Martim 114

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Junho 2013 Número 114 Ano IX Tiragem 3.000 exemplares

www.jornalmartimpescador.com.br www. jornalmartimpescador.com.br Fabiano Peppes

Projeto Albatroz lança vídeo mostrando mais de 20 anos de trabalhos. Pág. 7

Pesca com Cidadania Atividades relacionadas ao tema “Pesca com Cidadania” são desenvolvidas nas escolas municipais da área continental de Santos em junho. Págs. 4 e 5

U.M.E Rural Monte Cabrão

U.M.E. Judoca Ricardo Sampaio-Caruara

Esperimente a receita da pescadora Lúcia Maria Vieira de Peruíbe. Pág. 8

Pescador artesanal, saiba a data de troca de sua carteira de pesca (RGP). Pág. 2

U.M.E. Judoca Ricardo Sampaio-Caruara


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APAS MARINHAS Três áreas de proteção ambiental (APAS) marinhas foram criadas em outubro de 2008 a partir de decretos assinados pelo governador José Serra (PSDB). O objetivo é disciplinar o uso de recursos ambientais, ordenar a pesca, o turismo recreativo e as atividades de pesquisa. Cada uma das três unidades de conservação tem seu próprio conselho

gestor, composto por 12 representantes do governo e 12 da sociedade civil. Desde sua criação em março, as reuniões têm sido mensais para debater temas relacionados a ordenamento pesqueiro, programas de educação ambiental, pesquisa, proteção e fiscalização. Além dos conselhos foram criadas Câmaras Temáticas nas áreas de Pesca, Planeja-

Plano de Manejo da APA Marinha é apresentado

O Plano de Trabalho Consolidado do Plano de Manejo da APA Marinha Litoral Centro-APAMLC foi apresentado na reunião do Conselho Gestor-CG, dia 4 de junho, no auditório do Instituto de Pesca de Santos. Um consórcio formado pelas empresas IDOM/ GEOTEC é responsável pela realização dos serviços técnicos especializados para a elaboração dos Planos de Manejo das três Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Marinhas do Estado de São Paulo: Área de Proteção Ambiental Marinha do Litoral Norte, incluindo a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) de São Sebastião; Área de Proteção Ambiental Marinha do Litoral Centro; e Área de Proteção Ambiental Marinha do Litoral Sul, incluindo a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) do Guará. O gestor da APAMLC, Marcos Campolim, apresentou de forma resumida as várias etapas do programa. Os principais desafios apontados são o ordenamento e sustentabilidade da pesca industrial, artesanal e amado-

Câmara de Pesca discute arrastão e emalhe

ra, controle de poluição, operações portuárias, operações do setor de petróleo e gás e fiscalização. A proposta é de compatibilizar esses usos

buscando satisfazer as expectativas identificadas nas etapas de trabalho anteriores, de forma harmônica e eficaz para a unidade de conservação em seu conjunto. A elaboração do plano de manejo será feita em processo participativo, incluindo reuniões e oficinas com o setor da pesca artesanal. As informações técnicas obtidas dos diagnósticos técnico e participativo Marcos Campolim expôe o plano permitirão subsidiar um de trabalho para criação do plano zoneamento coerente de manejo das Apas Marinhas com as características ambientais e socioecom a conservação do meio natural, conômicas, assim como com os permitindo a manutenção da geração objetivos de gestão comuns. Esta de bens e serviços ambientais que proposta de zoneamento também podem ser explorados como poten- será submetida à informação e concialidades para o desenvolvimento sultas, com o objetivo de obter, dessa sustentável da região. Um dos ob- forma, uma proposta respaldada por jetivos fundamentais do Plano de consenso. Na próxima reunião do Manejo é estabelecer uma proposta conselho gestor, dia 2 de julho, será de zoneamento, que consistirá na apresentado o Plano de Trabalho definição das áreas homogêneas do Plano de Manejo da APAMLC em relação a objetivos de desen- aprovado. O trabalho tem previsão volvimento e critérios de gestão, de término em setembro de 2014.

Você conhece a baleia-franca? Preocupados com a drástica diminuição das baleias-francasaustrais (Eubalaena australis) nos últimos 10 anos no litoral paulista, pesquisadores do Instituto Oceanográfico da USP criam projeto para estimular a comunicação de avistagens. Informações como fotos e vídeos com data e local onde foram avistadas podem ser enviados para baleiasp@gmail.com. A baleia franca frequenta praias do sul e sudeste do Brasil, mais próxima da costa. O projeto foi apresentado durante reunião do conselho gestor da APAMLC dia 4 de junho.

O biólogo Marcos Cesar fala sobre a baleia-franca

Troca da carteira de pescador artesanal: -A partir da data de seu aniversário você tem 30 (trinta) dias para solicitar a troca de sua carteira de pescador (RGP-Registro Geral de Pesca). -Procure a Colônia de Pescadores mais próxima, ou o escritório do Ministério de Pesca Aquicultura-MPA para mais informações. -Se perder o prazo, deve comparecer ao escritório do MPA para fazer o registro. Se até 60 (sessenta dias) após a data de seu aniversário a solicitação de troca de carteira não tiver sido feita, sua licença ficará suspensa por 2 (dois) anos. Mais informações no escritório do MPA em Santos: (13) 3261.3278/ ou em São Paulo: (011) 3541-1380 ou 3541-1383.

EXPEDIENTE www.jornalmartimpescador.com.br

Órgão Oficial da Federação de Pescadores do Estado de São Paulo Presidente Tsuneo Okida

Av. Dino Bueno, 114 Santos - SP CEP: 11030-350 Fone: (013) 3261-2992

mento & Pesquisa, e Educação & Comunicação. As APAS pertencem ao grupo de Unidades de Uso Sustentável do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza-SNUC. Além das três APAS Marinhas também foi criado o Mosaico das Ilhas e Áreas Protegidas que reúne as três novas unidades de conservação e outras já existentes.

As pescas de arrasto-de-praia e rede-de emalhe foram os principais temas da 39a reunião da Câmara Temática de Pesca da APA Marinha Litoral Centro-APAMLC, dia 28 de maio. Foi discutida a atualização da Resolução SMA n° 51 de 28/06/2012, que regulamenta o arrasto-de-praia. A resolução especifica uso exclusivo de tração humana na atividade. Existe consenso para mudança, autorizando o uso de embarcação motorizada para o lançamento da rede. O pescador artesanal Francisco Vicente Filho, de Peruíbe, explica que é quase impossível realizar a pescaria de arrastão com remo em mar aberto, com 90% de possibilidade de virar a embarcação na hora do lançamento da rede. “Já salvamos quatro vidas no mar, e se não fosse pela tração motora, isso não seria possível”, afirma. Outro ponto discutido foi o tamanho da malha, fixado na Resolução no 51 em 70 mm. Marcos Campolim, coordenador do conselho gestor da APAMLC, citou que a tendência em alguns Estados, como o Rio Grande do Sul é o uso de malha 100 mm, mais seletiva, para pegar peixes maiores. Carolina Bertozzi, bióloga do Projeto Biopesca, explicou que a pesca deveria incidir em cima do peixe juvenil e adulto que já deixaram descendentes pelo menos uma vez. O pescador artesanal José Luiz Mendes Júnior se queixou do lixo tem aumentado muito nas águas marinhas em Santos, muitas vezes formando um paredão na rede, prendendo peixes, independente do tamanho da malha. Outros pescadores artesanais exprimiram receio que com a malha 100 mm não peguem mais pescada inglesa e oveva adulta, além

O pescador Francisco Vicente Filho fala sobre a pesca de arrastão

Representantes da pesca artesanal de Peruíbe, Itanhaém e Bertioga presentes na Câmara de Pesca

de ter que investir na compra de novas redes. Alguns pescadores sugeriram uma opção intermediária, com o uso de rede com ensacador malha 80 mm (centro) e manga de 100 mm (nas abas). O assunto voltará a ser discutido na próxima reunião do CT Pesca. Também entrou em discussão proposta de regulamentação da pesca de rede-de-emalhe na APA Marinha Litoral Centro, com prioridade de definição de distância de costões rochosos, barras de rio e praias arenosas para redes de emalhe. Nas discussões preliminares, num total de 14 conselheiros votantes, seis optaram pela distância de 50 metros do costão, cinco votos foram dados para a opção da distância de 100 metros e três votos para 300 metros. O assunto voltará a ser discutido na 40a reunião CT Pesca, dia 25 de junho, às 9h, em local a definir.

Defesos

Lagosta vermelha (Panulirus argus) e lagosta verde (P. laevicauda) 01/12/2012 a 31/05/2013 Camarão-rosa (Farfantepenaeus paulensis), camarão-branco (Litopenaeus schmitti), camarão-sete-barbas (Xiphopenaeus Kroyeri), camarão-santana ou vermelho (Pleoticus muelleri), camarão-barba-ruça (Artemesia longinaris) 1/03/12 a 31/05/12 Sardinha-verdadeira (traineiras) (Sardinella brasiliensis)1/11 a 15/02 (desova) 15/06 a 31/07 (recrutamento)

Moratórias

Cherne-poveiro (Polyprion americanus) 06/10/2005 a 6/10/2015 Mero (Epinephelus itajara) 17/10/2012 a 17/10/2015

Jornalista responsável: Christina Amorim MTb: 10.678/SP christinamorim@gmail.com Fotos e ilustração: Christina Amorim; Diagramação: cassiobueno.com.br; Projeto gráfico: Isabela Carrari - belacarrari@hotmail.com Impressão: Impressão:Diário Diáriodo do Litoral: Litoral Fone.: Fone.:(013) (013)3226-2051 3226-2051 Os artigos e reportagens assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da colônia


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Pescador, saiba quem tem direito à aposentadoria e amparo assistencial Aposentadoria do pescador artesanal – ter idade mínima de 60 anos para homem e 55 para a mulher, além da comprovação do efetivo trabalho como pescador(a) artesanal em regime de economia familiar por mais de 15 anos. Aposentadoria por invalidez ou auxíliodoença – estar pagando o INSS ou ter registro em carteira de trabalho (contribuição pelo empregador), além de estar acometido por doença que incapacita para o trabalho, com afastamento médico superior a 15 dias. Amparo assistencial ao portador de deficiência física ou mental – estar acometido por doença/deficiência física ou metal que causa a incapacidade para o trabalho. Não há necessidade de estar pagando o INSS, mas não pode estar recebendo outro benefício do INSS (pensão por morte, por exemplo) Amparo assistencial ao Idoso – ter idade mínima de 65 anos e não estar recebendo outro benefício do INSS (pensão por morte, por exemplo) Fonte: Dr. Luiz Henrique da Cunha Jorge - advogado especializado em Direito Previdenciário.

Carta do

Leitor

Iremos oficiar à Força Aérea Brasileira - FAB e ao Ministro da Defesa Celso Amorim para proibir em toda a cidade de Santos e Litoral Paulista estas apresentações perigosas que causam danos sérios ao meio ambiente dos caças que além de assustar as pessoas, animais domésticos, prejudicam o meio ambiente, as aves marinhas e demais passarinhos e já causaram em Santos até mortes com queda de partes em um destes aviões na orla da praia de Santos que foi objeto de ação no ministério público federal onde a própria FAB proibiu estas apresentações em Santos . Inclusive janelas de prédios tiveram seus vidros e vidraças partidas, razão pela qual não se justificam mais estas apresentações com perigo de morte em Santos e em todo o Litoral Paulista. GRUPO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO LITORAL PAULISTA

Comunicado

APA Marinha Litoral Centro

PERÍODO DE PROIBIÇÃO PARA PESCA DE EMALHE Embarcações maiores que 20 AB

A partir de 2013, anualmente, entre os dias 15 de maio e 15 de junho, FICA PROIBIDA operação das embarcações maiores que 20 AB (Arqueação Bruta) com o emprego de redes de emalhe de fundo nas regiões Sudeste e Sul. INSTRUÇÃO NORMATIVA INTERMINISTERIAL Nº 12 DE 22 DE AGOSTO DE 2012 Dispõe sobre critérios e padrões para o ordenamento da pesca praticada com o emprego de redes de emalhe nas águas jurisdicionais brasileiras das regiões Sudeste e Sul APA Marinha Litoral Centro Unidade de Conservação gerenciada pela Fundação Florestal / Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo. Tel.: (13) 3261-3445 – apamarinhalc@fflorestal.sp.gov.br

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Coluna

Semana de Meio Ambiente reforça compromisso ambiental dos integrantes Comunicação Corporativa/Embraport

A Embraport realizou entre os dias 3 a 7 de Junho, a Semana de Meio Ambiente, que teve como tema: “Você quer viver em um Planeta Saudável? Isso depende de Você!” Na ocasião, foi realizada uma exposição fotográfica que retratou a história ambiental de implantação do Terminal, e apresentou os principais cuidados realizados pela Embraport na pre-

servação do meio ambiente desde o início das obras no terreno. Além da exposição, os integrantes puderam participar também de um concurso de frases, concorrendo a um passeio de Escuna pela Baía de Santos. Por meio de esquetes teatrais realizadas na empresa, a Semana também conscientizou os funcionários sobre a Coleta Seletiva, o desperdício de papel e a redução de energia.

Embraport patrocina reformas de creche e escola em Monte Cabrão Dando continuidade ao seu projeto de colaborar com o crescimento da cidade de Santos, a Embraport realizou a doação de material de construção para a reforma de duas casas da Prefeitura de Santos na comunidade de Monte Cabrão. O projeto

está sendo realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Santos (Seduc) e o Departamento Regional da Área Continental. Um dos ambientes será utilizado como creche e irá abrigar crianças de 0 a 3 anos. O

segundo espaço será a extensão da Unidade de Educação de Monte Cabrão (UME Rural Monte Cabrão). As casas são constituídas de madeira e alvenaria e a previsão é que as obras sejam concluídas em julho. O investimento da Embraport nas

reformas totaliza cerca de R$ 60 mil e o material foi repassado para a Prefeitura de Santos, que vai realizar as reformas.A empresa já investiu, desde 2006, cerca de R$ 12 milhões em mais de 30 projetos socioambientais na região.

Ouvidoria Embraport: 0800 362-7276 faleconosco@terminalembraport.com.br www.terminalembraport.com.br

Semana da Cidadania s Na última semana de junho as comunidades pesqueiras comemoram o dia de seu padroeiro, São Pedro. Os líderes de pesca da Baixada Santista começam a organizar as comemorações deste ano que tem como tema “Pesca com Cidadania”. Em Santos, o secretário de Defesa da Cidadania, Marcelo Del Bosco, se reuniu com o presidente da Federação dos Pescadores do Estado de São Paulo, Tsuneo Okida, pesquisador Alberto Amorim, do Instituto de Pesca de Santos e padre Rovílio Guizzardi, da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, para discutir o calendário das comemorações. A Federação dos Pescadores do Estado de São Paulo– FEPESP abrange 22 colônias de pescadores artesanais, 12 no litoral e 10 em águas continentais, algumas com mais de 80 anos de existência, representando mais de 30 mil pescadores. A programação em Santos irá de 25 a 30 de junho, envolvendo alguns bairros da área Continental, como Caruara, Monte Cabrão e Ilha Diana. A Semana será aberta oficialmente pelo secretário Marcelo Del Bosco dia 25 de junho no Salão Nobre da Prefeitura de Santos. As atividades de Educação Ambiental, desenvolvidas pelo Aquário de Santos e Instituto de Pesca, tiveram início dia 17 de junho nas escolas municipais da área continental, U.M.E. Rural Monte Cabrão e U.M.E. Judoca Ricardo Sampaio, em Caruara, e prosseguem dia 20 de junho na U.M.E. de Ilha Diana. O monitor de Educação Ambiental do Aquário de Santos, Alex Ribeiro, falou sobre o conceito de biodiversidade usando teatro de fantoches. O professor Alberto Amorim, do Instituto de Pesca, falou sobre a pesca com responsabilidade. Ao final os alunos fizeram desenhos que ficarão expostos

no Aquário no mês de julho. Muitos alunos das escolas da área continental vêm de famílias ligadas à pesca. Thiago Martins da Silva, 14 anos, da 8a série da U.M.E. Rural de Monte Cabrão, contou que seu tio e o avô pescam. Com tantos exemplos na família, Thiago diz que está sempre na maré pescando. As escolas municipais da área continental de Santos preparam atividades artísticas com seus os alunos relacionadas ao tema Pesca com Cidadania, com realização de fotos, desenhos e pinturas sobre telas. As tradicionais procissões de São Pedro ocorrem em vários locais da Baixada Santista. Em Santos, o Padre Rovílio Guizzardi da Paróquia Pessoal do Apostolado do Mar - Nossa Senhora dos Navegantes, fará dia 28 de junho a partir das 14h Benção aos Pescadores no Mercado de Peixe da Ponta da Praia, Instituto de Pesca, Pier do Pescador e Colônia dos Pescadores Z-1. No dia 30 de junho às 15h haverá Festividade comemorativa da Semana da Pesca, com tradicional procissão terrestre, benção aos anzóis, missa na Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes. Este evento contará com o apoio da Prefeitura


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da Pesca com a será em junho

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Formatura de Aquaviário

ISABELA CARRARI

Tsuneo Okida, Marcelo del Bosco, Alberto Amorim e padre Rovílio discutem a Semana do Pescador

Professor Amorim, Alex Ribeiro e Vania Lacerda, assistente de direção da U.M.E. Monte Cabrão

Alex Ribeiro, do Aquário de Santos, passou sua mensagem de educação ambiental com um teatro de fantoches

Trinta e um alunos ligados à Colônia de Pescadores Z-3 de Vicente de Carvalho, em Guarujá, se formaram aquaviários, dia 7 de junho. O curso foi ministrado pela Capitania dos Portos do Estado de São Paulo. Após duas semanas de aulas, os estudantes receberam a Carteira de Inscrição e RegistroCIR, em cerimônia presidida pelo Capitão-de-fragata, Rogério do Nascimento Roque, representando o Capitão-dos-Portos Marcelo Ribeiro de Souza. Também esti-

veram presentes os instrutores Roberto Moreira Lima, Marco Antônio Leite da Silva e Ricardo Pereira Passos, que receberam agradecimentos dos formandos. O melhor aluno da turma, Bruno das Chagas Nascimento, 29 anos, obteve a média de 9,5 e foi homenageado na ocasião. O orador da turma, André Luís Pereira Martins, 31 anos, fez um agradecimento in memoriam à Maura Bilro, coordenadora da Capatazia da Colônia Z-3 no bairro de Santa Cruz dos

Navegantes, em Guarujá, falecida em maio. “Ela se esforçou muito para organizar as turmas de alunos para o curso. Era muito querida no bairro, conhecia todos, e as necessidades de cada um”, afirmou. O presidente da Colônia de Pescadores, Edson dos Santos Cláudio, encerrou a cerimônia, parabenizando os formandos e exibindo sua própria carteira de Aquaviário, obtida em 1957, ressaltando a importância do documento para os marítimos.

O orador da Turma, André Luís Pereira Martins fez homenagem póstuma à Maura Bilro

Os alunos Thiago Martins da Silva, Alexsandro Duarte e Anthony Hugo Martins de Monte Cabrão

Alex Ribeiro, a orientadora pedagógica Paula Cristina Rocha, a professora Valéria de Meneses e professor Alberto Amorim na U.M.E. Judoca Ricardo Sampaio

O capitão-de-fragata Rogério do Nascimento Roque (centro) com os formandos na Capitania dos Portos

A formatura aconteceu na sede da Capitania na av. Conselheiro Nébias

Os instrutores Ricardo Pereira Passos, Marco Antônio Leite da Silva e Roberto Moreira Lima

Bruno das Chagas Nascimento obteve a nota mais alta da turma

Edson dos Santos Cláudio e o capitão Rogério do Nascimento Roque


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Desafios da economia solidária são discutidos na Unifesp

Como fazer a conservação doméstica do pescado - II Augusto Pérez Montano - Médico Veterinário, membro da Comissão de Aquicultura do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo

Riscos do congelamento As temperaturas de congelamento apenas detém a multiplicação e o desenvolvimento dos microorganismos e inibem as atividades das enzimas que degradam os alimentos. Dessa forma, observa-se no pescado, a partir do momento em que é descongelado até o momento de ser cozido, a rápida multiplicação dos microorganismos e a reativação dos processos de deterioração. O risco está em congelar mais uma vez este pescado, pois a quantidade de microorganismos aumentou, e ao descongelar novamente, se multiplicam, colocando em risco a saúde do consumidor e causando toxinfecção.

Ricardo Louzada fala sobre as experiências de economia solidária em Guarujá

Guarujá expôs experiências bemsucedidas de economia solidária em evento da Universidade Federal de São Paulo-Unifesp-Campus Baixada Santista, dia 7 de junho. Os melhores exemplos destas ações são as atividades da Cooperativa Pérolas do Guarujá-Coopeg e o Caminhão Feira do Peixe, que vende o produto fresco até 40% mais barato em bairros como Morrinhos, Vila Áurea, Enseada e Santa Rosa. O caminhão é um equipamento do Governo Federal que atende a população guarujaense por meio de uma parceria entre a Prefeitura, através das Secretarias de Desenvolvimento e Assistência Social e Desenvolvimento Econômico e Portuário, e o Ministério da Pesca e Aquicultura, e a Coopeg. No início de junho, a prefeita Maria

Antonieta de Brito encaminhou a Câmara Municipal, Projeto de Lei que cria o Programa Guarujá Solidário, de fomento à economia popular e solidária. Segundo Ricardo Louzada, diretor de Desenvolvimento da Economia Solidária, Pesca e Aquicultura da Prefeitura, o projeto se integra às estratégias gerais de desenvolvimento econômico e social e aos investimentos sociais. “A consolidação deste Programa no município irá contribuir para o desenvolvimento de mais empreendimentos solidários, que têm por base princípios como a autogestão, a cooperação e solidariedade”, explica. Os principais objetivos do programa são prestar assessoria técnica e tecnológica aos empreendimentos, oferecer espaço temporário de comercialização e em incubação e ainda estimular redes de

Tsuneo Okida e Ricardo Louzada

organização. O presidente da Federação dos Pescadores do Estado de São Paulo, Tsuneo Okida, presente ao evento, afirmou que essas iniciativas trazem boas perspectivas para os pescadores artesanais e suas famílias. Os cooperados da Coopeg, criada há mais de dois anos, transformam couro de peixe, retalhos de tecido e fibras naturais em peças e produtos pessoais ou para o lar. A cooperativa desenvolve trabalhos de corte e costura, costura industrial, bordado, crochê, patchwork, arte country (pintura em madeira) e informática. Bolsas, carteiras, chinelos, brincos, colares, colchas, lençóis, tapetes de banheiro e outros produtos podem ser feitos a partir do couro de peixe. Os produtos foram expostos no evento. Saiba mais em: www.ipepsguaruja.com.br/

DIVULGAÇÃO

Procedimentos básicos para a conservação doméstica do pescado. 1-Escolher o produto com cuidado. A carne do pescado varia de branca à vermelha, conforme a espécie. Essa coloração não deve estar alterada. 2-Lavar em água corrente de preferência gelada e escorrer o excesso de água. Quando o pescado estiver inteiro, após descamar, tirar as vísceras, separar a cabeça, lavar e secar. Embrulhar em folhas de plástico ou de alumínio. 3-Acondicionar em recipientes limpos e fechados de forma hermética na parte superior da geladeira. Peixes inteiros, desde que exibam condições de frescor (olhos brilhantes ocupando toda órbita, escamas bem aderidas, guelras bem limpas e vermelhas, consistência firme, ânus fechado), podem ser armazenados até 48 horas antes do preparo. Filés ou pedaços de pescado aguentam tempo menor, cerca de 24 horas na geladeira. Caso o destino seja o congelamento, imediatamente após a limpeza devem ser embrulhados em plástico de forma individual e colocados para congelar em freezer doméstico a -18 graus Celsius. Devem estar firmes sem manchas, sem odor e com a coloração característica da espécie. Recomenda-se, após o congelamento, o consumo em até sete dias, pois as condições caseiras não permitem a realização de procedimentos adequados como na indústria. Uma das deficiências muitas vezes presentes no congelamento doméstico é a permanência de grande quantidade de ar dentro da embalagem, gerando formação de gelo que interfere na consistência, sabor e odor do produto. Filés de pescado não devem ser congelados de forma caseira, pois irão perder sua qualidade, devido à espessura fina, entre outros problemas. 4-O descongelamento deve ser realizado no interior da geladeira (4 a 5 graus Celsius), para evitar a exsudação que tira o sabor e os nutrientes. O pescado, após ser descongelado, não poderá ser congelado novamente, ao menos que seja cozido durante cerca de 2 minutos a 70 graus Celsius.

O caminhão do peixe visita quatro bairros de Guarujá

Maria Lucia, Diogo Sá e Guaraciaba exibem produtos em couro de peixe


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Voa, albatroz!

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Voluntários do projeto participam do evento com vestimentas de albatroz

Projeto de proteção às aves marinhas lança vídeo institucional em Santos/SP O lançamento do vídeo “Albatroz: Um projeto de vida” reuniu cerca de 130 pessoas no Cine Miramar, no Miramar Shopping em Santos dia 16 de maio. O filme conta a história de mais de duas décadas do Projeto Albatroz e suas principais atividades no trabalho de conservação de albatrozes e petreis. A entidade foi criada em Santos/SP pela bióloga Tatiana Neves, sua atual coordenadora. Na ocasião foram apresentados os resultados do Programa de Educação Ambiental Marinha “Projeto Albatroz na Escola” que, entre 2011 e abril de 2013, envolveu 4.783 estudantes e 235 professores da rede pública e particular de Santos. O resultado da pesquisa para conservação dessas aves marinhas inclui a utilização em barcos atuneiros do toriline, um tipo de linha espanta-pássaros, para evitar que eles sejam fisgados nos anzóis destinados a pescar os peixes oceânicos. Outro artifício

Gislaine Garbelini, Leyla Maciel Botafogo e Tatiana Neves

é a colocação de um peso a dois metros do anzol, que afunda o equipamento de maneira mais rápida que a tradicional, deixando menos tempo disponível para que as aves tentem comer as iscas. Oito parceiros do Projeto Albatroz foram homenageados na noite

do lançamento do vídeo. Foram eles: os artistas plásticos Alexandre Huber e José Maurício de Oliveira Martins; a jornalista Christina Amorim, editora do Martim-Pescador, jornal da Federação dos Pescadores do Estado de São Paulo; Vânia Bernal, ex-representante da seção

A jornalista, Christina Amorim (esquerda), recebeu homenagem do Projeto

de projetos educacionais da Secretaria Municipal de Educação de Santos; Renata Gonçalves, diretora do Colégio “Átrio & Tatibitati” e Vânia Seixas, ex-secretária municipal de Turismo de Santos, além de Gislaine Garbelini e Leyla Maciel Botafogo, respectivamente gerente

setorial de Programas Ambientais e gestora de Programas Ambientais da Petrobras. Os homenageados receberam um troféu, esculpido em madeira pelos artesãos da Associação dos Jovens da Jureia São Paulo, que valoriza a cultura caiçara.


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Família unida na pesca

O pescador Francisco Vicente Filho, 63 anos, 35 vividos na pesca, se dedica ao arrastão-de-praia em Peruíbe, no litoral sul de São Paulo. A atividade é tradicional dos pescadores artesanais, mas praticada com alguma dificuldade em Peruíbe, devido às condições de mar. “Aqui por ser mar aberto e devido às condições do tempo com ondas altas e grandes ressacas, durante quatro meses do ano os pescadores não conseguem entrar no mar, mesmo com uso de tração motora”. Mesmo nas outras épocas do ano há muitos períodos de mar bravo. Francisco se dedica à prática do arrasto-de-praia, com a ajuda de conta de seu filho Paulo Alexandre, 32 anos, da esposa Lúcia Maria, 57 anos, e cerca de 60 companheiros. O regime de economia familiar é uma das principais características da pesca artesanal, e aí que o pescador deixa seu legado

Francisco, Lúcia e o filho Paulo trabalham juntos na pesca do arrastão

Ingredientes 4 filés de pescada Sal Limão Alho 2 colheres (sopa)de trigo 2 colheres (sopa) de fubá Óleo de soja

de conhecimentos nas artes de pesca para seus descendentes, trabalho que exige muito esforço e dedicação. A esposa, Lucia Maria, além de ajudar nas pescarias gosta de preparar o pei-

Pão-de-ló de fubá

Prepare nas festas juninas um gostoso pão-de-ló de fubá acompanhado de “quentinho”, uma versão não alcoólica do quentão. Ingredientes: 5 ovos 1 colher (sobremesa) de fermento em pó 1 prato fundo cheio de semola de milho ou fubá Mimoso 1 xícara (chá) de polvilho azedo 1 prato fundo cheio de açúcar 200 g de manteiga Preparo: Bater o açúcar e a manteiga até formarem um creme. Juntar as gemas e continuar bater até a massa ficar fofa. Juntar o fubá e continuar batendo muitíssimo bem. Por fim,

juntar o fermento e as claras em neve. Levar para assar em forma untada com manteiga em forno quente cerca de 30 minutos.

“Quentinho” junino

Ingredientes: 2 xícaras (chá) de açúcar 4 rodelas de gengibre de 1 cm cada 3 paus de canela 6 cravos 5 xícaras (chá) de água 1 maçã cortada cortada em cubinhos com casca Polpa de 1 maracujá Preparo: Bater as rodelas de gengibre com uma colher de pau para liberar um pouco do sumo. Reservar. Colocar numa panela açúcar,

Pescadinha frita

canela, cravo, caldo do maracujá e gengibre. Levar ao fogo baixo e deixar derreter e dourar um pouco. Acrescentar água e deixar por 20 minutos. Cortar as maçãs e em seguida adicionar à panela. Deixar mais 5 minutos e desligar.

xe de várias maneiras. O peixe hoje está mais escasso, pescador faz festa quando pega guaivira, que antes era desprezada. A pescada diminuiu muito, e a oveva é abundante do

mês de outubro. Lúcia gosta mais da oveva, que ela acha mais saborosa. Mas tanto a pescada como a oveva, ela gosta de fazer frita, num prato de simples preparo.

Preparo: Temperar 0s filés com sal, limão e alho. Misturar bem a farinha de trigo com o fubá. Passar os filés, apertando bem, para que a farinha fique bem aderida. Fritar em óleo abundante e deixar secar em papel-toalha.

A sopa do fogão a lenha

Terezinha diz que o fubá é fundamental na cozinha mineira

Para quem teve a experiência de ser criada em fazenda, as comidas feitas no fogão a lenha ficaram na memória. Terezinha Aparecida Paes Bueno, nascida em Ervália, MG, lembra em especial a sopa de fubá feita por sua mãe, Maria José, na fazenda do avô paterno. O bom era compartilhar da receita caseira feita com tanto carinho, na ampla mesa de madeira que abrigava a família toda. Da cozinha mineira, além da sopa de fubá, gosta muito de angu, tutu, frango com quiabo, mingau de couve, costelinha de porco, arroz com suã de porco.

Algumas verduras, como a taioba, com sabor semelhante à couve, porém de textura mais macia e a ora-pró-nobis, um tipo de cacto que dá folhinhas suculentas, também trazem o sabor da cozinha mineira, muitas vezes acompanhando carnes como frango e porco. A receita da sopa, pode ser feita com couve ou taioba, e quem tiver as raras folhinhas de ora-pró-nobis, quem sabe cultivadas com zelo no quintal, pode acrescentar ao caldo no minuto final do preparo. A sopa é uma boa pedida para as noites frias de junho.

Sopa de fubá Ingredientes 1 peito de frango cortado em cubinhos 4 dentes de alho espremidos ou socados 6 xícaras (chá) de água 6 colheres (de sopa) cheias de fubá 4 folhas de couve cortadas em tiras vinagre Óleo de soja

Preparo Dissolver seis colheres de fubá em três xícaras de água fria. Reservar. Temperar o frango em cubinhos com sal, alho e um pouquinho de vinagre. Refogar na panela até dourar ligeiramente. Jogar três copos de água fria no

refogado e deixar até ferver. Jogar a mistura de fubá e água e mexer até dar o ponto desejado da sopa. Deixar num ponto mole, pois a sopa ao começar a esfriar endurece mais um pouco. Jogar as tiras de couve, mexer mais um pouco e desligar. Servir com pão torrado.


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