O Lojista - Edição 532

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PALAVRA DA PRESIDÊNCIA

Esteja Preparado

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onforme o fundador dos escoteiros disse, em inglês, “be prepared” (“esteja preparado”). Criado pelo fundador do movimento, Robert Baden Powell, e não é coincidência que fosse formado pelas iniciais “B.P.”, pelas quais o fundador era muitas vezes chamado, desde 1907, no livro de sua autoria: “ Scouting for Boys, Baden-Powell explica o significado do lema: “BE PREPARED” (esteja preparado) significa que você deve estar constantemente em um estado de atenção mental e corporal para cumprir o seu DEVER. Esteja preparado mentalmente através de uma disciplina que lhe permita ser obediente a cada ordem, e também pensando de antemão nas situações e acidentes que podem ocorrer, de forma a saber e desejar atuar de maneira correta no momento correto. Esteja preparado corporalmente, tornando-se forte, ativo e capaz de atuar de maneira correta no momento correto. Essa lição serve para nós, empresários brasileiros, neste ano de 2014. Se não fosse o fato de termos a Copa do Mundo de Futebol da Fifa em junho próximo, as eleições em outubro, teremos também um cenário para ficarmos vigilantes, pois a taxa SELIC, que é a referencial do mercado, está estimada em 10,5%aa; a inadimplência subindo, com juros praticados pelos Bancos na ordem de 7,89% ao mês para empréstimos no Cheque Especial (que anualizado chega a 149%); os juros cobrados pelas administradoras dos usuários de cartões de créditos são maiores,9,35% ao mês anualizado chega 192%); a inadimplência dos consumidores em alta, cerca de 1,7% em novembro/2013. Menos dinheiro entrando na economia e esvaindo-se para o Sistema Financeiro. Esse cenário vai requerer do empresário muita disciplina no fluxo de caixa, na formação do estoque, para que não sobre mercadoria na prateleira e pague desnecessariamente ICMS ST na compra (que temos combatido muito); um grande conhecimento na formulação do preço, para saber estimar essas variáveis mencionadas acima sem ficar fora do preço do mercado e por fim uma equipe de venda muito comprometida, surpreendendo com resultados oriundos de treinamentos e conhecimentos dos produtos ofertados. A CDL está às ordens para ajudar no que for preciso. Meu conselho é que pratiquemos exercícios físicos, pois a pressão que vem diariamente sobre nós é muito grande. E dessa forma saudável podemos manter o corpo são e os negócios com vitalidade! O LOJISTA . 03


COLUNA

NESTA EDIÇÃO 12 Faculdade do Comércio Parceria entre a CDL Niterói e a FAMATH

22 Capa Grandes oportunidades da Copa do Mundo no Brasil

30 Índide do IPVA 2014 Preços e prazos da Tarifa em 2014

40 Lei da Autovistoria Lei determina inspeção em prédios de Niterói

42 Copa Brasil de Vela 2014 Evento aquece economia na cidade

SEÇÕES

COLUNAS

03 Palavra da Presidência 06 Eventos CDL 08 Aconteceu na CDL 33 Agenda Cultural 45 Índices

14 Gestão Empresarial 18 Jurídica 32 Comércio Exterior 38 Coaching 46 Inovação

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EVENTOS CDL

Café Empresarial debate sobre Direito Previdenciário Associados tiveram oportunidade de tirar dúvidas sobre aposentadoria

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lanejar o futuro e saber quais são os direitos do trabalhador na hora de se aposentar foram alguns dos assuntos da palestra sobre Direito Previdenciário. O bate-papo aconteceu durante o primeiro café da manhã empresarial de 2014, realizado no dia 14 de janeiro e organizado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas

de Niterói, em sua sede no Centro de Niterói. O palestrante, o advogado Frank Martini Claro, sócio do escritório Martini Claro Associados, é o mais novo parceiro da CDL e conversou com os lojistas e associados durante o encontro. “Hoje em dia entrar com o pedido de aposentadoria pode representar uma

via-crúcis ao INSS. Em média, são 40 dias para que o primeiro atendimento seja realizado e uma série de documentos que fazem com que o empregado fique em dúvida. Além disso, há problemas, tais como as perdas de documentação e os tempos de serviços especiais que tornam o processo um pouco mais moroso”- observou Frank. Durante a palestra os associados tiraram muitas dúvidas sobre um dos temas mais comentados da atualidade no setor previdenciário, a desaposentadoria, que consiste no empregado que após a aposentadoria volta ao mercado de trabalho e assim deseja acumular mais tempo de contribuição com o INSS.

O Presidente da CDL Niterói, Fabiano Golçalves, com o advogado Dr. Frank Martini Claro.

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“O Superior Tribunal de Justiça ainda possui pontos indefinidos sobre este tema, apesar de conceder esta possibilidade. É importante alertar vocês que o valor de contribuição da primeira atuação para a segunda, às vezes, pode não ser tão vantajoso quanto se imagina”frisou Frank.


EVENTOS CDL

O presidente da entidade, Fabiano Gonçalves, também aproveitou o momento para anunciar alguns eventos previstos para o ano, como a realização de outros 11 cafés da manhã empresarial, quatro almoços e alguns happy hours em alguns dos principais polos de negócios da cidade. Além das atividades sociais, o presidente também apresentou algumas propostas de programas e eventos para todo o ano, como o projeto “Nome Limpo, Crédito Forte”, que deverá convidar empresários que negociarão as dívidas dos clientes diretamente.

O advogado Dr. Frank Martini Claro palestrando.

Diretor da CDL Niterói, Sr. Rogério Rosetti.

O próximo café da manhã empresarial acontece no dia 11 de fevereiro, às 9h, na sede da CDL, na Rua General Andrade Neves, 31, Centro. O tema será Lucratividade: crescer, sobreviver ou morrer, com a participação de consultores do Sebrae. Ainda em fevereiro, no dia 25, será a vez um almoço com palestra sobre o varejo.

Café Empresarial com Assossiados - momento de confraternizações

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ACONTECEU NA CDL

“Natal na Rua” no Centro reuniu três mil pessoas

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noite do dia 2 de dezembro de 2012 foi de festa! A Rua XV de Novembro, em frente ao Teatro Municipal, no Centro, foi palco do tradicional “Natal na Rua”. A CDL Niterói, em parceria com a Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Cultura e da Fundação de Arte de Niterói - FAN, com Plaza Shopping, SESC, CCR Ponte e CCR Barcas, foi um dos grandes apoiadores. O evento, que está na sua 17ª edição, reuniu cerca de três mil pessoas e contou com a apresentação de oito corais unidos em 150 vozes, sob a regência do Maestro Luís Carlos Abreu. E, é claro, a chegada do Papai Noel oficial da cidade, Sohail Saud, fechou a noite.

Coral de 150 vozes participaram do Natal na Rua em frente ao Teatro Municipal de Niterói.

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Apresentação da noite.


ACONTECEU NA CDL

O público se encantou com um repertório de canções natalinas, composto pelas tradicionalíssimas “Bate o Sino”, “Noite Feliz”, “Valsa de Natal”, entre outras. Outras atrações que levaram emoção aos presentes foram as performances de dança e o coral de deficientes auditivos com tradução em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais). Nesta mesma noite, o idealizador do evento, o maestro Silas Ramos Sias, recebeu uma homenagem especial pelo seu trabalho.

Presidente da CDL Niterói, Fabiano Gonçalves com o Papai Noel oficial da cidade, Sohail Saud.

À frente do Coral Acadêmico da Cidade, que deu início a vários outros corais em Niterói, Silas propaga a boa música, elevando a cultura do canto coral, desenvolvendo novos músicos e maestros.

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NOTÍCIAS

Lojistas comemoram momento promissor da economia Confraternização encerrou o ano velho e consolidou força para 2014

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nidas, as entidades lojistas de Niterói receberam no mês passado em almoço de confraternização no restaurante Ativa, no Jardim Icaraí, parceiros e colaboradores do comércio local ao longo de 2013. O clima foi descontraído e marcou o momento promissor de crescimento da economia da cidade para o ano vindouro e os seguintes. Mais de cem convidados estiveram presentes, entre autoridades, empresários, lideranças sociais, jornalistas e outros formadores de opinião. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Niterói, Fabiano Gonçalves, citou inúmeras ações e conquistas do empresariado consolidadas nos últimos tempos, entre elas os resultados positivos da reabertura da Rua Visconde de Uruguai e a lei geral da microempresa – dois movimentos iniciados pelo presidente do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) de Niterói, José Luiz Valente Pascoal, e incorporados por toda a categoria. CDL e Sindilojas também se uniram ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e facilitaram a abertura de

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550 empresas e a concessão de 305 alvarás só em 2013 através de um grande estande montado ao lado do terminal rodoviário, desburocratizando todo o processo e atraindo um público de duas mil pessoas em apenas seis dias. “Está evidente de quão empreendedora é a cidade de Niterói e como é fundamental estimular sua economia através de seus talentos”, garantiu Fabiano Gonçalves. “O projeto Calçada Livre foi outro grande ganho do ano que se encerrou. A Rua Coronel

Moreira César e a calçada do Largo da Batalha estavam intransitáveis às vésperas do Natal. O camelô é uma questão social e deve ser visto de forma sensível porque são pais de família lutando para sobreviver, apesar de a maioria deles não ser de Niterói”, falou ele também com a visão de secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, pasta que ocupa desde janeiro de 2013 no início do mandato do prefeito Rodrigo Neves, que também foi ao encontro.

Fabiano Gonçalves, José Luiz Valente Pascoal, Prefeito Rodreigo Neves e Luiz Paulino Moreira Leite


NOTÍCIAS

Muitos dos presentes vinham de uma cerimônia ocorrida pela manhã no Solar do Jambeiro em que a Prefeitura lançou o portal “Niterói Que Queremos”, um canal de comunicação via website entre o governo municipal e a população, que poderá opinar com soluções para a melhoria da cidade. “O congraçamento é o único caminho para obter objetivos. Somos o segmento que mais arrecada e cresce. O novo governo está colaborando para a virada de página de um passado recente de estagnação em todas as áreas do município. Estou feliz pela retomada do rumo desta cidade”, disse José Luiz Valente Pascoal, que comparou Rodrigo Neves a um administrador de empresa por seu método de governança.

todo o interior do estado, como uma segunda capital. “Vimos hoje mais cedo, na cerimônia da Prefeitura no Solar do Jambeiro, números que nos deixaram triste porque mostraram que nossos esforços foram abandonados pela gestão pública anterior. Entretanto, ao mesmo tempo, sentimo-nos satisfeitos em ver os esforços do atual governo”, comentou Robson Gouvêa, presidente da Associação do Conselho Empresarial e Cidadania (Acec). O presidente da CDL Niterói agradeceu a imprensa por reverberar os feitos do segmento e citou a perda emblemática do comerciante e ex-radialista Alex Mariano, assassinado em agosto durante uma tentativa de assalto à sua loja de ferramentas no Centro. Na ocasião, comércio, polícia e imprensa se uniram no grito contra a violência crescente na cidade. Fabiano Gonçalves aproveitou a oportunidade para lembrar o posicionamento das entidades unidas contra o artigo do PLC 237/2012 que isenta as empresas inscritas no Simples

de pagar substituição tributária. Toda empresa que fosse simples não pagaria a substituição tributária. Segundo os líderes lojistas, a tributação é muito grande para elas. O projeto de lei deverá ser votado este ano. Fazendo as honras de mestre de cerimônias, o gerente administrativo da CDL Niterói, Walter Monnerat, ainda promoveu um parabéns-surpresa ao aniversariante do dia, o empresário Dornas Maciel, ex-presidente da CDL Niterói e referência para os empreendedores mais jovens. O homenageado, por sua vez, agradeceu “a honra de fazer parte da equipe de vencedores do município”.

Aldo Gonçalves, presidente da CDL Rio e do Sindilojas Rio e vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) elogiou a união do empresariado niteroiense representado pelas entidades locais e elogiou a retomada do crescimento econômico de Niterói no último ano. “É ímpar este encontro aqui. Nunca vi tamanha união em outro lugar. É a sociedade tentando se organizar, resgatando sua história e autoestima, e colaborando de forma presente com aquilo que sonha, ou seja, um futuro maravilhoso. É difícil, mas é possível”, assegurou o presidente da ACRJ, Luiz Paulino Moreira Leite, que ressaltou a representatividade de Niterói perante Da esquerda para direita: Paulo Freitas, Marcus Jardim, Alexandre Torres Amora, Prefeito Rodrigo Neves, José Dornas Maciel (Conselheiro da CDL) e Fabiano Gonçalves

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NOTÍCIAS

Gestão empresarial é enfatizada em graduação

Parceria entre CDL e FAMATH oferece curso de Administração com ênfase na Gestão Empresarial

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spirantes a empresário: preparem suas canetas! Estão abertas as inscrições para os vestibulares do curso de Administração com ênfase na Gestão Empresarial da Faculdades Integradas Maria Thereza. O primeiro curso superior de Administração com ênfase em comércio e serviços de Niterói é fruto de uma parceria entre Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói e a faculdade, sendo pioneira no estado do Rio. A inspiração veio da Faculdade do Varejo, apresentada pela CDL de Fortaleza, e tem como objetivo preparar o aluno para a realidade do mercado varejista, como explica o Professor Raymundo Stelling, diretor geral da Famath. “É um curso muito especial. Os alunos não ficam presos à teoria. A diferença é que junto com todo o conteúdo acadêmico necessário, o aluno tem uma carga muito grande de visão prática da realidade do mercado”, avalia Stelling. Para o ano letivo de 2014, a instituição prepara uma aula inaugural conjunta com a participação das duas entidades e a apresentação de alguns casos bem-sucedidos de negócios, onde a visão para o comércio fez a diferença nos empreendimentos. Na visão de Fabiano Gonçalves, presidente da CDL Niterói, o curso de graduação traz algo de novo ao contexto empresarial do estado do Rio de Janeiro. “Os restantes cursos de graduação em Administração estão muito distanciados da academia e da prática comercial ou têm um foco industrial, ao passo que a nossa economia regional é uma economia de comércio e serviços”, observa. “A maioria das pessoas que administram negócios tem 12 . CDL NITERÓI

empresas de micro e pequeno porte. Temos de ter um curso focado diretamente nessa demanda. Não adianta fazer um curso de Administração amplo, genérico, e não ter foco”, completa Fabiano. A graduação em Administração oferece uma formação especializada em aspetos práticos como tributação, licitação, comercialização e interação com fornecedores. O empreendedorismo também é constantemente encorajado ao longo do curso. “O aluno aprende a planejar,

implantar, gerenciar e fazer crescer um negócio. Entre as práticas do curso estão o ensinamento de como fazer uma planilha eletrônica, a calcular custos, prefixação de preços, financiamentos”, lembra Fabiano, que ressalta ainda a captação de recursos como ponto forte do curso. “Se o aluno souber captar recursos, ele tem mercado para trabalhar em qualquer lugar do Brasil. Hoje em dia todas as empresas querem alguém que sabe captar recursos”, avalia o presidente.

Crédito FAMATH

Fabiano Gonçalves, presidente da CDL Niterói, e Raymundo Stelling, Diretor Geral da FAMATH

• Os vestibulares decorrem em fevereiro nos dias 01 e 05 • Início do ano letivo: 02 de fevereiro de 2014 • Mensalidade: R$ 585,00 (preço exclusivo para associados da CDL Niterói)

• Inscrições: http://www.famath.com.br • Mais informações: 0800 282 0890 ou 2707-3500



GESTÃO EMPRESARIAL

Há cortes de custo inteligentes e há os preguiçosos 1 - Como não transformar a obsessão por indicadores financeiros num problema? Anônimo Em qualquer empresa, os indicadores financeiros representam o mesmo que os sinais vitais de uma pessoa algo como a temperatura e a pressão sanguínea para o corpo humano. É por meio deles que se pode localizar claramente onde estão os problemas. Não é raro encontrar, porém, muita gente nas companhias que veja essas métricas como algo que “pertence ao pessoal de finanças”. Para responder diretamente à sua pergunta, o único meio de não transformar essa preocupação com os resultados financeiros num problema é incorporá-la ao dia a dia de todo mundo, com uma disciplina incansável. A saída está

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na aplicação do método PDCA - sigla em inglês para Plan, do, check, act (em português, “Planeje, execute, cheque e aja”). É um exercício a ser repetido em todas as áreas. Na fase de planejamento, é preciso determinar quais são as medidas operacionais para atingir as metas financeiras esperadas e esmiuçar o que é e o que não é importante para a empresa. Não se trata simplesmente de cortar custos. Trata-se de determinar o que é e o que não é prioritário para o crescimento e fazer isso valer. Dessa maneira não se corta o que vai fazer falta depois. Cortam-se apenas os desperdícios. Por exemplo: há características de produtos que o cliente não valoriza? Em logística, há máquinas paradas na produção, caminhões que viajam sem produto, controles desnecessários no processo?

Tudo isso pode ser cortado. Há custos que ajudam e outros que são puro excesso. Diferenciar um do outro separa o corte preguiçoso do inteligente. E tem mais: ao utilizar o método que estou propondo, todos fazem os cortes conhecendo a razão. O que atrapalha essa avaliação criteriosa é que muita gente acha que já sabe tudo. Na verdade, é preciso mergulhar nos processos para reconhecer os desperdícios. É preciso ser humilde e saber que sempre há algo a ser aprendido. Na maioria dos casos, há muito inchaço nas áreas de apoio. As áreas de produção também sempre apresentam ineficiências graves, desperdícios que podem ser evitados.


GESTÃO EMPRESARIAL

As áreas de produção também sempre apresentam ineficiências graves, desperdícios que podem ser evitados. Cortar sem uma análise prévia, porém, pode resultar em prejuízo mais tarde. Na maioria dos casos, falta humildade para reconhecer que temos problemas — falta o que chamo de cultura de enfrentamento dos problemas. Num ambiente assim, as pessoas ficam felizes em descobrir e eliminar suas deficiências. Se não existe uma cultura de enfrentamento dos problemas, com rituais de cobrança estabelecidos, os excessos passam despercebidos. Já descobri em minha vida que o ser humano se acostuma com tudo. Se não houver quem lidere um movimento de questionamento, o que está errado acaba por se tornar normal. Desperdícios reinam por toda parte, e temos sempre de, ao longo dos anos, combatê-los. Se as pessoas de sua empresa ainda não têm disciplina financeira, recomendo que assimilem isso o mais rapidamente possível. Esforços episódicos ajudam, mas não resolvem. Uma empresa deve dedicar sua vida, continuamente, à busca de resultados melhores. Tudo tem de ser questionado o tempo todo.

2 - Como cortar custos e crescer ao mesmo tempo? Anônimo Você fala em dois objetivos distintos. Na verdade, o foco deve ser um só aumentar a geração de caixa. É um passo vital para controlar a gestão de sua empresa. A geração de caixa, conhecida pela sigla Ebitda (em inglês, lucro antes de juros e impostos, depreciação e amortização), se move de acordo com duas variáveis: o aumento do volume de vendas e a redução de custos. Com essa baliza desdobrada por toda a companhia, todos os setores conseguem saber exatamente o que fazer para contribuir para o bom desempenho. Sempre existirão oportunidades de melhoria nas áreas administrativas, de compras, de produção, de logística e de vendas. Ninguém deve se julgar especial e perfeito. Todos temos imperfeições operacionais em nossas empresas e precisamos ser humildes para reconhecer isso. Aconselho que todas as chefias e lideranças de sua empresa se dediquem a avaliar suas oportunidades de ganho e mergulhem na tarefa de tentar conquistá-las.

Uma empresa não pode viver só de cortar custos ou só de aumentar vendas. Todas as frentes devem ser atacadas simultaneamente. Isso não quer dizer que não devemos eleger prioridades. Cada pessoa deve ter de três a cinco metas — no máximo. O conhecimento do método e das técnicas mais simples de análise é fundamental. Sugiro que vocês invistam em valorizar as pessoas de sua empresa treinando-as no método — não só em sala de aula, mas também na prática. Como diz o economista Claudio de Moura Castro, “o conhecimento entra pelas mãos”.

Professor Vicente Falconi Consultor e sócio-fundador do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG) Fonte: http://exame.abril.com.br

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HOTELARIA

Formação oferecida pelo governo para a Copa pode fortalecer o empregador Turismo ganha investimentos para formação de mão de obra

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om a agenda de grandes eventos internacionais que colocaram o Brasil na rota do turismo mundial, o governo federal lançou em outubro de 2011 o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, o Pronatec. Com a proximidade da Copa do Mundo, a cidade de Niterói conta com uma segunda etapa do curso, fruto da parceria do Ministério do Turismo e da Educação. Tem como meta capacitar 240 mil alunos, e como objetivo principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira. Em Niterói, foram oferecidas vagas em 18 cursos, tais como agente de informações turísticas; camareira em meios de hospedagem; atendente de

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lanchonete; sommelier; recepcionista em meios de hospedagem; pizzaiolo e organizador de eventos, entre outros. Além da formação, durante o curso, o estudante receberá material didático e um auxílio para alimentação e transporte. Segundo o turismólogo e Diretor de Turismo da NELTUR, Rubens Branquinho, a cidade e a rede hoteleira têm muito a ganhar com a formação de profissionais. “O primeiro benefício com a formação de profissionais moradores de Niterói pelos cursos do Pronatec Copa é tornar a cidade preparada para atender com qualidade e competência os visitantes, considerando que Niterói é uma das subsedes da Copa do Mundo 2014, pela proximidade com a cidade do Rio de Janeiro. A preparação desses profis-

sionais fortalece a imagem da cidade como destino turístico ideal para todos os públicos, garantindo um legado para o setor, com o retorno dos visitantes e a divulgação das maravilhas de nossa cidade”, observa Rubens. Apesar da segunda etapa do programa ainda estar em formação, a cidade já se beneficiou com a formação de novos profissionais no segundo semestre de 2013, quando foram oferecidas aulas no Centro de Atendimento ao Turista do Caminho Niemeyer. Foram formados alunos para atuar na recepção em meios de hospedagem e organizadores de eventos. Além disso, o Senac Niterói formou outros cem alunos na primeira fase do programa.


HOTELARIA

Para que não restem dúvidas sobre a importância de ter mão de obra qualificada no setor do turismo em Niterói, Rubens Branquinho ressalta a chegada de novos empreendimentos na área. “Há uma grande estimativa de crescimento dos setores ligados ao turismo em Niterói. Recentemente um grande empreendimento foi inaugurado na cidade, o Hotel H Niterói, que representa 30% da oferta de leitos de hotelaria no município. Outras redes estão se instalando na cidade, como Best Western e Ramada. Assim, este é um dos

setores onde mais haverá oportunidades para profissionais qualificados, além do setor de gastronomia, que é referência em Niterói”, aposta o diretor de Turismo da NELTUR. Além da atuação na formação de empregados, a empresa de turismo de Niterói também oferece auxílio aos empregadores que encontram dificuldade na hora da contratação. “Nós estreitamos muito a relação entre a Prefeitura e o trade turístico da cidade ao longo de 2013. Os alunos formados pelos cursos do Pronatec

Copa farão parte de um banco de currículos da NELTUR que ficará à disposição das empresas para futuras contratações. Além disso, estamos reunindo a demanda dos profissionais que já trabalham nessas empresas para uma outra modalidade do programa federal, que é o Pronatec Copa na Empresa, destinado à qualificação dos profissionais do setor do turismo, cujas aulas podem acontecer no próprio local de trabalho, por demanda do empregador”destaca Rubens. O legado que um evento e a formação de profissionais deixarão para a cidade vai além das aulas e dos novos profissionais, já que após a realização das contratações provenientes do programa, os estabelecimentos receberão uma identificação oficial do Governo Federal, atestando que o local fez parte da preparação do país para a Copa do Mundo 2014. “O Pronatec Copa está mudando a cadeia produtiva do turismo no país e nossa cidade está aproveitando esta oportunidade para se consolidar como um destino turístico qualificado”, aposta o diretor.

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COLUNA JURÍDICA

Fraudes Processuais 2 Parte ª

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a edição anterior iniciou-se fala sobre fraudes processuais e como ocorrem. Falaremos agora sobre os principais impactados por esta nova modalidade de fraude que está se alastrando pelos Tribunais de Justiça.

Fraudes processuais proporcionam ao empresário perda do montante que propôs por acordo e perda do montante que deixou de ter a expectativa de reaver, para o caso de uma negativação reclamada como indevida.

O Empresário - Ironicamente este acabou sendo um “parceiro” que ajudou a fomentar este tipo de fraude. É grande o número de empresas que ofertam propostas conciliatórias antes da primeira audiência. É tudo que aquele tipo de “advogado” precisa. Talvez para evitar “maiores gastos”, a empresa tenta abreviar a marcha dos processos imaginando estar fazendo um bom negócio. Esta atitude, ainda que inocente, será a responsável por manter – e por que não expandir? - esta modalidade de “clientela”. É sabido que existe um incentivo para que processos sejam encerrados mediante a celebração de acordos. Mas, acordos sem critérios e sem o acompanhamento adequado? Talvez ao final daquele período fiscal o empresário ainda afirme que “perdeu pouco” diante de tantas reclamações judiciais. Medidas devem ser adotadas para que se evite o êxito maquiado. Ações fraudadas não devem consumir seu lucro! Por que não apresentar a proposta de acordo somente na primeira audiência? Na hipótese alternativa discutida, o autor não comparecerá ao ato e o processo estará quedado ao insucesso.

O Cidadão - Inicialmente, numa análise rasa, o cidadão é o menos afetado. Aliás, nos casos em que o processo tiver sido encerrado por acordo, o autor sairá lucrando. Afinal, sua negativação foi suspensa, seu crédito disponibilizado e o seu nome voltou a “ser limpo”. Mas, é correto que alguém tenha lucros embolsando dinheiro resultado de acordos judiciais que fizeram em nome de terceiros? Se a negativação reclamada no processo forjado for realmente indevida, é correto que um terceiro fique com o dinheiro da indenização que pertenceria a outro? E a prestação jurisdicional afetada? Não se sabe até que ponto esta banalização poderá influenciar na interpretação de um Juiz sobre a sentença que dará num processo onde o pedido postulado foi verdadeiramente ofensivo.Será que num processo com verdadeiro e significativo conteúdo de reclamação o empresário fará uma proposta justa ou será que ficará a mercê da tábula rasa proporcionada pelos diversos processos com reclamações infundadas? Certamente o custo destes processos fraudados será repassado ao cidadão. Em uma análise rasa, bem rasa, o cidadão será o menos afetado.

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A Justiça - A justiça seguirá “pagando o pato”, pois a maioria das reclamações proferidas pelos cidadãos terá como ponto de atrito a má prestação jurisdicional. Consideremos que, quanto mais justa for a forma adotada para coibir este tipo de ocorrência delituosa, mais tempo, pessoal e dinheiro público será consumido. E prevenção pode ser significado de burocracia. Os Advogados - Este tópico obviamente se refere a grande maioria dos advogados que trabalham corretamente, de acordo com a ética que lhes é peculiar. Já ouvi advogados dizendo que tiveram seus patrocinados convocados para confirmar outorgas em Juízo. Como separar o joio do trigo? Não vejo como. Algum ato dispendioso será a saída encontrada para prevenir as investidas de fraudes contra a nossa tão idolatrada justiça. Justiça esta que, para muitos, a vida lhe é entregue. E vida prescreve.

André Jorcelino Lopes Flores Perito em Documentoscopia - Perito Adjunto da DIPEJ / TJERJ 3807 andrejlflores@yahoo.com.br

Alexandre Pereira de Andrade Assessor Jurídico - CDL Niterói www.pereiradeandrade.adv.br dralexandreandrade@hotmail.com



ARTIGO

Profissionalizando o sonho de família

Empresário transforma hobby do pai em concorrida casa de samba

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nome antes curioso agora é sinônimo de “um bar de respeito” – slogan que faz jus à sua missão, por sinal bem cumprida. Criada há 27 anos como um improvisado ponto de encontro entre amigos, mas há oito consolidada como concorrido ambiente comercial com gastronomia e shows, a Toca da Gambá, no Barreto, tornou-se uma das melhores casas de samba da região metropolitana do Rio, prestigiada por renomados compositores e intérpretes do circuito musical carioca.

Jairo Pacheco e a esposa Carla na Toca da Gambá, em mais uma noite de sucesso da hoje badalada casa de samba do Barreto

Por trás dessa transformação está Jairo Pacheco, o Jairinho, filho do fundador do espaço, que inicialmente abriu com mesas e mobílias velhas em um grande quintal arbóreo na Rua Carlos Gomes 23, onde uma turma se reunia para bater papo e ouvir música. No local havia ainda um pequeno campo para jogar bola e fazer churrascos de final de semana. O nome faz alusão à Toca da Raposa, local onde a seleção brasileira de futebol se concentrou em 1982 e 1986. Hoje o local é um bar com infraestrutura completa para eventos com música 20 . CDL NITERÓI

ao vivo, uma equipe periodicamente treinada e tratamento acústico cumprindo a lei. Formado em Análise de Sistemas com pós-graduação em Internet pela UFF e em Finanças pela FGV, Jairinho deixou o antigo trabalho (de vinte anos na área de informática de uma grande empresa) e aos poucos assumiu a casa de samba após o falecimento do pai. “Primeiro busquei entender o negócio do meu pai e por que motivos já dava certo sem ter a estrutura adequada. Logo percebi que era preciso mudar sem perder a essência original, que é o calor humano e a fidelização pelo hábito. Então, ainda como uma atividade paralela, fui organizando a empresa”, relembra Jairinho Pacheco, que ressalta também a quebra do paradigma de que a zona norte não pudesse ser uma região de entretenimento. “Aos poucos fomos mostrando que tínhamos condições de atrair um público diversificado, de qualquer parte da cidade, através de uma boa proposta de programa gastronômico-cultural”, lembra.

Com disposição e boas ideias, foi revelado ali um grande potencial comercial. “Foi uma mudança radical, porém pontual. Mudamos aos poucos, com foco naquilo que estávamos querendo. O atendimento, a segurança e os artistas são a alma do negócio, e o espaço é o corpo. Nenhum deles pode andar sozinho. Escuto todas as críticas e opiniões e busco uma solução que concilie as expectativas do público, dos colaboradores e da própria equipe”, explica ele. O empresário atribui o atual e crescente sucesso da Toca da Gambá à dedicação e à antecipação. Prova disso foi a aquisição, após a recente obra de acústica exigida legalmente, de um decibelímetro digital certificado por uma empresa paulista para aferição do som produzido no ambiente. Isso demonstra a preocupação com o bem estar e a saúde auditiva de todos, sejam clientes, funcionários e vizinhos. “Inovar é preciso. O público percebe quando os donos do local estão buscando melhorar aquilo que já é bom.


ARTIGO

Isso é respeito pelo próximo. Procuramos transmitir alegria e simpatia, além de manter um canal aberto para o diálogo com os frequentadores da casa para a correção de eventuais falhas. Do contrário, a credibilidade afunda com a empresa”, garante Jairo, que tomou como referência um pouco de cada casa de samba que frequentou. A Toca da Gambá funciona às sextasfeiras e domingos à noite, além do último sábado de cada mês à tarde

com a “feijoada à moda antiga”, todas elas com roda de samba recebendo um convidado especial diferente. Entre as atrações musicais destacam-se Jorge Aragão, Inácio Rios e o pai Zé Katimba, Marquinhos Diniz e o pai Monarco, Jorginho do Império, Nilze Carvalho, Monica Mac, Gusttavo Clarão, os irmãos Sombra e Sombrinha, entre outros. Fora dessas datas, abre para eventos corporativos privados, mediante reserva antecipada. Também cede espaço

para shows beneficentes de MPB da associação Serumano Solidário, formada por músicos do eixo Rio - Niterói - São Gonçalo. Site: tocadagamba.com.br Endereço: Rua Carlos Gomes, 23 Barreto - Niterói Telefones: 98493-9320 e 2627-5398 Facebook: Toca da Gamba Oficial E-mail: contato@tocadagamba.com.br

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CAPA

Rio terá mais de 450 oportunidades com a Copa 2014 Sebrae/RJ apresenta mapeamento que engloba seis setores da economia fluminense

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paixão nacional pelo futebol e a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil gerou esperanças de lucros para diversos setores. De acordo com o Mapa de Oportunidades para Micro e Pequenas Empresas no Rio de Janeiro, encomendando pelo Sebrae à Fundação Getúlio Vargas e divulgado recentemente, o Rio de Janeiro apresenta 453 oportunidades de negócios para micro e pequenas empresas fluminenses em seis setores – construção civil, tecnologia da informação, madeira e móveis, têxtil e vestuário, turismo e comércio varejista. O estudo avaliou o panorama nas 12 cidades-sede da Copa,e mostra que em todo o país serão criadas mais de 900 oportunidades de negócio em nove setores. O estudo prevê que o impacto mais significativo da Copa será na economia, onde serão injetados R$ 183 bilhões ao PIB até 2019. Os valores que os jogos nas 12 cidades podem chegar até R$135,7 bilhões até o fim do ano, sendo R$ 9,4

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bilhões com receitas adicionais devido ao fluxo turístico gerado. “A projeção até 2019 é baseada no que aconteceu em países como a Alemanha e a África do Sul, que tiveram reflexos além do evento em si. Os valores apresentados são referentes ao somatório das ações realizadas. Apesar da nossa economia não contar com projeções otimistas, estamos em uma linha crescente e a veia empreendedora

é uma geradora de recursos para o país”analisa Yeddo Bittencourt, coordenador do projeto Sebrae 2014. No Rio, grande parte das oportunidades está no setor de construção civil. Ao todo, são 109 possibilidades de negócios mapeadas, sendo previsto que em todo o território nacional sejam investidos R$33,1 bilhões com obras de infraestrutura, mobilidade urbana, etc. Parte destas oportunidades


CAPA

surgiram da condição de fornecedores ou prestadores de serviços para as grandes empresas. Entre as atividades identificadas estão as relacionadas a canteiros de obras,comércio atacadista de ferragens, entre outras. Em segundo lugar, o varejo apresenta 83 oportunidades de negócios, como a implementação de negócios maiores, como a abertura de mercadinhos e padarias até a comercialização de cartões postais, mas cautela se faz necessária, como indica Yeddo. “A primeira recomendação é que o empreendedor busque por informações, elabore um plano de negócios e conheça seus concorrentes. A necessidade de tomar decisões rápidas faz com que todo o conhecimento sobre as etapas anteriores o faça ser mais assertivo quando necessário”, aconselha o gerente do Sebrae. Em terceiro, o setor de turismo. São 80 oportunidades de prestações de serviços diretos e indiretos, como serviços de emissivo e receptivo por agências de viagem, de guia de turismo, pensões e

pousadas, entre outros. Outro setor de oportunidades de comércio é o têxtil e vestuário, com 64 oportunidades. Entre as principais opções de negócios está o mercado de estamparia, como a criação de estampas relacionadas à cultura brasileira e ao universo do futebol, o design têxtil, etc.

Preparação Dois setores que não costumam estar diretamente relacionados ao Mundial também foram bem avaliados pelo Sebrae/FGV no Mapa de Oportunidades. O primeiro é o que compreende a tecnologia da informação, com a implantação de redes de comunicação até aluguel de computadores, totalizando 72 oportunidades. Já no setor de madeira e móveis foram identificadas 45 possibilidades, como fornecimento de madeira para produção de móveis. Além do estudo, o Sebrae também realiza o programa de capacitação para apoiar os empreendedores a se tornarem mais competitivos com as oportunidades oferecidas. Em Niterói, empresários e empreendedores já

tiveram a oportunidade de participar de cursos e consultorias que ajudaram a modificar a realidade de seus negócios. No setor do turismo, a empresária Vanessa Lopes Dias, proprietária do Hostel Lar Solar Gragoatá, já aumentou sua margem de lucro em 20%, apenas com a participação em um curso de Administração e Finanças e comemora. “Uma empresa da área de petróleo e gás fechou 60% das vagas para hospedar funcionários durante as viagens. ”, celebra Vanessa. O exemplo do negócio de Vanessa é apenas uma das possibilidades que o setor pode contar, como explica a gestora em Niterói do projeto Sebrae 2014, Marinez Brettas de Souza. “A proposta é fazer com que o empresário perceba o potencial e a abrangência do seu negócio, capaz de participar de um grande evento e até em projetos do porte do Complexo Petroquímico da Petrobras (Comperj). Ele pode fechar ótimos negócios com os terceirizados”.

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PERSPECTIVAS 2014

Um ano de grandes negócios ou de cautela? Estima-se que a economia em 2014 cresça apenas 3%

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Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a soma de todas as riquezas produzidas, fechará o ano de 2014 com crescimento de apenas 3%. Pelo menos essa é a estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em 2014, a expectativa é de que o crescimento da economia mundial seja de 4%. Quem preferir apostar que 2014 é um ano eleitoral, e por isso o governo tende a desejar o aumento de dados positivos em balanças comerciais tomando como medidas o corte de tarifas e impostos que acelerem o crescimento, medida que foi bem-sucedida em 2013 com a redução do IPI para a compra de veículos, pode se frustrar. Novas altas da taxa de juros (Selic) podem esfriar ainda mais a economia brasileira. A expectativa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) é que o PIB cresça 1,8% em 2014, e a inflação fique em 6,1%. A inflação, em particular, também tende a ser um incômodo neste ano por causa da pressão dos preços administrados. Em 2013, esse grupo foi beneficiado pelo congelamento das tarifas dos transportes e pelo baixo reajuste do combustível. Assim, os administrados devem subir apenas 1,5% em 2013, nível considerado baixo e que

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não deve se repetir em 2014. “A economia está tão amarrada que desamarrá-la não vai ser fácil. A inflação reprimida está muito alta e, se o governo liberá-la, o Banco Central terá de subir os juros para impedir um patamar mais alto da inflação”, afirma Armando Castelar, coordenador da área de economia aplicada do Ibre.

De acordo com o economista e sócio da Tendências Consultoria, Juan Jensen, o impacto do ano eleitoral será sentido em 2015. “Em 2015, o Brasil vai ter de fazer alguns ajustes na política econômica independentemente de quem vença as eleições. Hoje ainda há incerteza desses ajustes”, diz Jensen.


PERSPECTIVAS 2014

Já para Castelar, as consequências de um eventual ajuste seriam redução no reajuste do salário mínimo e alta no desemprego. “Acho que o governo não quer tocar demais no bem-estar da população. O custo é tão grande que o governo deve empurrar com a barriga”, prevê. Apesar disso, ainda em dezembro de 2013 o governo federal anunciou o reajuste do salário mínimo nacional para R$ 724, valor que passou a vigorar a partir do dia 1° de janeiro. O valor é 6,78% superior aos atuais R$ 678. O percentual está acima da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) que, segundo a projeção mais recente do boletim Focus, divulgada pelo Banco Central,

deve fechar o ano em 5,72%. Segundo informações do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o novo mínimo injetará R$ 28,4 bilhões na economia brasileira em 2014. De acordo com cálculos da entidade, o novo valor permite a compra de 2,23 cestas básicas. Trata-se da maior relação de poder de compra desde 1979. Vale lembrar que o crescimento do PIB brasileiro em 2013

ficou em 0,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O FMI recomenda que, para consolidar o crescimento, os países latinoamericanos devem “fortalecer medidas fiscais, conter o avanço de vulnerabilidades financeiras e buscar reformas que estimulem o crescimento econômico”.

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MATÉRIA

EDUCAÇÃO: Mochila com selo de qualidade

Medida do Inmetro prevê mais segurança na hora de comprar o material escolar

C

omeço de ano, uma série de pedidos na lista de material dos filhos e os pais se perguntam: será que todo esse material é seguro? Foi para atender aos pais preocupados com a segurança dos filhos que o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) criou uma medida para atestar a qualidade dos produtos usados nas escolas. A portaria que decreta o selo foi publicada em 2010, mas ainda é pouco conhecida. Fabricantes nacionais, importadores e comerciantes tiveram prazos estabelecidos para adequação às normas. Os requisitos têm como objetivo minimizar as ocorrências de acidentes que podem colocar em risco a saúde e a segurança de crianças que utilizam estes produtos. Nos testes, o Inmetro analisou os riscos de produtos escolares, como lancheira e seus acessórios, apontador, estojo, pasta, mochila, caneta (com tinta azul, preta ou colorida), lápis (preto ou colorido), giz de cera, pincel,

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lapiseira, tinta, artigo de geometria (régua, esquadro, compasso), massa de modelar, massa plástica, borracha, cola, corretor de texto, pastas com elástico e tesoura de ponta redonda. Divididos em 12 grupos, os produtos escolares passaram por dois tipos de testes: os ensaios químicos, que visam a verificar a toxidade do artigo; e o ensaio físico e mecânico, que tem como objetivo verificar os aspectos construtivos do produto, se eles apresentam algum tipo de risco às crianças. Nos primeiros resultados, o instituto concluiu sobre o uso de materiais tóxicos em produtos que podem ser levados à boca e produtos com pontas cortantes em réguas e apontadores que podem ser desmontados e causar cortes. “Os ensaios foram divididos por grupos. A faixa etária até três anos é a mais crítica, por ser considerada a idade oral. De três a seis anos, a criança passa a ter mais interação com os produtos. De seis a oito, é preciso analisar os usos improváveis do produto. E de oito a 14, a criança e/ou adolescente já possui melhor coordenação motora e uma boa noção de perigo”, afirma Alfredo Lobo,

diretor da Qualidade do Inmetro. O prazo para os fabricantes para a adequação dos produtos foi de 18

meses, e estes tiveram 12 meses para repassar aos comerciantes. Já os comerciantes tiveram até 40 meses para se adequarem. Isso é: em abril de 2014 todos os materiais escolares comercializados terão que estar devidamente regularizados com o selo do Inmetro. Os pais que quiserem informações ou tiverem denúncias sobre a qualidade dos materiais escolares podem ligar para o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), que atende em todo o estado. O telefone é 0800-282-3040.


MATÉRIA

Grupo Dinisa inaugura única loja da Peugeot em Niterói, somando a sétima marca em seu catálogo Loja evitará que os consumidores niteroienses da marca francesa precisem cruzar a Ponte

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Grupo Dinisa soma mais uma marca ao seu já vasto catálogo de veículos. A loja da Peugeot foi inaugurada na Rua São Lourenço para dar fim à ausência de uma concessionária da marca francesa em Niterói. A loja de 1,5 mil m2 abriga todos os serviços, evitando que o niteroiense precise ir ao Rio de Janeiro para fazer manutenção, comprar peças, ou mesmo trocar de carro. Para Gustavo Rodrigues a parceria é promissora. “Niterói não poderia

ficar sem a representação da Peugeot. Percebemos esta falha na cidade e a marca foi muito receptiva desde o primeiro contato. Temos grandes perspectivas de adotar todos os consumidores já existentes na cidade e ainda conquistar outros mais”, afirmou o diretor do Grupo Dinisa. O presidente da PSA Peugeot Citroën, Carlos Gomes, esteve na inauguração e ressaltou o empreendedorismo do Grupo Dinisa. “Gostaria de parabenizar o Seu Antônio,

Carlos Gomes (Presidente Brasil e AMérica Latina da PSA Peugeot Citroën), Abelardo Pinto (DIretor de Vendas), Antônio Roberto Rodrigues (Presidente do Grupo Dinisa) e Gustavo Rodrigues (Diretor Comercial do Grupo Dinisa)

Gustavo e a família Rodrigues pela iniciativa, empreendedorismo e pela paixão pelo automóvel. Niterói precisava de uma loja Peugeot e a recebe com a marca da Dinisa. Não poderia ser melhor”, declarou. As expectativas de volume de vendas para 2014 são otimistas, apesar do aumento do IPI. Estima-se a venda de 65 unidades por mês na nova loja, que oferece 11 modelos, com diferentes características.

Antônio Roberto Rodrigues e Carlos Gomes

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ÍNDICE IPVA

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COMÉRCIO EXTERIOR

APEX - Promovendo as MPE no exterior

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m um país que possui micro e pequenas empresas com pleno potencial de exportar, mas cujos resultados práticos simplesmente não acontecem, a busca por um elo que possibilite transformar o sonho em realidade é um caminho a ser perseguido. Nesta edição quero apresentar, ou relembrar, o papel de uma instituição que pode fazer a diferença para muitas MPE: a APEX. A Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos tem como missão a promoção de produtos e serviços brasileiros no exterior, alem de incentivar e promover a atração de investimentos estrangeiros em nosso País. E conta com parceiros poderosos: Presidência da República, Ministérios, Banco Mundial, ITC, Fóruns empresariais e instituições de pesquisa. Sua atuação está organizada em setores como: agronegócios (alimentos e bebidas), casa e construção, economia criativa e serviços, máquinas e equipamentos, moda e tecnologia e saúde. Saindo da teoria e indo para a prática a Apex caprichou no quesito informação. Estudos de mercados, inteligência

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competitiva, perfil e oportunidades de mercados estratégicos, perfil exportador de setores e estados brasileiros, boletins de comércio exterior e indicadores da indústria e comércio exterior são alguns dos tópicos oferecidos aos interessados. Através deles é possível conhecer o país-alvo, tendências de mercado, oportunidades existentes, concorrentes, entre outros. No exterior, uma opção interessante para as empresas em um estágio mais avançado: os CD - Centros de Distribuição. Em Miami, São Francisco, Bogotá, Havana, Bruxelas, Moscou, Pequim e Dubai é possível ao exportador brasileiro ter um apoio antes impensável e a um custo não proibitivo. Local para exposição de seus produtos, serviço de secretária, acesso a consultores locais são alguns dos serviços oferecidos. Na área de capacitação, a Apex

não deixa por menos, com soluções como o PEIEX - Projeto de Extensão Industrial Exportadora e o InterCom, através do qual os empresários desenvolvem competências essenciais no processo de internacionalização focando em planejamento, estratégia e competitividade. As oportunidades de negócios nos principais mercados globais também podem ser captadas nos Seminários Mercado Foco. A equação não é complicada: Produtos diferenciados + pesquisa de mercado + competências empresariais desenvolvidas + apoio no exterior = empresa internacionalizada de forma profissional e sustentável. Interessou? Mais informações no site: http://www2.apexbrasil.com.br/. Se depender de apoio da Apex, nossas as exportações de MPE têm mais chances de conquistar o merecido espaço no exterior! Agora... é a sua vez!


AGENDA

Agenda Cultural

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ano de 2014 está apenas começando e Niterói abre sua agenda cultural com um espetáculo de grande porte. Uma estréia nacional que atraiu a atenção de muitos cariocas para a cidade. Nos dias 17 a 19 de janeiro, a cidade recebeu no Teatro Popular Oscar Niemeyer a peça “O QUE O MORDOMO VIU”. O espetáculo teve o início da sua história no Queen’s Theatre em Londres, no ano de 1969. A peça escrita pelo escritor e dramaturgo inglês Joe Orton chegou à cidade de Niterói com versão exclusiva e direção de Miguel Falabella. No mês de janeiro a programação está uma maravilha para quem curte música com qualidade e para quem gosta de fazer visitas culturais. Quer viajar por coisas novas e ampliar seu conhecimento do mundo através do olhar de outros artistas?... Você pode tirar suas próprias conclusões aproveitando as opções culturais que temos para o mês oficial das férias. “TetraDiz” na Sala Leila Diniz Para quem curte Jazz, Blues e MPB, a Sala de Cultura Leila Diniz, na sede da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, recebe o quarteto “TetraDiz”, do Programa Aprendiz. O quarteto que realizou sua estréia na EM-UFRJ, em novembro de 2013, com obras do compositor Luís Eduardo Louro, vai se apresentar no dia 29 de janeiro, quarta-feira, às 12h30. Data: 29 de janeiro, quarta-feira Horário: 12h30

Classificação etária: livre Local: Sala Cultural Leila Diniz Endereço: Rua Heitor Carrilho, n° 81, Centro de Niterói – RJ Informações: (21) 2717-4055 / (21) 2727-5299 Exposição “Sudário” no MAC de Niterói Segue em exposição no MAC Niterói, a exposição “Sudário”, de Carlos Vergara. A exposição reúne obras do artista viajante, filho de um missionário, que carrega em seus bolsos lenços que marcam os lugares visitados. Sua trajetória passa pela Índia, Capadócia, Cazaquistão, Londres, Pantanal, São Miguel das Missões, São Paulo, Minas Gerais, Salvador e Brasília. A obra de curadoria de Guilherme Vergara está exposta no salão principal, varanda e pátio do museu, e vai até o dia a 23 de fevereiro de 2014. Curadoria: Guilherme Vergara Horário de visitação: de terça a domingo, das 10h às 18h Ingressos: R$ 10,00 Estudantes, professores e pessoas acima de 60 anos pagam meia (R$ 5,00) Informações: (21) 2620-2400 / (21) 2620-2481 Exposição “DIM BRINQUEDIM, homo ludens: brinquetú, brincamos nós!” no Museu Janete Costa A exposição reúne obras dos artistas plásticos Dim Brinquedim, Adalton Lopes e Antônio de Oliveira. Brinquedos, esculturas, telas e objetos tridimensionais produzidos pelo artista cearense Dim Brinquedim lembram alguns dos ícones da arte popular fluminense. Além das peças do artista cearense, compõem a exposição obras do artista Adalton Lopes, de São Gonçalo, e Antônio de Oliveira, de Minas Gerais. O professor e curador Wallace De Deus adverte que o trabalho dos artistas não deve ser confundido com uma “brinquedoteca” e deve ser visto como uma “arte inspirada nos brinquedos e jogos populares”. Data: Até 31 de março de 2014 Horário de visitação: de terça a domingo, das 10h às 18h Entrada Franca Local: Museu Janete Costa de Arte Popular Endereço: Rua Presidente Domiciano, 178 – 182, Ingá, Niterói – RJ Informações: (21) 2705-3929

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PERSONALIDADE

35 anos de história e tradição portuguesa

A

história desta portuguesa começa em Montes d’Alcobaça, na pequena aldeia na Estremadura, no Centro de Portugal, onde Henriqueta nasceu e viveu até a adolescência. A mãe, cozinheira de mão cheia, foi a grande professora de Henriqueta nas artes da mesa. Mas a primeira paixão de Henriqueta foi a costura e não a cozinha. Na adolescência, fez diversos cursos e passou a ensinar as meninas na aldeia. Tirou diplomas em escolas importantes e a Dior era uma das maisons preferidas. Em Lisboa, Henriqueta viveu dias muito felizes e foi onde descobriu seu primeiro amor... Antônio Gaio. Um namoro que não prosperou, pois a jovem Henriqueta descobriu que Gaio tinha outra namorada. A jovem modista não o perdoou e, do alto dos seus vinte e poucos anos, tomou a decisão de mudar para o Brasil. Já em terras brasileiras conheceu Agostinho, futuro marido e com quem viveu uma nova paixão. Foram oito anos de muito romantismo até a morte dele. Todas as sextas-feiras, Agostinho levava para ela um buquê de rosas amarelas. Do fruto deste amor, Agostinho e Henriqueta tiveram dois filhos, Alexandre e Marcelo. Com a perda do marido, Henriqueta herdou o restaurante aberto em 1977, a Gruta de Santo Antônio, onde eram servidas algumas receitas, de um modo simples, mas muito típico de Portugal. Foi quando a jovem, com dois filhos, teve que fazer a grande escolha de sua vida, prosseguir com o negócio do marido ou fazer o que amava, costurar. Como Santo Antônio é o santo de devoção de toda família portuguesa, a proteção veio e a decisão foi de levar

adiante o restaurante, sem mudar em nada o que o marido construíra. Assim amenizava a saudade, mantinha a casa aberta e garantia o sustento dos filhos. Seus filhos, Alexandre e Marcelo, cresceram na Gruta, são parceiros e sócios da mãe no restaurante. Marcelo cuidando da administração e Alexandre Henriques, que se dedicou ao estudo da gastronomia e da enologia e percebeu que valia a pena investir no negócio da família. Com isso a qualidade da Gruta passou a ser reconhecida não só em Niterói, mas no Rio de Janeiro. Alexandre, filho mais velho de Henriqueta, tornou-se amigo de pessoas do ramo da alta gastronomia e percebeu que poderia transformar a Gruta de Santo Antônio em referência de gastronomia e qualidade. Foi quando decidiu mudar tudo no restaurante. Dos talheres aos copos especiais, começou a investir na compra de rótulos de vinhos – especialmente os portugueses – e na construção de uma adega climatizada. Acima de tudo, percebeu que não devia jamais deixar para trás as características básicas de um restaurante familiar. Era preciso manter a personalidade da Gruta de Santo Antônio, a história do lugar.

Como uma química ou uma mágica e muitas idas e vindas a Portugal, a Gruta hoje conta com 26 funcionários, alguns há 15 anos na casa. Uma adega climatizada com 300 rótulos e mais de 3000 garrafas e principalmente clientes que percebem, admiram e são fiéis ao padrão Gruta. Assim segue Dona Henriqueta e a Gruta de Santo Antônio sob o comando da família Henriques. É comum esbarrar entre os salões com empresários, músicos, artistas famosos, gourmets, turistas brasileiros e estrangeiros. Basta ver o simpático painel de fotos na entrada do restaurante. Henriqueta, Alexandre e Marcelo recebem cada um de seus clientes com especial carinho e preocupação. Por isso a certeza de que ali residem o coração sentimental, a alma generosa, a poesia e o encanto do povo português.

Prosperar é pouco para a família da Dona Henriqueta Henriques. Eles tinham a faca e o queijo, ou o peixe na mão em Niterói. Com o mercado de peixe ao seu lado, clientela diversa, quantidade e a qualidade do bacalhau que era servido por um preço absolutamente acessível. Dona Henriqueta Henriques

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Vem aí, bem perto de você...

MAIS AMIGOS

INICIATIVA


FIQUE POR DENTRO

Ano novo salário novo

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ano de 2014 começou com uma novidade que impacta a vida de funcionários e patrões: o aumento do salário mínimo. Com este reajuste, o salário que antes valia R$ 678 subiu para R$724. Este novo valor passou a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2014. O aumento de 6,78% em relação ao valor aplicado em 2013, e sancionado pela presidente Dilma Rousseff, foi o mesmo valor aprovado pelo Congresso na proposta orçamentária para 2014. A revista O Lojista conversou com Paula Quaresma, administradora de uma das maiores confeitarias de Niterói, a Beira Mar, para saber sobre os impactos deste reajuste. O Lojista - A partir desta nova perspectiva, qual o impacto sofrido pelos empregadores, em especial a Beira Mar, já que o aumento está acima da inflação média do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) que este ano estima-se fechar em 5,72%? Paula Quaresma - É um impacto importante e que sem dúvida mexe com a economia, de forma geral. Porém, não sofremos diretamente com essa mudança, visto que os salários de nossa equipe são acima do salário mínimo e também do piso indicado pelos sindicatos, além de obedecermos aos dissídios anuais das categorias das quais fazemos parte.

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O Lojista - Segundo o cálculo das entidades sindicais, o novo valor permite a compra de 2,23% pelo empregado. Quanto ao empregador, quais são as perdas materiais em crescimento, ganho e qualidade que este aumento pode impactar? Paula Quaresma - Este reajuste gera uma satisfação ao emprego. O Lojista - Como você avalia este reflexo na empresa? Paula Quaresma - Um funcionário que trabalha satisfeito, achando que exerce uma função cuja remuneração é justa, sempre reflete em um trabalho bem feito: rendimento maior, assiduidade, menos atrasos e sua função bem exercida. O Lojista - Com o aumento do salário também acontece um crescimento no índice de vendas. Como você avalia este cenário? E já percebeu alguma mudança? Paula Quaresma - Sem dúvida o poder de compra das pessoas acaba por aumentar e beneficiar o comércio. Mas como estamos em um momento de férias e Niterói não é uma cidade com muito turismo, sentimos, como todos os anos anteriores, que em janeiro o comércio fica em um ritmo bem mais lento que o normal.

O Lojista - Em sua opinião, este aumento salarial pode motivar e aumentar a produtividade para as empresas? Paula Quaresma - De uma forma geral, sem dúvida, principalmente para aquelas empresas que se baseiam no salário mínimo como remuneração. O Lojista - Com este reajuste algumas empresas tendem a demitir ou repensar as contratações de novos funcionários. Como a Beira Mar avalia esta situação? Paula Quaresma - Para a Beira Mar, felizmente não teremos esse triste impacto, que acaba por limitar o desenvolvimento dos negócios em algumas situações. Como mencionei anteriormente, nossos funcionários são remunerados de acordo com os sindicatos dos quais fazermos parte, portanto o aumento do salário mínimo não chega a nos afetar desta forma, tão diretamente.


ENTREVISTA

Honda em Niterói só a Hayasa tem

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om 14 anos de experiência no mercado automotivo, o Grupo Hayasa é uma empresa comprometida com a qualidade na comercialização de veículos novos e seminovos. Localizada em Niterói, a Hayasa é a única concessionária representante da Honda. Hoje o Grupo conta, além da matriz, com filiais em Rio das Ostras, Petrópolis e Teresópolis. Conversamos com o gerente de seminovos, Filipe Amorim, para saber quais são as expectativas da concessionária Honda Hayasa para o ano de 2014. O Lojista - Fale um pouco sobre os seminovos da Hayasa. Filipe Amorim - Os seminovos Hayasa têm procedência e garantia em todos os carros. Um ano de garantia para veículos Honda a partir do ano 2009, 95 itens revisados, além é claro, da qualidade na entrega. O Lojista - Entre os seminovos qual foi o carro mais vendido na Hayasa em 2013? Filipe Amorim - O veículo mais vendido foi o Honda Fit. O Lojista - O que você avalia que tenha influenciado a busca das pessoas pelos seminovos? Filipe Amorim - Primeiramente, a garantia que a empresa oferece é de um ano, sendo de veículos seminovos Honda fabricados a partir de 2009 e 90 dias nos demais. Outro fator importante é a procedência dos carros que comercializamos, visto que realizamos um rígido controle de qualidade nos carros que recebemos, garantindo a satisfação de nossos clientes. Por esse motivo ocupamos o primeiro lugar no ranking de venda de seminovos nas cidades de Niterói e São Gonçalo.

O Lojista - O seminovo de qualidade é venda certa? Filipe Amorim - O foco da Hayasa está na qualidade. Por isso fazemos nossas próprias revisões, verificando o funcionamento de 95 dos itens para que o cliente fique 100% satisfeito, até porque o mercado atualmente nos exige a venda de seminovos, com desempenho quase equiparado ao de um carro novo. O Lojista - Sabemos que o mercado de seminovos em 2013 enfrentou instabilidade por conta da manutenção do IPI reduzido para carros novos. Neste sentido quais são as perspectivas com relação aos seminovos para 2014? Filipe Amorim - A previsão é que seja um ano melhor, pois com o aumento dos valores nos carros zero km, o mercado se tornou mais competitivo para os seminovos. O Lojista - Dados divulgados pela Fenauto, entre os estados da Região Sudeste o Rio de Janeiro, inidcam que o ano de 2013 fechou com um aumento de 1,8% no volume de veículos negociados. Qual é sua projeção para este ano? Filipe Amorim - Nossa projeção é de 12%. O Lojista - Mudanças com relação ao imposto IPVA ajudam na procura da compra de carros zero? Filipe Amorim - Não há interferência na venda do veículo por causa do IPVA. Dependendo da época em que o cliente compra o carro ele paga proporcional, então não vejo problemas em relação à venda do veículo por causa do imposto. O Lojista - Qual é o carro zero mais vendido na Hayasa? Filipe Amorim - Atualmente o carro mais

procurado na Hayasa Niterói é o Honda Fit, tanto no comércio de seminovos quanto do zero, visto que este veículo está disponibilizado em mercado de 2004 a 2013, além das novidades do zero na linha Twist, que vem equipada com itens que conferem aspecto esportivo, rack no teto, novos parachoques, roda aro 16, faróis escurecidos, etc. Vale a pena conferir!!! O Lojista - A mudança que amplia de um para dois anos o prazo da vistoria em automóveis zero quilômetro adquiridos a partir de 2012 ajudou ao consumidor a optar pela compra do carro zero? Como você avalia isso? Filipe Amorim - Essa mudança que o DETRAN fez no tocante ao prazo da vistoria anual foi boa para o cliente por comodidade, mas não acho que isso interfere na compra do veiculo zero, que acaba sendo feita por outros motivos. O Lojista - Fale um pouco sobre as estratégias de vendas da Hayasa para 2014. Filipe Amorim - A estratégia da empresa para 2014 é continuar aumentando as vendas de veículos novos e seminovos, mantendo a mesma equipe mais treinada através de cursos. Desejamos nos preparar para os novos lançamentos Honda no ano que se inícia.

Filipe Amorim - Gerente de seminovos O LOJISTA . 37


COACHING

O Estado Mental Ideal para o Líder Coach

Estados mentais são “padrões habituais de pensamento” que emolduram a forma como vemos o mundo, programam o que nós cremos que sejam nossas limitações e possibilidades, definem o parâmetro de nossas ações e interações e afetam nossos resultados. São quatro os elementos chaves do estado mental ideal para o Líder Coach: Expectativas otimistas e positivas de si mesmo, dos outros e do mundo Ter expectativas otimistas e positivas significa ser capaz de trabalhar no reino do potencial e potencialidade.

Você acredita que grandes coisas podem ser conquistadas e você adota uma abordagem com os outros baseada na apreciação dos pontos fortes. Você foca no que é possível e você acredita que existem grandes recursos para criar o futuro desejado.

Desejo genuíno de apoiar o desenvolvimento e aprendizado dos outros e, também, o comprometimento com seu próprio desenvolvimento - Um líder que vê como sendo seu trabalho contribuir para o desenvolvimento dos outros de forma que eles possam ser bem sucedidos tem mais chances de ser capaz de se entregar ao aprendizado dos outros. Tendo em vista que você está dedicado ao seu próprio aprendizado e crescimento, você é capaz de valorizar o progresso em direção das metas e reconhecer o esforço que é necessário no processo de mudanças. Importar-se com os outros genuinamente - O estado mental do líder coach inclui um verdadeiro senso de importância aos outros. Eles não veem as pessoas como um meio para os fins. Dar importância aos outros significa também ver seu potencial e desafiá-los para ir além do que eles iriam normalmente, para que façam uso do seu potencial.

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COACHING

Adotar uma orientação de Aprendiz, e não de Julgador, para a vida e para o trabalho - Duas são as orientações básicas a partir das quais nós, como seres humanos, podemos operar: Aprendiz e Julgador. Quando adotamos uma orientação de Aprendiz, nós temos a mente aberta, flexível, com respostas e proativa, aceitando-nos e os outros. Nós assumimos toda a responsabilidade por nós mesmos e por nossas ações. Nosso “Eu Aprendiz” recebe toda experiência como uma oportunidade de descobrir e aprender. Foca “no que está certo”, ao invés de “no que está errado.” Na próxima edição, abordarei a respeito do “Eu Julgador”, sobre essa “mistura” que todos temos dentro de nós e como fazer para mudar do “Eu Julgador” para o “Eu Aprendiz”. Que 2014 seja repleto de aprendizado para todos! G R O U P . C O M . B R

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CIDADES

LEI 2.963/2012 AGORA É PARA VALER

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má conservação dos prédios na cidade de Niterói se tornou uma grande preocupação para os governantes da cidade. Incêndios, problemas estruturais, de esquadrias, sanitários, elétricos, hidráulicos e de gás são alguns dos problemas, quase sempre invisíveis, que moradores de prédios do município enfrentam em seu dia a dia. Para mudar esta situação e assim diminuir a incidência de acidentes, uma nova lei municipal de número 2.963/2012 passou a ser obrigatória a partir de janeiro 2014. Esta lei determina a realização periódica de inspeção em prédios residenciais e comerciais em todo o município de Niterói para elaboração do Laudo Técnico. Este laudo será emitido por um engenheiro ou arquiteto e deverá conter todas as regularidades e irregularidades na conservação, estabilidade e segurança das edificações para que assim, caso necessitem, sejam providenciadas obras de reparo. Além destas informações deverá constar em anexo ao laudo um Relatório Fotográfico e a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) que são expedidos pelo CREARJ. “É uma Lei que obriga os responsáveis pelas edificações a realizarem, através de um profissional (Engenheiro

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ou Arquiteto), a autovistoria, para elaboração de um Laudo Técnico”, informou Ilton Amaral. De acordo com o Engenheiro Civil e Coordenador de Obras da CEPAC, Ilton Amaral, a Lei 2.963/2012 “foi estabelecida, visando à realização da manutenção preventiva, para diminuir a manutenção corretiva, acompanhada por profissionais capacitados para elaboração destes serviços.” Com a obrigatoriedade desta lei espera-se que haja uma manutenção predial mais ostensiva que obrigue síndicos, moradores e proprietários a se empenharem e respeitarem as normas técnicas de segurança e estrutura do imóvel. “Com a autovistoria, os cuidados com as edificações estarão sempre em dia, evitando sustos e diminuindo bastante a necessidade de obras emergenciais,” acrescentou Amaral. É importante ressaltar que esta Lei Municipal 2.963/2012 não entra em conflito com a Lei Estadual da Autovistoria. O engenheiro Ilton esclarece que “a única coisa que muda é que na Cidade do Rio de Janeiro temos que informar através de um formulário online, disponível no portal da Prefeitura (www.rio.rj.gov.br).” Outra informação importante é que “a responsabilidade pela segurança

dos prédios é do condomínio, do proprietário ou do ocupante do imóvel. Este responderá civil e criminalmente por danos que a falta de reparos ou de manutenção da edificação venha a causar a moradores ou a terceiros. Além disso, o responsável pelo imóvel estará sujeito aos procedimentos de fiscalização previstos na legislação, podendo ter aplicação de multas.” Visando o bem estar e a segurança de seus funcionários e parceiros, e principalmente o cumprimento das leis que incentivam a qualidade de vida dos empresários e cidadãos do município, a CDL, Câmara Dirigentes dos Lojistas de Niterói, já providenciou a elaboração do Laudo Técnico do prédio da entidade.

Ilton Neves Amaral - Engenheiro Civil. Coordenador de Obras da CEPAC e prof. na Faculdade Anhanguera.



CIDADES

Copa Brasil de Vela 2014 movimenta economia de Niterói Nos sete dias do evento realizado na enseada de São Francisco, restaurantes abriram mais cedo com êxito

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ealizada no início de janeiro em Niterói, a Copa Brasil de Vela 2014 movimentou a economia da cidade, mais especialmente o polo gastronômico de São Francisco, em cuja praia o evento aconteceu, com a participação de atletas de diversos países. A pedido da Prefeitura, que falou em nome das empresas parceiras, os restaurantes da orla do bairro que só funcionavam à noite abriram mais cedo para atender ao público do evento – incluindo os esportistas, que ganharam até pratos prontos especiais para a ocasião, que associavam itens leves e nutritivos. Segundo o vice-prefeito de Niterói e um dos anfitriões da competição, Axel Grael, o movimento nos vários estabelecimentos comerciais que funcionaram de modo diferenciado foi 60% maior do que o costumeiro. Axel, aliás, é a terceira geração de um dos precursores da vela no Brasil: o dinamarquês Preben Schmidt, também avô dos velejadores Lars e Torben Grael. A filha deste último, Martine, inclusive, fez jus à tradição familiar de campeões e ganhou a 49r, no dia 11, em dupla com Kahena Kunze. Dono de cinco

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medalhas olímpicas e 14 vezes campeão mundial, o quarentão Robert Scheidt fez o que dele se esperava na classe Laser Standard. Venceu todas as regatas. Ao todo foram nove categorias disputadas. “Pretendemos repetir a copa brasileira aqui outras vezes, pois deu tudo certo”, afirmou Grael. A próxima edição, segundo membros da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), deverá ser marcada para dezembro de 2015 para não dividir o público nem os competidores com a Semana Olímpica de Vela que acontece em Miami no início do ano. Mas antes, em agosto, acontecerão as regatas dos Jogos do Rio 2016, ao todo com cinco raias: três

dentro da Baía de Guanabara, uma do lado de fora e outra na enseada de São Francisco, onde serão disputadas as medal races. “Os estrangeiros aproveitaram para conhecer a área de regatas da Olimpíada, uma vez que o Rio de Janeiro não faz parte do circuito mundial tradicional de classes olímpicas”, comentou Ricardo Baggio, responsável da CBVela pela organização do evento que durou sete dias. Prestigiaram a copa de vela, além de Axel Grael, o prefeito Rodrigo Neves e Fabiano Gonçalves, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e presidente da CDL Niterói, entre outros secretários de governo.

O subsecretário municipal de Esportes Carlos Alberto Parizzi, o prefeito Rodrigo Neves, o presidente da Niterói Empresa de Lazer e Turismo (Neltur) Paulo Freitas, o vice-prefeito Axel Grael, o secretário municipal de Esportes Marcelo Ferreira e o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e presidente da CDL Niterói, Fabiano Gonçalves.


VARIEDADE

M.ALVES tem novo endereço

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pós funcionar há 47 anos no centro de Niterói, a loja M. Alves Cine Foto passa a atender no Rodoshoping, em São Gonçalo. O novo endereço está localizado na Rua Dr. Nilo Peçanha, número 56, loja 41 – S, na região central da cidade. Os proprietários da loja, Márcia Dutra e Manoel Alves Júnior, receberam na inauguração, que aconteceu no dia 2 de dezembro de 2013, o gerente comercial Ermano Santiago e o gerente geral Walter Monnerat, da CDL Niterói. Em seu novo endereço os clientes da M. Alves Cine Foto contarão com os tradicionais produtos personalizados e um moderno e completo Estúdio Fotográfico que agradará ao público gonçalense.

Na foto da esquerda para direita Ermano Santiago (CDL), Márcia Dutra e Manoel Alves Jr (proprietários) e Walter Monnerat (CDL).

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ÍNDICE INFORMATIVO

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INOVAÇÃO

Perspectivas para o ano e sugestões para alavancarem seus negócios

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lá! Todo ano, mais ou menos começando em dezembro e terminando em janeiro, vários empresários me perguntam sobre perspectivas para o ano que entra, e sugestões para alavancarem seus negócios. Pessoalmente, sou da linha que “negócio é nota-fiscal”, ou seja, negócios são fontes de gerar DINHEIRO, de gerar LUCRO, e isso se define numa ação muito conhecida que é “VENDA MAIS!” Lá vai: 2014 - ano de Copa, variações políticas, dezenas de feriados, crise a caminho e a expectativa da tal bolha imobiliária (que curiosamente está atrasada)... É pra se assustar? Acho que a base para lidar com previsões ruins é tentar estar preparado para elas. Como então mitigar esses riscos? Como diminuir o fantasma do pessimismo de mercado para 2014? Gostaria de tentar lembrar algumas soluções, que por mais óbvias que pareçam, geralmente esquecemos...

1 - Escassez x Demanda Geralmente produtos ditos “caros”, ou com uma maior margem de lucro, são aqueles que não são encontrados em qualquer lugar. Se seu vizinho vende o seu MESMO PRODUTO por um preço MENOR (seja lá a razão...), você já pode imaginar quem terá mais vendas, não é? Então pense se a solução não é diversificar mais, vender algo que os concorrentes não têm, e que, efetivamente, possam interessar a potenciais clientes. Produtos sem concorrência tendem a ser mais fáceis e mais rentosos. 46 . CDL NITERÓI

2 - Lealdade O que faz um cliente voltar ao seu negócio? O que faz ele com que ele compre de você o mesmo produto, ainda que mais caro do que seu concorrente? A resposta pode estar no conceito de LEALDADE. O que você tem feito para manter a lealdade de seus clientes? O que faz com que ele opte por você? Fala-se muito de CRM, mas quase ninguém faz e depois reclamam que o mercado está ruim. Todo cliente gosta de ser tratado como se ele fosse único. Você também não gosta? Clientes leais EVANGELIZAM sua marca, e acabam gerando novas vendas e novos clientes. Já pensou como a APPLE cresceu baseada neste conceito?

3 - Comunicação Preço? Lealdade? Nada disso faz sentido se os clientes simplesmente não sabem do seu produto, não conhecem seu negócio, não são lembrados de sua marca. Fico perplexo ao deparar com empresários que ao primeiro sinal de crise cessam todos seus processos de comunicação como se fossem centros de custos, e não de investimentos em vendas. Publicidade, Propaganda, Internet, Redes Sociais, Letreiros, Vitrines, Promoções... Tudo isso é COMUNICAÇÃO, e comunicação traz cliente. Se você corta a comunicação... Acho que você entendeu o recado, certo? Pra fechar, claro que não poderia deixar

de “puxar a sardinha” e falar sobre INOVAÇÕES. Em tempos de crise, a história tem demonstrado que os “inovadores” geralmente se dão melhor. Por quê? Simplesmente porque eles buscam novas formas de fazer negócios, pensando fora da caixa. Não se deixam levar pelo pessimismo de que tudo vai ser ruim. Aquela velha história que você tá cansado de ouvir: “Se estão chorando, venda lenços”. É isso. Nada demais, mas vale a lembrança do básico, e geralmente o básico é o mais importante!

Muito sucesso e um excelente 2014 para todos !!!!


COLUNA

O LOJISTA . 47



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