O caminho das flores

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M么nica Lampreia

O caminho das

flores

Guia pr谩tico de jardinagem



O caminho das flores



M么nica Lampreia

O caminho das flores

Guia pr谩tico de jardinagem

Rio de Janeiro 2010


“Desde a descrição do Paraíso no livro da Gênese, o jardim é, por seus atributos de beleza, intimidade, proteção, frescor, sombra e refúgio, um presente divino.”


Agradecimentos Meu marido, Augusto Dias Carneiro, que com seu carinho e dedicação me deu todo o apoio para a realização deste livro. Heloisa Buarque de Hollanda, pelo incentivo para iniciar este projeto. Lola Machado, pela paciência e apoio na estruturação deste livro. Tita Nigri, por ter acreditado no projeto desde o princípio.Vera Barrozo, pelo apoio geral. Acácio Cabral, pelo suporte técnico eletrônico. Melissa Bocayuva, pela boa vontade na coordenação de todos os revisores técnicos. Lili Adler, pelo suporte fotográfico. Gustavo Coimbra, pelo apoio na revisão das Bromeliaceae. Jardim Botânico do Rio de Janeiro onde pude fotografar muitas espécies e o jardim japonês. Chácaras Mania de Bromélias e Tropical, locais onde fiz muitas fotos. Flávio Barreto Koenigsdorf, pela revisão da multiplicação das espécies. Caroline Rothmuller, Christine Rothmuller e Cláudio Rothmuller, pelo interesse e recursos financeiros para a edição deste livro. Evandro Paiva, por compreender e disponibilizar os incentivos fiscais. Roberto Menescal, Baby Bittencourt e Julia de Abreu pelo incentivo e apoio. Luiza Figueira de Mello, Renata Vidal e Jacqueline Barbosa pelo carinho e dedicação. Caqui Fontes e todos os amigos que me incentivaram e me permitiram fotografar as mais variadas espécies. Eduardo Lampreia Courrege, meu sócio e meu filho, pelo seu apoio e interesse. E, por último mas não menos importante, minhas editoras Maria Luiza Jobim e Ana Jobim pelo empenho e determinação.



Apresentação Depressivo? Astral baixo? Colesterol alto? A glicose também? Perdeu o emprego? Sem dinheiro? Então, faça um jardim. A jardinagem é a melhor terapia que existe. Manuseie as plantas, mexa com a terra e exercite sua criatividade. Sim, porque um jardim, seja ele de que tamanho for, também é uma obra de arte - para mim, mais completa que uma pintura - que vive se transformando, uma arte viva que, depois de certo tempo, nos brinda com o resultado daquilo que criamos como se fosse um agradecimento. Claro que fazer um jardim não é uma coisa tão simples, mas nós todos somos capazes de realizar um minijardim numa varanda ou um para embelezar a entrada da casa ou aquele que enfeite a área nobre de seu sitio e por aí vai. Sua sensibilidade vai definir aquilo que é melhor para você dentro do ambiente em que vive. Este livro de Mônica Lampreia mostra tudo de forma objetiva e sensível para que não tenhamos que passar por erros e decepções em ver um jardim que fizemos com carinho começar a regredir por falta de conhecimentos prévios.Também orienta quais plantas devemos usar, levando em consideração tamanho, cor, altitude correta em que cada uma se daria melhor, condições atmosféricas como seca, umidade, vento, calor, frio; ensina a trabalhar com diversos tipos de solo e sobre as ferramentas adequadas; enfim, todo o necessário para fazermos um jardim que muito nos dará prazer e certamente proporcionará também a admiração dos amigos e apreciadores dessa arte que imita a natureza. Se eu tivesse tido acesso a um trabalho tão completo como esse elaborado por Mônica, não teria perdido tantas plantas e meus jardins seriam mais bonitos e prazerosos do que são hoje em dia. Obrigado pelas dicas e ensinamentos. O mundo fica mais bonito daqui em diante, com toda certeza.

Roberto Menescal


Sumário

13

Prefácio

15

Que jardim você imagina criar?

10

17 Solo 19 Ventilação 21 Clima 22 Insolação 23 Umidade 24 Drenagem 25 Que plantas escolher 27 Espelho d’água 29 Vasos de plantas

33

Como usar este guia

36

Plantas aquáticas

46

Árvores

78

Palmeiras e coqueiros

100 Frutíferas 124 Trepadeiras


150

Plantas grandes

176

Plantas médias

230

Plantas pequenas

270

Ervas e temperos

288

Plantas pendentes

298

Plantas de cobertura

326

Gramas

332

Bromélias

354

Orquídeas

368

Estilos de jardins 370 Tropical 372 Inglês 374 Inglês com releitura tropical 376 Italiano 378 Francês 380 Japonês 382 Beira-mar 384 Clean 386 Aromas 388 Jardim de pedras


392

Vasos e elementos arquitetônicos

401

Sugestões 404 Tipos de cercas e escadas 406 Jardim em talude

409

Como dar uma mãozinha para a natureza 410 Ferramentas 411 Adubação 416 Sementeira 417 Como fazer mudas 418 Limpeza 420 Predadores úteis 421 Controle de pragas 424 Ervas daninhas

425

Dicas e segredos para manter o seu jardim

431

Índice e informações gerais 433 Glossário de termos técnicos 434 Índice científico 442 Índice popular 449 Bibliografia 451 Créditos




Prefácio O ser humano tem uma fascinação milenar por jardins. Afinal, é neles que a natureza se apresenta submetida ao domínio do homem. Seu jardim deve refletir seu gosto pessoal e certamente tudo o que for agregado a ele, como plantas, flores, estátuas ou fontes, deve deixá-lo à vontade e em harmonia. Ao planejar um jardim e considerar as condições de solo, clima e orientação do sol, tentamos entrar em equilíbrio com a natureza. Os caminhos não só nos convidam à contemplação e à exploração, como também são elementos organizadores, pois interligam as várias partes do jardim e muitas vezes acabam determinando como uma pessoa vai apreender a paisagem. Assim como na natureza dificilmente encontramos linhas retas, o jardim usa e abusa de curvas, que quase parecem naturais. Diferentes partes do jardim pretendem transmitir sensações específicas e cada espaço tenta valorizar determinado elemento, seja um lago, uma árvore ou uma paisagem. Um caminho parcialmente encoberto por uma curva ou por galhos excita a curiosidade e a imaginação. E assim como a natureza desenha formas orgânicas, incorporamos muita assimetria aos nossos jardins. Quando um olhar percebe a harmonia sem a previsibilidade, todos os nossos esforços estarão recompensados. Se a vista não é muito emocionante, o jardim pode enriquecê-la com plantas exóticas, esculturas e espelhos d' água. Já se a vista for espetacular, o jardim não deve competir com ela, mas apenas servir de moldura.


Hoje em dia as pessoas preferem aproveitar as características do local e respeitar suas restrições de tempo, espaço e clima, demonstrando uma preocupação global com a preservação do meio ambiente. Isso significa aproveitar tanto quanto possível a vegetação pré-existente. Em vez de complexos e caríssimos movimentos de terra, incorporar o movimento do terreno ao projeto paisagístico. Significa também o plantio de espécies compatíveis com o local, que posteriormente vicejem com um mínimo de manutenção. Quero compartilhar com vocês a minha experiência de 25 anos construindo e mantendo jardins. Durante esse período fui gradativamente introduzindo métodos naturais e, nos últimos sete anos, minha prática, embora inequivocamente orgânica, incorporou as coisas boas da tecnologia moderna. Permita-me esclarecer, até porque esse assunto é polêmico e gera emoções fortes, ninguém nega que nos últimos cem anos a tecnologia agrícola aumentou drasticamente a capacidade de nosso chão de alimentar o mundo. Mas não se deve esquecer que a natureza quis que nascesse uma batata por metro quadrado, enquanto as necessidades de produção em massa de hoje exigem uma batata por centímetro quadrado. No entanto, um jardim não é um empreendimento comercial que visa a produtividade e o lucro. Seu jardim visa a beleza e o bem-estar, seu e de seus entes queridos, quem sabe produzindo também algumas frutas, legumes e temperos para consumo próprio. Meu objetivo é ajudá-lo a fazer e manter um jardim bonito, agradável e interessante, talvez até produtivo, que possa oferecer um habitat para diversas formas de vida – inclusive humana – enquanto lhe proporciona uma ocupação feliz, saudável e cativante.

Mônica Lampreia


Que jardim vocĂŞ imagina criar?


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Em primeiro lugar, há de se considerar a área disponível, o tipo de solo, as características climáticas e o uso que dele se fará. Ele pode destinarse a ser um recanto para recepção e confraternização com seus amigos, um canto privilegiado para sua meditação e reflexão, um espaço livre e protegido para as brincadeiras de seus filhos e netos, um local resguardado para a circulação de seus animais de estimação, um lugar para a prática de esportes ou, mais provavelmente nos espaços limitados das grandes cidades, contemplar mais de uma dessas finalidades.

• Como local para conviver em família e receber os seus amigos, dependendo de sua preferência, o jardim poderá ter piscina, churrasqueira, forno de pizza e sauna. • Como um espaço livre e protegido para as brincadeiras de seus filhos e netos, o jardim poderá conter uma caixa de areia, um balanço, casa de boneca ou uma casa na árvore. Se ele for grande, você poderá construir um campo de vôlei, de futebol ou uma quadra de tênis. • Como refúgio para o seu momento de abstração e lazer, pense em bancos, sombra e quem sabe um caramanchão capaz de proteger do sol e da chuva. • O espaço destinado à circulação dos animais deve ser restrito para que o restante do seu jardim seja preservado, principalmente se os seus cachorros ainda não alcançaram a idade adulta.

Tendo sempre em mente que um jardim é uma entidade viva, um quadro em constante transformação, passível de modificação a cada entrada de estação, é muito importante planejá-lo a partir dos itens a seguir.


Que jardim você imagina criar?

Solo O solo é a matéria-prima básica para o sucesso do seu jardim. Ele é muito mais que um mero aglomerado de minerais que serve apenas para fixar as raízes das plantas. Embora a estrutura básica do solo seja de fato mineral, a matéria orgânica – restos vegetais e animais em diversos estágios de decomposição –, somada ao ar e à água, tem papel fundamental.

Calcário

Argiloso Turfa

Arenoso

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O caminho das flores

Vivem no solo milhões de organismos vivos – fungos, bactérias e minhocas – que, juntos, criam as condições apropriadas para o crescimento das plantas, porque não só fornecem os alimentos em uma forma que elas possam digerir, como também aprimoram constantemente a estrutura do solo, pois o fracionam, permitindo assim a circulação do ar. Para o escopo e objetivos deste livro, considerarei quatro tipos de solo: Argiloso – solo compacto, pegajoso e difícil de trabalhar quando úmido; quando seco, é duro e de drenagem difícil. Arenoso – leve, seco, mas que, por drenar facilmente, acaba perdendo os nutrientes. Calcário – duro, alcalino, contém pedrinhas, mas também perde nutrientes devido à fácil drenagem. Turfa – de textura esponjosa, é ácido e com pouca capacidade de drenagem, mas rico em matéria orgânica. Para falar de acidez, tomamos emprestado do mundo da química o pH, uma medida da acidez/alcalinidade do solo. Um pH acima de 7 é alcalino e abaixo de 7 é ácido. Um pH próximo de 7 representa uma amostra neutra, que não é nem ácida nem alcalina. Para termos essa informação, é necessário que sejam feitas análises em laboratórios especializados, na maioria dos casos a Embrapa mais próxima.

Como corrigir o seu solo Argiloso – misturar areia para melhorar a drenagem e calcário para reduzir a acidez. Arenoso – misturar argila ou barro para melhorar a absorção da água e dos nutrientes ou colocar terra vegetal entre as plantas para mudar o perfil do solo arenoso e a perda de água que seria para cima (evaporação) e para baixo (drenagem). Calcário – misturar terra vegetal para compensar a perda de nutrientes, água e equilibrar a alcalinidade. Turfa – misturar areia para melhorar a drenagem e calcário para corrigir o pH ácido.


Que jardim você imagina criar?

Ventilação A exposição ao vento, sua circulação e incidência no jardim mostrarão a necessidade da utilização de um biombo vegetal capaz de dar proteção às espécies cultivadas, tais como:

Quando a barreira for construída, o vento fará turbulências depois de ultrapassá-la

Quando usamos um biombo vegetal, o vento segue e é atenuado sutilmente

Quando usamos um biombo vegetal muito denso, o vento desvia, dimunuindo a sua intensidade

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Como usar este guia

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Como usar este guia Durante a escrita deste livro, observei que a época de floração e de frutificação de muitas espécies varia, dependendo das modificações climáticas nos últimos tempos. Os capítulos estão, então, organizados conforme os tamanhos das espécies, listadas na ordem de plantio em um jardim, com o objetivo de ajudá-lo a escolher melhor a planta conforme a sua necessidade. Eles são identificáveis por marcadores coloridos, facilitando sua localização. Veja abaixo a cor de cada um, associada ao marcador ao lado:

Plantas aquáticas Árvores (vegetais com mais de 6m de altura)

Palmeiras e coqueiros (espécies grandes acima de 6m de altura, médias de 3 a 6m e pequenas de até 3m)

Frutíferas (divididas em árvores, trepadeiras, plantas grandes, médias e pequenas)

Trepadeiras Plantas grandes (de 3 a 6m de altura)

Plantas médias (de 1,5 a 3m)

Plantas pequenas (de 60 cm a 1,5m)

Ervas e temperos (divididas em árvores, trepadeiras, plantas grandes, médias e pequenas)

Plantas pendentes Plantas de cobertura Gramas Bromélias Orquídeas


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O caminho das flores

As plantas das páginas seguintes foram selecionadas usando-se como critério preferência, afinidade e experiência pessoal de vários anos, em todo tipo de jardim, oferecendo assim, de forma simples e objetiva, os elementos básicos para a escolha mais apropriada das plantas. Abaixo você verá um exemplo de como estarão dispostas as páginas desse manual. Procurei reunir as informações de forma clara e suscinta, trazendo sempre ilustrações das espécies vegetais e ícones que facilitam a identificação de características das mesmas. O guia está organizado de acordo com as cores das flores e o tamanho das plantas adultas. Traz indicações sobre o tipo de solo, a incidência de luz solar e, caso se deseje, qual o período e a forma mais adequada de fazer mudas. Algumas espécies poderão ser encontradas mais de uma vez, por se encaixarem em classificações diferentes.

Nome científico

Nome popular

Informações sobre a espécie

Marcador de capítulo Ícone de forma, altura e largura Identificador de plantas brasileiras

Ímagem ilustrativa

Detalhe em close da espécie

Ícones com características da planta


Como usar este guia

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Legenda Os ícones abaixo identificam diversas características específicas de cada espécie vegetal, tornando mais fácil sua identificação e escolha conforme aquilo que você procura. É importante estar atento às necessidades de cada planta, que diferem em relação ao solo, à quantidade e período de luz, enfim ao próprio ambiente em que será plantada e aos cuidados que você dará a ela. Além disso, algumas plantas atraem espécies, exalam aromas, e podem tornar seu jardim ainda mais encantador.

sol meia sombra / sol da manhã sombra pH alcalino pH ácido solo úmido solo seco ou bem drenado adaptam-se em vaso aceitam vento com maresia atraem passarinhos atraem borboletas atraem beija-flores perfumadas brasileiras



Nelumbo nucifera


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O caminho das flores

Typhonodorum lindleyanum (tifonodoro) Família Araceae. Nativa de Madagascar e das ilhas Comores, Maurício e Zanzibar. Planta perene, atinge de 1,5 a 3m de altura, com pseudotroncos (formados pela base dos pecíolos) grossos e eretos, com coroa de folhas grandes verde-amareladas brilhantes. Precisa de lagos que tenham entre 70 cm e 1m de profundidade, e pode ser plantada em vasos ou na terra. Deve ser cultivada a pleno sol, dentro de lagos ou em locais muito úmidos. Solo rico em matéria orgânica. Clima tropical. Multiplicação por sementes brotadas na água e brotos do rizoma.

H: 3m L: 2m

Montrichardia linifera (aninga-açu) Família Araceae. Nativa do Brasil. Planta perene, atinge até 3m de altura, com hastes eretas e folhas verdes com nervuras brancas. Precisa de lagos que tenham até 40 cm de profundidade e pode ser plantada no fundo ou em terra sempre úmida. Cultivada a pleno sol. Clima tropical. Multiplicação por divisão dos rizomas e postas para enraizar em local protegido do sol.

H: 3m L: 2m


Plantas aquáticas

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Cyperus papyrus (papiro) Família Cyperaceae. Nativa do Egito. Planta herbácea perene, entouceirada, atinge até 2,5m de altura, com hastes eretas e uma coroa de folhas finas, verdes, brilhantes e lineares na ponta, semelhantes a uma cabeleira. Precisa de lagos que tenham até 40 cm de profundidade, podendo ser plantada em vasos ou na terra. Cultivada a pleno sol ou à meia sombra dentro de lagos ou em locais muito úmidos. Solo rico em matéria orgânica. Clima tropical e subtropical. Multiplicação por divisão de touceiras com um pedaço do rizoma, posta para enraizar em recipiente com terra sem estar furado no fundo (para não vazar água), em pleno sol.

H: 2,5m L: 1m

Cyperus alternifolius (papiro, sombrinha-chinesa, palmeira-umbela) Família Cyperaceae. Nativa de Madagascar. Planta herbácea, perene, entouceirada, atinge até 1,5m de altura, com numerosas hastes eretas com coroa de folhas verdes, brilhantes e lineares. Flores diminutas no centro das coroas, sem importância ornamental. Precisa de lagos que tenham até 40 cm de profundidade, podendo ser plantada em vasos ou na terra. Cultivada a pleno sol ou à meia sombra, dentro de lagos ou em locais muito úmidos. Solo rico em matéria orgânica. Clima tropical e subtropical. Multiplicação por divisão de touceiras ou por germinação de sementes e posta para enraizar em recipiente com terra sem estar furado no fundo (para não vazar água), em pleno sol.

H: 1,5m L: 70 cm


Cerasus campanulata


Bibliografia

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O caminho das flores

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CrĂŠditos


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O caminho das flores

Paisagismo Caqui Fontes Rio de Janeiro, RJ – pág. 392 Eduardo Lampreia Courrege Secretário, RJ – pág. 394 abaixo Jimmy Bastian Pinto Secretário, RJ – págs. 22 no meio, 388, 397 abaixo (autor das esculturas), 398 acima, 406 abaixo à esquerda, 407. Laura Goes Pousada Alcobaça, Correias, RJ – págs. 371 abaixo, 374, 375, 396 e 397 acima, 406 acima, à direita. Maria Teresa Saad Mesquita Angra dos Reis, RJ – págs. 370, 371, 386 à direita, 393 à direita, 395 acima à esquerda, 399 abaixo, 400 acima. Mônica Lampreia Rio de Janeiro, RJ – págs. 11, 382, 383 à esquerda, 385 (foto de Mário Grisolli), 386 à esquerda, 393 à esquerda, 395 abaixo, 428 abaixo. Secretário, RJ – págs. 368 e 369, 387, 398 abaixo, 408. Teresinha Guarilha da Cunha Araras, RJ – pág. 391.


Créditos

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Revisores técnicos Dra. Claudine M. Mynssen – Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Taxonomia de Pteridófitas. Heron Zanellatto – Biólogo Instituto de Pesquisas Jardim Botanico do Rio de Janeiro, Presidente da Sociedade Brasileira de Cactáceas e Suculentas – Cactacea. Jacira Rabelo Lima – Doutoranda da Escola Nacional de Botânica/JBRJ. João Marcelo Alvarenga Braga – Heliconiaceae, Marantaceae, Strelitziaceae e Musaceae. Marcelo da Costa Souza – Botânico (doutorando em botânica pela Escola Nacional de Botânica Tropical, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro) – Myrtaceae. MSc. Marcelo Vianna Filho – Pesquisador colaborador Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro – Moraceae e Urticaceae. Dr. Marcus A. Nadruz Coelho – Pesquisador/Instituto de Pesq. JBRJ – Araceae. Marcus Felippe Oliveira Silva – Herbário, Museu Nacional-UFRJ, Quinta da Boa Vista s/nº, Rio de Janeiro – Melastomaceae. Dr. Massimo G. Bovini – Pesquisador Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Bombacaceae e Malvaceae. Melissa Faust Bocayuva Cunha – Orchidaceae Paula Leitman – Arecaceae Rafael Augusto Xavier Borges – Biólogo (Universidade Federal de Ouro Preto), mestrando em Botânica (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – ENBT/JBRJ). Ravena Dias – Gramineae Robson D. Ribeiro – Biólogo – Leguminosae. Prof. Msc. Ronaldo Marquete – Pesquisador pelo convênio IBGE/JBRJ, Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Rosaceae e Rutaceae. Dra. Sheila Regina Profice – Instituto de Pesquisas Jardim Botanico do Rio de Janeiro – Acanthaceae. MSc. Tatiana Tavares Carrijo – Mestre pela Escola Nacional de Botânica Tropical, Bióloga pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – Myrsinaceae, Primulaceae, Meliaceae, Musaceae, Marantaceae e Arecaceae. Dra. Tatiana U. P. Konno – Núcleo de Pesquisas em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé (NUPEM / UFRJ) – Asclepiadacea, Apocynaceae. MSc. Thereza Cristina C. Lopes – Doutoranda em Botânica pelo Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro – Gesneriaceae.


Texto Mônica Lampreia

Ilustração André Amaral

Prefácio Roberto Menescal

Tratamento de imagens Roberto Dalmaso Wilson Barboza

Coordenação editorial Ana Jobim Produção editorial e preparação de originais Jacqueline Barbosa Capa e projeto gráfico Tita Nigrí Adaptação de capa e projeto gráfico Renata Vidal da Cunha Fotografia Mônica Lampreia Mario Grisolli (foto pág. 385)

Editoração eletrônica João Pedro Jacques Renata Vidal da Cunha Revisão de textos Taís Monteiro Teresa Dias Carneiro Revisão científica geral João Marcelo Alvarenga Braga Dr. Marcus A. Nadruz Coelho Dr. Massimo G. Bovini Produção gráfica Wilson Barboza Organização Sambajazz / Havana

© 2010 Mônica Lampreia Todos os direitos reservados à Das Duas Produções e Edições Artísticas Ltda. T.: 55 21 2512-8224 contato@dasduaseditora.com

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ L234c Lampreia, Mônica, 1952O caminho das flores: guia prático de jardinagem / Mônica Lampreia. - Rio de Janeiro: Das Duas, 2010. il. Contém índice ISBN 978-85-62867-00-2 1. Jardinagem - Manuais, guias, etc. 2. Jardins. I. Título. 09-4208. 20.08.09

CDD: 635.9 26.08.09

014603



Este livro foi composto em Gill Sans 9/11 e Rockwell 10,5/12,7, e impresso na grĂĄfica Pancrom em papel couchĂŠ fosco 115g/m2, reciclato 90g/m2 e off-set 90g/m2.



ISBN: 978-85-62867-00-2

9 788562 86700 2

Quando O caminho das flores chegou à nossa editora, veio a certeza de que esse seria o primeiro livro a ser publicado pelo selo Das Duas. O primoroso projeto gráfico agrega o conhecimento, a técnica e a sensibilidade de Mônica Lampreia nos seus 30 anos de carreira à frente de inúmeros projetos paisagísticos. E, alinhado à relevância do texto, o moderno conceito do faça você mesmo, com prazer. A autora pesquisou e fotografou mais de 800 espécies botânicas descritas de forma precisa e simples, agradando desde ao “jardineiro de primeira viagem” ao mais experiente paisagista, que podem contar com nomes populares e científicos das plantas, ícones gráficos ou divisões por cores para um prático manuseio na montagem de uma pequena horta no apartamento, até um monumental jardim em uma casa de campo. Características e informações importantes sobre cada espécie auxiliam o cultivo de bromélias, árvores frutíferas, ervas medicinais, buganvílias, e trazem para o leitor uma maravilhosa experiência de encontro com a natureza e a habilidade de dar forma ao belo.


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