De Utilidade Pública: Estadual, Lei no 5579/65 / Municipal, deliberação no 2539/65
Palavra da Presidência
CONSELHO SUPERIOR Presidente: Ademir Antunes Carvalho Vice-presidente: Salomão Guerchon MEMBROS DO CONSELHO SUPERIOR Lúcio Ferreira de Azevedo, Domingos de Carvalho Rodrigues, Elida Gervásio Gouvêa, Joaquim Manuel de Sequeira Pinto, Ithamar Torres Mancen, José Dornas Maciel, José Luiz Valente Pascoal, Antonio Carlos Costa Pires e Robson Rodrigues Gouvêa. Suplentes:Gentil Moreira de Sousa, Marina Espósito Haddad. DIRETORIA ADMINISTRATIVA Presidente: Fabiano Gonçalves Vice-presidente: Roberto Mauricio Rocha Diretores: Luiz Antonio Francisco Vieira, Jorge Gentille, Manuel Alves Junior, Maúricio Nassib Zarife, Rogerio Rosetti Mendes e Oswaldo Rodrigues Vieira Suplentes: Rodrigo Cardoso Diuana/ Fausto Regis de Oliveira Reis Gerente Geral: Walter Monnerat CONSELHO EDITORIAL Fabiano Gonçalves, Joaquim Pinto e Walter Monnerat SERVIÇOS DA CDL Serviço de Proteção ao Crédito, Serviço de Relações com Usuários, Central de Informações, Central de Cadastro, Central de Processamento de Dados, Assessoria Técnica, Consultoria Jurídica, Serviço de Documentação e Divulgação e Serviço de Administração
Goldoni Comunicação (21) 2711-6459 | 3619-5840 www.goldonicomunicacao.com.br Editora e Coordenação: Kelly Goldoni - MTE: 34527/RJ e Lene Costa Redação: Goldoni Comunicação Diagramação: Alyne Gama Jornalistas: Aline Balbino, Thaila Frade, Kelly Goldoni e Lene Costa Fotos: Lene Costa e Thaila Frade Publicação dirigida da CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE NITERÓI, contendo legislação, índices econômicos e condensado de notícias e informações de interesses do comércio lojista. Distribuição: Câmaras de Dirigentes Lojistas, Associações Comerciais, Federações do Comércio, Sindicatos e demais entidades de classe do País, identificadas com as atividades do comércio, bem como empresários e executivos especialmente cadastrados. O LOJISTA utiliza as seguintes fontes para editar o condensado de notícias: O Globo, Jornal do Commercio, A Tribuna, O Fluminense e Diários Oficiais. Os índices, estatísticas e projeções são cuidadosamente compilados, de acordo com os últimos dados disponíveis no fechamento da edição. O uso dessas informações para fins comerciais e de investimentos é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários. IMPORTANTE: As matérias assinadas são de respnsabilidade de seus autores. Endereço para Correspondência Rua General Andrade Neves, 31, Centro, Niterói, RJ CEP: 24210-000 / Tel.Fax: (21) 2621-9919
Um novo Centro para Niterói! Nós acreditamos!
E
stamos em mais um encontro, agora marcado pela edição 536 de nossa revista O Lojista. Primeiramente, gostaria de falar sobre o projeto de revitalização do Centro de Niterói. A adoção de medidas para revitalizar a região Central tem sido para nós, empresários, uma grande preocupação. Até porque vemos diariamente este, que já foi o grande Centro comercial do estado do Rio de Janeiro, perder seu destaque. Neste sentido, retomamos nossas esperanças com o projeto “Um Novo Centro em Niterói – Eu acredito!”, pois acreditamos que assim um novo cenário para esta região está mais próximo. Mas para que isto seja possível, precisamos acreditar! E por este motivo convidamos nossa categoria a vestir esta camisa e, principalmente, a fazer parte deste movimento de mudança. Outro momento importante e que deve ser lembrado e comemorado está diretamente ligado à CDL Niterói, que no mês de maio completa 56 anos de representação como porta voz da classe empresarial/comercial e o poder público. Neste momento tão importante, em que todos os olhares estão voltados
para uma paixão nacional que é o futebol, não poderíamos deixar de fazer uma matéria para mostrar como os lojistas estão se preparando para o maior torneio mundial, a Copa do Mundo. Neste cenário, nós, empresários lojistas, não devemos nos esquecer de outro momento importantíssimo para o país, que são as eleições que ocorrerão apenas três meses depois da Copa Mundial. Por fim, como sempre, nossa revista através de um conteúdo com reportagens, notícias e serviços cada vez mais atualizados, pretende servir de canal para o cultivo da boa leitura, atualizando você, nosso amigo leitor, sobre todos os assuntos que circundam o mundo do empresariado comercial. Conto com vocês nesta luta por um Novo Centro! Até a próxima!
Fabiano Gonçalves Presidente
Impressão: Gráfica Primil (21) 3078-4300 Circulação Mensal Nacional | Tiragem: 10.000 Exemplares
CDL NITERÓI
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SUMÁRIO
CAPA
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Projeto de revitalização dará novos traços à cidade
03 Palavra da Presidência 06 Café Empresarial 10 CDL na história 14 Gestão empresarial 18 Jurídica 20 Gastronomia 21 Fique por Dentro 26 Por Dentro da CDL 27 Serviços CDL
FIQUE POR DENTRO
30 Copa do Mundo 32 Comércio Exterior 34 Personalidade 35 Agenda CDL 38 Coaching 40 Dia dos namorados 42 Fórum 45 Índice Informativo 46 Endomarketing
08 Transparência Fiscal: os dois lados da moeda
ACONTECE NA CDL
10 56 anos construindo uma história de luta em prol da classe lojista
Empreendedorismo
12 Marcas nascidas na cidade alcançam sucesso com suas franquias
matéria
16 Vendas aquecem com a entrada em campo
segurança
28 Investimentos em segurança entram na conta de comerciantes
notícias
31 Cheques devolvidos no primeiro trimestre diminuem
cidades
36 Otimismo e união entre as entidades empresariais
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POR DENTRO DA cDL
37 Antônio trabalha há 26 anos na CDL e não planeja aposentadoria
CDL NITERテ的
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Café Empresarial
Café empresarial foca na segurança
CDL recebe Coronel Gilson Chagas
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Café Empresarial do mês de maio na Câmara dos Dirigentes Lojistas de Niterói homenageou o Dia das Mães, o aniversário de 56 anos da CDL e trouxe para o debate o tenente-coronel Gilson Chagas Filho, comandante do 12°Batalhão da Polícia Militar, de Niterói. Em um bate papo com as principais lideranças das entidades comerciais, como Luiz Paulino, presidente da Associação Comercial de Niterói; Charbel Tauil, presidente do Sindilojas; e diversos comerciantes da cidade, o tenente coronel esclareceu dúvidas e apresentou estratégias de segurança para a região. “Temos realizado um monitoramento ostensivo em toda a cidade com a chegada de novos policiais e também de viaturas. Além disso, temos uma série de palestras diárias com nossos homens para identificar quais as
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Fabiano Gonçalves, Presidente da CDL Niterói; Luiz Paulino, presidente da Associação Comercial de Niterói; tenente-coronel Gilson Chagas Filho, Comandante do 12°Batalhão da Polícia Militar de Niterói; Charbel Tauil, presidente do Sindilojas; Luiz Antonio Francisco Vieira, diretor da CDL Niterói
Café Empresarial
principais demandas que os efetivos precisam atuar de acordo com o nosso Sistema Integrado de Metas (SIM)”, informou. Entre os assuntos abordados, também foi debatida a necessidade de maior integração dos diferentes setores do poder público, como mudanças na lei federal, das polícias militares e civil e a atuação do Ministério Público. “De maneira informal, eu criei um banco de dados sobre as prisões que efetuamos. A nossa maior preocupação é sobre a reincidência de criminosos em ações em que são pegos em flagrante e não permanecem presos”, revelou o tenente coronel para exemplificar sobre a necessidade do trabalho conjunto. Atento na plateia, o empresário Rogério Rosetti ressaltou que o clima de insegurança provocado por boatos recentes também lhe prejudicou nos recentes fatos ocorridos em abril. “Concordo com o coronel de que é preciso aumentar o diálogo com as outras polícias. Senti falta da presença da polícia civil, federal e também da guarda municipal”, acrescentou. Já para o presidente do conselho, Leandro Santiago, que também participou do bate papo, os portais de segurança podem auxiliar nas medidas preventivas de segurança da cidade e informou que há planos para a instalação de câmeras de vigilância em pontos próximos aos acessos da Ponte. “Temos conversado com a Polícia Rodoviária Federal para a instalação de postos de guarda nas alças de acesso em Niterói e também no Rio”, adiantou. Festividades Com a presença de um dos fundadores da CDL, Salomão Guerchon, foi cantado parabéns e servido um bolo para os presentes em comemoração aos 56 anos da CDL Niterói. Para celebrar o mês das mães, foram sorteados diversos brindes, oferecidos por parceiros da entidade. Foram sorteados presentes das Óticas Carol, da Berdine Semi-Jóias, Sítio Carvalho, Nippon, Rede Tamoio, Maná, Natura e Andrea Lima. l
Élida Gervársio Gouvêa, conselheira da CDL Niterói; Ademir Antunes Carvalho, Presidente do Conselho; Roberto Mauricio Rocha, Vice-Presidente Administrativo; Charbel Tauil, Presidente Sindilojas Niterói; Luiz Paulino Moreira Leite, Presidente ACIERJ
Charbel Tauil, presidente do Sindilojas; Salomão Guerchon, um dos fundadores da CDL Niterói; Luiz Paulino Moreira Leite, presidente da Associação Comercial de Niterói; tenente-coronel Gilson Chagas Filho, Comandante do 12°Batalhão da Polícia Militar de Niterói.
Representes da CDL Niterói celebram os 56 anos da entidade CDL NITERÓI
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Fique por Dentro
Transparência Fiscal: os dois lados da moeda Informação ao consumidor preocupa comerciantes
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s mais observadores já devem ter reparado que a nota fiscal apresenta uma série de letras e percentuais junto aos preços e traz uma série de informações de tributos fiscais pagos sobre aqueles produtos adquiridos. A medida é fruto da Lei da Transparência Fiscal (12.741/2012), que estabeleceu que em toda venda ao consumidor de mercadorias e serviços terão que constar, nos documentos fiscais ou equivalentes emitidos, o valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja incidência influi na formação dos respectivos preços de venda.
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A Lei nº 12.741/2012 nasceu de uma movimentação idealizada por diversas associações comerciais, que coletaram mais de 1,5 milhões de assinaturas, por meio do movimento De Olho no Imposto. O intuito era tornar claro à população em geral que os tributos são pagos pelo consumidor em todas as operações comerciais - mesmo nos casos em que o consumidor é o contribuinte de fato, sendo outra pessoa (o comerciante ou prestador de serviço, que, no caso, é o contribuinte de direito) a responsável pelo recolhimento dos tributos aos cofres públicos. Como o projeto surgiu através da mobilização popular, para o responsável por ela, o presidente do Senado,
Renan Calheiros, a nova lei significa um novo momento de civilidade para a população. “O espírito da lei é corrigir uma deformação histórica – o da sociedade que não tem plena consciência e quase nunca invoca sua condição de contribuinte. No Brasil, o imposto sempre foi disfarçado, como se fosse um mero detalhe nas relações de consumo”, afirma o presidente do Senado no texto. Com a nova lei, acrescenta Renan Calheiros, o cidadão brasileiro terá maior capacidade para fiscalizar o uso do dinheiro público. “Mais do que eleitor, consumidor e trabalhador, é quando se descobre como contribuinte que o indivíduo
Fique por Dentro adquire, perante o Estado, a consciência de que tem direitos e de que pode e deve exigi-lo”, argumenta o parlamentar. Pela lei, os tributos que deverão ser informados no documento fiscal são: Imposto sobre Operações relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF); Contribuição Social para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) — (PIS/Pasep); Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social(Cofins). Para quem vende produtos importados, a lei da transparência também se aplica. A legislação impõe a discriminação nos casos em que o produto possui mais de 20% de componentes
Os comerciantes tiveram um ano para se adaptar à lei e os que não aumprirem, a partir do dia 10 de junho, poderão ser punidos com multas ou insumos importados. Na nota fiscal, os impostos de importação devem estar claros, indicando o percentual que representam no valor final. “A tributação de importado é diferente da que se refere a produto nacional. Essa informação deve ser prestada pela indústria ou pelo importador, para que a empresa que venda ao consumidor final a mostre na nota”, ressalta o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral. Os comerciantes tiveram um ano para se adaptar à lei e os que não a
cumprirem, a partir do dia 10 de junho, poderão ser punidos com multas. Para o presidente do IBPT, é necessário regulamentar a fiscalização, uma vez que vários órgãos podem fazê-la, cada um seguindo um critério. “Os Procons de todo o país atuam de forma independente. Há os municipais e os estaduais, por exemplo, e cada um pode ter uma interpretação da lei, inclusive sobre quem é consumidor final. Existe, então, a necessidade de haver um disciplinamento dizendo o que deve ser fiscalizado e quais os limites da fiscalização”, pontua. n
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CDL na história
56 anos
construindo uma história de luta em prol da classe lojista
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uem passa pelo imponente prédio sede da CDL Niterói não imagina quanta história há por trás de seus andares. A CDL, ao longo dos anos, foi crescendo e se transformou em uma verdadeira vanguardista na luta por melhorias para a classe do empresariado lojista. Mas chegar até aqui não foi fácil. Foram anos de trabalho incansáveis, realizados até os dias de hoje, por um time de guerreiros formado ao longo desta trajetória por 21 presidentes, corpo diretor e funcionários. E é para lembrar este caminho que esta matéria contará, em uma breve narrativa, um pouco da história construída pela Câmara Dirigente dos Lojistas de Niterói. Com início no final do ano de 1957, a Cdl Niterói nasce em um período crítico para os lojistas, que apavorados com o alto índice de inadimplência, resolveram unir forças para formar um grupo que lutasse contra esta situação. Entre estes comerciantes ávidos por solução encontravam-se os comerciantes Alberto Guerchon e Francisco Vianna Filho. Em meio as soluções propostas por eles estava formar uma fundação, ou melhor, uma entidade que pudesse defendê-los dos inadimplentes.
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Não há dúvidas de que os fundadores da entidade foram verdadeiros heróis, não só pela perseverança, mas, principalmente, pela paciência em fazer um verdadeiro trabalho de convencimento entre os lojistas Foi assim, diante deste contexto, que este grupo formado por lojistas abnegados resolveu fundar o então Clube Diretor de Lojista de Niterói, tendo por base a entidade, com o mesmo nome, localizada no Rio de Janeiro. Os primeiros anos da entidade na cidade fluminense foram de muitos desafios, entre os quais o de fazer com que os lojistas disponibilizassem seu cadastro de negativo para que a jovem CDL Niterói formasse seu banco de dados. Pouco a pouco, a entidade formou um cadastro de inadimplentes que alimentava as consultas realizadas por telefone pelos lojistas e que os as-
segurava dos maus pagadores. Uma curiosidade que se alia à voz feminina e paciência exercida ao atendimento aos lojistas é que neste setor de atendimento só trabalhavam mulheres. Não há dúvidas de que os fundadores da entidade foram verdadeiros heróis, não só pela perseverança, mas, principalmente, pela paciência em fazer um verdadeiro trabalho de convencimento entre os lojistas. “Não foi fácil fazer com que os lojistas entendessem que o serviço que a CDL, ainda Clube, estava oferecendo era de suma importância antes de efetuar a venda e garantir o pagamento. Mas, com muita luta, estes pioneiros conseguiram aglutinar um número de associados que acreditaram na ideia, possibilitando o início da trajetória da entidade”, explica o gerente
CDL na história geral da entidade, Walter Monnerat. O primeiro endereço da CDL Niterói foi a Rua José Clemente, em uma pequena sala, mas com o passar do tempo e com o crescimento, a entidade mudou-se para algumas salas na Rua Eduardo Gomes, nº 13. Neste endereço a CDL chegou a ter em pleno funcionamento 10 apartamentos próprios e mais sete alugados, onde eram prestados, além do serviço de consultas, cursos voltados para a qualidade no atendimento ao cliente. Daí por diante, foi uma evolução gradativa motivada por uma luta constante. Foram anos de muito trabalho e a entidade crescia ano a ano. Este crescimento alimentou entre os diretores da CDL Niterói um grande sonho, que era fazer com que a CDL, que funcionava em um prédio residencial, conseguisse sua sede própria. Embora este ainda fosse um sonho distante, pouco a pouco os responsáveis pela direção da CDL naquela época começaram a juntar dinheiro para esta nova jornada. Primeiro vieram a comprar duas lojas localizadas na Rua Gen. Andrade Neves, onde mais tarde seria erguida a matriz da entidade. No entanto, as obras para construção do prédio sede só seriam iniciadas após a assinatura do contrato, em 1997. A partir de então, foram dois anos de obras intensas. E durante este período de construção
uma pessoa exerceu um papel fundamental: o ex-presidente, Manoel Alves (in memorian). Assim, em julho de 1999, as obras foram concluídas e o prédio foi inaugurado na posse do presidente José Luiz. Contudo, a mudança definitiva só aconteceu seis meses mais tarde, no dia 8 de janeiro de 2000, por conta de providências referentes à telefonia, informatização, entre outras. Certamente não podemos deixar de honrar o associado por esta conquista, mas jamais poderíamos nos esquecer do papel fundamental de dedicação e persistência do ex-presidente Manoel Alves, sem o qual esta conquista da entidade seria mais difícil. Prova desta importância se dá pela homenagem da diretoria da CDL, que nomeou o prédio, tão idealizado por ele e por todos os envolvidos, com o nome de Edifício Manoel Alves. Hoje, a CDL contempla 56 anos de uma trajetória de lutas incansáveis pelo comércio e pelos empresários da cidade de Niterói. O mais incrível é que este é apenas um trecho desta história, que continua sendo construída, todos os dias, por todos aqueles que acreditaram e acreditam na força da entidade, na importância do trabalho da CDL Niterói e na união da classe lojista que os representa hoje e sempre. À frente e avante! n
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Empreendedorismo
Pratas da Casa Marcas nascidas na cidade alcançam sucesso com suas franquias
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oragem, boas ideias e um faro apurado para seus negócios são algumas das características que podemos citar de um seleto grupo de empresários de Niterói. Diferentemente dos seus "clientes", eles resolveram transformar suas marcas em modelos a serem vendidos e comercializados como franquias. Niterói, a segunda cidade em número de franquias no estado (485 unidades), abriga pelo menos sete modelos de negócios prontos para serem reproduzidos em outras regiões. De acordo com as estatísticas divulgadas recentemente pela Associação Brasileira do Franchising, o estado do Rio de Janeiro é o segundo estado em número de redes, com 320 marcas.
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Neste cenário, o Rio representa 13,1% do faturamento nacional, somando um total de R$15.188 bilhões. A maioria das redes fluminense atua nos mercados de Alimentação (25,6%), Esporte, Saúde e Lazer (19,1%) e Vestuário (18,1%), o que mostra que o Estado está alinhado com o mercado nacional. Entre os segmentos que concentram a maior parte das unidades franqueadas no Rio de Janeiro estão alimentação, esporte, beleza, saúde e lazer; educação e treinamento, acessórios pessoais e calçados. Atualmente, marcas como Dress To, Ferni, Swains, Fun Shoes, Unhas Expressa, Crepe Delícia e Espaço Vip Juliana Paes possuem em comum, além do endereço na Cidade Sorrisso, o sucesso de seus negócios.
A "caçula" no mercado, a Crepe Delícia conta com duas unidades próprias (Icaraí e Caiobá, no litoral do Paraná) e 16 unidades comercializadas em apenas dois anos de vendas. Até traçar esse caminho, a empresária Marise Mandelli ouviu a proposta de diversos clientes, que, entusiasmados com a qualidade do produto, a questionavam sobre a possibilidade de outras unidades. "Eu fui atrás de pessoas competentes para me auxiliar quando senti segurança no meu negócio. A procura pela franquia acabou levando ao fato de Niterói ter hoje nove unidades da marca e, mais recentemente, busquei como sócio o Lucas Tauil, um cliente com habilidade administrativa, para me ajudar a expandir", lembra Marise.
Empreendedorismo Com investimento que varia de R$ 120 a R$ 200 mil, o Crepe Delícia focou o estado do Rio de Janeiro para iniciar suas operações e oferece ao franqueado auxílio na escolha do ponto, passando pelo treinamento e finalizando com o acompanhamento até 10 dias após a abertura do ponto comercial. Após esse período, o crescimento da marca e a taxa de retorno variam de seis a 18 meses, com visitas mensais da equipe de nutrição e dos próprios sócios. Mas quando o foco de venda foge do produto e passa a ser um serviço? O prazer de servir bem é ainda mais desafiador quando além de qualidade é preciso oferecer a agilidade que um serviço como a Unha Express oferece. Nascida em 2006 em um salão na Praça do Rink, o endereço atraía a vizinhança comercial que buscava serviços de beleza nos pequenos intervalos de que dispunham. O crescimento do salão comandando pela advogada Thabata Pires a levou a um dos seus potenciais públicos, o Plaza Shopping. Após abrir um espaço para atendimento personalizado dos funcionários do comércio do mall, no andar do estacionamento, apenas oferecendo serviços de manicure, a procura pelo público em geral cresceu e novas filiais surgiram. "Em 2010 eu já considerava que tinha conhecimento e capacidade para
fazer o meu negócio crescer. Obviamente o cenário econômico e o público que encontrei aqui me deram segurança para passar de empresária para franqueadora da minha marca", resume. Com investimento de R$ 60 mil, a preocupação de Thabata é que as novas unidades da Unha Express tenham marca, qualidade e todos os registros da Vigilância Sanitária em ótimo estado já na abertura de suas unidades, hoje espalhadas por locais como Barra, Resende e São Paulo. Mas como justificar o sucesso de marcas nascidas na cidade? A resposta é do presidente da ABF Rio, Beto Filho, que lista características importantes no cenário da cidade para explicar o êxito fora da "zona de conforto". "Niterói é uma cidade cosmopolita que possui público com alto poder aquisitivo, ávido por novidades e exigente", resume o dirigente. Aos interessados em ver seu negócio crescer através do franchising, Beto explica: "O empresário, dono até então de seu negócio, deixa essa posição e transforma-se em um presidente de sua empresa. Para obter o sucesso neste formato, ele deve deixar claro aos seus novos 'sócios' todas as informações, desde gestão de tecnologia até a escolha de produtos e fornecedores", enumera. n
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Gestão Empresarial
É possível convencer o chefe de que ele está errado?
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Percebo que certos empresários têm muita dificuldade em aceitar seus erros. Isso dificulta a vida dos que trabalham subordinados diretamente a eles — mesmo os que são contratados para realizar mudanças. Qual o método mais eficiente para coletar e apresentar as deficiências de gestão nesse caso? Jonathan Adolares, Belo Horizonte As pessoas não são fáceis. e o bom relacionamento entre nós — seja no trabalho, seja fora dele — nem sempre acontece sem esforço. Alguns reagem positivamente a críticas, mas outros, como você menciona não as aceitam muito bem. Os que não gostam de ouvir algo diferente do que pensam tomam, em geral, o comentário como ofensa pessoal. E, ao insistir nesse comportamento, vários empresários quebram. A verdade é que não há como eliminar totalmente a resistência nesses casos porque se trata de uma característica do ser humano. É possível, no entanto, aumentar bastante suas chances de vencer a resistência se você se esquecer momentaneamente dos meios e concentrar seu discurso nos fins. Explico: em geral, é mais difícil que alguém ceda a comentários negativos sobre o jeito com que faz as coisas do que sobre resultados ruins que sejam evidentes e irrefutáveis. É comum que alguém de fora chegue numa empresa com várias ideias sobre como fazer tudo diferente — como um processo interno de estoques ou compras — sem saber ainda se esses processos são ou não prioritários para melhorar os resultados. Em vez disso, é melhor sempre começar pelos problemas que são notórios e depois buscar as causas de maneira conjunta com todos os envolvidos. A maneira certa de atacar problemas desse tipo é concentrar a discussão nos resultados e perguntar a si mesmo: “Qual o maior problema dessa empresa?” Depois você pergunta: “Quais são os meios, ou os processos, que mais afetam esse resultado?” “Qual o mais prioritário?” Nessa linha, um bom ponto de partida é começar por uma análi-
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Gestão Empresarial se financeira dos resultados. Aqui pode estar uma das dificuldades. Muitas vezes o pequeno empresário só controla o caixa e não faz nem mesmo uma demonstração de resultados completa. Faça o que você puder nessa área. Certa vez, numa conversa com um pequeno empresário, fiz um rascunho, em 10 minutos, de uma demonstração de resultados estimada para mostrar a ele o significado dos indicadores financeiros e suas prováveis prioridades. O passo seguinte é fazer uma análise da situação de mercado — como volume de vendas, margens, reclamações de clientes, percentual de produtos defeituosos. Depois tente levantar alguns números sobre os recursos humanos — concentre-se, sobretudo na rotatividade de pessoal e absenteísmo, dois itens que geram enorme desperdício de tempo e dinheiro na formação de pessoas. Discuta esses números com seu chefe e procure saber o que ele pensa a respeito deles. Dê uma estimativa de aonde ele poderia chegar com seus resultados — os fins — caso melhorasse a gestão dos processos — ou seja, os meios. Acredite: é muito mais fácil conseguir acordo nos fins do que nos meios. Mas sempre haverá risco de surgir resistência. As pessoas são diferentes
e às vezes imprevisíveis. Por isso uns terminam a vida no conforto enquanto outros colocam a perder tudo o que poderiam ter construído. Recentemente, eu e um colega melhoramos vários processos na empresa em que trabalhamos, com redução de custos e aumento de produção. Inesperadamente, isso despertou o ciúme de nosso chefe — que passou a nos tratar com grosseria e limitar o escopo de nossa atuação. Não entendi o comportamento, porque não acho que representamos ameaça ao cargo ocupado por ele. O que fazer numa situação dessas? Anônimo Trabalhar num ambiente corrosivo é péssimo para a produtividade das pessoas, sobretudo quando o problema acontece entre chefe e subordinado. As pessoas deixam de gastar energia para realizar o melhor trabalho e passam a se concentrar nas desavenças. Tornam-se menos criativas e interessadas em fazer mais e melhor. É um prejuízo para a organização e também para a felicidade e para a qualidade de vida das pessoas. Para enfrentar uma situação conflituosa no trabalho, cada um tem seu estilo próprio. Eu recomendo a conversa franca. A melhor maneira de contornar os problemas é fazendo com que todos se sentem com o objetivo de expor clara-
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mente o que aconteceu numa conversa aberta e clara, sem agressão. Nessa ocasião, procurem estabelecer um sonho comum, procurem resultados futuros extraordinários que vocês, juntos, gostariam de atingir. O certo seria sua chefia receber as metas do setor e fazer um planejamento anual de como vocês trabalhariam juntos para atingi-las. Trabalhar junto e unido no ideal de realizar sonhos e alcançar metas é muito bom e é motivo de satisfação. Pergunte a si mesmo por que um alpinista arrisca sua vida e enfrenta situações dificílimas só para chegar ao topo de uma montanha, tirar uma foto e voltar o mais rápido possível. A vitória tem um valor extraordinário para nós, seres humanos, e o maior fator de união da equipe é justamente criar um sonho comum e metas anuais para ser alcançadas. No final do ano comemorem juntos. Não gastem sua vida com atritos e desavenças. É um desperdício. Existe aí, no seu local de trabalho, um Everest para vocês galgarem e para trazer alegria de vida e crescimento profissional. l Professor Vicente Falconi Consultor e sócio-fundador do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG) Fonte: exame.abril.com.br
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Matéria
Vendas aquecem com a entrada em campo Comércio de Niterói espera aquecimento de 10 a 20% nas vendas durante a Copa do Mundo
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s cores do ano de 2014 são o verde e amarelo. A responsável por isso é a chegada da tão esperada da Copa do Mundo. E no clima do maior evento para os apaixonados por futebol, diferentes segmentos do mercado varejista apostaram na “paixão nacional” para incrementar seus estoques e, consequentemente, seus lucros. Entre as varejistas de moda, Hering, C&A e Leader coloriram suas araras com as cores das bandeiras. A coleção "Torcida Hering" traz produtos para o inverno e apresenta uma linha especial com o objetivo de destacar o jeito irreverente de ser do brasileiro. Entre os produtos femininos e masculinos estão camisas, camisetas, regatas, cachecóis,
bolsas, lenços e blusas de frio com preços que variam de R$ 29,99 a R$ 129,99. Já a marca oficial da Fifa, em parceria com a Globo Marcas e a C&A, contará com uma coleção com mais de 100 modelos, distribuídos desde abril. A linha conta com peças femininas, masculinas e infantis. A expectativa da empresa é investir, em 2014, 50% mais que no evento anterior, na África do Sul, em 2010. “No Brasil, assistir aos jogos da Copa do Mundo é como um evento social, e percebemos que seria interessante oferecer ao cliente uma oportunidade de estar vestido para essa ocasião de maneira atualizada, moderna e cheia de moda”, afirma o vice-presidente comercial da C&A, Paulo Correa. Na Leader, além da coleção com acessórios, sapatos e roupas, o consumidor poderá parcelar suas compras em até 10 vezes sem juros e participar de uma promoção que
A loja Festa Encantada apostou em artigos relacionados aos jogos do mundial
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distribuirá prêmios como televisões, tablets e celulares. Já para quem quiser ir além da moda, entrar no clima de festa e decorar o ambiente com o tradicional verde e amarelo, as opções são as casas de artigos festivos do comércio de rua do Centro. Na loja Festa Encantada, artigos como bandeirolas, apitos, cornetas e chapéus enfeitam as prateleiras desde janeiro, quando os artigos relacionados aos jogos começaram a ser usados em diversas festas. “Assim como no Carnaval, apostamos que as vendas aumentarão nas duas semanas anteriores aos primeiros jogos e, com isso, espera-se um crescimento de vendas. Fomos atrás de produtos diversos, de acordo com o solicitado pelos clientes”, explica a gerente Carolina Magalhães, que vende produtos que variam de R$ 2,00 até R$ 30,00. Quem quiser ir além e deixar a casa decorada no pós-Copa, lojas de decoração, como o Empório Mix, em Icaraí, apostaram em objetos sofisticados, como o banco de madeira, que sai por R$ 480,00.
Matéria Perspectiva Apesar do clima que se mostrou morno durante os meses que antecederam o Mundial, o Sindicato do Lojistas do Comércio de Niterói estima aumentos de vendas da ordem de 10% a 20% em junho, em função não apenas da Copa do Mundo, mas também pelo fato de ser período de férias escolares. "Tradicionalmente Niterói já registra aumento do número de visitantes durante as férias de meio de ano, gerando aumentos nas vendas em geral. Mas desta vez há o dado novo que é a Copa, realizada justo em nosso país", comenta Charbel Tauil, presidente do Sindilojas. Entre os segmentos que mais deverão se beneficiar, Charbel cita as lojas de eletrodomésticos
(principalmente com a venda de aparelhos de tevê); roupas, adereços e acessórios esportivos; e bares, restaurantes e quiosques. "O resultado poderia ser ainda melhor para o comércio em geral, se não fosse o excesso de pontos facultativos, dias parados e 'enforcados' no período dos jogos do Brasil", critica o presidente do Sindicato dos Lojistas. Para estimular as vendas, o Sindilojas criou uma campanha junto aos comerciantes, estimulando-os a adotar propagandas com programação visual semelhante, destacando a torcida pela seleção brasileira. l
O Empório Mix, em Icaraí, entra na competição com objetos sofisticados
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Jurídica
Criatividade exacerbada de empresa para incentivar cumprimento de metas pode gerar danos morais a seus empregados
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ossa constituição federal data de 1988 e se mostra moderna ao prever dentre seus princípios fundamentais o da dignidade da pessoa humana. Baseadas nesse princípio, muitas sentenças judiciais têm aplicado punições severas a empresas que insistem em violá-lo. O mercado tem se mostrado cada dia mais competitivo e isso motiva os empregadores a buscarem seus lucros adotando medidas criativas, que de tão criativas acabam por fugir da normalidade e têm como consequência a violação do princípio consagrado constitucionalmente. Revistas íntimas humilhantes, apelidos pejorativos, metas exorbitantes, achincalhos de toda ordem, ranking dos melhores e piores desempenhos, cartazes mostrando bolas cheias e bolas murchas representando os resultados obtidos são alguns dos exemplos. Pois bem, a 10ª Câmara do TRT-15 confirmou decisão proferida pela Terceira Vara do Trabalho, de Ribeirão Preto, que determinou a uma empresa que pague indenização por danos morais, arbitrada no valor de R$ 10 mil, a um empregado que se sentiu ofendido com tratamento vexatório adotado por seu superior hierárquico, quando foi cobrado por cumprimento de metas. A empresa recorreu ao Tribunal por entender que a estipulação de metas de vendas não constitui ato ofensivo à honra do empregado, mas o relator do acórdão, desembargador Fernando da Silva Borges, afirmou, quanto ao dano moral alegado pelo reclamante, que "a
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reclamada discriminava os vendedores, em razão do desempenho das vendas, por meio de murais com desenhos ilustrativos como carros de corrida, além de divulgar em reuniões os resultados das vendas e as classificações individuais dos vendedores". O acórdão registrou, ainda, que o reclamante foi perseguido pelo gerente, que "o chamava de ‘alemão', ‘lerdo', ‘pangaré' perante clientes e empregados, bem como o escalava para trabalhar na ‘boca do caixa', um dos piores setores da loja, pois tinha de convencer o cliente que estava ali para efetuar um pagamento a adquirir novos produtos". Além disso, segundo afirmou o trabalhador, "era incentivado a mentir sobre as reais condições de preços e ofertas a clientes para aumentar as vendas". O colegiado questionou a tática do empregador, afirmando que o que se pretende é estimular a produção dos seus empregados. Ele "deve criar incentivos para aqueles mais produtivos, não divulgar com destaque os menos produtivos, colocando-os em situação vexatória e constrangedora perante os demais colegas". Mesmo porque, "não se pode olvidar que no quadro de empregados de uma empresa, cujo trabalho se mede pela produtividade, sempre haverá tanto os mais, quanto os menos produtivos, sendo que o fato de o empregador publicamente distingui-los demonstra que pretende não enaltecer os de melhor performance, mas constranger aqueles que, normalmente por razões alheias à sua vontade, não conseguiram alcançar a meta desejada", concluiu.
A Câmara se convenceu também de que "foi produzida prova robusta demonstrando que a empresa extrapolou a mera exigência de cumprimento de metas", e que impôs ao reclamante, "por intermédio dos seus prepostos, pressão excessiva e humilhações, atingindo a própria dignidade do trabalhador, circunstância que configura o alegado assédio moral". Nesse sentido, concluiu que a decisão de primeiro grau foi acertada, uma vez que ficou "configurado o dano moral, em face da violação aos direitos protegidos pelo mencionado artigo 5º, inciso X, da Carta Magna". O colegiado afirmou também que foi "correto o deferimento da indenização, inclusive quanto ao valor arbitrado na origem (R$10.000,00), importância que guarda prudente correspondência com a gravidade da ofensa, atendendo também sua finalidade pedagógica, no sentido de desestimular a repetição do reprovável procedimento". E que fique registrado que precisamos, sim, exercer a cada dia mais a nossa criatividade, mas usá-la de forma que as vendas aumentem ou resultados sejam obtidos sem que direitos fundamentais de nossos trabalhadores restem violados. A consequência pelo descumprimento das regras trabalhistas obedece a caráter pedagógico e se mostra pouco criativa e muito, muito cara. l Alexandre Andrade Consultor Jurídico CDL Niterói www.pereiradeandrade.adv.br dralexandre@hotmail.com
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Gastronomia
Diversão para todos os gostos Bares apostam em programação e cardápios recheados para acompanhar jogos da Copa
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clima de torcida pode ser tão divertido em um bar ou restaurante ao lado dos amigos quanto no estádio. Pensando nisso, diversos bares, restaurantes e até hotel em Niterói apostaram em programação e promoções especiais para os jogos de campeonato mundial de futebol. Um dos locais com maior concentração de bares e restaurantes na cidade, a orla de São Francisco e Charitas, através do grupo Polo Orla Gastronomia, preparou uma programação nas casas participantes. Durante a Copa, telões especiais serão disponibilizados nos restaurantes Academia de Niterói, Velho Armazém, Bemdito e Queen em todos os jogos do Mundial. Em Icaraí, o restaurante Nóbrega criou três combos de petiscos especiais para a Copa: o primeiro oferece frango a passarinho, porção de caftas ou queijo provolone acompanhado de cinco latas de cerveja por R$ 61,90. Já o bar Deck apostou na promoção “Torcida do Deck”, onde no dia dos jogos os clientes poderão adquirir uma camisa por R$ 59,90 que, além da transmissão, dará direito a três cervejas ou uma caipivodca. No mesmo Jardim Icaraí, no Spicy Bar a aposta está no cardápio. Para a Copa do Mundo, o prato escolhido foi o Bra-
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zilian Tacos, crocantes tortilhas de milho recheadas de queijo coalho, creme de abóbora, carne seca e alface. Os torcedores que estiverem no local em dias da seleção brasileira ganharão shots de caipirinha frozen a cada gol do Brasil. Já na Região Oceânica, a cervejaria Noi irá oferecer um cardápio de cervejas artesanais, petiscos e telões para seus clientes. O local é uma opção para quem mora na região e quer ir e voltar de táxi, com segurança e passar com tranquilidade pela Lei Seca. Quem também se prepara para ver seu movimento aumentar são os hotéis da cidade. Em Icaraí, o Tower Hotel receberá o público corporativo. Em São Domingos, o Mercure receberá uma delegação de empresários e autoridades inglesas que estarão concentrados para torcer pela seleção britânica. No recém-inaugurado H Niterói Hotel, no Ingá, as expectativas de público também são altas. "Já temos mais de 70% de ocupação e neste momento estamos trabalhando com fila de espera. Teremos como hóspedes desde patrocinadores e torcedores que vêm de outros países e também de outros estados do Brasil, bem como aqueles que estarão na cidade com outros objetivos.", revela o sócio proprietário Rodrigo Alvite. l
Academia de Niterói Av. Quintino Bocaiúva, 529, São Francisco Tel: 2610.8479 Bemdito Avenida Quintino Bocaiúva , 217, São Francisco Tel: 3619.7778 Deck Jardim Rua Leandro Motta, 138, Icaraí Tel: 3628.0091 Noi Estrada Francisco da Cruz Nunes, 1964, Itaipu Tel: 2709.3939 Queen Avenida Quintino Bocaiúva, 219, loja 2 - São Francisco Tel: 2714.3202 Spicy Rua Nóbrega, 148, Icaraí Tel: 2610.5857 Velho Armazém Av. Quintino Bocaiúva, 6, São Francisco Tel: 2714.5424
Fique por Dentro
Expo Madeiras abre suas portas em São Gonçalo Loja atenderá todos os tipos de projetos
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s admiradores da madeira, construtores e carpinteiros ganharam um novo endereço para fazer suas compras na região. No mês de maio, a Expo Madeira abriu as portas com festa para receber clientes e amigos em seu espaço localizado no bairro do Gradim, em São Gonçalo. Fruto da união dos comerciantes Josué Ferreira, Rogério Amorim e Valdir Bosser, a loja oferece uma grande quantidade de materiais voltados para pequenas, médias e grandes obras onde a madeira seja a matéria-prima. Com uma loja de mil metros quadrados e dois galpões de 500 metros cada um, a Expo Madeira fornece produtos como janelas, compensados navais, portas e outros artigos necessários para o setor, gerando
20 postos de trabalho nas três unidades e 10 colaboradores indiretos. Os planos do trio com a madeira começaram a ser traçados há três anos, quando Rogério se interessou pelas possibilidades de negócios que a madeira oferecia, como lhe mostrava o então carpinteiro Valdir. A chegada de Josué somou-se ao fato de sua vasta experiência no mercado segmentado. “Temos como prioridade o bom atendimento ao cliente, prezando sempre pelo bom preço e pela qualidade do produto que vendemos”, explica Rogério, que completa: “Para trabalhar com madeira, a loja precisava de uma série de licenças ambientais. Todas as medidas nas três esferas de poder foram acertadas e hoje o nosso cliente encontra produtos vindo
rios Donos e funcioná ertura da loja ab comemoram a
Ermano Sant iago, diretor comercial da Niterói; dono CDL s da Expo Mad eiras e Marco departamento Paiva, comercial da CDL Niterói do Paraná ao Pará com registro do Ibama e dos poderes municipais, estaduais e federais”. De olho no potencial de crescimento do setor naval na região, a escolha do endereço também foi estratégica. “A região de São Gonçalo tem enorme potencial e estamos em uma posição estratégica para crescer”, lembra Rogério. l
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Capa
Um novo Centro está nascendo Projeto de revitalização dará novos traços à cidade
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ma região de alta rotatividade e próxima a grandes empresas e comerciantes é um dos motivos pelo qual a Prefeitura de Niterói aposta alto na Operação Urbana Consorciada. Pelo projeto, a região receberá mais de cem mil metros quadrados de novas praças, fiação subterrânea, cento e noventa mil metros quadrados de calçadas renovadas, ruas recapeadas, um parque litorâneo e áreas de lazer. Além disso, estão previstos 20 quilômetros de ciclovias, corredores culturais, restauração de fachadas e incentivos para instalação de centros culturais, espaços públicos digitais, entre outros, distribuídos ao longo de sete bairros (Centro, São Lourenço, Ponta da Areia, São Domingos, Gragoatá, Boa Viagem e Bairro de Fátima, além do Morro do Estado e da Favela do Sabão), que irão promover o comércio da região, compras e novas parcerias. Ao encontro do projeto de revitalização do Centro de Niterói, surgiu a campanha “Um novo Centro, Eu acredito!”, um projeto social de apoio aos lojistas da região, que viram a área ser desprestigiada nas últimas duas décadas. Com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB- Niterói), do Sindilojas e patrocínio do Shopping Bay Market, o projeto tem como objetivo conscientizar a população e o comércio desta região sobre a importância do Centro histórico como local de investimento em novos negócios. Além de porta de entrada para visitantes de outras regiões, o centro de Niterói é um local onde passam 90% da população da cidade. Ao longo de três meses (abril, maio e junho), os comer-
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ciantes terão acesso à campanha que se propõe a conscientizar a todos através do desenvolvimento de ações voltadas para a população, apresentando e divulgando largamente os objetivos da revitalização do novo Centro. “O Centro de Niterói abrigava importantes órgãos e comércios da cidade, era uma cidade extremamente rica e com opções de negócios, mas que sofreram um esvaziamento após a mudança da capital para o Rio. Ruas como Visconde de Uruguai e Conceição possuem enorme potencial comercial que gera emprego e renda para muitas pessoas. Desejamos com esse projeto devolver essa importância econômica para a região”, explica o presidente da CDL, Fabiano Gonçalves. Quem também está muito otimista com a anunciada revitalização é o empresário Roberto Rocha, da Kik Calçados, que desde a década de 80 mantém unidades no Centro. “O Centro de Niterói não reflete a cidade que temos. Acredito muito no projeto de revitalização e acho que conforme o governo municipal for mostrando as obras, os comerciantes e a população terão mais cuidado com a região”, resume Roberto.
Antes dos investimentos municipais na região, o shopping Bay Market anunciou recentemente uma grande obra de reforma em todo o mall. A partir de maio, o centro comercial iniciou um grande projeto de modernização assinado pelo arquiteto Paulo Baruki após 16 anos de operação. A obra está orçada em R$ 25 milhões e modificará fachada, mobiliário, climatização, iluminação natural em interface com o
“O Centro de Niterói abrigava importantes órgãos e comércios da cidade, era uma cidade extremamente rica e com opções de negócios, mas que sofreram um esvaziamento após a mudança da capital para o Rio. (...) Desejamos com esse projeto devolver essa importância econômica para a região”, Fabiano Gonçalves
Capa Imagens do Monumental, na Rio Branco, que contará com 440 salas comerciais, hotel e 16 lojas dividido em duas torres ambiente externos e novas lojas, com previsão de conclusão em maio de 2015. A primeira mudança providenciada pela nova administradora do shopping, a REP Shoppings, foi unificar a identidade visual do Bay Market ao visual adotado pelos outros 18 empreendimentos do grupo. “Esperamos com a modernização receber ainda mais clientes e aquecer mais as vendas”, prevê a superintendente Cristiane Garcia, que atualmente recebe 70 mil pessoas por dia no Bay Market. Outro empreendimento que também contribuirá para a revitalização do Centro é a construção do edifício Monumental, localizado na Rua Visconde do Rio Branco, 200, o último projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer para a cidade. As duas torres gêmeas terão 26 andares, três pavimentos subterrâneos e contará com 440 salas comerciais, além de 370 quartos de hotel e flats da rede Accor, com bandeiras Ibis
Perspectiva da Rua da Conceição após obras de revitalização
e Adagio e 16 lojas no andar térreo. O projeto está sob responsabilidade das incorporadoras PDG (construção) e Latini Bertoletti (desenvolvimento) e gera expectativas para as empresas envolvidas no projeto. A escolha das construtoras no terreno se baseia em dados econômicos positivos para toda a cidade. Niterói ocupa atualmente a 12º colocação entre as 100 cidades do Brasil para se realizar negócio, é o município brasileiro com maior concentração de renda do país e se destaca, ainda, por ser um dos principais centros financeiros, comerciais e industriais do Rio de Janeiro. Além disso, os investimentos em petróleo e pré-sal e a existência de um porto dinâmico - onde foram investidos R$ 50 milhões, capaz de escoar parte da produção do Comperj e de operar como base de apoio logístico offshore para as plataformas das bacias de Campos e Santos - geram demanda por espaços corporativos. De acordo com a incorporadora, a região central de Niterói perdeu 15% de seus moradores nos últimos anos e grandes obras, como o Monumental, poderão atrair mais de 30 mil pessoas de volta. Para Claudio Hermolin, diretor regional da PDG, o projeto terá retorno garantido aos investidores. “O Oscar Niemeyer Monumental reúne as duas principais características de um bom projeto imobiliário: localização e qualidade do produto. É a última obra de Oscar Niemeyer, que será construída em uma região em franco crescimento, com grande circulação de pessoas, próxima às barcas, ao terminal rodoviário e de fácil acesso ao Santos Dumont”, explica Claudio. Joaquim Pedro Bertoletti, sócio da Latini Bertoletti, destaca a grandiosidade do projeto, um dos poucos comerciais criados por Oscar Niemeyer. “Será um marco para a cidade, impactando positivamente na valorização do entorno. Há uma demanda reprimida por empreendimentos de grande porte, modernos, no centro de Niterói. Acreditamos no potencial de valorização da região e na sua importância para o Rio de Janeiro no futuro”, comemora Joaquim Pedro. l CDL NITERÓI
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Por dentro da CDL
CDL oferece Central de Recrutamento e Seleção
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ntre os serviços com que os associados da Câmara dos Dirigentes Lojistas podem contar na qualificação de suas empresas, a Central de Recrutamento e Seleção é um deles. O serviço, que funciona no andar térreo, dispõe de amplo cadastro de interessados, inclusive fora da atividade comercial - e de alguns portadores de diploma de nível universitário - e chega a atender até 15 pessoas por dia, movimento que chega a triplicar no final do ano. Desde o recebimento de currículos até o encaminhamento para as empresas, todo o processo é supervisionado pela psicóloga Leila Andrade, há dois meses na função. Neste período, cerca de 10 empresas, como Espaço Loft, Fusão Imobiliária, Móveis Teratai, H Niterói Hotel, entre outras já solicitaram auxílio e buscaram candidatos para cargos como vendedor, estoquista, auxiliar de escritório e recepcionista.
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Serviço oferecido auxilia associados na busca por candidatos “Este serviço que a CDL oferece de forma gratuita é de grande valia para o empregador, pois a avaliação dos candidatos por uma profissional qualificada evita certas surpresas no futuro. Algo em comum entre todos os empregadores é a busca pela qualificação e experiência do candidato nas áreas propostas”, ressalta Leila.
Tendo entrevistado mais de 30 candidatos e recebido pedidos de diversas empresas, a consultora de recursos humanos pontua alguns erros que ambos os lados cometem na hora da contratação. Por parte dos candidatos, a apresentação e a falta de qualificação para os cargos dispostos são as falhas mais comuns. Já as expectativas dos empregadores nem sempre são correspondidas, pela exigência de experiências, qualificações, carga horária e remuneração desfavoráveis. Independentemente do objetivo, Leila aconselha os seus candidatos na hora do recrutamento. “Eu pontuo para os nossos candidatos que conquistar a vaga é só o começo, pois o desafio é permanecer nela. E para isso é necessário pontualidade, assiduidade, tratamento formal, além de boa aparência, e boa postura todos os dias”, aconselha a psicóloga. l
Serviços CDL
Um serviço da CDL Niterói que garante a tranquilidade do associado
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reocupada com a segurança e a comodidade de seus filiados, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Niterói dispõe de mais um ótimo benefício: a Ficha Jurídica Funcional. O serviço oferece facilidades para as transações de comerciantes e empresários de Niterói. A entidade, que atualmente está sob o comando do presidente Fabiano Gonçalves, trabalha sem fins lucrativos e hoje beneficia tanto lojistas quanto empresários dos mais diversos ramos. A Ficha Jurídica Funcional consiste num cadastro que promete dar mais tranquilidade aos seus filiados.
Ficha Jurídica Funcional é um serviço que oferece facilidades para as transações de comerciantes e empresários de Niterói
Os serviços oferecidos são: consulta de análise de crédito para pessoas físicas; consultoria jurídica; espaço para eventos; balcão de empregos; desconto em cursos e faculdades; valores diferenciados para seguros de vida; desconto em planos de saúde e odontológicos; criação de websites com 10% de desconto; SPC Fone e SPC Auto; Consulta de Cadastro (Pessoa física ou jurídica com informação do SPC – Cheque Refin, cartórios, falências, concordatas, ações executivas, junta comercial, constituição e participação); entre outros benefícios. De acordo com Ermano Santiago, gerente comercial da CDL, o programa ajuda os filiados na tomada de decisões através de consultas. “A CDL promove vários benefícios e atualmente não só para comerciantes e lojistas, mas para empresários também. Somos uma entidade sem fins lucrativos que funciona como prestadora de serviços aos filiados”, disse. Para se associar e participar da Ficha Jurídica é simples. Basta ligar para o número (21) 2621-9919 e agendar uma visita com um representante. Ao associar-se, o filiado pagará apenas uma taxa de R$70 e a mensalidade no mesmo valor. Um representante da CDL vai até você, empresário e lojista de Niterói.
Objetivo da CDL O principal objetivo da CDL é garantir e estimular o companheirismo, a colaboração, o feedback e a valorização de ideias entre os associados. A CDL oferece serviços especializados para atender à demanda de solicitações específicas dos lojistas. Com qualidade e tradição, esta é a garantia de um serviço de qualidade prestado pelos profissionais mais qualificados para suprir as necessidades de todos os lojistas de Niterói. n CDL NITERÓI
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Segurança
Investimentos em segurança entram na conta de comerciantes Sistemas de monitoramento online, câmeras e alarmes são recursos utilizados
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pisódios recentes de violência levantaram a preocupação de toda a população sobre a segurança. No comércio, não poderia ser diferente. Cresce o número de comerciantes que investem em equipamentos e sistemas que lhes auxiliem na busca pela salvaguarda. Recentemente, a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE) divulgou dados que refletem o aumento da demanda por serviços e produtos desse mercado. De acordo com a instituição, o faturamento do setor foi superior a US$ 1,96 bilhão, com crescimento de 11% em 2013, em todo o país. Em Niterói, uma das empresas que apostou no segmento de segurança eletrônica, a Nippon, viu a procura por câmeras de vigilância em residências e comércios aumentar nos últimos anos. De olho em novidades, a empresa bus-
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ca oferecer aos seus clientes produtos que melhorem o desempenho, investindo constantemente na oferta de modernos equipamentos de segurança, que não custam menos que R$ 1.500 e podem ser acessados até mesmo em smartphones. “O campeão de público são as câmeras que oferecem o sistema standalone com até 32 canais, de acordo com
o tamanho dos ambientes e a demanda do cliente”, explica o gerente de serviços de tecnologia da informação Atila Amaral, que complementa: “Orientamos os nossos clientes não só na escolha dos pontos onde os equipamentos serão instalados, mas também sobre o local onde armazenarão o monitor que registra as imagens. O equipamento precisa de um no break, que permite a gravação mesmo sem eletricidade”.
A fim de conscientizar sobre medidas preventivas, o SESVESP (Sindicato de Empresas de Segurança Privada) criou uma lista de dicas e recomendações de segurança para o comércio. • Crie um plano de segurança com os demais comerciantes da rua, criando uma interação de estratégia. • Colaboradores devem receber orientações periodicamente de como se comportar nas variadas situações de ocorrências. • Ilumine bem a entrada com luzes fortes e focadas. • Localize o caixa longe da porta e evite o acúmulo de dinheiro tanto no caixa, como no escritório.
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Notícias
Cheques devolvidos no primeiro trimestre diminuem Indicadores mostram que apesar do aumento no mês de março, a comparação com o período caiu
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Serasa Experian divulgou recentemente o seu balanço mensal sobre o percentual de cheques devolvidos por falta de fundos. No mês de março, das folhas emitidas pelos consumidores, 2,21% foram devolvidos - no total foram contabilizados 1.401.869 cheques e compensados 63.390.631. Na comparação com março de 2013, houve queda, quando o percentual foi 2,36%. Apesar disso, houve alta sobre fevereiro de 2014, quando o índice foi de 1,99%. "O aumento da inadimplência com cheques em março tem caráter sazonal e reflete as dificuldades financeiras do consumidor diante de um cenário de inflação em aceleração e do acúmulo de compromissos típicos do primeiro trimestre do ano: pagamento de impostos como IPVA e IPTU, despesas com material escolar, gastos das viagens de férias, restos a pagar das compras parceladas das festas de final de ano", avaliam os economistas da Serasa, em nota.
Cheques devolvidos em março representam gastos com férias e impostos
De acordo com a Serasa, Roraima liderou o ranking estadual dos cheques sem fundos no primeiro bimestre de 2014, com 12,33% de devoluções, enquanto Amazonas apresentou o menor percentual (1,24%). Já o Rio de Janeiro aparece na 25ª posição, com 1,55% dos cheques devolvidos. Apesar dos indicativos, o número de cheques devolvidos por falta de fundos caiu 7,1% no primeiro trimestre, frente ao mesmo período de 2013, segundo
dados divulgados pela Boa Vista- Serviço Central de Proteção ao Crédito. Ao todo, foram quatro milhões de cheques devolvidos de janeiro a março deste ano. A queda, no entanto, foi menor que a registrada no número de cheques movimentados no mesmo período, de 7,5%. Com isso, o percentual de cheques devolvidos em relação aos movimentados cresceu, passando de 2,05% nos primeiros três meses de 2013 a 2,06% no mesmo período de 2014. l
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Comércio Exterior uma vinculação com atividades do dia a dia ligadas à área de comércio exterior. São eles: OBJETIVOS - Devem ser os mais claros e específicos possíveis. Na prática, o empresário deve estudar a fundo seus potenciais clientes e os produtos que deverão ser oferecidos, levando em consideração aspectos como cultura local, logística, preços, canais de distribuição, tributos, entre outros.
Planejar É... Preciso!
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as operações de comércio exterior, definitivamente, não dá para ficar vivendo de "jeitinhos". Buscando um roteiro para planejar melhor as operações de exportação e importação, conversei com a especialista em Planejamento Luciana Hauaji, da empresa Axis Consultoria e Projetos, consultora do Sebrae e de diversas empresas. Esta estabeleceu alguns pontos que devem ser levados em consideração antes e durante uma operação. Logo após suas sinalizações, faço
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RESTRIÇÕES - são fatores que irão limitar e impactar diretamente nas tomadas de decisão da operação, como datas previstas de saídas de navios, portos/aeroportos disponíveis, legislação aduaneira, obrigatoriedade de certas licenças e certificados, etc. PREMISSAS - São condições consideradas verdadeiras no momento do planejamento para que as operações possam acontecer, como: a empresa possuir capacidade de produção, ter reais diferenciais competitivos e existir demanda do produto pelos clientes em potencial. CRONOGRAMA DE AÇÕES - definir ações do planejamento envolve identificar e documentar o trabalho planejado para ser realizado. Contratação de frete nacional e internacional, despachante aduaneiro, seguro de carga e escolha de
banco para fechamento do câmbio são exemplos destas atividades. Dentro destas ações, deve-se considerar Prazo / Responsáveis / Interdependência entre as atividades. Estabelecer um prazo para execução das tarefas, um responsável pelo seu resultado e ordenar as atividades fazem parte das tarefas de um bom planejador. Defendo a prática de que o exportador/importador deve atuar como supervisor de suas operações, através de conhecimento mínimo das atividades necessárias para realização de controle e monitoramento das mesmas, promovendo o bom andamento das execuções das ações. Para executá-las, a contratação de profissionais como despachantes aduaneiros, agentes de carga, empresas especializadas em embalagens especiais, corretores de câmbio, entre outros é fundamental para se garantir a conclusão das tarefas com qualidade e segurança. Fundamental, adicionalmente, será monitorar os resultados do planejamento para que ações preventivas e corretivas possam ser viabilizadas pelo empresário, quando necessário. Mãos à obra e sucesso! l Jorge Elias Milhem Consultor de Comércio Exterior do CDL-Niterói www.icontrade.com.br jorge@icontrade.com.br
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Personalidade
Triatleta
e tri empresário Armando Barcellos comanda três negócios voltados para a paixão por bicicletas
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uando ainda era atleta de triatlon, Armando Barcellos ganhou um generoso prêmio de US$2 mil e percebeu que aquele era o momento para ouvir um conselho de seu pai: ser seu próprio chefe. Com o conhecimento que o esporte lhe dera, uma boa dose de ousadia e dedicação, comprou todo o valor do prêmio em produtos de ciclismo. “Na época era bastante dinheiro, dava para começar um negócio, a família já tinha um espaço vazio para abrir a loja. Foi só usar meus contatos e conhecimento para iniciar os trabalhos”, recorda Armando, que há 19 anos abriu a Barcellos Sport, loja especializada em artigos esportivos como corridas downhill, triathlon e maratonas.
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O ex-atleta Armando Barcellos transformou a paixão por esporte em oportunidade de negócio
Além de venda de produtos e oficinas, mais recentemente Armando investiu em uma empresa de distribuição de peças e artigos esportivos, a 3A Distribuidora, onde, além de abastecer suas três lojas (Niterói, Ipanema e Fortaleza) que levam a assinatura de Barcellos, também vende para outras empresas do setor. Assim como os bons resultados em competições exigiram
treino, alcançar a maturidade empresarial também exigiu dedicação a cursos de extensão e aos negócios que hoje empregam cerca de 30 funcionários. “No começo foi muito difícil. Eu não sabia muito dos negócios e fui passando por diversos setores da empresa. Com o tempo, passei a ter um negócio de médio porte, e para poder gerenciá-lo melhor me inscrevi em vários cursos do Sebrae que me auxiliam sempre”, recorda. Outra grande aposta do empresário é a informação para conquistar seus clientes na hora da venda. “Uso o que melhor tenho como ferramenta: a informação. E passo isso para os meus funcionários. O atendimento pode ser bom, mas saber tirar as dúvidas dos clientes é um ponto extra e que fará diferença”, revela. l
Agenda CDL
Programação CDL Café Empresarial Data: 10/06 (Terça - feira) Horário: 9h Local: CDL Niterói – Salão de Convenção – 3º andar Informações no Setor comercial da CDL Niterói Telefone contato: (21) 2621-9919 E-mail: comercial@cdlniteroi.com.br
CARAVANA FRANCAL 2014
Acontece em São Paulo, entre os dias 15 e 18 de julho, a 46ª edição da Francal Feiras - Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios. A Feira, que atua no mercado de feiras de negócios há 46 anos, é realizada anualmente no pavilhão de Exposições do Anhembi e é uma opção prática, segura e econômica para os lojistas que desejarem conhecer o evento. O lojista terá a sua disposição: • ônibus fretado ida e volta (viagem de um dia); • lanche durante o trajeto; • entrada e saída exclusivas do evento; • credenciamento antecipado; • voucher para almoço no dia de visitação da feira; • material informativo dos patrocinadores/expositores; • guarda volumes exclusivo.
Não fique fora dessa! Participe da Caravana Francal 2014 com a CDL Niterói! Informações no Setor comercial da CDL Niterói pelo telefone (21) 2621-9919 ou pelo e-mail: comercial@cdlniteroi.com.br
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CIdades
Otimismo e união entre as entidades empresariais
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presidente da CDL Niterói, Fabiano Gonçalves, prestigiou a solenidade que empossou a nova diretoria do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Niterói (Sindilojas Niterói) para a gestão 2014/2018. A cerimônia aconteceu no dia 13 de maio, em um almoço no Restaurante Paludo, em São Francisco e contou com a presença de diversas lideranças políticas e classistas e de empresários tradicionais da cidade. A união e soma de esforços para apoiar a atividade no setor comercial da cidade sempre foi uma das bandeiras defendidas pela CDL Niterói e neste momento vem ao encontro do que também propõe a nova diretoria do Sindilojas Niterói. Para o presidente da CDL Niterói, Fabiano Gonçalves, essa união é positiva para ambas as entidades. “Nós da CDL estamos muitos felizes com a ascensão de Charbel Tauil à pre-
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Presidente da CDL Niterói prestigia posse da nova diretoria do Sindilojas sidência do SINDILOJAS. Estamos certos de uma gestão profícua e ressalto que a parceria das três entidades - CDL, Sindilojas e ACIERJ -, algo raro, só faz o nosso legado ganhar. Não somos rivais, somos irmãos. A cidade, o lojista só tem a ganhar! ” Entre os temas que as entidades se uniram para defender está a redução do número de feriados e pontos facultativos na cidade, como o aniversário de Niterói, em novembro. "Todas as empresas constataram um faturamento pífio de janeiro a abril. Agora estamos às margens da Copa,
um evento onde já se fala em comércio fechado. Todos estes feriados são muito ruins não só para o comércio, mas para o setor produtivo. Deixo claro que não defendemos e não apoiamos esta iniciativa de feriados e pontos facultativos. Nosso apoio é para que o comércio funcione normalmente até uma hora antes do jogo do Brasil. Após, todos podem torcer e festejar", ressalta Fabiano Gonçalves. Outro tema discutido foi o cenário econômico da metropolitana Niterói. Para o presidente do Sindilojas, Charbel Tauil, a cidade vive atualmente um ambiente promissor neste setor. Para ele o município está em "(...) um momento muito positivo no âmbito da administração pública municipal. Desde o seu primeiro momento, o atual governo mantém uma saudável ligação direta com as entidades de classe, acolhendo sugestões e buscando soluções para os problemas apresentados”. l
Por dentro da CDL
Dedicação e simpatia para atender ao público Antônio trabalha há 26 anos na CDL e não planeja aposentadoria
Q
uando Antônio José Rocha entrou na Câmara dos Dirigentes Lojistas pela primeira vez, em agosto de 1988, tinha 28 anos e uma nova fase de sua vida havia começado apenas três meses antes. Casado, Antônio havia sido demitido do antigo emprego e buscava uma nova oportunidade que, graças a indicação de seu sogro, veio com a vaga para auxiliar de limpeza na CDL. Em quatro meses Antônio passou para a função de mensageiro, sendo realocado tempos depois para cobrador. Neste período, ia de loja em loja para cobrar os cheques que seriam posteriormente cobrados e teve a chance de lidar com o que diz hoje ser a melhor parte do seu trabalho: o atendimento ao público. “Eu gosto bastante de lidar com o público, ajudar, conversar. Estou sempre me informando e procurando saber como posso melhorar”, confessa Antônio, que, em 26 anos de CDL, atualmente trabalha no atendimento ao público no Serviço de Cadastro e Informação (SCI) e na Junta Comercial, no térreo. No SCI, Antônio dá suporte às suas atividades creditícias, através da elaboração de cadastros completos ou simplificados de pessoas jurídica e física, auxilia na emissão de certidões fornecidas pelo Cartório do 1° Distribuidor da Comarca de Niterói, realiza pesquisas nos bancos de dados para saber se há restrições ou não dos cadastrados, entre outras funções. Mas, até chegar a este posto, Antônio também foi auxiliar de escritório
e contou com a aposta realizada pelos chefes, como a feita por Luiz Franco e Walter Moneratt. “A CDL sempre foi uma grande escola para mim. Eu aprendi muito e tive toda a ajuda dos meus superiores, que me davam a chance de crescer e realizar cursos. Continuo aprendendo todos os dias”, lembra Antônio. Em quase três décadas de trabalho, muitas coisas mudaram, como o
processo de abertura de uma empresa, que atualmente pode ser resolvido com a ajuda da Internet; e também o endereço da sede, que em 1998 deixou a Rua José Clemente. Outra grande mudança foi na vida pessoal, com a chegada da filha Samile, de 19 anos, prestes a entrar na universidade. E assim como seus antecessores, atualmente Antônio lida com novos trabalhadores que chegam à CDL através do programa Jovem Aprendiz. Atualmente dois rapazes de nome Matheus contam com a companhia e as dicas do auxiliar. “Pode não parecer, mas o SCI é um setor técnico e que têm diversas informações importantes que precisam ser passadas corretamente quando nos contatam”, avalia. E apesar dos 54 anos de idade e faltando alguns anos para a aposentadoria, Antônio desconversa e revela: “Gosto do que faço e pretendo ficar aqui até quando der”, sorri timidamente.l
Antônio divide suas atenções entre o SCI e a Junta Comercial onde auxilia aos associados nas diversas informações solicitadas
CDL NITERÓI
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Coaching
Feedback e Feedforward
O
coaching efetivo é um processo colaborativo e requer que o coach use, ocasionalmente, técnicas diretivas para adaptá-las às necessidades do cliente. Dar feedback ao cliente é uma técnica diretiva, na medida que envolve o coach fazendo afirmações diretas e observações, enquanto que ouvir e entender o cliente e refletir sobre o que foi ouvido são técnicas não diretivas. O que é feedback positivo? Em qualquer comunicação entre duas pessoas, haverá períodos em que cada uma estará dando ou recebendo feedback. Simplesmente fazer uma afirmação ou notar a afirmação de outra pessoa são formas de feedback. Em coaching, é responsabilidade do coach dar feedback com propósito e intenção positiva ao cliente, focalizando em fatos e comportamentos observáveis. Objetivos do feedback positivo no contexto de coaching: criar e aumentar a consciência do impacto que o cliente tem sobre os outros; criar um maior nível de autocompreensão do cliente; desenvolver habilidades e/ou uma ideia do cliente; modificar o comportamento do cliente; encorajar o cliente para uma ação produtiva; aumentar o nível de autoconfiança do cliente; aumentar o nível de bem-estar do cliente.
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potenciais das ações e comportamentos do cliente. Note o aspecto comportamental, em vez de pessoal, de maneira específica em vez de geral. 4. Sugestões para ação: O coach oferece, de maneira criativa em vez de analítica, sugestões concretas e factíveis, de tal maneira que o cliente tenha uma clara imagem de alternativas comportamentais. 5. Questionamento: O coach faz perguntas abertas com o propósito de alavancar o cliente para uma ação concreta, apoiando o cliente, mesmo que, por vezes, desafiando-o.
Dar feedback ao cliente é u ma técnica diretiva, na medida que envolve o coach fazendo afirmações diretas e observações (..)
O ciclo mais efetivo de feedback para o coaching tem cinco fases distintas: 1. Observação: Primeiro o coach oferece um sumário de suas observações e reflexões sobre o que notou e ouviu. Importante que seja baseado em observações concretas em vez de opiniões ou julgamentos e que seja factual e objetivo em vez de avaliativo ou subjetivo. 2. Afirmação de efeito: O coach explica que impacto isto teve nele ou pode ter sobre os outros, usando frases como: “Eu notei que você...” ou “Isto teve este efeito em mim...”. Isso pode representar um importante primeiro passo na aprendizagem e desenvolvimento do cliente, na medida em que ele aumenta a consciência do impacto de seu comportamento nos outros. 3. Insights Compartilhados: O coach e o cliente compartilham insights sobre o impacto e as consequências
Esse modelo é frequentemente usado em reuniões de avaliação de desempenho e achou seu caminho no coaching. Uma desvantagem que pode ocorrer é que a pessoa que está recebendo o feedback não o assimile se o mesmo tiver sido passado no meio de outras informações. Nesse caso, o coach pode ajudar o cliente perguntando: “O que você fará de diferente na próxima vez?” É o que chamamos de feedforward. E avante vamos! l Luiz Augusto Paiva Coach Executivo e Empresarial luizaugusto@laplivecoaching.com.br www.laplivecoachong.com.br
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Dia dos namorados
Dia dos Namorados O Dia dos Namorados chegou e essa é a oportunidade de o comércio aquecer as vendas mais uma vez. Esse ano a data coincide com a abertura da Copa do Mundo. Por isso, sugerimos uma seleção de presentes para dar a quem você ama e marcar alguns “gols” nesta data especial.
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O LOJISTA | MAIO 2014
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Dia dos namorados
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Fórum
Fiscalização em debate
Ações do Procon são debatidas em fórum promovido na CDL Niterói
E
m um encontro promovido na sede da Câmara dos Diretores Lojistas - CDL Niterói na sexta-feira 23 de maio, o presidente da entidade e também secretário de Desenvolvimento Econômico de Niterói, Fabiano Gonçalves, reuniu-se com Guilherme Marques, diretor do Direito do Consumidor, e Adalberto Caveari, do Pólo Gastronômico da Nóbrega, para discutir as ações de fiscalização nos restaurantes de Niterói que o Procon Estadual tem realizado na cidade. Essas ações têm preocupado os comerciantes, que acreditam que autuações como essas são arbitrárias e pouco educativas. Na reunião, verificou-se também que as ações têm sido muito rigorosas. Para eles, o trabalho adequado da Autarquia seria visitar e orientar os proprietários dos estabelecimentos antes de puni-los. O presidente da CDL classificou positivamente os comércios da cidade. “Temos uma cidade com o custo de vida muito alto. Não é fácil empreender em Niterói. Mas, mesmo assim, conseguimos adequar o comércio na cidade. Sou um eterno defensor do consumidor e todos têm direitos a serviços com excelência. Como secretário
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“A fiscalização precisa ser orientadora. Os comerciantes precisam saber o que são seus direitos e deveres, já que algu mas normas do Procon são diferentes das estabelecidas pela Vigilância Sanitária do mu nicípio. (...)” Gu ilherme Marques de Desenvolvimento Econômico, eu posso afirmar que é muito difícil promover o desenvolvimento, trazer empresas novas é muito difícil, demanda tempo, esforço e dinheiro. Já desenvolver essa questão dos comércios já existentes é um dever. Por isso, esses seminários são importantes, para melhorar a gestão dos empresários, para que possamos melhorar o serviço prestado ao consumidor”, disse.
Guilherme Marques, diretor do Direito do Consumidor de Niterói, acredita que há uma distinção entre as normas estabelecidas pela Vigilância Sanitária e o Procon. “A fiscalização precisa ser orientadora. Os comerciantes precisam saber o que são seus direitos e deveres, já que algumas normas do Procon são diferentes das estabelecidas pela Vigilância Sanitária do município. Com isso há uma confusão para o comerciante”. O encontro promovido na sede da CDL antecedeu o Fórum Direito do Consumidor, que aconteceu durante toda a segunda-feira, 26 de maio. Com entrada livre, o evento teve como objetivo sanar dúvidas, além de dar dicas sobre segurança alimentar e relações de consumo. Com as presenças de Larissa Davidovich, defensora pública, e Ricardo Barboza, Delegado da Delegacia do Consumidor, o evento contou com diversos associados do mercado gastronômico, entre estudantes e interessados pelo assunto que assola o comércio da cidade. Todos objetivando legislar corretamente, o fórum teve um quórum de 200 ouvintes, resultado produtivo e positivo. Afinal o comércio em Niterói tem crescido e trabalhado com excelência. l
Matテゥria
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Matéria
O Sebrae no Pódio e as Olimpíadas de 2016
O
Sebrae no Pódio, projeto com o objetivo de atrair e capacitar micro e pequenas empresas para serem fornecedoras de produtos e serviços nos jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, foi apresentado, quarta-feira, dia 21 de maio, aos empresários do Leste Fluminense. Palestras e um talk-show fizeram parte do evento, realizado no auditório da Câmara de Dirigentes de Lojistas de Niterói (CDL), na presença do vice-prefeito do município, Axel Grael. Após as boas-vindas do presidente da CDL, Fabiano Gonçalves, e do coordenador do Sebrae para o Leste Fluminense, Américo Diniz, o gerente de Planejamento de Suprimentos e Logística do Comitê Olímpico 2016, Gustavo Pontual, e coordenador do Sebrae no Pódio, Francisco Marins, mostraram as oportunidades e os caminhos a serem seguidos pelos micro e pequenos empresários do Leste Fluminense para participarem dos Jogos de 2016. O vice-prefeito, Axel Grael, e a presidente da Associação Niteroiense de Deficientes Físicos, vereadora Tânia Rodrigues, falaram como poderão contri-
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buir para que Niterói tenha um papel de destaque como vizinho da cidade que receberá atletas, familiares e o público em geral no grande evento de 2016.
Sebrae no Pódio O Sebrae no Pódio tem a parceria do Comitê Olímpico 2016, que tem um orçamento para planejamento e organização do evento de R$ 7 bilhões, dos quais R$ 300 milhões serão destinados às micro e pequenas empresas de todo o país, segundo Francisco Marins. “Os empresários da região estão, com certeza, preparados para participarem dessas novas oportunidades de negócios”, disse Américo Diniz. Gustavo Pontual, que falou das possibilidades de negócios e dos benefícios da capacitação para 2016, destacou que os empresários cadastrados para esse evento poderão ser indicados pelo Comitê para os próximos, em outros países. Lançado nacionalmente em julho de 2013, o Sebrae no Pódio realizou encontros empresariais, rodadas de negócios e diagnósticos de gestão de empresas interessadas em participar de negócios nas Oimpíadas. De lá para cá, cerca de
1300 micro e pequenas empresas se cadastraram no Portal de Suprimentos do Comitê Rio 2016, por meio da atuação do Projeto Sebrae no Pódio. Desse total, em torno de 900 são do Rio de Janeiro. Diversos segmentos serão demandados no período que precede as Olimpíadas 2016. Entre os principais produtos, serviços e setores destacam-se: barcos de apoio, brindes, cabeamento elétrico, confecção (uniformes), construção civil, design de interiores e decoração, equpamentos de segurança, gráficas, lavanderia, móveis, produção audiovisual e software. l
CDL Informa
Índice Informativo SALÁRIO FAMÍLIA
SALÁRIO MÍNIMO
MAI Salário até 682,50 = 35,00
REGIÃO
VALOR (R$)
Sup. a 682,51 e Inf. a 1.025,81 = 24,66 ** Nacional
R$ 724,00
* Regional-RJ Faixa I
R$ 831,82
Regional-RJ
Faixa II
R$ 874,75
Regional-RJ
Faixa III
R$ 906,98
Regional-RJ
Faixa IV
R$ 939,18
Regional-RJ
Faixa V
R$ 971,46
Regional-RJ
Faixa VI
R$ 1000,89
Regional-RJ
Faixa VII
R$ 1.177,01
abr Salário até 682,50 = 35,00
INSS - MAIO - 2014
POUPANÇA CORREÇÃO
Salário De Contribuição (R$) ................... Alíquota (%) Até 1.317,07..................................................................8% de 1.317,08 a 2.195,12..................................................9% de 2.195,13 a 4.390,24...............................................11
Dia
Obs.: Percentuais incidentes de forma não cumulatica (artigo 22 do regulamento da Organização e do Custeio da Seguridade Social)
9/Mai/14 10/Mai 11/Mai 12/Mai 13/Mai 14/Mai 15/Mai 16/Mai 17/Mai 18/Mai 19/Mai 20/Mai 21/Mai 22/Mai 23/Mai 24/Mai 25/Mai 26/Mai 27/Mai 28/Mai 29/Mai 30/Mai 21/Mai 1/Jun 2/Jun 3/Jun 4/Jun 5/Jun 6/Jun 7/Jun
Sup. a 682,51 e Inf. a 1.025,81 = 24,66
MAR Salário até 682,50 = 35,00 Sup. a 682,51 e Inf. a 1.025,81 = 24,66
Trabalhado autônomo Para o contribuinte indivuidual e facultativo, o valor da contribuição deverá ser de 20% do salário-base (R$ 1.317,07 e R$ 4.390,24). Contribuição mensal mínima de R$ 144,80 e máxima de R$ 878,04
FEV Salário até 682,50 = 35,00
IMPOSTO DE RENDA
Sup. a 682,51 e Inf. a 1.025,81 = 24,66
JAN Salário até 682,50 = 35,00 Sup. a 682,51 e Inf. a 1.025,81 = 24,66 Regional-RJ
Faixa VIII
R$ 1.625,94
ALUGUEL - REAJUSTE - 2014 Índice
FEV/14 MAR/14 ABRIL/14
Regional-RJ
Faixa IX
R$ 2.231,86
IGPM (FGV) 5,76
7,30
7,98
IGP-DI (FGV) 6,30
7,55
8,1
* Começou a vigorar no dia 03/03/2014
IPCA (IBGE) 5,67 INPC (IBGE) 5,38
6,15 5,62
6,15 5,62
** Começou a vigorar no dia 01/01/2014
INDICADORES
DEZ/13
JAN/14
FEV/14
MAR/14
ABR/14
MAI/14
Unidade Fiscal de R$ 2,4066 R$ 2.5473 R$ 2.5473 R$ 2.5473 R$ 2.5473 R$ 2.5473 Referência (UFIR-RJ) Unidade Padrão de Capital (UPC)
R$ 17,45
R$ 22,36
R$ 22,36
R$ 22,36 R$ 2.5473 R$ 2.5473
Alíquota
Parcela a deduzir
R$ 1.787,77
Isento
-----
De R$ 1.787,78 a R$ 2.679,29
7,5%
R$ 134,08
De R$ 2.679,30 a R$ 3.572,43
15%
R$ 335,03
De R$ 3.572,44 a R$ 4.463,81
22%
R$ 602,96
Acima de R$ 4.463,81
27,5%
R$ 826,15
Base de Cálculo
Deduções: a) R$ 179,71 por dependente; b) dedução especial para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com 65 anos ou mais: R$ 1.787,77; c) contribuição mensal à Previdêncial Social; d) pensão alimentícia paga devido a acordo ou sentença judicial. Obs: Para calcular o imposto a pagar, aplique a alíquota e deduza a parcela corresponde à faixa. Esta nova tabela só vale para o recolhimento do IRPF este ano. Taxa Selic para correção da 7ª parcela de devolução do IR: 5,88% Taxa Selic para correção do pagamento da 8ª cota do IR:5,16% Fonte: Secretaria da Receita Federal - RJ
Índice Com aplicação Até 3/5/12 0,5162% 0,5057% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5036% 0,5106% 0,5114% 0,529% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5269% 0,5667% 0,5691% 0,5481% 0,5532% 0,512% 0,5411% 0,58% 0,5607% 0,5607% 0,5607% 0,5607% 0,554% 0,5664% 0,5854% 0,6281% 0,6395% 0,6247%
A partir de 4/5/12 0,5162% 0,5057% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5036% 0,5106% 0,5114% 0,529% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5269% 0,5667% 0,5691% 0,5481% 0,5532% 0,512% 0,5411% 0,58% 0,5607% 0,5607% 0,5607% 0,5607% 0,554% 0,5664% 0,5854% 0,6281% 0,6395% 0,6247%
Obs.: De acordo com norma do Banco Central, os rendimentos dos dias 29, 30 e 31 correspondem ao dia 1º do mês subsequente. Fonte: Banco Central doBrasil
CDL NITERÓI
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Endomarketing
A família dos colaboradores como stakeholder
O
s colaboradores – grosso modo, denominação dada aos funcionários de uma instituição – são peças primordiais para o crescimento de uma organização. Analisando-se do ponto de vista das relações públicas, a interação positiva entre direção e colaboradores torna-se ainda mais necessária. Uma empresa que desrespeita seus colaboradores, tornando-os desmotivados e propagadores de más impressões, macula de modo incomensurável a sua imagem institucional perante os seus públicos externos. Inversamente, um clima salubre e motivador acarretarão em uma efusiva propaganda positiva da organização. Um comentário benéfico emitido informalmente por um dos colaboradores da organização a um vizinho, por exemplo, terá muito mais peso a um anuncio institucional pago, publicado em um veículo de comunicação de massa. Mas não só os funcionários são merecedores da alcunha de público interno. Em artigo publicado no livro Obtendo resultados com relações públicas – organizado por Margarida Maria Krohling Kunsch (Pioneira Thompson Learning, 2002) – Ricardo Pereira vai além, apontando a família dos colaboradores como extensão do público interno, e, por isso, também dignos de atenção
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O LOJISTA | MAIO 2014
especial. Um dos objetivos principais é fazer com que o funcionário goze do orgulho de seus familiares, por ocupar um posto na empresa. Um colaborador satisfeito possui o poderoso potencial de difundir, por meio da chamada propagação viral, uma boa imagem da instituição. Se tal potencialidade for estendida às famílias dos funcionários, a organização possuirá, sem grandes custos, um verdadeiro exército de propagadores institucionais. Abordagem profissional Na busca pela obtenção da simpatia dos familiares dos colaboradores, o empreendedor pode contar com diversos instrumentos de relações públicas. A abordagem deve ser sempre profissional. O mesmo Ricardo Pereira alerta os gestores a não confundirem tais ações com paternalismo e assistencialismo, que, ao fim, poderão acarretar em um vício maligno, além de – pesando-se os custos e os benefícios – pouco acrescentarem à imagem institucional. Um dos eficazes instrumentos para se obter a simpatia desse segmento são as tradicionais visitas à instituição, promovidas para atenderem aos filhos e cônjuges dos funcionários. Não raro, muitos dependentes anseiam por conhecer a fonte de sustento da família, e, comumente, os filhos desejam trabalhar no mesmo ofício do pai, orgulhando-se das funções paterna.
O colaborador, por sua vez, tornar-se-á altivo ao sentir-se prestigiado em seu posto de trabalho, motivando-se e, consequentemente, acelerando ainda mais a sua produção. Vale frisar que, precedentemente à promoção da visita, o colaborador deve ser efetivamente valorizado e assim sentir-se; caso contrário, se o funcionário não se acha prestigiado e encontra-se com a estima baixa, a visita de familiares pode apenas reforçar a sua angústia. Durante a visita, a firma deve se colocar ao lado do trabalhador, salientando a sua importância para a manutenção do sistema em que atua. O gestor deve ser um parceiro do colaborador na apresentação de sua ambiente de trabalho aos familiares. Para o empreendedor, esse pode parecer um momento singelo, mas, para o funcionário, essa é uma grande oportunidade de orgulhar seus filhos e cônjuge. E não há pai ou mãe que não deseje orgulhar sua prole e sua esposa ou marido. Um espaço no jornal interno também pode ser dedicado às famílias, citando os parentes aniversariantes, dentre outras notas caseiras. Outra opção são as festas de integração. Embora mais onerosas, as confraternizações em clubes ou em demais espaços de eventos servem de importante pretexto para um pertinente entrosamento entre gestores, colaboradores e suas respectivas famílias, gerando assim um clima de harmonia nos quadros da organização. As confraternizações, as quais podem ocorrer em feriados ou em fins de semana, acabam por tornar-se um meio de inserir o colaborador no contexto da organização, mesmo que, oficialmente, fora do expediente de trabalho. l
Tiago Eloy Zaidan Relações públicas, mestre em Comunicação Social, coautor do livro Mídia, movimentos sociais e direitos humanos e professor
ANOS
14 de Julho a 18 de Julho
18h30 às 21h30
ATENDIMENTO AO CLIENTE Conteúdo: A importância da satisfação do cliente; Perfil do profissional de atendimento; Momentos da verdade das empresas; Agregar valor gera encantamento do cliente; Os sete pecados no atendimento ao cliente; Ações estratégicas para fortalecer a relação com o cliente; Medindo a satisfação do cliente.
TÉCNICAS DE VENDAS A importância da venda consultiva; As diversas funções do vendedor; Desenvolvendo habilidades de prospecção de mercado e busca de clientes; Principais ferramentas de vendas para a entrevista de diagnóstico; Desenvolvendo a habilidade de levantar necessidades de clientes; Princípios fundamentais do processo de negociação; Organização das ações de pós-venda.
21 de Julho a 25 de Julho
18h30 às 21h30
28 de Julho a 01 de Agosto
18h30 às 21h30
CONTROLES FINANCEIROS Conteúdo: Controle, previsão e análise do caixa; A origem dos recursos e seus registros; Análise do fluxo de caixa; Determinação do capital de giro; Apuração dos resultados da empresa.
11 de Agosto a 15 de Agosto
18h30 às 21h30
ANÁLISE E PLANEJAMENTO FINANCEIRO Conteúdo: A administração financeira da empresa; Projetar fluxo de caixa; Fatores que influenciam o planejamento; Definição de metas com base nos resultados; Conclusão do plano: Afinal, este negócio é viável?
18 de Agosto a 29 de Agosto
18h30 às 21h30
INICIANDO UM PEQUENO GRANDE NEGÓCIO Conteúdo: Perfil empreendedor; Identificação de oportunidades de negócios; Análise de mercado e financeira; Concepção dos produtos e serviços; Orientação para elaboração do Plano de Negócios.
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