Rastros de luz 08

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rastros L um olhar na história

de

uz

necessário

nascer de novo Despretensioso convite para o retorno às coisas simples, belas e profundas do Evangelho.

Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida Jovem: Ao encontro de Jesus!

agosto

2017

nº 8


Seus

o

feitos precediam E sua fama se propagava por todo lugar da redondeza. A cada passo de Jesus, uma demonstração do porquê veio estar dentre nós. No seu evangelho de feitos, o testemunho através de obras. No seu evangelho de ditos, a afirmativa de que o conhecimento da Verdade nos levará à liberdade espiritual.


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E sua fama se propagava p

A cada passo de Jesus, um

d

No seu evangelho de feitos

No seu evangelho de ditos

Tal era sua autoridade sob Evangelhos, são inúmeras as perturbadores, pois há a pass

Lucas, 4: 31-37

Desceu então a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ensinava-os aos sábados. Eles ficavam pasmados com seu ensinamento, porque falava com autoridade. Encontrava-se na sinagoga um homem possesso de um espírito de demônio impuro, que se pôs a gritar fortemente: “Ah! Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para arruinar-nos? Sei quem tu és: o Santo de Deus”. Mas Jesus o conjurou severamente: “Cala-te, e sai dele!”. E o demônio, lançando-o no meio de todos, saiu sem lhe fazer mal algum. O espanto apossou-se de todos, e falavam entre si: “Que significa isso? Ele dá ordens com autoridade e poder aos espíritos impuros, e eles saem!” *


por todo lugar da redondeza.

ma demonstração do porquê veio estar dentre nós.

s, o testemunho através de obras.

s, a afirmativa de que o conhecimento da Verdade nos levará à liberdade espiritual.

bre os Espíritos, que foi denominado “O Príncipe dos Espíritos”. Ao longo dos s passagens que narram sua autoridade sobre os mesmos. E não só quanto os sagem em que Ele dialoga com os Espíritos de Moisés e Elias, no Monte Tabor.

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Sobre Obsessões Em o Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, em seu Capítulo 23, item 237, aprendemos sobre as obsessões: Obsessão: isto é, o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar. Os bons Espíritos nenhum constrangimento infligem. Aconselham, combatem a influência dos maus e, se não os ouvem, retiram-se. Os maus, ao contrário, se agarram àqueles de quem podem fazer suas presas. Se chegam a dominar algum, identificam- se com o Espírito deste e o conduzem como se fora verdadeira criança. A obsessão apresenta caracteres diversos, que é preciso distinguir e que resultam do grau do constrangimento e da natureza dos efeitos que produz. A palavra obsessão é, de certo modo, um termo genérico, pelo qual se designa esta espécie de fenômeno, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação.

Em Cafarnaum (Quando Voltar a Primavera. Amélia Rodrigues, cap. 151. Divaldo Franco) O Sol esplende acima e reflete-se em pó de ouro

No seu livro: Quando voltar a primavera, Amélia Rodrigues apresenta especiais comentários sobre este relato das Escrituras. Leiamos.

A cidade regorgitante encaminha-se para a Sinag As vozes da movimentação silenciam enquanto a que a Natureza e o homem confraternizam em doce

Cafarnaum, ao lado Noroeste do mar da Galileia, a singeleza do poviléu, que margina a orla do grande


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sobre as águas calmas.

goga, no dia reservado ao Senhor. morna prostração da hora estuante se abate sobre o cenário bucólico em entretenimento.

é famosa. . . Suas praias largas contrastam com os outeiros do fundo, e e lago, difere da opulência dos negociantes e transeuntes que atulham as


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ruas de pavimentação larga, onde surgem palacetes entre ciprestes oscilantes, abetos esguios e rosais desatando perene perfume. A cidade, sob a influência romana, ostenta luxo, a arquitetura se harmoniza com as linhas clássicas do Império dominador. Ali sucedem as coisas mais importantes da região, na parte superior ou na orla do mar. Viajam da zona rica para as casas baixas dos pescadores, para as vilas modestas, as notícias e informações multifárias que mantêm a população a par de todos os sucessos.. . Naquelas cercanias, Jesus cantou a epopeia eterna do Evangelho. Entre suas gentes simples e ardentes, ingênuas e emotivas, trabalhou a coroa de bênçãos com que pretendia ornar os corações vitoriosos nas refregas apaixonantes do dia-a-dia de todos. Ali atendeu às necessidades renovadas dos aflitos e dos atormentados de toda espécie, neles insculpindo, com o fogo da verdade, a mensagem de consolação e advertência com que instaurou a Boa Nova na Terra. O sábado, caracterizado pelo “repouso do Senhor”, era, então, dedicado à adoração, ao culto e ao descanso. Qualquer atitude deveria ser antes examinada e pensada, todo esforço era submetido às medidas permitidas, de modo a que se não violassem as disposições legais sempre abundantes em detalhes insignificantes. O temperamento judeu, minudente e vigoroso, não obstante temesse Deus antes que O amasse, fazia de cada homem um infeliz perseguidor do próximo, sob o amparo da Lei arbitrária e mesquinha em que se apoiava. Amigos facilmente se transformavam em adversários arrimados a contendas, intermináveis e fúteis, nas quais se exaltavam as paixões, e o orgulho se abria

em feridas purulentas, demoradas. Dava-se mais importância à aparência do que à legitimidade dos fatos. A criatura se credenciava à superioridade graças à opinião dos outros, não raro inverídica quanto à correspondência ao comportamento pessoal. O delito se caracterizava pelo desvelar do crime, não pelo haver-se praticado. Enquanto jazia oculto, a consciência em falha adormecia, desvelada e as injunções econômicas e sociais trabalhavam por diminuir-lhe a gravidade. Também era assim com referência ao Estatuto para com o Senhor. . . Oferendas e sacrifícios objetivavam a purificação, as primícias e os dízimos reestruturavam as bases comunitárias, readmitindo os infratores à Sociedade, a instância da habilidade da classe sacerdotal, sempre complacente para com aqueles que possuem os haveres do mundo e gravemente severa para com os deserdados da Terra, não, porém, dos Céus. . . A Sinagoga, em razão disso, era o centro ativo da cultura, da religião e da lei nas cidades interioranas, fazendo o papel de igreja, assembleia, corte e academia. Para lá afluíam, por impositivo religioso e social, todos os homens válidos como alguns enfermos que, além de exporem as misérias orgânicas e psíquicas com a escudela distendida para as esmolas, exibiam nas carnes e na mente a “ira do Deus” que os marcara indelevelmente.

C

O Senhor se manifestava mediante o ódio, o horror, a vindita.. . Naquele recinto se discutiam e se celebravam os cultos permitidos fora do Templo de Jerusalém. . . Várias vezes Jesus esteve nas sinagogas enfrentando as vaidades humanas e exprobrando a hipocrisia, fundamentado nos Livros sagrados. Aplausos e apupos, não raro, em controvérsia, dominavam os recintos em que Sua voz se alteava para ensinar. Quando Ele se adentrou na sinagoga de

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Cafarnaum, naquele sábado luminoso, um obsesso conhecido, identificando-O, pôs-se a clamar: — “Jesus de Nazaré, que tens tu contra nós? Deixa-nos. Vieste perder-nos?. . .”

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Há um estupor na multidão. Todos sabem que aquele homem alienado é incapaz de raciocinar. Carregando as pesadas cangas que o jugulam à loucura era objeto do escárnio geral. É certo que se não tornava furioso, mas indubitavelmente fora expulso da comunidade dos sadios por ser dominado pelos seres infernais. A obsessão era, então, epidemia geral, a grassa reparadora nas consciências reprocháveis, provocando ironia e indiferença. Possivelmente hoje é quase similar a atitude do homem moderno, na sua vacuidade disfarçada de cultura e civilização. . . Atenazados pelos adversários desencarnados, sobreviventes ao túmulo e sequiosos de desforços, sincronizavam em processos vigorosos os opositores, que se mancomunavam em lamentáveis processos de interdependência psíquica, às vezes orgânica, em inditosas parasitoses espirituais. . . 1

Lucas 4:31-37


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A entidade perversa e ignorante, que se locupletava no processo vampiresco, identifica o Justo e teme-O. Deseja produzir o escândalo, apresentando-O à multidão fanática, soberba e covarde, a fim de vê-lO expulso da assembleia, enquanto prosseguiria no consórcio desditoso. — “Sabemos que és o Santo de Deus” — brada o áulico da Treva, enquanto esparze o bafio tóxico dos receios. Antes, porém, que os ouvintes despertem do estupor e se deem conta do que se passa, desde que não era chegada a hora da revelação, o impoluto Mestre se aproxima e repreende o obsessor com austeridade, exortando-o à elevação e impondo-lhe a expulsão pura e simples . .. Ao império da augusta vontade, sob o comando das forças superiores que distende, o obsessor se retira, enquanto o enfermo estertora e desperta. . A vigorosa voz do Mestre conduz a carga da energia que se sobrepõe aos fluidos maléficos do atormentador em si mesmo aturdido. Sua autoridade deflui da Sua procedência e da Sua conduta. Várias vezes exercê-la-á em nome do amor, da justiça, demonstrando a elevação do Seu ministério. Os homens necessitam de testemunhar fatos a fim de poderem crer nas palavras. E Jesus é a vida em abundância espalhando alegria. Nunca deixará de sê-lo. Jamais diminuirá o impacto da Sua força onde se apresente. Cessada a bestial, horrenda alienação, o paciente se recompõe, levanta-se, constata o fenômeno da restauração da saúde, exulta e corre a levar a notícia aos que ali não se encontram. . . Liberado da dívida, após concluída a provação, ao amparo do Cristo, renasce. A entidade odienta, que se passava como o adversário de Deus, demônio, na acepção pejorativa, sabe-se tão-somente um desditoso e por isso não enfrenta o Senhor.

Não ficará, porém, à mercê do abandono ou do te Atendida por Jesus, desperta para novas conquistas. É o bem abençoando a bondade. . .

Ao clarim da gratidão e entre os acordes dos júbil

Descendo ao abismo em sombras das consciência dos Seus propósitos e afirma a Sua perfeita identifica

Não obstante, os homens despeitados e invejosos Têm início as primeiras hosanas, prenunciadoras

No sábado, porém, na sinagoga de Cafarnaum, do endemoniado, simbolizando a grande libertação que dos vícios, fâmulos dos desencarnados em perturbaç


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empo. Também será lenida. Libertando a vítima, de si mesma se liberta. . ..

los, o ministério cresce.

as entenebrecidas de um e do outro lado da vida, Ele atesta a excelência ação com o Pai.

s recusam-nO, desdenham-nO. das futuras perseguições implacáveis.

o lado noroeste do mar, ante o Sol que doura a Terra, Jesus liberta o propiciaria à Humanidade de todos os tempos, dominada pelos demônios ção.

Ruínas da sinagoga em Cafarnaum


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A cura da sogra de P

(Lucas, 4:38-44) (Mateus, 8:14-17) (Mar

Cura da sogra de Simão — Saindo da sinagoga, entrou na casa de Simão. A sogra de S febre alta, e pediram-lhe por ela. Ele se inclinou para ela, conjurou severamente a febre, e imediatamente ela se levantou e se pôs a servi-los.

Diversas curas — Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes atingidos de males diver ele, impondo as mãos sobre cada um, curava-os. De um grande número também saíam dem és o Filho de Deus!” Em tom ameaçador, porém, ele os proibia de falar, pois sabiam que ele

Jesus deixa secretamente Cafarnaum e percorre a Judéia — Ao raiar do dia, saiu e deserto. As multidões puseram-se a procurá-lo e, tendo-o encontrado, queriam retê-lo, imp deixasse. Ele, porém, lhes disse: “Devo anunciar também a outras cidades a Boa Nova do R é para isso que fui enviado”. E pregava pelas sinagogas da Judéia. *

De todos os fatos que dão testemunhos do poder de Jesus, os mais numerosos são, não curas. Queria ele provar dessa forma que o verdadeiro poder é o daquele que faz o bem. (A gênese. Cap. 15, item 27.) *

Ao terminar o culto na sinagoga, dirige-se Jesus à casa de Pedro e de André (o que confi dois que, naturalmente, saíram junto com Jesus); nessa casa, segundo a tradição, achava-s durante sua vida pública. Embora natural de Betsaida (João, 1:44) Pedro habitava em Cafar motivo de seu casamento (residia com a sogra), seja por causa de sua “Sociedade de Pesca

Regressando a casa, encontraram a sogra de Pedro (cujo nome ignoramos) atacada de fe essas febres na Palestina, mormente nos locais vizinhos a lagos, onde grassava o impaludis mosquitos muito numerosos, sem que se pusessem em prática regras de higiene. Lucas diz “violento acesso de febre”. Mateus assinala que Jesus “viu”; Marcos que “lhe falaram” a res que desculpando-se de lhe não poder ser dada assistência; Lucas esclarece que “pediram” a

Jesus inclina-se sobre a doente, toca-a com a mão e a levanta. A febre desaparece insta assim a fraqueza superveniente a esses acessos de impaludismo. A enferma sente-se bem f todos com solicitude. Nada se fala da esposa de Pedro: é a sogra que parece governar a casa. *

Do livro: O espírito do cristianismo, de Cairbar Schutel, extraímos o Capítulo: A cura que bem explica-nos as citações de Lucas, Mateus e Marcos, a esse respeito, acima destaca

Tendo Jesus entrado na casa de Pedro, viu que a sogra deste estava de cama e com febr


Pedro

rcos, 1:29-31)

Simão estava com esta a deixou;

rsos traziam-nos, e mônios gritando: “Tu e era o Cristo.

e foi para um lugar pedindo-o que as Reino de Deus, pois

há contestar, as Allan Kardec: A

firma a presença dos se Jesus hospedado rnaum, seja por a”.

ebre. Comuns eram smo provocado pelos z-nos tratar-se de peito dela, como a favor dela.

antaneamente, e bem forte para servir a

da sogra de Pedro, adas:

re; e tocando-lhe a

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mão, a febre a deixou; então ela se levantou e o servia. À tarde trouxeram-lhe muitos ende expeliu os espíritos e curou os doentes; para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: E e carregou com as nossas doenças. “ (Mateus, VIII, 14-17)

“Em seguida, tendo saído da sinagoga, foram com Tiago e João à casa de Simão e André febre; e logo lhe falaram a respeito dela. Então aproximando-se da enferma e tomando-a p ela começou a servi-los. A tarde, estando já o Sol posto, traziam-lhe todos os doentes e en reunida à porta. Então curou muitos que se achavam doentes de diversas moléstias, e expe que estes falassem, porque sabiam quem ele era. “ (Marcos, I, 29-34)

“Tendo saído da sinagoga, entrou na casa de Simão. E a sogra deste estava com uma feb Ele, inclinando-se para ela, repreendeu a febre, e a febre a deixou; e logo se levantou e os tinham enfermos de várias moléstias lhos trouxeram; e ele, pondo as mãos sobre cada um saíram demônios gritando: Tu és o Filho de Deus. Ele, repreendendo-os, não lhes permitia q o Cristo. “ (Lucas, iv, 38-41)


emoninhados; e ele com a sua palavra Ele mesmo tomou nossas enfermidades

é. A sogra de Simão estava de cama com pela mão, a levantou; a febre a deixou, e ndemoninhados; e toda a cidade estava eliu muitos demônios, não permitindo

bre violenta; e pediram-lhe a favor dela. servia. Ao pôr do Sol, todos os que deles, os curou. Também de muitos que falassem, porque sabiam que ele era

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O Evangelho é um livro maravilhoso que, na verdade, nos exalta às regiões de Espiritualidade, permitindo-nos a visão nítida de Jesus em sua excelsa e extraordinária Missão. Quantos pontos de interrogação surgem aos nossos olhos, semelhantes a essas “moscas” que aparecem aos que se acham afetados dos órgãos visuais, e aos obsidiados por vezes, e que, com o estudo do Evangelho em seu conjunto harmônico, esvaem-se, para dar lugar a uma luz brilhante que ilumina a grandiosa Figura do Filho de Deus, do Sopro Vivificador do Consolador, do Espírito da Verdade, que vem, nos tempos preditos, restabelecer aqueles suaves ensinos que, semelhantes a clarins altissonantes, arrastavam as multidões irrequietas e sofredoras para a posse das bem-aventuranças eternas? Só nestes pequenos trechos, que tratam unicamente das curas que Jesus produziu, quantos ensinamentos colhemos! Quantas luzes deles nos vêm! O Filho de Deus não é mais, para nós, o ente misterioso apontado como uma segunda pessoa de um “mistério”, nem como um ser abstrato, cujo nome fascina, ou uma entidade mágica que aparece e desaparece como miragem, e cuja existência muitos chegam ao cúmulo de negar. Já não é mais aquele Jesus que nos mostram chagado numa cruz, nem aquela figura ornamentada de pedrarias, vestida de veludo e seda, que as igrejas nos apresentam. Não é mais o que reclama “companheiros” para os conventos e seminários, a fazer deles padres, frades e freiras, em prejuízo da família e da sociedade. Não é mais aquele homem austero que repudia o convívio fraternal e que se limita a fazer “milagres” para ser crido por todos. Agora já vemos, nesse Ente Superior, o homem, mas o homem como deve ser, o homem-espírito que se libertou de todos os instintos e se limita a satisfazer apenas as mais imperiosas necessidades da carne, pondo de lado as paixões materiais que nos prendem


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a este mundo de falsidades. É o Jesus Popular, cheio de familiaridade; o Jesus que vai às sinagogas pregar a sua Doutrina, exercendo o direito que todos tinham na interpretação das Escrituras, e que terminado o seu labor naquela esfera de ação, volta com seus companheiros, amigos e discípulos, hospeda-se em suas casas e aproveita a oportunidade que lhe é facultada para prodigalizar benefícios e tornarse útil aos seus semelhantes, aos que sofrem, aos que choram, aos que não sabem, aos oprimidos, aos ignorantes das verdades divinas! Ó Espírito Grandioso! Ó vida prodigiosa como não há como exemplo na História, nem ao menos que se lhe aproxime! Após os seus afazeres na sinagoga, onde havia feito resplandecer aos seus ouvintes os esplendores da Vida Imortal e a glória do Deus Vivo, o Pai Celestial, entra Ele na casa de Pedro, onde naturalmente sempre comparecia, como em Betânia, para, entre os discípulos, melhor expandir-se sobre as coisas do Céu, e ao mesmo tempo descansar das fadigas de suas cotidianas viagens; logo à sua chegada, soube que estava de cama, vítima de febre violenta, a sogra do seu companheiro, o futuro Apóstolo dos seus ensinos. Pedem-lhe a favor dela; imediatamente, dirigindo-se ao quarto em que jazia a doente, aproxima-se de seu leito, impõe sobre ela as mãos, e a moléstia, como por encanto, cedendo a injunções superiores, como disse Lucas em outros termos, esvai-se à semelhança do calor de uma brasa viva, ao lançar-se-lhe uma taça d’água! E tão rápida foi a cura, quão solícita se mostrou a mãe da esposa de Simão em prestar àqueles fiéis, que juntamente com seu Mestre ali se congregavam, os seus humildes e desinteressados serviços. Outro fato a notar, de passagem, é que Jesus não exigia que os seus seguidores abandonassem lar e família logo que postos ao serviço de sua causa. O que parece haver exigido o Mestre, era o cumprimento estrito dos deveres daqueles que pretendiam ser seus discípulos. Talvez não pudessem eles acoroçoar descabidas exigências de mulher, filhos e sogra, deixando para amanhã o que deviam fazer hoje, nem se escusar do exercício dos seus deveres espirituais por motivos de interesses materiais, ou por circunstâncias de visitas extemporâneas que lhes tomassem o tempo do cumprimento desses deveres. O “Vem e segue-me” de Jesus não quer dizer: “Abandona tudo e caminha comigo sem destino, como ciganos sem parada”. E a prova, temo-la nestas passagens acima narradas, concordes nos Evangelhos Sinóticos: “terminado o trabalho, não só os discípulos iam para suas casas, como o Mestre os acompanhava muitas vezes chegando até a permanecer com eles”. A fama de Jesus já corria por toda a Galileia, e, com certeza, a sua pregação já devia ter maravilhado a assistência que enchia a sinagoga local; a repercussão da sua Palavra deveria ter-se feito ao longe, pois, no mesmo dia, ao pôr do Sol, inúmeros enfermos, e outros possuídos de espíritos malignos, enchiam a parte fronteira à casa de Pedro, a fim de receberem daquelas mãos benditas pelos Céus, e que distribuíam por toda a parte os tesouros do seu amor, a cura para os seus corpos e a libertação para as suas almas. Os enfermos, diz Lucas, não eram só nervosos, epilépticos e histéricos, porque as moléstias eram várias, inclusive a obsessão, ou seja a possessão por espíritos malignos, que outros chamavam demônios, como acontece atualmente. E Jesus


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curou a todos. Essas curas, que na verdade se têm produzido em todos os tempos, realçaram-se de modo nunca visto sob a autoria de Jesus, cujo poder, como dissemos, ultrapassava (e ultrapassa) todo o entendimento humano. E o interessante também é que o Mestre não queria o testemunho dos Espíritos obsessores que Ele expelia, pois preferia, para testemunho da sua Palavra a da sua ação, os fatos que se iam desdobrando aos olhos de todos. Daí a citação de Lucas: “Também de muitos saíam os demônios, gritando: Tu és o Filho de Deus. Ele, repreendendo-os, não lhes permitia que falassem, porque sabiam que Ele era o Cristo.

Poderes ocultos (Caminho, Verdade e Vida. Emmanuel, cap. 70. Francisco Cândido Xavier) “E onde quer que ele entrava, fosse nas cidades, nas aldeias ou nos campos, depunham os enfermos nas praças e lhe rogavam que os deixasse tocar ao menos na orla de seu vestido; e todos os que nele tocavam, saravam.” — (Marcos, 6: 56.)

Não raro, surgem nas fileiras espiritualistas estudiosos afoitos a procurarem, de qualquer modo, a aquisição de poderes ocultos que lhes confira posição de evidência. Comumente, em tais circunstâncias, enchem-se das afirmativas de grande alcance. O anseio de melhorar-se, o desejo de equilíbrio, a intenção de manter a paz, constituem belos propósitos; no entanto, é recomendável que o aprendiz não se entregue a preocupações de notoriedade, devendo palmilhar o terreno dessas cogitações com a cautela possível. Ainda aqui, o Mestre Divino oferece a melhor exemplificação. Ninguém reuniu sobre a Terra


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tão elevadas expressões de recursos desconhecidos quanto Jesus. Aos doentes, bastava tocarlhe as vestiduras para que se curassem de enfermidades dolorosas; suas mãos devolviam o movimento aos paralíticos, a visão aos cegos. Entretanto, no dia do Calvário, vemos o Mestre ferido e ultrajado, sem recorrer aos poderes que lhe constituíam apanágio divino, em benefício da própria situação. Havendo cumprido a lei sublime do amor, no serviço do Pai, entregou-se à sua vontade, em se tratando dos interesses de si mesmo. A lição do Senhor é bastante significativa.

O Bendito Aguilh (Contos e apólogos. Irmão X, cap. 6. Francisco Cândido Xavier)

É compreensível que o discípulo estude e se enriqueça de energias espirituais, recordando-se, porém, de que, antes do nosso, permanece o bem dos outros e que esse bem, distribuído no caminho da vida, é a voz que falará por nós a Deus e aos homens, hoje ou amanhã.

Atendendo a certas interrogações de Si explicava solícito:

-Destina-se a Boa-Nova, sobretudo, à v

Nosso Pai espera que os povos do mun sempre.

Não é justo combatam as criaturas reci


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hão

imão Pedro, no singelo agrupamento apostólico de Cafarnaum, Jesus

vitória da fraternidade.

ndo se aproximem uns dos outros e que a maldade seja esquecida para

iprocamente, a pretexto de exercerem domínio indébito sobre os patrimônios


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da vida, dos quais somos todos simples usufrutuários. Operemos, assim, contra a inveja que ateia o incêndio da cobiça, contra a vaidade que improvisa a loucura e contra o egoísmo que isola as almas entre si.... Naturalmente, a grande transformação não surgirá do inesperado. Santifiquemos o verbo que antecipa a realização. No pensamento bem conduzido e na prece fervorosa, receberemos as energias imprescindíveis à ação que nos cabe desenvolver. A paciência no ensino garantirá êxito à sementeira, a esperança fiel alcançará o Reino divino, e a nossa palavra, aliada ao amor que auxilia, estabelecerá o império da infinita Bondade sobre o mundo inteiro. Há sombras e moléstias por toda a parte, como se a existência na Terra fosse uma corrente de águas viciadas. É imperioso reconhecer, porém, que, se regenerarmos a fonte, aparece adequada solução ao grande problema. Restaurado o espírito, em suas linhas de pureza, sublimam-se-lhe as manifestações. Em face da pausa natural que se fizera, espontânea, na exposição do Mestre, Pedro interferiu, perguntando:

-Senhor, as tuas afirmativas são sempre imagens da verdade. Compreendo que o ensino da BoaNova estenderá a felicidade sobre toda a Terra... No entanto, não concordas que as enfermidades são terríveis flagelos para a criatura? E se curássemos todas as doenças? Se proporcionássemos duradouro alívio a quantos padecem aflições do corpo? Não acreditas que, assim instalaríamos bases mais seguras ao Reino de Deus? E Filipe, ajuntou algo tímido? -Grande realidade!... Não é fácil concentrar ideias no Alto, quando o sofrimento físico nos incomoda. É quase impossível meditar nos problemas da alma, se a carne permanece abatida de achaques... Outros companheiros se exprimiram, apoiando o plano de proteção integral aos sofredores. Jesus deixou que a serenidade reinasse de novo, e, louvando a piedade, comunicou aos amigos que, no dia imediato, a título de experiência, todos os enfermos seriam curados, antes da pregação. Com efeito, no outro dia, desde manhãzinha, o Médico Celeste, acolitado pelos apóstolos, impôs suas milagrosas mãos sobre os doentes de todos os matizes. No curso de algumas horas, foram libertados mais de cem prisioneiros da sarna, do cancro, do reumatismo, da paralisia, da cegueira, da obsessão...


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Os enfermos penetravam o gabinete improvisado ao ar livre, com manifesta expressão de abatimento, e voltavam jubilosos. Tão logo reapareciam, de olhar fulgurante, restituídos à alegria, à tranquilidade e ao movimento, formulava Pedro o convite fraterno para o banquete da verdade e luz. O Mestre, em breves instantes, falaria com respeito à beleza da Eternidade e à glória do Infinito; demonstraria o amor e a sabedoria do Pai e descortinaria horizontes divinos da renovação, desvendando segredos do Céu para que o povo traçasse luminoso caminho de elevação e aperfeiçoamento na Terra. Os alegres beneficiados, contudo, se afastavam céleres, entre frases apressadas de agradecimento e desculpa. Declaravam-se alguns ansiosamente esperados no ambiente doméstico e outros se afirmavam interessados em retomar certas ocupações vulgares, com urgência. Com a cura da última feridenta, a vasta margem do lago contava apenas com a presença do Senhor e dos doze aprendizes. Desagradável silêncio baixou sobre a reduzida assembleia. O pescador de Cafarnaum endereçou significativo olhar de tristeza e desapontamento ao Mestre, mas o Cristo falou compassivo: -Pedro, estuda a experiência e

aguarda a lição. Aliviemos a dor, mas não nos esqueçamos de que o sofrimento é criação do próprio homem, ajudando-o a esclarecerse para a vida mais alta. E sorrindo, expressivamente, rematou: -A carne enfermiça é remédio salvador para o espírito envenenado. Se o bendito aguilhão da enfermidade corporal é quase impossível tanger o rebanho humano do lodaçal da Terra para as culminâncias do Paraíso.

Aliviemos a dor, mas não nos esqueçamos de que o sofrimento é criação do próprio homem, ajudando-o a esclarecerse para a vida mais alta.


sobre

as coisas do

Céu

Em verdade, em verdade, te digo: quem não renascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é carne, o que nasceu do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: deveis nascer de novo.


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o João 3:1-21 O encontro com Nicodemos Havia um homem da seita dos fariseus, chamado Nicodemos; um dos principais entre os Judeus. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: “Mestre, sabemos que foste enviado por Deus como mestre, porque ninguém pode fazer estes milagres que tu fazes, se Deus não estiver com ele.” Jesus respondeu-lhe: “Em verdade, em verdade te digo que não pode ver o reino de Deus, senão aquele que nascer de novo.” Nicodemos disse-lhe : “Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e renascer?” Jesus respondeu-lhe: “Em verdade, em verdade te digo que quem não

renascer de água e de Espirito, não pode entrar Não te maravilhes de eu te dizer: E’ preciso que donde ele vem, nem para onde vai, assim é todo

Nicodemos disse-lhe: “Como se pode isto faze Jesus respondeu: “Tu és mestre em Israel, e


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no reino de Deus. 0 que nasceu da carne, é carne, o que nasceu do Espírito, é espírito. e vós nasçais de novo. O Espírito sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes o aquele que nasceu do Espírito.”

er?” não sabes estas coisas?”


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Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e damos testemunho do que vimos, mas vós não recebeis o nosso testemunho. Se, quando vos falo das coisas terrenas, não me acreditais, como me acreditareis, se vos falar das celestes? Ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu. E como Moisés levantou no deserto a serpente, assim também importa que seja levantado o Filho do homem, a fim de que todo o que crê nele tenha a vida eterna. Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu seu Filho unigênito, para que todo o que crê nele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou seu Filho ao mundo, para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não crê no nome do Filho unigênito de Deus. A condenação está nisto: “A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal, aborrece a luz, e não se chega para a luz, a fim de que não sejam reprovadas as suas obras; mas aquele que procede segundo a verdade, chega-se para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas segundo Deus.” * Nicodemos, também tratado como “príncipe dos judeus” pelo Evangelista, dentre os ensinamentos que o Cristo lhe transmitiu, um, em particular, impressionou profundamente o visitante: para se alcançar o Reino de Deus, o estado de pureza espiritual, é preciso nascer de novo. Nicodemos não entendeu a referência e perguntou perplexo: - Como será possível a um homem velho nascer de novo? Terá que entrar novamente no ventre de sua mãe e renascer? Com paciência e suavidade, Jesus ensina a dualidade do ser humano, que é carne (um corpo físico) e é espírito (o ser imortal, o ser pensante, a individualidade espiritual). O corpo de carne não pode gerar senão outro corpo de carne – jamais criar um espírito, pois que este é de outra origem. O espírito nasce e renasce na carne muitas vezes na carne (sempre em um novo corpo), até que fique em condições de pureza e sabedoria que lhe permitam entrar no Reino de Deus. Olhando alguém pelo corpo físico, é fácil identificar a pessoa e explicar-lhe a origem. Por exemplo: Simão Bar Jonas era filho de Jonas, como diz o nome. Já não seria tão fácil identificar o espírito que habita e anima aquele corpo. É necessário renascer, diz o Cristo. O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes donde vem, nem para onde vai. Assim acontece com o espírito. O espírito é invisível e livre. Não sabemos de onde está vindo e nem para onde se dirige – ou seja: sua origem e destinação – percebemos apenas a sua presença. Mesmo assim, Nicodemos não se recuperara da sua perplexidade ante aquela estranha afirmativa de que era preciso nascer de novo, ou seja, renascer. E volta a perguntar – Como se pode fazer isso? Jesus responde com outra pergunta, muito mais profunda do que parece, nas suas


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conjecturas: - És mestre em Israel e não entendes estas coisas? Só há uma explicação para a pergunta-resposta: todo aquele que mais detida e reflexivamente houvesse estudado bem os textos sagrados de Israel, especialmente os Doutores da Lei, como Nicodemos, deveria conhecer o mecanismo dos renascimentos ou seja, a reencarnação. Referências inequívocas às vidas sucessivas constam do Antigo Testamento, no qual estudavam os Doutores. Mais do que isso, porém. Como lembra Allan Kardec em O Evangelho segundo o Espiritismo (Cap. 4, itens 6 a 9), se a crença fosse um erro, Jesus não deixaria de combatê-la como o fez a tantas outras. “Longe disso, porém, ele a sancionou com toda a sua autoridade, e a transformou num princípio, fazendo-a condição necessária, quando disse: Ninguém pode ver o Reino dos Céus, se não nascer de novo. E insistiu, acrescentando: Não te maravilhes de eu ter dito que é necessário nascer de novo. A doutrina dos renascimentos, das vidas sucessivas ou reencarnação, era pacificamente aceita por pessoas comuns a aparentemente de menor saber do que os Doutores da Lei. Vejamos. Malaquias profetizara por volta do ano 450 a.C., que Elias, um dos maiores e mais respeitados profetas de Israel, voltaria à Terra no tempo devido, na condição de precursor de alguém de hierarquia infinitamente mais elevada do que ele. Em Malaquias (3:1): - Eis que envio o meu mensageiro para preparar o meu caminho. E de repente virá ao seu templo, o Senhor que vós buscais, o anjo da aliança que desejais. Uma pausa para uma observação importante. Seria enigmática a informação de que o esperado e desejado Senhor viria ao seu templo, se não fôssemos encontrar em outra passagem (João 2: 19-21) a chave certa para abrir o seu sentido ao nosso entendimento. - Destruí esse templo – disse Jesus – e em três dias o levantarei. - Em quarenta e seis anos foi edificado este templo – lhes responderam – e tu o levantarás em três dias? “Ele, porém, falava de seu corpo”, comenta João. Do que se depreende que a expressão “ir para o seu templo” equivale a nascer (para seu corpo), a fim de viver na Terra entre os homens. Outro ponto de destaque nesta passagem, que sobressai a doutrina da preexistência do Espírito. “Eis que envio o meu mensageiro...” que, aliás, vem preparar os caminhos de outro mensageiro mais elevado. Esses Espíritos, portanto, já existiam. Não é anunciada a criação deles para ocuparem corpos na Terra, mas o envio deles. A um – o Cristo – a palavra da profecia se refere como “o Senhor


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que vós buscais, o anjo da aliança que desejais”. Um Espírito já conhecido pelas suas virtudes e saber, desde os tempos da profecia, e outro que igualmente conhecido e respeitado profeta, que voltaria.

Mateus encerra a narrativa com esta frase inconfundível:

Retomemos o tema, mas com essa observação presente.

Em outras palavras, no absoluto mesmo sentido: Elias renasceu. Foi chamado de João, o Batista. Fez seu anunciado trabalho como precursor de Jesus, o Messias, também profetizado.

Quando do episódio conhecido como o da transfiguração, no qual Jesus, resplandecente de luz, conversa com os Espíritos de Moisés e de Elias, os discípulos que, obviamente, conheciam a profecia de Malaquias, perguntam a Jesus, taxativamente: - Por que dizem os escribas que Elias deve vir primeiro? (Mateus 17: 10-13) Para o entendimento de Pedro, João e Tiago – ali presentes e extasiados pela ocorrência – faltava um dado importante. A profecia anunciara há séculos que, antes de vir o Senhor, o Messias, viria Elias de vota à terra, a fim de prepararlhe os caminhos. Ora, os apóstolos, àquela altura, não tinham nenhuma dúvida de que Jesus era sim o Messias prometido a quem Malaquias, dentre outros, se referira. Mas, como explicar a ausência de Elias, como precursor. Daí a pergunta: - Por que dizem os escribas que Elias deve vir primeiro! E a resposta de Jesus, clara e explícita, não dá margem a contestação ou dúvida. Em primeiro lugar, ele confirma a profecia: é verdade, sim que Elias tinha de vir, como foi anunciado. E prossegue, informando que ele viera de fato, mas não fora reconhecido. Ao contrário, “fizeram dele o quanto quiseram” e acabaram por executá-lo, como, aliás, o fariam com ele próprio, Jesus.

- Os discípulos compreenderam, então, que ele lhe falava de João Batista.

Eis a passagem evangélica em exame – Mateus 17 10:13: Os discípulos perguntaram-lhe: “Por que razão os escribas dizem que é preciso que Elias venha primeiro?” Respondeu-lhes Jesus: “Certamente Elias terá de vir para restaurar tudo. Eu vos digo, porém, que Elias já veio, mas não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem irá sofrer da parte deles”. Então os discípulos entenderam que se referia a João Batista. Mais um exemplo, colhido no Novo Testamento, em João 9 : 1-14 Passando Jesus, viu um homem cego de nascença. Os seus discípulos perguntaram-lhe: “Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?”. Jesus respondeu: “Nem ele nem seus pais pecaram; mas foi para se manifestarem nele as obras de Deus”. É bem evidenter que a doutrina das vidas sucessivas era perfeitamente familiar aos discípulos, o que se evidencia na própria maneira de formular a pergunta: “Foi ele quem pecou ou foram seus pais?”. Se não acreditassem numa responsabilidade


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preexistente, como iriam perguntar por que um cego de nascença estava sendo punido?

A lição a Nicodemos (Boa Nova. Humberto de Campos, cap. 14. Francisco Cândido Xavier) Em face dos novos ensinamentos de Jesus, todos os fariseus do templo se tomavam de inexcedíveis cuidados, pelo seu extremado apego aos textos antigos.

Apesar de magnânimo para com todas as faltas alheias, combatia o mal com tão intenso ardor, que para logo se fazia objeto de hostilidade para todas as intenções inconfessáveis.

O Mestre, porém, nunca perdeu ensejo de esclarecer as situações mais difíceis com a luz da verdade que a sua palavra divina trazia ao pensamento do mundo.

Mormente em Jerusalém que, com o seu cosmopolitismo, era um expressivo retrato do mundo, as ideias do Senhor acendiam as mais apaixonadas discussões.

Grande número de doutores não conseguia ocultar o seu descontentamento, porque, não obstante suas atividades derrotistas, continuavam as ações generosas de Jesus beneficiando os aflitos e os sofredores.

Eram populares que se entregavam à apologia franca da doutrina de Jesus, servos que o sentiam com todo o calor do coração reconhecido, sacerdotes que o combatiam abertamente, convencionalistas que não o toleravam, indivíduos abastados que se insurgiam contra os seus ensinos.

Discutiam-se os novos princípios, no grande templo de Jerusalém, nas suas praças públicas e nas sinagogas. Os mais humildes e pobres viam no Messias o emissário de Deus, cujas mãos repartiam em abundância os bens da paz e da consolação. As personalidades importantes temiam-no. E que o profeta não se deixava seduzir pelas grandes promessas que lhe faziam com referência ao seu futuro material. Jamais temperava a sua palavra de verdade com as conveniências do comodismo da época.

Todavia, sem embargo das dissensões naturais que precedem o estabelecimento definitivo das ideias novas, alguns espíritos acompanhavam o Messias, tomados de vivo interesse pelos seus elevados princípios. Entre estes, figurava Nicodemos, fariseu notável pelo coração bem formado e pelos dotes da inteligência. Assim, uma noite, ao cabo de grandes preocupações e longos raciocínios, procurou a Jesus, em particular, seduzido pela magnanimidade de suas ações e pela grandeza de sua doutrina salvadora.


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O Messias estava acompanhado apenas de dois dos seus discípulos e recebeu a visita com costumeira.

Após a saudação habitual e revelando as suas ânsias de conhecimento, depois de fundas Nicodemos dirigiu-se-lhe respeitoso: -Mestre, bem sabemos que vindes de Deus, pois some assistência divina poderíeis realizar o que tendes efetuado, mostrando o sinal do céu em vo

Tenho empregado a minha existência em interpretar a lei, mas desejava receber a vossa recursos de que deverei lançar mão para conhecer o Reino de Deus! O Mestre sorriu bondosamente e esclareceu: - Primeiro que tudo, Nicodemos, não basta interpretar a lei.

Antes de raciocinar sobre as suas disposições, deverias ter-lhe sentido os textos. Mas, em


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m a sua bondade

dizer-te que ninguém conhecerá o Reino do Céu, sem nascer de novo.

s meditações, ente com a luz da ossas mãos.

- Como pode um homem nascer de novo, sendo velho? interrogou o fariseu, altamente surpreendido. Poderá, porventura, regressar ao ventre de sua mãe?

a palavra sobre os

O Messias fixou nele os olhos calmos, consciente da gravidade do assunto em foco, e acrescentou: - Em verdade, reafirmo-te ser indispensável que o homem nasça e renasça, para conhecer plenamente a luz do reino!...

que tenhas vivido a

m verdade devo

- Entretanto, como pode isso ser? - perguntou Nicodemos, perturbado. - És mestre em Israel e ignoras estas coisas? - inquiriu Jesus, como que surpreendido. É natural que cada um somente testifique daquilo que saiba; porém, precisamos considerar que tu ensinas. Apesar disso, não aceitas os nossos testemunhos. Se falando eu de coisas terrenas sentes dificuldades em compreendê-las com os teus raciocínios sobre a lei, como poderás aceitar as minhas afirmativas quando eu disser das coisas celestiais? Seria loucura destinar os alimentos apropriados a um velho para o organismo frágil de uma criança. Extremamente confundido, retirou-se o fariseu, ficando André e Tiago empenhados em obter do Messias o necessário esclarecimento, acerca daquela lição nova. Jerusalém quase dormia sob o véu espesso da noite alta. Silêncio profundo se fizera sobre a cidade. Jesus, no entanto, e aqueles dois discípulos, continuavam presos à conversação particular que haviam entabulado. Desejavam eles ardentemente penetrar o sentido oculto das palavras do Mestre. Como seria possível aquele renascimento? Não obstante os seus conhecimentos, também partilhavam da perplexidade que levara Nicodemos a se retirar fundamente surpreendido. - Por que tamanha admiração, em face destas verdades? perguntou-lhes Jesus, bondosamente. As árvores não renascem depois de podadas? Com respeito aos homens, o processo é diferente, mas o espírito de renovação é sempre o mesmo. O corpo é uma veste. O homem é seu dono. Toda roupagem material acaba rota, porém, o homem, que é filho de Deus,


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encontra sempre em seu amor os elementos necessários à mudança do vestuário. A morte do corpo é essa mudança indispensável, porque a alma caminhará sempre, através de outras experiências, até que consiga a imprescindível provisão de luz para a estrada definitiva no Reino de Deus, com toda a perfeição conquistada ao longo dos rudes caminhos. André sentiu que uma nova compreensão lhe felicitava o espírito simples e perguntou: - Mestre, já que o corpo é como que à roupa material das almas, por que não somos todos iguais no mundo? Vejo belos jovens, junto de aleijados e paralíticos... - Acaso não tenho ensinado - disse Jesus - que tem de chorar todo aquele que se transforma em instrumento de escândalo? Cada alma conduz consigo mesma o inferno ou o céu que edificou no âmago da consciência. Seria justo conceder-se uma segunda veste mais perfeita e mais bela ao espírito rebelde que estragou a primeira? Que diríamos da sabedoria de Nosso Pai, se facultasse as possibilidades mais preciosas aos que as utilizaram na véspera para o roubo, o assassínio, a destruição? Os que abusaram da túnica da riqueza vestirão depois as dos êmulos e escravos mais humildes, como as mãos que feriram podem vir a ser cortadas. - Senhor, compreendo agora o mecanismo do resgate - murmurou Tiago, externando a alegria do seu entendimento. Mas, observo que, desse modo, o mundo precisará sempre do clima do escândalo e do sofrimento, desde que o devedor, para saldar seu débito, não poderá fazê-lo sem que outro lhe tome o lugar com a mesma dívida. O Mestre apreendeu a amplitude da objecção e esclareceu os discípulos, perguntando: - Dentro da lei de Moisés, como se verifica o processo da redenção? Tiago meditou um instante e respondeu: - Também na lei está escrito que o homem pagará ‘olho por olho, dente por dente”. - Também tu, Tiago, estás procedendo como Nicodemos - replicou Jesus com generoso sorriso. Como todos os homens, aliás, tens raciocinado, mas não tens sentido. Ainda não ponderaste, talvez, que o primeiro mandamento da lei é uma determinação de amor. Acima do “não adulterarás”, do “não cobiçarás”, está o “amar a Deus sobre todas as coisas, de todo o coração e de todo o entendimento”. Como poderá alguém amar o Pai, aborrecendo-lhe a obra? Contudo, não estranho a exiguidade de visão espiritual com que examinaste o texto dos profetas. Todas as criaturas hão feito o mesmo. Investigando as revelações do céu com o egoísmo que lhes é próprio, organizaram a justiça como o edifício mais alto do idealismo humano. E, entretanto, coloco o amor acima da justiça do mundo e tenho ensinado que só


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ele cobre a multidão dos pecados. Se nos prendemos à lei de talião, somos obrigados a reconhecer que onde existe um assassino haverá, mais tarde, um homem que necessita ser assassinado; com a lei do amor, porém, compreendemos que o verdugo e a vítima são dois irmãos, filhos de um mesmo Pai. Basta que ambos sintam isso para que a fraternidade divina afaste os fantasmas do escândalo e do sofrimento. -Ante as elucidações do Mestre, os dois discípulos estavam maravilhados. Aquela lição profunda esclarecia-os para sempre. Tiago, então, aproximou-se e sugeriu a Jesus que proclamasse aquelas verdades novas na pregação do dia seguinte. O Mestre dirigiu-lhe um olhar de admiração e interrogou: - Será que não compreendeste? Pois, se um doutor da lei saiu daqui sem que eu lhe pudesse explicar toda a verdade, como queres que proceda de modo contrário, para com a compreensão simplista do espírito popular? Alguém constrói uma casa iniciando pelo teto o trabalho? Além disso, mandarei mais tarde o Consolador, a fim de esclarecer e dilatar os meus ensinos. Eminentemente impressionados, André e Tiago calaram as derradeiras interrogações. Aquela palestra particular, entre o Senhor e os discípulos, permaneceria guardada na sombra leve da noite em Jerusalém; mas, a lição a Nicodemos estava dada. A lei da reencarnação estava proclamada para sempre, no Evangelho do Reino.

Mas, em verdade devo dizer-te que ninguém conhecerá o Reino do Céu, sem nascer de novo.


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Renascimentos libertadores (... Até o fim dos tempos. Amélia Rodrigues, cap. Renascimentos libertadores. Divaldo Franco)

As anêmonas em flor padeciam a constrição do calor e murchavam, deixando manchas coloridas sobre o verde desbotado das ramagens ressequidas. O dia amanhecera morno e a tórrida Judéia de solo calcionado, como o coração dos seus habitantes, prenunciava calor sufocante. Eles haviam chegado da Galileia, em marcha tranquila, passando pela povoações e casarios esquecidos dos administradores, nos quais paravam para adquirir alimentos e conversar com os aldeões. Para aquelas gentes simples e sofridas das regiões remotas das cidades grandiosas, o contato com Jesus significava uma primavera formosa explodindo luz e harmonia na acústica das suas almas. Ademais, por onde Ele passava, mesmo que não se fizessem necessárias as curas ostensivas, ou que não ocorressem de forma pujante, permaneciam suaves aragens de paz e todos se sentiam reconfortados, tocados nos recessos do ser. Quem era aquele homem que sensibilizava as multidões atraindo crianças ingênuas ao regaço, anciãos ao acolhimento, enfermos à misericórdia, loucos e obsessos à paz e as próprias condições difíceis da Natureza a uma alteração perceptível para melhor? Interrogavam-se todos quantos lhe sentiam a aura irradiante de amor. Inevitavelmente permaneciam

Lucas: 9 - 18 a 21

atraídos e mesmo quando não O podiam seguir, em razão das circunstâncias do momento, jamais O esqueciam, aguardando que Ele voltasse entre hinos de júbilo interno e esperanças renovadoras. A Sua palavra cálida adquiria musicalidade especial de acordo com as ocasiões e ocorrências, tendo modulações próprias para cada momento, penetrando na acústica da alma de forma inesquecível. É muito difícil conceber-se, na atualidade tumultuada da sociedade, o significado da presença de Jesus e o convívio com Ele, em razão dos novos padrões comportamentais e dos interesses em jogo de paixões agressivas e asselvajadas. Entretanto, numa pausa para reflexão, numa silenciosa busca interior, num momento tranquilo de espera, pode-se ter uma ideia do grandioso significado da convivência pessoal com Ele. Isto porque, as motivações sociais e econômicas do momento terrestre são muito tormentosas e as conquistas parecem sem sentido após conseguidas, não reenchendo os vazios do coração, que prosseguem inquieto, aguardando. Aqueles eram diferentes, sim. Não obstante, as criaturas eram muito semelhantes às atuais, em razão das suas necessidades espirituais que se apresentavam como angústias para imediato atendimento, face ao desconhecimento das Leis soberanas


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da vida, que estavam restritas aos impositivos da intolerância e às descabidas exigências políticas. O ser humano sentia-se relativamente feliz quando podia desfrutar dos jogos da ilusória ribalta dos prestígios econômicos, sociais e políticos, cujas vantagens sempre deixavam um gosto azinhavrado de decomposição. Sem uma visão profunda do significado da existência, sem uma psicologia pessoal mais lúcida, após as mentirosas vitórias sentia-se frustrado, atirando-se nos fossos da promiscuidade moral ou nas rampas da perversidade guerreira, quando esmagava outros e consumia nas chamas da crueldade seus bens, seus animais, seus descendentes, que eram reduzidos à ínfima condição de escravos. A esperança de um libertador pairava em todas as pessoas de Israel, que desejava, por outro lado, tornar-se uma Nação escravizadora, em revanche contra todos aqueles outros povos que a afligiram. Não era um anseio justo e nobre para a conquista da liberdade, mas uma ambição de vingança. Surge Jesus e os olhos ansiosos das massas voltam-se para Ele com variados anelos que se diversificam desde as necessidades orgânicas, às ambições guerreiras, às alucinadas questões de supremacia de raça e de religião, esses pensamentos permanentes adversários do processo de evolução do espírito humano. A Sua, no entretanto, era outra missão: libertar o indivíduo de si mesmo, da inferioridade que lhe predomina no caráter e nos sentimentos. É natural, portanto, que não fosse compreendido, sequer por aqueles que estavam ao Seu lado, já

que os interesses em pauta eram tão divergentes. A harmonia das Suas lições ia cantando uma sinfonia de esperança nos corações e a música do seu conteúdo lentamente fixava-se na memória dos companheiros de ministério, que ainda não haviam dado conta da magnitude do empreendimento. As revelações faziam-se lentamente, e como suave calor amadurece os frutos, assim Ele necessitava preparar os seres para o entendimento. Desse modo, após o formidando fenômeno da multiplicação dos pães e dos peixes, e após orar, interrogou os amigos que estavam a seu lado, sem a presença de estranhos no convívio íntimo: -Quem dizem as multidões que sou? Tomados de surpresa com o inesperado da interrogação, Ele, que jamais indagava, por conhecer a profundeza dos sentimentos humanos e a época em que estava, responderamlhe, quase em uníssono, vários deles: -João Batista -; outros, - Elias -; outros, - um dos antigos profetas ressuscitados. Houve um silêncio quebrado levemente pelas harmonias ambientais. Após alguns instantes, Ele indagou sem rebuços: -E vós, quem dizeis que eu sou? A pergunta pairava no ar, quando Simão Pedro, tomando de súbita inspiração respondeu, emocionado: -O Messias de Deus. Cantavam no ar morno da manhã as vibrações da imortalidade, e diáfana caravana de Espíritos iluminados acompanhava esse momento que ficaria imorredouro na orquestração da Boa Nova.


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Ainda não passara a estupefação, quando Ele com o semblante iluminado, proibiu-os de adindo:

- O Filho do Homem tem que sofrer muito, ser rejeitado pelos anciões, pelos príncipes d pelos escribas; tem que ser morto, e ao terceiro dia ressuscitar...

Estavam lançados os pilotis do reino de Deus, que o futuro deveria construir. Obra de tal mundo de perversões e conflitos de valores que exigia o sacrifício da própria vida daquele q

O anúncio da paixão e morte, no entanto, fazia-se precedido pela glória da ressurreição, sobre a noite, pela fulguração da imortalidade sobre a transitoriedade física.

Ademais, a revelação do processo evolutivo era apresentada da maneira sutil com base n hebreus, o golgue, a reencarnação do Espírito em novas roupagens terrestres.

Era crença secreta entre os sacerdotes, aquelas que se fundamenta no processo de eleva através das existências sucessivas, como herança natural da longa vivência no Egito com se intérpretes mediúnicos do Mais Além. Vedada ao homem comum, transpirava em forma de


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falar sobre o tema,

dos sacerdotes e

l magnitude, num que a iniciasse.

a respeito da volta ao corpo físico - reencarnação - e também mediante o aparecimento após a morte - ressurreição. Jesus divulgava ambas realidades, ensinando que Ele ressurgiria dos mortos nas roupagens espirituais, condensadas em admiráveis fenômeno de materialização, o que atestava ao assentir ser João, o Batista, que morrera fazia pouco, no caso, reencarnados.

na crença dos

A sua encarnação trazia como razão precípua e única ensinar o caminho da autolibertação, que o amor iluminado pelo conhecimento proporciona, encorajando os indivíduos ao esforço inadiável pelo auto conquista.

ação espiritual eus sacerdotes e aceitação natural

Espírito de escol, mergulhara nas sombras humanas como Estrela de primeira randeza que vencia a distância imensa do lugar onde irradiava luz e segurança, para que todos se resolvessem por acompanhá-lo ao preço do sacrifício e da doação total.

, pelo triunfo do Dia

Por isso, repetia, agora aos discípulos, o que anteriormente declarara a Nicodemos, em silêncio e discrição: que era necessário nascer de novo. A doutrina dos renascimentos era apresentada como o caminho para a Verdade e a Via, que Ele próprio se fez. O dia avançava e, substituindo o perfume das flores que emurcheciam, o ar parado aumentando de temperatura impunha a necessidade de avançarem, margeando os caminhos ásperos nos quais algumas árvores frondosas, sicômoros, figueiras, tamareiras exuberantes ofereciam abrigo ao Sol inclemente. O processo da reencarnação é o único que se coaduna com a justiça de Deus, oferecendo a todos as mesmas oportunidades de evolução, mediante as quais, enriquece os Espíritos com as conquistas nobres do pensamento e da emoção, depurando-se dos atavismos infelizes que neles predominam como decorrência das experiências primitivas. Graças a essa lei de causa e efeito, cada um é responsável pelas ocorrências do seu deambular, tendo a liberdade de agir e a responsabilidade pelas consequências da sua escolha. O Filho do Homem, porém, iria sofrer sem nenhuma necessidade ou impositivo de evolução, exclusivamente para dar testemunho de que a dor não tem caráter punitivo, mas também funciona nos culpados, culpado que Ele não era, como recurso de autopurificação. A Sua, era, portanto, uma dadivosa lição do amor e de encorajamento para todos quantos atravessariam os portais da existência planetária tentando a conquista do infinito.


transformações e não

fenômenos

O mais extraordinário fenômeno, portanto, da fé em Jesus, é o significativo esforço que se deve fazer para conquistar a harmonia que dEle se exterioriza e servi-lO na Humanidade de todos os tempos que sofre.


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Noite tempestuosa que estruge em favorecem o encontro com a paz, me pelas claridades miríficas do amor.

a

Transformações e não fenômenos

(A mensagem do amor imortal. Amélia Rodrigues, cap. 29. Divaldo Franco)

As enfermidades procedem do Espírito, cujas feridas morais são de cicatrização difícil. Resultados da imprevidência e da ignorância, as ações infelizes dilaceram as fibras delicadas do corpo perispiritual, nelas imprimindo as mazelas e as necessidades evolutivas de reparação. Crepúsculos emocionais, colapsos do caráter agressivo que ofende e que magoa, vérmina interior, o mal que predomina e se expressa nos seres humanos dá lugar aos largos comprometimentos afligentes que os atormentam e vergastam através do tempo.

Sem a consciência lúcida a respeit dos taumaturgos e curandeiros de to necessário o esforço pelo bem interio

A busca alucinada por milagres faz atropelam os deveres e geram novos diante dos anseios de prazer e de pod


m pavor, acalma-se mediante a purificação espiritual através dos renascimentos que ediante a retificação dos erros, a corrigenda inadiável dos gravames, a iluminação interna

to das ocorrências inditosas que desencadearam as aflições, as criaturas correm atrás oda espécie, buscando, a qualquer preço, a cura, a paz, sem que se deem conta de que é or, pela transformação moral para melhor.

z parte da sua agenda existencial, numa sofreguidão angustiante, ao tempo em que s infortúnios para si mesmas, em face da revolta, da insatisfação com a existência física e der desenfreados.

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Distantes da humildade e da submissão aos Soberanos Códigos, investem com violência contra os sofrimentos de que são portadoras, quando se deveriam compenetrar da sua utilidade, sem a qual os Céus não as assinalariam. Ao tempo de Jesus não era diferente essa conduta. Consideremos ser ainda mais grave, tendo-se em vista a ignorância das Leis Divinas, as informações religiosas precárias, o utilitarismo, as injustiças de todo porte, a brevidade do carreiro carnal. Ao mesmo tempo, a busca por fenômenos externos, o deslumbramento que esses causavam, e ainda causam, eram o rastilho de pólvora para a aceitação de qualquer mensagem superior, quando o espetáculo definia e qualificava o mensageiro. Todos os fenômenos, no entanto, são efêmeros, por se tratar de efeitos, de estardalhaço. A pirotecnia própria para a fantasia mental das massas apresentava-se com frequência, arrebanhando os incautos, seduzindo os desocupados, deslumbrando os ingênuos. Invariavelmente realizada por hábeis charlatães que lhes conheciam as fraquezas do entendimento e a expressiva ignorância, produzia fascinação dando lugar às superstições em torno dos mistérios que acreditavam proceder de Deus. Por essa razão, é normal encontrar-se em todo o Evangelho, o populacho como o sacerdócio em Israel, aguardando sinais, prodígios, sempre insatisfeitos e atordoados. Jesus evitava produzir fenômenos, porque, para Ele, o maior fenômeno que pode acontecer em uma vida é o da

sua modificação moral para melhor, o fortalecim entrega ao bem, o trabalho auto iluminativo.

As massas, não obstante, sofriam e, por com despertando-lhes o interesse externo para a con

Experimentando a infelicidade sem discernir a socorria-lhes as necessidades orgânicas e emoci lhes o conhecimento da verdade, a identificação futura conquista de harmonia.

Àqueles, porém, perversos e insensatos, que Messias, Ele os negava, porque não viera para d los para as responsabilidades perante a vida.

A Sua palavra iluminada, libertadora como um para que permitam o surgimento da saúde, toda caso houvesse interesse naqueles que a ouviam procedência. O desejo, porém, não era de comp valores legítimos, mas sim, de dificultar-Lhe a e

Mas Ele, pairando acima das circunstâncias, n fiel ao que viera fazer.

Quando desejaram que Ele fizesse sinais em N vida, manteve-se em silêncio hercúleo e deixounão reagindo nem se defendendo.

Oportunamente pediram-Lhe um sinal do Céu pede um prodígio, mas nenhum prodígio lhe ser

Tratava-se de um paralelo entre os contempo palavra de Jonas, sem que ele lhes desse quaisq

O conteúdo dos seus ensinamentos bastou-lh imortalidade, para a ressurreição após a morte.

As Suas lições eram mais profundas do que a acreditassem nEle, não pelos feitos miraculosos profunda à transformação interior para a conqui

Não escutaram Moisés, mesmo depois de tan verdade, não desejavam milagres, mas se utiliza responsabilidade pessoal para a iluminação.

Por isso, referiu-se com profunda melancolia feitos que foram presenciados em Corazim e em sensibilizaram os seus habitantes, continuando c da compaixão, da solidariedade, do amor...

Multiplicavam-se, nos Seus dias, os milagreiro exploravam sem nenhum pudor.


mento dos valores espirituais, a capacidade de

mpaixão, não poucas vezes, Ele as atendeu, nquista dos tesouros interiores.

a razão do padecimento, o Mestre de amor ionais, os tormentos de todo jaez, para ensejaro da melhor trilha a percorrer em benefício da

Lhe pediam sinais que O identificassem como o divertir os frívolos e ociosos, mas sim despertá-

m punhal que rasga os tecidos apodrecidos, a rica de amor e de paz, era o sinal legítimo m, porquanto logo perceberiam a sua preensão da vida, pois que eram burlões dos expansão do reino que viera implantar na Terra.

não lhes atendia aos caprichos, permanecendo

Nazaré, no Gethsemani, para salvar a própria -se arrastar ao matadouro como ovelha mansa,

u e Ele redarguiu: Esta geração má e adúltera rá dado, exceto o prodígio do profeta Jonas.

orâneos e os caldeus de Nínive, que aceitaram a quer sinais identificadores da sua elevação.

hes para a conversão, para a certeza da

as do profeta Jonas, e o Seu era o desejo de que que podia realizar, mas pela invitação direta e ista do Reino de Deus.

ntos fenômenos que testemunharam, em avam da exigência descabida para evadir-se da

a Tiro e a Sídon, que se renovariam com os m Betsaida, lamentando-as, porque não se com suas tricas e lutas mesquinhas, distantes

os de ocasião, que enganavam o povo e o

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Psicólogo sublime, conhecia o Seu rebanho, suas mazelas e imperfeições, por isso mesmo não se lhe submetia às paixões doentias, buscando sempre aplicar-lhe a terapia superior para a saúde integral. Nada obstante, quando os tristes e desalentados, os sofredores reais e necessitados de misericórdia O buscavam, carentes e desamparados, após o longo périplo de purificação pelo sofrimento, Ele distendia-lhes o conforto da recuperação dos males que os dilaceravam, ensejando-lhes compreender a bênção do bem-estar e a consciência do terrível prejuízo ao perdê-lo. Noutras vezes, nem mesmo esperava que Lhe solicitassem o socorro, porque, tomado de compaixão, ofertava a Sua inefável bondade, modificando-lhes as estruturas do comportamento. Jesus é incomparável! Reconhecendo, embora, que a saúde do corpo é consequência da saúde da alma, melhorava os enfermos, a fim de que pudessem, por sua vez, realizar a recuperação profunda. Desse modo, compadecia-se das tormentosas obsessões, das exulcerações físicas da maquinaria fisiológica apodrecida, das mentes aturdidas, dos olhos apagados, dos ouvidos tapados, das bocas fechadas, dos movimentos impedidos, distendendo-lhes a Sua infinita compaixão em incessante sinfonia de amor. Jamais, porém, para atender aos caprichos dos soezes exploradores do povo, dos religiosos desonestos, das autoridades sórdidas. A sua era a luta contra o mal e a libertação dos que o padeciam, não a


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sua punição, o seu abandono. Os poderosos, quando honestos e dignos, que O buscavam, dEle recebiam a mesma quota de carinho que era ofertada aos menos favorecidos, porque a dor não escolhe a quem ferir, e quando se instala, seja em quem for, magoa com intensidade. Desse modo, atendeu ao centurião que O buscou, a Nicodemos, que era príncipe e sacerdote, a Zaqueu e a outros anônimos, todos carentes de condolência, com o mesmo altruísmo e gentileza. ... Todos morreram, porém, porque a vida física é breve e enganosa, ficando com os mesmos as lições inabordáveis do Seu amor, que os guiou além do sepulcro, renascendo em condição diferente ao largo dos tempos, exaltando-Lhe a doutrina e procurando vivenciá-la. O mais extraordinário fenômeno, portanto, da fé em Jesus, é o significativo esforço que se deve fazer para conquistar a harmonia que dEle se exterioriza e servi-lO na Humanidade de todos os tempos que sofre.


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a

Vida com suas

lições

Para nossas reflexões.


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cada um.

Acertamos, erramos, tropeçamos, c

d

(Texto reproduzido com a devida autorização: http://projeto-inove.com.br/ inove/2017/05/05/a-vida-com-suas-licoes/)

De modo geral, todos almejamos dias melhores em nossas vidas, pelo que trabalhamos, ofertando no dia a dia o nosso melhor esforço. A luta não é pequena. Demonstrando ou não, damos nossa cota de sacrifício em prol do nosso bem-estar e dos nossos amores. O estudo, o trabalho, a casa, os pais, os filhos, o cônjuge, os amigos, todos e tudo que compõem nossa escala de valores, recebem a nossa dedicação, nosso suor, nossos sorrisos e nossas lágrimas. À nossa maneira, nos fazemos presente, participando na existência de

Assim como o rio alcançará o grand

Os obstáculos são superados, trans

Crescemos nós, ajudamos os outro

Os embates existenciais têm servid

Sabemos que nem todos os dias sã de cada dia é um dia de oportunidade


caímos, levantamos e prosseguimos.

de mar, nós alcançaremos nosso desiderato.

spondo-os. As facilidades são aproveitadas, dando passos adiante.

os a fazerem o mesmo.

do para o despertamento de nossos sentidos, de nossa atenção, de nossa vigilância.

ão de Sol e brisa suave. Há dias de tempestade, acinzentados e frios. E estamos cientes es renovadas e a sucessão de todos eles guarda sua importância, sua razão de ser e nos

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reservam suas lições, que devem ser bem aprendidas e compreendidas. Quando se apresentam as lições do desânimo, buscamos forças revigorantes e alentadoras que foram armazenadas em nossos corações quando dos dias de fartura de saúde, disposição e vitalidade, bem como quando das concretizações de iniciativas felizes. Hoje, essas lembranças servem de vacina contra o desalento, fazendo com que ele bata em retirada. Quando chega a lição do cansaço, acautelamo-nos providenciando medidas reparadoras como um rápido e providencial descanso, ocasião propícia para buscarmos identificar que tipo de cansaço sentimos: físico, mental, psicológico, espiritual. Para cada um, nossa ação correspondente. Uma parada mais ou menos rápida para restabelecer forças físicas. Uma mudança de quefazeres, para oxigenar a mente. Uma distração mais marcante, para recompor o nosso estado psicológico. Uma absorção de novos valores e conceitos, de conquistas e realização, para preencher nosso espírito. Sem deixar de considerar que o descanso faz parte da lei natural do trabalho e é merecido por todos, cuidamos para não exagerar na dose, evitando adentrarmos pela seara do ócio e da preguiça, por serem fatores limitadores das pessoas. Se se apresenta a lição da indiferença, do desinteresse pela vida e pelos valores existenciais, ou pelo próximo e por nossos amores, resguardamo-nos na reflexão amadurecida do quanto somos importantes e úteis na vida de tantos, além da nossa mesma. Nossas dificuldades tendem a diminuir de intensidade, quando olhamos à nossa

volta e vemos os padecimentos alheios, onde há de tal complexidade e dor, que, provavelmente, suportaríamos.

Que, uma vez mais, o rio nos sirva de inspira segue seu curso rumo ao grande mar, incansáve abençoando tudo o que está no seu leito e nas s sem nada cobrar para si próprio. Apenas pede p prossegue doando vida por onde passa, cumprin na grande equação existencial.

Quando chega a lição da irritação, que pode d para ira e revolta, com a mesma rapidez como e recorremos a meditação, à pausa mental, ao ref da água da paz. Água da paz é aquele gole de á colocamos na boca mais não o engolimos... e ta podemos falar durante esses momentos. Fica ali gole não engolido, nos deixando mudos pelas cir e que assim permanece até que a irritação se ar dela termos dado vazão, como inicialmente dese

Outro caminho muito usado, quando no turbil vontade de explodir e “perder a elegância”, é o s Bravamente nos aquietamos, certos de que o sil muitas ocasiões, é a melhor resposta.

Se formos religiosos, a hora é de oração; se n religiosos ainda, bons e tranquilizantes pensame bem-vindos, até porque, numa análise mais lige nada mais é do que um conjunto de bons pensa refletem nossos desejos, nossos louvores, nossa

Se na próxima curva do caminho se apresent da vaidade, fomentadora da soberba, basta que para a margem da estrada da vida para ali ident a necessidade da renovação em nossa escala de seguindo o exemplo da flor, exuberante, bela, pe senhora de seu espaço, ponto de destaque no ho quem olhe em sua direção, mas que, para atend propósito na vida, sabe que, humildemente, pre para que resplandeça o fruto do seu sacrifício, o a quem o colher, vendo, logo mais, lançado fora resíduo: a semente.

No entanto, eis que a desprezada semente, n do solo, renovar-se-á pela força dos reinos da na retomando logo mais a majestade dos desígnios resplandecendo nova flor, herança de uma outra aceitou exemplarmente a humildade como o veíc expressão da sua verdadeira grandeza e razão d


á dramas nós não os

ação, que el, resoluto, suas margens, passagem e ndo seu papel

descambar ela chega, frigério água que ambém nada i na boca o rcunstâncias, rrefece, sem ejado.

lhão da silêncio. lêncio, em

não formos entos serão eira, oração amentos que a gratidão.

tar a lição olhemos tificarmos e valores, erfumada, orizonte de der seu real ecisa murchar o qual servirá o seu último

no obscuro atureza, s da vida, a flor que culo da de existir.

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Assim, o transeunte da existência, verá em cada flor sua formosura, mas é para o fruto que adveio depois da florada e lhe deu sustento à vida, que vai sua reverência. Não poderia faltar a lição da inveja na estrada do nosso progresso, que é como que um espelho rachado que permite enxergar a nossa imagem partida em várias partes, com falhas entre uma e outra, as quais preenchemos com nossa imaginação distorcida pelas feridas de nossa alma, causadas pelas nossas pressupostas imperfeições ou carestias, ou pelos reveses da vida. Essa cegueira parcial não permite que nos vejamos em verdadeira grandeza, com nossos recursos, nossos tesouros, nossas conquistas – que todos os temos, uns mais, outros menos. E, por não estarmos habituados e olharmos para dentro de nós, mas somente para o que se passa fora de nós, concluímos, equivocadamente, que no exterior se resume a vida e somente ali se encontram os valores mais apreciados. Assim, começamos a ver nos outros, com inveja - desejo velado -, o que aspiramos para nós, sem nos darmos conta de que, provavelmente, aquilo almejado já possuímos, ou o que outro faz, nós já o fazemos com maior qualidade. Faltando só olhar para nossa intimidade. Somente a maturidade psicológica nos faz compreender que a grandeza da vida é ser, e não ter somente. Pois o que temos, podemos deixar de ter, mas o que somos, isso segue conosco para sempre, salvo as modificações para melhor que sofra ao longo da trajetória. Estas e outras lições que se nos apresentem enquanto estamos a caminho, delas tiremos os melhores proveitos para o nosso amadurecimento

e equilíbrio emocional, intelectual e moral.

Não vejamos tais sentimentos lecionados com assim destrutivamente, mas, sim, como element uma vez superadas com êxito, nos levarão ao tr saiamos de cada aula da vida, engrandecidos em felicidade possível.

Cada lição nos propiciará, se bem aprendidas

• Uma maior visão de conjunto, quando alca horizontes, vendo a vida sob um novo prisma;

• Uma autoestima enriquecida, despertando tempo, enquanto nos traz autorrevelações de qu enfrentamentos diante de reveses e de adversár e perceber que, ao final de uma refrega (física o sabedoria, mais confiantes em nós mesmos, em pessoal pelo que já somos e pelo que já fazemos construtivamente;

• Novos propósitos de viver, pelo descortina autossuperação com a compreensão da real razã valorizadas, escancarando oportunidades para q se de nossos triunfos;

• O estímulo para a assunção de firme comp seu amplo aspecto, decorrente do enriquecimen morais, comportamentais, essencialmente super

• Uma maior contribuição pessoal, brilhando de nossos compromissos pessoais, profissionais, tijolo de amor em prol da construção de dias me

• Fortalecimento de convicções, confiando e nos descortinando a existência de uma Regência

• Aumento de esperança em melhores dias, nós, e, com a autoconfiança enaltecida pelas rea fortemente, brevemente realizaremos.

A jornada evolutiva não é uma simples sucess aproveitadas.

O Sol que resplandece sua claridade iluminan caminhos, e o faz sem nenhuma exigência, apen incontestavelmente superiores, por serem essen Com sua inigualável sabedoria, o Mestre dos anos: Brilhe a sua luz!

Sejamos luz em nosso interior, enquanto ness do autodescobrimento, e sejamos luz em nosso


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mo terroristas internos, nem os deixemos agir tos de importantes lições existenciais, as quais, riunfo certo sobre nós mesmos, fazendo com que m virtudes, conquistas imorredouras, gênese da

s:

ançaremos uma elevada perspectiva de novos

o-nos para a valorização da vida e do uanto somos capazes de superações e de rios sutis no campo emocional. Levando-nos ou emocional), saímos mais fortes e ricos de m nossas capacidades. Sentimos satisfação s, e pelo que podemos vir a ser e vir a fazer,

ar de uma realidade existencial que premia a ão do existir, onde as conquistas pessoais são que o nosso próximo também venha a beneficiar-

promisso com o certo, o verdadeiro, o bem em nto da nossa mente com novos valores éticos, riores;

o nossa luz, em benefício dos nossos amores, , familiares, quando poderemos depositar nosso elhores para todos;

em nós mesmos, no próximo e, acima de tudo, a Magna, acima de todas as coisas;

uma vez termos descoberto novos valores em alizações felizes, sabermos que o que quisermos

são de dias, mas de oportunidades bem

ndo o mundo, serve para iluminar nossos nas serve aos seus propósitos, com seus valores nciais ao surgimento e manutenção da vida. mestres recomendou-nos, há mais de dois mil

sa grande viagem para dentro de nós, a caminho derredor, para que outros, ao nosso lado,

caminhem na claridade de nossa capacidade de discernir, agir, fazer e amar. Ele também nos disse que somos o sal da Terra, pela nossa condição de impormos o tempero certo na quantidade certa onde e como agirmos acertadamente, bem como sermos, com isso, o melhor dos conservantes do grande alimento da vida: o amor. E ainda acrescentou que somos deuses e que poderíamos fazer muito mais do que Ele, indicando-nos com clareza um caminho de realizações nobres possíveis, estimulando-nos o ânimo a fim de prosseguirmos com destemor pelos rumos libertadores de nossa consciência. Rompamos com os grilhões do desânimo, do cansaço, da indiferença, da irritação, da vaidade, da inveja, do orgulho, do egoísmo, verdadeiras chagas da humanidade, para, desenvoltos e fagueiros, seguirmos os caminhos da verdadeira vida.


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PRÓXIMO FASCÍCULO: O Pão da Vida

CRÉDITOS DESTE FASCÍCULO: Imagens: acervo próprio ou baixadas da Internet: Google Imagens e The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints Livros: A Bíblia de Jerusalém. A reencarnação na Bíblia (Hermínio C. Miranda), além dos citados no corpo do fascículo. Blog/site: www.projeto-inove.com.br

rastros L um olhar na história

Revista eletrônica de circulação dirigida e gratuíta Redação, organização e diagramação: Maurício Silva Contato: redator@resenhaespiritaonline.com.br Curitiba - PR

de

uz

DIREITOS RESERVADOS: todos os direitos de reprodução, cópia, veiculação e comunicação ao público desta obra estão reservados, única e exclusivamente, para Maurício Silva. Proibida a sua reprodução parcial ou total, por qualquer meio, sem expressa autorização, nos termos da Lei 9.610/98.


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