ele viu ambos os homens olhando para ele. “Lobos não matam por esporte. Eles matam porque estão com fome ou para alimentar seus companheiros ou filhotes, e eles não são propensos a jogos.” Wally não tinha percebido seus fortes sentimentos e que tinha levantado sua voz. “E você disparou contra ele?” Wally olhou para o no capataz e sentiu sua raiva construir. “Com licença.” Virando, Wally caminhou de volta em direção a casa, murmurando sob sua respiração. Ele realmente não tinha certeza se podiam ouvi-los, mas naquele momento ele não se

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importava. “Grande, se você não entende algo, simplesmente mate e pendure na parede. Isto explica tudo.” Wally abriu a porta e caminhou para casa, deixando o estrondo da tela atrás dele. Assim que alcançou a sala de estar, ele parou e desabou no sofá. Jesus, ele estava aqui tinha uma hora e já havia insultado seu anfitrião. “O que aconteceu?” Phillip se sentou próximo a ele. “Eu abri a minha boca e fiz de mim mesmo um asno.” Wally olhou e viu pela janela que Dakota estava fazendo seu caminho não parecendo feliz.

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Capítulo Quatro “QUEM no inferno ele pensa que é?” Mario falou quando Dakota assistiu Wally retirando-se em direção a casa. Ele podia ouvir o pequeno homem pequeno resmungando debaixo de sua respiração. “Eu já tinha ouvido falar do Complexo de Napoleão 9, mas eu realmente nunca tinha visto antes.” Dakota voltou a olhar para Mario quando a porta de tela se fechou. “Eu não sei, mas pretendo descobrir.” Dakota olhou em direção à janela dianteira e viu o que podia ser Wally caindo no sofá. Caminhando em direção à porta da frente, ele estava pronto para exigir uma explicação. Parou no meio do caminho e tomou algumas respirações profundas. Este homem era seu convidado, e precisava ser tratado como tal. Agora ligeiramente calmo, caminhou o resto do caminho para a porta da frente e calmamente abriu. Andando na sala de estar, olhou para o homem que estava sentado em seu sofá e sua raiva desapareceu. Os grandes olhos azuis, naquele pequeno rosto e seu cabelo loiro o olharam. Que diabo ele ia fazer de qualquer — bateria no homem, gritaria com ele? Wally pesava mais ou menos uns sessenta quilos e seu rosto provavelmente só alcançaria Dakota no tórax se ficassem perto. “Me desculpe. Eu não deveria ter falado assim. É sua fazenda e sou só um convidado.” Porra e foda-se, o homem era adorável quando mordia seu lábio daquela maneira, Dakota sentou-se em uma cadeira, olhando Wally atentamente. “A única desculpa que posso dar é que sou formado na escola de veterinária e gastei os últimos três anos de minha vida tentando curar animais, inclusive uns que tinham sido baleado.” 9

Complexo de Napoleão é uma expressão coloquial que descreve um tipo de complexo de inferioridade o qual é dito afetar algumas pessoas de baixa estatura. A expressão também é usada genericamente na descrição de pessoas que são instigadas a supercompensar uma incapacidade percebida, em outros aspectos de suas vidas. Outros nomes para o mesmo problema são Síndrome de Napoleão e síndrome dos baixinhos.

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Dakota notou que Phillip calmamente deixou a sala. Ele encontrou-se completamente fascinado pelo pequeno homem sentando em seu sofá. Ele parecia tão sério e sincero que Dakota não conseguiu ficar bravo com ele. Além disso, os cachorros o amaram, e então Sadie, e aquilo significava muito. Dakota sempre disse que aqueles animais sabiam quem eram as pessoas boas. “Eu posso imaginar como você deve se sentir, mas os lobos abateram cada vez mais bezerros a cada ano. Eles até mataram um boi adulto, quando estavam famintos e trabalharam em grupo. Trabalhando como um bando. Tenho que proteger o rebanho.” Dakota viu os enormes olhos de Wally encherem com tristeza. “Este é um dos fatos da vida que nós temos que lidar aqui.” “Eu acho.” Wally piscou seus olhos durante algum tempo e pareceu clarear. “Só que isso não significa que eu tenho que gostar, mas entendo.” Maldição, o pequeno homem era duro na queda, e Dakota não pode deixar de sorrir. “Você deve ser um grande veterinário.” “Eu só sou graduado e eu realmente estou interessado em trabalhar com animais maiores. A única experiência que tive foi na sala de aula, e estava pensando se podia me encontrar com seu veterinário local durante esta viagem, e ver o que ele faz.” “Bem, então, que tal uma vez que você se instale, selaremos os cavalos e vamos dar um passeio.” Dakota parou, percebendo que ele poderia estar pondo a carroça na frente dos bois. “Você sabe montar?” Wally movimentou a cabeça. “Sim.” Dakota notou um curioso olhar do pequeno homem, mas nada muito próximo. “Então me encontre no celeiro em meia hora, e traga Phillip também.” Dakota levantou e caminhou para a porta, olhando de volta para Wally, ainda incomodado no sofá. “Não se preocupe sobre isto, você estava só expressando sua opinião, foi honesto. Não há nenhum dano ou vergonha nisso.” Dakota viu um aceno com a cabeça e um pequeno sorriso antes dele voltar para o celeiro. Encontrou Mario do lado de dentro, verificando as baias e instruindo Kevin no que 46


ainda precisava ser feito. “As baias de Sadie e Chestnuts precisam estar prontas hoje. Os outros podem esperar até amanhã.” Kevin correu para fora, sorrindo para Dakota quando passou por ele. “Você o colocou em seu lugar?” Mario perguntou. “Nós conversamos.” “Se fosse eu, teria chutado a bunda daquela fruta para fora da fazenda em dois segundos.” Dakota olhou com surpresa para o homem. Alguns dos rapazes fizeram comentários como esse, mas nunca tinha ouvido isso de Mario. Dakota segurou sua língua e girou para sair, deu dois passos antes de voltar e apontar para sala onde Mario estava fechando a porta quando entrou. “Eu não sei o que deu em você, mas eu não vou ter esse tipo de conversa, certamente não de você,” Dakota silvou entre os dentes. Mario colocou suas mãos ao alto em rendição falsa. “Que diabos deu em você?” “Mario.” Dakota sentiu um milhão de gafanhotos começarem a voar ao mesmo tempo no seu estômago. “Eu sou gay, e já escutei todo tipo dessa porcaria por muito tempo. Venho escutando isso destes homens desde que era uma criança e não suportarei mais isto!” Todo aqueles telefonemas com Phillip ao longo dos últimos seis meses e todas aquelas conversas sobre ser fiel a si mesmo, estouraram finalmente na cabeça de Dakota. Quanto mais se escondia, pior se sentia consigo mesmo. Dakota recuou e esperou para ver como Mario reagiria, mas uma coisa ele sabia; não iria aturar mais esse tipo de conversa em sua casa. Seu espírito parecia mais leve e estava preparado para encontrar outro capataz se fosse preciso. A reação que ele teve, foi a última que ele esperava: riso. “Eu não estou brincando, Mario. Isto não é uma piada, e você está realmente começando a me irritar.” O temperamento de Dakota estava realmente começando a conseguir o melhor dele. A risada de seu capataz se transformou em uma gargalhada. “Eu sei que não é.”O capataz ainda demorou alguns minutos até conseguir se controlar enquanto Dakota olhava para ele, prestes a dar o primeiro movimento. 47


“Então que diabos é tão engraçado?” Mario estava tirando sarro dele? Porque se fosse isso, Dakota estava pronto para chutar sua bunda. Ele já tinha feito isso anos antes e faria novamente. Mario olhou nos olhos dele. “Eu também sou gay.” Dakota olhou para seu capataz, atordoado e então repentinamente explodiu em gargalhada. “Nós somos realmente um par.” Ele agitou sua cabeça. “Então porque aquela observação de fruta?” “Só acobertando, eu acho.” Mario pareceu envergonhado. “Passei um monte de anos tentando parecer como os outros rapazes, para ninguém suspeitar.” Dakota movimentou a cabeça de acordo; sabia como era. “Então o que fez para você me contar?” Então ele ouviu passos do lado de fora. “Nós conversaremos mais tarde.” Abrindo a porta, ele viu Wally que andava pelo celeiro. “Eh, Wally, Phillip está vindo?” “Ele disse que estará aqui em alguns minutos.” Wally olhou o celeiro. “Isto é ótimo. Então, qual cavalo eu devo montar?” “Eu iria pôr você em Sadie. Ela pareceu gostar de você.” Dakota viu o olhar no rosto de Wally. “Não se engane—ela pode ser mais velha, mas é mal-humorada e empacada quando não gosta.” “Onde está sua sela? Eu posso buscar e escová-la,” Wally perguntou, obviamente animado. “Tudo está na sala de arreios e etiquetado com o nome do cavalo,” Dakota respondeu, e fez sinal para a porta. “Grite se você não encontrar, estou indo buscar Barney para assumir a responsabilidade de preparar para Phillip.” Dakota começou a trabalhar, mas manteve o ouvido atento em Wally. Ele ouviu a porta do celeiro abrir e então o som dos cascos de Sadie soou quando foi trazida próximo a ele. “Então, quanto tempo se passou desde que você montou?” “Mais ou menos dez anos,” Wally respondeu por cima da parede. “Eu montei por três anos até que eu tinha quatorze anos. Então meu pai morreu. Ele trabalhou até a morte em dois 48


trabalhos de tempo integral. Depois disto, minha mãe não podia pagar as despesas e tive que desistir.” Dakota ouviu uma carga de pesar na voz do pequeno homem. “Você teve seu próprio cavalo?” Dakota começou a escovar o cavalo, seus movimentos fluindo eficiente com anos de prática. “Sim, mas nós mão dispúnhamos de recursos para mantê-lo.” Maldição. Existia definitivamente tristeza em sua voz. Dakota não conseguia imaginar ter quatorze anos e ter seu cavalo vendido. Quando ele tinha aquela idade, Denali tinha sido seu melhor amigo. “Isso deve ter sido duro.” Ele não saiba mais o que dizer. Terminada com a escovação, ele começou a assumir a responsabilidade de Chestnut o gentil castrado. “Foi.” Dakota ouviu Wally grunhir — ele deve ter estado erguendo a sela — seguido por um pequeno suspiro. “Mas lá não havia outra escolha. Eu sei disto agora, mas aos quatorze, eu só conseguia pensar que o mundo era injusto. Eu perdi meu pai e meu melhor amigo dentro de um mês.” Dakota terminou de apertar o cinturão, tendo certeza que Barney não estava segurando sua respiração. O velhaco tendia a fazer isto. “Eu quase terminei aqui. Você já selou?” “Sim.” A voz doce de Wally flutuou acima da parede novamente. “Você verificaria para mim, entretanto? Estou acostumado com selas inglesas.” “Claro.” Dakota terminou com Barney e caminhou para a próxima baia. Wally estava próxima à porta em suas calças de equitação e camisa apertada. Dakota viu quando Wally girou ao redor e o mostrou o quão apertado estava o cinturão, dando a Dakota uma visão espetacular de sua pequena e apertada bunda. Dakota olhou para suas mãos e percebeu que cada bochecha caberia perfeitamente em cada uma delas. “Maldição,” ele murmurou sob sua respiração, e Wally virou rapidamente. “Algo está errado?” Dakota caminhou para Sadie, verificando o cinturão e o comprimento dos estribos. “Parece realmente bom.” Ele quis dizer o cinturão, mas em sua mente a imagem era de sua bunda de novo. “Ela deu a você alguma dificuldade?” 49


“Não, ela faz normalmente?” “Ela pode. Como eu disse, ela pode ser velha, mas é exigente. Ela deve gostar de você.” Mario colocou a cabeça por cima do murro. “Aquela malandra não me deixa ir a qualquer lugar próximo a ela. Ela deixou ele colocar a sela?” Dakota movimentou a cabeça. “Estou impressionado.” Dakota sorriu para o seu capataz, contente pelo modo que ele deixou para trás o burburinho de antes com Wally. “Onde vocês estão indo?” Mario perguntou. “Pensei em levá-los para o lado leste da fazenda. Isto seria um passeio fácil, e nós podemos verificar as cercas ao mesmo tempo.” A cabeça desapareceu, e então Dakota ouviu risinhos do outro lado do murro. “Cara, que diabos você está vestindo?” A voz de Phillip flutuou no celeiro. “Jeans.” Dakota olhou para Wally, que encolheu os ombros e agitou sua cabeça. Curiosos, eles fecharam a porta e caminharam ao redor. Até então, Mario estava rindo, e Dakota conseguiu olhar para Phillip e começou a rir também. “O que é isso?” “São de estilistas,” Phillip explicou, claramente ofendido. A calça jeans tinha rasgos estratégicos neles e um aplique de uma águia abaixo em uma perna com detalhes brilhantes, que continuava em torno da bunda de Phillip. “Você não pode andar a cavalo vestido assim.” Wally avançou, o único deles que podia conversar. Dakota fez seu melhor para parar de rir e conseguiu ficar sob controle. “Você não conseguira caminhar depois,” Wally continuou. “Essas coisas irão cravar em suas pernas e a sela deixara em carne viva. Você tem qualquer coisa mais simples?” Phillip balançou sua cabeça, obviamente se sentindo mal. “Eu tenho um par que posso emprestar à você,” Mario ofereceu. “Eu já volto.” Dakota viu seu capataz agitando sua cabeça à medida que ele foi embora. Mario retornou alguns minutos mais tarde com um par velho de Wranglers. “Experimente estes.” 50


“Obrigado.” Phillip tirou suas botas e suas calças ali mesmo no celeiro. Quando ele puxou a calça jeans, Dakota notou que Mario não tirava os olhos do traseiro de Phillip. Dakota não conseguia deixar de pensar que seu capataz nunca tinha olhado para ele dessa forma e empurrou o pensamento de sua mente com uma risada silenciosa. Ele realmente não queria ir por este caminho. “Eu tenho que ir ver meu papai. Eu volto em quinze minutos, e nós poderemos dar nosso passeio.” Dakota saiu do celeiro e para o quintal. Na casa, ele caminhou para ver seu pai no quarto e o encontrou dormindo, a enfermeira sentada na cadeira próxima à cama. “Ele acabou de dormir,” Grace calmamente disse. “Estarei montando pelo próximo par de horas.” “Então vou deixá-lo dormir por uma hora e então darei um banho e colocarei em sua cadeira. Ele quer encontrar seus convidados.” Dakota sorriu. “Obrigado, Grace. Estou certo que ele quer.” Dakota olhou para seu pai por alguns minutos, vendo-o dormir, e não conseguiu reprimir um suspiro. “Eu vejo vocês dois em algumas horas.” Ela movimentou a cabeça e ele deixou o quarto, voltando para o celeiro. Mario tinha os três cavalos prontos, e Dakota viu quando Phillip de qualquer maneira conseguiu montar em Barney. Não foi bonito, mas ele conseguiu. Wally, tão pequeno quanto ele era, montou em Sadie com graça e facilidade. Dakota montou em seu próprio cavalo e foi à frente em direção ao pasto ao leste. “Phillip, chute ligeiramente e ele vai começar a caminhar. Nós não estamos indo muito rápidos, ele nos seguira de qualquer maneira.” Dakota continuou movendo-se adiante e Barney seguiu logo atrás, com Wally em Sadie vindo na retaguarda, e ele sorriu quando ele ouviu Wally dando a Phillip uma lição de equitação rápida. Os três passaram horas montando. Era bom estar ao ar livre, e ambos Phillip e Wally pareceram ter um tempo agradável. Para a maior parte do passeio, Phillip e Wally tagarelaram de um lado para outro, com Wally instruindo Phillip no fundamento de estar em um cavalo e eles dois comentando sobre a paisagem, os dois conversaram animadamente o tempo inteiro. Montar era normalmente um passeio longo, solitário, mas com estes dois era divertido. Tudo era novo, e eles apontavam as montanhas e riachos, fazendo uma infinidade de perguntas sobre 51


tudo. Dakota se viu respondendo cada uma delas com um sorriso e eles fizeram um grande circuito ao redor. Dakota notou que como eles continuaram a se mover, Phillip se tornou mais relaxado na sela e pareceu estar controlando mais o cavalo, pelo menos em um modo rudimentar. Mas foi Wally que o impressionou. A um ponto, Dakota viu um lugar solto na cerca. Puxando para uma parada, ele saltou e examinou o lugar, fazendo uma nota para ele mesmo ter alguns dos homens aqui de manhã. “Você quer que nós esperemos?” Wally perguntou. “Não, já vou num minuto.” Wally sorriu, e Dakota sentiu um tremular no fundo de seu estômago que instalou em sua virilha. Dakota não podia para de olhar Wally movendo Sadie novamente. Maldição, o homem pareceu bom na sela — bumbum ondulante, costas retas e pernas presas ao cavalo. Ele olhou para Phillip também, mas não da mesma maneira. Algo sobre Wally o intrigava. O homem era pequeno, quase delicado, e ainda tinha energia e coragem. A maior surpresa para Dakota era que não pensava mais em Phillip desta maneira. Eles gastaram bastante tempo junto no cruzeiro, mas a paixão que compartilharam parecia confinada em sua memória. Dakota continuou observando até que ele se lembrou o que deveria estar fazendo. Puxando o alicate do seu bolso das costas, remendou temporariamente e então montou, persuadindo seu cavalo para um trote, alcançando os homens em alguns minutos. “Como estão suas pernas?” Dakota perguntou quando abordou os dois. Eles tiveram que estar machucando. Nenhum deles estava acostumado a estarem na sela. “Um pouco dolorido,” Phillip respondeu, com o que pareceu com um sorriso feliz. Dakota tomou isso como uma sugestão para voltar e mudou de direção e eles tomaram o caminho em direção a casa. Eles não demoraram muito tempo, e quando pararam no celeiro, Dakota desmontou e ajudou Phillip desmontar de seu cavalo. “Você está bem?” Ele perguntou quando viu Phillip caminhando rigidamente. “Estou bem,” Phillip respondeu. “Isso foi divertido.” Ele pareceu surpreso e um sorriso em seu rosto, Dakota percebeu que era uma boa surpresa. Wally estava caminhando um pouco duro também, mas foi direito para o trabalho, levando Sadie para baia. 52


Dakota ajudou Phillip levar Barney para o local, e uma vez que todos os cavalos estavam sem sela, foram colocados para pastar e Dakota os levou para casa. Do lado de dentro, viu seu pai em sua cadeira, olhando acordado, seus olhos brilhantes com um toque de excitação. Grace se despediu. “Phillip Reardon e Wally Schumacher, este é meu pai, Jefferson. Papai, estes são meus amigos, Phillip e Wally.” Dakota apontou para cada um deles quando fez as apresentações. Phillip disse oi, mas parecia que não sabia o que fazer; Wally avançou, suavemente erguendo a mão do pai de Dakota agitando, como ele teria feito com qualquer outro. “É um prazer conhecê-lo”, disse Wally educadamente, e Dakota notou um movimento pequeno, como a sombra de um sorriso, no rosto do seu pai. “Dakota nos levou para montar em volta da fazenda.” Wally sentou-se em uma cadeira e Phillip seguiu o exemplo. “Eu não estive em um cavalo há anos, mas assim que me adaptei a sela, era como se nunca tivesse parado com a equitação. Tudo voltou para mim.” Dakota trouxe cervejas para todos eles, e Phillip e Wally contaram histórias relacionado sobre sua viagem, inclusive o encontro com o tornado. Dakota retribuiu contando a eles tudo sobre a vida na fazenda. Para a surpresa de Dakota, seu papai ficou alerta para o jantar e bem na noite. “Eu preciso pôr meu pai na cama. Lá tem televisão caso vocês gostem, mas nós não ficamos acordados até tarde.” Dakota notou que os rapazes estavam cansados e pareciam prontos para adormecer onde estavam sentados, disseram boas noites e desapareceram em seus quartos, Dakota colocou seu pai instalado na cama. “Boa noite, papai.” Ele tocou na mão de seu pai.”Eu amo você.” Desligando a luz, foi para seu próprio quarto, tomando um banho e ficando pronto para cama. Tinha tido um dia cheio, e amanhã prometeu ser mais do mesmo, mas enquanto estava deitado em seu quarto, sua mente se encheu com imagens de Wally: seus olhos se encheram com indignação íntegra, riu quando ele foi atacado e beijado pelos filhotes de cachorros, como ele olhou na sela, e como fez seu caminho para incluir o pai na conversa, não só um espectador. Dakota nunca teve estes tipos de pensamentos antes. 53


Ele pensou bastante sobre homens, quase desde que compreendeu para o que servia seu pau, mas não como isso. Em lugar de só perguntar como seria encher aquela pequena bunda, sua mente mantida errante para o que seria acordar próximo a ele, e como ele cheirava, os pequenos sons que fazia. Lembrando como seu estômago tremulou quando Wally olhou para ele com aqueles olhos azuis grandes, Dakota lançou uma respiração e rolou de lado, tentando ficar confortável. Eram somente dez dias, e então podia voltar para o modo como coisas sempre tinham sido. Com isso adaptou sua mente, e finalmente adormeceu. Os movimentos na casa escura e barulhos suaves despertaram Dakota de seu sono leve. Ele nunca dormiu pesadamente, no caso de seu pai precisasse dele, isto era diferente. Levantando, colocou um roupão e caminhou pelo corredor em direção a suave luz. Na sala de estar, viu Wally sentado no sofá, sua cabeça descansava contra o braço, vestindo apenas boxers e uma camiseta. Sua cabeça se virou logo que Dakota entrou na sala. “Desculpe se eu despertei você. Eu não conseguia dormir e achei que assistir televisão ajudaria.” Dakota se sentou no outra ponta do sofá. “Eu tenho um sono extremante leve.” Wally movimentou a cabeça devagar, esticando suas pernas. “Eu suponho que você tenha que ter. Quanto tempo você cuida do seu pai?” “Quase cinco anos.” Dakota involuntariamente olhou na direção ao quarto do seu pai. “Eu faria tudo novamente se tivesse que fazer.” Dakota faria qualquer coisa para seu pai. “A maioria das pessoas disseram para que o colocasse em uma clinica, mas não acho justo. Ele deu a mim uma grande vida e merece gastar qualquer tempo que tenha antes de partir com sua família, não estranhos.” “Eu posso perguntar algo? Se isto for muito pessoal, só diga isso.” Dakota movimentou a cabeça devagar. “Ele sabe que você é gay?” Wally descansou contra o braço do sofá. “Não. Eu não disse há muitas pessoas. Aqui, isto é algo melhor manter para você mesmo. Eu iria dizer a ele, mas agora eu não acho justo dizer.” Dakota viu Wally olhar em confusão. “Ele pode realmente compreender muito bem, e enquanto eu sei que ele entende a maioria das coisas, sua vida agora é seu quarto, esta casa, e as histórias que conto para ele quase 54


todos os dias sobre o que aconteceu na fazenda. Talvez eu esteja sendo egoísta, mas não quero que se preocupe e sei que ele faria.” “Você acha que ele aceitaria você?” “Eu gosto de pensar que sim. Isso sempre me preocupou.” Dakota encontrou-se olhando para Wally intensamente, procurando por algum tipo de validação. “E se não? Não é como se pudéssemos discutir isto.” Wally deve ter visto sua preocupação, porque pegou a mão de Dakota e segurou, e Dakota sentiu um formigamento por seu corpo. “Eu desejava que tivesse dito. Nós compartilhávamos tudo, e isto era o segredo que afastei dele. E agora eu preciso continuar a afastar isto dele. Eu sei que isto soa egoísta e talvez seja...” Dakota viu Wally agitando sua cabeça, seu rosto mostrando nada além de preocupação. “Você tem que fazer o que pensa estar certo, e não tem que tentar adivinhar ou se julgar por isto. “Dakota sentiu a mão de Wally deslizar da sua e ele sentiu falta do seu toque. Wally desligou a televisão e caminhou em torno da mesa. Tinha sido muito tempo desde que foi capaz de se abrir para alguém e gostou, e ele de repente pareceu muito só. “Wally.” Ele parou antes de parecer um bobo completo. “Boa noite. Te vejo amanhã.” “Boa noite.” Dakota podia ainda ouvir os som de Wally com seus passos amortizados no corredor abaixo e entrando no quarto e fechando a porta com um clique. Levantando, Dakota caminhou pela casa escura. Abrindo a porta ligeiramente, espiou do lado de dentro, verificando seu pai dormindo antes de ir para seu próprio quarto. Subindo de volta na cama, Dakota caiu em um sono profundo.

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Capítulo Cinco WALLY abriu seus olhos, perguntando-se de onde as vozes estavam vindo. Enfocando ao redor do quarto, se lembrou onde estava e forçou sua mente para ouvir as vozes que deveriam vir através de sua janela. Soou como se os homens de Dakota já tivessem chegado para trabalhar, e o brilho avermelhado pelas cortinas, dizia que o sol estava apenas saindo. Empurrando as cobertas, saiu da cama e fez o seu caminho para o banheiro. Depois de se limpar rapidamente, pensando em tomar um banho mais tarde, Wally bocejou extensamente e ele virou de volta para o quarto que estava usando e começou a colocar roupas limpas. Razoavelmente vestido, caminhou para o corredor em direção ao aroma de café. Na cozinha encontrou tudo pronto, mas não existia nenhum sinal de qualquer outro. Servindo-se de uma caneca, escutou e ouviu vozes suaves vindo do corredor. Seguindo as vozes, Wally encontrou quem assumia que fosse Jefferson no quarto. A porta estava entreaberta, e ele ouviu Dakota conversando baixinho com o seu pai. Ele não entendia o que dizia e realmente não queria escutar, então Wally voltou em seu caminho, sentando a mesa da cozinha, com sua caneca na mão. “Você está acordado.” Wally saltou, meio adormecido novamente, quando Dakota entrou na cozinha. Ergueu seu olhar e se olharam. “Eu segui o meu nariz.” Wally ergueu a caneca, sem tirar os olhos de Dakota. O homem estava vestindo calça jeans e isso era tudo. Eles se ajustavam na cintura e Wally deu uma boa olhada como os ombros largos se afinavam na cintura estreita. Até deste ângulo, ele podia ver os resultados de anos de trabalho de Dakota na fazenda. Dakota serviu-se de uma caneca de café e juntou-se a ele a mesa. Wally levantou sua caneca para os lábios para esconder sua boca aberta. A pele de Dakota era morena queimada do sol, e seu peito coberto com pelo preto curto, com músculos sólidos formados por trabalho 56


duro. Wally continuou a sorver seu café, usando como disfarce para seguir a trilha escura abaixo do estômago de Dakota até desaparecer atrás da mesa, mas sua imaginação forneceu imagens da trilha continuando até que desapareceu atrás do cós daquela sortuda calça jeans. “O que você vai estar fazendo hoje?” Ele perguntou. A pergunta pareceu puxar Dakota fora de seus pensamentos. “A enfermeira deve estar aqui logo, e preciso consertar as cercas que nós encontramos ontem e verificar o resto.” Wally viu quando Dakota olhou em direção ao corredor. “Você é bem-vindo a ficar aqui e esperar Phillip se levantar.” Dakota terminou seu café e levantou, dando para Wally uma visão de primeira classe de seu estômago plano antes de cuidar de sua caneca. Wally deu uma risadinha nervosa antes de se recuperar da melhor maneira possível. “Você está brincando? Ele ainda vai dormir por horas.” Wally terminou sua caneca de café, levantou e colocou na pia. “Se você precisar de ajuda...” “Eu estaria mentindo se dissesse que não preciso de ajuda, ou a companhia. Remendar cercas é normalmente um trabalho chato e solitário. Encontro você no celeiro em dez minutos.” Dakota deixou a cozinha, e Wally assistiu aquele traseiro balançando em sua calça jeans. Como se puxado por mágica, Wally olhava como se estivesse enfeitiçado por Dakota até a porta de seu quarto fechar. Apressando para o seu quarto, Wally terminou de se vestir e foi para o celeiro, pegando Sadie e a escovando. Alguns minutos mais tarde, ele ouviu passos e então um Dakota assobiando trabalhou próximo a baia. Ele não tomou muito tempo antes de ambos cavalos estarem prontos, Wally caminhou com Sadie para fora e montou esperando por Dakota. “Você não tem um chapéu?” “Não. Não tenho, o da equitação não serve mais.” Dakota voltou para o celeiro, retornando alguns minutos mais tarde trazendo um chapéu de cowboy marrom que parecia muito usado. “Isto era meu,” Dakota disse, e Wally pegou o chapéu, examinando a aba desgastada e o feltro macio. “Meu pai me deu no meu aniversário de quinze anos,” Dakota adicionou quando balançou os pés e subiu em Roman. Wally colocou o chapéu, e se surpreendeu no ajuste quase perfeito. “Obrigado.” 57


Dakota movimentou a cabeça e clicou seus dentes. Roman começou a caminhar, e Wally cutucou Sadie, e os dois começaram caminho abaixo. “Deve ter sido ótimo crescer aqui.” Wally cutucou Sadie para alcançar Dakota, e eles montaram lado a lado na larga trilha. “Quero dizer, as montanhas, riachos e planícies; me lembram America, The Beatiful10: pela majestosa montanha de cor púrpura, acima da planície frutificada. Tudo isso há neste lugar.” “Sim, foi ótimo.” Dakota apontou para o norte. “Lá há um riacho com uma curva enorme. Quando era criança, costumava nadar lá o tempo todo. É um pouco frio, mas quando você é criança, não se importa.” Dakota apontou um pouco para o leste e adicionou. “Naquelas matas, nós costumávamos construir fortes e brincar, de todas as coisas, cowboy e índios.” “Aposto que você foi um cowboy impressionante.” Wally girou e viu os olhos de Dakota brilhando em baixo do chapéu cor amarela, com mechas de seus cabelos negros sobressaindo por baixo. “Eu era sempre um dos índios, e em nossos jogos, ambos os lados frequentemente ganhavam. E adorava construir tendas.” Dakota sorriu para ele. “Olhando para trás, devia ter sabido isto sobre mim, era mais sobre os trajes do que as batalhas.” Dakota riu profundamente e a pele ao redor de seus olhos se enrugaram. “No outro lado do bosque tinha uma cabana pequena construída décadas atrás. Era para onde nós fugíamos.” “E ainda está lá?” Wally perguntou timidamente. Ele sabia que estava sendo mais do que um pouco diabólico. “Uh-huh.” A voz de Dakota profunda retumbou do fundo do peito, seus olhos questionando Wally por alguns segundos. Wally viu aquele mesmo olhar quando Dakota disse boa noite, e perguntou o que queria dizer. Ontem à noite, por um segundo, pensou que Dakota iria perguntar a ele algo antes de mudar o pensamento. E agora aquele mesmo olhar voltava, e confundiu Wally da mesma maneira. Fosse o que fosse, Wally tinha certeza que não significava que Dakota estava 10

America The Beautiful - (Tradicional) - é uma canção escrita em forma de poema em 1893 por Katherine Lee Bates e publicada pela primeira vez em 1895 e mais tarde virou música, sem uma data exata conhecida.

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interessado em levá-lo para a cabana. A ideia obviamente ocorreu para ele, entretanto, suas calças ficaram um pouco mais apertadas. Wally respirou profundamente, acalmando-se, lembrando que caras como Dakota nunca se interessariam por ele, e se ocorresse era como se fosse uma novidade e nada mais. Olhando de volta para Dakota, o olhar sugestivo havia desaparecido, substituído por um sorriso sincero e olhos suaves, que estava igualmente confuso. “Eu certamente conseguiria de Phillip um chute por visitá-lo com você.” O sorriso de Dakota enfraqueceu ligeiramente. “Phillip e eu somos amigos agora. Nós divertimos no outono passado, mas desde então, ele tem sido um bom amigo, alguém que posso conversar.” Wally assistiu Dakota engolir a seco e olhar para frente novamente. “Quem disse que eu queria ir lá com ele? “ Wally assistiu quando Dakota persuadiu seu cavalo para um trote, afastando-se dele. Isso não poderia significar algo. Wally persuadiu a Sadie para um trote também, seguindo atrás de Dakota, perguntando-se o tempo inteiro se podia ousar deixar a si mesmo acreditar, até por um segundo, que o cowboy bonito poderia ter algum interesse nele. Trotando durante algum tempo, eles pararam no primeiro ponto solto na cerca. Próximo à cerca tinha um rolo de arames para o conserto. “Eu pedi para os rapazes deixarem isto aqui na primeira coisa a fazer esta manhã,” Dakota disse enquanto saltava de seu cavalo e começava a tatear nas bolsas da sela. “Você vai precisa destes.” Wally desmontou e tomou o par de luvas oferecidas. Colocando-as, abaixou suas mãos e as luvas quase caíram novamente. Elas eram muito grandes, mas eram melhores do que ser picado pelas farpas. “Obrigado.” Dakota tirou o resto das ferramentas e começou cuidadosamente a desenrolar o arame. “Nós vamos ter que fazer esta seção inteira para que fique forte o suficiente.” Dakota prendeu o arame no posto da cerca de aço e então segurou o fardo longe de seu corpo, lentamente demonstrando ao longo da de cerca. “Eu desenrolo e você prende isto nos postes.” “E o arame velho?”

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“Nós cortamos depois, quando estiver refeito.” Dakota era só trabalho. O sorriso e a camaradagem que compartilharam no início do passeio se fora, e Wally sabia que era sua culpa, mas não sabia o que dizer para consertar isto. Empurrando aqueles pensamentos de lado no momento, se concentrou na tarefa em sua mão, tomando o alicate de Dakota e começando o processo de prender o arame. Pela próxima hora, a conversa só girou em torno de sua tarefa. Uma vez que o último do novo arame tinha sido amarrado, Dakota conseguiu um par de alicates e começou a cortar o velho. “Sempre odiei este trabalho quando era criança, mas agora isto não é tão ruim.” Wally viu como Dakota cortou um pedaço longo do arame e então cuidadosamente levantou e enrolou isto em um círculo, colocando com o resto. “Desde que nós não nos machuquemos.” Dakota saltou quando um pedaço de arame escapou para longe depois que o havia cortado. Wally usou a mão enluvada para segurar o arame antes dele poder balançar de volta. “O que você quis dizer mais cedo?” Dakota tinha agarrado o arame, mas parou sua mão, sem responder, e Wally assistiu a firme expressão do cowboy suavizar um pouco ligeiramente aparecendo como uma momentânea confusão. Dakota ligeiramente puxou o arame, e Wally soltou, assistindo quando Dakota deixou isto seguramente no chão. Os pedaços de arame estavam juntos e Dakota andou mais perto. As luvas caíram na grama quando os olhos de Dakota bloquearam nos seus. O estômago de Wally tremulou e tinha certeza que Dakota iria beijá-lo. Ele podia ver os grandes olhos do homem queimando, e o tremular crescendo. Dakota separou os lábios, passando a língua por eles enquanto se aproximava, inclinando a cabeça apenas o suficiente. Wally sentiu seus olhos fecharem, esperando o toque firme em seus lábios em qualquer segundo. Mas nada veio, e depois que alguns segundos ele abriu seus olhos novamente, já sentindo o calor subindo para suas bochechas com embaraço. Dakota parou e Wally seguiu seu olhar para a extremidade do bosque. Ele parou, também, incapaz de acreditar em seus olhos ou no mover. Um lobo cinza enorme estava próximo às árvores, misturado nas sombras. Wally olhou fixamente, com medo de piscar e ele desaparecer, teve a nítida impressão que o lobo estava olhando de volta. Ele podia quase sentir o animal olhar. 60


O lobo deu alguns passos para frente e Wally sentiu seu coração acelerando enquanto o sol iluminava seu pelo. O movimento pelo canto de seu olho deslocou Wally a olhar, e ouviu um som de um suave clique. Girando em direção a Dakota, o viu erguer seu rifle para seu ombro. O coração de Wally começou a bater em seus ouvidos e voltou a olhar para o lobo. Fechando seus olhos, Wally endureceu seu corpo para a explosão inevitável. Ele não podia aguentar ver Dakota atirar na criatura impressionantemente magnífica. “Dakota, por favor,” era tudo que podia murmurar acima das batidas em seus ouvidos. Nenhuma explosão veio, e ele levou alguns segundos para perceber o que tinha ocorrido. Abrindo seus olhos, viu Dakota silenciosamente deslizar o rifle de volta na sela e começar a juntar as ferramentas. Voltando em direção às árvores, viu que o lobo tinha ido. Ele girou para Dakota e o viu guardar todas as coisas. “Obrigado.” Dakota movimentou a cabeça, e Wally pegou um vislumbre de seu rosto, mas sua expressão era dura e ilegível. Com tudo arrumado, Dakota montou em seu cavalo. Wally pensou que ele iria o deixar, mas Dakota parou e esperou até Wally montar, então continuaram cerca abaixo. Na próxima cerca, repetiram o processo, só que desta vez Dakota dificilmente olhava para ele, muito menos falava com ele. Wally não sabia o que fazer. Realmente parecia como se Dakota fosse beijá-lo, e agora nem sequer conversava com ele. Wally pensou em se desculpar, mas não sabia pelo que se desculpar — pedir desculpa por Dakota não atirar no lobo? Apertando o arame sobre os postes, ele olhou nos olhos de Dakota, perguntando-se o que estava por detrás deles. “Me desculpe.” Ele não saiba o que mais dizer. Dakota parou o que estava fazendo. “Nada que se desculpar.” “Então por que você parou de falar comigo? Eu pensei que…” Wally olhou para longe. “Talvez estava errado.” Wally voltou a trabalhar, terminando com o poste e mudando em direção a próxima. “Wally.” Ele girou e viu Dakota logo atrás dele, seus dedos deslizando debaixo de seu queixo. “Você não estava errado.” 61


Wally sentiu sua respiração quando Dakota deslizou seus lábios sobre os dele. Ele não se moveu e deixou Dakota beijá-lo antes de deslizar seus braços ao redor do pescoço de Dakota para se firmar contra o homem muito maior. Então afastou seus lábios e Wally gemeu baixinho quando colou seus pés no chão novamente. “Estou feliz por não estar errado,” Wally esfregou seus dedos nos lábios— “mas por que o tratamento de silêncio? Pensei que você estava com raiva de mim.” Dakota balançou sua cabeça lentamente. “Não sei explicar. Tenho algumas coisas que preciso trabalhar.” “Você quer conversar sobre isto? Posso ouvi-lo, prometo.” Wally moveu mais perto, esperando outro beijo. “Não ainda.” Dakota começou a olhar em todos os lugares, menos para Wally. “Ok.” Wally pegou o alicate novamente onde tinha caído logo antes de Dakota o beijar. “Você quer terminar isto ou nós podemos nos beijar um pouco mais?” Dakota riu e se debruçou em direção a Wally, beijando-o novamente. “Nós devíamos terminar antes de começar a ficar muito quente aqui fora.” Wally notou que Dakota não se moveu. “Nós realmente devíamos.” “Então vamos terminar. Phillip provavelmente estará acordando logo, e penso que nós precisamos de um pouco de café da manhã.” Eles começaram a trabalhar, mas as coisas tinham mudado. Estavam definitivamente mais leves, embora Wally tinha a nítida impressão que Dakota tinhas coisas que precisava trabalhar. Pelo o que Dakota disse a ele, Wally percebeu que enquanto Dakota tinha feito sexo com homens, provavelmente nunca tinha vivido nas condições de ser gay, e isso podia ser duro para a maioria das pessoas comuns, imagine só em uma fazenda em Wyoming. “E quis dizer o que disse — estou disposto a escutar.” Wally começou a prender o arame nos postes novamente. “Você não está sozinho.” Dakota começou a rir. “Eu descobri isso.” “O que é tão engraçado?” Wally torceu o arame e então se moveu para o próximo poste. “Eu sai para o Mario, e ele me disse que é gay também.”

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“Bem, duh11.” Wally agitou sua cabeça e revirou seus olhos. “Eu soube assim que peguei ele olhando para a bunda de Phillip. Quero dizer, homens heteros não vão ao redor com seus olhos colados para a bunda de outro homem.” “Nós somos tão óbvios?” Dakota começou a olhar ao redor involuntariamente. “Não.” Wally riu e voltou para trabalhar. “Puxa.” Wally terminou o ultimo poste e Dakota cortou o arame. “Vamos voltar. Vou pedir para os rapazes levarem o resto do material para o caminhão.” Dakota colocou as ferramentas em sua bolsa, e montaram. Agora montavam lado a lado, conversando facilmente até que chegaram perto da casa da fazenda. Montando até os estábulos, desmontaram e tiraram as selas antes de soltarem os cavalos para comerem. Phillip estava acordado e já tinha começado a fazer o café da manhã quando entraram na cozinha. “Não posso ser capaz de montar bem, mas um amigo ensinou a cozinhar, e eu prometi abaixar o meu peso.” “Então você fez.” Dakota sorriu quando sentou em uma cadeira próximo a Bucky, que já estava comendo. Wally se sentou em sua cadeira e Dakota arrastou para ficar mais perto. Wally não estava certo o que pensar, mas escolheu sorrir e notou Phillip sorrindo quando trouxe para cada um deles, um prato antes de pegar um para si próprio. “Isto é ótimo!” Bucky murmurou, sua boca metade cheia quando levantou por segundos. “Claro que bate nossa comida, rapaz.” “Sim ele faz.” Existia um sorriso nos lábios de Dakota, mas seus olhos diziam algo completamente diferente. Existia definitivamente algo o aborrecendo, e Wally encontrou-se preocupado com Dakota. Lendo nas entrelinhas, Wally sabia que existia algo preocupando o homem, mas não estava pronto para conversar sobre isto, pelo menos não com ele. Não que Wally ficaria particularmente surpreendido. Eles só tiveram alguns beijos e conheceram um ao outro por um dia. Com certeza, gostava de Dakota. Inferno estava incrivelmente atraído pelo homem. Quando Dakota estava ao redor, algo se sentia certo. 11

Usado pejorativamente para indicar que algo acabou de dizer é tudo muito óbvio ou evidente. Expressão em inglês.

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Dakota terminou seu café da manhã e disse, “Obrigado, Phillip. Isso estava realmente ótimo.” Levantando, colocou seu prato na pia. “Vocês dois tem algum lugar que queiram ver enquanto estão aqui?” Phillip lentamente empurrou seu prato. “Nós gostaríamos de conhecer Yellowstone e Grand Teton. Eu quero ver os gêiser12, e sei que a viagem não estará completa para Wally a menos que ele chegue a ver ursos, búfalos, e talvez um lobo.” Wally olhou para Dakota, mas seu rosto não o traiu em nada. “Eu tenho algumas coisas para fazer hoje e amanhã, mas terça-feira eu levo vocês a Yellowstone, e nós podemos ir para Grand Teton mais tarde durante a semana ou semana que vem.” Wally movimentou a cabeça animado. “Preciso ver meu pai e então verificar a faixa norte.” “Tenho que ir até a cidade,” Bucky disse, olhando para Phillip. “Você gostaria de ir junto?” “Claro. Eu vou gostar de olhar por ai um pouco.” “Então nós partimos em dez minutos.” Bucky empurrou sua cadeira e andou relaxadamente pela casa para seu quarto, com Phillip seguindo atrás. “Eu estarei lá fora em alguns minutos.” “Nós vamos montar?” Wally esperançosamente perguntou. “Não desta vez. O caminhão será mais rápido e mais fácil no calor do dia.” “Vou estar pronto quando você for.” Wally olhava o traseiro de Dakota quando ele caminhou para corredor e longe de sua vista. Wally lavou os pratos e deixou escorrendo, pensando no que podia fazer enquanto esperava. Caminhando na sala de estar, se sentou no sofá e ligou a televisão, deixando o flash de imagens na tela passando, mas realmente não assistindo.

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Um gêiser é uma nascente termal que entra em erupção periodicamente, lançando uma coluna de água quente e vapor para o ar. (Vista de um gêiser no Parque Nacional de Yellowstone)

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Depois de um momento, Dakota juntou-se a ele. “Você está pronto?” Wally desligou a televisão e o seguiu para fora até o caminhão de Dakota. Eles foram saudados pelos cães, correndo para fora do celeiro por carinhos e atenção. “Ei, Max, você está bem?” O pequeno cachorro estava mancando na pata da frente. “Eu posso ver isto?” Wally ergueu o cachorro e cuidadosamente examinou a pata. “Parece que você pegou um carrapicho. Não é de se admirar que dói.” Wally caminhou no celeiro levando o cachorro, que obviamente estava adorando a atenção. “Preciso cortar isto,” ele disse para Dakota quando entregou o cachorro e voltou para o lado de fora, indo até o carro de Phillip retirando uma bolsa antes de retornar. “Isto não vai demorar muito, Max, eu prometo.” Pegando uma tesoura, ele cuidadosamente cortou o carrapicho e alguns pelos emaranhados. “Pronto.” Max o lambeu e correu ao redor assim que Wally o colocou no chão. Wally guardou suas coisas e assistiu o cachorro sacudindo o rabo feliz antes de retornar sua atenção para Dakota. “Seu pai está bem?” Eles caminharam em direção ao caminhão. “Sim. A enfermeira está lá, mas gosto de ir vê-lo durante o dia.” Wally subiu no veículo enorme, deixando sua bolsa no banco e puxando com força para fechar a porta pesada enquanto o motor rugia para vida com um grunhido fundo, pesado. “Estava assistindo as notícias na televisão e mostraram a história de bezerros sendo mortos.” Wally engoliu seco. “Acho que estou começando a entender o que aconteceu mais cedo quando você não atirou no lobo.” Dakota olhou para ele, mas não respondeu. “O que eu não entendi é porque você não atirou de qualquer maneira.” Dakota voltou sua atenção para estrada e o zumbido do motor abafava qualquer conversa. Dez minutos mais tarde, Dakota saiu da estrada e parou, desligando o motor. Wally abriu seu cinto de segurança, mas em vez de sair, deslizou mais perto de Dakota. “Obrigado pelo que você fez.” Ele pegou as bochechas de Dakota em suas mãos e beijou o homem, com força. Quando Dakota separou os lábios, Wally tomou isto como um convite e deixou sua língua explorar. Dakota saboreava deliciosamente — realmente muito bom — e o estrondo baixo no 65


peito do homem atravessou Wally. “Eu acho que estou começando a entender quanto que isto significa,” Wally adicionou, descansando contra o peito forte de Dakota. Outro veículo descendo a estrada os forçou a se separem. Enquanto Wally não se importava que os visse, sabia que Dakota precisava ser cuidadoso. Quando se separou, viu o peito de Dakota subindo e descendo a cada respiração profunda, e Wally sorriu, sabendo que ele tinha um grande efeito sobre ele. “Eu odeio quebrar isto,” Dakota sussurrou. O caminhão passou, e Dakota começou a beijá-lo novamente. “Mas existem coisas que nós precisamos verificar.” Wally movimentou a cabeça com um sorriso e abriu sua porta, saindo do caminhão. “Onde eles estão?” Ele perguntou e andou em torno do caminhão. “Provavelmente um pouco mais abaixo.” Dakota apontou para frente da cerca seguindo os fios. Ele esperou por Wally, e então caminharam juntos através da pastagem. “Isto não está muito longe, mas tome cuidado com os presentes deixados pelas vacas.” Wally ouviu-os antes dele ver o rebanho reunido em torno da água, seus mugidos baixos viajando na brisa. O barulho aumentou e Wally conseguiu um olhar para as bestas enormes. “Bom Deus.” “Não chegue muito perto. Nós só precisamos ter certeza que estão bem.” Wally observou quando Dakota olhava o rebanho. Pareceu estar examinando cada um, antes de partir para o próximo. “Eles parecem bem.” “Que tal aquele?” Wally apontou para o que pareceu estar longe separado do resto do rebanho. Dakota desviou o olhar. “Ele parece bem.” Wally observou a grande besta caminhar, suas pernas pareceram um pouco trêmula. “Eu acho que sim.” Wally olhou um pouco mais perto. “Ele parece coxo para mim.” Eles moveram ao redor para olhar melhor. “Ele está ferido.” Wally apontou em direção ao seu flanco traseiro. “Isso parece com sangue. Não admira que os outros estão ficando a distância.” Wally girou e viu Dakota correndo de volta em direção ao caminhão. “Vou pegar o kit e volto,” Dakota falou por cima do ombro. 66


Wally viu o ferido dirigir-se até Dakota, e então eles se aproximaram, lentamente. O grandalhão não se moveu muito, e Wally mudou sua atenção. Ele não podia chegar muito perto, mas podia ver o que parecia com arranhões profundos. O sangue parecia ter secado. “Eu gostaria de dar uma injeção de antibióticos se puder, só para aliviar a ameaça de infecção. Ele não está sangrando mais,” Wally disse enquanto estudava os ferimentos o quanto podia de longe. Um sentimento doentio se instalou na boca do estômago. Teria o lobo que Dakota não atirou ter feito isto? Ele não olhou pra Dakota, com medo do que poderia ver no rosto do fazendeiro. Roubando um olhar, ele viu nada além de concentração na tarefa. Dakota pegou uma seringa grande, e com um movimento injetou na besta e logo se afastou antes do boi saber o que tinha acontecido. “Às vezes eles se cortam no arame quando chegam muito perto. Isto é parte da razão do porque nós os verificamos.” Eles moveram-se, mantendo o rebanho a vista em uma distância. Eventualmente, giraram e se apressaram de volta para o caminhão. “Você tem um bom olho. Eu provavelmente teria perdido isto.” Wally estava contente de ajudar, mas preocupado também. Ele não estava certo se concordava que o boi tinha se ferido nos arames — os arranhões pareciam-se com marcas de garra para ele. Se fossem, talvez Dakota perdeu sua chance de libertar seu rebanho da ameaça por causa dele e sua sensibilidade. Por essa Wally não esperava.

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Capítulo Seis DAKOTA se encontrou vagando pela casa depois que todo mundo já tinha ido para cama. Sua mente não parava, e se sentou no sofá na escuridão, a única luz que vinha era do relógio do DVD. Já tinha verificado seu pai várias vezes, e desejou que pudesse conversar com ele. Crescendo, seu pai era sempre a pessoa que podia perguntar qualquer coisa, e desejou que pudesse ter isto novamente. Agarrando um dos travesseiros, colocou sua cabeça contra o braço do sofá. Wally perguntou a ele por que não atirou no lobo, será que ele achou que era um covarde, pois com certeza não era. Ele viu o olhar no rosto de Wally antes de puxar o gatilho e não podia fazer isto. Wally fechou os olhos, o medo e decepção eram demais para ele. Então beijou Wally, e toda razão voou descontroladamente. “Você está bem?” Dakota olhou em cima e viu Wally de pé na entrada, olhando tão bonito quanto qualquer coisa que já tenha visto. “Ouvi você andando e quis ter certeza que estava bem.” Wally andou mais perto e a temperatura da sala subiu mais dez graus. Dakota podia ver o cabelo despenteado, o sono, os grandes olhos azuis e quadris estreitos com apenas o boxers agarrado a eles. “Estou bem. Estava só pensando,” Dakota respondeu quando Wally ficou mais perto e mais perto, e algo parecia sugar todo o ar da sala. “Eu sei. Eu também.” Wally parou de mover, estando de pé na frente dele. “Sobre o que você estava pensando?” “Você.” Wally veio para mais perto, e as mãos de Dakota moveram-se quase por iniciativa própria, abraçando ao redor da cintura de Wally, puxando o pequeno homem para ficar mais perto ainda. “Eu sei o que você fez por mim hoje e não sabia como dizer, obrigado.” As mãos de Dakota se aquietaram. “Você não precisa fazer nada para me agradecer…” 68


“Eu não estou,” Wally sussurrou, seus lábios perto o suficiente, que Dakota podia sentir seu calor. “Estou fazendo isto porque meu cérebro entrou em curto-circuito quando você me beijou, e queria saber se você sentiu a mesma coisa.” Wally fez o primeiro movimento, sujeitando seus lábios novamente, em um ardente beijo que deixou Dakota ofegante. Sua cabeça começou a latejar, seu coração disparou, e suas mãos formigaram enquanto deslizavam sobre a pele de Wally. “Então, não?” Dakota percebeu que não podia falar, então juntou os lábios novamente deixando o beijo falar por si. Ele sentiu isto, sem dúvida, mas não saiba o que quis dizer e odiava não saber. Ele sentiu Wally chegar mais íntimo então caiu para trás, estando nas almofadas com Wally em cima dele, torcendo e beijando quando uma mão deslizou debaixo de sua camiseta. “Oh foda-se!” Onde quer que Wally o tocasse sua pele parecia estar viva, como ele tinha esperado por seu toque. No passado, durante o sexo, raramente permitiu que alguém controlasse a situação. Ele sempre manteve o completo controle — fazia parecer seguro e protegido. Mas com Wally, encontrou renunciando a isto, de boa vontade e sem segundos pensamentos. E a coisa mais incrível era que ele estava mais excitado e ligado do que podia se lembrar de estar, e tudo que Wally fez era beijá-lo e tocar em seu tórax e estômago. “Kota,” Wally suspirou suavemente quando puxou para longe de seus lábios. “Eu não devia estar fazendo isto.” “Por que não?” Isto era tudo que Dakota podia querer — pelo menos era tudo que ele normalmente sempre procurou. Wally acalmou, e Dakota abriu seus olhos, encontrando olhos magníficos olhando profundamente nos seus. “Não posso fazer isto se não significar alguma coisa. Eu sei o que você e Phillip fizeram no cruzeiro era para se divertir e nada mais, mas eu não posso com isso, não sou assim. Não posso fazer isto. E estou com medo de tudo que você pode fazer agora mesmo.” Dakota sentiu Wally encostar sua cabeça contra seu ombro e se acalmar em cima dele, o calor do corpo do homem combinava com seu próprio. Pensou que iria enlouquecer. Seu pênis parecia que ia rasgar seu boxers para chegar a Wally. Ele respirou profundamente para se 69


acalmar como sempre fez, mas não disse nada. “Eu não sei o que posso fazer agora mesmo.” Dakota falou com os olhos fechados enquanto seus honestos sentimentos cruzavam seus lábios. “Mas penso que preciso descobrir.” “Isto é um começo, Kota,” Wally murmurou, e Dakota sentiu ele sair de cima do seu corpo e ficar de pé próximo ao sofá. “Eu devia voltar para cama. Não quero perturbar você.” “Fique aqui.” Dakota levantou um dedo, colocou os pés no chão e se levantou, correndo para o seu quarto. Agarrando um cobertor e travesseiro, caminhou de volta para o sofá e deitou, arrastando Wally junto com ele. Seus lábios se encontraram novamente, mas neste tempo o beijo era muito mais lento, mais profundo, seu desejo animalesco seguro em cheque por suas incertezas e o que ele sentiu era um mais profundo sentimento por Wally do que sentiu por qualquer outro. “Eu não vou te machucar se eu puder evitar.” Conforme as palavras saiam, era quase como uma oração, ele percebeu que disse tanto para si mesmo como para Wally. “Eu sei.” Ele novamente sentiu o cabelo de Wally contra seu ombro quando o homem menor o usou como um travesseiro, com o resto de seu corpo envolto acima de Dakota. Agarrando o cobertor, Dakota jogou sobre seus pés e pernas. Por anos, passou suas noites, apenas adormecido, sempre disse a si mesmo que era porque precisava ouvir seu pai na noite. Mas com a respiração de Wally se igualando, se encontrou caindo em um sono profundo, contente que as mãos de Wally deslizavam debaixo de sua camisa, movendo lentamente em sua pele, e ele fez o mesmo, acariciando o homem menor através de seu sono tranquilo o reivindicou completamente pela primeira vez em meses. Dakota despertou algumas horas mais tarde, a sala quieta escura e a respiração suave de Wally enchendo suas orelhas, pele morna e lisa apertado a sua. Dakota não queira se mover, mas também não queira que seus homens vissem Wally e ele dormindo juntos. Eles não estavam prontos para isto, e Dakota com certeza não estava. Além disso, o que ele sentia por Wally não era da conta de ninguém mais. Lentamente, balançando as pernas para o lado do sofá, ele gentilmente mudou Wally e se levantou. Sorriu quando as pernas de Wally envolveram em torno dele, e Dakota o segurou como seguraria uma criança, exceto que Wally definitivamente não era uma criança. Ele poderia 70


ser baixo, mas a ereção dura, insistente que apertou contra o estômago de Dakota demonstrou que Wally era todo homem. Olhando para baixo quando caminhou lentamente em direção ao seu quarto, Dakota viu que os olhos de Wally ainda estavam fechados. “O que está acontecendo?” Wally murmurou sem abrir os olhos. “Estou somente levando você para a cama.” Com uma mão na bunda de Wally e outra nas costas, Dakota suavemente esfregou quando se sentou na cama e reclinou sobre os lençóis, deslizando Wally ao lado dele. O homem menor o abraçou, e Dakota puxou o lençol que caiu sobre eles e voltou a dormir, segurando Wally perto. A próxima coisa que percebeu, foi a luz entrando pelas janelas, o acordando de um sono profundo e satisfatório e o encontro dos olhos de Wally com um sorriso brilhante para ele. “Manhã.” Dakota disse suavemente enquanto se estendia. Quando relaxou, deslizou um braço ao redor da cintura de Wally. “Ei.” Wally se inclinou e beijou-o suavemente. “Quando nós movemos aqui?” “No meio da noite.” A risada escapou, quando Dakota explicou. “Carreguei você para cima, mas agora acho precisamos nos levantar. Estou esperando o Dr. Hastings. Ele vai olhar o boi de ontem e verificar os cavalos. Disse a ele sobre você, e disse que ficaria feliz em ter você se juntando a ele para o dia.” Dakota não pensou que o sorriso de Wally poderia iluminar, mas aconteceu, o que deu certo para o seu coração. Que ele fez Wally feliz aqueceu seu coração. “Obrigado.” Wally deu-lhe um beijo e depois outro antes de saltar para fora da cama e ir em direção à porta. Ele parou, correu de volta, e beijou-o novamente. Então Wally tinha ido embora, a porta se fechando atrás dele, seguido por passos rápidos no corredor. Dakota não poderia ter suprimido um sorriso se tivesse tentado. Levantando-se, caminhou até o banheiro para se limpar. Assim que terminou de se vestir, ouviu uma batida e caminhou até a porta da frente. Wally já estava lá com a porta aberta, apresentando-se ao veterinário local. Dakota pensou por um segundo que Wally iria agitar o braço do homem mais velho fora em sua excitação.

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“É muito bom encontrar alguém com tanto entusiasmo.” O veterinário riu quando entrou e olhou para Dakota. “Você me contou sobre o boi e os cavalos de ontem. Há mais alguma coisa?” “Não. Wally estava comigo ontem, para que ele possa mostrar-lhe o boi e descrever o que vimos, e você já está familiarizado com os cavalos.” Dakota viu quando Wally praticamente saltou ao redor da sala. Dakota começou a rir baixinho. “É melhor você ir antes que Wally coloque buracos no meu teto.” Wally riu de si mesmo e seguiu o veterinário para fora de casa, a porta de tela batendo atrás dele. Vendo-os sair, Dakota calçou seus sapatos e caminhou até o celeiro. Todos os homens estavam reunidos para a sua reunião semanal para saber sobre toda a fazenda. Cuidar de seu pai normalmente levava muito tempo para Dakota, e enquanto trabalhava na fazenda todos os dias, ele descobriu que não tinha tempo para estar com todos os homens, então tinha criado esta reunião

semanal

anos

atrás,

para

ficar

em

contato

com

eles.

“Manhã.”

Dakota falou quando entrou no celeiro. “Manhã!” Um coro de vozes de sono-rugosas soou por trás, e Dakota notou que alguns dos homens não encontraram o olhar dele. Dakota olhou para Mario, que deu de ombros para ele. “O que está acontecendo, gente?” Eram homens esforçados que passaram a semana na fazenda, indo para a cidade uma ou duas noites por semana. A maioria vivia no rancho no barracão e, normalmente, falavam o que queriam. “Basta dizer isso.” Kirk, um dos homens mais velhos, limpou a garganta. “Nós vemos que você tem convidados, e não é o nosso lugar questionar como você comanda o rancho ou quem você quer ser amigo.” Ele olhou para os outros homens de apoio. “O que é que você quer perguntar?” Dakota tinha uma sensação de que sabia onde eles estavam se dirigindo ao menos, mas estava indo para fazê-los perguntar. “São eles...” Kirk parecia procurar a palavra antes de deixar escapar, “gays?” “Sim. Wally e Phillip são gays. Conheci Phillip quando estava no cruzeiro no último outono.” Ele não ofereceu nenhuma outra informação. 72


“Eles são uma espécie de casal?” David, um dos rapazes, perguntou, olhando para o chão. “Não. Eles são amigos,” Dakota respondeu, olhando em volta para avaliar a expressão de cada homem. Esperava uma certa quantidade de hostilidade e até mesmo raiva, mas principalmente viu curiosidade. Alguém cutucou Kirk por trás, e Dakota percebeu, que enquanto Kirk estava fazendo as perguntas, estava falando por todos eles. “Chefe,” Kirk continuou, “há algo que você quer dizer?” Era óbvio que ele não estava muito confortável com a questão. Dakota olhou para Mario e viu seu rosto um pouco pálido do capataz, mas então o homem acenou com a cabeça quase imperceptivelmente. O estômago de Dakota saltou, e pensou que poderia estar doente, mas engoliu em seco e respirou fundo, soprando o ar para fora. Isso era algo que tentou evitar durante anos. Este momento, era por isso que tinha ido embora de férias e manteve sua vida sexual separado do rancho. Mas em um momento de lucidez, percebeu tudo o que estava fazendo era manter-se separado de sua própria casa. Quando foi embora, poderia ser ele mesmo, mas em sua própria fazenda, em sua própria casa, estava se escondendo quem ele era. “Sim, existe, eu acho.” Dakota engoliu, percebendo pela primeira vez desde que descobriu que gostava de machos em vez de fêmeas que não podia esconder mais o que queria. O grupo parecia estar esperando por ele, mas Dakota não sabia como dizer o que deveria ser dito. “Porque nós falamos sobre isso ontem à noite no barracão,” disse Kirk, enrugando a aba do seu chapéu nas mãos. Dakota poderia imaginar essa conversa, e, francamente, ficou muito contente que a perdeu. Ele estava certo que tinha havido algumas coisas exaltadas e que provavelmente teria resultado em ter menos empregados no rancho agora. “E nós não nos importamos se você gosta de homens. Quero dizer, você ajudou a cada homem aqui em um ponto ou outro. Se não fosse por você, eu nunca teria me arrastado para fora de uma garrafa de

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uísque depois que minha esposa me deixou, e você deu a David um emprego após o pai dele morrer.” A cabeças começaram a acenar lentamente. “Sim, caras. Isto é realmente difícil dizer, mas é verdade que sou gay.” Ele não tinha intenção de contar sobre Mario. Isso era com ele. Jake falou da parte de trás. “Não posso dizer que gosto.” Dakota teria esperado que ele fosse um dos encrenqueiros. “Mas o filho da minha irmã é gay e ele está bem, então acho que você também está.” Dakota percebeu que era o melhor que iria conseguir. “Existe mais alguma coisa?” A maioria dos homens balançaram. “Então, podemos voltar ao trabalho?” Eles correram através do trabalho de costume antes de acabar a reunião. Dakota inclinou-se contra uma das baias, incapaz de acreditar que, embora os rapazes não pudessem entendê-lo, estavam, pelo menos, dispostos a dar-lhe o benefício da dúvida. Depois de observá-los fora, Dakota caminhou de volta para a casa. Dentro, achou Phillip na cozinha, sentado à mesa com uma caneca de café. Servindo-se de uma xícara, Dakota sentou-se com ele. “Preciso de seus conselhos. Apenas disse aos homens sobre mim, e pareceram levá-lo bem.” Phillip tomou um gole de café e balançou a cabeça lentamente. “Isso é bom.” “É, mas não sei como dizer ao meu pai.” Phillip colocou sua caneca na mesa. “Apenas diga a ele. Eu sei que você está com medo, mas ele vai entender.” Olhou para o corredor. “Ele ainda é seu pai, e ao menos merece saber quem você realmente é.” Dakota sentiu o estômago começar a pular novamente. “Eu não sei se posso.” “Dakota, você só disse aos homens que trabalham para você que é gay. Não acha que deveria ser honesto com a única pessoa neste mundo que te ama mais do que ninguém?” Phillip suspirou baixinho. “Eu sei como isso é difícil, mas ele merece saber.” Dakota viu quando Phillip afastou sua caneca, olhando-o nos olhos. “E se alguma coisa acontecer com seu pai e você nunca contou a ele?”

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Dakota sabia que Phillip estava certo, mas simplesmente não sabia o que dizer ou como se certificar que seu pai entendia. “Mas e se algo acontecer?” Deus, o que, se o choque fosse demais para ele? “Você não tem de lhe dizer hoje. Inferno, isso soa como se você já teve emoção suficiente nessa frente para durar um tempo. Você me disse que seu pai tem dias bons e ruins, então espere até que ele tenha um bom e diga-lhe.” Dakota viu quando Phillip estendeu a mão para ele, uma mão apertando seu ombro. “Acredite, você vai se sentir melhor.” Dakota balançou a cabeça, sua mente já está trabalhando através do que ia dizer quando chegasse a hora. “Wally está com o veterinário pela parte da manhã. Há algo que você gostaria de fazer?” Phillip sorriu, parecendo envergonhado. “Mario me perguntou se eu gostaria de assistir os homens praticando o seu —” ele hesitou — “laçar o novilho ou a corrida do barril? Eu não tenho ideia o que é isso, mas me pareceu interessante.” Dakota acenou com compreensão. “O rodeio local é no próximo mês. David é um grande cowboy, e Kirk pode lançar a corda melhor do que quase qualquer pessoa no estado.” A compreensão veio lentamente. “Deixe-me adivinhar — você poderia se importar menos sobre laçar ou montar.” Phillip lhe lançou um olhar perverso, e Dakota estalou, percebendo o que disse. “Você sabe o que eu quis dizer.” “Na verdade, vai ser interessante, Mario disse que iria explicar isso para mim.” “Eu aposto que ele fará.” Não que Phillip necessitasse de qualquer instrução na arte de laçar e montar. O som de cães latindo chamou sua atenção para a janela da frente. Dakota viu o que parecia o caminhão do veterinário na frente. “Que diabos?” Dando um salto, Dakota correu para a porta da frente, puxando-a aberta. Dois homens estavam brigando na lama, um era muito maior do que o outro, com o resto dos homens que estavam para trás assistindo. Jesus Cristo, um dos homens era Wally.

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Dakota chegou à etapa final em uma corrida e foi do outro lado do quintal, cães latindo, homens gritando. Ao se aproximar, viu Wally dando um soco, rápido como um relâmpago, e Greg — o grande bobo — se dobrando, gemendo alto, e caindo no chão com um baque. Wally dançou em seus dedos do pé, olhando para o resto dos homens, antes de voltar sua atenção para o homem gemendo no chão. “Você me chama de bicha de novo e não terá que se preocupar com alguém olhando para qualquer coisa que você tem, porque vou rasgar suas bolas fora!” Ele deve ter sabido que a reunião tinha ido muito malditamente bem. “Isso é o suficiente!” Dakota gritou quando se aproximou, a sua atenção em Greg. “E você, consiga você mesmo fora do chão.” Dakota esperou Greg levantar com as pernas bambas. “Que diabos você pensa que está fazendo?” “Ele estava olhando para mim,” Greg murmurou. “Eu estou olhando para você agora! Você quer lutar comigo? Porque eu vou terminar o que Wally começou antes de chutar o seu traseiro da minha fazenda!” Que pareceu ter o efeito desejado. Bons empregos eram difíceis de encontrar, e Dakota tratava seus homens bem. “Responda-me.” ”Não, senhor.” Greg olhou para o chão, e Dakota estava tentando determinar se ele estava verdadeiramente arrependido ou desmoralizado porque Wally o espancou. Achou que era provavelmente um pouco de ambos. Dakota manteve os olhos em Greg, mas a mensagem era para todos: “Este é o meu rancho e Ele é meu convidado. Sim, Ele é gay, e eu também. Se vocês não conseguem lidar com isso, então me procurem, e vou dar-lhe o seu salário.” Dakota olhou para cima, de frente para todos os homens. “Este é um local de trabalho e nosso lar. Vivemos aqui, trabalhamos aqui, e às vezes jogamos aqui.” Dakota baixou a voz, deixando um pouco de sua ira cair. “Tenho certeza que todos vocês sabem quem Matthew Shepard era?” Algumas cabeças assentiram. “Ele foi morto aqui em Wyoming por ser gay. É o que somos? Eu com certeza não esperava.” Cabeças começaram a tremer e os olhos viajaram para o chão. “Eu cresci aqui, nesta terra, e sei que nós não somos 76


assim. O que aconteceu em viver e deixar viver?” Ninguém disse nada, mas todos tiveram a decência de olhar envergonhado. “Vocês, homens, voltem ao trabalho, e se você quiser ir embora, venha me ver para o seu pagamento.” Dakota não esperou por uma resposta. Virando-se, viu Wally ainda respirando com dificuldade, olhos grandes como pires, parecendo que estava tentando desaparecer em uma das portas do curral. “Você está bem?” Wally balançou a cabeça, olhando para baixo. Colocando o braço sobre o ombro do homem menor. Dakota o guiou em direção à casa. “Mantenha sua cabeça erguida.” Ele pegou a confusão nos olhos de Wally, mas sentiu o homem menor endireitar e andar mais alto. Assim que a porta fechou, Wally caiu no sofá com todo o ar saindo fora dele. “Eu sinto muito.” Ele parecia infeliz, e Dakota sentiu o coração doer. “Não.” Dakota viu Wally levantar os olhos. “Eu tenho apenas uma pergunta para você.” “O quê? Quão rápido posso fazer minhas malas?” Porra, o homem se sentia muito mal. “Não. Onde você aprendeu a lutar assim?” Wally olhou para ele, olhos grandes brilhando em descrença. “Você não está louco?” “Claro que não. Você lutou por si mesmo.” “Mas causei problemas para você.” Aí ele foi, novamente, mastigando seu lábio inferior. Foda-se, ele era bonito. “Não, você não fez. Um pouco de dificuldade ia chegar em um momento ou outro. Estou feliz por que você foi capaz de cuidar de si mesmo.” Se Dakota não tivesse visto a luta com seus próprios olhos , ele não teria acreditado que Wally, com uns cinqüenta quilos, poderia tirar um cara com quase cem quilos sobre ele e dez centímetros mais alto. “Tive alunas de artes marciais, enquanto estava no colégio e na faculdade. Quando você é pequeno, todo mundo acha que pode acabar em você...” Uma sombra de um sorriso surgiu no rosto de Wally. “Você não está realmente louco?” “Claro que não.” Dakota se inclinou para mais perto. “Foi meio que sensual.”

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Dakota notou a expressão dos olhos arregalados, pouco antes dele capturar os lábios de Wally. Assim que se tocaram, seu corpo entrou em sobremarcha. Ele passou a noite segurando e tocando Wally, e cada fibra do seu corpo clamava por mais. Dakota aprofundou o beijo e sentiu a língua de Wally explorar. “Isso é o suficiente, vocês dois.” A voz de Phillip ecoou na sala. “Pelo menos fechem as cortinas, ou vão dar a todos um show.” Wally saltou para trás e Dakota espiou lá fora. “Não há ninguém observando.” “Desta vez.” Phillip piscou para os dois. “Vou me encontrar com Mario para assistir o laço e montaria.” Phillip riu quando foi para fora. “Sim,” Wally comentou quando se levantou, ajustando-se em suas calças. “É melhor eu encontrar o Dr. Hastings. Ele provavelmente está olhando os cavalos. Então, está indo para visitar algumas das outras fazendas. Ele disse que ia me trazer de volta no final da tarde.” Dakota ficou, assim, puxou Wally para ele. “Ontem à noite foi realmente especial.” “E bastante inesperado.” Dakota correu um dedo sobre o lábio inferior de Wally. “Eu gosto de surpresas, especialmente aquelas adoravelmente corajosas.” Ele se inclinou e beijou o lábio que estava acariciando. “Depois do jantar, você iria para um passeio comigo?” Wally voltou seu beijo e depois recuou, olhos escuros como os de Dakota só poderia descrever o desejo apaixonado. Aquele olhar só fez Dakota estremecer de emoção. “Eu tenho que ir.” Os olhos de Dakota travaram em Wally. “Eu também.” Não se moveram até que um barulho no quintal quebrou seu olhar e eles se separaram. Wally virou e saiu. Dakota observava pela janela, esperando até o homem menor chegar ao celeiro antes de sair da sala e ir ao fundo do corredor para ver seu pai. Hoje não era um bom dia, e Dakota passou a maior parte da manhã com ele até a enfermeira chegar. Estava esperando que ele pudesse chegar até seu pai e talvez leva-lo fora. Ele sempre amou o rodeio, mas o mais próximo que chegava agora era assistir os homens praticando, e a maneira como estava se sentindo hoje, não era possível. “Os homens estão 78


praticando.” Dakota manteve um fluxo de conversa enquanto trabalhava, verificando seu pai, da pele para as feridas enquanto corria um pano sobre a pele dele agora que era uma sombra branca, tudo indicava que não tomava sol há muito tempo. “Eu sei que não pode ir lá fora, mas que tal a próxima melhor coisa?” Dakota olhou para aqueles olhos que tinham visto ele jogar na Little League13, nunca faltando a um jogo, sorrindo com orgulho. Seu pai iluminou momentaneamente e Dakota abriu as cortinas sobre as grandes janelas, ajeitando a cama para que ele pudesse assistir. David atirou por todo o curral, perseguindo um bezerro, jogando a corda e pegando as patas traseiras. Em sua mente, podia ouvir os homens, cumprimentando David antes de saltar do cavalo e amarrar o bezerro. Tirando o chapéu, David se inclinou para a multidão. “Ele é exibicionista.” Dakota olhou para o pai e viu uma sombra de um sorriso, que era tudo o que podia fazer. Alguns dos homens viraram para a janela, levantando as mãos, balançando, deixando seu pai saber que sabiam que ele estava vendo e que estava bom. Seu pai levantou as mãos um pouco para acenar de volta e fez o seu melhor torcer junto. Uma batida suave na porta tirou sua atenção do curral, quando alguns dos homens colocaram os barris. “Posso entrar?” Dakota sorriu quando viu Wally em pé na porta. “Claro, nós estamos assistindo ao rodeio.” Wally entrou e fez sinal a Dakota a uma cadeira ao lado dele. “Eu pensei que você fosse com o veterinário.” “Ele teve uma chamada de emergência.” “Você não poderia tê-lo ajudado?” Não que ia reclamar. A maioria das pessoas, até mesmo a maioria dos homens, não estava realmente confortável em torno de seu pai, mas a natureza de Wally, doce, aberta não parecia perturbada, no mínimo. “Não era esse tipo de emergência.” “Sua esposa, hein?” Eles compartilharam um sorriso e se sentaram em conjunto, assistindo o show com o pai de Dakota. A situação não foi perdida por Dakota. Ele percebeu o 13

Pequena Liga.

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que tinha sentido falta e quase podia fingir que eles eram uma família e que ele tinha uma vida fora do seu pai e do rancho. Wally deu-lhe a esperança que um dia poderia ter isso. “O que é isso?” Wally sussurrou. Dakota balançou a cabeça. Não havia nenhuma maneira que ele pudesse explicar o que estava sentindo a ninguém agora. Sua própria vulnerabilidade o assustou. Como se estivesse lendo sua mente, ele sentiu um toque suave em sua mão. Olhando para Wally, ele viu seus próprios sentimentos ecoando de volta para ele, e em um momento de clareza absoluta, ele sabia que Wally seria gentil com ele. Ele podia ter seu coração partido, mas Wally não iria fazê-lo intencionalmente, qualquer mais do que ele quebraria o coração de Wally. Olhando para seu pai, Dakota viu que ele estava dormindo, com um sorriso no rosto, e imaginou que ele estava sonhando com seus próprios dias de montaria e laço. Levantando-se, Dakota fez sinal, e Wally o seguiu fora. “Eu não posso deixá-lo até que a enfermeira chegue” — ele olhou o relógio — “Chegara aqui em uma hora. Você pode ir para fora se você quiser ver melhor.” Em vez de responder, Wally ficou na ponta dos pés, beijando Dakota suavemente. “O quê? E deixar o melhor lugar da casa?” Dakota sentiu seu coração saltar, e ele sabia.

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Capítulo Sete SEU primeiro encontro estava apenas alguns minutos de distância, e Wally estava nervoso. Dakota havia tocado seu coração. O homem o tinha segurado a noite inteira e até arranjou para ele passar uma grande parte do dia com o Dr. Hastings. Dakota o ouviu e as coisas que o fazia feliz. Caminhando para o celeiro, Wally viu Greg o vendo. Wally viu de volta, e Greg corou e olhou para o chão. Wally sorriu para si mesmo e continuou caminhando em direção ao celeiro. Dakota estava esperando por ele, encostado a uma das baias, chapéu empurrado abaixo em sua testa, parecendo um sonho molhado de cowboy-amante, e Wally foi descobrir que muitas poucas coisas eram tão sexy quanto esse cowboy em particular, especialmente quando olhava para ele como se Wally fosse comida de buffet de amor. Wally estremeceu quando Dakota empurrou para fora da parede de madeira e passeou com ele, envolvendo-o nos braços longos antes de beijá-lo. A mente de Wally estava cheia de imagens e sentimentos de paixão. Ele gemeu baixinho na boca de Dakota quando a língua deslizou seus lábios, fazendo cócegas no alto de sua boca, e uma mão pressionou-os mais próximos, corpos apertados juntos. Wally estava começando a ter esperança de que o encontro iria consistir de uma visita ao quarto de aderência enquanto Dakota continuava a possuí-lo usando apenas os lábios. Em seguida, a pressão diminuiu e os lábios de Dakota se afastaram, e Wally se inclinou para frente, tentando conseguir mais. “Vamos para a nossa caminhada.” Dakota pegou a mão dele e o levou para fora do celeiro. Deixou a mão escorregar enquanto caminhavam pelo pátio, mas depois tomou novamente quando atravessaram o quintal, passando pelo velho barracão, e em seguida para o intervalo em direção a uma linha de árvores. “Aonde vamos?” “Para o meu lugar favorito de todos os tempos,” Dakota respondeu quando apertou sua mão, a emoção e energia voando ao longo do braço de Wally. Quando eles se aproximaram das 81


árvores, Wally ouviu a água que flui sobre as rochas. “Eu costumava nadar aqui quando era criança.” Eles viraram através das árvores e para baixo para a água. “Costumava haver um balanço de corda, mas caiu faz alguns anos atrás.” Wally se ajoelhou e colocou os dedos na água. “Jesus, que frio.” Dakota riu, profundo e rico. “Sim. A água vem diretamente para baixo das Tetons.” “Você nadou aqui?” Wally golpeou o braço de Dakota. “Ei.” Dakota recuou. “Valentão, eu era uma criança, e estava quente.” A lamentação brincalhona aqueceu o coração de Wally. Ele adorava que Dakota se sentisse confortável o suficiente para provocar um pouco. “Eu não tenho estado dentro da água nos últimos anos.” Dakota colocou um braço em torno da cintura de Wally, segurando-o perto enquanto o céu começou a ir-de-rosa e depois avermelhar. Quando estavam juntos, uma chamada baixa ecoou em toda a gama, e Wally sentiu Dakota endurecer. Em seguida, o grito foi respondido por outro, mais alto e ligeiramente mais suave. “Quando Phillip me pediu para ir junto nessa viagem com ele, era o som uma das coisas que esperava ouvir,” Wally confessou baixinho. “Esta área é um dos poucos lugares onde isso é possível.” Wally sentiu como se ele precisasse explicar sua fascinação de alguma forma — talvez fazer Dakota perceber por que isso era tão importante para ele. “Acho que para mim, os lobos representam algo primitivo e selvagem. Algo que o homem não tem ou não pode dobrar a sua vontade.” Wally se aproximou, envolvendo o braço em torno de Dakota, esperando que a proximidade física ajudasse com a comunicação. “Podemos matá-los, mas não podemos mudálos.” Wally olhou nos olhos de Dakota, vendo se o que ele dizia fazia sentido. “Entendo isso,” Dakota começou, “mas para mim, eles representam uma ameaça para o rancho e um modo de vida que sustenta não só eu, mas todo mundo que trabalha e depende do rancho.” A voz de Dakota foi normal, mas Wally poderia dizer que Dakota estava tentando tomar uma decisão. “Três semanas atrás, eu estava verificando a faixa norte e encontrei um rebanho muito nervoso. No início, não conseguia entender o que estava incomodando até que

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estava verificando a cerca e encontrei o corpo de um dos bezerros, ou devo dizer, o que restou dele, e não havia muito.” Wally quis se afastar, mas ele sabia que não podia. Ele disse a Dakota o que estava sentindo, e tinha que ser capaz de ouvir e tentar entender o lado de Dakota das coisas. “Eu não sabia que era o lobo que vimos, mas esse não foi o primeiro bezerro que perdi, e cada um tem um custo que tira a minha capacidade de fazer o rancho pagar.” “Sinto muito.” Dakota afagou-lhe as costas. “Eu sei, gostaria que não fosse dessa maneira, mas eu tenho que proteger minha vida.” “É o rancho está em apuros?” “Não. Mas perder uma série de cabeça realmente dói. Além disso, essa não é a única ameaça. Este é um negócio difícil e a Mãe Natureza pode ser bom para nós e pode ser uma verdadeira puta. Você nunca sabe o que vai conseguir. As margens são geralmente apertadas, e às vezes a diferença entre um ano bom e um mau é tão pequena, é assustador.” Dakota puxou Wally mais perto. “Vamos falar sobre algo mais feliz.” Como se na sugestão, as chamadas começaram novamente, a chamada profunda, seguida pela resposta mais aguda. “Ele está chamando seu companheiro e ela está respondendo. Elas são chamadas de amor.” Wally recuou, levantando o rosto para o céu e suavemente imitando o grito antes de olhar para Dakota. Balançando a cabeça, fez isso de novo. Finalmente, Dakota ecoou o grito, puxando-o perto novamente. “Eu prefiro este lugar.” Dakota deslizou as bochechas de Wally em suas mãos e trouxeram seus lábios quando o grito profundo ecoou novamente, os lobos chorando no acompanhamento de seu beijo. Wally sentiu tudo correr longe, o pôr do sol, o ar limpo, a brisa ligeira todos foram substituídos pelos olhos de Dakota, o sabor dos seus lábios, e o seu cheiro de terra. Wally gemeu baixinho quando a pressão sobre os lábios se intensificou, e ele sentiu Dakota movendo-o perto, o seu corpo pressionando o de Dakota, uma mão acariciando suas 83


costas. Lentamente, o homem maior se afastou, estudando o rosto de Wally, os dedos acariciando seu rosto, Wally estremeceu com o toque suave, inclinando-se mais perto, querendo mais. Lentamente, Dakota se virou, e Wally seguiu seu olhar em direção ao oeste. As sombras alongadas e o céu avermelhado quando o sol deslizou mais baixo no céu, os grandes Tetons fornecendo um fundo para as árvores e pastagens. “Este sempre foi meu lugar favorito no rancho.” “Posso ver por que. É como se não houvesse nada, mas nós,” Wally disse suavemente. ”Neste momento, não há,” Dakota acrescentou, o braço deslizando em torno da cintura de Wally enquanto assistiam o sol cair por trás dos picos. Então Dakota pegou sua mão e caminhou de volta em toda a gama à porta dos fundos da casa. Dentro da casa, tudo estava quieto, e tão logo a porta fechou, Wally foi encerrado naqueles braços fortes. “Você vai ficar comigo esta noite?” Dakota beijou-o novamente, e Wally balançou a cabeça lentamente contra os lábios. Sentiu-se mais quando viu o sorriso de Dakota pouco antes, ele foi suspenso de seus pés. Wally envolveu suas pernas ao redor da cintura de Dakota, continuando o seu beijo enquanto Dakota os levava para seu quarto, fechando a porta atrás, em seguida, houve o clique antes de ele cair na cama. Wally esperou enquanto eles continuavam se beijando, pressionando as costas para o peso do colchão, o peso de Dakota o cercando. Wally passou os braços em volta do pescoço de Dakota enquanto uma mão deslizava por baixo da camisa, deslizando sobre o peito. “Eu sabia que se sentiria bem,” Dakota murmurou entre beijos quando sua mão fez pequenos círculos no estômago de Wally. Wally gemeu e arqueou no toque... bem, tanto quanto podia, com cem quilos de homem sólido contra ele. Sapatos de Dakota bateram no chão, e Wally seguiu quando Dakota puxou sua camisa para cima, os dedos circulando seus mamilos. “Kota...” Wally gemia enquanto a mão deslizava em seu estômago, provocando na cintura de suas calças. 84


“Eu vou tomar meu tempo.” A voz de Dakota soou em torno dele como um cobertor, e, em seguida, aqueles lábios sugaram levemente atrás da orelha e para baixo de seu pescoço. Wally sentiu tremer quando os lábios de Dakota continuaram sua viagem no peito de um de seus mamilos. As mãos de Wally trabalharam através do cabelo de Dakota, acrescentando pressão, querendo mais, desesperadamente. “Você precisa de paciência.” Dakota levantou os braços de Wally acima de sua cabeça, segurando-os contra o colchão. “Assim é melhor.” Os olhos de Dakota foram para baixo na pele de Wally. “Kota, isso não é justo...” as palavras de Wally sumiram quando seu mamilo foi sugado novamente. Jogando a cabeça para trás, gritou baixinho enquanto a língua quente de Dakota girava em torno de seu broto agora rígido. “O que você está fazendo comigo?” “Fazendo você se sentir bem.” Dakota lançou suas mãos. “Mantenha-as lá, ok?” Wally não teve tempo para responder quando Dakota abriu o cinto de Wally, separando o tecido da calça de Wally. Uma mão deslizou para baixo da pele de Wally, os dedos circundando o seu eixo. Wally empurrou para frente e suspirou enquanto Dakota apoderava-se dele, puxando-o lentamente. “Adoro o quão suave a sua pele é.” Dakota passou a língua ao longo do estômago de Wally, Wally estremeceu de prazer, então os dedos sumiram, junto com o peso de Dakota. Ajudando-o a sentar-se, Dakota tirou a camisa de Wally antes de deslizar as calças para baixo de suas pernas. “E você?” Wally perguntou, querendo desesperadamente ver Dakota nu. “Tudo ao seu tempo.” Dakota sorriu para ele, beijando os lábios antes de colocar beijos ao longo de seu peito e estômago. “Primeiro, vou te provar.” Os lábios de Dakota deslizaram no eixo de Wally, englobando-o no calor úmido que acabou levando o ar de seus pulmões. A boca de Wally estava aberta num grito silencioso quando Dakota chupou-lhe profundo e duro antes de liberá-lo novamente. Toda vez que Wally tentou recuperar o fôlego, Dakota o roubava novamente com a boca quente e mágica. “Eu vou vir!” Dakota sugou mais duro, e Wally viu seus olhos bloqueados quando Dakota puxou o clímax dele com uma força que não poderia ter parado caso tivesse tentado. Empurrando para 85


frente tão duro quanto podia, as primeiras emoções do orgasmo o sacudiram, os lábios Dakota levando-o mais e mais com cada lançamento. Graças a Deus estava em uma cama, porque Wally entrou em colapso, acabado e tonto quando escorregou dos lábios de Dakota. Mãos quentes acariciavam sua pele, trazendo-o suavemente e de forma gradual. “O que foi isso?” “Bom?” Olhos de Dakota dançavam. “Duh?” Wally respondeu com um sorriso. “Agora eu quero ver você.” “Você pode fazer mais do que isso.” Dakota moveu-se para fora da cama, de pé, onde Wally podia vê-lo. Puxando sua camisa sobre a cabeça, Dakota esticou, e Wally gemeu baixinho, sentando-se para chegar mais perto, a sua atenção cravada na pele escurecida pelo sol com sua cobertura de pelo curto e escuro. Em seguida, Dakota abriu suas calças. Virando-se, ele escorregou para baixo suas pernas, dando uma visão a Wally de sua bunda. “Jesus,” Wally ofegou quando Dakota saiu do tecido, e caminhou para a cama. Wally estava encantado com a pele nua de Dakota pressionada na sua. Ele vibrou com entusiasmo quando a mão de Dakota deslizou entre suas pernas, um dedo deslizando sobre sua abertura. “Quero você,” Dakota ofegou suavemente, e Wally só podia acenar com a cabeça quando o dedo escorregou. O peso de Dakota deslocou e uma gaveta abriu. Em seguida, Dakota estava de volta, beijando-o novamente quando um dedo lubrificado deslizou profundo nele. “Kota. Oh Deus.” Estrelas dançavam na visão de Wally com um aumento de prazer através dele, seguido por outro. Um segundo dedo entrou com o primeiro, estendendo-o. “Gire bebê,” Dakota disse suavemente. Wally balançou a cabeça. “Eu quero ver você.” Dakota balançou a cabeça, e Wally ouviu o som de uma embalagem rasgar. Em seguida, as pernas foram levantadas e Dakota estava beijando-o novamente antes de pressionar em seu corpo, enchendo-o de uma maneira que nunca conseguia se lembrar de sentir antes. O trecho durou apenas alguns segundos, e depois Dakota acalmou.

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Wally começou a se mover, e Dakota puxou e empurrou, levando-o profundo, olhos fixos nos dele. “Isso está bom?” “Deus, sim!” Dakota sorriu e beijou Wally duro, puxando os lábios enquanto seus corpos desenvolveram um ritmo próprio. Juntos, moveram-se como um, e Dakota murmurou palavras suaves enquanto suas mãos deslizavam sob Wally, segurando-o firmemente. Murmúrios suaves de Dakota ficaram mais altos, com Wally se juntando a eles. Juntos, encheram o quarto com os sons de prazer, construindo para as alturas das montanhas que viram anteriormente, até que caíram... juntos.

WALLY acordou em uma cama vazia. Girando, ele piscou para a porta aberta, ouvindo suave movimento na casa. “Kota?” Ele realmente não achava que Dakota tinha o abandonado, mas sua ausência era um pouco desconcertante, no entanto. “Shhh...” a grande forma de Dakota apareceu na porta. “Eu só ouvi barulho vindo do quarto do meu pai.” A porta se fechou e o homem grande caminhou pelo quarto, deslizando sob o cobertor e puxando Wally mais perto, segurando-o firme quando os lábios roçaram por cima do ombro. “Ele está bem?” Wally perguntou, rolando para enfrentar o grande homem enquanto as mãos de Dakota deslizavam pelas costas, caindo para a bunda de Wally. “Ele está bem.” Um dedo para baixo provocou o aumento da respiração de Wally. “Você está dolorido?” “Um pouco.” Não era uma reclamação, não em tudo. Dakota guiou para o estômago com um toque suave, e as mãos amassaram sua bunda, a dor voou quando Wally pressionou para trás contra a carícia. Dedos espalharam suas bochechas e uma umidade quente, úmido arrastou sobre ele. “Kota, o que...?” “Fazendo você se sentir bem, bebê.” O sorriso de Dakota viajou até sua espinha, sentindo, em vez de ver, quando a língua sondou sua abertura. Antes que pudesse detê-lo, o

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choramingo de Wally saiu, empurrando seus quadris para trás enquanto Dakota fodia ele com a língua. Uma grande mão deslizou entre suas bochechas, afagando ao longo de seu pau dolorido. Wally se levantou, a bunda no ar, face no travesseiro. Com suas pernas abertas, Wally dava acesso a Dakota para tudo, colocando o prazer plenamente em suas mãos capazes do homem. Dedos tocaram suas bolas, deslizando ao longo de seu comprimento, enquanto Dakota sugava e sondava sua abertura, ocasionalmente mordendo sua bochecha. Ele não queria ver ou pensar sobre as marcas que teria na parte da manhã. Tudo o que importava era o que Dakota estava fazendo para fazê-lo voar. Wally sabia que não ia durar, e tudo que queria fazer era gritar no topo de seus pulmões enquanto seu clímax construía. Enterrando o rosto no travesseiro, ele gritou, enchendo sua cabeça com seu próprio êxtase. Wally desabou sobre a cama, ignorando a umidade e tudo mais. Tudo o que podia sentir era Dakota subindo sobre ele, e então estava sendo seguro. Egoisticamente, mas sem pensar, adormeceu ao som da respiração suave de Dakota e dos batimentos cardíacos. A próxima coisa que soube, era uma mão acariciando sobre suas costas, puxando-o para fora da escuridão quente que o envolvia. “Wally, bebê, nós precisamos levantar.” “Huh.” Ele piscou-se acordado, tentando decifrar seu cérebro ainda abalado pelo sexo maravilhoso. “Nós iremos ao parque hoje e temos um bom percurso à frente de nós, por isso precisamos ir.” Wally bocejou e sentou, os cobertores reunidos em torno de seus quadris finos. “É Phillip levantou?” Wally levantou a mão. “Esqueça que eu perguntei.” Ele bocejou novamente e deslizou para fora da cama, coçando a bunda distraidamente enquanto caminhava em direção ao banheiro. “Espero que seja bem — Perguntei se Mario queria ir junto.” Wally parou na porta. “Quem vai cuidar das coisas aqui?” Ele cobriu a boca com outro bocejo se chocou contra ele. 88


“Bucky vai lidar com as coisas. Dessa forma, Phillip vai ter alguém para conversar e não se sentir como uma terceira roda.” Dakota deu um passo para ele, já vestido e olhando sexy até para os olhos sonolentos de Wally. “E o seu pai?” Wally entrou no banheiro e começou a fechar a porta. “Grace vai ficar com ele. Ela é uma amiga da família, bem como uma enfermeira.” Wally ouviu um toque de irritação na voz de Dakota. “Não queria me intrometer,” Wally disse suavemente. Ele não tinha a intenção de soar como se estivesse interrogando. “Você não fez.” A expressão de Dakota suavizou, quando percebeu que Wally estava apenas preocupado. “Você conseguiu que Phillip levantasse?” “Ele não está em casa. Tenho a sensação de que Mario vai cuidar dele.” Dakota aproximou-se, dando-lhe um beijo breve. “Vou encontrá-lo na cozinha quando estiver pronto.” Dakota fechou a porta. Depois de se aliviar, Wally ficou limpo e vestido. Pronto para ir, ele entrou na cozinha. Um café da manhã leve e uma caneca de café esperava, assim como Mario e Phillip. Seu amigo olhava como se ainda estivesse dormindo. A excitação de Wally tinha chegado, banindo todo o resto de sonolência nele. “Sairemos em cinco minutos,” Dakota falou quando Wally de a última mordida e terminou seu café. “Bom Deus.” Phillip estalou os olhos abertos, olhando pela janela na pastagem vazia. “Os cavalos não estão fora ainda.” “Pare de reclamar. Nós estamos aqui para nos divertir, e você pode dormir no carro, seu rabugento.” Wally golpeou Phillip nos braços antes de pegar sua bolsa e seguir Dakota para seu enorme caminhão. “Pensei em colocar você e Phillip na parte de trás,” disse Dakota, e as sobrancelhas de Wally levantaram, inclinando a cabeça ligeiramente. “Mario e Phillip,” Dakota alterou. Wally sorriu. “Boa escolha.” Wally passou a mão ao longo do quadril de Dakota. “Além disso, Phillip baba durante o sono.” 89


Dakota começou a rir. “Vamos ter então Mario todo babado?” “Duh.” Os outros dois se juntaram a eles, com Phillip subindo atrás e Mario o seguindo. Phillip já estava encostado no capataz quando Dakota puxou para fora do rancho, e estava dormindo no momento em que pegaram a estrada principal. Wally assistiu com muita atenção quando se dirigiam para o norte. Dakota apontou os picos das montanhas e os destaques do cenário enquanto passavam por longos vales com riachos sinuosos. “Uau!” Wally exclamou enquanto se pendurava para fora da janela, tirando fotos a direita e a esquerda. “Você não vai ter espaço para tirar os retratos do parque.” Dakota repreendeu com um sorriso. Wally enfiou a mão no saco com um sorriso. “Eu tenho um cartão de memória e para três mudanças de baterias.” Na entrada para Yellowstone, eles passaram pelo portão e dirigiram ao longo da estrada do parque. “Onde primeiro?” “Você é o guia,” Wally respondeu quando se virou. Phillip estava agora acordado e Mario definitivamente tinha uma mancha molhada perto de seu ombro. Wally cutucou Dakota, que olhou no espelho e voltou um sorriso malicioso a Wally. “Old Faithful14 é por lá.” Dakota seguiu os sinais em direção ao gêiser famoso. Um tempo depois, puxaram em um estacionamento e se juntaram as multidões de pessoas descendo em um caminho pavimentado. A paisagem branca que cercava parecia um pequeno monte, toda a área lotada de pessoas. “O gêiser entra em erupção a cada noventa minutos ou mais e

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Old Faithful é um géiser localizado no Parque Nacional de Yellowstone, em Wyoming, nos Estados Unidos. No Brasil é chamado de Velho Fiel.

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jorra tão alto quase duzentos metros no ar,” Dakota explicou. “De acordo com a informação, deve entrar em erupção dentro de cinco a dez minutos.” “Você já viu isso antes?” Phillip perguntou, de pé perto de Mario. Dakota acenou com a cabeça. “Faz algum tempo,” disse ele, sua expressão era triste. Wally se inclinou mais perto. “Foi com seu pai, não foi?” Wally não tinha necessidade de ouvir uma resposta; o rosto de Dakota disse a Wally tudo o que precisava saber. Vibrações sobre seus pés correram até as pernas, junto com um estrondo baixo, desviando sua atenção. Wally viu a água começar a atirar do monte, crescendo mais e mais, o som quase ensurdecedor, quando a erupção cresceu e cresceu. A energia percorria Wally. Calafrios correram por sua espinha, e ele, inconscientemente, se inclinou mais perto de Dakota, segurando seu braço enquanto olhava, fascinado pela exibição da natureza sua magnífica força bruta que parecia atirar através dele também. A exibição continuou, com o fim assinalado quando o barulho começou a diminuir e a água perdeu a sua altura antes de cair de volta à terra em forma de gotas e spray levadas pela brisa. Em seguida, acabou, e o silêncio reinou até que todos começaram a se mover novamente, lançado com a natureza mágica.”Inferno,” Wally murmurou enquanto olhava para Dakota, notando que a exibição teve o mesmo efeito sobre ele. Olhando para Phillip, Wally sorriu enquanto observava seus olhos rolarem e viu seu amigo ajustar-se discretamente. Quem disse que o poder era um afrodisíaco não estava brincando. Wally sentiu a respiração quente contra sua orelha. “Eu sei,” Dakota piscou para ele e sorriu de volta a Wally. “Vamos, há muito ainda para ver.” “Mais Geysers?” Phillip perguntou. “Muitos,” Mario respondeu, “juntamente com panelas de lamas, fumegante piscinas e cachoeiras que se parecem com rochas derretidas.” “Podemos caminhar?” Wally viu pessoas indo embora, ao longo de um caminho.

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“É melhor acreditar.” Dakota levou-os para o caminho em direção de mais maravilhas de Yellowstone. Eles viram buracos de lama em ebulição que Dakota explicou que eram gêiseres, exceto que tinha menos água. Havia piscinas de algas que tinha colorido de todos os tons do arco-íris, dependendo de como a água quente estava, e mais gêiseres que os surpreendeu com suas erupções intermitentes. Voltando ao carro, Dakota dirigiu-os ainda mais para o parque, parando em uma vista onde uma manada de búfalos vagava abaixo deles, ainda selvagem. Eles passaram o resto do dia vendo tudo quanto possível. Wally notou que, quando os outros não estavam por perto, Dakota o tocava levemente ou o guiava para frente com a mão sobre debaixo das costas. Aqueles toques eram agradáveis, e cada um enviou um tiro quente por meio dele. Wally também notou que Phillip e Mario jogavam olhares um para o outro de vez em quando. Saindo do parque, pouco antes do pôr do sol, eles fizeram uma parada em um dos restaurantes fora da entrada, comendo antes de fazer a viagem de volta para o rancho. Na segurança do caminhão, Wally escorregou perto de Dakota, espreitando no banco de trás para ver Phillip descansando contra Mario, os dois enroscados. No momento em que se aproximou do rancho, Wally se viu cochilando, o calor e cheiro de Dakota ao seu redor, embalando-o em um estado relaxado de contentamento pacífico. Puxando para o rancho, a sensação durou até Wally abrir a porta. Gritando, gritando, e dando um monte de tapinhas nas costas Bucky cumprimentou-os. Saindo do caminhão, Wally seguiu Dakota quando fez o seu caminho em direção ao grupo alegre. “O que está acontecendo?” Dakota perguntou. A atmosfera de celebração era contagiante, e Wally viu-se sorrindo quando se perguntou sobre a fonte de alegria. “Nós ouvimos os lobos ladrões chamando uns aos outros cerca de uma hora atrás e saímos,” Bucky começou a história, e Wally sentiu o seu sorriso sumir e seu estômago turvar quando a causa da celebração ficou clara para ele. “Greg teve um vislumbre de um,” Bucky disse, sorrindo em triunfo, e Wally teve que parar de se tapar os ouvidos. Ele sabia que esta era uma história que não queria ouvir. Sim, ele sabia que lobos eram uma ameaça para o rancho e 92


que tinham de proteger seus meios de subsistência, mas doía a Wally pensar que a criatura que ele tinha ouvido a noite anterior chamando a sua companheira... Wally estremeceu e calmamente se afastou do grupo. “Eu dei um tiro em direção ao riacho e ouvi um grito e depois nada. Acho que tenho um dos bastardos,” um dos homens continuou a história, sorrindo com orgulho, e Wally encontrou-se esperando que o cara estivesse errado e tinha errado o tiro. “Certo.” Dakota sorriu para os homens, e o coração de Wally sobre amar-animais bateu duro em seu peito. “Está muito escuro para olhar agora, mas nós verificaremos na parte da manhã.” Por um segundo, sentiu Dakota pegar seu olhar e viu o sorriso no rosto hesitar.” O que vem terrível cedo,” Dakota acrescentou, para alívio de Wally. “Ok, pessoal, vamos nos acalmar,” Mario repreendeu quando os homens foram para o barracão, ainda batendo nas costas de Greg. “Verei vocês de manhã,” acrescentou Mario quando entrou em seu caminhão. Phillip o seguiu, e os dois conversaram em voz baixa antes de Mario dar um beijinho rápido Phillip, depois de olhar em volta primeiro, e depois foi embora. O pátio ficou quieto, apenas com as vozes do barracão à deriva. Wally engoliu em seco e seguiu em direção a Dakota na porta da frente. Quando ele chegou ao último degrau, um grito baixo triste soou na brisa, e Wally sentiu no coração, terminou de subir os degraus e entrou. “Sinto muito, Wally,” Dakota disse suavemente quando a porta se fechou. Wally sabia que não estava arrependido que a companheira do lobo estava morta, só que Wally se sentiu mal sobre isso. Com um suspiro, Wally começou a ir em direção ao seu quarto, parando quando sentiu uma mão em seu ombro. Virando-se, viu os quentes olhos de Dakota e balançou a cabeça lentamente antes de caminhar para o seu quarto e fechar a porta despindo, apagou a luz e caiu debaixo das cobertas. Wally sabia que ele e Dakota nunca concordariam com esta questão. Não tinha nenhuma maneira. Ele ouviu uma batida suave na porta e viu-o abrir lentamente, esperando que fosse Phillip, mas a forma de Dakota bloqueou a luz fraca da sala antes de passar para o quarto e sentar à beira de sua cama. “Eu realmente sinto muito, Wally. Sei como você se sente.” Uma 93


mão acariciava os cabelos de Wally. “E sei o que aconteceu para te machucar.” Dakota se aproximou, e Wally fechou os olhos quando os lábios deslizaram sobre os dele. “Dakota, eu não acho que posso —” Seu pensamento foi cortado quando um polegar deslizou seus lábios. “Eu sei.” O peso de Dakota deslocou na cama, e Wally esperava que Dakota saísse. Mas o lençol levantou e sentiu Dakota deslizar com ele, puxando e o segurando perto, os dedos suavemente acariciando sua pele. “Você é mais do que sexo para mim, Wally, muito mais.” Wally se aproximou, a cabeça apoiada no braço de Dakota. “Eu sei que pareço uma menina, mas continuo a ouvir aquele grito.” Lentamente, ele rolou. “Eles acasalam para a vida, Dakota. Você pode imaginar encontrar o seu companheiro, o que significa para você, e depois perdê-lo assim?” “Eles não são pessoas. Eles não têm emoções como nós.” Wally calou, olhando nos olhos de Dakota. “Você ouviu o grito?” No escuro, ele viu Dakota acenar com a cabeça. “Então como pode dizer que não sentem emoção? Imagine como você se sentiria se o seu pai morresse. E me diga se não faria o mesmo som, mesmo que só fizesse isso na sua cabeça.” Ele esperou a reação de Dakota. “Wally.” Frustração era evidente na voz de Dakota, e Wally estava começando a sentir o aumento de seu aborrecimento. “Nós podemos concordar e discordar sobre isso? Eu sei como você se sente e estou tentando entender.” “Eu sei.” Ele se acomodou perto novamente. “Essas são questões emocionais, tanto para nós, eu acho.” Era isso. Isso não era racional para qualquer um deles, mas profundamente emocional, e Wally percebeu que nenhum deles estava, provavelmente, pronto para ter essas noções mudadas. Eles poderiam tentar entender, mas se sentiram da maneira como se sentiam. “Vou te dizer que não quero isso estragando o que sinto por você.” O braço em volta de seu corpo apertou um pouco. “Eu também não.” Wally notou que nenhum deles parecia disposto a discutir abertamente o que esses sentimentos eram. Talvez mais tarde, mas agora, era bom ter Dakota aqui com ele, segurando-o.

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Ele gostou, e não queria balançar o barco mais do que já tinha. Mas ele sabia que não ia mudar a maneira como ele se sentia, não podia. E sabia que no fundo Dakota não era qualquer um. Aconchegando a Dakota, o corpo forte apertando-lhe. Wally bocejou e fechou os olhos, adormecendo com uma rapidez surpreendente. Infelizmente, ele não permaneceu dormindo, acordando a cada poucas horas, observando o tempo, e depois voltando a dormir. Finalmente, as costas começaram a doer um pouco, Wally saiu da cama, vestiu suas roupas e saiu. Libby saiu mais, a cabeça empurrando sua mão por um chamego, com os outros seguindo logo atrás. O sol estava começando a ficar rosa, a leste, a luz iluminando lentamente a grama ao redor da casa. O ar parecia e cheirava agradavelmente fresco, com uma ligeira brisa que beijavalhe a pele. Wally queria tomar café, mas não queria acordar todo mundo, então se sentou e esperou na madrugada, ouvindo a brisa. Wally inclinou seu ouvido quando ouviu um som suave. Olhando em volta, checou para ver se era um dos cães, mas todos estavam enrolados perto de suas pernas, cabeças em suas patas. Wally ouviu o som e voltou, pouco mais alto, os cães acordaram, inclinando a cabeça, deixando Wally saber que não estava ouvindo coisas. Levantando-se, Wally continuou a ouvir. Pisando fora da varanda, atravessou a faixa, com os cães seguindo atrás. O som ficou mais alto e Wally reconheceu o aumento o lamento e choro. Como o aumento de volume, os cães também ficaram agitados, mas felizmente continuou a seguir, e na crista de uma pequena pastagem, Wally parou, o fim do choramingar. No fundo, um certo número de metros de distância, o que parecia ser o corpo de um cachorro grande descansava contra o lado da ravina com um grande lobo de pé sobre ela, choramingando e lambendo o sangue do outro lobo. “Foda-se,” ele sussurrou para si mesmo. O grande lobo deve ter pego seu cheiro. Sua cabeça virou-se para Wally, e ele arreganhou os dentes, rosnando. Wally congelou, em parte por medo e, em parte por admiração. Seu primeiro instinto foi o de se afastar, mas não podia. Todo o seu treinamento disse que precisava ajudar o lobo ferido. 95


Antes de Wally poder pensar, ouviu latidos, enquanto os cachorros em bando vinham latindo como o inferno, levantando uma cacofonia de ruídos. O lobo olhou para a forma mole e depois de volta para o ladrar, e olhou mais uma vez antes de fugir de Wally, parando para olhar uma última vez antes de pular a borda com um salto e correu toda a gama. Correu para a ravina, sabendo que o outro lobo poderia voltar a qualquer momento, Wally tocou o pescoço do lobo, encontrando uma batida de coração fraco. Ela estava viva, mas mal. Não estava sangrando por mais tempo, felizmente, mas não havia jeito que iria sobreviver sem ajuda. Os cães estavam na crista, caudas abanando e línguas ofegante, olhando orgulhosos de si mesmos. Desejando que tivesse algo para envolver o lobo dentro, ele olhou em volta por um segundo. “Foda-se.” Correu os braços sob o lobo, levantou-a nos braços, gemendo quando se levantou, sofrendo com o peso dela, e começou a subir o morro. Sua cabeça pendia para um lado, e Wally esperava que não estivesse machucando-a meio andava meio corria pelo campo com os cães logo atrás, olhando por cima do ombro para se certificar de que não estava sendo seguido. Ele sabia que era possível que o outro lobo fosse atacá-lo. Lobos lutavam pela vida, e a maior ameaça para o macho alfa era alguém brincando com seu companheiro. A cada passo, Wally rezou que o lobo macho pensasse que seu companheiro já estava morto. Suas pernas quase tropeçaram, respirando com dificuldade, Wally foi para o celeiro, colocando a fêmea ferida no chão da sala de arreio e fechando a porta. A fazenda ainda estava tranquila, mas começaria a acordar a qualquer minuto. Apressando-se para a porta, se esgueirou para dentro para o quarto de Phillip, agradecido que estava sozinho. Wally balançou Phillip duro até que acordou assustado. “Shhh... Eu preciso de sua ajuda.” “Que diabos?” Phillip bocejou, piscando. “Fique quieto e vista-se, rapidamente.” Wally sabia que ele não tinha muito tempo antes de todo mundo estar lá.

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Resmungando baixinho, Phillip vestiu suas roupas e, em silêncio por uma vez, seguindo Wally para o celeiro. Abriu a porta do quarto de arreio, Phillip engasgou. “Que diabos você está fazendo?” “Fique quieto,” Wally assobiou suavemente. “Ela vai morrer se eu não a ajudar. Ela levou um tiro, e acho que está grávida.” Phillip ajoelhou-se no concreto. “O que você precisa que eu faça?” Wally levantou os olhos do lobo e sorriu nervosamente. Esse era o Phillip, disposto a fazer qualquer coisa por um amigo. “Consiga alguma água e pegue meu saco de seu carro, e pelo amor de Deus, não deixe ninguém ver você, especialmente Dakota. Ele vai matar-me por isso.” Phillip deu um salto, retornando em poucos minutos. “Você não pode mantê-la aqui.” “Eu sei, mas não posso mudá-la, não agora.” Wally pegou o saco e água, limpou a ferida o melhor que pôde antes de chegar para seus instrumentos. “Basta segurar a cabeça e orar.” Abrindo a ferida levemente, Wally seguiu o caminho através do pescoço do Lobo até à bala. “Você é uma boa menina, certo, poderia ter sido pior.” Seu corpo estremeceu, e Wally apressou, localizando a bala e extraindo-a com um par de fórceps. Colocando o instrumento de lado, suturou a ferida fechada, limpando, e depois enfaixou-a. “O ferimento não foi tão ruim, mas a coitada quase sangrou até a morte.” “Nós temos de tirá-la daqui.” “Não. Há um abrigo atrás da casa. Dakota e eu passeamos na outra noite. Talvez possamos usar isso,” Wally disse, sua voz baixa e rápida. Encontrando o que parecia um cobertor velho, Wally espalhou no chão e suavemente levantou o lobo para ele. Levantaram o cobertor e saíram pela parte de trás do celeiro e ao redor da casa. Portas bateram, e Wally ouviu passos contornando a casa, chegando ao galpão, poucos minutos depois. Felizmente, ele estava quase vazio, mas havia um buraco no teto e um na parede de trás. “Ela vai sair!” Phillip exclamou quando olhou para ela. 97


“Isso é bom. Coloque o cobertor para baixo.” Eles baixaram ao chão. “Eu fiz o que podia, cabe a ela agora e a Mãe Natureza. Ou ela faz, ou ela morre.” Uma onda de desespero tomou conta dele, mas fazia parte do trabalho. E este era um animal selvagem, ele não podia prendê-lo de volta até curar como um animal de estimação. Ele só poderia dar uma mãozinha a natureza. “Oh.” Phillip deu um passo em direção à porta. “Volte para casa. Estarei bem atrás de você, só preciso pegar um pouco de água.” Phillip saiu, e Wally correu para a parte de trás e encheu um recipiente com água, retornando para o galpão e colocando-o perto dela. Ele deu um último olhar para a pele cinza e fulvo, correndo a mão ao longo de sua volta. Estou fazendo algo que nunca pensei que iria fazer acariciar um lobo. Em pé, ele silenciosamente desejou-lhe boa sorte e saiu, fechando a porta silenciosamente e indo em direção a casa. Virando a esquina em direção ao celeiro, parou em seu caminho. Dakota ficou olhando para ele, de braços cruzados, olhando com raiva, mágoa, e assassino, tudo ao mesmo tempo. Wally sustentou seu olhar enquanto as emoções guerrearam em seu amante. Wally esperava que ele fosse gritar ou explodir. Em vez disso os olhos caíram um pouco, e tudo que virou para Wally foi dor e decepção. Sem uma palavra, Dakota se virou e entrou na casa, batendo a porta atrás dele.

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Capítulo Oito “Como ele pôde fazer isso comigo?” Dakota murmurou quando a porta bateu atrás dele. “Eu pensei...” Dakota engoliu enquanto andava pela sala, pisando no chão de madeira. “Como ele pôde fazer isso?” Ele olhou pela janela e viu Wally caminhando para o celeiro, seguido pelos cães, com Phillip logo atrás. Ele devia ter sabido. Por um segundo, viu Wally olhando para a casa com um olhar triste no rosto, e gritou de novo, sabendo que Wally não podia ouvi-lo, “Sirva para você! Você devia estar chateado.” “Kota.” O som da voz do seu pai soou no corredor quebrando sua atenção para longe da janela e cortando através de sua raiva. Agitado, caminhou pelo corredor, abrindo a porta. Seu pai estava acordado, os olhos mais brilhantes do que tinha visto há algum tempo. “O que há de errado?” As palavras foram arrastadas, mas compreensível, que foi uma grande melhora. “Nada,” disse ele, não querendo que seu pai se preocupasse. “Você compassa quando você está bravo.” Seu pai tossiu para limpar a garganta. Dakota trouxe água para ele beber, e ele bebeu um pouco através do canudo. “O que há de errado?” Toda a sua vida, seu pai tinha sido a única pessoa que podia sempre conversar, e Dakota queria confiar nele agora só que não tinha certeza. “Fale comigo, filho.” Dakota olhou para seu pai e, em seguida, abaixou-se na cadeira. “Eu tenho algo que deveria ter dito há muito tempo.” Dakota olhou para o chão, sem saber como proceder. Um leve toque no ombro tirou a atenção de volta para seu pai. “Este discurso é para que você me diga que não gosta de garotas? Porque já sei por um tempo.” Seu pai se virou para ele, e Dakota engoliu todo o nó na garganta. “Como você sabia?” Dakota levantou os olhos para olhar para seu pai. 99


“Conheço o meu filho. E posso estar preso nesta cama, mas não sou cego.” Sua voz estava ficando arrastada novamente, mas Dakota entendeu perfeitamente. “Você sabe que eu sempre vou te amar.” Dakota segurou a mão de seu pai e não queria nada mais do que sentir seus braços ao redor dele mais uma vez, segurando-o firme, assegurando-lhe como tinha feito quando era criança, mas não era possível. Ele poderia abraçar seu pai, mas seu pai mal podia mover os braços, muito menos levantá-los. “Eu sei, pai.” Dakota sentiu-se como um idiota por não ter contado a ele um tempo atrás. Ele deveria ter sabido que seu pai iria entender. Inferno, o homem tinha entendido quando lhe disse que estava indo para ir para a escola médica em vez de se ocupar com a fazenda. Eles até fizeram planos para vendê-lo quando chegasse a hora, e seu pai tinha entendido. Talvez as coisas funcionaram melhor depois de tudo. “Assim qual é o problema?” Houve muitas vezes ao longo dos últimos anos, quando perguntava se seu pai, o que ele lembrava, ainda estava dentro do corpo deteriorado e — em seguida — faria algo parecido com uma pergunta simples, ou fazer um gesto pequeno, e Dakota saberia que seu pai ainda estava lá, não importando o quê. “Será que isso envolve o jovem Wally?” Dakota assentiu. “Peguei ele furtivamente de volta do antigo galpão atrás da casa alguns minutos depois que Phillip tinha feito a mesma coisa. É bastante óbvio o que estavam fazendo.” Dakota sentiu a dor inchar novamente. Ele pensou que Wally tinha sentimentos por ele, e certamente estava desenvolvendo sentimentos para aquela pequena fera. “Não, não é.” Dakota viu um pouco de fogo crescer nos olhos de seu pai. “Você sempre tirou conclusões precipitadas quando garoto e está fazendo isso agora. Você perguntou o que ele estava fazendo?” Dakota sacudiu a cabeça. “Eu vi como aquele menino olhou para você quando estávamos assistindo os homens treinando outro dia.” Sua voz foi ficando cada vez mais rouca. Dakota acenou para ele descansar, mas não fez. “Ele gosta de você, e sei que você gosta dele.”

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“Como você pode estar tão certo com isso?” Dakota mal podia acreditar que estava conversando com seu pai sobre seus sentimentos por Wally. Ele mal podia admiti-los para si mesmo. “Você é meu filho.” Essas três palavras pareciam dizer tudo isso para ele. “Quando sua mãe e eu nos casamos, nós lutamos como cães raivosos, até que percebemos que precisávamos falar um com o outro. Uma vez que fizemos isso, nós pudemos lidar com qualquer coisa.” Ele começou a tossir, e Dakota estendeu a mão para a água novamente, mas seu pai fez um gesto fora. “Você esteve sozinho por um longo tempo, quero que você seja feliz. Não importa se é um homem ou uma mulher, contanto que você esteja feliz.” “Mas ele me machucou, papai.” “E se você estiver errado e está sofrendo por nada?” Jesus Cristo, o homem poderia cortar rápido. Dakota tentou descobrir o que dizer, mas viu seu pai fechando os olhos, e um leve sorriso no rosto. Dakota piscou de volta a emoção de seus olhos. Como no inferno eu cheguei a ter essa sorte? Saindo do quarto, Dakota foi até a cozinha e fez um leve café da manhã para eles, voltando para o quarto ajudou seu pai comer. A enfermeira chegou uma hora depois e ajudou seu pai em sua cadeira antes de leva-lo para a sala de estar. “Eu tenho algumas coisas para fazer, pai.” “Eu diria que sim,” brincou o pai, e Dakota seguiu seu olhar para fora da janela onde Wally estava encostado no trilho do manejo15 vendo os cavalos, com Phillip ao lado dele. Eles estavam falando, mas era óbvio até mesmo a partir de lá, que eram apenas amigos. “Foda-se,” Dakota jurou baixinho. Ele tinha sido estúpido e saltado para uma conclusão agora sabia que estava errada. Mas por que Wally parecia tão culpado? Havia apenas uma maneira de descobrir — tomando os conselhos de seu pai e perguntar-lhe. Caminhando para a porta, Dakota saiu para a varanda e ficou olhando enquanto Wally e Phillip falavam, com Wally falando rapidamente e Phillip balançando um pouco relutante. 15

Local onde treinam cavalos. Pode ser chamado de picadeiro ou paddock.

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Algumas palavras chegaram aos ouvidos de Dakota. Ele não disse nada, mas se tornou muito evidente quando Wally soube que ele estava assistindo. Virando Wally ficou rígido, e Dakota viu Phillip dizer algo a ele e, em seguida, ficar de pé. Lentamente, Dakota desceu as escadas, obrigando-se a andar para frente. Ao se aproximar, Dakota viu o fogo nos olhos de Wally. “Wally, eu...” Mas antes que pudesse dizer algo mais, sentiu um golpe no peito e, em seguida, estava no chão, quicando sobre sua bunda. “Que diabos foi isso?” “Você me ignorou toda a manhã em vez de ser homem o suficiente para falar comigo! Foi toda a porcaria sobre concordar e discordar apenas um pote de merda?” Wally estava sobre ele, saltando sobre os calcanhares como se estivesse se preparando para bater a merda fora dele. Dakota colocou as mãos em sinal de rendição, e Wally acalmou um pouco. “O que você está falando? Pensei que você e Phillip tinham ido ao barracão para se divertir um pouco.” Dakota desviou o olhar, percebendo que estava longe da verdade, mas não tinha certeza do que estava acontecendo. Wally acalmou, mas continuou olhando para ele. “Você pensou que Phillip e eu...?” Wally revirou os olhos. “Está brincando. O homem é um grande amigo, mas vamos lá, você viu seu armário? Ele tem mais couro lá dentro do que você tem em seu quarto de aderência.” Wally estremeceu dramaticamente, ainda de pé sobre ele. “Você acha que eu posso me levantar, ou vai me dar um soco de novo?” Dakota perguntou quando ficou de pé, mantendo uma distância entre ele e Wally. “O que você estava fazendo no galpão?” Agora era a vez de Wally olhar contrito. “Acho que é melhor te mostrar, mas você provavelmente não vai estar mais feliz.” Dakota esfregou seu peito. Wally não o machucou, saltando nele e o fazendo cair de bunda. “Contanto que você não planeje esmurrar-me outra vez.” “Não vou, contanto que você não comece a agir como um burro de novo, dando-me o tratamento do silêncio de merda.” Wally não sorria, e Dakota perguntou o que diabos poderia

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estar naquele galpão. Ele deixou Wally liderar o caminho em todo o quintal, e Dakota notou que Wally abrandou, diminuindo seus passos e ouvindo na porta. “O que—” “Shhh.” Wally acenou para os lábios e abriu a porta, olhando para dentro antes de abrilo o suficiente para Dakota dar uma olhada. Olhando para dentro, num primeiro momento Dakota pensou que era um dos cães, mas logo percebeu o que era. Fechando a porta, se afastou do galpão, cabeça latejando a cada batida do seu coração. “Que diabos você pensa que está fazendo?” Ele sussurrou entre os dentes cerrados, enquanto continuava andando longe do galpão e de seu habitante potencialmente letal. “Ela estava ferida e precisava de ajuda,” Wally explicou calmamente, como se as pessoas ajudassem a lobos feridos a cada dia. Ele ainda teve a coragem de olhar para Dakota como se fosse louco. “Você trouxe um lobo, um lobo vivo, para o rancho?” Dakota gritou, com a cabeça sentindo como se estivesse pronto para explodir com a frustração. “Você poderia ter sido morto, ou rasgado em pedaços.” Ele sabia que não estava fazendo muito sentido, mas não dava a mínima. “Como diabos você conseguiu isso aqui, afinal?” “Carreguei-a,” Wally forneceu com calma. “Você carregou-a, apenas isso? Seu companheiro apenas deixou você ir embora com ela.” “A cavalaria o enxotaram para fora.” A voz de Wally se manteve calma e uniforme. Na sugestão, provavelmente por causa da gritaria, os cães correram pelo quintal, seus latidos abafando os gritos. “Viu? A cavalaria,” disse Wally quando os cães correram em torno de suas pernas. Dakota ficou sem fala, a boca aberta. Como no inferno podia discutir com isso? “Você está louco? Ele poderia ter feito você em pedaços.” O pensamento de algo ou alguém ferindo Wally ofuscou sua própria raiva, e se viu puxando Wally para ele, abraçando o homem menor

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apertado contra ele. “Não faça isso de novo!” Ele sentiu-se respirando como se tivesse corrido uma maratona, e depois a realização afundou dentro. “O que vamos fazer com ela?” “Não há muito que podemos fazer. Tirei a bala e costurei, mas não sei se ela vai viver, embora ela pareça que esta respirando melhor. Estou esperando que ela vá se recuperar o suficiente para fugir por conta própria. Sei que você está irritado que eu a trouxe aqui, mas não poderia deixá-la sofrer e morrer, eu não podia.” Foda-se, um olhar de olhos grandes de Wally e não havia nenhuma maneira que ele poderia dizer não ao homem. “Acho que estou começando a entender o quão forte você se sente sobre isso.” “Não é apenas lobos, Dakota, mas qualquer animal selvagem.” Wally descansou a cabeça contra o peito de Dakota. “Eu sinto muito fortemente que devemos ser guardiões da natureza, não jardineiros, porque se não proteger o que temos, isso vai embora para sempre. Eu sei que eles são uma ameaça, mas isso inclui lobos, tanto como inclui búfalo, e gêiseres, e as montanhas de lá.” Ele indicou os altos picos dos Tetons a distância.” Eu só espero que você possa tentar entender.” “Mas o que vamos fazer com ela? Quer dizer, o seu companheiro pode vir olhar para ela, e eu não posso tê-lo vagando ao redor da fazenda. Os homens vão atirar nele, e acho que não serei capaz de detê-los.” Dakota viu Wally olhar para ele. “Espero que você saiba que só estou fazendo isso por você e que ela tem que sair daqui o mais depressa possível.” Porra, ele esperava que ele não fosse se arrepender de fazer isso, mas de alguma forma percebeu que era inevitável. “Nenhuma boa ação fica impune,” ele murmurou sob sua respiração. “O quê?” Dakota balançou a cabeça. “Nada.” Lentamente, ele guiou Wally em direção à casa. Não havia trabalho a fazer, e achou que era melhor não se debruçar sobre a ameaça no galpão. Esperamos que ela não esteja lá muito tempo. “Meu pai perguntou sobre você esta manhã.” “Ele fez?” Wally perguntou quando chegaram à varanda da frente.

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Dakota balançou a cabeça lentamente. “Eu disse a ele, sobre mim. Bem, mais precisamente ele me disse que já sabia.” “Parece muito bom quando as pessoas aceitam você por quem você é, não é?” Dakota sorriu quando Wally olhou para ele, seus olhos brilhando. “Estou arrependido de assustar você, e não deveria ter trazido o lobo aqui sem a sua permissão.” “Vamos para dentro.” Dakota abriu a porta. Quando Wally andou por ele, Dakota pegou o bumbum pequeno e apertou. Wally guinchou e andou mais rápido, rindo baixinho. “Ei, papai,” Dakota chamou com um sorriso quando viu seu pai em sua cadeira, olhando pela janela. “Está bom lá fora. Gostaria de sentar na varanda por um tempo?” Dakota rodou seu pai fora enquanto Wally segurava a porta. Agarrando seu laptop, Dakota sentou numa das cadeiras, apoiando o computador no colo. “O que você está fazendo?” Wally perguntou, olhando por cima do ombro, perto o suficiente para que Dakota tivesse seu nariz cheio de seu perfume quente. Esquecendo-se por um minuto, quase levou Wally para baixo em um beijo, mas se conteve a tempo. Olhando para cima, viu Greg carrancudo olhando para eles quando atravessou o pátio. Pelo menos ele está mantendo sua boca fechada. “Atualizando os registros genealógicos. Cada cabeça é marcada, e mantenho os registros detalhados sobre cada um. Tudo, desde onde eles pastam, os registros de veterinário, todos os tipos de informação, que precisam ser atualizado regularmente.” Dakota voltou a trabalhar, mas Wally não se mexeu, e logo sentiu os dedos quentes trabalhando os músculos dos ombros. Dakota se virou para o pai, mas só viu uma expressão de contentamento e assim continuou seu trabalho, absorvendo a atenção. Depois de um tempo, fechou o laptop e relaxou na cadeira. Os braços de Wally enrolaram ao redor de seu pescoço e ele encostou ao ombro de Dakota, a respiração quente acariciando sua pele. Parecia bom ter alguém tomando cuidado dele, mesmo que fosse apenas por alguns minutos. Dakota cuidou do pai, de todos os empregados e parecia bom ter alguém cuidando dele por um tempo. Deslizando sua mão ao redor, acariciou a perna de Wally quando se viu cochilando, até que o telefone tocou. 105


Felizmente, ele se lembrou de pegá-lo junto com seu laptop. “Olá, doutor. O que está acontecendo.” O veterinário chamava raramente a ele, o homem era geralmente ocupado demais para uma conversa casual. “Wally está ai?” “Claro, espere.” Ele entregou a Wally o telefone e meio que ouviu ao lado de Wally a conversa. Não demorou muito, mas Wally passou de relaxado para animado em cerca de trinta segundos. “Certo, vou estar pronto.” Wally desligou o telefone, entregando-o de volta. “Ele está a caminho de uma emergência e perguntou se eu gostaria de me juntar a ele. Disse que um dos cavalos em” — Wally hesitou por um segundo — “o lugar Milford estava tendo gêmeos e está a caminho.” Dakota assobiou. “Isso é muito raro.” Wally deu-lhe um beijo animado e, em seguida, desceu os degraus para o carro de Phillip e pegou um saco do caminhão e colocou no caminhão do veterinário. Wally subiu e, eles estavam indo para fora outra vez. “Veja, eu disse a você.” Dakota se virou para o pai, ouvindo. “Ele olha para você como se você fosse a lua.” Seu pai respirou fundo, e Dakota questionou se ele deveria tê-lo levado para fora, mas depois sua respiração melhorou e voltou ao normal. “Acho que não era o que você pensou.” “Não. Em alguns aspectos, é pior.” Dakota disse a seu pai sobre o lobo. “Ele poderia ter sido morto.” Surpreendeu-o que no final sua primeira reação a mais potente era a segurança de Wally, quando o que estava no galpão representava uma ameaça para a fazenda inteira. “Você acha que é ruim que estou colocando Wally primeiro?” Ele não tinha certeza se era certo, mas em sua mente, Wally foi se tornando mais e mais importante para ele. Seu pai estava de olhos fechados, e Dakota percebeu que tinha adormecido. “Não. Eu acho que você deve sempre colocar as pessoas que te acompanham em primeiro lugar.” Dakota sacudiu a cabeça, olhando para seu pai de boca aberta com a surpresa. “Eu posso vê-lo e eu estou feliz com isso. Você não deveria estar sozinho. E quanto a esse lobo,

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nós estamos lidando com eles há décadas e nós vamos continuar no futuro. É parte do negócio.” Seu pai tossiu, e Dakota deu-lhe um pouco de água. “Sei que não é para se sentir assim, mas fatos são fatos, e Wally não pode negar uma parte de si mesmo, mais do que você pode negar o modo como se sente por esta fazenda.” “Como você ficou tão inteligente?” Dakota recostou na cadeira. “Eu sempre fui inteligente, você simplesmente não viu.” Um sorriso satisfeito aqueceu a face de seu pai, e Dakota percebeu que estava economizando por anos. “Agora vá ter algum trabalho feito. Vou cochilar um pouco por aqui e não preciso de uma audiência.” O pai dele fechou os olhos, e Dakota balançou a cabeça. Este realmente foi um bom dia, e se sentiu quase como se o pai realmente estivesse curado. Talvez fosse sua nova medicação ou talvez apenas sorte, mas pegava todos os dias bons. Levantando-se, Dakota desceu os degraus em direção ao celeiro, sentindo-se feliz. Ao longo dos últimos dias, ele saiu com seu pai e os homens. Ele não tinha percebido o quanto os segredos e medos estavam drenando-o. “Ei, chefe,” um dos homens chamou quando ele passou. Retornando uma saudação, ele continuou até o manejo. Um grito veio sobre o quintal. “Que porra é essa?” Dakota se virou e viu Greg se afastando do galpão. Tirando a correr, acelerou para ele. “Está tudo bem,” Dakota disse quando chegou ao homem assustado. “Eu...” Greg olhou por cima do ombro, no barracão enquanto Dakota o conduzia ao longe. “Eu fui procurar a motosserra que Mario disse que estava no galpão e” — ele olhou por cima do ombro de novo — “Jesus. Era isso...?” “Temo que sim. Wally encontrou esta manhã. Ele acredita que é o lobo que você baleou ontem à noite.” Dakota manteve a voz baixa. “Que diabos ele está fazendo lá? Por que ele não simplesmente o matou?” Greg perguntou com naturalidade, como se fosse a única solução lógica. Dakota sabia o que era para os homens da fazenda, mas para Wally, era outra coisa de fato, e Dakota descobriu que gostava a respeito dele. Se o homem mostrasse o mesmo cuidado que tinha para o lobo para seus outros pacientes, ele estava indo fazer um veterinário realmente bom. 107


“Isso não é algo que Wally pode fazer. Encontrou-a na ravina e não podia deixá-la morrer. Eu sei que é difícil de entender. Inferno, eu não entendo completamente por mim mesmo. Penso assim: a mesma vontade que o fez decolar com o veterinário esta manhã para ajudar com o nascimento de gêmeos dos cavalos em Milford também o levou a ajudar o lobo.” Dakota inclinou a cabeça em direção ao galpão. “Isso é loucura!” Greg respondeu enquanto caminhavam de volta para o manejo. “Ele não sabe que o lobo vai derrubar um dos bezerros, dada a chance? Isso é loucura, se você me perguntar.” Balançando a cabeça, Greg pesadamente foi para dentro do celeiro, murmurando baixinho o tempo todo. Dakota começou a trabalhar. Ele precisava de algo físico para fazer, então passou o resto da manhã limpando o celeiro antes de sair com a máquina e cortar a grama no quintal da casa. Ao meio-dia, fez o almoço e comeu com seu pai na varanda. “Está ficando quente. Você quer ir para dentro, papai?” “Claro que não. Eu quase me sinto vivo aqui fora.” Dakota riu quando um carro parou e a enfermeira saiu. “Olá, Sr. Holden, Dakota.” Ela subiu os degraus. “Vamos deixá-lo limpo.” Ela subiu os freios sobre a cadeira. “Não se preocupe. vou trazer você de volta para fora quando nós terminarmos.” Dakota abriu a porta e ela o levou para dentro. Quando fechou a porta, um caminhão parou na unidade. Quando parou, Wally saiu, falando a mil por hora enquanto agradecia ao veterinário. “Você tem tempo para tomar uma bebida?” Dakota perguntou enquanto caminhava na direção do veículo. A cabeça do veterinário saiu da janela lateral. “Adoraria, mas estou à espera no escritório.” Com um aceno, ele se afastou, o caminhão saltando para baixo da unidade e para a estrada. “Deus, Kota. Isso foi incrível.” Wally correu para ele, e Dakota resmungou baixinho quando o homem menor se jogou nele, abraçando apertado, sua narrativa nunca parando. “Ela 108


era enorme, parecia prestes a explodir. Chegamos lá a tempo de ver o nascimento do potro em primeiro lugar. O segundo veio logo depois.” “Algum problema?” Dakota acalmou as mãos pelos cabelos de Wally, realmente gostando que Wally não estivesse se afastando. “Não. Dois potros bonitos. Eles são um pouco pequenos, mas era de se esperar.” Dakota podia sentir a energia de Wally. Ele estava praticamente vibrando com ele. “Gostaria de algo para comer?” Wally acenou com a cabeça e lançou do abraço. “Então me deixe conseguir algo para você comer e então podemos ir para um passeio.” Dakota tomou a mão de Wally e levou-o para dentro. “Onde está Phillip?” Wally perguntou quando olhou em volta. Dakota sorriu. “Ele está com Mario, e você não vai acreditar, mas estão substituindo postes.” Wally começou a rir. “Você quer dizer que Mario tem Phillip fazendo trabalho físico? Bom Deus. Eu pagaria dinheiro para ver isso.” Dakota terminou de fazer o sanduíche de Wally e trouxe-o para a mesa. “Acho que Mario tem uma coisa por Phillip.” Ele se sentou em frente a Wally e o assistiu mastigar. O homem era adorável, não importando o que estava fazendo, e Dakota começou a se perguntar se estava a fim de se divertir. Uma pancada na parte de trás da casa lembrou-lhe que eles não estavam sozinhos, e deixou povoar em seus pensamentos, a maioria deles era pornográfica, ele deixou Wally comer o seu sanduíche. Barriga cheia e cavalos selados, então Wally liderou o caminho em toda a gama. “Você pode me mostrar onde encontrou o lobo?” Dakota perguntou quando acelerou seu cavalo até que estava andando ao lado de Wally. “Claro.” Ele apontou. “Foi na ravina pouco mais a frente.” Wally liderou o caminho em direção ao leito do riacho antigo, parando e escorregando o cavalo quando chegaram perto. “A areia é um pouco instável.” Dakota desmontou e estava ao lado dele, segurando as rédeas, enquanto olhava para a longa depressão no chão. Ele podia ver onde a sujeira parecia endurecida e era definitivamente 109


mais escura. Ele achava que era por causa do sangue. “Como, diabos você conseguiu levar um lobo inconsciente?” Dakota olhou para ele, de repente muito preocupado. “Ela estava inconsciente, certo?” “Sim. E acho que a emoção me deu a força.” “E você levou-a por todo o caminho de volta a partir daqui?” Dakota olhou para os prédios da fazenda. “Isso deve ter parecido uma eternidade.” Ele tinha visto Wally em ação, mas o pequeno homem era realmente um feixe de energia. Seu cavalo começou a bater nervosamente, balançando a cabeça e cheirando. “O que é isso, menino?” Dakota perguntou, olhando em volta quando o cavalo de Wally começou a agir da mesma maneira. “Você está cheirando alguma coisa?” Wally estava pensando a mesma coisa. “Lá há algo na grama perto das árvores.” Wally apontou e Dakota assistiu. Com certeza, um pequeno movimento na grama que não foi causado pela brisa chamou sua atenção. “Devemos sair daqui. Ele está olhando para nós e devemos partir,” disse Dakota com mais de uma pitada de preocupação. Wally virou o cavalo e montou rapidamente, estimulando-o de volta para a fazenda, e Dakota, o seguiu logo atrás. Ao chegarem mais perto dos edifícios, os cavalos acalmaram novamente, e Dakota puxou numa parada junto a Wally, como se estivesse esperando por ele. “Ele não vai parar de procurar por ela, você sabe disso? E se ela está na fazenda, vamos ter um visitante mais cedo ou mais tarde.” A luz nos olhos de Wally desapareceu, e Dakota sabia que ele percebeu isso também. “O que devo fazer?” “Esta noite, vamos devolvê-la para a ravina onde ele a viu pela última vez. Pelo menos dessa forma, ele não irá para a fazenda.” “Espero que ela esteja bem o suficiente.” Os olhos de Wally estavam cheios de conflitos. ”Eu a vejo e quero ajudá-la, mas vejo você e eu não quero que você se machuque ou cause problemas para a fazenda.”

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“Mas você vai ajudá-la, Wally. Ela é um animal selvagem, e você não poderia ajudá-la mais do que você fez, sem tirar sua liberdade.” Deus, ele mal podia acreditar que estava se solidarizando com um lobo. Wally estava definitivamente esfregando nele, ou talvez — ele olhou para o olhar preocupado sobre a face do homem menor — talvez Wally estivesse apenas chegando a ele, ponto final. “Eu acho que você está certo.” A face de Wally quebrou em um sorriso. “E obrigado pelo nos. Isso significa muito.” Wally se aproximou e Dakota estava a meio caminho, beijando aqueles lábios macios. “Eu sei que isto é difícil e só estou fazendo as coisas mais difíceis.” “Você pode dizer isso de novo.” Dakota olhou para seu colo e depois para Wally, que sorriu de volta para ele. Wally puxou na parte traseira de sua cabeça e puxou-o para outro beijo, mais profundo. “Não é só você.” Eles continuaram se beijando até o cavalo de Wally decidir que não queria ficar onde estavam o tempo suficiente e começou a caminhar em direção ao rancho, separando seus lábios. Tomando a dica, eles continuaram de volta para o celeiro. Ao passarem pelo quintal, Dakota viu o pai na varanda, dormindo alegremente em sua cadeira, e a enfermeira recolhendo suas coisas e se preparando para sair. Ela caminhou até ele quando Dakota deslizou do cavalo. “Ele teve seu banho, mas quis estar aqui fora. Eu troquei sua cama, enquanto ele estava aqui e está tudo pronto para você esta noite.” Ela sorriu e ele agradeceu, olhando para seu pai, dormindo. “Ele está tendo um grande dia. Ele me contou tudo sobre a conversa que vocês tiveram” os olhos de Dakota se arregalaram. Ele não tinha certeza se estava feliz com isso. “Às vezes, a doença tira a capacidade de censura na fala.” Ela deu um tapinha no ombro dele. “A sua me diz que significa que ele está orgulhoso de você.” Com outro sorriso, ela arrumou suas coisas no carro e acenou enquanto se afastava. “Tudo bem?” Wally perguntou quando saiu do celeiro, tomando as rédeas do cavalo de Dakota.

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Dakota piscou algumas vezes, tentando se certificar de que não estava sonhando. “Eu estava esperando palavrões e muita gritaria, talvez algumas ameaças, quando as pessoas descobrissem que eu era gay.” “Você está esquecendo Greg?” Wally levou o cavalo em direção ao celeiro, e Dakota o seguiu, puxando-se fora de seu devaneio momentâneo. “Como eu poderia? A imagem de vocês, ficara guardada comigo por anos.” Dakota abriu a porta da baia e Wally levou o cavalo para dentro. “Ele é apenas um falastrão que tem medo de que todo mundo vai pensar sobre tudo. O homem nunca teve um pensamento original em sua vida.” “Esses são os que você precisa observar.” Wally saiu da baia e apoiou as costas contra a porta fechada. “Não me interprete mal, acho que você decidiu que é hora de parar de se esconder e mentir, é maravilhoso, e teve uma grande experiência até agora, mas não se surpreenda se isso acabar, especialmente quando chegar ao redor da cidade

e isso chegara.” “Isso é o que tenho medo.” Dakota nervosamente jogou o peso de um pé para o outro. “As pessoas vão surpreendê-lo, em ambos os sentidos. Algumas pessoas que você pensou que seriam abertas não falarão mais com você e algumas pessoas vão simplesmente aceitar sem pestanejar.” “É isso o que aconteceu com você?” Dakota sentiu o nervosismo baixando. Era bom ter alguém para falar. Ele falou sobre algumas destas com Phillip no telefone, mas ter alguém aqui de quem gostava e confiava se sentiu muito bem. Wally assentiu. “Meu melhor amigo da faculdade se recusou a devolver as minhas chamadas depois que eu saí. Nós vivemos juntos por um ano e passamos todo o nosso tempo livre juntos. Saí depois que me formei com a minha licenciatura, e ele nunca retornou uma chamada depois disso.” Os olhos de Wally estavam brilhantes, e deu de ombros, um pouco dramaticamente. “Não é uma grande coisa agora, mas antes me machucou, muito ruim. Eu realmente pensei que ele seria favorável.” Wally se aproximou, e Dakota sentiu o calor e o cheiro quando o abraçou. “O importante é ser você mesmo, e os outros virão por aí. Você só 112


precisa mostrar a eles que é a mesma pessoa que sempre foi, e para a maioria das pessoas isso não importa em tudo.” Dakota pensou que Wally estava preste a beijá-lo, mas interrompeu os passos dele, e Wally recuou. Dakota se virou e viu Greg, parecendo perturbado e muito desconfortável. “Há algo que você precisa?” “Apenas algumas coisas do quarto de arreio,” Greg respondeu, e Dakota o assistiu com cautela enquanto atravessava o celeiro, percebendo que Greg deu-lhes um amplo espaço, mas acenou com a cabeça um pouco para Wally. Eles ouviram mais passos, e a voz de Phillip encheu o celeiro. “Uma dança de verdade?” “Sim, com cowboys de verdade.” Mario seguiu atrás de um Phillip um pouco duro. “Você pode ter sua escolha, tenho certeza,” acrescentou Mario um pouco secamente. “Eu já tenho o cowboy que quero, mas não espero que você possa dançar comigo,” brincou Phillip. Dakota riu alto quando Phillip realmente bateu os olhos para Mario. “É a linha de dança, para que possamos estar um ao lado do outro.” Isso pareceu pacificar Phillip, muito e Mario se divertiu. “Vocês dois querem ir com a gente?” Phillip perguntou. Dakota olhou para Wally, que encolheu os ombros. “Eu realmente não danço muito bem.” Dakota sentiu um arrepio através dele quando Wally deslizou sua mão para baixo em sua parte inferior das costas. “E nós temos uma tarefa para cuidar, então acho que preciso dar-lhe a sua recompensa por ser tão compreensivo.” Wally levantou as sobrancelhas ligeiramente. Dakota não poderia ajudar a inclinar-se perto. “Que tipo de recompensa?” “Isso depende,” disse Wally, com um estreitamento em sua orelha, e Dakota não pôde reprimir um arrepio. Porra, o homem poderia ser pecaminosamente mal. Dakota engoliu o gemido de excitação. “Acho que vamos passar, mas vocês tenham um bom tempo e certifique-se que os homens sigam as regras,” advertiu Dakota levemente. “As regras?” Phillip perguntou.

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“Durante a semana eles precisam ver quanto bebem. Noites de sábado estão bem, mas estar bêbado durante a semana, significa que irão fazer merda na manhã seguinte,” disse Mario, antes de voltar sua atenção para Dakota. “Nós temos os postes fixados, por isso amanhã vou amarrar o fio. Eu disse aos homens para parar pelo dia.” Dakota acenou com acordo e, em seguida, viu quando Mario guiou Phillip fora do celeiro. “Eu preciso verificar o papai.” Dakota queria nada mais do que passar o resto da tarde com Wally, mas havia coisas a serem feitas, não importando o quê. E se ele não fizesse algo, ia acabar rolando com Wally no palheiro, e o homem merecia mais do que isso, muito mais. Dakota balançou a cabeça para si mesmo. Com outros homens, um rolo no feno era tudo que ele já tinha procurado, mas ele queria mais de Wally, e por Wally. Jesus inferno porra, o que ele vai fazer quando Wally voltar para casa? A realização bateu-lhe no estômago como um soco de otário. “Você está bem?” A pergunta de Wally puxou para fora de seus pensamentos. “Você olhou como se estivesse em dor por um segundo.” “Estou bem.” Dakota tentou eliminar a expressão de seu rosto. “Preciso ver o papai.” Ele esperava que não soasse muito como uma desculpa para fugir, mas foi o que ele precisava no momento. “Então vou tirar a sela dos cavalos e colocá-los dentro.” Wally parecia confuso, e Dakota sabia que ele deveria dizer algo, mas nada veio. Suas próprias emoções, de repente muito perto da superfície. Estendendo a mão, correu os dedos para baixo do braço de Wally, esperando que o toque fosse suficiente, antes de ir embora. Na porta, ele se virou e fez o seu melhor para sorrir, com Wally devolvendo o sorriso. Na varanda, os olhos de seu pai ainda estavam fechados, mas assim que Dakota subiu os degraus, eles se abriram, e viu um meio sorriso na face de seu pai. “Você se divertiu?” “Nós não fizemos nada de especial.” “Mas você se divertiu?” Dakota assentiu. “Sim.” 114


“Isso é como você sabe, Kota.” “Sabe o quê?” Mas ele não obteve uma resposta. Os olhos do pai deslizaram fechados novamente. Quando repetiu a pergunta, o pai não respondeu. Dakota conhecia o homem e provavelmente, estava jogando de mudo, mas não iria empurrar. Não iria lhe fazer algum bem de qualquer maneira. “Ele acha que é uma espécie de oráculo agora,” Dakota murmurou, caminhando dentro e para a geladeira pegou uma cerveja então pegou outra achando que Wally poderia querer uma, quando tivesse acabado. Voltando fora, viu o homem que parecia ocupar seus pensamentos constantemente andando em direção a ele, com um grande sorriso no rosto. “O veterinário acabou de ligar e disse que os potros gêmeos estão bem.” Dakota ofereceu-lhe a cerveja, e Wally sentou ao lado dele, tomando a cerveja na brisa quente de verão. Quando o sol ficou mais baixa, Dakota moveu para dentro seu pai e começou a fazer o jantar. Enquanto cozinhava, podia ouvir Wally e seu pai conversando em voz baixa na outra sala. Ouvindo atentamente, ele sorriu. Seu pai estava perguntando a Wally sobre ser gay. “Eu fiz algo errado? Eu poderia tê-lo ajudado?” Dakota viu que supostamente eram perguntas típicas e era mais fácil seria perguntar a alguém que você não conhecia para obter as respostas. Mas as respostas de Wally o surpreenderam. Foram respondidas tendo sido pensadas e com cuidado. “Dakota é um homem especial por causa de você. Você fez dele gay? Não. Mas você o ajudou a transformá-lo em homem e seu filho pode se orgulhar? Então, sim. Isso é tudo, isso que é importante.” Dakota piscou algumas vezes enquanto voltava para a cozinha, tentando não pensar sobre como se sentiria em uma semana, quando Wally partisse. Depois de um jantar tranquilo, Dakota se desculpou e saiu para o celeiro. Ele ouviu os homens de pé juntos perto da porta do barracão, conversando e rindo enquanto provocavam uns aos outros sobre as meninas que cada um queria dançar. Quando tudo está certo para passar a noite, ele ouviu os caminhões começarem e se afastar, a fazenda tornar-se silenciosa. “Você está pronto?” 115


Dakota saltou ligeiramente. “Sim.” “Eu fiz alguma coisa? Você está bravo, porque eu estava conversando com seu pai?” “Deus, não.” Dakota se virou, vendo aqueles grandes olhos cheios de preocupação. “Estava apenas pensando em quando você partisse.” “Estava indo dizer-lhe mais tarde, mas o Doutor Hastings me ofereceu um emprego hoje. Ele está ficando mais ocupado do que pode lidar sozinho e me ofereceu uma posição com ele. Talvez até mesmo uma parceria, eventualmente, se as coisas funcionarem.” “Então você quer dizer que estas férias podem ser mais para nós?” “Isso depende de nós. Percebi o quanto gosto daqui.“ Os olhos de Wally se estreitaram. “E antes que você pergunte, se eu aceitar o trabalho, seria por esse motivo, não por causa de você. Eu nunca teria colocado esse tipo de pressão sobre você. Não seria justo.” Wally se aproximou. “Embora você seja um bônus muito legal.” “Eu sou, hein?” Wally se contorceu quando Dakota fez cócegas nas costelas. “Isso não é justo!” Wally riu enquanto ele tentava fugir. Dakota parou e se aproximou, reunindo Wally em seus braços. “Qual é o seu plano para mover o lobo?” “Verifiquei alguns minutos atrás, e ela está acordada, mas não consegue andar muito bem ainda. Os músculos de sua perna, vão demorar alguns dias para cicatrizar. Acho que vou ter que tranquilizar seu ânimo levemente e, em seguida, podemos levá-la de volta para a ravina. Imaginei que poderia fazê-lo sobre o cobertor. Dessa forma, não deixaremos muito de nosso cheiro sobre ela.” Dakota soltou e começou a caminhar em direção à casa. “Aonde você vai?” Wally perguntou. “Conseguir a minha arma.” “Para quê?” “Wally.” Ele parou e se virou. “Eu não vou sem proteção. Não estou preocupado com ela, mas seu companheiro pode ter outras ideias, especialmente assim que ele pegar o cheiro dela. Nada o irá fazer ficar longe dela, e ele terá de ir através de nós para chegar até ela.” 116


“Você não vai machucá-lo, você vai?” Dakota odiava a dúvida e preocupação na voz de Wally. “Vou fazer o meu melhor para não. Mas não posso prometer se ele te machucar.” A expressão de Wally suavizou-se quando deu um meio sorriso. “Obtenha seu kit e vou encontrá-lo lá atrás.” Wally assentiu e Dakota caminhou até a casa, agarrando sua arma e saindo pela porta dos fundos. Ele viu Wally andar cautelosamente em direção ao galpão e, em seguida, em todo o lado, abrindo a porta. Um baque surdo chegou aos seus ouvidos, e Wally recuou quando viu o lobo mancar para fora do galpão e, em seguida cair no chão. Dakota correu e viu Wally envolvendo-a no cobertor quando ele se aproximou. “Como devemos fazer isso?” “Vamos usar o cobertor como uma funda. Pegamos e cada um leva um lado. Ela não é tão pesada, e podemos levá-la mais rapidamente.” Wally reposicionou-a no cobertor sem chegar a tocá-la. Quando ele estava satisfeito, levantou os cantos e começou a andar do outro lado do campo. Dakota carregou sua espingarda, pronto para deixar cair o cobertor ao primeiro sinal do homem. “Se ele está olhando para ela, poderia já estar nos observando.” Dakota manteve a vigilância na faixa, com qualquer sinal do grande predador. “Eu sei.” Mesmo Wally estava nervoso. E quando se aproximavam do barranco, a tensão nervosa aumentou para ambos. No lugar perto da borda da longa depressão, colocou a loba para baixo com cuidado, e Dakota permitiu-se olhar para ela pela primeira vez. “Ela é realmente bonita, não é?” Wally não respondeu, mas deu-lhe um olhar de eu-não-te-disse. Afastando-se, Dakota vigiou o lugar, uma última vez. “Precisamos nos apressar. Seu cheiro é muito forte, e ele vai pegar nisso rápido nessa brisa.” Pegando os cantos novamente, eles desceram do monte com cuidado e lentamente. Dakota sentiu o deslizamento de seus pés, e ele começou a deslizar quando o cascalho rolou sob seus pés. “Kota!” Wally chamou de trás dele quando se firmou.

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“Estou bem. Basta ter cuidado.” Dakota deu mais um passo e viu quando Wally começou a descer os lados, deslizando assim como ele fez. De alguma forma, eles fizeram isso para a parte inferior. “Kota, ela está acordando.” Wally estabeleceu o cobertor, e Dakota fez o mesmo quando o lobo levantou a cabeça. Correndo para longe, Dakota correu até o monte com Wally bem atrás dele, chegando ao topo como um rugido profundo e ameaçador a fazendo virar ao redor. O lobo olhou para eles do outro lado da ravina, e Dakota pensou que ele poderia tentar saltar isso. “Afaste-se, Kota.” Wally disse, sua voz embargada de medo, ele recuou lentamente. Dakota seguiu o exemplo, levantando o rifle em prontidão. Dakota ouviu um gemido suave e viu o salto do macho alfa para a depressão à medida que continuavam se afastando. Ele não tirava os olhos da distância de onde o lobo tinha desaparecido ou parado de recuar, até que estavam bem claros. “Ok, se apressar.” Eles voltaram juntos e correram por toda a gama em direção ao rancho, voltando a cada poucos minutos, mas nada parecia segui-los. “Ele deve estar muito preocupado com ela.” Nenhum deles parou até que chegaram ao alpendre da casa. Dobrando e ofegando para a respiração quando um chamado estridente ecoou sobre o rancho, seguido por um muito mais suave. “Obrigado, Kota.” Wally piscou algumas vezes, sorrindo para ele, a tensão deslizando a partir do corpo do homem menor. “Vamos entrar, precisamos de chuveiros, e talvez um pouco de álcool.” Um fazendeiro ajudando lobos, agora que definitivamente precisava de álcool. “Nós cheiramos tanto como lobo, sujeira e cavalo.” Wally balançou a cabeça e seguiu-o para dentro, no corredor, e em seu quarto, fechando a porta atrás deles. “Você não vai tomar banho?” “Claro,” Wally respondeu, quando tirou sua camisa e começou a puxar os sapatos. “Eu pensei que poderíamos economizar água.” As calças vieram em seguida, e, em seguida, Wally ficou na frente dele, nu e muito animado que ele rondava perto. “Eu sugiro que você fique nu a menos que pretenda tomar banho com suas roupas.” “Foda-se,” Dakota ofegou quando começou a abrir os botões. 118


“Isso vem depois.” Os dedos de Wally chegaram para o botão do jeans de Dakota, puxando-o aberto e deslizando para baixo em suas pernas, dedos circundando o seu comprimento. Os dedos de Dakota se atrapalharam para tirar a camisa, e ele arqueou quando os lábios de Wally pegaram um dos mamilos. Ele simplesmente desistiu, deixando suas mãos cair para o lado dele, abandonando-se para Wally completamente, esperando que seus joelhos não ficassem como gelatina.

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Capítulo Nove “DEUS, você tem um gosto bom,” Wally gemeu baixinho contra a carne de Dakota, quando ele sentiu o homem maior arquear em seu toque, os quadris empurrando em direção a ele. “Eu tenho um sabor melhor quando estou limpo,” Dakota ofegou quando Wally sugou mais duro, passando a mão enquanto Dakota movia os quadris. “Wally, eu não vou durar se você mantiver isso.” Com um resmungo, Wally deu um passo atrás, liberando os dedos, e depois sorriu enquanto observava o peito de Dakota ofegar. “Então pegue as roupas para que eu possa leválo ao chuveiro e realmente explodir sua mente.” A camisa de Dakota escorregou, e depois as calças, então Wally seguiu seu bumbum nu ao banheiro, uma mão em cada bochecha. “Acho que você está planejando se juntar a mim,” Dakota disse brincando quando chegou ao banheiro e ligou a água. Wally viu quando Dakota pisou sob o spray, voltando-se para ele, deslizando as mãos sobre o peito. Rios de água escorriam pela pele bronzeada, indo para baixo no pelo escuro do peito. A boca de Wally regou enquanto ele se adiantou e colocou os braços em torno de Dakota antes de puxá-los na cortina de água, colocando-os em um casulo de calor aguado. Os lábios trancaram ao seu ombro, beijar e mordiscar suavemente enquanto grandes mãos deslizavam pela volta de Wally, permanecendo na bunda. “Kota.” Ele se contorceu um pouco, afastando-se. “Como?” Mãos se acalmaram, os olhos semicerrados com o desejo. “Não posso pensar quando você faz isso.” Wally deixou os olhos caírem sobre o grande homem. “Coloque suas mãos sobre sua cabeça.” Os olhos de Dakota escureceram e ele levantou os braços, inclinando a cabeça interrogativamente. 120


“Isto é para você, e quero tomar meu tempo, e não posso fazer isso com o Sr. Dedos Mágicos.” Wally viu quando as mãos de Dakota apertaram a base do chuveiro. Ensaboando as mãos, Wally começou com os ombros largos, esfregando e suavizando a pele esticada, sentindo o fogo dos músculos esticando sob suas mãos. O peito era o próximo, pelo curto passava abaixo das palmas das mãos, fazendo cócegas em suas mãos. Alcançando ao redor, Wally desligou a água, o pequeno recinto tornou-se calmo, o único som agora era o respirar de Dakota. “Agora, você é todo meu.” Endireitando-se, Wally voltou à sua lavagem, mãos fazendo pequenos círculos no estômago de Dakota, os músculos ondulando, balançando os quadris enquanto seus dedos deslizavam através do pelo em sua barriga e descendo a trilha do tesouro para a base do pau grosso. “Wally, isso não está ajudando.” A cabeça de Dakota caiu de volta contra o azulejo quando Wally passou as mãos ao longo de seu comprimento, sorrindo para o efeito que estava tendo com seu grande amante. “Você quer que eu pare?” Wally apertou a base do comprimento rígido sem mover as mãos e viu frustrado puro prazer no rosto de Dakota. “Nãooo,” ele gemia baixinho. Amou ter o controle que tinha sobre o prazer de Dakota, Wally ensaboou as mãos começando a correr para baixo das pernas grossas, musculosas, sentindo-o dobrar e agitar enquanto amassava os músculos firmes. “Wally, você está me matando. Foda-se!” Dakota jogou a cabeça para trás, joelhos quase dobrando quando Wally passou um dedo ao longo de Dakota do buraco, circulando a pele enrugada que encontrou lá. Deus, tudo em Kota sentia-se bem, e adorava a maneira como o grande homem respondia ao seu toque. Wally já sabia que seu próprio corpo ansiava o toque de Dakota, e era incrível saber que Dakota sentia o mesmo, que ele poderia fazer o corpo do grande homem cantar. Ligando a água de volta, lavou o sabão, as mãos ainda enroladas na coxa de Dakota, sentindo o tremor muscular.

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Inclinando-se perto, ele passou a língua ao longo do comprimento entre as pernas balançando, ouvindo um chiado e sentindo a perna tremer ainda mais. “Você tem gosto bom, Kota.” “Unhhhh.” Wally adorava que ele reduzisse seu amante a meros sons, e ele deslizou os lábios sobre o comprimento de Dakota, a língua trabalhando no cume da cabeça. Dakota estava selvagem, contrariando os quadris e preenchendo o espaço pequeno, com seus gemidos e soluços. Agarrando a bunda Dakota, Wally espalhou as bochechas e deslizou um dedo sobre a entrada, trabalhando dentro, ouvindo gemidos Dakota tornou-se mais urgente. “Wally!” Ele soube imediatamente quando encontrou o ponto. Dakota gritou e rebolou para frente, chegando duro, e Wally alegremente levou tudo que tinha. Wally sentiu os joelhos de Dakota começar a ceder e ele segurou seu homem apertado, despejando água sobre eles. A respiração profunda encheu seus ouvidos, mãos de Dakota deslizavam sobre suas costas. Quanto tempo eles ficaram assim, Wally não sabia ou se importava. Então sentiu os dedos trabalharem através de seus cabelos, os limpando com shampoo. Dakota mal conseguia se mover então Wally terminou de lavar-se e desligou a água. “E você?” Dakota perguntou, quando Wally entregou-lhe uma toalha. “Nós não terminamos ainda, cowboy, não por um tiro longo.” Wally girou a toalha sobre os ombros e secou as costas antes de pendurar a toalha e caminhar para o quarto. Dakota o seguiu, o abordando sobre o colchão, reuniram seus lábios em um beijo ardente e profundo. Wally arqueou e gritou baixinho enquanto Dakota lambia o bico e as mãos grandes trabalhavam debaixo dele, uma nádega embalava cada uma. “Eu quero você, Kota, quero sentir você ao redor de mim.” Wally sentiu Dakota quieto e perguntou se tinha ido longe demais. Eles nunca falaram sobre seus papéis, e ele tinha acabado de assumir que ambos eram versáteis, mas talvez estivesse errado. “Eu nunca fiz isso.”

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Wally se inclinou para frente, os braços enrolados em torno do pescoço de Dakota. “Nós não temos, se você não está pronto. Eu não quero pressioná-lo.” A última coisa que queria fazer e deixar Dakota desconfortável. “Não é que não quero. É só que nunca confiei em alguém o suficiente para deixá-lo.” Os olhos de Dakota encontraram os seus, cheio de profundidade e outra coisa que não chegou a registrar. Wally engoliu quando percebeu que poderia ser amor. “Mas eu confio em você, Wally.” Seus lábios se encontraram, suavemente, com ternura, o desejo ainda ardendo, mas suave para Wally pelo que Dakota tinha acabado de dizer. Dakota ia deixá-lo ser seu primeiro. O pensamento era quase suficiente para fazê-lo vir. Dakota confiava nele. Esse pensamento foi suficiente para fazer Wally tremer com entusiasmo. Para os últimos dias, sempre que estava perto de Kota, ele se sentia puxado para ele. E quando saia, Wally estava ansioso para vê-lo novamente. “Role em seu estômago e relaxe.” Ele podia ver as pernas de Dakota ainda tremendo um pouco e percebeu que teria que ajudá-lo. Escarranchando as pernas, Wally começou a correr as mãos ao longo dos lados, girando Dakota. “Não pense em nada além do que se sente bem.” Ele deixou as mãos deslizarem mais baixo, olhando por cima do alvo sólido de Dakota antes de subir nas costas novamente. Estava tão excitado, podia sentir seu pau vazando contra a pele de Dakota, mas obrigou-se a acalmar e lembrar-se que ele precisava fazer isto bom para o seu cowboy. “As minhas mãos fazem você se sentir bem? Cuidado?” “Uh-huhhhh.” “Então, basta pensar nisso.” Wally moveu suas mãos de volta a bunda de Kota, amassando e trabalhando as bochechas de disco rígido, deixando os dedos provocar e explorar. Inclinado para frente, começou a beijar as costas de Dakota, movendo-se mais e mais, beliscando suavemente em seu rosto. “Eu aposto que ninguém te mostrou como isso pode ser especial.”

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Abrindo as bochechas, Wally deslizou sua língua para baixo na fenda e sobre a abertura. As costas de Dakota arquearam e a cabeça pendeu para trás. Chorando baixinho, Wally repetiu o movimento, focalizando a abertura pequena, enrugada, lambendo com sua língua, cheiro único de Dakota preencheu seu nariz e boca. “Wally!” Ele sentiu os quadris de Dakota começar a moer contra os lençóis. Acalmandoo com um toque, sondou profundamente com sua língua, relaxando o músculo, enquanto suas mãos acalmavam ao longo dos lados de seu amante. Wally beijou seu caminho de volta para o pescoço de Dakota, alargando seu corpo em cima do seu amante quente, mãos deslizando abaixo dele, os dedos trabalhando para os mamilos nos pontos duros. “Isto está realmente bom?” Dakota fez algum tipo de barulho e acenou com a cabeça. “Por favor, Wally.” Sua cabeça virou para o lado, e Wally encontrou os lábios em um beijo desajeitado e desleixado, mas extremamente quente. “Eu quero isso, e quero que seja você.” “Deixe-me deixá-lo pronto.” Wally chegou a cabeceira e encontrou a garrafa, lubrificou os dedos antes de lentamente pressionar um dentro, enrolando o seu corpo contra o lado de Dakota, querendo que seu amante visse seu amor, bem como para manter contato pele com pele tanto quanto possível. “Como se sente?” “Estranho,” Dakota respirou, “bom.” Wally deixou o dedo deslizar longe e acrescentou outro, deixando Dakota ajustar antes de movê-los devagar. A pressão sobre os dedos foi intensa, e pela sua mente o quão maravilhoso Dakota se sentia à sua volta. “Mais,” Dakota chorou, e Wally enrolo os dedos, enviando ondas de prazer que ele podia sentir através de seu amante. “Wally, não me provoque.” “Eu quero ver você,” Wally sussurrou no ouvido de Dakota, Dakota rolou, levantando as pernas em um convite amoroso. Abrindo o pacote de preservativo, Wally deslizou sobre o preservativo e pressionou-se contra a entrada de Dakota, deslizando lentamente para dentro. “Jesus!” Dakota bufou quando as costas arquearam. Wally afundou no corpo de Dakota e parou, inclinando-se, beijando seu amante. 124


“Eu não posso te dizer como se sente bem.” Devagar, com cuidado, ele começou a se mover, olhando a mudança dos olhos de Dakota de curiosidade para como “Oh meu Deus.” “Você é lindo, você sabe disso?” Wally murmurou enquanto observava o movimento do corpo de Dakota, juntamente com o seu, um brilho de suor fez com que brilhasse a pele escura na luz fraca. Wally deixou as mãos vagarem, deslizando sobre o peito, sexy peludo, debaixo no estômago, e ao longo do comprimento agora rígido. “Wally, Wally,” Dakota cantou baixinho quando Wally acariciou todos os seus movimentos assumindo um ritmo próprio. Dakota apertou os músculos e Wally quase perdeu eles, a pressão era tão intensa, mas esta era a primeira vez de Dakota, e ele estava determinado que Dakota precisava vir em primeiro lugar. Pegando o ritmo, ele viu o estômago de Dakota começar a apertar e ouviu a sua respiração se tornar irregular. A cabeça de Dakota rolou para frente e para trás no travesseiro enquanto Wally sentia Dakota endurecer na sua mão. Com um grito suave, Dakota gozou, disparando para a mão de Wally. Todos os músculos em torno de Wally apertaram, puxando seu próprio clímax, e ele veio no fundo do corpo de Dakota, pequenas luzes dançavam como diamantes por trás de seus olhos. Wally abriu os olhos, olhando para o homem completamente devastado abaixo dele, e sorriu. Olhos metades fechados, felicidade em seu rosto, pele brilhando de suor, o quarto cheirando a eles e à sua paixão. Ele esperava que Dakota falasse algo, pelo menos esperava, mas ao invés disso ele sentiu-se puxado para frente, os lábios foram tomados em um beijo mais forte quando ele caiu do corpo de Dakota. Mãos pousaram nas costas e Wally foi com ele, a própria pele deslizando contra Dakota, o pelo no peito curto fazendo cócegas nele da maneira mais agradável possível. “Nós provavelmente devemos nos limpar de novo,” Wally murmurou entre os seus duelos de línguas sensuais. “Não em sua vida. Você provavelmente me matará se repetir o que fez antes.” Dakota escorregou da cama e abriu uma das janelas, o ar da noite fluindo, escovando sobre sua pele. Removendo e descartando os restos de sua libertação, Wally viu Dakota voltar para a cama. O 125


grande homem o tomou em seus braços, aconchegando-o sobre os lençóis, segurando-o firmemente. A respiração de Dakota equilibrou quase imediatamente, e Wally sentiu um beijo carinhoso contra seu pescoço quando Dakota adormeceu. Wally questionou se ele deveria voltar para seu quarto e fez um movimento leve para sair da cama, mas os braços de Dakota apenas o seguraram mais apertado, e ele fungou um pouco, aconchegando quando Wally recostou-se na cama. “Durma, querido,” Dakota acalmou quando sua mão deslizou no estômago de Wally, tocando suas bolas suavemente. “Só quero te abraçar.” Os olhos de Dakota nem sequer abriram enquanto murmurava seu pensamento em voz semi-acordada. A brisa refrescante de sua pele, Wally fechou os olhos e tentou unir-se a Dakota em um sono feliz. Isso não estava funcionando. Sua mente não desligava. Estava indo para casa em pouco menos de uma semana e tinha decisões a tomar. Nunca em sua vida se sentiu tão feliz com uma oferta de emprego. Ele realmente tinha a oportunidade de permanecer e trabalhar com o Doutor Hastings em sua prática. O veterinário mais velho tinha sido ótimo em trabalhar, entendendo que a experiência de Wally era limitada com os animais maiores e ajudando-o a aprender sem esconder nada. Essa parte foi grande. Ele só tinha que decidir se queria se mudar para cá. “Wally.” Uma voz retumbou fazendo vibrar o peito contra a sua pele. “Tudo o que você está pensando ainda estará ai na manhã seguinte.” Maldito, às vezes, o homem quase podia ler sua mente. Era reconfortante de uma forma. “Vá dormir.” Uma mão acariciou através de seu cabelo, e Wally concentrou-se na pele de Dakota, ao lado dele e sentiu-se finalmente cair no sono. A cama saltou quando Dakota rolou, e Wally abriu os olhos. O sol estava nascendo, iluminando as janelas.

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Olhando ao lado dele, não pôde deixar de sorrir ao ver: Dakota estava esparramado na cama, braços e pernas em toda parte. Os lençóis tinham sido chutados para longe e acres de pele cumprimentavam seus olhos felizes. Pele bronzeada sobre o homem sobressaia a pele branca onde o sol nunca brilhou. Quem saberia que essas marcas poderiam ser tão atraentes? Estendendo a mão, estava prestes a encontrá-los quando ouviu passos no corredor. Descobriu que eram de Phillip, deslizou para fora da cama e pegou o roupão atirado sobre as costas de uma cadeira. Ficou enorme sobre ele, mas cheirava a Dakota, e trouxe o colarinho para o nariz, respirando o perfume antes de abrir devagar a porta do quarto. Com certeza, descobriu Phillip meio dormindo na mesa da cozinha, segurando uma xícara de café como se sua vida dependesse disso. “O que você está fazendo tão cedo?” Os olhos de Phillip abriram. “Você quer dizer tirou sua bunda quente da cama de madrugada? Estou esperando por Mario. Ele vai me levar para montar. Parece que algum dos rebanhos se soltou e ele tem que—” Phillip balançou a cabeça, fazendo um estranho gesto de — “cercá-los... ou algo assim.” “Sinto muito que você não está se divertindo.” Wally deslizou em uma cadeira. Phillip tomou um grande gole de sua caneca. “Não estou me divertindo! Foda-se, estou tendo bolas doloridas. Tenho que passar os dias com homens sensualmente atraentes, mesmo se a maioria deles são heteros. E à noite, o capataz cowboy me dá aulas de montaria especiais. Eu não poderia pedir mais.” Wally franziu as sobrancelhas em confusão leve. “Você não gosta de Mario?” “Ele é ótimo, mas não estou caindo no amor com ele ou qualquer coisa assim. Nós dois estamos tendo um bom tempo. Ele sabe disso e eu sei disso.” Os olhos de Phillip se estreitaram. “É assim para você e Dakota, não é?” Era? A torção no estômago com o pensamento lhe deu todas as respostas que precisava. Ele sabia que não era, pelo menos para ele. Wally deixou a deriva o olhar de Phillip indo para em cima da mesa.

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A ingestão aguda de ar puxou sua atenção de volta para ele. “Você está caindo por ele, não é?” Phillip bateu sobre a mesa. “Jesus Cristo, não de novo.” Wally viu um sorriso irônico na face de seu amigo. “Nas últimas férias eu continuei depois daquele cruzeiro, sozinho, Gary conheceu Scott e os dois estão felizes durante meses, felizes como moluscos.” Wally conhecia os dois homens, mas não tinha tido conhecimento do envolvimento de Phillip em seu namoro. “Assim qual é o problema?” “Vamos, eu sou a dama de honra eterna nestas coisas. Conheci Dakota no mesmo cruzeiro, e aqui estão vocês dois, recebendo todo o amor e carinho.” Phillip abaixou seus braços ao redor, então pegou a caneca novamente e tomou um gole, balançando a cabeça. “Desculpe, eu tive um momento de Baby Jane16 aqui.” Ele riu de seu próprio ciúme antes de continuar. “Mas deixando as brincadeiras de lado, você realmente gosta dele?” Wally mordeu o lábio inferior. “Eu faço.” “Assim qual é o problema?” Phillip ecoou provocadoramente. “Você está graduado na escola. Você pode trabalhar onde quiser.” “E o Doutor Hastings me ofereceu um emprego,” ele exclamou, fazendo o seu melhor, mas não conseguiu conter um sorriso. Phillip fez um gesto com as mãos para ele continuar. “Então, novamente, Qual é o problema?” Ele perguntou. “E sobre a minha família?” Phillip revirou os olhos. “Eles têm coisas chamadas carros e aviões, você sabe. Você poderia está se mudando para Wyoming, não Timbuktu17.” Wally suspirou. “Acho que estou querendo saber como seguro é eu estar aqui. Eu já entrei em uma briga com um dos empregados de Dakota, porque o grande imbecil pensou que eu estava olhando para ele.” Wally revirou os olhos. “Por que caras heterossexuais sempre acham que eles estão tão atraentes que qualquer homem gay os quer? Quero dizer, barrigas de 16

Duas velhas irmãs que não se suportam habitam o mesmo casarão. Basicamente é a história de uma louca tomando conta de uma paralítica. Estrelado por Bette Davis e Joan Crawford. 17 É uma cidade da nação do Oeste Africano, Mali situado a 15 km (9,3 milhas) ao norte do rio Níger , no limite sul do deserto do Saara .

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cervejas e cabeças vazias não são particularmente atraentes.” Wally puxou-se para trás na trilha, pois ambos riram. “O que me preocupa é que esta é a zona rural de Wyoming — Eu não quero me machucar e não quero colocar Dakota em perigo, também.” “Realmente não acho que você precisa se preocupar com isso. Você já provou isso, e Dakota pode cuidar de si mesmo.” Phillip terminou o café e se levantou da mesa. “Não deixe que seus medos pararem de fazer você feliz.” Conversa adicional foi cortada pela abertura da porta da frente lentamente. Wally se levantou quando Mario entrou na cozinha. “Você está pronto?” Ele perguntou a Phillip, que balançou a cabeça quando Mario esmagou o homem para ele. Wally se afastou, mas espreitou e viu Phillip corar quando Mario sussurrou algo contra sua pele. “O que está acontecendo aqui?” Dakota perguntou, bocejando quando se juntou a eles, sentindo o café. Wally deu uma olhada em Kota, vestindo apenas um par fino de moletom velho pendurado abaixo nos quadris, levantou-se, e ficou de pé na frente dele. “O que você está fazendo, dando a todos um show de graça?” Não que ele se importasse, mas não queria que Mario e Phillip dessem uma espiada. Ele sabia que Phillip e Dakota estavam juntos, mas isso foi há meses, e Dakota era seu, afinal. Foda-se. De onde veio isso? Wally quase colocou a mão sobre a boca para se certificar que seus pensamentos não escapassem. “Alguém” — Dakota se aproximou com uma xícara de café em uma mão “adoravelmente sexy e quente, roubou meu roupão.” Wally estremeceu, e não foi do ar frio, quando Dakota mordeu sua orelha. Mario riu quando ele se sentou à mesa, ocupando a cadeira, obviamente, para o benefício de Phillip. “Por que você não colocou uma camisa?” Mario tomou um gole de sua caneca. “Há algo que ouvi ontem à noite que você precisa saber.”

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Dakota engoliu seu café e, em seguida, pousou a caneca, coçando a barriga quando se virou de volta para seu quarto. Wally o seguiu, tirando o roupão quando chegou ao seu quarto e vestiu algumas roupas antes de voltar ao grupo em torno da mesa. Ele quase foi para o quarto de Dakota, mas imaginou que daria tempo ao homem para se trocar por conta própria. Puxando uma cadeira, ele esperava que Mario e Phillip estivessem brincando, numa espécie de brincadeira travessa, mas Mario pareceu muito sério, e Phillip pareceu confuso e talvez um pouco apagado. Wally tentou descobrir o que estava acontecendo, e Dakota escolheu esse segundo para entrar na sala, puxando a cadeira ao lado dele e passando a mão sensualmente pelo seu braço. “Qual é a grande novidade?” Ele manteve a voz baixa, e Wally sabia que era para ele não acordar o pai. “Ontem à noite, fomos à cidade para dançar e vimos um número de caras.” “Sim, eu sabia que eles estavam indo. Será que eles se comportassem mal?” Dakota parecia que ia se levantar, mas Mario balançou a cabeça. “Eles estavam bem, mas Greg passou a maior parte da noite dizendo a todos que queria ouvir a história que andou até o galpão e se assustou com um lobo. Toda vez que ele disse isso, o lobo ficou maior e ficou mais bravo. A coisa é que uma série de outros descobriu que alguém neste rancho ajudou um lobo ferido, e não preciso dizer que não estavam nada felizes.” “Merda,” Dakota jurou, empurrando para trás a caneca que Wally tinha lhe dado. “E fica ainda pior. Eles queriam formar um grupo, e até começaram a organizar uma caravana de veículos para vir aqui e ver por si mesmos. Foi apenas Smitty oferecer o happy hour a preços menores que eles pararam virando o pensamento deles para a diversão.” Mario olhou muito sério. “A propósito, você deve a ele três centenas de dólares.” Dakota acenou para Wally, dando-lhe um meio sorriso que Wally sabia que era para tranquilizá-lo, mas não funcionou. Ele sabia que isso era culpa dele, tudo culpa dele. ”O fato é que agora que os homens ouviram isso por Greg, voltaram para suas fazendas e estão contando a história para seus amigos.” Mario olhou ao redor da mesa. “Você sabe que essas

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pessoas não têm amor por lobos. O lobo só é bom se for um lobo morto. Então, havia um lobo no galpão?” “Sim.” Wally falou antes de Dakota poder responder. “Encontrei-o ontem de manhã. Ele havia sido baleado, e tirei a bala e o enfaixei. Phillip me ajudou a carrega-lo de lá, pensei que o galpão era tão ruim que ninguém iria incomodá-lo.” Ele olhou para Dakota, que assentiu. “Nós o mudamos de volta para o barranco na noite passada. Então foi embora.” Wally olhou ao redor da mesa, sentindo como se tivesse deixado todos para baixo. Sim, ele tentou ajudar uma criatura em dor, mas tinha trazido problemas para o rancho e Dakota. “Eu deveria ter deixado ela morrer.” As palavras sufocaram na garganta em suas entranhas e se sentiu como se estivesse sendo puxado em duas direções distintas. Um braço sobre os ombros. “Nós vamos lidar com isso, Wally.” Ele percebeu que Dakota não diria que não era culpa dele. Pelo menos não estava mentindo para ele. “Você fez o que achava certo.” Wally não conseguia olhar para Dakota ou qualquer outra pessoa mais. Ele apenas olhou para a mesa. “Ei,” um dedo ergueu o queixo, “você é carinhoso e amoroso e fez o que foi treinado para fazer.” “Mas...” Wally mal conseguia dizer algo. “Nós vamos descobrir como acabar com isso, mas não quero você se sentindo mal.” Dakota levantou-se, deixando para trás sua caneca. “Pode não se fácil, mas não é o fim do mundo.” Dakota poderia até acreditar nisso, mas Wally quase se sentiu como se fosse. Wally mal podia respirar e quase parou de ouvir. Ele fez isso para Dakota. Os outros fazendeiros iam ficar chateados com Dakota por causa dele. Seu pai sempre dizia que ele era muito míope e impulsivo para seu próprio bem, e isso só provou isso. Ele tinha feito o que queria e o que pensava que era melhor, não prestando atenção a nada além do que acreditava.

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Ouviu a voz de Dakota e de Mario o reconfortando e que tudo ficaria bem. As pessoas iriam falar por um tempo e depois passariam para outra coisa. Wally ouviu as palavras e esperava que fosse verdade, realmente fazia. “Dakota, os outros fazendeiros irão nos esfolar vivos, você sabe disso?” Mario disse, puxando Wally de volta para a conversa. Empurrando a cadeira para trás, ele se levantou e começou a se afastar, mas sentiu a mão de Dakota na dele, puxando-o para trás até que ele meio que caiu sobre seu colo. “Não tome isso somente para si, pequeno homem.” O tom de Dakota e de repreensão suave. “Eu sei que você trouxe o lobo para o rancho, mas deixei-o ficar quando você me mostrou então esta é a minha responsabilidade.” Wally não estava convencido, mas ficou quieto. “Não quero que você se sinta mal com isso.” Dakota encontrou os olhos e Wally assentiu debilmente. Como não poderia se sentir mal por isso? “Sim, eu estava com raiva quando você me mostrou ontem, mas isso realmente não importa agora.” Dakota olhou para Mario. “Basta deixar a coisa toda morrer. O lobo se foi e a natureza pode cuidar de si própria. Precisamos cuidar da nossa.” Mario assentiu e empurrou sua cadeira para trás. “É isso aí. Apenas pensei que você deveria saber.” “Você fez certo,” disse Dakota levemente quando Mario saiu da mesa, com Phillip logo atrás dele. Wally viu quando Phillip seguiu Mario para fora da porta, fazendo com que os olhos arregalarem exagerados para a parte traseira do homem até que a porta bateu fechada. “Vai ficar tudo bem, Wally. Esses homens são fofoqueiros que nem um bando de mulheres mais velhas, mas não são violentos e vão passar para outra coisa. Esse tipo de coisa já aconteceu antes.” “Se você está dizendo.” Wally escorregou das pernas de Dakota e caminhou até o corredor. “Deixe-me trocar e nós podemos fazer alguma coisa também.” Ele baixou a voz, murmurando, “Pelo menos eu posso fazer algo para ajudar.” Wally foi para o quarto, tirou o que estava usando e colocou um par de jeans, puxou as botas antes de ir para encontrar Dakota. Ele estava certo onde iria encontrá-lo, com seu pai no 132


quarto, certificando-se que ele estava bem. Quando se aproximou da porta, ouviu a voz de Dakota falando suavemente, então caminhou em direção à sala de estar. “A enfermeira estará aqui em poucos minutos então nós podemos ir.” “Como está seu pai?” “Ontem foi uma dádiva de Deus. Ele gostou de estar fora. Ele ficou calmo como nada mais, e acho que o novo medicamento está funcionando, pelo menos por agora. Ele é capaz de se mover um pouco mais e está definitivamente mais alerta. Quem sabe quanto tempo vai durar, mas a melhoria é sempre boa.” Wally acenou com a cabeça, virando-se para olhar para fora, incapaz de olhar nos olhos de Dakota. “Wally.” Ele virou a cabeça. “Eu quis dizer o que disse. No esquema principal das coisas, não é grande coisa. Caras só se irritam, mas acabam esfriando.” “Eu deveria ter pensado além dos meus instintos iniciais. Deveria ter sabido que isso causaria problemas.” Os olhos de Dakota se arregalaram. “E o quê? Deixar ela lá no barranco para morrer?” Dakota balançou a cabeça de forma dramática. “Que tipo de veterinário você seria então? Você ajudou um animal em apuros.” Os olhos de Dakota tornaram-se firmes quando ele encolheu os ombros. “Você não pode desligar o seu treinamento e precisa se preocupar, e não é justo para mim ou qualquer um lhe pedir para fazer isso.” “Você tem certeza mudou a sua música em uma pressa terrível.” Ele sabia que Dakota estava apenas tentando ser gentil, dizendo as coisas certas para consolá-lo. “Talvez.” Dakota se aproximou, e Wally sentiu o calor saindo de seu corpo, ele estava tão perto. “E talvez meus sentimentos por certo veterinário, que só acontece de ser muito quente, ajudou a abrir meus olhos para o fato de que eu não posso esperar que todos pensem da mesma forma que eu faço de tudo. Como chato seria isso?” Wally não sabia se podia acreditar no que estava ouvindo. “Como você pode ser tão compreensivo sobre isso? Se fosse comigo, eu provavelmente estaria gritando e gritando até agora.” 133


“Que bom faria?” A conversa foi cortada por um caminhão puxando para o quintal. Wally viu um homem alto e mais velho sair. “Eu me pergunto o que ele quer?” Wally reconheceu o homem e caminhou até a porta da frente, abrindo-o e saindo para varanda. “Sr. Milford.” Ele estendeu sua mão e o barril enorme de um homem agitou isto, junto com Dakota. “O que traz você aqui?” Os olhos penetrantes de Jonas Milford caíram sobre Wally, e ele sentiu um frio o examinar. “Nós tivemos uma visita ontem à noite, e ouvi um rumor que você decidiu criar um hospital de lobo.” Wally sentiu suas entranhas torcer. “Os potros estão bem?” “Eles estão bem. Ele não tem nada,” disse o Sr. Milford. “Nos assustou um lobo enorme perto de alguns bovinos, no entanto.” “Uma enorme, cinza e preto?” Dakota perguntou, e o Sr. Milford assentiu. “Esse é o único.” Seus olhos se estreitaram um pouco quando Wally sentiu o olhas do homem cair sobre ele. “É o lobo você ajudou?” Wally balançou a cabeça. “Encontrei uma pequena fêmea na ravina.” Ele apontou na direção geral. “Ela tinha sido baleada.” Não havia necessidade de esconder a verdade. “Tirei a bala, enfaixei, e mais tarde naquele dia, a devolvemos onde eu a encontrei.” Wally sentiu como se ele precisava justificar suas ações. “Eu não podia deixá-la sofrer.” “Só isso?” Na face de Milford invadiu um leve sorriso. “Jesus Cristo, a partir dos rumores, você acha que você deve colocar uma clínica para lobos feridos ou algo assim.” “Eu não queria machucar qualquer coisa.” Wally disse suavemente. “Eu sei que você não quis.” Wally levantou os olhos e viu que o Sr. Milford era sério. “Você fez um ótimo trabalho com Francine e seus potros. É óbvio que você realmente ama o seu trabalho, e algo como apenas não poder desligar. Claro que você ajudou uma criatura em necessidade. Você não seria um bom veterinário, se você não fizesse.” Os olhos 134


do Sr. Milford começaram a brilhar um pouco. “E tenho certeza que Dakota pode cuidar de tudo que surgir. Ele é um menino grande e isso vai acalmar. Além disso, quem disparou no lobo, está provavelmente, na violação da lei federal por matar uma espécie em extinção. Sei que todo mundo por aqui acha que podem matá-los à vista e ignorar a lei porque ninguém nunca fala, mas não torna menos ilegal ou menos de um problema se for pego.” “Então, por que você exatamente parou aqui?” Dakota perguntou com um leve sorriso. “Eu queria perguntar se Wally gostaria de parar no rancho e ver os potros antes de partir.” Esta foi a última coisa que ele esperava, e Wally mal podia acreditar em seus ouvidos. “Claro que vou.” Sua cabeça já estava girando. Olhando para Dakota, ele não poderia manter o sorriso do rosto. Sr. Milford disse adeus com um sorriso e um tapinha no ombro de Wally. Quando ele foi embora, seu caminhão chutou para cima uma nuvem de poeira que mal tinha abaixado antes de ser substituído por outro. “Bom dia, pessoal!” Grace saiu do carro com um sorriso. “Como estão nesta manhã?” Ela pegou sua caixa de suprimentos e se aproximou, olhando seu estado normal, alegre em seu brilhante uniforme de enfermeira. Wally viu-se sorrindo, as preocupações escorregando um pouco. “Nós estamos bons.” “Qualquer coisa que eu preciso saber?” Ela perguntou a Dakota, quando ele balançou a cabeça, ela caminhou em direção a casa. “Deixei chá na geladeira, caso queira,” Dakota falou depois dela, e ela sorriu um obrigado, antes de Wally sentir o olhar de Dakota sobre ele. “Vamos obter os cavalos selados. Acho que nós precisamos conversar.” Wally sentiu seu estômago se virar, o que não poderia ser bom. Então viu o sorriso de Dakota, e seu estômago relaxou um pouco. “Claro.” Perguntando-se o que Dakota quis conversar sobre, Wally permitiu-se esperar que podia ser bom. Assistindo Dakota dirigir-se a casa, ele virou e dirigiu-se para o celeiro, trazendo os cavalos do manejo e iniciou o processo de selar os cavalos. 135


Wally ouviu Dakota entrar, e eles terminaram o trabalho em silêncio, o que só aumentou a preocupação de Wally. Com os cavalos selados e prontos, Wally levou o seu para o quintal e montou, esperando Dakota. “Aonde vamos?” Dakota olhou para o céu limpo, o ar já quente. “Vamos andar para a água. Vai ser legal.” Dakota assumiu a liderança, e Wally viu seu traseiro atraente que se movia na sela. Eles não falaram enquanto montavam, e as poucas vezes em que tentou envolver Dakota, ele parecia perdido em pensamentos, por isso, também caiu em um silêncio que parecia ameaçador. As gramíneas farfalhavam ao vento quando eles passaram, o sol batendo neles. Ao passarem por baixo das árvores, sentiu como se alguém tivesse ligado um ar condicionador. O ar estava mais fresco imediatamente, fresco, as folhas das árvores farfalhando feliz. Wally viu Dakota desmontar de seu cavalo e Wally seguiu o exemplo, prendendo seus cavalos. Dakota espalhou um cobertor no chão e se estabeleceu sobre ele, dando tapinhas no local próximo a ele, piscando a Wally com um sorriso. “Você me teve preocupado,” disse Wally suavemente quando se sentou. “Não foi minha intenção. Eu só queria dizer as coisas certas.” Os olhos de Dakota olhavam quentes e cheios, travando-nos dele antes de Dakota se inclinar para mais perto. Seus lábios roçaram com um toque suave que enviou choques pequenos através de Wally. O peso de Dakota pressionou contra ele, e sentiu-se recuar até Dakota montar nele, de modo que Wally estava olhando dentro daqueles olhos expressivos. Podia sentir a ereção de Dakota contra sua perna, a sua própria pressionada firmemente contra o jeans, querendo sair da pior maneira. Mas Dakota não mostrou nenhum sinal de movimento, e Wally arqueou ligeiramente quando os lábios deslizaram ao longo de seu pescoço, aninhado na base de sua clavícula. “Kota.” Wally riu quando a língua de Dakota fez cócegas ao longo de sua pele. Ele sabia que não era o que o outro homem estava indo, mas não podia evitá-lo. Dakota parou de se mover, levantou a cabeça, os dedos alisando nos cabelos de Wally. 136


“Eu quero que você fique,” Dakota disse, sua voz suave e intimista. “Doutor Hastings lhe ofereceu um emprego, e estou lhe oferecendo um lugar para viver, comigo. Sei que tem coisas que você precisa decidir, e não quero pressioná-lo, mas queria te dizer que quero que você fique.” Dakota não se moveu, mas seus olhos permaneceram focados em Wally, amplos e abertos. “Você abriu meus olhos e meu coração desde que veio, e não quero estar sozinho mais.” Wally se contorceu e sentou-se, o peso de Dakota se deslocando. “É por isso que você está dizendo isso, porque não quer ficar sozinho?” Wally virou o rosto dos olhos Dakota, olhando a água que fluía e borbulhava em torno da curva. Esperava que fosse muito mais do que isso, seu coração sentiu como se alguém tivesse sua mão sobre isso, apertando forte. “Não. Merda, eu sabia que ia estragar isso.” Dakota mexeu-se, sentando-se no cobertor, seus corpos não mais tocando. “Eu quis dizer... merda.” Wally virou a cabeça, olhando para Dakota sobre seu ombro. “Antes de você chegar, eu não sabia que estava sozinho. Tinha meu pai e tirava férias uma vez por ano. Usei para desabafar e o resto do tempo eu trabalhava. Minha vida era do meu pai e do rancho. Mas você mudou tudo isso.” Wally balançou a cabeça. “Não, eu não fiz.” Dakota se aproximou, puxando o braço em volta de seu ombro. “Sim, você fez. Você me fez ver que eu estava sentindo falta de algo muito importante. Um parceiro, alguém para compartilhar a minha vida, alguém que se preocupa comigo e que pode me amar. Talvez?” A inclinação da cabeça de Dakota e o olhar em seus olhos vulneráveis derreteu o coração de Wally. Será que ele amava Dakota? Ele não tinha certeza. Ele poderia amar Dakota? Foda-se sim. Wally ingeriu, tentando enquadrar uma resposta, mas nenhuma veio. Todos os seus sentimentos estavam embaralhados, e não podia expressá-los em palavras, então fez o que seu coração lhe disse para fazer. Beijou. Garganta apertada, coração cheio, olhos nublados. Piscou, levou os lábios aos de Dakota e deixou o fluxo de sentimentos fluírem. Aproximando, Wally 137


apertou seu peso contra Dakota e sentiu o peito do grande homem para trás, os braços em torno de sua volta, puxando-o junto. Wally sentiu ficar duro enquanto Dakota deslizava as mãos debaixo de sua camisa, acariciando suas costas, quente como fogo. Sua camisa levantou, e Wally saiu do beijo apenas o tempo suficiente para Dakota puxar a camisa, então recolocou seus lábios para Dakota, os dedos trabalhando abrindo os botões de sua camisa. Um pequeno suspiro escapou e a camisa de Dakota abriu e a pele lisa de Wally esfregou contra o pelo áspero no peito de Dakota. Ele adorava a sensação do pelo curto de Dakota contra sua pele. Wally tentou falar, mas Dakota beijou as palavras indo à distância, e Wally segurou o homem para a vida querida. Uma mão quente deslizou na parte inferior das costas de Wally, deslizando sob o cós das calças e ao longo de sua pele. “Kota,” ele gemia baixinho, e também, foi beijado. “É amor, certo, eu sei.” Wally ofegou quando as calças se abriram, a pressão em sua cintura diminui quando o tecido se separou, os dentes do zíper rasparam quando eles foram forçados a abrir. Antes que pudesse se mover, Dakota rolou-os sobre o cobertor, e Wally encontrou-se olhando para os olhos de Dakota com uma mão mergulhada em seus jeans, pescando. Suas pernas esticadas, as costas arqueadas, Dakota segurou seu ombro, com a outra mão acariciou seu comprimento duro e rápido. Wally se contorcia sobre o cobertor, boca aberta quando Dakota implacavelmente acariciou lhe o caminho do desejo. “Kota,” ele gritou, o resto do mundo desapareceu até que tudo o que podia ver eram os olhos de Dakota e ouvir sua respiração. As mãos de Dakota estavam fazendo-o voar, e ele mal conseguia manter a sua respiração enquanto Dakota manteve o ataque apaixonado em seu corpo. “Goze para mim, Wally. Quero ver você, ver como goza, sabendo que é para mim.” Dakota fez tal coisa sinuosa com a mão, e Wally se sentiu como se sua cabeça fosse explodir. Boca aberta, ele sentiu seu corpo inteiro ficar rígido. Os olhos fechados, ficando ofegante, então

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Wally gozou em seu estômago bem forte enquanto Dakota bombeava até ele ficar seco. “É isso aí.” Dakota beijou mais forte quando ele caiu para trás sobre o cobertor, completamente gasto e se sentindo como se estivesse flutuando. “Você é impressionante quando goza, você sabe disso?” Wally tentou sacudir a cabeça, mas desistiu, não tinha energia agora. “Sua boca fica aberta, seus olhos dançam e você agita um pouco.” “Eu faço?” Dakota riu baixinho. “Oh sim.” Wally sentiu seus sapatos escorregarem e a calça deslizar das pernas, roupa deixada em um monte. “Eu quero você.” Wally só poderia acenar com a cabeça quando Dakota levantou-se e o homem grande tirou a roupa juntando na pilha crescente. Dakota desvirou, espalhando seus pés, e sentiu uma língua quente sobre sua abertura. “Deus, Kota!” O assalto foi deliciosamente inclemente, e Wally encontrou o seu desejo retornando enquanto ele se contorcia sobre o cobertor, dividido entre a sobrecarga sensorial 18 e com necessidade de mais. Sua necessidade venceu, e ele empurrou a bunda para trás, apresentando-se totalmente a Dakota, deixando que ele tivesse tudo, até ao seu núcleo. “O que você está fazendo comigo?” Ele sentiu-se tremer enquanto Dakota estava na borda dentro de uma polegada de sua sanidade. Nunca em sua vida tinha alguém o feito sentir tão desejado, tão querido. E ainda por cima, Dakota fez esses sons indescritíveis que ele podia sentir profundo, dentro dele em seu coração. “Kota, por favor.” A língua escapuliu. “Não terminei ainda.” A mão acariciou sua ereção rejuvenescida, e a língua sondou no fundo. Ele sentiu como se sua alma fosse exposta, e ainda não estava com medo ou vergonha. Ele sabia que Dakota seria gentil com ele, coração, alma e corpo. Finalmente, depois de sua mente ter sido reduzida a nada, a língua escorregou e ele ouviu um pacote rasgar. Apoiando-se, sentiu Dakota empurrar para o seu corpo com uma lentidão agonizante. 18

Seria como uma descarga nos nervos sensitivos, sensações.

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Wally tentou recuar, mas Dakota parou com as mãos nos quadris, firmando-o. “Apenas relaxe. Vou levá-lo para o céu.” Enquanto Wally ouvia as palavras, sentiu os quadris de Dakota contra seu traseiro. “Kota, por favor, mova-se.” Primeiramente Dakota ignorou, mas depois começou a empurrar lentamente, arrastando sobre o local do prazer, dirigindo o cérebro de Wally e o corpo em um estado de hipersensibilidade. Ofegante, Wally pegou o cobertor com as mãos, dedos flexionando enquanto era totalmente esticado e preenchido. Com um aumento gradual, Dakota pegou o ritmo até que estava dirigindo profundamente, seus gritos misturados com o vento nas folhas e a água ondulando. “Kota!” Wally gritou quando a sua libertação se chocou contra ele, e gozou em cima do cobertor enquanto Dakota estocava profundamente e acrescentou o seu próprio grito de alegria. Wally sentiu seus joelhos cedendo sob o peso de Dakota e ele espalmou sobre o cobertor, ofegante, com a mente descansada felizmente, o corpo totalmente saciado. Dakota caiu ao lado dele, e o grande homem puxou-o para perto, sua pele suada pressionando junto, enquanto a brisa arrefecida enxugava a ambos. Uma mão acariciava ao longo de sua bochecha, e Wally gemeu e inclinou-se para o toque suave, com beijos arrastando atrás. “Eu sei que é pedir muito, mas você pensa sobre ficar?” A voz de Dakota era áspera, e Wally não tinha certeza se era o esforço ou emoção. Esperava muito que fosse o último, porque estava tentado a jogar tudo e dizer que sim. “Sei que só nos conhecemos a um tempo curto,” Dakota falou, e Wally sentindo Dakota deslocar atrás dele. Ele rolou para que pudesse ver o rosto de Dakota. “Você podia ficar na casa, se você quisesse. Você não teria que ficar comigo, mas espero que queira ficar. Você teria o seu próprio trabalho e talvez possa construir uma vida aqui, você sabe, comigo.” Dakota parou e fez uma careta. “Agora estou começando a divagar como um colegial.” Wally aproximou-se e sorriu suavemente. “Eu gosto quando você divaga. Isso significa que está animado sobre algo.” Wally acariciou a bochecha levemente de Dakota. “Prometo que vou pensar nisso.” 140


Wally viu os olhos de Dakota amolecer, um pouco do nervosismo desaparecendo com esperança. “Eu gosto daqui, Kota, realmente faço, mas minha família e amigos estão em Wisconsin.” Ele gostou de Wyoming. Parecia um ótimo lugar, e a maioria das pessoas que conheceu eram agradáveis, mas estava de férias. Será que ele gostaria de viver aqui tanto quanto gostava de sua visita? Wally engoliu quando a sua mente conjurou perguntas. Eu não estou dizendo que não, é só que é muito para desistir. Ele sabia que Dakota tinha sentimentos por ele, tinha acabado de demonstrar isso, mas Wally não sabia se poderia encontrar alguém e estar pronto para mudar a sua vida em uma semana. Uma coisa era certa, com Dakota perto dele, seu julgamento era definitivamente suspeito, especialmente quando ele fazia... isso. “Você está tentando me influenciar?” Os dedos giraram ao redor de seu quadril. Um brilho malicioso apareceu nos olhos de Dakota. “Está funcionando?” Seu corpo pensou que sim e começou a se mexer, mas Wally não tinha energia, e tentou deixar suas perguntas ir por um momento. Ele estava nu, ao lado de Dakota, deitado na sombra fresca, o som de um riacho murmurante em seus ouvidos. Pensamentos iriam esperar até mais tarde, tinha muito para desfrutar aqui para se preocupar com as coisas agora. Senhor sabia, sua mente meditaria sobre todas as possibilidades... mais tarde. Os dedos de Dakota voltaram para sua viagem lânguida sobre sua pele... fazendo com que fosse muito mais tarde.

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Capítulo Dez

SOLTANDO os cavalos, Dakota e Wally montaram e começaram a caminhada de volta para a fazenda após a sua tarde preguiçosa perto do riacho. O olhar de Dakota se manteve viajando por Wally, e cada vez que fez, seu coração saltava. Ele realmente pediu a Wally para ficar aqui na fazenda e Wally não tinha lhe dito que não. Não tinha exatamente dito que sim, qualquer um, mas Dakota poderia compreender as razões de Wally. Era pedir muito, e sabia que se os papéis fossem invertidos não havia nenhuma maneira que poderia deixar seu pai e o rancho. Isso só não era possível. Talvez ele pudesse mais tarde, após seu pai... Dakota ingeriu, forçando sua mente longe dessa inevitabilidade. “Ei, não tão rápido, não é uma corrida!” Dakota falou enquanto Wally acelerava na frente. “Não é?” Wally brincou e esporeou o cavalo, tomando-o a galope. “Vamos, rapaz. Nós não podemos ser deixados para trás desse jeito!” Dakota cutucou o lado de seu cavalo, e Roman decolou como um tiro, correndo ao longo da trilha para o rancho. Wally ia vencê-los, mas não por muito. “Você me traiu!” Dakota reclamou quando desmontado, vendo o sorriso no rosto de Wally. “Sim, certo,” Wally voltou indignado, “você está apenas ferido porque um cara de cidade venceu você.” Dakota pensou que Wally tinha de levar uma lição e olhou para o tambor com água de chuva, pensando em um pouco de diversão, mas viu Greg caminhando pelo quintal, fazendo um caminho mais curto para Wally. O primeiro instinto de Dakota foi de correr mais e proteger seu amante, mas conscientemente se conteve. Wally tinha demonstrado que podia cuidar de si mesmo. 142


“Wally,” Dakota ouviu a chamada de Greg, e viu o homem na verdade, tirando o chapéu. “Eu... queria agradecer a você.” Dakota sentiu suas suspeitas subir ligeiramente, enquanto observava Greg se contorcer um pouco, imaginando o que estava acontecendo. “Mario disse que você salvou a minha bunda da prisão.” Dakota viu Wally olhar para ele, mostrando a mesma confusão que sentia. “Mario disse que quando eu atirei no lobo, fiz algo ilegal, e se ele tivesse morrido, então eu poderia ter estado em apuros.” Ele começou a torcer o chapéu, não sabendo mais o que dizer, então se virou e foi embora, ainda torturando seu chapéu. Dakota também não sabia o que dizer e viu Wally encolher os ombros um pouco, meio sorrindo, antes de levar o cavalo dentro. Dakota seguiu o exemplo, tirou a sela do cavalo e o deixou solto no manejo. Quando saiu do celeiro, viu Grace descendo as escadas, levando as coisas dentro do carro. “Seu pai já tomou banho e está estabelecido. Ele teve o seu jantar e está lá assistindo televisão.” “Obrigado, Grace, vou ver você amanhã.” Ela acenou enquanto entrava em seu carro e ia embora. Dakota foi para dentro ao encontro de seu pai. Com certeza, ele estava bem e, provavelmente, assistiria televisão por um tempo e depois adormeceria. Eles conversaram por alguns minutos antes de seu pai acenar para ele ir embora. “Vá se divertir um pouco, pelo amor de Deus,” ele advertiu, antes de retornar ao seu programa. “Vou ficar bem por algumas horas. Eu não me importo, você sabe.” Sim, a medicação estava trabalhando. “Ok, eu vou.” Dakota saiu da sala e foi em procura de Wally, encontrando-o com Phillip e Mario na varanda. “Vocês todos estão prontos para o jantar?” Olhos contorceram como se estivessem morrendo de fome. “Então vamos para a cidade jantar.” Dakota jogou a Mario um conjunto de chaves. “Você dirige.” Eles empilharam dentro do caminhão, quando Dakota puxou Wally no banco de trás com ele. O homem se sentia bem ao lado dele, e cheirava muito bom: uma mistura inebriante de suor, sexo e Wally. O que mais ele poderia querer? 143


Mario ligou o motor e puxou para baixo o breque, rodas giraram, levantando poeira, e todo mundo sorriu. No final do caminho, Dakota podia sentir a velocidade de o caminhão subir, voando pela estrada, levantando poeira em seu caminho, janelas abertas e ar chicoteando enquanto ele sentia Wally se aproximar dele. Não poderia ficar muito melhor do que isso. Hobart não era enorme, mas era mais do que um ponto largo na estrada. Puxando para a cidade, eles passaram pela loja de ração e no supermercado em seu caminho para o bar. Gifford era tudo para todos: parte bar, parte restaurante, parte salão de dança, parte pista de patinação, e parte salão de jogos. A miscelânea de adições podia não parecer muito, mas era quando você ia para se divertir. Puxando para o estacionamento, Mario parou bruscamente em um dos espaços de estacionamento da frente. Olhar de Wally eram de olhos arregalados, Dakota esperava que ele beijasse o chão uma vez que saísse, e Dakota lembrou a si mesmo que ele não precisa beber porque estava dirigindo de volta para casa, por todas as causas. “Onde você aprendeu a dirigir, Indianapolis?” Wally perguntou sarcasticamente quando se reuniram na frente do caminhão antes de entrar. “Tem certeza que seu sobrenome não é Andretti? Bom Deus!” O sorriso de Wally iluminou seu rosto, e seu riso foi à captura, especialmente desde que Dakota tinha dito a mesma coisa há anos. Seu capataz era uma ameaça ao volante, mas tinha valido a pena por poder segurar Wally por um tempo. “Vamos comer,” Dakota pronunciou quando abriu a porta, segurando-a para os outros. Lá dentro, deu seu nome a Kerry, que lhes mostrou a mesa. Dakota notou que, enquanto caminhavam pela sala de jantar, a conversa parecia acalmar e algumas cabeças viraram. De repente, parecendo protetor, e sem sequer pensar, Dakota colocou a mão na pequena volta das costas de Wally, guiando-o para a mesa. Dakota conhecia a maioria das pessoas no restaurante. Chegando à mesa, tomaram seus lugares. “Mark, seu garçom, irá vir atendê-los.” Kerry sorriu e saiu, dando uma piscadela a Dakota. Wally olhou em volta e começou a remexer na cadeira. “O que todo mundo está olhando?” 144


Phillip abriu seu cardápio e nem sequer olhou ao redor. “Nós, eles estão olhando para nós.” “Por quê?” Dakota olhou para cima e viu o garçom. “Ei, Dakota.” Mark sorriu. “Posso trazer algo para beber?” Ele se inclinou um pouco mais. “Não se importe com eles.” Ele inclinou a cabeça para o resto do restaurante e piscou antes de anotar os pedidos de bebidas e ir embora. Wally encostou-se à mesa. “Ele apenas veio para você?” Dakota riu alto, o som soando pelo salão. “Não,” ele baixou a voz, “mas acho que ele só me disse que é um membro do clube. Simplesmente ignore, e eles vão perder o interesse.” Dakota pegou seu cardápio e começou a verificar, embora ele praticamente soubesse de cor. A única coisa que havia mudado nos últimos anos foram os preços. Alcançando, ele apertou a mão de Wally por baixo da mesa. “Eu sinto muito.” Ele odiou que tivesse trazido Wally aqui, onde todos olhavam para eles estupidamente e por pessoas que conhecia, mas o que acabou por ser a cidade tipicamente rural onde as pessoas eram caipiras. “Está tudo bem, Kota.” Wally apertou a mão dele em troca. “Você não sabia.” Dakota podia ouvir o desconforto na voz de Wally e tentou pensar em algo para dizer, mas as palavras não vieram. Felizmente, o garçom retornou com suas bebidas e anotou o pedido da comida. A conversa no salão havia voltado ao normal, e Dakota viu que as pessoas não estavam olhando para eles mais. “A forma como estão tagarelando, pensaria que eles estão esperando que você comece a beijar aqui na mesa,” brincou Mark, e Dakota sorriu agradecido ao seu garçom por quebrar o clima. “Você sabe, nós podemos,” Wally respondeu com um brilho nos olhos. “Eu me pergunto como eles reagiriam a uma ação de homem-a-homem?” Wally cobriu a boca quando começou a rir, olhando em volta do salão. 145


“Tendo um ataque cardíaco ou dois?” “Eu

digo

um

ataque

cardíaco,

dois

golpes,

e

um

aneurisma

cerebral,”

Phillip acrescentou com um sorriso quando ergueu o copo. “Para os alegres do local.” Dakota tentou o seu melhor para parar de rir quando, também, levantou o copo, olhando para Wally, que parecia que estava prestes a explodir com alegria. Mario acrescentou o seu copo. Poucos murmúrios chegaram aos ouvidos de Dakota, e ele se virou, olhando para as outras mesas, até que olhou para o lado e voltou para sua comida. “Dakota!” Uma voz familiar, crescendo atravessou o salão, e viu um homem enorme fazendo o seu caminho entre as mesas. “Pensei que era você.” Dakota levantou-se e viu-se espremido dentro de uma polegada de sua vida. “Randall, o que no inferno você está fazendo aqui?” “Voltei para ver as pessoas por alguns dias.” Randall soltou. “E já estou ouvindo rumores sobre você.” “Tenho medo que são provavelmente verdade.” Dakota olhou ao redor da mesa, três pares de olhos olhando para ele e, em seguida, deslocou-se para Randall. “Bem, inferno, você pensa que eu dou um rato para seu rabo?” Randall deu um tapa em Dakota e puxou uma cadeira. “Nossa, eu não me importo se você gosta de potros ou potrancas. Fale como está o seu pai?” “Ele está fazendo bem. Medicamentos novos estão o ajudando por agora.” Dakota lembrou suas maneiras e fez as apresentações, e apertos de mão foram trocados. “E este é o Wally.” Wally estendeu a mão e apertou a mão de Randall, a mão de Wally ficou completamente perdida na mão do grande homem. “Nossa, com certeza você pode escolher. Ele é tão bonito como eles veem.” Randall riu alto. “Não deixe que ele te engane,” Dakota disse, piscando para Wally. “Wally pode ser pequeno, mas lhe daria uma corrida em seu dinheiro.” Dakota se virou para Wally explicar. “Randall foi à estrela do nosso time de escola de luta. Ele é um advogado agora em Los Angeles.” 146


“Eu não queria interromper o seu jantar, somente queria vir e dizer olá antes do pessoal chegar.” Randall afastou-se, dando a Dakota uma batida rápida no ombro. “Vou estar aqui por uma semana ou assim. Dê-me uma chamada quando posso ver seu pai.” Randall correu em direção à recepção, onde Dakota viu os pais do ex-lutador, esperando por ele. Eles acenaram e sorriram, enquanto caminhavam para a mesa, e Dakota voltou sua atenção para sua própria mesa. “Amanhã, eu pensei que poderíamos ir para Grand Teton assim você pode ver antes de partir.” O nó na garganta lembrou-lhe o quanto ele odiava a ideia de que as férias de Wally estavam chegando ao fim. Ele sabia que Wally teria que partir em poucos dias. Não estava sabendo o que realmente o estava incomodando. Dakota quase saltou quando sentiu a mão de Wally contra a dele. “Aqui estamos nós, rapazes.” O garçom retornou, carregando uma bandeja pesada e a mão de Wally fugiu. Dakota sentiu falta imediatamente. Colocando a bandeja em um suporte, Mark colocou na frente de cada um o seu prato fumegante. Depois de se certificar que não precisavam de mais nada, ele se afastou. Dakota sorriu quando Wally viu o monte de comida. Ele observou enquanto Wally dava sua primeira mordida, sorrindo ao olhar feliz. Cara, ele adorava assisti-lo. Mesmo a maneira que comia enviava um tremor de desejo por ele, sabendo das coisas que poderia fazer com aqueles lábios. “Isso está realmente bom,” comentou Wally quando engoliu. “Acho que não percebi o quanto estava com fome.” A tensão que havia os cercado desapareceu enquanto comiam, quase podia sentir escapulindo. Dakota deixou-se relaxar um pouco e começou a comer. Queria que as coisas fossem bem, e queria Wally para ver que este era um ótimo lugar para se viver. Sim, as atitudes podiam ser um pouco atrasadas, mas estas eram boas pessoas. “Então o que vocês fizeram hoje?” Phillip perguntou entre mordidas. “Nós fomos para um passeio,” Wally respondeu, dando outra mordida do seu bife. “Toda tarde? Estou surpreso que você ainda possa andar.” 147


“Nós não montamos a tarde toda.” O sorriso perverso de Wally disse a todos na mesa exatamente o que estavam fazendo. “Repito, estou surpreso que você ainda possa andar,” disse Phillip, rindo provocadoramente. “Nós terminamos os reparos na cerca e começamos a ampliação do manejo,” Mario interveio, e Dakota foi grato que o assunto havia se afastado de sua vida amorosa. “Você falava sério sobre a adição de alguns cavalos?” “Certamente. Também gostaria de ampliar o rebanho, e vamos precisar de cavalos adicionais, e talvez outro empregado para fazê-lo funcionar. A terra está lá, precisamos apenas do rebanho e ajuda.” Ele não queria pensar que encontrar empregados poderia ser difícil agora que a palavra tinha saído definitivamente sobre ele ser gay. Viveu por trás de suas paredes por tanto tempo, mas agora não podia mais se esconder, realmente não importava o que as pessoas pensavam — ele tinha olhou por Wally — menos, o que a maioria das pessoas pensava. Eles terminaram de comer, e Dakota notou que as pessoas ainda olhavam para eles, quase por curiosidade. “É quase como se eles esperassem que nós começássemos a assobiar, ou precisam ter certeza de que não usamos saltos altos,” comentou Wally, começando a se contorcer um pouco menos da atenção renovada. “Talvez eles só precisem ver que não temos um terceiro olho no meio da nossa testa,” Phillip acrescentou com um aceno de cabeça, quando o garçom deixou a conta na mesa com um sorriso. Dakota pegou e entregou-lhe um cartão de crédito, assinando o recibo quando ele voltou. Empurrando a cadeira para trás, fez o possível para ignorar os olhares enquanto deixava os outros saírem na frente dele. Dakota parou no banheiro e depois saiu do restaurante. No estacionamento, encontrou os outros que estavam na frente do caminhão. “O que está acontecendo?” Eles recuaram e Dakota viu o problema. Dois outros caminhões haviam estacionado ao lado dele, tão perto que não havia maneira de passar, muito menos abrir as portas. “Que porra é essa?” 148


“Nós não queremos o seu tipo por aqui e pensei que iria lhe enviar uma mensagem.” Três caras enormes que Dakota reconhecia como algum dos jogadores de futebol da escola local abordou ao longo da calçada. “Pensamos que era melhor lhe ensinar como se comportar em torno de pessoas normais, anormais!” Antes de Dakota poder se mover, viu um punho na sua cara. Ele se esquivou na hora, o soco errando seu rosto, mas acertando para fora de seu ombro. Porra, que dor. “Bata suas luzes para fora!” Um dos outros homens, chamou à medida que circulavam por trás do atacante. Dakota recuou e olhou ao redor. Os outros três estavam de pé bem atrás dele. “Você escolheu os caras errados para mexer,” advertiu Dakota, bloqueando o próximo soco e batendo a mão no nariz do atacante. O sangue jorrou pelo rosto do jovem, e o atacante gritou para os seus companheiros quando Dakota esmagou-o no estômago. Seu atacante dobrou quando os outros dois correram para frente. Mario lutou com um à sua maneira no caminho de Phillip, e Dakota tentou alcançar o outro. Pelo canto do olho, viu o que parecia ser algo voando pelo ar, e o grande garoto bateu contra o capô de um dos caminhões. “Mexa-se e você está morto!” Wally gritou para o homem, e Dakota perguntou como um som assim pode vir de um homem tão pequeno. “A polícia está a caminho.” Graças a Deus Phillip tinha tido o bom senso de chamá-los. Dakota viu o cara que Mario lutou vomitar e cair para trás longe, a luta sumiu completamente quando viu o destino de seus dois amigos gemendo. As portas do restaurante abriram, e Randall saiu correndo, seguido por uma série de outros. “Você está bem?” Dakota sentiu a mão de Wally em seu braço, e ele pulou. “Sim. Nada está quebrado, mas vou ficar preto e azul por um tempo.” Ele esfregou distraidamente a dor quando luzes piscaram anunciando a chegada da polícia. Portas se abriram e policiais uniformizados se aproximaram e observaram a cena. Felizmente, Randall assumiu, explicando aos policiais, o que havia acontecido. Levou algum tempo, mas finalmente chegaram à conclusão correta de que as crianças haviam dado o primeiro soco e que Dakota,

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Wally, e Mario estavam apenas se defendendo. Os caminhões foram levados, e depois de mais perguntas e respostas, eles foram autorizados a partir. Dakota entregou as chaves a Mario e, felizmente, ele dirigiu devagar e conseguiram chegar ao rancho, sem novos incidentes. Foram recebidos por todos os homens no celeiro. Aparentemente, a palavra já havia circulado sobre o que tinha acontecido. “Você chefe, está bem?” John perguntou, olhando para cada um deles. “Eu estou bem.” “Será que Wally acertou um deles para fora como fez com Greg?” “Sim.” Essa resposta deu-lhe um sentido particular de satisfação. Todos achavam que, por Wally ser pequeno, era fisicamente inofensivo. Greg tinha tido esse erro, e seus atacantes tinham também. Enquanto observava Wally subir as escadas e entrar na casa, Dakota pensou que poucas pessoas nesta cidade iriam cometer esse erro novamente. “Por que eles fazem isso?” Dakota viu a maioria dos outros homens inclinarem para responder a essa pergunta, mas para sua surpresa foi Greg que falou. “Porque eles são idiotas, eu acho. Eu era.” “Obrigado, homens. Tivemos emoção suficiente por uma noite.” Dakota começou a ir em direção à varanda. “Há muito que fazer na parte da manhã.” “Não pense que você não vai ter muito mais,” um deles gritou quando subiu as escadas. Os homens riram e, desde que Dakota não podia discutir com eles, ele acenou com a cabeça e entrou. Os outros caros estavam sentados ao redor da mesa, garrafas de cerveja já aberta. Wally entregou-lhe uma e ele pegou uma cadeira também. Wally inclinou para trás sua garrafa, tomando um gole enorme e sem dizer nada. Phillip e Mario estavam conversando um com o outro, lembrando-se da luta como se tivesse acabado de ganhar a Batalha do Bulge19. Dakota olhou para Wally e viu algo muito diferente. Seus olhos não estavam realmente focados, como se estivesse olhando para algo longe, mas Dakota sabia que não havia nada para ver. Tomando sua cerveja, empurrou sua cadeira para trás e fez a coisa que sempre fez. 19

Um filme sobre a Segunda Guerra Mundial.

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Caminhou pelo corredor, ouviu a televisão no quarto de seu pai. Empurrando a porta, viu seu pai encostado na cama, os olhos semicerrados, assistindo baseball. “Posso falar com você?” Seu pai usou o controle remoto especial que Dakota tinha encontrado, com botões grandes, para desligar a televisão. “Eles estavam perdendo de qualquer maneira.” Hoje à noite as suas palavras estavam arrastadas, e Dakota mal conseguia entendê-lo, mas isso não pareceu importar. Os olhos de seu pai eram brilhantes e estava definitivamente alerta. “O que é?” Mais uma vez as palavras correram juntas, e Dakota lembrou-se de chamar ao médico na parte da manhã. Dakota se sentou na cadeira ao lado da cama. “Eu disse a Wally esta tarde que queria que ele ficasse. Doutor Hastings lhe ofereceu um emprego e tudo mais. Ele diz que gosta daqui, mas não me deu uma resposta e não sei o que fazer.” Ele não estava prestes a dizer a seu pai sobre sua sessão de amor perto do córrego. Mesmo que não tivesse dito as palavras, Dakota sabia. Isso é o que era, pelo menos em sua mente. Dakota passou a dizer ao pai o que havia acontecido no restaurante. “Eu preciso de seus conselhos.” Dakota viu como seu pai pensou um pouco. “Você tem que lhe dar uma razão para ficar.” “O que significa isso?” Dakota perguntou, esperando por um pouco mais do homem que sempre foi muito livre com seus conselhos o tempo todo que ele estava crescendo. Mas, como Dakota assistiu, seu pai fechou os olhos, e o viu relaxar contra o travesseiro. Poucos segundos depois, a televisão ligou novamente e seu pai voltou a ver o jogo. “Isso é tudo que você vai me dar?” Dakota se levantou da cadeira. “É tudo que você precisa.” O pai dele estava absorvido em seu jogo de novo, e Dakota caminhou até a porta, perguntando se a mente de seu pai estava começando a ir. Virando-se, olhou novamente e então saiu da sala, voltando em direção à cozinha. Alguém tinha encontrado um baralho de cartas, e Phillip estava embaralhando. “Estamos indo jogar Texas Hold20. Se você quiser, pegue alguns pedaços de queijo e tome um assento.” Ele indicou a cadeira vazia. 20

Tipo de jogada de pôquer.

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“Pedaços de queijo?” Dakota deslizou na cadeira quando as cartas foram distribuídas. ”Após esta noite, nós definimos que comida com muitas calorias é exatamente o que o médico ordenou.” Phillip terminou negociar. “O que o vencedor ganha?” Dakota perguntou quando deu uma olhada em suas cartas. “Gordura,” Wally respondeu com um sorriso, para alívio de Dakota. Apostas começaram, e você pensaria que eles estavam jogando com grandes quantidades de dinheiro, a maneira como todos ficaram sérios. Bucky vagou e eles abriram espaço para ele na mesa. “O que tem todos parecendo um bando de cães obstinados com um osso, afinal?” Bucky olhou para as suas cartas e atirou em sua aposta. Entre eles, contaram os acontecimentos da noite. “Às vezes as pessoas podem ser totalmente idiotas.” Bucky abaixou suas cartas e levou o pote de alimentos. “Amém por isso,” comentou Wally, mesmo sem a mais vaga sugestão de um sorriso, enquanto ele mastigava parte do seu jogo. Dakota pegou mais cervejas, e quando os jogadores tomaram vários goles, alguns dos nervos que tinham ficado do jantar caíram fora. Eles começaram a bocejar, então Wally colocou todos ao redor da mesa fora, e decidiram encerrar a noite. Para consternação de Dakota, Wally disse boa noite, sem um abraço ou um beijo, e desapareceu no quarto que estava usando, fechando a porta. Dakota parou fora da porta, querendo saber se deveria bater de qualquer maneira. Ergueu a mão para bater, mas parou quando ouviu passos atrás dele. Virando-se, viu Phillip vindo em sua direção. Dakota abaixou a mão e deixou cair para o lado dele. “Eu não sei o que fazer.” Phillip parou ao lado dele, pensando por alguns segundos antes de balançar a cabeça. “Eu não tenho as respostas, Dakota, e não sei o que está acontecendo em sua cabeça.” Phillip caminhou em direção ao seu quarto, abrindo a porta antes de parar na porta. “Talvez ele precise de um pouco de tempo para pensar.” Dakota assistiu Phillip fechar a porta, e depois reabri-la, apontando. “Olha, o que tínhamos a bordo do navio foi divertido, e o que tenho com Mario agora é divertido.” Dakota 152


assistiu Phillip olhar para a porta do Wally. “Isso não é Wally. Ele não faz isso por diversão. Ele joga todo o seu coração em tudo que faz. Ele ajudou a um lobo porque seu coração disse-lhe para fazer, independentemente das consequências para ele ou qualquer outra pessoa.” “Eu sei disso,” Dakota começou a dizer, e então ele fez uma pausa. “Esta tarde, perguntei-lhe para ficar.” Ele viu o rosto de Phillip, esperando por algum tipo de conhecimento. “E?” Phillip perguntou, mas Dakota não tinha ideia o que responder-lhe. “E o quê?” Ele estava completamente perdido e não tinha ideia do que estava acontecendo. Sim, a noite não tinha ido com planejado, mas pensou que as coisas voltariam ao normal, ou pelo menos mais perto do normal. Mas tudo que Phillip fez foi olhar aborrecido e irritado. “Você é um homem.” Phillip disse as palavras como um insulto claro. “Você o convidou para ficar, Dakota. Isso é muito bom, mas você já pensou sobre o que você perguntou? E o que isso significa para ele?” “Isso significa que eu me importo com ele e quero que ele fique aqui comigo.” “Você não pode sequer dizer as palavras, não é? Dakota, Wally ficar aqui significa que vai deixar sua família e ir do outro lado do país, longe de tudo e todos que conhece, exceto você. Você está disposto a tomar esse tipo de responsabilidade? Você está pronto para isso?” Phillip novamente olhou para a porta de Wally, e Dakota seguiu seu olhar. “Ele tem tudo a perder, e tem que ter medo. Sei que eu teria, depois desta noite. As pessoas aqui não vão recebê-lo de braços abertos. Sei que ele gosta de você, e pode até mesmo te amar, mas ele não pode viver só para você. No restaurante, as outras pessoas não estavam olhando para você tanto quanto estavam olhando para ele. Eles todos o conheceram por toda sua vida, e você provavelmente já ajudou muitos deles ao longo dos anos. Eles vão perdoá-lo e, provavelmente, olhar o passado para o fato de que você é gay, mas provavelmente vão ver Wally como o homem que te corrompeu. Mesmo que ele tenha um emprego, você acha que a maioria dos fazendeiros vai querer ele perto de seus animais? Há uma clara possibilidade de que o trabalho que o veterinário lhe ofereceu não valerá nada.” Phillip entrou em seu quarto e Dakota o seguiu, fechando a porta. “Acho que há uma possibilidade na mente de Wally de que vai se tornar dependente de você.” 153


Dakota sentou na beirada da cama desfeita, o ranger do colchão soou um pouco sob seu peso. “Então, eu deveria apenas deixá-lo ir para seu próprio bem? É isso que você está me dizendo? Porque eu farei, se tenho que fazer. Quero que ele seja feliz!” Engolindo em seco, Dakota estava de volta e se dirigiu para a porta. “Dakota, você não precisa ser tão dramático. Tenho certeza que ele quer ficar, você apenas tem que lhe dar uma razão para ficar.” Dakota se virou e viu os olhos de Phillip fechados para ele como se estivessem tentando algo divino. “Deixe-me perguntar-lhe isto. Quando foram para o seu passeio desta tarde, o que você fez?” Dakota mexeu-se para sentar na cama quando sentiu corar. “Não acho que isso é da sua conta, não é?” Essa conversa estava rapidamente se arrastando em áreas que Dakota não queria falar, pelo menos não com Phillip. “Kota.” A voz de Phillip suavizou, e Dakota sentiu a mudança na cama quando Phillip sentou ao lado dele. “Você é um homem especial que merece ser feliz, tanto quanto Wally. E, acredite ou não, estou um pouco com inveja de vocês dois.” Dakota olhou para ele, definitivamente confuso. “Não é porque nós estávamos bem um para o outro,” Phillip continuou, “mas porque vocês dois depararam com a possibilidade de algo bonito.” O quarto ficou em silêncio, e Dakota ouviu apenas o som de sua própria respiração. “Nós fizemos amor.” “Huh? Eu perdi alguma coisa.” “Isso é o que nós fizemos esta tarde, fizemos amor.” Dakota olhou para as palmas das suas mãos. “É assim tão simples?” Ideias substituíram o redemoinho de emoção desconfortável. “Você me confundiu, Dakota.” “Papai já me disse que eu precisava fazer, e eu não tinha entendido.” Dakota puxou Phillip em um abraço antes de saltar para os pés e correr para fora do quarto. Ele estava no meio do corredor, antes de se virar e voltar mais uma vez, enfiando a cabeça dentro do quarto. “Obrigado.” “Eu realmente não sei o que fiz ou disse exatamente, mas estou feliz que ajudou.” Phillip sorriu enquanto se levantava, com a mão na maçaneta da porta. 154


Dakota caminhou de volta pelo corredor, e ouviu Phillip fechar a porta atrĂĄs dele. Depois de verificar seu pai, que estava dormindo com a televisĂŁo ainda ligada, Dakota desligoua e apagou a luz, deixando a porta meio aberta. Quando ele saiu, viu Phillip deixando seu quarto e ouviu vozes suaves na sala e foi seguido por passos e o fechamento da porta da frente. A casa estava silenciosa e vazia como jamais esteve. Pelo menos ele sabia parte do que tinha de fazer.

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Capítulo Onze WALLY estava deitado de costas, ouvindo os sons da casa. Ele sabia que eram os passos de Dakota, a cada vez que passava na porta, Wally perguntou se ele ouviria uma batida, ou se a sua porta se abriria. Parte dele esperava que Dakota entrasse, subisse na cama e segurasse, enquanto uma parte dele estava tão assustado, tanto quanto já tinha estado em sua vida. Seu coração disse-lhe para chegar a Dakota se queria que ele o segurasse, mas sua cabeça lhe dizia para se afastar. Ele estava partindo em poucos dias e ia ser isso. Mais passos do lado de fora enviou corridas no coração de Wally. Rachando os olhos abertos, viu o que parecia ser uma pausa na luz que brilhava por baixo da porta. Talvez Dakota estivesse do lado de fora. Apesar de si mesmo, ele esperou ouvir uma batida, mas nenhuma veio. Ouviu vozes suaves, e depois a sombra caiu e a luz lá fora foi desligada. Talvez não tivesse sido Dakota, depois de tudo. Rolando de costas, Wally olhou para o teto, suspirando alto. Continuou dizendo a si mesmo que era o melhor. Dakota não precisava dele complicando sua vida. Fechando os olhos, estremeceu quando os rostos do restaurante vieram à sua mente. A maneira que olharam para ele — Wally queria desaparecer, e Dakota tinha apenas ignorado. Bem, ele poderia — eles não estavam olhando para ele, afinal. Ele não foi o único em exibição. Dakota não era, como um homem havia dito, o gay-monstruoso-no-amor! Só de pensar o fez sentir frio. Ouviu uma porta se fechando, o ranger do assoalho, e depois silêncio. Empurrando o lençol, Wally foi até a janela e deslizou-a aberta, deixando o ar de a noite entrar e os sons provenientes do exterior. Parado na janela ouviu os grilos, o bater dos cascos dos cavalos, e depois o som de passos no cascalho e um riso abafado, até coisas voltarem aos sons da noite. Pelo menos Phillip está se divertindo, ele sussurrou para si mesmo com um estremecimento,

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percebendo, claro, que era sua própria culpa que Dakota não estava aqui com ele, com as mãos sobre sua pele, os lábios tocando seu ombro e os braços segurando-o apertado. Wally não conseguiu conter um sorriso quando ouviu um uivo de um lobo no ar. Esticando o ouvido, ouviu a resposta, mas não veio, ou a resposta foi muito suave para ele ouvir. Sim, eu te ouvi, ele murmurou sob sua respiração, o grito se levantou novamente. Desta vez não houve uma resposta. Era suave, mas definitivamente estava lá. Pelo menos um de nós não está sozinho. Afastando-se da janela, ele cruzou para cama, entrando e puxando o lençol sobre ele. O teto parecia o mesmo, e Wally rolou para o lado, batendo o travesseiro na esperança que pudesse se sentir confortável. Dane-se. Ele estava apenas fazendo-se miserável. Jogando as cobertas, se levantou novamente, dando um passo para a porta. Abrindo-a, entrou no corredor e foi à porta de Dakota. Girando a maçaneta lentamente, empurrou-a e olhou para dentro, mas ele não conseguia ver nada. “Kota,” ele sussurrou, mas não obteve resposta e não ouviu nenhum movimento. Abrindo a porta um pouco mais longe, viu a cama vazia na penumbra. Fechando a porta novamente, Wally voltou para seu quarto. Deixando a porta meio aberta no caso do pai de Dakota necessitasse de algo, ele subiu de volta na cama, repreendendo-se por ser um covarde insosso. O que ele espera de Dakota, um voto de amor eterno depois de uma semana? A voz em sua cabeça respondeu suavemente. Essa é uma via de mão dupla, você sabe.” O velho ditado é verdade, sobre um covarde morrendo mil mortes. Porra, eu me sinto como um covarde. Rolando para o lado, com os olhos voltados para a porta para que pudesse ver se Dakota retornasse, ele manteve uma vigília no corredor. A cama se mexeu, com braços o rodeando, pele quente pressionando contra suas costas. Se isto era um sonho, ele não queria acordar. Wally permitiu-se dar um suspiro e quis que seu sonho continuasse enquanto ele se contorcia mais perto do calor. O som da manhã de fora da janela o puxou acordado. Ele chegou por trás dele, a sua mão encontrando somente o lençol. Então, foi somente um sonho. Capotando, a cama estava 157


desarrumada, e pensou que poderia haver uma depressão no travesseiro, mas não tinha certeza. E de qualquer forma, se não tivesse sido um sonho, Dakota certamente não estava aqui agora. Levantando-se, se limpou e vestiu antes de ir para a cozinha. Wally se serviu de uma caneca de café. “Ainda estamos indo visitar Grand Teton?” “Sim. Estamos quase prontos para ir,” Mario respondeu quando Wally olhou em volta. “Dakota disse que tinha coisas que tinha que fazer esta manhã e me pediu para levá-lo.” O café na sua caneca de repente teve um gosto ácido de bateria. Esperava que teria uma chance de falar com Dakota durante a viagem, para lhe dizer como realmente se sentia. Mas, por agora, pelo menos, ele não precisava se preocupar. A ausência de Dakota lhe dizia muito. Wally lamentou afastando-se, mas talvez fosse o melhor. “Vou pegar minhas coisas e ficar pronto para ir em poucos minutos.” Derramando a sua caneca, deixou-a na pia e foi para seu quarto pegar uma jaqueta, retornando para a sala e seguindo Phillip para o carro. A viagem não foi tão longa como Yellowstone, mas sentiu-se sozinho, sentado no banco de trás. Mario e Phillip conversaram animadamente, e eles continuaram puxando-o para a conversa. Embora tentasse seu coração não estava nisso. Na entrada do parque, eles esperaram na fila e pagaram a taxa de entrada antes de seguir para uma das áreas de estacionamento. A paisagem era de tirar o fôlego, com picos irregulares elevando-se acima dos vales dos rios. No centro de visitantes, Wally sentou-se com Mario e Phillip enquanto ouviam a uma apresentação de vídeo que explicava o parque e contava sua história. Geleiras, picos de montanhas de tirar o fôlego com campos de flores em suas bases, tudo isso o fascinava. Após a orientação, caminharam de volta para o carro e foram mais fundo no parque. Virando a esquina ao longo da estrada sinuosa do parque, eles chegaram em um vale. Mario parou o carro e Wally abriu a janela, saindo para ver os ursos pescando no meio do caminho. Sem pensar, Wally virou-se para dizer a Dakota só então lembrou que ele não estava lá. Wally puxou a cabeça para trás e dentro esperando calmamente no banco de trás até que os outros estavam prontos para seguir em frente. Sentia-se como uma terceira roda e um grande estraga-prazeres, tudo em um.

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À medida que o dia passava a sua atitude melancólica virou-se para frustração e raiva. Se Dakota não queria gastar tempo com ele, tinha fodido tudo. Wally notou Phillip nexer-se no assento enquanto Wally ouviu o murmurar para si mesmo, e acalmou. Tenho certeza que não vou deixar o inferno estragar meu dia. Se for assim que ele quer que seja, tudo bem! Wally poderia ter cometido um erro na noite passada, mas Dakota não precisava o soprar fora sem falar com ele ou até mesmo vê-lo. Isso era apenas rude! Wally empurrou esses pensamentos de lado quando viu uma manada de búfalos selvagens pastando perto de um riacho, jovens e velhos, todos juntos. Enquanto observava, eles começaram a correr ao longo do córrego, todos fugindo. Sentado no carro, podia sentir a terra tremer e vibrar. Mario parou e Wally saiu, de pé para que ele pudesse sentir o martelar da Terra abaixo dele. “O que é tudo isso?” Phillip perguntou, em pé ao lado dele. Mario apontou para trás deles. “Olhe!” Uma forma, magra escura corria atrás deles, seguido de outro, cortando o mais lento dos búfalos do rebanho. “Oh meu Deus!” Wally exclamou quando um arrepio passou por ele. “Aqueles são lobos caçando.” “Não deveríamos fazer alguma coisa?” Phillip perguntou com entusiasmo em sua voz. “Não. É o caminho natural das coisas. Os fortes sobrevivem.” Wally viu quando o búfalo solitário começou a tropeçar, com um lobo preso em seu pescoço. Eles foram longe demais para ver qualquer detalhe, e Wally desejava que pudesse se aproximar, mas não havia nenhuma maneira. Enquanto observava, o búfalo foi para baixo e o rebanho continuou a sua viagem ao longo do rio, as vibrações sumindo com a distância. Wally olhou para Phillip, que tinha os olhos fechados apertados quando ele se virou e entrou no carro. “Eu não quero ver.” Impossível tirar os olhos da cena, algo que nunca pensou que iria chegar a ver, Wally observava, completamente extasiado no funcionamento da natureza. O forte sobrevive, ele murmurou para si mesmo, e eu pretendo ser um deles. O búfalo estava na grama, agora é só

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vislumbre de um castanho com quatro lobos em cima. Afastando-se, ele entrou no banco traseiro enquanto Mario deslizava atrás do volante. “Isso foi muito grosseiro,” Phillip pronunciou a partir do assento da frente. Mario não disse nada, e Wally sabia que estava provavelmente imaginando um dos bovinos no lugar do búfalo, mas Wally sabia que tinha visto algo raro e incrível. “Pense nisso desta maneira. Esse búfalo era fraco. Se fosse forte, teria sido capaz de acompanhar o rebanho. Sem esse animal os retardando, o rebanho é mais forte, a próxima geração será mais forte, e o rebanho vai sobreviver. É parte da ordem natural, e nós temos que aceitá-lo.” Wally não conseguia manter a admiração e reverência em sua voz. Mario ligou o caminhão e seguiu em frente, continuando sua turnê pelo parque. O sol começou a fixar quando eles deixaram o parque e voltaram para casa. Wally começou a colocar Dakota fora de sua mente por um tempo enquanto gostava do resto do dia no parque, mas quando o caminhão ficou mais perto do rancho, começou a ficar nervoso. Sabia que tinha que falar com Dakota e tentar explicar o que estava sentindo, mas realmente não poderia colocá-lo em palavras. Esperava que pudesse encontrar as palavras quando visse Dakota, porque o homem merecia uma explicação pela noite passada. Puxando para o rancho, Wally viu Dakota sentado na varanda, emoldurado pela luz. Quando o caminhão parou, Dakota se levantou e lentamente desceu os degraus e foi para o caminhão. “Foi divertido? Você teve um bom tempo?” Wally viu quando Dakota se aproximou do carro, o sorriso no rosto, a forma como ele parecia tão satisfeito consigo mesmo, e isso fez a solidão que sentira durante todo o dia ferver dentro dele. Wally abriu a porta, observando quando Dakota abordou. Fechando a porta, ignorou a pergunta do homem e saiu em direção à parte de trás da casa sem dizer uma palavra. Ele não olhou para Dakota ou qualquer outra pessoa. Mas assim que virou a esquina, caminhando na escuridão do quintal, sua raiva evaporou-se e sua garganta começou a fechar. Ele tinha visto grandes coisas e teve um monte de diversão hoje, mas esteve sozinho. Phillip e Mario o tinham incluído, mas sempre que pensava que estava de costas, se tocavam ou falavam baixinho, e Wally se sentava deixando-se de fora novamente. 160


“Wally.” Ele se virou e viu uma figura alta e larga andando até ele, chapéu de vaqueiro na cabeça, e sabia que ficou todo mexido. “Diga-me o que fiz de errado?” A mágoa na voz de Dakota o fez parecer pequeno, e por um segundo, Wally podia ouvir o menino que seu amante tinha sido uma vez em sua voz. O aperto no peito, que vinha crescendo, aumentando um pouco mais, sabendo que ele era responsável. “É tudo culpa minha. Eu tenho medo.” Wally mal conseguia articular a palavra de sua boca, e sabia que se falasse agora, iria chorar. Dakota se aproximou e parecia que estava indo para abraçá-lo, mas Wally recuou, e os braços de Dakota caíram para seu lado. “Sabe quantas vezes eu realmente bati alguém de fora de um ginásio? Por duas vezes, e ambos foram na semana passada.” Wally engasgou para respirar e não sabia como continuar. “Eu era um covarde,” disse ele, sufocando as palavras. “Estava com medo e fechei-me.” Wally levantou os olhos do chão, enxugando as lágrimas com as costas da mão. “Quase vim para você, mas estava muito envergonhado, e estava com raiva de você por não ter vindo para mim de qualquer maneira.” “Mas eu fiz.” A voz de Dakota veio a ele através da escuridão. “Eu permaneci fora de sua porta por mais tempo, e depois de conversar com Phillip, finalmente descobri que não estava sendo justo com você. Tinha algumas coisas para fazer e depois vim para cama mais tarde, durante a noite.” “Pensei que tinha sonhado com isso,” Wally disse, quase para si mesmo, “Porque eu acordei sozinho.” “Eu tinha algo que precisava fazer.” A voz de Dakota estava mais perto, e então os braços o envolveram, puxando Wally para o corpo de seu amante, músculos duros, e o perfume que mais amava flutuou por seu nariz. “E você pensou que eu estava com raiva de você porque não fui com você para o parque.” Wally acenou com a cabeça contra a camisa de Dakota. “Sim, eu senti sua falta o dia inteiro. Toda vez que via alguma coisa, ia virar para lhe dizer e não estava lá.” Wally sentiu os braços ao redor dele apertar e uma mão suave acariciou através de seu cabelo.

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“Gostaria de ver porque não fui com você?” Dakota perguntou em sua voz profunda, Wally levantou o rosto e sentiu os lábios de Dakota contra os dele. A escuridão os camuflou quando Wally sentiu o beijo de Dakota aprofundar, língua explorando seus lábios e boca. Wally não conseguiu conter um gemido suave quando o beijo se intensificou, e a calça jeans, de repente parecia de um tamanho muito pequeno. Em seguida, o beijo e os lábios diminuíram e Dakota fugiu com um beijo suave. “Deixe-me mostrar-lhe o que eu fiz.” Voltando atrás, Wally sentiu a mão de Dakota o levando de volta ao redor da casa e para o celeiro. “Onde você está me levando?” Dakota parou de se mover. “É uma surpresa.” Na penumbra da varanda, Wally podia ver o sorriso animado de Dakota. Então ele o levou para o celeiro. Cabeças curiosas saíram das barracas, e Dakota levou todo o caminho de volta para o canto e parou no que parecia ser uma porta de novo. “Não está terminado ainda, mas fui capaz de fazer um bom começo.” Dakota girou a maçaneta e abriu a porta. “Este vai ser o escritório do novo gerente do rebanho.” Curioso e confuso, Wally entrou na sala, o cheiro de tinta fresca quase o esmagou. A sala tinha duas pequenas janelas que davam para a estrada e no manejo. As paredes eram agora de concreto branco, tudo limpo e fresco. “Isso deve ser um ótimo lugar para ele trabalhar. Mas por que está mostrando isso para mim?” Ele queria perguntar por que Dakota o afastou para fazer um escritório para alguém. Teria ficado demasiado irritado, mas pensou. Rapaz, ele não fez já isso. “Bem, tenho um pouco de esperança que você aceitasse o trabalho.” Wally parou de se mover e se virou, olhando para o sorriso satisfeito no rosto de Dakota. “Coloquei as telhas do teto na noite passada. Queria que fossem removíveis para que pudessem ser limpos para você, e pensei em colocar armários por aqui” Dakota se mexeu para o interior da parede “então você teria um lugar para todos os seus equipamentos veterinários. Também pensei que poderia colocar uma porta na parede aqui, e nós poderíamos construir uma sala de exames especiais, com um piquete para pacientes fora dele também.” 162


“Eu? Você quer que eu...” Wally parou incapaz de continuar enquanto olhava ao redor da sala. “Eu meio que percebi que a gestão do rebanho seria de tempo parcial, e queria contratálo como veterinário da fazenda.” “Mas Dakota...” Ele começou a protestar, não tendo certeza se Dakota estava tomando liberdades ou se era o homem mais doce vivo. “Pedi-lhe para ficar uns dias atrás, e não quero pressioná-lo, mas queria te mostrar que você seria uma pessoa valiosa aqui. Que seria uma parte da vida da fazenda, e não apenas a...” a voz de Dakota sumiu, e Wally se aproximou, perguntando o que Dakota estava preste a dizer. “Não apenas a pessoa que estou apaixonado.” “Espere,” ele aproximou “você é apaixonado por mim? Faz apenas uma semana.” “Nunca estive apaixonado antes, mas tenho certeza que é isso.” Dakota abriu um grande sorriso. “Quando você está comigo, as coisas se sentem bem.” “Kota,” disse Wally, engolindo em seco. “Não sei o que dizer de tudo isso.” “Sei que isso parece que estou colocando pressão sobre você, mas não quero. Somente quero que você saiba que pode ter uma vida aqui comigo. Ou seja, se você quiser.” Wally sentiu os braços de Dakota em torno dele novamente. “Eu quero que você pense sobre isso, sabendo que vai ter um lugar aqui, na fazenda, bem como em meu coração.” Dakota pegou a mão dele de novo e apagou a luz, levando-o para trás através do celeiro e em direção à varanda. Dakota se sentou no balanço e puxou Wally para seu colo antes de lentamente os balançar para frente e para trás. “Sinto muito, mas levei um tempo para perceber o que Phillip e o pai me diziam, que você tem muito a perder se decidir ficar aqui. E queria que você soubesse que tinha algo a ganhar também.” Wally descansou a cabeça no ombro de Dakota, beijando a pele macia do seu pescoço. “Eu já sabia disso.” Wally sentiu Dakota esticar o pescoço, e aproveitou o convite, sugando suavemente sobre a pele macia. “Acho que estava um pouco assustado por todos no restaurante.” “Sinto muito por isso. Foi o suficiente para fazer qualquer um desconfortável.” 163


“Não esteja. Não é sua culpa, e da próxima vez, eles provavelmente não vão prestar atenção.” Wally se contorceu um pouco, ficando confortável e sentindo a excitação de Dakota contra sua bunda. “Da próxima vez?” Dakota gemeu quando Wally continuou se movendo. Wally calou, olhando nos olhos de Dakota. “Você não acha que vou deixar alguns caipiras nos impedir de jantar, não é?” Wally trouxe seus lábios para Dakota enquanto se mexia em seu colo. “Talvez devêssemos levar isso para dentro. Não acho que os empregados querem ver-nos aqui fazendo isto.” “Você provavelmente está certo. Além disso, eu meio que quero você só para mim agora.” Wally escorregou do colo de Dakota. Tomando a mão de seu amante, ele se permitiu ser levado para dentro. “Eu meio que achei que você se sentiria mais vergonhoso de demonstrar afeto.” Dakota encolheu os ombros. “Acho que percebi que uma vez que disse ao meu pai e ele me apoiou, o resto do mundo poderia ir para o inferno.” A porta de tela se fechou atrás deles, e Dakota continuou levando-o pela casa. “Além disso, há uma coisa que sei, e isso é uma coisa boa,” acrescentou, quando atingiu seu quarto, “e você é isso.” “Eu sou?” Wally perguntou contra os lábios. “Oh, sim,” Dakota suspirou, sua respiração se misturando. A porta se fechou atrás deles, e Wally se viu sendo pressionado para trás contra a cama. “Posso ser o homem vivo mais sortudo, porque encontrei alguém maravilhosamente especial,” Dakota murmurou contra seus lábios, e Wally caiu de costas no colchão quando Dakota aprofundou o beijo. “Sei que você tem que partir em poucos dias, mas até então, tenho que fazer tudo que posso para convencê-lo a voltar.” Wally gemeu quando as mãos de Dakota puxaram a camisa dele, puxando-o sobre sua cabeça. Para onde foi depois disso, ele não sabia ou se importava. Sua pele sempre gostou do

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toque de Dakota. “Não acho tão difícil, pelo menos não agora,” Dakota balbuciou baixinho em seu ouvido. “Basta sentir e deixar ir por mim.” Suspirando suavemente, Wally parou o pensamento e o saber. As decisões estariam lá de manhã, mas bem aqui, agora, só havia Dakota e suas mãos, mãos que naquele exato momento estavam trabalhando a sua maneira abaixo dele, indo a sua bunda. “Eu nunca posso pensar quando você está por perto, Esse é o problema.” Wally arqueou para o toque, pensamentos e preocupações voaram da sua mente. Sua roupa restante se foi, e peso de Dakota pressionou nele, pele quente ao seu redor enquanto lábios o tomavam duro e firme. Wally sabia que Dakota iria reivindicá-lo, deixando-o saber exatamente como ele estava se sentindo com uma clareza que rivalizava com ele gritando do topo do celeiro. Agarrando-se a sua vida, seu espírito se elevou quando Dakota fez amor com ele, enrolando seu corpo apertado e arrancando o seu desejo com um excelente instrumento. Cada toque era mágico, cheio de amor e de esperança. Seus corpos unidos, Dakota dentro dele, chegando ao seu coração, e Wally gritou: “Te amo, Kota!” Finalmente deixando ir a última sequência em torno de seu coração, seu espírito se elevou como um dos lobos que tanto amava, correndo sobre a pradaria. Eles entraram em colapso em uma pilha e um emaranhado de braços e pernas, Dakota segurando-o apertado e Wally nunca querendo se mover novamente. Deitado nos braços de Dakota teve um momento de clareza emocional. Ele fez amor com Dakota, e talvez eles pudessem ficar bem juntos. “No parque hoje, eu vi lobos caçando um búfalo.” Wally olhou nos olhos sonolentos de Dakota. “E pensei que talvez você e eu fôssemos como eles. Que, enquanto nós compartilhamos o mesmo espaço, nós sempre estaríamos em desacordo um com o outro de alguma forma.” Os olhos de Dakota abriram mais largos e um olhar preocupado atravessou seu rosto. “Mas eu estava errado.” Wally mudou. “Meu raciocínio estava errado.” Dakota relaxou contra ele. “Nós somos como eles, mas porque precisamos um do outro.” “Eu não entendo,” Dakota disse, bocejando. 165


“Os búfalos precisam dos lobos para selecionar o rebanho e mantê-lo forte. Os lobos precisam dos búfalos para alimentação. Eles compartilham o mesmo alcance, e um sem o outro, não são tão fortes.” Dakota puxou para mais perto, os lábios contra seu pescoço. “Você pensa as coisas mais estranhas, às vezes.” “Precisamos um do outro, assim como eles fazem.” Wally acariciou a mão no peito para baixo de Dakota, inclinando-se para saborear a pele salgada. “Você está me dizendo o que acho que você é?” “Sim, Kota. Eu vou fazer do Wyoming a minha casa. Eu te amo, e seria um completo idiota para deixar a chance de ver onde isso pode levar acabar deslizando através dos meus dedos.” Wally sabia que eles não se conheciam há muito tempo e que não seria fácil, mas nada de valor era sempre fácil. Dakota, de repente o soltou, rolando-o de costas, olhando para ele com um sorriso enorme. Wally sorriu para ele, maliciosamente. “Mas há apenas uma pergunta que preciso fazer, Dakota. Será que este trabalho de gerente de rebanho vem com um lugar para viver? Porque vou precisar de um.” Dakota rolou, olhando-o. “Claro. Há espaço para mais um no barracão.” Wally golpeou Dakota levemente sobre o lado antes fazer cócegas no homem maior, toda a cama tremeu enquanto Dakota se contorcia. “O barracão!” Wally exclamou com indignação simulada, enquanto fazia cócegas com dedos ágeis. “Ok, ok.” Dakota ergueu as mãos em sinal de rendição, sorrindo enquanto puxava Wally para ele. “Que tal isso? Você pode manter o quarto que você está usando, mas vou deixar minha porta aberta para você.” “De alguma forma não vejo o quarto ficando muito em uso.” “Espero que não, mas você vai ter um lugar próprio.”

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“Pessoalmente,” disse Wally, aproximando-se, metade cavando sob o calor de Dakota quando o ar fresco da noite fluiu através das janelas, “acho que não preciso de qualquer coisa além do que está aqui.” Wally descansou a cabeça no braço de Dakota e sentiu as mãos de Dakota em seu cabelo e o toque dos lábios macios em seu ouvido. “Noite, cowboy.” Wally se contorceu um pouco contra a pele de Dakota e dormiu quase que instantaneamente.

“SÓ MAIS um dia,” comentou Phillip quando Wally e Dakota se juntaram a ele na mesa da manhã. Dakota sorria conscientemente para Wally, antes de encher duas canecas. “O que foi isso?” Phillip olhou para ele de forma crítica. “Você vai ficar?” “Sim e não,” Wally respondeu. “Eu vou voltar com você amanhã para que possa esclarecer as coisas em casa. Tenho uma oferta de trabalho com o Doutor Hastings, e Dakota me pediu para ajudá-lo aqui para gerenciar os registros de rebanho.” Wally não conseguia parar de manter o sorriso do seu rosto animado. “Pensei que algo assim ia acontecer.” Phillip voltou sua atenção para sua caneca, ignorando os dois. Wally viu Dakota olhar para ele interrogativamente, e deu de ombros em resposta. Dakota colocou uma caneca na frente dele e arrastou uma mão por cima do ombro antes de sair da cozinha para deixá-los falar. “O que há de errado comigo?” Wally fez uma cara estranha. “De onde veio isso? Isso não soa como você em nada.” Para Wally, ele parecia quase como se fosse uma pessoa diferente do confiante Phillip vivaz. “Você é a pessoa mais confiante, que conheço.” “Eu não sei. Talvez não esteja apenas pronto para ir para casa.” Phillip terminou o café e levantou-se para colocar sua caneca na pia. “Não se preocupe com isso.” Wally levantou-se e encontrou seu amigo ao lado da pia, prendendo-o contra o balcão. “Você não consegue soltar uma bomba como essa e, em seguida, sair como se nada tivesse falado. Então, derrame.” Wally recuou para Phillip poder sentar-se. 167


“Eu já namorei Deus sabe quantos homens. Alguns deles eram grandes caras que realmente gostei.” Phillip soou um pouco choroso, mas Wally percebeu que ele tinha permissão para isso. Seu amigo sempre o escutou por qualquer motivo ao longo dos anos. “E sempre os descarto por algum motivo. Tome Mario — ele é um homem doce, com uma grande personalidade e realmente gosta de mim. Nós nos divertimos juntos, rimos da mesma merda, e inferno, até gostei de cavar postes com ele.” “Assim qual é o problema?” “Eu não sei,” respondeu Phillip um pouco rápido demais, e Wally esperou, sabendo que seu amigo iria falar quando estivesse pronto, mas não disse mais nada. “Você não tem que me dizer, mas pergunte a si mesmo o que está faltando. O que é que você está esperando ou querendo que não está lá, e é realmente importante no grande esquema das coisas?” “Sinto muito por despejar isso em você.” Phillip balançou a cadeira para trás em suas pernas nervosamente. Wally chegou ao seu amigo, segurando sua mão. “Deixe-me dizer-lhe isto. Nós estamos aqui, e você começou a ver Mario, ao mesmo tempo em que comecei há passar o tempo com Dakota. Você diz a si mesmo que estava só se divertindo, ou você se permitiu a possibilidade de poder ser algo mais, se deixar isso acontecer?” Wally sabia que não tinha as respostas, e mais do que poderia fazer para ajudar foi tenta dar a Phillip algo para pensar. Ele não respondeu, e Wally realmente não esperava que fosse. Empurrando a cadeira para trás, Wally deixou Phillip sozinho e foi procurar Dakota. Ele ouviu a voz de Dakota, antes que o visse. A brisa fresca soprava do celeiro. “Como está o seu pai esta manhã?” Wally perguntou, quando veio por trás de Dakota, deslizando as mãos na cintura depois de Dakota deixar cair o fardo de feno. “Ele perguntou se você não se esqueceu de passar antes de partir.” A cara de Dakota estava forrada com preocupação. “Claro. Você disse a ele que estaria de volta, não foi?”

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Dakota se virou, pálido. “Eu fiz, mas ele não está agindo bem.” Dakota ingeriu. “Liguei para o médico e ele disse para levá-lo para o hospital.” Dakota balançou a cabeça em frustração. “O homem é um idiota às vezes. Ele mora a dois quilômetros de distância. Eu o bajulo para parar esta tarde. O pai está dormindo agora.” Wally não sabia o que dizer, mas podia sentir a angústia de Dakota como se fosse sua própria. “Queria levá-lo para Jackson hoje, mas acho que preciso ficar perto da casa.” Wally apertou um pouco mais apertado, encostando a cabeça contra a traseira de Dakota. “Não importa onde estamos, enquanto nós podemos passar o dia juntos. Talvez possamos fazer um passeio antes do almoço. Então posso arrumar enquanto o médico está aqui.” “Sinto muito.” Dakota se virou, com um olhar muito preocupado no rosto. “Pai passa por esses ataques de vez em quando, e enquanto eles sempre passam cada um deixa-o mais fraco e nunca fica como estava antes. E sei que, eventualmente, ele não vai se recuperar em tudo.” Dakota ingeriu, e Wally o abraçou apertado. Não havia nada que pudesse fazer, apenas ser solidário. Algo lhe disse que Dakota não teve muito apoio incondicional, com exceção de seu pai. Wally, por outro lado, sabia que seus pais iriam apoiá-lo, não importando o quê. Eles podem não estar felizes que ele estava se movendo do outro lado do país, mas iriam se ajustar e, provavelmente, vir a Wyoming em férias. “Nada de sentir pena.” Dakota cheirou uma vez e parecia puxar fora seu medo. “Por que não vamos selar? Você tem um lugar em mente para o nosso passeio?” “Pensei que nós poderíamos correr para o riacho. É quente, e a água vai estar provavelmente sentindo-se bem.” Wally imaginou que poderia pensar em algo para tomar conta de Dakota fora de seu pai, um pouco de qualquer maneira. Eles selaram os cavalos e saíram. Wally viu Phillip vindo de fora, quando estavam saindo do quintal e puxando no caminho.

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“Você quer vir junto?” Ele queria um tempo sozinho com Dakota, mas ele não podia suportar ver Phillip olhar assim para baixo. “Não.” Phillip olhou para Dakota. “Você sabe onde Mario está esta manhã?” “Ele estava trabalhando com um dos cavalos no manejo de volta do outro lado do celeiro.” Dakota apontou, e Phillip caminhou nessa direção sem dizer mais. Wally esperava que ele estivesse em sua maneira de falar com o homem, mas não ia se intrometer. Phillip provavelmente iria dizer-lhe, eventualmente. Clicando os dentes, cutucou o cavalo para frente, e caminharam calmamente na frente da casa e para a trilha. Eles não falaram muito durante o passeio. Dakota estava obviamente preocupado e Wally estava imerso em seus próprios pensamentos. Quando eles se aproximaram das árvores, desmontou e caminhou levando os cavalos para a clareira gramada, amarrando-os e depois espalharam um cobertor sobre a grama. Mesmo na sombra, o calor e a falta completa de qualquer movimento feito pelo ar opressivo eram demais. Dakota desabou e Wally se juntou a ele, o silêncio entre eles foi sociável por um tempo, mas eventualmente Wally decidiu que era hora de Dakota parar de ruminar. “Estou indo para um mergulho,” ele pronunciou quando se levantou. “A água está muito fria.” “Não foi tão ruim quando verifiquei a última vez que estivemos aqui. Além disso, você quer água fria, tente nadar no lago Michigan.” Wally tirou os sapatos e tirou as meias, antes de puxar a camisa sobre a cabeça e abrindo as calças, deslizando para baixo de suas pernas. Ele sabia que estava dando um show a Dakota, afinal, essa era a ideia. Nu, caminhou em direção ao córrego pedregoso e pisou dentro. A água estava realmente boa, mas não fria, e caminhou em direção à água até o fundo. A água arrepiou sua pele, nadou, lavou o calor e o suor. Virando-se, olhou para Dakota e viu o homem tentando decidir se queria se juntar a ele. Para ajudá-lo a decidir, Wally nadou em direção as águas rasas e se levantou, olhando para longe de Dakota, sua bunda logo acima da água. Fingindo que não estava prestando atenção, ouviu Dakota movendo-se e, em seguida, um respingo suave quando as mãos mornas de Dakota deslizaram ao redor de sua cintura, e ele 170


sentiu o peito de Dakota contra suas costas e uma dureza contra sua bunda. Virando-se, Wally colocou seus braços em volta do pescoço de Dakota e colocou as pernas em volta da cintura, trazendo os seus lábios em um beijo ardente. Dakota gemeu baixinho quando Wally assumiu o comando, seus peitos esmagaram juntos, a água flui por eles, seu pau latejante preso entre seus corpos. Mãos deslizando de volta em Wally, as mãos rugosas escavando suas bochechas, Wally os usou como alavanca para pressionar mais perto de seu amante. “Alguém vem aqui?” Wally perguntou contra os lábios de Dakota. “Não que eu saiba,” Dakota respondeu, e Wally sentiu-os começar a se mover através da água em direção a margem. Cuidadosamente, Dakota manobrou-os para margem, mas Wally estava mal ciente disso enquanto assaltava os lábios de Dakota. Pendurado firme, foi rebaixado para a manta, o peso de Dakota sobre ele, pés no ar, olhos fechados, todo o seu ser clamando pelo toque de Dakota. O peso sobre seu corpo desapareceu, e Wally abriu os olhos, levantando a cabeça quando a língua de Dakota lanceou sua abertura. Olhos revirados para trás, cabeça flutuando sobre o cobertor, sua mente entrou em uma névoa de paixão induzida. Língua deslizando afastado havia um som de rasgar, em seguida, um trecho de queimação, seguida de intenso prazer. Dakota enchendo-o profundo. “Kota, Deus... Por favor.” Wally mendigou e implorou para ter Dakota se movendo e acabando com sua provocação. Lentamente, Dakota afastou-se e empurrou duramente e profundo, arrastando-se sobre esse ponto especial que não deixava nenhuma dúvida na mente de Wally que havia de fato um Deus. Espremendo duro, ele ouviu Dakota suspirar quando seu corpo se agarrou a ele, tentando puxar Dakota mais profundamente. Não conseguia o suficiente e começou a balançar no tempo do ritmo de seu amante, dirigindo-os ainda mais, aumentando o poder de cada impulso apaixonado. “Wally, só irei depois que você gozar.” “Não quero que você dure. Quer saber posso fazer você perder o controle.” Wally bateu sua pele na de Dakota, o som fluindo quando o ritmo de Dakota tornou-se irregular. Wally 171


puxou os olhos abertos, colocando as mãos nos ombros de Dakota, puxando-os juntos, quando viu a paixão de Dakota alcançá-lo. Fechamento dos olhos, a boca aberta, Dakota explodiu dentro dele, gritando sua paixão ao vento, com Wally seguindo logo atrás. Em seguida, eles ainda estavam unidos; o único movimento ou som era a sua respiração e da água, até que um grito ecoou sobre a pradaria, baixo e longo, seguido por um som de advertência. Dakota caiu em cima, e Wally deu uma risadinha e alisou os cabelos de Dakota. “Você é meu macho alfa, Kota.” Wally se contorceu um pouco, seus peitos deslizando juntos. “Pelo menos ele pensa assim.” Dakota levantou a cabeça, e Wally viu que as linhas de preocupação tinham saído substituídas por um sorriso descontraído e contentamento puro. “Ele faz, hein?” Dakota parecia levemente preocupado. “Sim, mas enquanto você não responder, mais ou menos em dez minutos,” disse Wally, sorrindo, “ele vai pensar que foi embora.” Wally recostou-se no cobertor, com as mãos acariciando sobre a pele de Dakota. Ele não tinha a intenção de se mover em qualquer momento breve. “Devemos voltar,” disse Dakota com um toque de preocupação em sua voz, mas não fez nenhum esforço para se mover. “Apenas relaxe. Nós vamos começar a voltar em alguns minutos. Eu só quero um pouco de tempo, aqui, com você.” Wally segurou a mão de Dakota quando uma leve brisa veio, farfalhando nas folhas um pouco antes de morrer de novo. Um rosnado baixo do estômago de Wally, respondeu quase que imediatamente por uma de Dakota, puxou-os fora de seu estado relaxado, e relutantemente se levantaram e vestindo e montaram em seus cavalos para um passeio lento de volta para o celeiro. Desmontando do cavalo, Wally os levou até o celeiro e tirou a sela e o cobertor antes de liberálos para o manejo. Como tinha terminado, ouviu um carro puxar para cima e viu um homem caminhando em direção à varanda, carregando o que parecia ser uma bolsa de couro. Dakota conhecia o homem e Wally assumiu que fosse o médico e levou-o para dentro. Wally os seguiu e foi para seu quarto para iniciar o processo de arrumar suas coisas para ir para casa. 172


Capítulo Doze DAKOTA ajudou seu pai a levantar na cabeceira da cama. “Ele vai estar aqui,” comentou o pai na conversa um pouco arrastada. “A visão da janela não vai mudar, e verificar a cada cinco minutos não vai trazê-lo aqui mais rápido.” Dakota voltou da janela para ver o que passou por um sorriso malicioso no rosto de seu pai. “Eu sou tão óbvio?” Ele começou a arrumar a cama antes de ter certeza que seu pai tinha tudo que precisava. “Você tem sido tão ranzinza como um touro ferido, desde que ele o deixou. O resto de nós deve ser os únicos a olhar pela janela. Quanto mais cedo ele chegar, melhor.” Dakota sabia que seu pai estava brincando, mas também sabia que havia um grão de verdade nisso também. Wally tinha ido há duas semanas, e sentia falta dele como algo terrível. Ele perguntou-se mais e mais como alguém poderia insinuar-se em sua vida tão rapidamente, e decidiu que era apenas Wally. “Eu sei, e sinto muito por isso.” “Não esteja. Você está apaixonado, e, acredite ou não, eu me lembro como se sente.” Jefferson relaxou de volta contra o seu travesseiro, a pequena quantidade de conversa já o tinha desgastado. Dakota deu-lhe uma bebida e terminou o que precisava, ligou a televisão a um jogo de beisebol e sair do quarto. As últimas duas semanas tinham sido uma mistura de atividade e de solidão. Ele havia conversado com Wally quase todos os dias, e ainda tiveram sexo por telefone algumas vezes, mas sempre o deixava sentindo um pouco oco e desejando que a coisa fosse real. Quando não estava cuidando de seu pai, estava acabando o escritório de Wally, e até mesmo cortou a parede para a porta. Com a ajuda dos caras, lançou as bases da sala de exame e começou a construir as paredes. Ele esperava que Wally gostasse. Dakota tinha certeza que faria, mas gostaria que estivesse aqui para dar a sua opinião. Eles teriam chegado mais longe, mas o soletrar de seu pai tinha deixado pouco antes de Wally 173


partir o que acabou por ser uma infecção, e estava gastando muito tempo certificando-se que seu pai não fosse exposto a qualquer coisa até que toda a medicação que estava sendo dada teve a chance de trabalhar. Na sala, ele descansou em uma das cadeiras, mas nem descansou levantando-se novamente e saiu de casa, sentando na varanda, ouvindo os sons da fazenda que se preparava para mais uma noite. Cavalos pastando no manejo, bufando e relinchando baixinho, gafanhotos e grilos tocando suas músicas, até o gado fizeram os seus sons soando fraco. Mesmo a chamada do lobo que sempre provocava pavor não fez como costumava fazer. Noite após noite, ele encontrou-se escutando as chamadas. Toda vez que ele ouviu, se lembrava de Wally e como ele amava esse som. Uma coisa que ele tinha notado foi que a cada noite, as chamadas ficavam mais suaves e parecia estar ficando mais longe. Ele sabia que Wally ficaria provavelmente decepcionado, mas Dakota ficou aliviado que eles pareciam estar em movimento. A escuridão caiu em torno dele, e Dakota manteve vigiando a estrada para ver os faróis se aproximando. À medida que cada conjunto aparecia, ele os assistia até que passavam a entrada e, em seguida, sentando novamente. O ar esfriou e ainda esperou, até que outro conjunto de luzes apareceu, abrandou, e virou na entrada em seu caminho. O caminhão de Wally mal tinha parado e Dakota estava lá, abrindo a porta. Wally saiu e Dakota puxou para perto, trazendo os seus lábios em um beijo, duro e possessivo. “Isso foi alguma recepção,” Wally brincou levemente quando Dakota finalmente o liberou... só de correr para Dakota, jogar os braços em volta do pescoço e tentar escalá-lo, Deus era bom ter o corpo quente que se contorcia contra o dele, os seus lábios macios para saborear. “Senti sua falta, Kota.” “Eu senti sua falta também.” Dakota deixou Wally ficar de pé novamente. “Você poderia conseguir mais?” Dakota riu enquanto olhava na janela traseira. O carro estava lotado até o teto. “Podemos descarregar que no período da manhã. Tudo que preciso para hoje à noite está no banco da frente. “ 174


“Tudo que eu preciso para esta noite é você.” Dakota riu do homem menor, e Wally gemeu profundamente em sua garganta. Wally foi para o banco da frente, e Dakota caminhou até a parte de trás do caminhão, maravilhado de que as coisas não começassem a arrebentar tudo, de tão cheio. Wally puxou uma mala e fechou o caminhão. Pegando sua bolsa, Wally começou a caminhar em direção a casa, e Dakota o seguiu, observando o bumbum bonito saltar nesses jeans apertados. Agora que era uma visão valia a pena esperar. Dakota observava com um sorriso no rosto, enquanto Wally andava pela casa, seu sorriso desaparecendo quando Wally entrou no quarto que ele estava usando quando esteve aqui antes. Dakota parou na porta, observando como Wally jogava a mala na cama e abria. “O quê?” Wally perguntou quando parou e se virou. “Eu pensei...” Dakota engoliu em seco e saiu do quarto. Obviamente, Wally não tinha pensado a mesma coisa que ele tinha. Caminhando para seu próprio quarto, ele se sentou na beirada de sua cama, respirando profundamente para manter a decepção de sobrecarregá-lo. Uma batida suave trouxe de volta a sua atenção do pequeno rasgo no tapete que estava olhando. “O que há de errado?” Wally sentou na cama ao lado dele. “Nada.” Ele não poderia dizer a Wally que tinha sido esperando. “Kota, o que é?” Wally pegou a mão dele, e Dakota sentiu o coração bater um pouco mais rápido apenas do toque. “Precisamos conversar um com o outro, se é que isto vai funcionar.” “O que é isso?” Dakota se levantou e abriu duas das gavetas da cômoda, agora vazia, antes de abrir a porta do armário. “Fiz espaço para você...” Dakota olhou para Wally e viu um enorme sorriso. “Você fez um espaço para mim?” Wally caminhou até ele, e Dakota se encontrava colado contra o corpo se contorcendo de Wally. “Eu não sabia o que você queria.” Wally beijouo duramente, tentando subir ao mesmo tempo. Com pena do homem menor, Dakota levantou-

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o, colocando-o na cama, beijando-o duro enquanto sentiu os braços de Wally ao redor de seu pescoço. Suas roupas desapareceram, e Dakota suspirou quando sua pele moveu-se contra Wally, com as mãos reaprendendo o corpo debaixo dele, cada curva, músculo e ondulação que corria por baixo das suas mãos. “Parece que sempre tenho que estar te abraçando.” “Senti falta disso também.” As mãos de Wally deslizaram ao longo de seu lado. “Eu quero você, Kota.” “É preciso prepará-lo, amor.” “Amor?” Wally perguntou baixinho. “Sim, eu amo você. Não me sentia bem sem você.” Dakota rolou Wally abaixo dele e colocou-o no colchão, pressionando seu peito em Wally, beijando seu pescoço antes de descer o seu corpo. A pele de Wally tinha gosto de terra e ar fresco, um sabor e aroma que ele viria a marcar como seu amante, e que percebeu que tinha sentido falta também, assim que provou novamente. Continuando para baixo do corpo de Wally, o sabor se intensificou a medida que ele tem cada vez mais perto do núcleo de Wally. “Kota!” Wally gritou quando esse sabor especial estourou na língua de Dakota. Continuou para baixo na fenda de Wally, Dakota empurrou um dedo na abertura de Wally, profundamente e ouvindo os pequenos sons de êxtase feitos por Wally cada vez que tocou em seu ponto. “Não provoque, Kota, por favor.” “Sem provocações.” Dakota apertou bochechas de Wally, espalhando-as abertas. “Só amando cada parte de você.” Wally gemeu novamente quando Dakota penetrou-lhe profundamente, até os músculos relaxarem em torno dele. Beijando o seu caminho em volta de Wally, Dakota chegou à mesa de cabeceira e encontrou o pequeno pacote que estava procurando. “Isso está correto?” “Deus, sim, Kota.” Wally estava ofegante, quase sem fôlego. “Quero que seja parte de mim.”

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Quando Wally virou, as pernas enrolaram em torno da sua cintura, Dakota lentamente entrou em seu amante, os juntando. O suspiro que Wally fez quando Dakota deslizou profundamente retumbou através de ambos. “Sim, Kota. Sim.” A foda dos dois foi forte e rápido. Dakota sabia que não ia durar, sua emoção era muito grande. E, desde os barulhos e gritos que Wally estava fazendo, toda a casa e a maior parte do rancho sabiam o quão feliz seu amante era naquele momento. “Kota!” Wally chorou quando gozou ao redor dele, puxando Dakota no precipício de sua própria libertação passional. Dakota manteve Wally próximo, sem dizer nada porque engasgou ao respirar, mas não estava disposto a deixá-lo ir. Parte dele estava com medo que se o fizesse, ele teria ido novamente. Lambendo atrás da orelha de Wally, Dakota deixou seus olhos fecharem, seus outros sentidos, preenchendo com tudo de Wally. “Tem certeza que isso é o que você quer? Que eu sou o que quer?” “De onde está vindo isso?” Dakota deslizou os olhos abertos, tentando não deixar que seus nervos assumissem. “Acho que estou preocupado que você vai se cansar de mim.” Ele não podia ver o rosto de Wally, mas podia ouvir o receio em sua voz. “Olhe. Você pode ficar onde quiser.” Dakota mudou para que pudesse olhar nos olhos de Wally. “Eu não vou forçá-lo em algo que você não quer ou não está pronto” os olhos de Wally se arregalaram. “Mas entenda o seguinte: quero você exatamente onde está, agora, na minha cama, comigo segurando você e te amando. Se você quiser manter suas coisas no quarto ao lado, tudo bem. Se você quiser dormir ali, tudo bem também. Não é preferível e não é o que espero que queira, mas tudo bem se é isso que faz se sentir confortável.” “Quando estou com você, você é tudo que posso pensar, e quando estou longe de você, tudo o que posso pensar é vê-lo novamente.” Dakota viu a preocupação nos olhos de Wally. “Às vezes eu acho difícil pensar em torno de você, então me pergunto se estamos indo rápido demais.” As palavras de Wally caíram fora, e Dakota permitiu-se um sorriso. 177


“Se você acha que é o único que se sente assim, está enganado.” Dakota deu um beijo suave sobre os lábios já ligeiramente inchados. “Porque faz as mesmas coisas para mim. Vou ser honesto com você, perguntei ao meu pai sobre isso enquanto você estava fora, e ele me disse que o amor deve ser valorizado, porque nunca se sabe quanto tempo você tem. Ele disse que minha mãe sempre quis ir a lugares e ver as coisas.” Dakota saiu da cama e começou a vasculhar a mesa de cabeceira. Encontrando o que estava procurando, puxou um álbum para fora e fechou a gaveta, entregando-a a Wally. “Papai me deu isso. Foi da minha mãe.” Dakota viu quando Wally abriu a tampa do álbum desbotado, as páginas de plástico amassadas como se tivessem sido bem manuseadas. “Isto é Paris,” — Wally virou outra página — “esta é de Londres.” Os olhos de Wally se arregalaram enquanto segurava uma página. “É este o Nilo?” Dakota balançou a cabeça lentamente. “Ela fez este álbum de todos os lugares que queria ver com o meu pai. Ele disse a ela que uma vez que a fazenda fosse bem-sucedida, eles iriam a qualquer lugar que ela queria.” Wally olhou para cima lentamente, seus olhos bloqueados em Dakota. “Ela morreu antes de chegar para ver qualquer um desses lugares. Papai disse que era seu único pesar, e disse-me, onde o amor estava em causa, e seguir meu coração.” Dakota subiu de volta na cama, sentado na frente de Wally. “Então, isso é exatamente o que estou fazendo.” Dakota levou o livro da mão de Wally, colocando-o sobre a mesa, e se inclinou para frente, os braços envolvendo em torno de seu amante, orientando-o de volta na cama, beijando-o duro. “Não quero lamentar nada na medida em que você está em causa.” Ele beijou Wally novamente. “Sei que isto parece rápido, mas sei o que quero, esse é você.” Dakota puxou para trás, sorrindo para sua amante... e esperou. “Você quer que eu diga agora?” Wally perguntou brincando. “Porque eu não consigo pensar com você olhando todo sexy e tudo mais. “ “Você não precisa decidir agora, mas prometo que o que você decidir, definitivamente pretendo cortejar você.” Dakota mordiscava o pescoço de Wally.

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“Não é um pouco tarde para isso?” Wally esticou o pescoço, dando acesso a Dakota mais que a pele macia. “Nunca é tarde demais,” Dakota murmurou contra a pele de Wally, sua língua deslizando em todo o pescoço esguio. “Quero que você se sinta especial, e tenho a intenção de ver que você faz.” “Kota.” Wally estremeceu debaixo dele, e Dakota sorriu antes de sugar uma pequena marca na base do pescoço de Wally. “Você está me dando um chupão?” “Uh-huh.” Dakota lambeu e beijou a pele para aliviar isso. “Quero que todos saibam que o homem mais bonito da cidade pertence a mim.” “Não posso esperar para ver como eles reagem quando você for me cortejar.” Wally sorriu, e Dakota não podia deixar de rir. “Eles realmente não importam.” Dakota levantou o rosto. “Estava com tanto medo de sair durante anos, e agora que estou fora, descobri quem são meus verdadeiros amigos. Pessoas que eu achava que eram meus amigos têm atravessado a rua quando me vêem chegando, e outros que eu mal conheço apertaram a minha mão na farmácia. Eu só não entendo às vezes. O que eu tinha muito medo era que perderia os empregados e não seria capaz de conseguir outros. Mas parece que há outros cowboys gays por aí, e todos querem trabalhar aqui. Eu tinha oito homens querendo uma posição na semana passada.” Dakota sentiu a tensão de Wally. “Houve algum problema?” “Você quer dizer que não seja Greg trazendo sua nova namorada ao redor, apenas para que pudéssemos vê-la?” Dakota sorriu e Wally começou a rir. “Não quero que haja qualquer mal-entendido, não é?” “Não. Ele foi tão engraçado. Tenho certeza que vamos ter os nossos problemas, logo Mas depois não seremos nada de especial. As pessoas têm bom coração, especialmente quando você é agradável com eles primeiro.” Wally ficou quieto, e Dakota deitou sobre o colchão, segurando seu amante. Ele sabia que Wally estava pensando um monte de merda. Inferno tinha pensado muito ao longo das últimas semanas. Pensado em tudo, Wally conseguindo o seu próprio lugar e manter as coisas 179


tranquilas para perguntar-lhe para viver na fazenda com ele, e decidiu que era justo para Wally — para ambos, que eles sejam eles mesmos e o resto das pessoas que se danem. Ou as pessoas viriam ao redor ou não. “Tem certeza que isso é o que você quer?” Wally finalmente perguntou, quebrando o silêncio. “É o que você quer que importa,” Dakota respondeu enquanto passava os dedos pelos cabelos macios de Wally, o cheiro de seu amante enchendo seus sentidos. Sentiu Wally acenar baixinho, mas ele não disse mais nada. Desembaraçar-se, Dakota saiu da cama, puxando seu roupão. Saindo do quarto, olhou para dentro em seu pai, desligando a televisão e a luz. Voltando ao seu quarto, sorriu quando viu Wally, agora dormindo na cama. Deslizando fora o roupão, Dakota se deitou ao lado de Wally, e imediatamente o homem menor tinha se enrolado em Dakota quando fungou baixinho em seu sono. Sorrindo para si mesmo, Dakota deixou os olhos fechados.

LUZ fluiu através das janelas quando Dakota acordou com uma cama vazia. Sentandose, a coberta agrupada em torno de sua cintura, olhou ao redor, mas não viu Wally em qualquer lugar. Então a porta do quarto se abriu e Wally apareceu vestindo apenas um par de shorts, uma mala em uma mão e uma caixa na outra. Sem dizer nada, Wally abriu a mala e começou a preencher uma das gavetas. “Eu acho que você decidiu.” Wally parou e se virou. “Eu só espero que você saiba o que está por vir.” Dakota revirou os olhos antes de sair da cama e caminhar para onde Wally estava na cômoda. Puxando os shorts, que escorregou pelas pernas de Wally. “Ei,” Wally chorou baixinho enquanto ele se virava. “Ei você — desfazer a mala pode esperar.” “Por quê?” Olhos Wally escureceu.

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“Temos alguns comemoração a fazer.” Com uma colher de seus braços, levantou-se e depositou Wally na cama com um salto. “Muitas celebrações; pode levar três ou quatro décadas.” Wally riu e jogou seus braços em volta do ombro de Dakota. “Talvez mais.”

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Epílogo DEUS, primavera parecia que iria demorar a chegar, mas chegou. Dakota jogou sua jaqueta por cima da cerca do manejo e voltou a trabalhar com seu potro novo. Quando eles tinham descoberto que Milford decidiu vender os potros gêmeos, Wally tinha importunado Dakota impiedosamente em comprá-los. Bem, impiedosamente era uma palavra muito severa — o que realmente Wally teve que fazer era olhar para ele com aqueles olhos grandes e Dakota faria qualquer coisa por ele. Além disso, foi se transformando em uma grande ideia, e no final eles estavam cada um comprado um. Ambos eram saudáveis, fortes e muito inteligentes. Dakota teve de entregá-lo ao seu homem — seu Wally conhecia os seus animais. Libertado do cabresto de treinamento, o potrinho bateu no peito de Dakota, olhando para um deleite e sabendo que Dakota tinha um toque macio, antes de sair para explorar. Ele viu o potro por um tempo, pensando em Wally. As coisas não tinham ido sempre como planejado. Dakota esperava que Wally fosse capaz de gerenciar o rebanho para ele, mas o Doutor Hastings vinha mantendo Wally realmente ocupado. Parecia que os fazendeiros poderiam se importar menos sobre seu relacionamento, pelo menos quando Wally estava cuidando de seus animais de trabalho e gado. Wally os conquistou quase tão facilmente como tinha roubado o coração de Dakota. Essa aceitação teve um lado negativo — Wally estava tão ocupado que não tinha tempo para gerenciar o rebanho para ele como tinham planejado, mas Dakota estava emocionado com a aceitação de Wally e tinha prazer em continuar gerenciar os registros genealógicos. Todo problema não tinha ido tão bem. Eles tinham suas lutas, mas sempre se reconciliavam, e Dakota sorriu quando pensava nessas sessões de reconciliação. Inferno, quase fez a briga valer a pena... quase.

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Algumas coisas tinham corrido melhores do que jamais sonhou. Seu pai tinha tomado Wally em sua família e muitas vezes se referia a ambos como seus filhos. A primeira vez que ele tinha feito isso, Dakota tinha visto uma lágrima nos olhos de seu amante. Infelizmente, seu pai tinha tido uma outra infecção, e logo depois do Natal, eles tiveram que tirar o pé. Desde então, ele vem fazendo muito bem, bateu na madeira. Deixando o manejo, Dakota pegou sua jaqueta. Ouviu um carro parar na unidade, olhou para cima, e viu Wally saltar, cheio de energia e mal parando o tempo suficiente para fechar a porta. “Kota,” Wally chamou quando se aproximou, olhando em volta antes de chegar para ele, beijando-o duro. Eles tinham o cuidado quando estavam do lado de fora. A maioria dos homens tinha se acostumado a eles, mas não queria fazer ninguém desconfortável. “O que tem você tão agitado?” Dakota sorriu. “Não que eu esteja reclamando.” Dakota devolveu o beijo, sentindo o pulsar de energia através de seu amante. Deus, era um tesão. Sempre que Wally se sentia vivo como muita energia, Dakota nunca sabia que coisas incríveis o homem faria. Não, que estava reclamando de tudo. Wally terminou o beijo, puxando para trás e pegando a mão, puxando-o em torno do lado da casa. “Aquela terra inferior ali” — Wally apontou — “você usa isto para alguma coisa?” Dakota franziu o cenho. “Não,” ele respondeu com cautela. ”Por quê?” Wally olhou para ele, os olhos arregalados, boca definida de uma determinada maneira. ”O que você está fazendo?” Dakota conhecia aquele olhar, projetado para desarmar qualquer argumento que ele poderia fazer, e foda-se tudo, se não costuma funcionar. “Isso é o suficiente de uma cara de filhote de cachorro, o que é?” Dakota sabia que este era um daqueles que-é-que-Wally-vai-pedir-neste-momento. Sua vida nunca era maçante, e tudo o que tinha para dizer era: Agradeço a Deus pelo meu Wally! ”Gostaria de limpar o terreno e construir um cercado por trás das árvores.” ”Eles podem ser limpos...” Dakota pegou o resto do que Wally tinha dito. “Que tipo de cercado?” Quando ele veio para animais, Wally era um toque suave, tentando ajudar o mundo. Foi uma das coisas que amava sobre o homem menor. 183


”Prometa que você vai me ouvir antes de começar a gritar.” Meu Deus, o que Wally estava aprontando? “Certo, prometo não gritar até depois que você falar.” Wally derrotou seu ombro de brincadeira, e Dakota viu seu amante dar um de seus olhares especiais. Homem o conhecia tão bem. “Diga-me e acabe logo com isso.” ”Você sabe que há um circo em Jackson.” Dakota balançou a cabeça, as suas suspeitas subindo pelo segundo. “Eles nos chamaram porque um de seus animais estava doente.” Wally mastigou o lábio inferior nervosamente. “A única coisa é que o animal não estava realmente doente, apenas ficando velho.” A voz de Wally vacilou um pouco, e o estômago de Dakota cerrou. “Eu não posso deixá-los colocá-lo para dormir, eu não posso.” Dakota podia sentir a sua determinação escapulindo enquanto puxava Wally para ele. O homem sempre ficou chateado quando via uma criatura sendo maltratada, especialmente quando pensou que poderia ou deveria ajudar. ”O que você quer fazer?” ”Quero construir um cercado e trazer Schian aqui, para que ele possa viver seus dias em paz e sossegado. Até consegui que eles paguem a sua manutenção, tudo o que temos a fazer é construir um cercado para ele.“ O cabelo na parte de trás do pescoço de Dakota levantou-se e arrepiou sua espinha. “O que é Schian?” Wally ingeriu. “Um leão.” Dakota esfregou os ouvidos, certificando-se que estavam trabalhando. “Um leão! Você está louco? Que diabo é que você vai fazer com um leão?“ Dakota sabia que ele estava delirando, mas imaginou que tinha direito. Um leão, bom Deus! Wally cruzou os braços na frente do peito e esperou, franzindo a testa para ele. “Quando você estiver completamente terminado.” Dakota parou seu gritar quando viu que Wally estava praticamente rindo dele. “Schian é velho, tem artrite, e os circenses não querem mais ele porque não é feroz o suficiente para

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assustar a platéia. Falei com seu treinador, e ela diz que está em torno de pessoas toda a sua vida. Não, ele não é um animal de estimação, mas merece viver uma vida feliz.“ ”E você quer trazê-lo aqui.” Dakota mal podia acreditar em seus ouvidos. ”Olha, você pode salvar-nos uma grande quantidade de tempo. Você pode gritar fora e ser louco pela próxima hora, ou pode salvar a si mesmo do problema e apenas ceder agora. Porque você sabe que vai de qualquer maneira.” Dakota inclinou a cabeça, e Wally deu uma risadinha. “É parte da razão pela qual eu te amo. Sei que você entende por que preciso fazer isso, mas você confia e me apoia.” Dakota sentiu curso Wally a mão no rosto. “E eu te amo mais e mais a cada dia por isso.” ”Foda-se...” Dakota gemeu, sabendo que Wally estava certo, como normalmente estava. A mão de Wally deslizou sobre seus jeans, apertando-o levemente. “Isso vem depois.” Wally puxou para um beijo. ”Por que eu tenho o sentimento que este é apenas o começo de alguma coisa?” Dakota murmurou contra os lábios de Wally. ”Nós compartilhamos o terreno com lobos, búfalos e gado. Então, nós adicionamos um leão — há espaço.“ Dakota não tinha certeza se Wally estava sendo literal ou usar o terreno como uma metáfora para o tamanho do coração de Wally, mas de qualquer forma, ele estava certo. Havia espaço em ambos com abundância de sobra; e não tinha nenhuma dúvida, mesmo para um leão.

UMA semana depois, Dakota deitou em sua cama, o ar fresco da Primavera, flutuando pela janela aberta. “Schian tudo resolvido?” ”Ele parece estar.” Wally apagou a luz e se juntou a ele na cama. “Foi um golpe de gênio da sua parte, construindo uma caverna artificial fora dessas pedras.” Dakota sentiu os dedos de Wally sobre sua barriga. “Realmente nunca lhe agradeci.” Dakota sentiu a pele quente de Wally na sua quando o homem menor subiu em cima, e Dakota deixou suas mãos passear até o traseiro e em volta de seu amante, tocando as bochechas lisas. 185


”Você me agradece todos os dias, apenas por ser você.” Dakota puxou Wally próximo no escuro, seus lábios encontrando um do outro, os beijos aumentando rapidamente de intensidade. Um estrondo baixo e um uivo agudo entravam pela janela aberta, e Dakota parou. “Droga, eu pensei que os lobos tinham se mudado. Eles devem estar de volta.“ Um rugido respondeu dividindo a noite, ecoando em toda a gama. Quando sumiu, a noite parecia silenciosa, até mesmo os insetos tinham parado de zumbir. ”Foda-se. Se eu soubesse que ele iria assustar os lobos, teria deixado você trazer o leão alguns meses atrás.“

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