CLIPPING DO VAREJO
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HOPPING CENTER
Shopping Centers Operam com 55% das Lojas Vagas De acordo com um estudo feito pelo Ibope Inteligência, os 20 shopping centers abertos em 2016 no Brasil operam com uma vacância média de 55% – ou seja, mais da metade das lojas estão vagas. Segundo pesquisas anteriores do Ibope, a situação difícil já
tinha sido registrada antes. Os shoppings abertos entre 2013 e 2015, por exemplo, vinham operando com 45% das lojas vazias. Entretanto, houve uma pequena queda na vacância no último ano. No ano passado, a vacância, em número de lojas dos shoppings consolidados
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ficou em 8,5%, ante 9,1% em 2015, nas contas do Ibope. Mas, em área, o recuo foi maior: a ociosidade estava em 7,6% em 2015 e recuou para 5% em 2016. (Giro News – 04/04/2017)
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ERCADO
Saraiva sai na frente em disputa pela Fnac no Brasil Depois da notícia de que a Fnac estaria saindo do Brasil, e aentrevista da empresa com a explicação de que ficará no país, mas busca um sócio, é a vez da Saraiva aparecer como uma possível compradora do negócio. A informação é da Reuters. Segundo a agência, a então concorrente teria surgido como uma possível compradora do negócio brasileiro da varejista de livros e eletrônicos. O processo de compra corre em sigilo, mas a Fnac Darty confirmou a contratação do Banco Santander Brasil para a assessoria financeira no processo. Ainda de acordo com a Reuters, o banco já teria entrado em contato como uma lista de investidores, que incluiria General Atlantic LLC, Advent International, HIG Capital LLC e a Península Participações, que controla a fortuna do empresário Abilio
Diniz. Procurada por EXAME.com, a Fnac ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Em consolidação A crise das varejistas de livros e eletrônicos é uma realidade há alguns anos, não só no país, como no mundo. Os negócios vêm sendo abalados pela mudança de comportamento dos consumidores, atrelada à retração de consumo dos mercados e à forte concorrência com a Amazon. No Brasil há cerca de duas décadas, a Fnac no Brasil opera com 12 lojas e o negócio representa 2% das vendas anuais do grupo, estimadas em 7,4 bilhões de euros. No entanto, com a queda das vendas nos últimos anos, a operação tem caixa suficiente para se manter com seus atual capital de giro, mas precisa de recursos de fora para conseguir expandir o
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negócio. A consolidação é uma realidade também do setor no Brasil. Em março, a Livraria Cultura, outra que vêm passando dificuldades, negou que estivesse em negociação de venda para a Saraiva. Por sua vez, a Saraiva tem reduzido sua aposta nos livros e ampliado espaço para tecnologia, games e aluguel de área para cafés. (Exame – 07/04/2017)
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Unilever anuncia saída do negócio de margarinas A gigante anglo-holandesa de bens de consumo Unilever anunciou nesta quintafeira (6/4) planos para sair da divisão de margarinas, combinar duas de suas principais unidades de negócio e impulsionar os retornos para os acionistas com um maior dividendo e um programa de recompra de ações. As medidas são resultado de uma revisão estratégica e surgem num momento em que o presidente Paul Polman tenta acalmar os investidores, depois de rejeitar uma oferta de aquisição de US$ 143 bilhões feita pela rival Kraft Heinz. A empresa, que inclui as marcas Hellmann’s e Dove, disse que o futuro do negócio de margarinas – onde é dona das marcas Becel e Flora, entre outras – está agora “fora do grupo” e será vendido ou separado das operações principais.
Os analistas estimam que a unidade pode valer entre 7 bilhões de euros e 8 bilhões de euros. Apesar do crescimento lento, a unidade não é apenas mais um negócio para a Unilever. A empresa foi formada em 1929 por meio de uma fusão entre a fabricante de sabão britânica Lever Brothers e a empresa holandesa de margarinas Unie, fundada em 1872.
Alimentos e bebidas juntos A Unilever anunciou também que vai combinar as unidades dos alimentos e de bebidas, com o objetivo de impulsionar o crescimento e reduzir custos. No geral, a companhia disse que as várias iniciativas permitirão reduzir os custos de 4 bilhões de euros a 6 bilhões de euros. A empresa também anunciou que pretende recomprar até 5 bilhões de euros em ações este ano e que vai aumentar os dividendos em 12%. A
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última recompra de ações da Unilever ocorreu em 2007. Seu último dividendo especial foi em 1999. O objetivo da companhia, após a reestruturação, é atingir uma margem operacional de 20% em 2020, em comparação com 16,4% em 2016. A empresa tem lutado para crescer volumes nos últimos trimestres, contando com aumentos de preços para aumentar a receita, algo que Polman considera insustentável. Nas bolsas, a cotação da Unilever recuou nos meses anteriores à abordagem da Kraft, por conta de um crescimento mais lento das vendas em 2016, afetada por problemas em grandes mercados como a Índia e o Brasil. As ações da companhia sobem 1,15% em Londres na manhã desta quinta-feira, para 39,85 libras. (Supermercado Moderno – 06/04/2017)
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Magazine Luiza anuncia aquisição da startup de tecnologia Integra O Magazine Luiza adquiriu a startup de tecnologia Integra Commerce, de Minas Gerais, especializada na integração e gestão de relacionamento entre lojistas e marketplaces. Segundo o Magazine Luiza, a aquisição acaba com a necessidade de intermediação de terceiros para lojistas que quiserem fazer parte do marketplace da rede. Em comunicado, o Magazine Luiza revela que a Integra é utilizada por mais de
200 lojistas, como a MadeiraMadeira, Época Cosméticos, Casa América, Whirlpool e DBestShop. “Além de reduzir os custos gerais da plataforma, os parceiros têm à disposição funcionalidades como a gestão de preços, estoques e fretes, incluindo tracking de produtos”, diz a varejista. A companhia aposta nesse tipo de negócio para desenvolver seu comércio eletrônico. O marketplace consiste na venda
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de produtos de lojas na página do Magazina Luiza, nesse caso, que cobra uma taxa para abrigar os produtos destas varejistas. O marketplace do Magazine Luiza foi criado em 2016 e, segundo a companhia, tem mais de 220 mil itens. Os 24 funcionários da Integra passam a fazer parte do Luizalabs, o laboratório de inovação do Magazine Luiza. (Eletrolar – 04/04/2017)
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varejo.espm.br/cursos
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Grupo Melitta compra marca mineira Café Barão A Melitta, multinacional alemã especialista em café e presente, anuncia que é a nova detentora do tradicional Café Barão, com sede na cidade de Piumhi, em Minas Gerais. De acordo com comunicado da empresa, a aquisição da marca – pertencente ao Grupo Mogyana – tem como principal objetivo a ampliação dos negócios em Minas Gerais, mantendo a estratégia da companhia de expandir sua presença nos lares brasileiros. Segundo Marcelo Del Nero Barbieri, presidente da Melitta para a América do Sul, a história de crescimento da companhia é baseada em uma estratégia focada em inovação, lançamentos de sucesso e aquisição. “A empresa identifica mercados e marcas com forte aceitação e potencial de crescimento. E, com toda a sua expertise, trabalha para ampliar os negócios – próprio e das marcas adquiridas –, aproveitando sinergias
para oferecer produtos de qualidade em que o consumidor possa confiar para servir café aos amigos e familiares. Essa aquisição vai ao encontro disso”, explica o executivo. O Grupo Melitta manterá a operação atual do Café Barão e fará investimentos para desenvolver ainda mais essa marca, além de elevar a capacidade de produção, para que ambas as empresas possam crescer no estado de Minas e em outras regiões. A Melitta do Brasil representa o segundo maior faturamento do grupo em todo o mundo, atrás somente da matriz na Alemanha. A multinacional chegou ao Brasil em 1968. Oito anos depois, adquiriu a fábrica Celupa, em Guaíba (RS), onde passou a produzir seus filtros de papel, produto com o qual a empresa é líder no país. Em 1980, construiu sua primeira torrefadora na cidade de Avaré (SP). Em 2006, adquiriu
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o Café Bom Jesus, torrefadora de Bom Jesus (RS). A partir de agora, é detentora também do Café Barão, marca fundada há 25 anos na cidade de Piumhi (MG).
(Supermercado Moderno – 06/04/2017)
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Ralph Lauren é a mais recente vítima da nova era para varejistas Helen Gardner, fazendo compras na Quinta Avenida de Nova York com o namorado na terça-feira saiu da loja Polo sem ter comprado nada. “Meio que passou da moda”, disse a turista londrina de 28 anos. “Não é para os jovens.” Depois completou o ataque. Ela já comprou roupas Ralph Lauren, “mas só em outlets”, disse. Ralph Lauren, ícone do varejo, passou meio século vendendo sua fantasia do sonho americano à la Gatsby. Mas agora, aos 77, Lauren enfrenta a vida após o fim do sonho: às vezes as lojas emblemáticas são um pouco monótonas, os jovens usam o celular para procurar descontos nos jeans de US$ 245 e os famosos blazers azuis saem das prateleiras, mas só nos outlets. Assolada pelo declínio das vendas, a Ralph Lauren
Corp. anunciou na terçafeira que fechará sua loja principal na Quinta Avenida de Nova York como parte de uma reformulação de US$ 370 milhões. A atribulada companhia irá reorientar sua operação de comércio eletrônico e cortar um número não especificado de empregos. Este é o mais recente momento de humildade de Lauren, que passou décadas criando sua mitologia pessoal da aristocracia americana. Há apenas dois meses, a companhia anunciou a saída de seu CEO, Stefan Larsson, e a tarefa de atravessar um ambiente de varejo cada vez mais perigoso recaiu sobre o fundador. Na verdade, Ralph Lauren, a empresa, condensa as crescentes dificuldades enfrentadas pelos varejistas dos EUA como
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um todo, especialmente as companhias do setor de indumentária, como J. Crew Group, Gymboree e True Religion Apparel. A ascensão do comércio eletrônico deixou muitas lutando pela própria sobrevivência. Os consumidores se acostumaram com os descontos. E um endereço na vitrine de luxo de Manhattan já não é o que era antigamente. O turismo caiu, os aluguéis ficaram caros demais e também não ajuda que a segurança em torno da Casa Branca do Norte, a um quarteirão, tenha desviado o tráfego de pedestres. As taxas de desocupação na Quinta Avenida estão em torno de um pico histórico, de acordo com a Cushman & Wakefield.
(UOL – Stephanie Wong – 06/04/2017) Notícia completa em varejo.espm.br
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Amazon é considerada a varejista do ano. Conheça os próximos passos da gigante Gigante do varejo on-line, a Amazon foi considerada agora a pouco a varejista do ano, no World Retail Congress 2017, um dos mais importantes eventos de varejo do mundo que acontece nesta semana em Dubai (Emirados Árabes) e teve a cobertura de NOVAREJO. É fácil de entender os motivos para a vitória. Considerada varejista com maior valor de marca do mundo – avaliada em US$ 98 bilhões, um crescimento de 59% em relação a 2016 – a Amazon segue com investimentos fortes em tecnologia e uma estratégia forte de escalar o negócio geograficamente. Além do tradicional e-commerce, a gigante de tecnologia tem investido em streaming e produções de séries, tal como Netflix, sem contar na atuação no mercado de serviços corporativos, que já atendem a mais de 200 mil
pequenos e grandes negócios. O grande trunfo da companhia, porém, é o Amazon Prime, serviço de benefícios da companhia, que, segundo estimativas de mercado, já beira os 50 milhões de membros ou mais. O serviço tem impulsionado o crescimento da empresa. Os próximos passos da Amazon Há anos, a Amazon causa pesadelos em varejistas do mundo inteiro. Não contente em ter conquistado o mercado online, a gigante da internet pode, de fato, usar todo o seu conhecimento tecnológico para concorrer também em lojas físicas. E, de acordo com o jornal americano The New York Times, esse pesadelo pode estar se tornando realidade. Uma fonte da Amazon falou ao veículo sobre os planos da empresa (a fonte foi mantida no anonimato porque os planos seriam ainda confidenciais).
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E, depois de ter anunciado o que pode ser o supermercado do futuro, ela tem planos mais ambiciosos. As informações relatam testes que, se derem certo, podem mudar o modo de operação atual do varejo, já que com o tipo de automação que a empresa promete introduzir, as lojas tradicionais poderiam ser tiradas de sua zona de conforto. Ao mesmo tempo, investir em lojas físicas em diferentes lugares, a Amazon pode conseguir realizar seus planos de realizar entregas em poucas horas. A empresa está explorando a ideia de investir em lojas de móveis e eletrodomésticos, produtos que os consumidores relutam em comprar online. (NoVarejo – Camila Mendonça – Laura Navajas – 07/04/2017)
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-COMMERCE
Vendas online crescem 26,7% em fevereiro Enquanto as vendas totais ainda encontram um ambiente instável, o e-commerce não só continua a ter destaque como também teve o mais expressivo crescimento desde fevereiro de 2014, expandindo 26,7% em comparação a fevereiro do ano passado, sendo este o oitavo mês consecutivo de ganhos no setor. De acordo com SpendingPulse, indicador de varejo da Mastercard, considerando os últimos três meses, as vendas do canal
cresceram 19,3% comparadas ao ano passado, e acima dos indicadores do quarto trimestre de 2016. Entre os setores de vendas online, eletrônicos e móveis tiveram forte desempenho, enquanto vestuário, hobbies & livraria e produtos farmacêuticos ficaram abaixo do crescimento do e-commerce. “O ambiente econômico permanece desafiador. Mesmo com esse cenário, é
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importante pontuar que a confiança do consumidor teve um importante crescimento em fevereiro, comparada a janeiro de 2017”, afirma Kamalesh Rao, diretor de pesquisa econômica da Mastercard Advisors. “Nesse cenário, há a probabilidade de haver uma retomada gradual do varejo durante os próximos meses”, acrescenta Rao. (Supermercado Moderno – 06/04/2017)
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10/04/2017
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Este informativo é destinado à comunidade de interesse
sobre varejo, formada por alunos, ex alunos, professores e
funcionários de empresas parceiras do Retail Lab, o laboratório de Varejo do Núcleo de Estudos de Varejo da ESPM. Produzido por:
Núcleo de Varejo
Coordenação:
Prof. Ricardo Pastore