Revista Comunidade Católica Restauração - Fevereiro 2019

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Ano 9 • Edição 106 • Fevereiro 2019

Revista

“Fechamento autorizado” “Pode ser aberto pela ECT”

Restauração Comunidade


EXPEDIENTE Revista Comunidade Católica Restauração Periodicidade Mensal - Ano 9, Nº 106 Fevereiro de 2019) Tiragem: 2.000 exemplares DIRETOR GERAL Padre Fernando Gonçalves EQUIPE DE REDAÇÃO Daiane Jullie Petri dos Santos Daniela Noêmia Sales Jansen Eliane Fagundes Padre Fernando Gonçalves Rafael Rodrigues FOTOGRAFIA Comunidade Restauração REVISÃO EDITORIAL Padre Fernando Gonçalves ARTE E DIAGRAMAÇÃO Daniela Noêmia Sales Jansen COLABORADORES Isanete Sima Leonardo Corrêa Gregório IMPRESSÃO Impressul Indústria Gráfica Colabore com a próxima edição. Envie suas sugestões, reclamações, testemunhos e elogios para: revista@comunidaderestauracao.org

ASSOCIAÇÃO COMUNIDADE RESTAURAÇÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ÀS FAMÍLIAS CNPJ: 10995628/0001-28 Rua Guilherme Kurtz, 90 - Vila Nova Joinville/SC - CEP 89.237-645 (47) 3433-0833 de segunda a sexta, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30 contato@comunidaderestauracao.org NOSSAS CONTAS BANCÁRIAS Agência: 38-8 Conta: 115404-4 Agência: 0419 OP 003 Conta: 4059-5 Favorecido: Associação Comunidade Restauração de Assistência Social às Famílias

EDITORIAL

Querido Leitor, Passadas as festas do final de ano, nossa vida retorna à rotina, à normalidade. A Comunidade Restauração, juntamente com a Igreja, retoma os seus projetos para que a Restauração seja vivenciada por muitas Famílias que precisam experimentar a força do Carisma “Ser Restaurado para Restaurar”. Nesta edição, trazemos até você um pouco da realidade apontada pela Campanha da Fraternidade, que tem como tema: Fraternidade e Políticas Públicas. É dever do Estado dar condições para que as Famílias vivam dignamente, e nada mais justo do que ampliarmos o nosso horizonte nessa discussão. Agradecemos por você abrir as portas de sua casa e, sobretudo, do coração de sua Família para que possamos adentrar trazendo a Boa-Nova da Restauração. Deus lhe abençoe!


CONTEÚDO

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Ser Missionário O Missionário e a Política: a dimensão política que o missionário precisa assumir na evangelização.

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Mensagem aos Sócios A fé se mostra na prática, através das obras que realizamos em obediência à vontade do Pai.

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Vocação e Chamado O chamado ao matrimônio diante de um mundo onde a cultura do prazer é mais importante que o amor.

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Amor Humano Lidando com a ansiedade. O que fazer para não deixar-se vencer por esse transtorno?

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Pedagogia para Restaurar Restaurar para o céu é a missão dada àqueles que ouvem o chamado ao matrimônio.

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Palavra da Igreja  Papa Francisco Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a Sua pobreza, e com isso nos ensina a amar.

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Palavra da Igreja  Dom Francisco Paz na terra aos homens de boa vontade, que se dedicam na construção de redes de caridade.

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Restauradinhos Fraternidade e Políticas Públicas, o que as crianças podem aprender nesta Quaresma?

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Projeto Famílias Restauradas para Deus Compaixão: combustível para o amor que nos leva a sofrermos a dor do próximo e, com isso, ajudá-lo.

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Palavra do Fundador A Família e o Poder Público. A Campanha da Fraternidade pode nos ajudar a resgatar o valor da Família.


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SER MISSIONÁRIO

O MISSIONÁRIO E A POLÍTICA

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É usual associarmos a “política” única e exclusivamente ao exercício de um mandato político por um representante eleito. No entanto, o real sentido de “política” não se restringe à tal tarefa e à esfera político-institucional.

Foi o próprio Deus que nos criou assim. Como se lê em Gênesis 1,28, Deus deu autoridade ao homem para governar a terra, para exercer poder sobre toda a Criação.

às Famílias que estão “perdidas” mundo a fora, somos impelidos a atuarmos politicamente na vida dessas Famílias. É importante assumirmos essa postura enquanto missionários, e você pode fazer parte desse projeto conosco. Entre em contato através do telefone (47 3433-0833), ou pelo e-mail: vocacional@comunidaderestauracao.org, e dê um passo de fé para acalmar a inquietude de seu coração.

Como atores políticos, agimos politicamente o tempo todo Em um sentido mais am- e em todo lugar, seja em casa, plo, política se refere à qualquer seja em nosso ambiente de trabarelação de poder, de influência lho, seja no campo missionário! de um indivíduo sobre o outro. Aqui na Comunidade ResHá ação política quando se afe- tauração não é diferente, e ao ta a opinião, a atitude, a decisão compreendermos que a nossa de uma pessoa. Todo ser humano missão, enquanto portadores do Venha ser um Missionário é naturalmente um ator político. Evangelho, é levar a Restauração na Comunidade Restauração!

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MENSAGEM AOS SÓCIOS

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A FÉ SE MOSTRA NA PRÁTICA Tiago em momento algum Há um ensinamento na Epístola de São Tiago (2,14-26) afirma que a fé precisa ser deique nos leva a um confronto in- xada de lado e que só as obras importam. Muito ao contrário, teressante: a fé x as obras. ele nos ensina que, acreditando Diz o apóstolo que de em Deus e estabelecendo um renada adianta alguém dizer que lacionamento com ele – o que é tem fé, quando ela não se traa própria oração, isso passa a faduz em obras, e chega mesmo a zer sentido quando colocado em nos demonstrar isso através de prática através das obras. um simples exemplo: “Imaginai De uma maneira geral, “as que um irmão ou uma irmã não têm o que vestir e que lhes falta obras” significam os atos pratia comida de cada dia; se então cados em obediência à Palavra algum de vós disser a eles: ‘Ide de Deus. Assim, tudo aquilo que em paz, aquecei-vos’ e ‘Comei à realizamos e que é da vontade do vontade’, sem lhes dar o neces- Senhor edifica a nossa fé. Chegasário para o corpo, que adianta mos, então, à conclusão de que a isso? Assim também a fé: se não fé e as obras caminham juntas: se traduz em ações, por si só está a primeira nos leva a agirmos conforme os ensinamentos de morta” (v. 15-17).

Cristo, sendo obedientes ao Pai em tudo, e a segunda aperfeiçoa cada vez mais o nosso relacionamento com Deus, à medida que nos configura com Seu Filho Jesus. A fé se mostra na prática, através das obras que realizamos. Possamos, então, dar o nosso testemunho sendo obedientes ao Senhor em tudo, permitindo que a graça do Espírito Santo realize em nós a Restauração pela força do Carisma “Ser Restaurado para Restaurar”. Caso contrário, corremos o risco de perdermos a salvação, pois “assim como o corpo sem o espírito é morto, assim também a fé, sem as obras, é morta” (v. 26). comunidaderestauracao.org

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Ser Restaurado para Restaurar

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O CHAMADO AO MATRIMÔNIO Estamos no início de 2019, retornando das festividades do Natal, da entrada do Ano Novo, das férias; ou seja, estamos voltando ao ritmo normal da vida. Mesmo assim, nunca é demais recordar: VOCAÇÃO – é um termo derivado do verbo no Latim: vocare, que significa “chamar”. No conceito religioso, refere-se ao chamado de Deus dirigido a cada ser humano, para viver um estado de vida ou uma missão específica. Em relação ao estado de vida, ele pode ser o matrimonial, o sacerdotal ou o religioso. Após o Concílio Vaticano II (1962-1965), com a reforma da estrutura da Igreja, a participação do leigo nos trabalhos realizados por ela tornou-se mais intensa. Neste contexto, sob a moção do Espírito Santo, surgiram muitos movimentos e comunidades de vida e aliança, chegando assim ao surgimento de uma vocação especial: de leigos consagrados a Deus.

Nesta edição, vamos conversar um pouquinho sobre a vocação ao matrimônio, e para tanto, veremos o que nos relata o Código de Direito Canônico. Ele nos descreve que: “O matrimônio é o pacto pelo qual o homem e a mulher constituem o consórcio de toda a vida, por sua índole natural ordenado ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, entre batizados foi por Cristo elevado à dignidade de sacramento (Cân. 1055 – §1). Também o cânone nº 226 (§1), nos diz que “os que vivem no estado conjugal, segundo a própria vocação, têm o dever especial de trabalhar pelo matrimônio e pela família na construção do povo de Deus”. Ainda, observemos o que relata o segundo pa-

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rágrafo deste mesmo cânone, no que se refere aos filhos: “Os pais, tendo dado a vida aos filhos, têm a gravíssima obrigação e gozam do direito de educá-los; por isso, é obrigação primordial dos pais cristãos cuidar da educação cristã dos filhos, segundo a doutrina transmitida pela Igreja” (§2). O Sacramento do Matrimônio tem como propriedades essenciais a unidade e a indissolubilidade (cf. Cân. 1056). Ou seja, você deu o seu consentimento, que é o ato de vontade pelo qual um homem e uma mulher, por aliança irrevogável, se entregam e se recebem mutuamente para constituírem o matrimônio (cf. Cân. 1057), e está unido ao seu cônjuge até que a morte os separe.

ELIANE FAGUNDES Eliane é natural de Joinville/SC e é consagrada de vida na Comunidade Restauração. É Teóloga e desempenha seu trabalho missionário no Setor Vocacional, atuando na formação dos Filhos e Filhas da Obra.


VOCAÇÃO E CHAMADO

Sejamos sinceros, para viver de verdade toda essa realidade é preciso ter vocação! Poder-se-ia dizer que na vida a dois tudo se torna quase impossível, ou desastroso, como observamos em muitos matrimônios que não dão certo. Neste caso, alguns não tinham a vocação para o matrimonio; não foram chamados por Deus para a vida matrimonial, que por sua vez exige os dons específicos para que essa missão seja realizada com eficácia. Vamos listar alguns desses dons, pois eles são muitos: o dom do amor-doação; a entrega; a renúncia; a generosidade; o dom da maternidade; o dom da paternidade. Há muitas pessoas que têm o dom, o chamado para viver o matrimônio, mas não se dão ao trabalho de perguntar ao Senhor se aquele, ou aquela pessoa, com quem estão se envolvendo, é a

pessoa certa que está no coração de Deus para ela ou ele. Simplesmente, se casaram baseados em interesses pessoais, como a aparência física, ou até mesmo visando o lado profissional e financeiro; ou ainda buscando por “liberdade”. Há também aqueles que se casaram porque “gostam” da pessoa e estão acostumados com ela. Gostar não é amar! Quem gosta hoje, deixa de gostar amanhã. Matrimônio é coisa séria, pois é para toda a vida. Ao assumir esse chamado, você deixará sua casa e seus pais e se unirá a seu esposo, ou esposa, tornando-se uma só carne (cf. Gn 2,24), formando assim uma nova família, que será o reflexo do amor de Deus. Não perca tempo, nem deixe que o mundo lhe imponha suas regras, ditando que o prazer sexual está acima de tudo. O seu

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corpo é templo do Espírito Santo, por isso, tenha um namoro santo; este é o momento ideal para conhecer a outra pessoa, seu caráter, valores, defeitos, sonhos e, é claro, a sua família. É o tempo de rezar pedindo o direcionamento do Espírito, buscando saber se está é a pessoa certa preparada especialmente por Deus para você. O noivado, como um período que antecede o casamento, é o tempo de preparação do novo lar e da cerimônia do matrimônio. É também o período propício para buscar a cura interior dos traumas de infância, da família e até mesmo em relação aos relacionamentos anteriores, para que o matrimônio seja cheio da graça de Deus. Enfim, se Deus lhe chama ao matrimônio, não tenha medo! Permita que a Sagrada Família conduza seus passos e serás muito feliz.

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AMOR HUMANO

LIDANDO COM A ANSIEDADE

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Muitas pessoas portadoras de ansiedade têm a sensação de que vivem para ela. Essas, sentem-se incomodadas, como se fossem acompanhadas 24 horas por dia pela “amiga” ansiedade, o que pode gerar um medo de que esse transtorno se torne uma crise, sem controle. A pergunta que fica é a seguinte: como é que posso lidar com a ansiedade? Quando nos deparamos com o desconforto que a ansiedade provoca, é muito comum que esse seja associado ao desejo de irmos embora do lugar onde nos encontramos; desejo de desistir; querer fugir, justificado pelo fato de que em casa nos sentimos mais seguros ou porque lá encontramos o remédio que alivia os sintomas, entre outros... Por maior que seja a sua vontade de ir embora, resista! Se esforce para ficar no lugar em que você se encontra. Apesar do desconforto vir, e eu sei que é difícil, você é capaz de enfrentá-lo. Isso não tem a ver com o fato de você ser mais forte ou mais fraco, e sim, se permitir passar por esse tipo de experiência de enfrentamento. Ao sentir-se desconfortável, não conseguir aproveitar o momento e ter um grande sofrimento com essa sensação, aceite o que está acontecendo e essa sensação ruim que sente. Por mais ruim que seja, é melhor resistir do que fugir, por isso você deverá se esforçar para não aumentar os desconfortos com o seu pensamento;

mude o seu pensamento dessa si- eu faço são a curto prazo: vou tuação desagradável, se distraia de embora, alivio o meu sofrimento outras formas. no momento e não resolvo o meu Quantas vezes você já deve problema; ou a longo prazo: estater se questionado: “Será que isso rei aqui, vou enfrentar, vou sofrer, não vai acabar?”; “Será que nun- mais sei que esse medo vai comeca mais vou sair de casa?” ou çar a diminuir gradativamente. “Quanto tempo ainda ficarei senNos instantes em que paretindo esse desconforto sem poder sair?” Cuidado, porque todas as cer muito desconfortável permavezes que agimos assim, estamos necermos sofrendo a ansiedade, valorizando demais o nosso pen- devemos usar dos exercícios de samento e entrando na onda de que meditação, pois eles nos ajudarão nunca vamos melhorar e que isso não terá um fim. Você tem que se a focar no aqui e agora; ou seja, eu dar conta de que esse pensamen- começo a atentar para o desconto veio, mas você deve voltar a se forto a fim de que ele diminua, e olhar na perspectiva de quem está não o contrário. Vale lembrar que, ali nessa situação justamente para quanto mais tentamos controlar a acabar com isso. ansiedade ou fugir dela, mas ela Quando se encontrar em ficará grudada na gente, e isso imuma crise de ansiedade, você tem pede que ela vá embora; assim, na duas opções: 1 sentir o descon- tentativa de não sentir ansiedade forto e ir embora (ele vai acabar acabamos ampliando-a. naquele momento, mas quando estiver em outra situação ele vai Sei que no papel tudo parevoltar a aparecer mais forte); 2 ou ce ser muito lindo e fácil de reaaceitar ficar ali com o desconfor- lizar, mas se você tem crises de to e ele vai diminuindo ao longo ansiedade e não está conseguindo do tempo, e isso diminui para todo mundo. Pode até parecer que não, lidar com ela sozinho, procure um mas toda ansiedade tem um pico profissional especializado, psicóe começa a diminuir depois dis- logo ou médico psiquiatra, para so. Sendo assim, as escolhas que que possa ter uma ajuda adequada.

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RAFAEL RODRIGUES Rafael é natural de São Pedro de Alcântara/SC. Consagrado de Aliança na Comunidade Restauração desde 2014, é membro do Conselho Formativo, atuando na formação pessoal, humana e psicológica dos Filhos.


PEDAGOGIA PARA RESTAURAR

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RESTAURAR PARA O CÉU Na parábola dos talentos (cf. Mt 25), dos três servos que receberam o talento de seu senhor, apenas um deles o enterrou e não o multiplicou, sendo este amaldiçoado. Deus deu-nos o dom da paternidade e da maternidade, portanto não podemos enterrá-los. É preciso que eduquemos e restauremos nossos filhos para a eternidade, dando tudo o que lhes é necessário para encontrarem sua vocação. Temos a importante missão de instruir um novo ser em sua totalidade: espiritual, emocional, cognitiva, intelectual, entre tantas outras necessárias para sua formação humana. Para isso, devemos dar-lhes um santo lar, pois em nosso matrimônio precisam encontrar um exemplo de santidade e testemunho a ser seguido.

mas não uma receita para segui-lo, é o Espírito Santo o nosso guia, e nossa mãe Igreja nos dá os sacramentos e as práticas espirituais para encontrá-lo.

O matrimônio tem como primeira missão, segundo a Doutrina da Igreja, a geração de filhos e sua educação para Deus. Cabe aos pais acolher os filhos, dons de Deus, e plantar em seus corações o desejo pela eternidade, mostrando o caminho que eles devem percorrer. Mas afinal, qual é caminho Como tudo o que construída santidade? Existe uma receita mos é passageiro, apesar de necespara educarmos nossos filhos para sário para vivermos neste mundo, o céu? Sim, existe um caminho, passamos a ver a morte como uma

DAIANE P. DOS SANTOS Daiane é vocacionada à vida da Comunidade Restauração. Casada há 5 anos, é mãe de 2 filhos. É acadêmica do curso de Pedagogia e tem se empenhado na formação humana e espiritual em defesa da Família.

A Igreja possui sete sacramentos: batismo, crisma, eucaristia, penitência, unção dos enfermos, ordem e matrimônio. Dois destes sacramentos são os chamados sacramentos de serviço, que são o sacramento da ordem e o matrimônio. Cada um de nossos filhos nasce com um chamado, uma vocação, e ao longo de sua caminhada de fé precisa descobrir qual a vontade de Deus para a sua vida. Como pais, precisamos instruí-los pelo caminho da fé e da oração para que possam encontrar a sua vocação, lhes apresentando todos os carismas e vocações que existem na Igreja. Eis nossa principal missão como pais: auxiliar nossos filhos a encontrarem a sua vocação, e através dela, servindo à Igreja, encontrarem o caminho da santidade e a busca pelos filhos perdidos de Deus.

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Nossa principal missão como pais, é colaborar na santidade de nossos filhos, desde a mais tenra infância. Não somente por palavras, mas principalmente pelo nosso exemplo, devemos encaminhá-los para o céu. Vemos tantos pais e mães dedicarem suas vidas trabalhando para poder dar um bom futuro aos seus filhos, e até mesmo mães abandonando seus postos em casa para seguirem carreiras e complementarem a renda de seu marido em nome deste objetivo. Querem dar o melhor a seus filhos: roupas, estudo, uma boa faculdade... tudo isso é plausível, porém, falta o essencial: a fé. Com o pai e a mãe trabalhando, e todos focados no que se pode construir aqui nesta terra, passamos a esquecer que estamos aqui só de passagem, e tão pouco nossos filhos e filhas compreenderão isso.

inimiga e a temê-la, pois a morte seria o fim de tudo o que estamos vivendo, mas na verdade ela é o início de nossa eternidade com Deus lá no céu. Se nós mesmos não compreendemos que aqui é uma passagem, como plantaremos sementes do céu nos corações de nossos filhos? É preciso sempre refletir sobre o modo como estamos marcando os corações deles, pois eles são uma folha em branco e nós estamos escrevendo o início de uma história, estamos formando uma alma e temos o dever de imprimir nela o amor em seguir ao Senhor e Sua santa Igreja.


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Antes de ser uma instituição pública, a Família é sagrada, porque não foram leis humanas que a criaram e, muito menos, ela é fruto de pesquisas científicas ou políticas. Deus é o verdadeiro Autor dessa criação, e capacitou o Homem e a Mulher para juntos, darem continuidade à Sua Obra. Desta maneira, podemos afirmar que a Família foi pensada e criada de acordo com os Estatutos Divinos, pois era necessá-

ria uma fundamentação sólida, a fim de que o projeto inicial fosse preservado na íntegra. Da Família prossegue a Criação; ela é a peça principal de toda a Obra de Deus, e por este motivo precisa ser valorizada e conservada em sua essência, já que é capaz de manter o princípio da VIDA. Podemos observar esta verdade em Gênesis, no capítulo 1: “Deus os abençoou: “Frutificai – disse ele – e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre

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os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra” (v. 28). Portanto, cabe ao Homem zelar pela Família e ser fiel à sua Vocação, que é: a atribuição de manter a Criação na sua essência. O mundo existe porque a Família está presente; ela é responsável por multiplicar os filhos e filhas de Deus pela terra. Porém, o mundo é regido por


PALAVRA DO FUNDADOR

organismos, cuja finalidade é manter a ordem e o bem-estar de todos os cidadãos. Esses órgãos são extremamente necessários para que haja crescimento e os direitos sejam respeitados. Diz a Constituição Brasileira, em seu artigo nº 226, que “A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado”. (BR, 1988). Deste modo, destaca-se que a lei suprema efetiva a responsabilização, por parte do Estado, para garantir o fundamento e o alicerce familiar de maneira adequada. Percebe-se, nesse artigo, a obrigatoriedade de o Estado manter a integridade da Família, dando condições para que ela tenha o necessário para a sua subsistência, tanto material, quanto laboral e espiritual. Neste contexto, o Poder Público não pode ser omisso diante de tal responsabilidade, e precisa agir com veemência, já que a manutenção da Família é primordial para o crescimento da sociedade de um modo geral.

Deus já concedeu todas as ferramentas para serem colocadas em prática; logo, é responsabilidade de quem está no Poder cumprir com fidelidade seu mandato, uma vez que, quando a Família deixa de ser Família, os organismos perdem a sua razão de existir. A palavra Família, por si só, já justifica a existência dos Órgãos Públicos, uma vez que carrega consigo grandes responsabilidade e dá peso à sociedade: tudo emana do seio da Família. A Campanha da Fraternidade de 2019, que tem como tema: “Fraternidade e Políticas Públicas”, e como lema: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (cf. Is 1,27), está exigindo dos membros do Poder Público uma maior atenção à Família e à Sociedade. Pede que se cumpra a Constituição em sua base, dando direitos e deveres a todos, mas também dignidade para que todos tenham vida, e a tenham em abundância, ou seja: salários dignos; saúde adequada; educação de qualidade; moradia decente, para que a Família tenha condições de se mover e viver dentro

PADRE FERNANDO Padre Fernando é carioca e foi ordenado sacerdote em 1992. É o Fundador da Comunidade Restauração e dedica-se incansavelmente à Restauração das Famílias.

de um lar; o respeito à crença, e que a liberdade religiosa seja preservada. Muitos podem até dizer que esta luta não é um papel a ser desempenhado pela Igreja. Mas quando o Poder Público é negligente ou omisso, ou a corrupção que cria desigualdade social está prejudicando o Povo de Deus, ela tem todo o direito de agir, através da Palavra, a fim de alertar aos responsáveis quanto à degradação da sociedade. Logo, a hierarquia eclesiástica “não está no negócio de formar ou dirigir governos”, nem de escolher regimes políticos; ela está apenas “no negócio de formar o tipo de pessoa que consegue formar e dirigir governos nos quais a liberdade leva à genuína realização humana” (DSI, nº 8). Esta Campanha da Fraternidade, especificamente, não está motivando o clero a assumir um partido ou um seguimento político, mas pedindo que os mesmos possam colaborar com a luta pela dignidade do Povo de Deus, denunciando quaisquer tipos de corrupção ou ideologias que venham a menosprezar vidas e até a destruição da Família. O Poder Público precisa de homens que tenham a capacidade de agir de forma honesta, visando não a si mesmos, mas devolvendo aos brasileiros todos os seus direitos, como: educação, saúde, lazer, salário digno, respeito a vida e, principalmente, a valorização da Família. Essa é a nossa missão, seja como clérigos, leigos ou políticos, de tornarmos o Poder Público Brasileiro em algo que podemos confiar e acreditar.

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Todavia, no decorrer das décadas, percebemos uma certa negligência do Poder Público quando se refere aos cuidados da Família. O artigo 226 é perfeito em sua teoria, porém, na prática, por conta da CORRUPÇÃO generalizada provocada por alguns “políticos e pessoas civis”, a Família ficou à mercê de seus direitos, o que abriu brechas para que outras correntes se infiltrassem na sociedade, a fim de alterarem o conceito e o verdadeiro valor da Família.

Os membros do Poder Público não têm o direito de alterar o verdadeiro conceito de Família, mas devem lutar para fazer acontecer o que já está determinado deste a Criação.

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FEZ-SE POBRE, PARA NOS ENRIQUECER COM A SUA POBREZA cf. 2 Cor 8,9

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Queridos irmãos e irmãs! Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8,9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico? Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «sendo rico, Se fez pobre por vós». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em

poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, «esvaziou-Se», para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2,7; Heb 4,15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez conosco. Na realidade, Jesus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verda-

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deiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado» (Conc. Ecum. Vat. II, Const. past. Gaudium et spes, 22). A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – «para vos enriquecer com a sua pobreza». Não se trata de um jogo de palavras, de uma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Batista para O batizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de con-

PAPA FRANCISCO Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, é o 266º Papa da Igreja Católica e atual Chefe de Estado do Vaticano, sucedendo o Papa Bento XVI. Foi eleito Papa em 13 de março de 2013.


PALAVRA DA IGREJA

versão; mas fá-lo para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia, São Paulo conhece bem a «insondável riqueza de Cristo» (Ef 3, 8), «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1,2).

ra. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a Sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt 11,30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua «rica pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o Seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogênito (cf. Rm 8,29).

O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana. Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. (...) Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!

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Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer Em que consiste então esta também que só há uma verdadeira pobreza com a qual Jesus nos li- miséria: é não viver como filhos berta e torna ricos? É precisamen- de Deus e irmãos de Cristo. te o seu modo de nos amar, o seu Poderíamos pensar que este aproximar-Se de nós como fez o «caminho» da pobreza fora o de Bom Samaritano com o homem Jesus, mas não o nosso: nós, que abandonado meio morto na berviemos depois d’Ele, podemos ma da estrada (cf. Lc 10,25-37). salvar o mundo com meios humaAquilo que nos dá verdadeira linos adequados. Isto não é verdaberdade, verdadeira salvação e de. Em cada época e lugar, Deus verdadeira felicidade é o seu amor continua a salvar os homens e o de compaixão, de ternura e de parmundo por meio da pobreza de tilha. A pobreza de Cristo, que nos Cristo, que Se faz pobre nos Saenriquece, é Ele fazer-Se carne, cramentos, na Palavra e na Sua tomar sobre Si as nossas fraqueIgreja, que é um povo de pobres. zas, os nossos pecados, comuniA riqueza de Deus não pode pascando-nos a misericórdia infinita sar através da nossa riqueza, mas de Deus. A pobreza de Cristo é sempre e apenas através da nossa a maior riqueza: Jesus é rico de pobreza, pessoal e comunitária, confiança ilimitada em Deus Pai, animada pelo Espírito de Cristo. confiando-Se a Ele em todo o moÀ imitação do nosso Mestre, mento, procurando sempre e apenas a Sua vontade e a Sua glória. nós, cristãos, somos chamados É rico como o é uma criança que a ver as misérias dos irmãos, a se sente amada e ama os seus pais, tocá-las, a ocupar-nos delas e a não duvidando um momento se- trabalhar concretamente para as quer do seu amor e da sua ternu- aliviar. (...)

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Ser Restaurado para Restaurar

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PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE Recordo-me de um presente que recebemos do Papa emérito Bento XVI no dia de 29 de junho de 2009. Mais de oito anos se passaram e seu conteúdo continua atual. Trata-se da carta encíclica “A caridade na verdade”. Entenda-se a palavra “caridade” como “amor” em suas diversas expressões. O amor tem sua origem em Deus, Amor Eterno e Verdade Absoluta. Estar a serviço da verdade é uma forma imprescindível de manifestação do amor. A Encíclica papal não tem por objetivo oferecer soluções técnicas para os vastos problemas sociais do mundo, já que tal atribuição não compete ao magistério da Igreja católica, mas sim recordar os grandes e indispensáveis princípios para o desenvolvimento e, entre eles, a atenção devida ao ser humano em razão de sua dignidade e voca-

ção. Em outras palavras, o Papa elenca os grandes princípios que se revelam indispensáveis para o verdadeiro desenvolvimento humano, pessoal e global.

lado do bem individual, busca-se o bem comum, exigência da justiça e da caridade. Trabalhar pelo bem comum é uma forma concreta de amar, desde que as Analisando a atual realida- razões estejam sustentadas na de econômica e social, o Santo caridade. Padre descortina uma série de O Santo Padre exalta a liproblemas que colocam em ris- berdade praticada com responsaco a própria humanidade. Afir- bilidade, sublinha a importância ma, categoricamente, que não há do conceito de gratuidade que humanismo verdadeiro se este entende como capacidade de não estiver orientado ao Absolu- doar-se. A fraternidade, um dos to, razão última do ser humano. aspectos essenciais do cristianisNão é possível entender o desen- mo, é chamada a fazer-se presenvolvimento da humanidade sem te nas novas formas econômicas compreender profundamente o e redes de solidariedade. A Enser humano, que é, ao mesmo cíclica busca clarificar a mente tempo, seu sujeito e objeto. Ao dos responsáveis pela sociedade

Revista Comunidade Restauração • Fevereiro/2019

DOM FRANCISCO C. BACH Dom Francisco é Bispo da Diocese de Joinville/SC. Natural de Ponta Grossa/PR, foi ordenado sacerdote em 03 de dezembro de 1977 e nomeado Bispo em 2005 pelo Papa Bento XVI , sob o lema “In Manus Tuas”.


PALAVRA DA IGREJA

a uma nova visão de economia marcada pela solidariedade e gratuidade, contrapondo ao capitalismo radical que ignora o valor da pessoa humana e fixa-se apenas no lucro obtido.

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que tal norma é válida para si e para todos os seus semelhantes. O desenvolvimento pessoal exige ações realizadas pelo bem de todos.

É possível um futuro melhor para todos, mas este pressupõe a redescoberta dos fundamentais valores éticos de responsabilidade diante do Senhor e do ser humano, constituído para ser instrumento Recordando princípios so- de seus dons, para difundir a caridade, ou como diz o Papa, para ciais pontuados em encíclicas “tecer redes de caridade”. (...) sociais anteriores, afirma que é indispensável refletir sobre o futuro do ser humano a partir de uma nova visão de economia e mostrar que humanismo, desenvolvimento e espiritualidade estão interligados entre si. O crescimento integral do ser humano comporta necessariamente promover o homem todo e todos os homens. No projeto amoroso do Pai, o ser humano, feito para ser feliz, apropria-se da felicidade à medida que desenvolve as várias dimensões do seu ser, ciente de

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Edição nº 106


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Ser Restaurado para Restaurar

FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS Todos os anos, no Brasil, a Igreja escolhe um tema para estudarmos e aprendermos durante a Quaresma, que é o período antes da Páscoa. Você já ouviu falar sobre a Campanha da Fraternidade?

Fraternidade e Políticas Públicas é o tema escolhido para 2019, e tem o objetivo de nos levar à participação nas políticas públicas para vivermos todos como irmãos, como Jesus nos pediu. As políticas públicas estão relacionadas aos nossos direitos, como: educação, saúde, segurança, trabalho, lazer, moradia, enfim... tudo o que precisamos para viver com dignidade como filhos amados de Deus. Mesmo sendo criança, é importante que você entenda e também participe dessa discussão, pois ainda que seja pequeno, você também possui direitos.

para

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RESTAURADINHOS

Nesta Quaresma, além de se preparar para a Páscoa, converse com o papai e a mamãe, e toda a sua Família, para que juntos possam colaborar na sua formação e de tantas outras crianças, já que as crianças são o futuro do nosso País.

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Então, como podemos viver essa Quaresma?

E não esqueça: quando somos justos e agimos corretamente para com o próximo, Deus nos recompença com muitas bençãos, e derrama o amor em nossos corações pelo poder do Espírito Santo!

Restauradinho do mês!

Você também pode aparecer por aqui! Peça ao papai, ou a mamãe, para enviar a sua foto para o e-mail: revista@comunidaderestauracao.org

Essas 3 prin cesinhas sã o netas que fazem ca minho na Com do Vilson e da Ivânia, Que Deus co unidade Res ntinue aben çoando muito tauração. a Família de vocês, Resta uradinhas!

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No Restauradinho do Mês a Vallentina, a Brenda e a Maria Laura.


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PROJETO FAMÍLIAS RESTAURADAS PARA DEUS

COMPAIXÃO: COMBUSTÍVEL PARA O AMOR Querido Sócio,

DEMONSTRATIVO FINANCEIRO

De uma maneira geral, não importa o que possuímos, a forma como enxergamos, mas sim a maneira como sentimos. Para isso, precisamos deixar que desabroche em nós o dom da compaixão, que significa a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro e sofrermos o seu sofrimento. A compaixão é o combustível do amor porque precisamos nos colocar constantemente no lugar do outro, ou seja, ter empatia pelo próximo para que tenhamos o desejo de ajudá-lo; para sentirmos por ele compaixão, sofrermos a sua dor e auxiliá-lo. Jesus era tomado de compaixão pelo sofrimento alheio. O Evangelho registra que em suas andanças “por todas as cidades e povoados”, ao ver as multidões, tinha compaixão delas “porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor” (cf. Mt 9,35-38). A compaixão de Jesus pelo sofrimento alheio ia muito além do mero sentimento. Ele se entregava ao ministério de aliviar os outros de suas dores. É exatamente isso que cada Sócio e Sócia da Comunidade Restauração realiza quando se dispõem a contribuir com esta Obra de Deus: demonstra compaixão pelas Famílias que sofrem desfiguradas pelo pecado.

RECEITAS - NOVEMBRO 2018 SALDO FINAL - OUTUBRO 2018

R$ 1.124,38

SÓCIOS E BENFEITORES

R$ 13.280,01

OFERTÓRIO/COLETAS

R$ 650,95

DOAÇÕES NÃO IDENTIFICADAS

R$ 372,40

LIVRARIA

R$ 0,00

EVENTOS, AÇÃO ENTRE AMIGOS (prêmios e carro)

R$ 13.691,19

EMPRÉSTIMOS

R$ 14.285,00 R$ 42.279,55

DESPESAS - NOVEMBRO 2018 DESPESAS NÃO PAGAS DE OUTUBRO NEGOCIADAS E PAGAS NO MÊS DE NOVEMBRO

R$ 16.615,08

MANUTENÇÃO DA COMUNIDADE (energia elétrica, água, IPTU e taxa de lixo)

R$ 722,18

DESPESAS ADMINISTRATIVAS/DIVERSAS (materiais para escritório, formações, entre outras)

R$ 1.335,85

SERVIÇOS TERCEIRIZADOS (serv. gráf., postagens, serv. digitais, telefonia, internet)

R$ 4.475,63

INVESTIMENTOS

R$ 109,00

DESPESAS DEPARTAMENTO DE EVENTOS

R$ 617,82

LOCAÇÃO DE IMÓVEIS (Missionários Comunidade de Vida)

R$ 1.604,86

RECURSOS HUMANOS (salários, impostos e benefícios)

R$ 13.158,35

Obrigado pelo amor que você e sua Família têm oferecido à Comunidade para que o Carisma “Ser Restaurado para Restaurar” continue a sua obra de Restauração.

DEPESAS BANCÁRIAS (tarifas)

R$ 323,94 R$ 38.962,71

SALDO FINAL - NOVEMBRO

R$ 4.441,22

ANIVERSARIANTES DO MÊS

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SÓCIOS 1 Cleusa Mª Santos Henchel Vasco Eduardo Besen 2 Maria Novaes Ciz Rafael Visentainer 3 Andrieli da Luz Denise de Freitas Pereira Eliane Mara Cercal Sidnei Salzano Campos 5 Clarindo Francisco Fantoni Viviana Cristina Pesenti 6 Jane Sestren Maria Eduarda Oliveira 7 João Batista da Silva Vinicios Possamai Kukla 8 Esvanir Wilbert Hack Karla Andrea S.C. Adriana Mariluce Aparecida Kerber Rosemary Marcelino 9 Benivo da Silva Milena Padilha 10 André Luiz Vieira Elisa Matilde B. da Silva Eloiza Dalacosta Kohler Luciani Cardozo

Rodolfo E. Kuntz Tiago de Mira Wiggers 11 Luiz Alamini Bralessi Maria Pacheco Monteiro 12 Ademir Franzner Fernanda Buzzi Bertoldi Marisa S. F. Petri Nara Domiciano José Ap. Otília Brasileiro Garcia Rafaela Bissoni 13 Adão Leopoldo Jaeger Lenir Maria Serozini Simone Carina Trentini 14 Hélcio Bernardes Tatiane A. Becker Gonçalves 15 Geraldo M. de Araújo 16 Alexandre André Vieira Daniele Wolf Dulcineia Maia Maria Auxiliadora dos S. Terezinha de Lourdes Max 17 Adriano da Silva Catarina Zulino Benigno Jacira Lopes da Motta

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18 Graziela Pinheiro Iracelia da S. Leite 19 Lucia Demétrio 20 Andrea Giovanella Gilson Leandro Janete Vicente Dalsenter 21 Ademar de Souza 22 Mª da Conceição de O. Maria Salete da Silva 23 Anildo da Cruz Teresa Maria Belegante 24 Manuela Del Rio Maria Goreti M. Bernardo Sarandymes Zolda Senem Stela M. Pepes dos Santos Tatiane Mello da Rosa 25 Lindamara M. de Miranda 26 Cristina Carvalho Maikon Felipe da Silva Nair Mello Farias 27 José Donildo de Freitas Laercio Roela Márcio Foit Norma Erimeri

Roberto Cesar Ribeiro 28 Cacilda Schulze Kloppel Genésio Prá Vitorio Manoel Vicente Vieira Erotides Aparecida da Rocha Marli Dulcenea Nascimento CASAMENTO 1 Maria da Silva e Esposo 4 Matilde Buzzi e Esposo 6 Valdinei Bruske e Esposa 15 Rosimari P. Kukla e Esposo 19 Maria R. Macedo e Esposo 21 Ruth Mª A. Lorenzi e Esposo 23 Circe D. Jaeger e Esposo MEMBROS 1Tereza dos Santos Silva Marcos Wille 3 Reginaldo Farias 7 Eduardo Cezar Araújo

Parabéns




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