Matemática

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SALVADOR, SÁBADO, 2 DE AGOSTO DE 2014

Campeões dos números

Brasil conquista o primeiro lugar na Olimpíada de Matemática da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa RENATA FREIRE

Matemática é uma disciplina complicada? Não para os estudantes João Guilherme Araújo, Daniel Quintão, André Hisatsuga e Guilherme Kowalczuk. Eles foram os grandes vencedores da 4ª Olimpíada de Matemática da Comunidade dos Países

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de Língua Portuguesa, que ocorreu em Luanda, capital da Angola, em julho. Graças a esse quarteto, a equipe brasileira levou uma medalha de ouro e três de prata. Já é o terceiro ano em que o Brasil participa e garante o primeiro lugar.

Além da equipe brasileira, participaram da Olimpíada de Matemática estudantes de Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Portugal e Cabo Verde. Em cada equipe, até quatro estudantes de até 18 anos competiram entre si. Divulgação

Dedicação em tempo integral vale medalha de ouro

Matemática globalizada Essa competição é uma iniciativa da Olimpíada Brasileira de Matemática e do Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada. “Quanto mais cedo nós identificamos os talentos, mais oportunidades esses estudantes terão de se tornarem cientistas criativos, disse Luzinalva Amorim, coordenadora da Olimpíada Brasileira de Matemática. Este ano, o tema trazido pela Olimpíada foi “Com o

conhecimento da matemática, compreendemos melhor o mundo globalizado”. “A matemática é fundamental para o mundo global. Com ela, foi possível obter novas tecnologias na comunicação e no transporte, tornando a distância entre as pessoas menor”, disse o carioca Daniel Aquino, 15, que também ganhou medalha de prata.

São algumas etapas até conquistar o título. Os participantes respondem, individualmente, a três perguntas selecionadas pelo júri em dois dias seguidos. Os assuntos cobrados pelas perguntas envolvem problemas de álgebra, análise combinatória, teoria dos números e geometria. O paulista André Hisatsuga, 14, que trouxe a medalha de ouro para o Brasil, contou que a preparação é longa. “Comecei a competir aos 11

anos. Tenho aulas preparatórias semanais e participo dos treinamentos da Olimpíada Brasileira de Matemática todos os anos”. Já João Guilherme, 14, que é de Fortaleza, no Ceará, e ganhou a medalha de prata, contou que antes de participar das Olimpíadas não costumava estudar muito. Mas ele descobriu que a matemática traz sempre novos desafios. “Não tenho horários fixos, mas hoje estudo, pelos menos, 25 horas durante a semana”.

João Guilherme, André, Daniel e Guilherme: o quarteto foi a Luanda, Angola, e trouxe várias medalhas para o Brasil


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