Jornal Filiado à
Santos - Ano 17 - Fevereiro/2012
Reação Química
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Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Fertilizantes de Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém
VALE: “ELEITA PIOR EMPRESA DO MUNDO”
AÇÕES VISAM GARANTIR DIREITOS DOS TRABALHADORES Como em todos os anos, no período que antecede o fórum de Davos, na Suíça, onde participam as principais economias do mundo, é feita uma votação internacional sobre qual a pior empresa do mundo, no que se refere às relações trabalhistas, sociais e ambientais. PÁGINAS 4 E 5
VERÃO SEM AIDS: LANÇADA A DÉCIMA SÉTIMA EDIÇÃO
MATERIAIS MANIPULADOS: COMO SE PROTEGER E COMO AJUDAR
REUNIÃO COM APOSENTADOS DA BAIXADA SANTISTA
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IRRF2012: INFORME-SE NO SINDICATO
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EDITORIAL
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EXPEDIENTE
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O JORNAL REAÇÃO QUÍMICA é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Fertilizantes de Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém. Sede Social Av. Pinheiro Machado, 77 Santos/SP Cep. 11075-001 Tel. (13) 3221-3435 - Fax (13)3221-1089 Sede R. Assembléia de Deus, 39 2º andar, cj 202 Cubatão/SP - Cep 11500-040, Tel. (13) 3361-1149 Diretor Responsável Jairo Albrecht stiqff@gmail.com Jornalista Responsável Paulo Rogério Alves Rodrigues MTB.: 16.955 Fotos: Marcio P. Ribeiro Diagramação www.cassiobueno.com.br Gráfica: Diário do Litoral Tiragem: 8.000 exemplares
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Modernidade
O
ano, como prevíamos, começou totalmente contaminado com problemas do ano passado, e mais já vai criando os seus próprios. Nossa categoria sempre pode se apoiar nas atitudes do Sindicato, sempre teve a negociação como princípio, sempre mereceu a confiança depositada, porque sempre viu nesta união um caminho de duas vias, fortalecido pela alta produtividade e qualidade profissional dos trabalhadores por um lado e por outro pelo respeito que os representantes das empresas sempre tiveram pelos seus funcionários. Foi um período em que sempre que um ganhava o outro também era beneficiado, assim como em “vacas
magras” todos fechavam fileiras pelos objetivos comuns. Aparentemente existem alguns “modernistas” na nossa região que acham que a paz na relação capital/trabalho é uma coisa ultrapassada e estão buscando iniciar conflitos, numa perspectiva de quanto pior melhor, e assim, provocar um movimento redutor das conquistas dos trabalhadores e empresas da região. Só com muita união poderemos ultrapassar esta nova fase antiga, onde a luta era mais importante que a vitória. É bom que estes novos espertos entendam que se o tempo mudou as armas também. Assim como tudo, o movimento sindical se modernizou e mais do que tudo se fortaleceu com a unidade das entidades pelo benefício comum dos trabalhadores.
Herbert Passos Filho, Presidente do STIQFF-BS, diretor regional da Força Sindical São Paulo e 1º vice-presidente da Federação dos Químicos e coordenador da SNQ
MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS OU PRODUTOS A manipulação de materiais junto aos ambientes de trabalho nas mais variadas atividades e funções, seja em escritórios ou industrias, é bastante conhecida de todos. No entanto mesmo um “inofensivo escritório”, onde encontramos o tonner de máquinas copiadoras, pode causar alterações pulmonares pela inalação do pó preto do mesmo. Já quando falamos de área operacional ou industrial, principalmente em indústrias químicas,encontramos uma gama imensa de elementos químicos que diariamente expõe a classe trabalhadora a agentes – os mais variados. O agente está lá e pode fazer parte, como matéria prima ou qualquer outra etapa do processo. E temos que nos proteger porque eles podem nos
atingir através do contato com a pele, inalação ou ainda pela via digestiva. Os contatos com alguns destes produtos acarretam as mais diversas alterações em nossa saúde; desde alterações dermatológicas, respiratórias, auditivas e até neurológicas ou neurocomportamentais, tudo em função da forma de contato ou ainda de acordo com a intensidade do agente nomeio produtivo. Por exemplo a exposição a agentes químicos como ácidos, podem acarretar desde uma queimadura na pele (em graus variados) ou, ainda, causar uma pneumonia química pela inalação do produto. Já a manipulação de resinas químicas podem causar simples irritações na pele até queimaduras extremamente severas. ENTÃO O QUE FAZER? Cer-
tamente todos já ouviram falar dos equipamentos de proteção individual, mais conhecidos como EPI’s. Com os EPI’s adequados, uso correto dos mesmos, podemos nos proteger destes contatos. Porém é pelo CONHECIMENTO DOS PRODUTOS que lidamos diariamente em nossas atribuições, conhecendo bem suas ações relacionadas com nossa saúde é que poderemos melhor nos proteger. Portanto, conheça sempre o material que você manipula, que lida no seu dia-a-dia, pois certamente tendo este CONHECIMENTO, terá maior segurança na sua manipulação, e, isto será sua maior segurança. João Antonio Rechtenwald Médico do Trabalho
"Antecipe as notícias do seu Sindicato, acesse no Facebook Químicos da Baixada Santista e mantenha-se informado na hora das atividades sindicais da nossa categoria e da Força Sindical
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MATERIAIS MANIPULADOS Já faz algum tempo que o Sindicato vem solicitando aos companheiros a relação dos materiais manipulados nas suas áreas de trabalho. Isto se faz necessário para que tenha-
mos uma visão técnica sobre a exposição dos companheiros e das contaminações inerentes ao dano que ocorre no dia-adia nas fábricas. Se você não sabe o que é,
BRASKEN REIVINDICAÇÕES Se houve uma empresa com quem tivemos um bom retorno das reivindicações, em 2011, foi a Brasken. Em diversas reuniões e visitas consegui-
mos tratar e resolver muitas situações; embora ainda falte a questão da empresa de logística que opera em sua área. Vejamos o que foi resolvido:
1. Auditorias realizadas de NR 13, 11 e 12; 2. Participação na Rede Intersindical Braskem; 3. Aumento Salarial real aos Técnicos de Manutenção que foram elevados a função de Engenheiros e “promovidos” só no papel sem ajuste de remuneração; 4. Aumento Salarial real aos Operadores que foram elevados a função de Responsáveis de Operações Industrial (ROI) e “promovidos” só no papel sem ajuste de remuneração; 5. Pagamento de 10 anos de indenização aos Técnicos, Engenheiros e Coordenadores de Manutenção e Operação, por conta do encerramento dos plantões sobre aviso que existiam desde 2001; 6. Voltar a pagar as Horas Extras aos Técnicos, as quais tinham sido cortadas sem o menor respaldo trabalhista, só que estavam sendo trabalhadas e não pagas; 7. Renovação do acordo de Turno com aumento dos adicionais de turno de 66% para 78% e redução nas horas devidas de treinamento de 10 horas para 6 horas; 8. Adequação do PPP a realidade dos riscos inerentes da Fabrica de Cubatão; 9. Acordo de PLR, chegando a media de 3 salários brutos; 10. Empréstimo consignado, com valores diferenciados; 11. Assessoria diferenciada aos companheiros, prestada pelo diretor Carlinhos, que atua junto ao INSS desde o momento da contagem de tempo até a concessão do Beneficio.
basta trazer uma etiqueta para que possamos investigar. Está cheio de empresa que jura estar com o meio ambiente melhor que o “paraíso”; só que quando você percebe, trabalhador do-
ente é o que ela mais produz. Colaborem com o Sindicato trazendo informações, que vão ajudar no caso de acidentes e na hora da elaboração do seu PPP.
ASSEMBLÉIA COPEBRÁS Em janeiro foi realizado assembléia do pessoal de turno da Copebrás, onde a proposta da Empresa (para renovação do acordo) não agradou ninguém, pois a falta de pessoal já é gritante. A empresa ficou um tempão naquele “chove não molha” de vender ou não a fábrica e agora vem com tudo para cima do trabalhador. É preciso primeiro que primeiro eles façam a lição de casa. Estamos na iminência de um acidente sério nesta fábrica, a área parece um depósito
de lixo, linhas mortas caindo dos pipe lines, ferramentas podres jogadas na área, e o pior os trabalhadores se acostumando com isto e não usando “EPI’s” necessários. Já fizemos diversas inspeções e cada vez que vamos a situação está pior. Isto não é jeito de economizar, assim com costumamos fazer “B.O’s” quando acontecem acidentes com lesões graves, se não melhorar na próxima visita, vamos registrar o risco de acidente grave iminente na delegacia de Cubatão.
CBE CUBATÃO E GUARUJÁ A CBE deu trabalho no fim de 2011 e começo deste ano. Em Cubatão atrasou o pagamento do banco de horas, mudou (para depois lógico) a data de pagamento do PLR, e não pagou os prêmios de antiguidade; já em Guarujá, “esqueceu” de pagar o “HRA” do pessoal do turno.
Interessante, só erram em prejuízo do trabalhador. Será que alguém ouviu falar que erraram para mais com alguém? O Sindicato tem estado em cima para remediar todas estas coisas que tanto prejudicam os trabalhadores, inclusive quanto ao excesso de jornada em Cubatão.
CÂMARAS DE COMPETITIVIDADE A iniciativa do movimento sindical em influenciar a política industrial nacional, reverteu na implantação das câmaras de competitividade, que de imediato receberam apoio dos empresários que entenderam que os trabalhadores alem de tudo são os maiores interessados na expansão e modernização do nosso parque industrial. Mas para que isto aconteça é preciso que trace-
mos em conjunto as diretrizes principais, que se definam estratégias de competição para a próxima década, enfim devemos construir o nosso modelo para 2020. A área empresarial no setor petroquímico já apresentou seu esboço, com os seus compromissos de investimento e natural perspectiva de retorno; o governo federal, por meio da área econômica se propõem
gastar na infraestrutura necessária, implantar o “REIQ” (regime especial da indústria química) e definir as alíquotas de retorno sobre exportação, as maiores diferenças entre os lados estão na cronologia dos acontecimentos e custo de energia (gás). Tudo bem? Todo mal porque aí ficaríamos de fora tanto do crescimento das empresas quanto do País. Por isto vamos para estas
negociações tripartites. Para ver o lado dos trabalhadores e das comunidades. O exemplo simples é o polo industrial de Cubatão, onde existem investimentos na área de logística com uma grade rodoviária totalmente ultrapassada, onde se ocorrer a expansão do porto da Vale, sem o respaldo da malha rodoviária, simplesmente inviabilizará todas as atividades industriais.
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TURNOS VALE
Mais uma vez a Vale mostrou sua intransigência ao se negar a qualquer tipo de negociação. Além disto, informa que se não quisermos do jeito deles, vão pagar hora extra pela média e não pelo realizado, como se fos-
sem eles que fizessem as leis. ACHAM QUE PODEM TUDO. A arrogância chega a tal ponto que eles inventam e querem colocar nos acordos um turno interrompido, para que? Só pode ser para tirar direitos dos
trabalhadores, lógico. Parece que eles pagam alguém só para ficar pensando como sacanear o trabalhador. Fizemos assembléia e agora vamos para votação dias 8 e 9 de fevereiro. O que der vai ter
que ser cumprido, vamos pagar para ver. As sacanagens estão acontecendo em todos os Sindicatos, e o tipo de ataque é o mesmo, só com muita união vamos conseguir manter as nossas conquistas.
PERICULOSIDADE VALE Como sempre faz o Sindicato tentou negociar, mas também como sempre tem feito, a empresa nem se deu ao respeito de responder. A questão é simples, existem diversas áreas em CUB que são
passíveis de periculosidade e a empresa não paga, assim como os eletricistas que tem de receber a periculosidade sobre o salário e não sobre o tempo de exposição. Tem, ainda, um “bocado” de gente
que foi transferida daqui para lá e de lá para cá e hoje trabalha ao lado de companheiros que recebem periculosidade e eles não. Por isto em agosto de 2011 o Sindicato chamou a Vale para negociar os
valores, inclusive os retroativos; mas como não deu em nada chamamos uma assembléia, que deu poderes ao Sindicato para forçar mais a barra e se preciso entrar na justiça para cobrar a empresa.
PJ’S VALE Ás vezes dá até desanimo de tanto que a gente fala da Vale. Agora a questão envolve os PJ’s (pessoas jurídicas), uma jogada que algumas empresas fazem para enganar a fiscalização. Funciona assim: em vez de contratar com carteira assinada, eles mandam o cidadão abrir uma firma e aí ele vira pessoa jurídica e os encargos são menores; na
Vale descobrimos alguns que se aposentaram e foram recontratados como PJs, fazendo a mesma coisa de antes, recebendo ordem dos mesmos e mandando nos mesmos, é brincadeira ou quer mais? Levamos o caso para o ministério do trabalho fiscalizar e se for o caso, vamos mandar a denuncia para o Ministério Público.
ACIDENTES VALE
É impressionante o aumento de ocorrências e acidentes nas fábricas administradas pela Vale, o Sindicato tem feito inspeções atrás de inspeções e continua a mesma coisa; sempre vêm com alguma desculpa para enro-
lar. No tempo da Bunge e Fosfertil não era assim. Estivemos em CUB e durante a fiscalização a gerencia firmou acordo para fornecimento de rádios e agora estão culpando todo mundo, menos eles que na reali-
dade são os responsáveis. Manutenções preventivas não têm mais a mesma qualidade por falta de peças que não chegam (economia em segurança) e ainda vem com aquela estória de que a Vale se preocupa com os seus fun-
cionários.Todo ano morre trabalhador da Vale, este ano até agora foram dois; não dá para esperar que aconteça conosco. Denuncie que o Sindicato vai ao local e pede a interdição pelos órgãos competentes.
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VALE: A PIOR EMPRESA DO MUNDO
Como em todos os anos, no período que antecede o fórum de Davos, na Suíça, onde participam as principais economias do mundo, é feita uma votação internacional sobre qual a pior empresa do mundo, no que se refere às relações trabalhistas, sociais e ambientais. Este ano a Vale foi uma das empresas elencadas, após ter sido indicada por associações de trabalhadores e comunidades atingidas pela empresa. Uma coisa foi perceptível; no dia que informamos esta votação na nossa base da Vale, aconteceu um
pulo de mais de 1000 votos; com o “USW” foi a mesma coisa e nas bases de Araucária, Patos, Araxá, Catalão, Uberaba e outros locais onde a Vale opera aconteceu um volume apreciável de votos, demonstrando que quem votou principalmente na Vale (como a pior empresa do mundo), foram os próprios funcionários que a conhecem melhor do que ninguém. E com todas as denuncias do que está ocorrendo pelo resto do mundo, fica a imagem de uma empresa denegrindo a imagem de todo um País.
PROMOÇÕES SEM REAJUSTE Parece brincadeira, mas não é. Em 1º de novembro tivemos o reajuste salarial pela nossa data base, só que malandramente a Vale não reajustou as faixas salariais, então quem foi promovido depois do aumento ficou com
CESTA BÁSICA RETIRADA SEM ACORDO A Vale simplesmente sem aviso e muito menos sem o menor respeito aos trabalhadores de CBT, que recebiam cesta básica, cortou o benefício alegando que já estava dando o tal de Vale alimentação, alguém foi avisado que tinha troca aí nesse meio? CUIDADO! Pois daqui a pouco vão dizer que nós trabalhadores estamos abrindo mão de outros direitos em troca das migalhas que eles oferecem. De qualquer jeito é outra pendência jurídica que vamos ter, pois a Vale se nega a voltar com a cesta ou pelo menos indenizar a perda, e como sempre se nega também a negociar e pronto.
salário inferior ao de quem foi promovido antes. O Sindicato está tomando providencias para arrumar esta bagunça, e restaurar os direitos dos envolvidos, percebam que tem sempre uma novidade para prejudicar o trabalhador.
CLIMA INTERNO NA VALE
Se o resultado da pesquisa de clima na Vale foi ruim, o retorno de parte da chefia foi um desastre, chegamos ao cúmulo de “chefes” colocarem os trabalhadores em salas e exigirem que o pessoal se identificasse nas críticas, num absurdo ASSÉDIO, além de tudo burro, porque ninguém ia ser
trouxa de se entregar, que fique bem claro que não foram todos os chefes que fizeram isto, mas pior ainda as gerencias que sabem que isto ocorreu não tomarem providencias, sendo assim qual a finalidade de uma pesquisa destas? Piorar o que já estava ruim?
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REGIONAL DA FORÇA SINDICAL/SP
Os Sindicatos filiados a Força Sindical da Baixada estiveram reunidos para planejar a programação deste ano. Campanhas salariais, eleitorais, representações em comissões e conselhos nos municípios da região foram alguns dos temas discutidos. Quanto ao dia do trabalhador ficou acertado realizar um evento em Santos, dependendo ainda de algumas negociações entre a nossa Central e a prefeitura, mas de qualquer jeito a data proposta é 29 de abril para não concorrer com as atividades de São Paulo; dando condições a quem quiser de participar nas duas oportunidades.
CONSELHOS DE SAÚDE Foi realizada uma reunião específica de todos os representantes de conselhos e comissões de saúde da Baixada, para estruturarmos uma posição metropolitana quanto ao tema. Não adianta ficar preso a divisões entre municípios, pois a situação clama “remédios” de alcance regional. Precisamos de um “SVO” (serviço de verificação de óbitos) que funcione, pois se ainda carregamos o incomodo 1º lugar em número de câncer do País, deve haver um motivo. Hoje trabalhamos em um municí-
pio, moramos em outro e ainda estudamos em outro e quando é possível temos lazer em mais um; por tudo isto quando se fala em saúde a discussão tem que ser de toda região. A reunião teve apoio da FS SP que mandou os companheiros João Scaboli e Rogério, para apoiar e ainda ofereceu subsídios técnicos para ajudar nesta empreitada, que não vai ser fácil. Você também pode colaborar trazendo informações sobre as dificuldades na saúde na região.
MANIFESTAÇÃO SEMINÁRIO DE DIRETORIA DOS PORTUÁRIOS O Sindicato providenciou para a diretoria um seminário sobre práticas sindicais e marketing sindical, a fim de que os diretores, possam se atualizar e conhecer as ferramentas de representação previstas na lei e nos costumes. Acreditamos que o aproveitamento tenha sido bom, pois foi com
A Força Sindical que tem em nosso Sindicato sua Coordenação Regional participou das manifestações dos portuários, pois a categoria esta sendo pressionada por um acordo entre o Ministério Público e o Ogmo, que modificou um sistema de intervalo entre jornadas pactuado há anos entre patrões e em-
pregados. Realmente é ridículo que duas partes façam acordo sobre obrigações de um terceiro, o mais importante neste imbróglio todo é este procedimento e não como querem fazer crer a discussão do intervalo em si, se a moda pega, ninguém mais vai saber quais dos seus direitos são realmente seus ou não.
muita euforia que a participação ocorreu. Lembramos a nossos associados que quiserem participar de cursos de formação sindical basta se inscrever junto a nossa secretaria geral com o Figueiredo, que será informado e poderá participar sem qualquer custo.
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CAGED DEZEMBRO:
ENTENDA COMO AS EMPRESAS FAZEM A partir deste mês estaremos divulgando o “Caged” (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) da indústria química do estado de São Paulo e do Brasil. É fácil entender o que as empresas fazem, quando praticam o “turn over”, ou seja, rodízio de pessoal com a finalidade de baratear a folha, veja: Em dezembro de 2011, o saldo entre admitidos e desligados nos setores do ramo químico ficou negativo, com um total de 12.626 demissões. No último mês do ano, nota-se que em to-
dos os setores do ramo químico os desligamentos foram maiores do que as admissões. Em dezembro de 2010, o saldo negativo resultou da eliminação de 10.891 postos de trabalho. (Tabela 1). Vale destacar que, desde 2000, dezembro é um mês de ajuste geral da mão-de-obra no mercado de trabalho brasileiro, com demissões generalizadas de trabalhadores que atinge quase todos os setores da atividade econômica e regiões geográficas do país.
TABELA 1 Movimentação de pessoal nos Setores do Ramo Químico Brasil, dezembro 2011/2010 SETOR Químico Papel/ Celulose Borracha Brinquedos* TOTAL
Admitidos 15.493
dez/2011 Desligados 23.934
Saldo - 8.441
Admitidos 15.994
dez/2010 Desligados 23.035
Saldo - 7.041
3.521
5.131
- 1.610
3.244
4.572
- 1.328
1.634 172 20.820
2.782 1.599 33.446
- 1.148 - 1.427 - 12.626
1.769 219 21.226
2.793 1.717 32.117
- 1.024 - 1.498 - 10.891
Fonte: CAGED/RAIS.MTE Elaboração: Ss DIEESE/SNQ *Corresponde à fabricação de instrumentos musicais e brinquedos
SNQ Realizamos em janeiro a primeira reunião do ano da diretoria da Secretaria Nacional dos Químicos da Força Sindical, que foi bem concorrida, com a presença de companheiros de todo o Brasil. Uma das principais decisões foi dar relevância as organizações de redes sindicais, podermos crescer, termos escala suficiente para negociarmos
com as grandes corporações industriais, e principalmente, ter acesso as direções em seus países base, local onde a pressão sindical funciona melhor. Além disto, foi decidido manter a sub-secção do DIEESE, que tanto apoio nos dá em negociações, Foram, ainda, criadas comissões para visitar os companheiros de regiões ainda não contempladas.
Com relação à renda, nota-se que o salário médio de um trabalhador admitido no mês de dezembro de 2011, nos setores do ramo químico, era 10,5% menor do que de um que foi desligado. A maior disparidade salarial foi observada no setor de borracha, no qual o salário de um empre-
gado admitido era 22,3% menor do que de um que foi desligado. Por outro lado, no setor de brinquedos, o salário de um admitido no mês de dezembro foi 1,6% maior do que de um desligado. Este setor também apresentou o menor salário mensal médio, R$ 914,04 (Tabela 2).
TABELA 2 Movimentação de pessoal nos Setores do Ramo Químico, segundo salário médio mensal. Brasil, dezembro 2011 SETORES
Admitidos
Salário médio mensal (r$)
Químico Papel/ Celulose Borracha Brinquedos TOTAL
15.493
1.216,15
23.934
1.381,92
- 8.441
Dif de Sal médio entre admitidos e desligados (%) - 12,0
3.521
1.130,55
5.131
1.183,84
- 1.610
- 4,5
1.634 172 20.820
982,52 914,04 1.180,84
2.782 1.599 33.446
1.265,14 899,71 1.318,77
- 1.148 - 1.427 - 12.626
- 22,3 1,6 - 10,5
Fonte: CAGED/RAIS.MTE Elaboração: Ss DIEESE/SNQ
Desligados
Salário médio mensal (r$)
Saldo
ACUMULADO DO ANO – JANEIRO A DEZEMBRO DE 2011 No acumulado do ano, foram criadas 17.093 vagas na indústria química nacional (Tabela 3). TABELA 3 Movimentação de pessoal na Indústria Química, Brasil e S.Paulo, acumulado de janeiro a dezembro de 2011. SEGMENTOS Químico Papel/Celulose Borracha Brinquedos TOTAL
Admitidos 294.911 63.202 35.196 10.314 403.623
Fonte: CAGED/RAIS.MTE Elaboração: Ss DIEESE/SNQ
BRASIL Desligados 281.214 60.496 35.071 9.749 386.530
Saldo 13.697 2.06 125 565 17.093
PLR’s: PARTICIPAÇÃO DE LUCROS E RESULTADOS
As notícias sobre resultados dos planos de participações em resultados não tem sido ruins, principalmente na área de fertilizantes, a Copebrás está com um aditivo aumentando o teto do plano em 10% (3,0 para 3,3 remunerações), a Vale informa que com as justificativas o valor a ser distribuído atingirá 5,5 salários com
o adicional de periculosidade, embora o valor seja bom, não podemos deixar de falar que neste caso o pessoal dos produção foi altamente discriminado, pois se a administração viu seu valor aumentar em 10%, os de produção perderam quase 2 remunerações por terem seus adicionais expurgados do plano.
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REUNIÃO COM APOSENTADOS DA BAIXADA
Em reunião com associações, organizações e departamentos de aposentados da região, ficou acertado “construir” um cronograma de ações voltadas para os políticos da Baixada, cujo mote é a defesa da classe dos aposentados e pensionistas. Foi proposto incursões à porta/casa deles co-
brando o apoio que eles sempre pedem nas eleições; assim como mantermos constantes informações sobre as negociações que ocorrem em Brasília, e se possível tentar recuperar a organização que tínhamos anteriormente; a “União dos Aposentados da Baixada”.
CAFÉ COM APOSENTADOS Concorrido e participativo o “1º Café do ano” com os companheiros aposentados, onde tivemos a grata visita do Presidente do Sindicato da Saúde, Paulo Pimentel, que aproveitou para um bom papo com a turma e a natural palestra do Presidente que atualizou os aposentados sobre as lutas e problemas da categoria, em especial a questão das aposentadorias e suas perdas. Lembrou a luta no final de 2011 do de-
putado Paulinho, da Força, e do Senador Paulo Paím que resistiram sozinhos até o fim na votação da “DRU” para que o governo aceitasse um reajuste maior para as aposentadorias acima do mínimo. Quando não deu mais, os dois - ainda sozinhos - conseguiram no apagar das luzes tirar do governo federal a promessa de negociar a partir de fevereiro deste ano um processo de recuperação das perdas dos aposentados.
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ABRINDO OS OLHOS PARA A MUDANÇA As possibilidades e alternativas do mundo moderno, o excesso de informações com o apelo da negatividade, criam expectativas muitas vezes inalcançáveis e nos deixam com uma frustração injustificada. Quando o ser humano conhece algo material que não pode conseguir, imagina-se como um fracassado, esquecendo que sua vida é construída de muitas conquistas, sobretudo de coisas mais importantes do que dinheiro ou bens. Valores morais, espirituais e de caráter mais forte, tornam o indivíduo apto a enfrentar dificuldades e vicissitudes com valentia e positividade. Ajuda a encontrar soluções e acima de tudo, possibilita o encontro com a felicidade, que definitivamente, não pode depender do dinheiro. Efetivamente, nossa economia diminuiu a aceleração. Os resultados estão demonstrando isso. Existe uma percepção de ganho menor e de oportu-
nidades mais estreitas. Todavia, estamos caminhando bem, enquanto o mundo tem recessão, estamos em crescimento econômico, enquanto países ditos de primeiro mundo brigam com o desemprego, estamos encontrando o ajuste para a qualificação de nossos trabalhadores para ocupar o espaço existente. Ou seja, não podemos deixar que o pessimismo infundado tire a percepção da nossa responsabilidade de aproveitar o melhor momento da história do nosso país. Precisamos ocupar o espaço que é nosso no cenário mundial, e aproveitar os resultados com trabalho e otimismo. Devemos assimilar conhecimentos e qualificações profissionais, valorizando paralelamente o núcleo familiar e só assim, vamos participar deste bom momento que estamos vivenciando. Antonio Terras Junior, advogado. Presta assessoria ao Sindicatos
DROGAS, CONTÁGIO SOCIAL OU SEGURANÇA PÚBLICA? Já faz muito tempo que o nosso Sindicato trabalha no combate as drogas lícitas e ilícitas. Entendemos que embora contingência personalíssima, atinge a coletividade seja no rol social, seja na família ou no próprio trabalho. O Sindicato tem como princípio a defesa geral (coletiva) que fica privilegiada quanto a questão é coletiva, sendo assim nos propusemos a instalar em todas as empresas do polo industrial, programas de acompanhamento e controle de uso de drogas, independentes de serem chamadas ou consideradas lícitas ou não; pois não podemos agregar mais riscos ao nosso já tão perigoso local de trabalho. Quanto a questão das drogas lícitas como o álcool e o fumo, entendemos também a neces-
sidade de uma jornada cívica, onde as crianças são induzidas, desde cedo, que diversão só é possível com álcool; onde atletas, ídolos esportivos promovem abertamente sem nenhuma ética o vício e a decadência social. Ou voltamos a respeitar o que é certo ou estaremos fadados a ser um povo que se satisfaz com as migalhas do resto do mundo. Não se enganem: os “donos do poder” fazem esta estratégia, querem manter nosso Brasil se preocupando com samba, suor e cerveja, “fazem” um calendário onde o ano só começa após o carnaval e vai até o próximo feriadão. ESTAMOS RETORNANDO OS ACORDOS TRABALHISTAS. Se você quiser conversar conosco sobre este tema,ou outro, fique a vontade. Não precisa se identificar.