CLIPPING DO VAREJO
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UPER & HIPER
Lucro global do Carrefour cai 24% em 2016, a € 746 milhões O grupo varejista francês Carrefour anunciou hoje que seu lucro líquido caiu 24% em 2016, a 746 milhões de euros (US$ 787 milhões), pressionado por vendas mais fracas na Ásia e na França. A receita totalizou 78,77 bilhões de euros no ano passado, um pouco abaixo dos 78,86 bilhões de euros de 2015. Excluindo-se efeitos
cambiais e sazonais, além das vendas de gasolina, a receita líquida avançou 3,3%. Uma série de dificuldades, incluindo concorrência mais acirrada na França, uma reestruturação na China e a crise econômica no Brasil, tem prejudicado o Carrefour nos últimos meses, com suas ações acumulando queda de 12% no ano passado.
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O Carrefour também informou que vai manter seu dividendo estável em 70 centavos de euros, marcando a primeira vez que não o eleva desde 2012. Neste ano, o Carrefour prevê
que as vendas crescerão 3% a 5% a taxas de câmbio constantes. (Exame – 09/03/2017)
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UPER & HIPER
Casino registrou lucro de 2,68 bilhões de euros em 2016 A varejista francesa Casino, controladora do Grupo Pão de Açúcar, informou nesta terça-feira (7/3) lucro líquido de 2,68 bilhões de euros em 2016, revertendo prejuízo de 33 milhões de euros registrado no ano anterior. A receita da companhia subiu 2% no acumulado de 12 meses, para 36 bilhões de euros, na comparação com o ano anterior. “Em 2016, o Casino simplificou a sua organização e reduziu consideravelmente a sua dívida”, afirmou JeanCharles Naouri, presidente da companhia, na demonstração de resultados. “Em 2017, continuaremos a adaptação às novas tendências de consumo,
desenvolvendo formatos mais dinâmicos.” O grupo francês encerrou o ano de 2016 com uma dívida de 3,37 bilhões de euros, uma queda de 44,5% em relação aos 6,07 bilhões de 2015. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) subiu 0,5% em 2016, para 1,7 bilhão de euros. A companhia atribuiu o desempenho principalmente à recuperação do resultado na França e ao crescimento orgânico das operações na América Latina, com destaque para a rede Assaí. Em relação ao Brasil, o Casino informou queda no lucro comercial das operações,
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“devido aos programas de revitalização de vendas no Extra e ao ambiente econômico”. Além disso, a última linha do balanço foi beneficiada pela venda de ativos no sudeste asiático e pela reestruturação da Cnova, que repassou as operações brasileiras de comércio eletrônico para a Via Varejo. Para 2017, a companhia espera um crescimento de pelo menos 10% no lucro comercial consolidado em moeda constante e uma melhora na alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda. O indicador encerrou 2016 em 2 vezes. (Supermercado Moderno – 09/03/2017)
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ANAL FARMA
Drogaria Onofre muda projeto e aposta em novo conceito de loja A Drogaria Onofre, da CVS, inaugura nesta semana loja na Rua Oscar Freire, em São Paulo, com novo projeto, que tem a intenção de dar maior visibilidade às seções, facilitando a jornada de compra do cliente. O novo conceito de loja da marca pretende padronizar a aplicação da nova marca. “Nosso propósito com esse novo conceito é oferecer uma experiência prazerosa, dando maior autonomia aos nossos clientes. Tudo foi estrategicamente pensado. O layout, os mobiliários, a comunicação visual dos mundos/categorias e os conteúdos sobre os produtos suportaram a exposição do sortimento definido e foram planejados considerando o perfil e comportamento do nosso cliente”, explicou Elisangela Kioko, diretora-
geral da empresa. Com 209 metros quadrados de área de venda, a loja oferecerá cerca de 11 mil itens, de variadas marcas, que contemplam os quatro universos apresentados na loja. No universo Sentir-se bem são encontrados produtos de conveniência de saúde, medicamentos com prescrição e medicamentos isentos de prescrição; no Cuidar de Você são encontrados produtos de higiene, beleza e dermocosméticos para homens e mulheres; no Viver Melhor estão as vitaminas e itens destinados a diabéticos e pessoas da terceira idade; em Pais e Filhos são encontrados itens para grávidas e para o dia a dia dos bebês. Segundo a empresa, o novo projeto será replicado em todas as lojas da marca, mas
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não há previsão de quando isso irá acontecer. Ao todo, a Drogaria Onofre tem 37 lojas em 3 Estados do Brasil. Desde 2013 faz parte da a CVS Health, que conta com mais de 8 mil drogarias distribuídas por todo o território americano. (NoVarejo – Camila Mendonça 09/03/2017)
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HOPPING CENTER
BR Malls vende participação de 33% no Itaú Power Shopping A BR Malls Participações informa a venda de sua participação de 33% no Itaú Power Shopping (10,8 mil m2 de ABL próprio) localizado na cidade de Contagem, Estado de Minas Gerais, por R$ 107,0 milhões. Em comunicado enviado à Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), a empresa afirma que a venda está em linha com a estratégia de reciclagem de ativos da companhia de forma a gerar valor aos seus acionistas. “Essa foi a 11ª venda de participação em shopping center desde 2011”, destaca. Segundo a empresa, essa
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operação possibilita que a BR Malls utilize os recursos provenientes da venda para otimizar sua estrutura de capital e para investimentos que possuam maior rentabilidade. (Exame – 09/03/2017)
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varejo.espm.br/cursos
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ERCADO
J&F negocia a venda da Vigor para a Pepsico A J&F, controladora da Vigor, negocia a venda da empresa de lácteos para a multinacional Pepsico, de acordo com fontes do mercado. A Pepsico fez duas propostas para adquirir o laticínio brasileiro, mas não houve consenso sobre o valor da transação, conforme antecipou ontem (7/3) o Valor. Ainda que as conversas entre as duas companhias atualmente estejam em banhomaria, a reportagem apurou que a J&F segue interessada na venda da operação e, inclusive, tem conversado com outros potenciais compradores. Segundo fontes do setor, o último valor ofertado pela Pepsico foi de aproximadamente R$ 6 bilhões, o equivalente a um ano de faturamento da Vigor. No entanto, a J&F quer mais por sua empresa de lácteos, apurou a reportagem. As conversas entre as duas companhias ocorrem desde janeiro deste ano. A Vigor tem
50% da mineira Itambé, em sociedade com a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR). Fontes do setor afirmam que a J&F tem o desejo de sair da operação de lácteos, pois está focando em outras áreas, como o Banco Original, por exemplo. A J& F também é controladora da gigante de alimentos JBS, da Eldorado, de celulose, e da Alpargatas, entre outras. As informações de que a J&F teria interesse em vender a Vigor surgiram no mercado em outubro do ano passado. A Vigor ganhou espaço no mercado brasileiro de iogurtes no Brasil, especialmente nos últimos dois anos, com as vendas de iogurte grego. A empresa foi a primeira a lançar o produto no Brasil e acabou sendo beneficiada por essa estratégia em relação a outros concorrentes. A companhia também tem reforçado sua estratégia de marketing com investimentos
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fortes em mídia, não apenas do iogurte grego, mas também de outros produtos da marca, como queijos. Nos últimos anos, a Vigor também buscou ampliar as vendas para outras regiões do Brasil além do Estado de São Paulo, reconhecendo que ainda não é uma companhia nacional. Essa dificuldade de avançar no País, apesar de investimentos recentes, também pode explicar o desejo da J&F de se desfazer da Vigor, mas há outros fatores. De fato, o negócio de lácteos também é uma novidade na J&F, que acabou “herdando” a Vigor quando a JBS adquiriu o frigorífico Bertin, então dono da empresa de lácteos, em 2009. (Supermercado Moderno – 09/03/2017) Notícia completa em varejo.espm.br
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ERCADO
Varejo prepara ofertas para aproveitar dinheiro do FGTS De olho no dinheiro que entrará na economia por ocasião do saque das contas inativas do FGTS, grandes redes varejistas programaram promoções agressivas a partir desta quinta-feira (09/03). O Walmart vai iniciar a mais longa campanha dos últimos tempos. “Serão cerca de 100 dias de campanha”, diz o diretor-geral de Marketing, André Stvartman. Ele explica que a promoção vai durar todo o período de liberação de saques, que se estende até julho. A campanha envolve cerca de 3 mil itens, entre alimentos e não alimentos. Além dos
descontos de até 50%, será adotada a estratégia de “leve três produtos e pague dois”. Nas lojas do concorrente, o hipermercado Extra, a promoção começa na próxima sexta-feira (10/03). O foco das ofertas serão os eletrônicos, que foram negociados com as indústrias a preços mais acessíveis. O gerente de Marketing, Eandres Aguiar, diz que geladeira frost free terá descontos de até R$ 300. Além do corte no preço, os prazos de pagamentos, sem juros, no cartão próprio e no de terceiros serão alongados. A Via Varejo, dona das
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bandeiras Ponto Frio e Casas Bahia, não mexeu nos prazos e optou por focar a promoção no desconto sobre o preço à vista. Henrique Vendramini, diretor da Via Varejo, diz que a empresa pesquisou quais são os produtos mais desejados pelo consumidor e focou as promoções nesses itens. A campanha começa nesta quinta e vai até quarta-feira (15/03), dia do consumidor. A empresa avalia se repetirá as ofertas nas outras datas de saque do FGTS. (Diário do Comércio – 09/03/2017)
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-COMMERCE
E-commerce impacta nas operações de shoppings Ainda que a recessão venha interferindo na queda de vendas e de fluxo de consumidores, um fenômeno paralelo tem ocorrido no que se refere ao fechamento de lojas de grandes redes varejistas que atuam em shopping centers de todo o País. Se antigamente, as âncoras – em geral dos segmentos de vestuário, calçados, eletrodomésticos e eletrônicos – ocupavam um grande espaço nestes empreendimentos, no futuro é possível que as mesmas migrem de vez para o universo on-line, onde as vendas crescem a cada ano. Pelo menos esta é a visão de muitos consultores do setor, embasada por dirigentes de entidades representativas, a exemplo do Sindilojas Porto Alegre. Neste caso, a vantagem para estas empresas tem cunho econômico, uma vez que, ao apostar na internet e ao mesmo
tempo optar por manter as lojas físicas nas ruas, deixam de pagar os “altos” custos de ocupação. “Para quem opera em shopping, estes valores estão bastante elevados, muitas vezes incontornáveis até mesmo para os grandes”, explica o presidente da CDLPOA, Alcides Debus. “De uma forma geral, todos os varejistas têm sido afetados pelo Custo Brasil, e algumas contas não param de crescer, como os valores de recursos humanos”, justifica o gestor. Ele reforça que na contramão dos acordos sindicais, que garantem ao menos a reposição da inflação, as receitas dos lojistas têm caído, ou pelo menos se mantido estagnadas. E se antigamente os custos de ocupação de uma vaga em shopping representavam cerca de 6% do faturamento das empresas, atualmente estes índices chegam a um patamar superior a 20%, destaca Debus. “Também
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quando chega a hora de refazer os contratos, os shoppings não estão muito abertos a negociação”, completa. O consultor de varejo Claudio DAvila avalia que, se para pequenos e médios lojistas os custos de ocupação em ascensão em paralelo à queda das vendas já representam um cenário difícil, para algumas redes é “mais complicado” optar por manter uma operação onde os valores gastos com uma equipe maior são mais pesados. Ao mesmo tempo, quando se fala de uma grande rede, onde os acionistas não têm vínculo emocional, o processo de decisão de fechamento de uma unidade é mais racional, destaca DAvila. (Jornal do Comércio – Adriana Lampert – 06/03/2017)
Notícia completa em varejo.espm.br
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-COMMERCE
E-commerce inicia 2017 com alta de 15% nas vendas Enquanto o setor de varejo amarga quedas seguidas, o e-commerce segue à margem dos números negativos. Em janeiro, o setor verificou aumento de 15% nas vendas, em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo indicador SpendingPulse da Mastercard. No mesmo período, as vendas do varejo caíram 2,2%. Segundo o indicador, o aumento nas vendas do e-commerce verificado em janeiro é o sétimo seguido. Nos últimos três meses, as vendas no canal cresceram 17,8%, mantendo o mesmo crescimento do último trimestre de 2016. Dentro os segmentos do varejo digital, eletrônicos foi o que apresentou desempenho acima da média geral do segmento. Já móveis, vestuário, hobby e livrarias e produtos farmacêuticos ficaram abaixo do crescimento global do comércio eletrônico.
Varejo geral No mesmo período, as vendas do varejo caíram 2,2%, excluindo os segmentos de automóveis, materiais de construção e restaurantes. Apesar do recuo, houve alguns sinais de que os gastos dos consumidores estão aumentando: as vendas caíram 3,3% nos últimos três meses em relação ao mesmo período do ano passado, acima da queda de 4,6% ano a ano, registrada no quarto trimestre de 2016. Em janeiro, quatro setores superaram as vendas totais: vestuário, produtos farmacêuticos, materiais de construção e artigos de uso pessoal e doméstico. No outro sentido, móveis e eletrônicos, combustíveis e supermercados ficaram atrás do total das vendas no varejo. “O ambiente econômico ainda é desafiador, com um mercado de trabalho sem perspectivas de melhoras e queda da
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confiança dos consumidores. Esperamos uma queda contínua das vendas no varejo, mas há indícios de que a perspectiva esteja finalmente dando sinais de melhora”, afirmou em nota Kamalesh Rao, diretor de pesquisas econômicas da Mastercard Advisors. Restaurantes O indicador SpendingPulse passa a mensurar a partir deste mês o desempenho de restaurantes brasileiros. Em janeiro, o segmento registrou uma queda de 8,5% em relação a janeiro de 2016. (NoVarejo
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06/03/2017)
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Camila
Mendonça
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13/03/2017
CLIPPING DO VAREJO
Este informativo é destinado à comunidade de interesse
sobre varejo, formada por alunos, ex alunos, professores e
funcionários de empresas parceiras do Retail Lab, o laboratório de Varejo do Núcleo de Estudos de Varejo da ESPM. Produzido por: João do Carmo
Coordenação:
Prof. Ricardo Pastore