Revista O Lojista - Edição 533

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PALAVRA DA PRESIDÊNCIA

Expectativas à vista

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Goldoni Comunicação (21) 2711-6459 / 3619-5840 www.goldonicomunicacao.com.br

hegamos ao mês de fevereiro e este é decerto um mês em que os serviços de hotelaria, gastronomia, entretenimento e comércio voltam sua atenção para o Carnaval, que neste ano de 2014 acontecerá no início do mês de março. Há muito tempo que este evento, que é considerado a maior festa popular do Brasil, movimenta os mais diversos setores, criando novos postos de trabalho temporários e assim aquecendo a economia em todos os estados brasileiros em que o festejo é mais ativo. E com a metropolitana Niterói não será diferente. As previsões são que neste ano o aumento da economia do município fique em torno de 20% a 85% antes e durante a festa. Sendo assim, a CDL Niterói preparou, para esta edição da revista O lojista, matérias especiais que falam sobre os dias de folia e principalmente sobre a expectativa dos comerciantes e empresários com relação ao universo carnavalesco. O ano letivo que já começou no início deste mês foi pauta para falar acerca das expectativas das escolas com relação ao retorno às aulas. Outra matéria de suma importância para a categoria educacional é o informativo que fala sobre a considerável redução dos índices de inadimplência das mensalidades para as instituições associadas à CDL Niterói. Além disto, nesta revista, abordamos o impacto positivo nas vendas do varejo onde as esperadas liquidações de janeiro ofertaram ao consumidor descontos que chegaram a 70%. Trouxemos à tona o assunto sobre os aluguéis de espaços em shopping em uma matéria que explica que o projeto de lei Zulair Cobra voltou a tramitar na Câmara Federal e que prioriza a normatização dos contratos de locação. Também tratamos com Américo Diniz, do SEBRAE, sobre a qualificação voltada para os setores do comércio e sobre cursos para Copa do Mundo 2014. E neste mês nossa revista traz uma coluna nova, que é a “Conheça a CDL”. Nela você vai conhecer ainda mais a entidade e saber quem são as pessoas que ajudam a construir nossa história. Reservamos um espaço para falar sobre o projeto “Mais Amigos”, uma ideia interessante e que surgiu após a avaliação da necessidade de criar um canal de orientação e ajuda que estivesse voltado diretamente para os associados da CDL Niterói. Enfim, nossa revista O Lojista do mês de fevereiro chega cheia de matérias de relevância para que você esteja preparado para os cenários econômicos que estão por vir. A todos uma ótima leitura. O LOJISTA . 03


SUMÁRIO

NESTA EDIÇÃO 16 Carnaval 2014

20 Artigo

Preparativos para o Carnaval a todo vapor

Locais acessíveis conquistam clientes

22 Capa 26 Perspectivas 2014

Carnaval movimenta setores econômicos

Jovens qualificados para o mercado de trabalho

29 Homenagem

45 Capacitação

Dedicação e vocação para ajudar ao próximo

Sebrae oferece cursos aos comerciantes

SEÇÕES

COLUNAS

03 Palavra da Presidência 07 Eventos CDL 08 Aconteceu na CDL 37 Conheça a CDL 44 Índice Informativo

14 Gestão Empresarial 18 Jurídica 32 Comércio Exterior 38 Coaching 41 Inovação

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INFORMATIVO

Tornando-se associados da CDL Niterói, Colégios e Faculdades podem diminuir substancialmente o índice de inadimplência das mensalidades escolares Como prestadores de serviços, Colégios e Faculdades estão enquadradas como Fornecedores Prestadores de Serviços, artigo 3ª da Lei 8.078 de 11.09.90 – Código de Defensa do Consumidor. Alarmados com o elevado índice de inadimplência nas mensalidades escolares, há vários anos representantes dos Sindicatos dos Estabelecimentos de Ensino procuraram a CDL com o objetivo de filiar as escolas e Faculdades, para utilização de consulta ao SPC – Brasil, e possibilitar a negativação dos inadimplentes, fundamental para a sobrevivência dos estabelecimentos de ensino. Não existe qualquer lei que impeça que os estabelecimentos de ensino registrem o nome de seus devedores. Para que os estabelecimentos de ensino possam efetuar registros na Base do SPC-Brasil, é necessário e imprescindível que sejam associados da entidade. Precisam também possuir contrato assinado pelo estudante (em caso de maiores de idade) ou pelos representantes legais dos menores. Antes de efetivar o registro do inadimplente é necessário que encaminhem carta sigilosa para o devedor com comprovante de entrega ou AR. Esgotadas as possibilidades de cobranças, pode o associado (escola) efetivar o registro do inadimplente no SPC-Brasil. As empresas, Colégios ou Faculdades assumem, perante o SPC e terceiros, a responsabilidade total pelos registros dos débitos em atraso, demais ocorrências e seus imediatos cancelamentos. As empresas, Colégios ou Faculdades que deixarem de ser associados da CDL-Niterói terão seus registros cancelados.

Contatos com Dep. Comercial da CDL – tel. 2621-9919

Walter Monnerat Gerente geral

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EVENTOS CDL

Café Empresarial aborda os desafios da Lucratividade Consultor do Sebrae atraiu diferentes segmentos

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segunda edição do Café Empresarial de 2014, realizada no último dia 11 de fevereiro, na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas contou com enorme participação do empresariado niteroienses. Com a palestra “Lucratividade: Crescer, Sobreviver Ou Morrer”, apresentada pelo Consultor do Sebrae Paulo Roberto, o público pode colher dicas de como equilibrar as finanças de suas empresas. Durante sua fala, Paulo Roberto apresentou conceitos, metodologias e ferramentas de planejamento, análise e mensuração de lucratividade, que possibilitem aos empresários elaborar estratégias para controle e melhoria da rentabilidade de seu negócio. Ao fim, o

Associados da CDL participam de Café da Manhã Empresarial

Benefícios da Previdência Social, a Nova Lei de Falências, o Simples Nacional, a taxação do ICMS, ISS, prestação de serviço, crédito, recuperação judicial, entre outros. “Precisamos nos unir e lutar para que o Simples atenda a todos”, pediu.

O coach Rogério Rosetti interage com os convidados

público teve a oportunidade de trocar experiências e tirar dúvidas. “Foi extremamente gratificante ver que os empresários estão unidos e buscando cada vez mais por informações para continuarem crescendo em um cenário que é cada dia mais desafiador, como o comércio”, avaliou Paulo Roberto. Durante seu discurso, o presidente Fabiano Gonçalves apresentou novos parceiros, agradeceu a participação dos empresários do Polo Gastronômico de Icaraí e lembrou sobre a importância da aprovação do projeto de lei 237/12, que alteração o Estatuto da Micro e Pequena Empresa, a Lei do Trabalho Rural, a Lei Orgânica da Seguridade Social, a Lei de

O palestrante do Sebrae, Paulo Roberto

Associado aproveita para tirar suas dúvidas

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ACONTECEU NA CDL

O eSocial controlará o trabalhista das empresas e aumentará arrecadação do governo Empresários devem entender como se adaptar sem multas. Prazo é a partir de abril de 2014

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elo site www.esocial.gov.br, as empresas terão que enviar informações precisas e fidedignas ao Fisco sobre tudo relacionado aos funcionários: bônus, horas extras, folha de pagamento, prêmios, benefícios, recolhimento FGTS, INSS, medicina e segurança do trabalho, cartão de ponto etc. O eSocial, por ser um instrumento eletrônico, irá cruzar os dados, e se houver inconsistência na informação, poderá gerar uma notificação. Ao não ser justificada, poderá gerar o auto de infração. “O objetivo principal do governo é controlar melhor as empresas, o que fatalmente aumentará a arrecadação”, diz Dr. Ivo Nicoletti Junior, advogado trabalhista do Pinhão e Koiffman. “O sistema prevê multas elevadas, seja por inconsistência, erros ou omissão”. Uma inconsistência, por exemplo, seria a empresa ter mais de dez empregados e não juntar o cartão de ponto no eSocial. “Quem tem ponto manual terá que digitalizar os cartões e

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ACONTECEU NA CDL

anexar ao sistema. Contratos de trabalho também terão que ser escaneados e anexados”, explica Ivo. “Se a empresa junta o cartão de ponto e mostra excesso de jornada, sem justificativa, poderá ser gerada a multa automaticamente, tudo muito rápido”. Hoje, o Fisco atua por meio de denúncias, visitas aleatórias por setor

ou por região. Com o eSocial, a fiscalização integra as obrigações tributárias, fiscais, previdenciárias e trabalhistas pela Receita Federal, Previdência Social, Ministério do Trabalho e Emprego e Caixa Econômica Federal. “Os prazos são bem rígidos para cumprimento de obrigações. Com certeza haverá redução de fraudes”.

Ivo alerta que muitas empresas estão irregulares sem saber. “Por exemplo: empresas que rotineiramente pagam três, quatro horas extras por dia e acham que está tudo certo, vão descobrir que a legislação prevê que o excesso de jornada permitido é de no máximo duas horas extras diárias. Uma boa consultoria para se adaptar ao sistema pode resolver esse problema antes que ela receba multa”. As empresas deverão se adequar, revendo seus conceitos e procedimentos rotineiros. O acesso ao eSocial será obrigatório para todas as empresas do Brasil, independentemente do seu porte, a partir de abril de 2014. “É interessante se preparar com especialistas, não para aprender a usar o sistema em si, mas para entender quais são os documentos que vai anexar e quais procedimentos terá que adaptar”, afirma Ivo. Fonte: Pinhão e Koiffman Advogados www.pk.adv.br

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NOTÍCIAS

Nova loja da Tecnomedi amplia mercado e atende com excelência o consumidor de Niterói

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onstruir uma empresa com a capacidade de prestar um serviço de excelência, com profissionais altamente treinados para atender as necessidades de um público crescente sempre foi o alvo principal da Tecnomedi, que, com 23 anos de atividades, tornou-se a maior rede de produtos médicos e hospitalares do Estado do Rio de Janeiro. Com 17 lojas espalhadas pelas cidades de Resende, Barra Mansa, Barra do Pirai, Volta Redonda, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Rio de Janeiro, a empresa atravessou a Ponte para instalar-se em Niterói, no centro da cidade, próximo aos principais hospitais clínicas e consultórios. Está instalada na lateral da Praça do Rink, na rua Dr Borman, 23/101, em uma loja ampla, iluminada, com produtos para pronta entrega e atendimento diferenciado. Para Paulo Biajoni Braga, diretor administrativo da Tecnomedi, a empresa sempre teve vocação para atender as necessidades especiais de seus clientes. “Temos um trabalho muito forte na visitação de hospitais, clínicas e profis-

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sionais de saúde, para levar informação e facilidades para seus clientes. Sempre apostamos no treinamento de nossos profissionais, que são capacitados para entender a necessidade de cada cliente e oferecer a melhor solução.” Especializada em produtos médicos e ortopédicos, a Tecnomedi tem um mix variado, recebendo dos maiores fornecedores nacionais e internacionais os produtos mais conceituados. Tão logo chegou à cidade, a Tecnomedi associouse a CDL de Niterói, por entender a importância da entidade e de seus serviços para dar maior segurança às operações da loja.

Mario Vitor Lopes Netto, diretor executivo da empresa, viu grande potencial em Niterói e destaca a cordialidade da população, que carecia de serviços especializados e melhores opções nesse segmento. “O grande potencial da cidade, especialmente com a localização privilegiada de nossa nova loja, permitirá acesso fácil à população e uma experiência de atendimento e satisfação únicas. Sempre buscamos a participação em eventos nacionais e internacionais para trazer novas tecnologias, produtos e serviços e preencher a necessidade de acessibilidade do público a que atendemos”.



NOTÍCIAS

Liquidações oferecem descontos de até 70% Promoções aquecem comércio no começo de ano

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s meses de janeiro e fevereiro são o momento que os comerciantes escolhem para limpar seus estoques com o que sobrou do período de compras de Natal. De acordo com um estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a sobra de produtos provenientes do Natal de 2013 é 10,1% maior do que na mesma data de 2012, sendo a taxa de crescimento dos estoques encalhados mais elevada desde 2010. “Muito provavelmente a inflação de janeiro medida pelo IPCA terá um alívio nos preços dos bens duráveis por causa das liquidações”, prevê Fábio Bentes, economista da CNC e responsável pelo cálculo dos estoques. Na avaliação do presidente da Associação de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun, neste início de ano há um número maior de lojas em liquidação comparado com o começo de 2013. “Não tivemos um Natal feliz”, lembra Nabil, se referindo ao

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crescimento de vendas de 5% no Natal de 2013 em relação ao anterior. Para o presidente do Sindilojas Niterói, José Luiz Pascoal, as primeiras liquidações de 2014 podem trazer um crescimento para diversos ramos. “Essas primeiras liquidações de 2014 deverão representar um aumento nas vendas da ordem de 7% a 8%, dependendo do ramo de atividade comercial. Por exemplo: tradicionalmente, nesse período grandes variações de preços são observadas em roupas e acessórios. Há uma gradação temporal, também: quanto mais as semanas vão avançando e se vai entrando em fevereiro, mais liquidações deverão ocorrer”, analisa Pascoal. De acordo com o economista Christian Travassos, da Federação do Comércio do Estado do Rio (FecomércioRJ), o mês de janeiro é forte para o varejo, com registro de crescimento nas vendas ano a ano.

“Em janeiro de 2010 para 2009, por exemplo, houve uma alta de 3%. O acirramento da concorrência no varejo, aliado ao crescimento dos trabalhadores com carteira assinada, benefícios e a amplo acesso ao crédito contribuem para esse movimento. Hoje em dia, muitas pessoas se organizam financeiramente e parte opta por deixar as compras para depois do Natal para as promoções”- explica o economista. Em Niterói, as lojas seguiram o movimento de oferecer peças promocionais aos seus clientes com descontos de até 60%. No Plaza, principal centro de compras, os niteroienses que quiserem aproveitar o verão encontram opções como o short jeans com detalhe em pérolas, da Aquamar. Antes da liquidação a peça custava R$119 e passou para R$59,90, por exemplo.


NOTÍCIAS

Aluguéis de salas em shoppings podem ganhar lei Normatização dos contratos de locação volta a ser matéria de estudos em Brasília

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s lojistas brasileiros poderão ganhar pela primeira vez uma legislação específica para aluguéis de espaços em shoppings. Voltou a tramitar na Câmara Federal o projeto de lei batizado de Zulair Cobra – nome de sua primeira defensora (então deputada) – proposto pela Associação dos Lojistas de Shoppings (Alshop) para normatizar os contratos entre locadores e locatários de salas dentro dos centros comerciais. O “desengavetamento” da matéria se deve à insistência da Diretoria da Alshop, que regularmente vai à Brasília insistir pela aprovação da nova lei. Segundo a entidade, que é nacional, presidida por Nabil Sahyoun e seNabil Sahyoun diada no bairro do presidente da Alshop

Brooklin em São Paulo, proprietários de salas em shoppings fazem desde sempre a sua própria redação nos contratos, segundo seus interesses, cabendo à outra parte fechar ou não o negócio. “A padronização dos contratos por lei significa um relacionamento mais equilibrado entre locatários e locadores”, justifica Luis Augusto Ildefonso da Silva, diretor de Relações Institucionais da Alshop. “Desde quando o mercado ainda era restrito, com poucos shoppings e muitos lojistas interessados em ingressar neles, os proprietários das salas criam suas próprias cláusulas e exigências contratuais. Por isso os pretendentes à locação até hoje precisam ler atentamente cada linha antes de assinar o documento, porque pode haver exageros e não há lei que os proíba disso”. Alguns dos pontos propostos no projeto de lei são: a proibição da cobrança de taxas quando da cessão do ponto comercial; a proibição da cobrança de mais

de doze aluguéis durante o ano, como o décimo terceiro aluguel; a indenização ao locatário no caso do empreendedor não renovar a locação alegando que necessita fazer obras no imóvel; e a ilegalidade na cobrança de multa contratual que venha a ultrapassar o valor de três aluguéis no caso de entrega das chaves antes do prazo contratual. Com 19 anos de existência e mais de 40 mil associados, a Alshop contabiliza hoje 866 shoppings em todo o Brasil, de diferentes categorias, frequentados por 470 milhões de visitantes por mês. São quase 1,5 milhão de empregos diretos e um faturamento de R$ 129,9 bilhões em 2013. O primeiro deles foi o Iguatemi, em São Paulo, no ano de 1966. “Na época foi uma sensação, uma grande novidade, mas demorou até que os consumidores habituados com o comércio de rua, principalmente da Augusta, passassem a frequentar o shopping”, lembra Luis Augusto.

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GESTÃO EMPRESARIAL

Como saber se sua equipe trabalha demais 1 - É possível calcular se o quadro de funcionários de minha empresa está adequado ao volume de trabalho? Renan Constantino, de São Paulo Existem várias maneiras DE chegar a esse resultado. algumas são eficientes, outras nem tanto. Certa vez, alguém me disse que seu método era o seguinte: tirar gente até o pessoal reclamar e, mesmo assim, continuar mais um pouquinho até arrochar. Bem, brincadeiras à parte, vamos aos métodos que podem ser aplicados com bons resultados. É bom lembrar que o resultado mais positivo para sua empresa de uma avaliação para calibrar sua equipe à quantidade de trabalho não será a redução de custos ao mandar gente embora, e sim ter processos mais eficientes. E, por consequência, nos quais as pessoas se sintam motivadas para trabalhar porque saberão quais as suas responsabilidades.

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A forma mais simples de todas é comparar a quantidade de gente de cada departamento com outras empresas de mesmo porte. Em geral, as consultorias especializadas mantêm um banco de dados com essas informações e podem então fazer comparações bem responsáveis levando em conta o tamanho e o tipo de empresa. Nessa abordagem, é possível detectar se existe alguma distorção mais evidente. Outro caminho é fazer uma revisão completa da organização e de processos para eliminar as sobreposições de autoridade e distribuir melhor as responsabilidades. Nesse caso, os processos são repensados e procura-se analisar se existe espaço para a centralização ou a automação do processo - ou parte dele -, e a carga de trabalho fica mais equilibrada entre os postos de trabalho. Esta última maneira é a mais técnica e costuma apresentar resultados surpreendentes de redução de pessoal,

além de trazer resultados melhores para a eficiência dos processos. Em média, esse tipo de abordagem consegue trazer resultados superiores a 20% de redução de custos. Certa vez, propusemos fazer isso para um governo estadual. Era uma situação atípica, mesmo porque o governador não poderia mandar ninguém embora. Falamos que ele poderia distribuir melhor seus recursos humanos e deixar um quadro desocupado à disposição. Essas pessoas poderiam permanecer estudando por meio de convênios com as universidades locais. Após alguma conversa, ele topou fazer com uma secretaria. Diminuímos o quadro em 60%. Depois disso, ele não topou fazer o resto. Acho que ficou com receio do tamanho da complicação. Geralmente, quando fazemos esse tipo de trabalho, o ambiente melhora muito, e as pessoas se sentem mais responsáveis, alegres e importantes.


GESTÃO EMPRESARIAL

Para que você tenha uma empresa enxuta, ela precisa funcionar bem de ponta a ponta. Invista na gestão. Do contrário, o excesso de trabalho e de equipe será inevitável. Um exemplo disso está na central telefônica do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). Se seu produto é de má qualidade ou se você entrega mal, as reclamações se acumulam e não há outra solução a não ser um SAC enorme. Quer reduzir quadro? Melhore a qualidade de seu produto e serviço. O mesmo vale para seu departamento jurídico. Quem permite o acúmulo de muitas causas contra a empresa deve ter um departamento jurídico enorme. 2 - Gostaria de distribuir participações de minha empresa aos funcionários para que todos se tornem sócios. Como criar barreiras caso um desses associados tenha alguma divergência no futuro e se torne um problema? Como impedir que isso prejudique a empresa? Anônimo É muito bom ter sua turma como sócia. essa mudança poderá contribuir para estimular uma atitude de dono entre os funcionários. Existem casos em que se verifica que algumas pessoas,

por sua própria natureza, têm espírito de dono mesmo não sendo. Elas tratam todas as coisas positivamente como se fossem suas. No entanto, isso não é a regra. E estimular esse comportamento pode ser fundamental para trazer resultados melhores para sua empresa. Na hora de bolar um plano para isso, leve em conta que nem todos os funcionários de sua empresa devem ser seus sócios. Recomendo-lhe dar sociedade só a quem, comprovadamente, tem mérito. Isso é meritocracia. Se você quiser saber quem tem mérito, basta desdobrar suas metas anuais para todos e no fim do ano você vai saber quem é batedor de metas de verdade. Tem muita gente que fala muito e faz pouco — e uma medida

objetiva do desempenho é fundamental na hora de reconhecer quem realmente entrega. Além disso, seria recomendável observar quem são os que se comportam de acordo com seus valores e aqueles que não se enquadram. Ser sócio deve ser algo muito importante e de muita honra. Não pode ser para todos. Se for para todo mundo indistintamente, o dividendo vira salário e ninguém dá a importância devida a essa opção. Ser sócio tem de ser status, entendeu? Agora, para evitar problemas futuros, recomendo ter uma opção de compra de todas as ações a ser exercida por uma simples decisão de diretoria ou conselho. Uma opção de compra é um simples contrato de compra e venda no qual o comprador da ação se compromete a vendê-la para a empresa quando ela assim decidir. Desse modo, em caso de divergência no futuro, você estará protegido.

Professor Vicente Falconi Consultor e sócio-fundador do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG) Fonte: http://exame.abril.com.br

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CARNAVAL 2014

Preparativos para o Carnaval a todo vapor Confira todos os detalhes da organização da folia deste ano em Niterói

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elo nono ano consecutivo, a Rua da Conceição se transformará no sambódromo de Niterói. Por lá desfilarão nas noites de 1° a 4 de março, sempre com entrada franca, as escolas de samba da cidade. Por experiência de público anterior, são esperadas entre 15 mil e 25 mil pessoas, entre desfilantes e espectadores, no total dos quatro dias de folia. O desfile de Carnaval voltou a acontecer naquele logradouro em 2006 – depois de 11 anos suspenso – após a criação da União das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Niterói (UESBCN) e a parceria firmada com a Neltur, que é quem dá todo o suporte em estrutura para a festa. A UESBCN elaborou ainda um projeto para que o desfile volte a acontecer na Avenida Amaral Peixoto, como ocorria desde a década de 1940, e, segundo o presidente da Neltur, Paulo

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Freitas, existem grandes chances de o desfile oficial voltar a ser realizado lá a partir de 2015. O trecho da rua destinado à festa receberá arquibancadas, banheiros químicos, sistema de som e reforço na iluminação ao longo de 500 metros. Além das agremiações filiadas à UESBCN, o desfile de 2014 terá dois convidados: a Escola Mirim e o Bloco do Samba – este último fará a abertura oficial da festa, no sábado, cantando o clássico “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso. Boas novas Depois de anos sem um local específico para a montagem de alegorias e adereços, o Carnaval de Niterói voltou a ter um barracão para centralizar os trabalhos. Graças a um acordo envolvendo a UESBCN e o governo municipal, intermediado pela Câmara

de vereadores e Secretaria Regional do Barreto, um dos galpões do extinto 4° Grupo de Companhias de Administração Militar (4° Gcam), no Barreto, foi cedido para que as agremiações se preparassem adequadamente para o desfile oficial. A ideia é que o galpão possa se tornar um ponto definitivo para a preparação das escolas de samba e também para sede da UESBCN.

Desfile na Rua da Conceição


CARNAVAL 2014

Agenda A ordem do desfile, sempre a partir das 19h, será a seguinte neste ano: no dia 1°, os Blocos de Embalo – Bloco do Samba de Niterói, Pauta Quente, Olodumaré, Unidos do Barro Vermelho, Unidos do Preventório e União do Maruí; no dia 2, os Blocos de Enredo – Banda Batistão, Galo de Ouro, Tá Rindo Por Quê?, Combinados do Amor, Unidos do Castro, Amigos da Ciclovia, Grilo da Fonte, Ferimento Leve, Fora de Casa e Unidos de Piratininga; no dia 3, as Escolas de Samba do Primeiro Grupo: Balanço do Fonseca, Experimenta da Ilha da Conceição, Unidos do Sacramento, Souza Soares, Garra de Ouro, Bem Amado, Se Não Aguenta Por Que Veio, Bafo do Tigre, Alegria da Zona Norte e União da Engenhoca; e no dia 4 as Escolas de Samba do Grupo Principal: a Escola de Samba Mirim de Niterói, Magnólia Brasil, Império de Arariboia, Mocidade de Icaraí, Independente

No desfile - Mestre Sala e Porta Bandeira

do Boassu, Folia do Viradouro, Sabiá, Unidos da Região Oceânica, Tá Mole Mas É Meu, Grupo dos Quinze e Cacique da São José. Mas já esquentam os tamborins desde janeiro muitos dos blocos que animam a folia pelas ruas da cidade. A Sinfônica Ambulante faz ensaios periódicos na Praça Getúlio Vargas, em Icaraí, com datas divulgadas pelo site sinfonicaambulante.com. Assim como o bloco feminino Saias na Folia, que reúne multidões nas últimas sextasfeiras no Bar Bloco C, na Rua Visconde de Sepetiba. O Mancando de Ré promove festas às quintas à noite na Rua Américo Oberlander, em Santa Rosa. Já o Bicho Solto agita os foliões no Goa, em Itacoatiara, tocando vários estilos musicais, todos bem dançantes. Em novembro de 2013 foi eleita a Corte Momesca de 2014, no Praia Clube São Francisco, coroando o rei momo Jair Ribeiro (pela sexta vez consecutiva), Andreza Clemente como rainha, Nathy Fernandes a primeira princesa e Tamyres Melo como a segunda. O concurso organizado pela Neltur premiou o rei e a rainha com R$ 5 mil. As duas princesas escolhidas receberam R$ 2,5 mil cada. Paulo Freitas informa que a eleição foi antecipada para que a corte pudesse divulgar o Carnaval da cidade nos bailes de Réveillon.

Niterói na Sapucaí Com sede no Barreto e tendo como presidente Gusttavo Clarão, a escola de samba Unidos do Viradouro será a quinta agremiação a desfilar pela Série A da Liga Independente das Escolas do Rio (Lierj) no sábado de Carnaval, dia 1° de março. O tema deste ano é “Sou a terra de Ismael, ‘Guanabaran’ eu vou cruzar... Pra você tiro o chapéu, Rio eu vim te abraçar”, do carnavalesco João Vitor Araújo, que homenageia Niterói e alguns de seus principais personagens históricos. Já a escola de samba Acadêmicos do Cubango, sediada na Rua Noronha Torrezão e presidida por Olivier Pelé, desfilará o enredo “Continente Negro: uma epopeia africana”, do carnavalesco Márcio Puluker, que reverencia a África e sua inigualável importância histórica. Será a nona agremiação a desfilar no sábado de Carnaval pela Série A do Carnaval carioca organizado pela Lierj.

Rei e Rainha de 2014

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COLUNA JURÍDICA

Quem trabalhou de carteira assinada entre 1999 e 2013 pode pedir revisão de saldo de FGTS

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ão é de hoje que vez ou outra surgem notícias de direitos que estão sendo postulados em ações individuais ou coletivas que abarrotam o judiciário de pedidos idênticos. A onda do momento é a revisão do saldo do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço. Isso porque há uma tese que defende que houve uma deterioração muito significativa dos valores do FGTS, pois a Taxa Referencial não teve a devida correção monetária, não acompanhou os demais índices de correção, tampouco compensou a perda pela inflação. O Fundo de Garantia é regulamentado pela lei 8.036/90 e trata-se de conta vinculada aberta pelo empregador junto à Caixa Econômica Federal, onde ele deposita mensalmente 8% do salário pactuado, acrescido de atualização monetária e juros. O montante acumulado somente pode ser sacado em momentos especiais, previstos na legislação, por exemplo: como o da aquisição da casa própria ou da aposentadoria e em situações de dificuldades, que podem ocorrer com a demissão sem justa causa ou em caso de algumas doenças graves. Segundo asseguram os especialistas, ocorreu que ao longo dos anos de 1999 e 2013 houve uma deterioração muito significativa dos valores do FGTS, exatamente porque, como já dissemos, a Taxa Referencial não teve a devida correção monetária, não acompanhou os demais índices de correção, tampouco compensou a perda pela

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inflação. Ora, a correção monetária pretende recuperar o poder de compra, é um ajuste feito periodicamente tendo em base o valor da inflação de um período, objetivando compensar a perda de valor da moeda. São índices de correção monetária: Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM); Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), entre outros. A grande questão é que a Taxa Referencial, embora seja um índice legal para atualizar o FGTS, não repõe o poder de compra, deixando os valores defasados. Esse entendimento já foi acolhido pelo Supremo Tribunal Federal para efeito de atualização de precatórios e, por analogia, pode-se aplicar também no que se refere ao FGTS. (RE 552.272-AgR. Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 15/02/2011, Primeira Turma, DJE de 18/03/2011; RE 567.673-AgR-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 14/12/2010, Segunda Turma, DJE de 07/02/2011). Ao firmar esse entendimento, o STF abriu um precedente, ou seja, se a TR não serve para corrigir os precatórios, também não poderá corrigir o FGTS. Por isso, milhões de pessoas estão buscando seus direitos, ajuizando ações contra a Caixa Econômica Federal para que corrija o saldo do FGTS do período compreendido entre 1999 e 2013, e aplique um índice que, de fato, sirva para corrigir monetariamente a moeda, como os mencionados acima.

O barulho vai ser muito grande na medida em que todo trabalhador que teve carteira assinada, aposentado ou não, nos últimos 14 anos tem direito à tal revisão. E se levarmos em consideração que em12 meses a TR acumula variação de 0,04%, enquanto o INPC no mesmo período registra alta de 6,67% veremos que não se trata de pouco dinheiro e por isso entendemos que muita gente vai se interessar em ingressar com a ação. Se a corrida vai ser grande, sugiro que não fiquemos por último. Quem se encaixar no perfil e entender que foi lesado é só procurar um profissional de sua confiança e fazer valer seu direito constitucional de requerer a reparação pertinente. E, quando outros direitos nossos forem violados, independente do que se tratar, que façamos, sim, uma corrente em busca da reparação pertinente não só pelo resultado financeiro, mas também na tentativa de que, como aquela passagem bíblica do Juiz Iníquo, “sejamos respeitados nem que seja pela intolerância do Judiciário com a nossa insistência.”

André Jorcelino Lopes Flores Perito em Documentoscopia - Perito Adjunto da DIPEJ / TJERJ 3807 andrejlflores@yahoo.com.br

Alexandre Pereira de Andrade Assessor Jurídico - CDL Niterói www.pereiradeandrade.adv.br dralexandreandrade@hotmail.com



ARTIGO

Locais acessíveis conquistam clientes

Adaptações simples tornam-se diferenciais para público com deficiências

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stima-se que no Brasil atualmente 24% da população convivam com algum tipo de deficiência, seja física, motora, mental, visual ou aditiva, de acordo com os números apresentados pelo último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar desse número ser de aproximadamente 46,5 milhões de pessoas, ainda é comum ver locais que não são aptos ou atendem de forma correta esse público. Em Niterói, a Prefeitura conta com a Coordenadoria Municipal de Acessibilidade e uma série de trabalhos voltados para a pessoa com deficiência. Uma delas, o Manual de Calçadas Acessíveis, dispõe sobre o padrão urbanístico estabelecido para as calçadas de Niterói. O documento, elaborado na gestão do ex- prefeito Jorge Roberto Silveira e pela equipe de arquitetos e urbanistas da Secretaria Municipal de Urbanismo, Subsecretaria de Edificações e Departamento de Urbanismo, tem por objetivo tratar da acessibilidade e da mobilidade urbana nas vias de pedestres da cidade. Foi a partir deste projeto que Niterói passou a contar com mais rampas, pisos táteis, sinais sonoros, entre outras facilidades. Tendo o portador de deficiência mais condições de se locomover por sua cidade, quem também tem muito a lucrar são os comerciantes. Para a secretária da Coordenadoria Municipal de Acessibilidade, Tania Rodrigues, ainda é preciso que se faça muito. “As leis não são fiscalizadas no seu cumprimento. A primeira vantagem ao facilitar acesso é o consumo, pois se o local não for acessível o deficiente não vai, nem seus parentes nem os amigos que estiverem com ele, e assim eles deixam de ganhar 20 . CDL NITERÓI

os clientes. Nós possuímos uma legislação, que é o decreto nacional 5296 de 2004, que determina que todos os espaços públicos devem ser acessíveis e o prazo para os locais públicos e privados de uso coletivo se prepararem já se esgotou”- desabafa. “Acho que as adaptações não são caras para propormos incentivo. É só uma questão de vontade e saber como fazer, e nós damos esta estrutura de conhecimento na secretaria”- completa Tânia, que lembra da lei municipal 2935,de 12 de abril de 2012. “Há uma escala de adaptações necessárias ao atendimento da pessoa com deficiência a ser seguida e pontuada na classificação de selo bronze, prata e ouro, que seria dado pelo Município a estes estabelecimentos, mas que ainda não saiu do papel”- lembra Tânia, que cita como exemplos de mobilidade a

agência do Banco Santander, na Avenida Amaral Peixoto, e lojas em shoppings como locais de fácil locomoção. Aos que se preocupam, como o empresário Rudi Paludo, sócio-diretor do Grupo Paludo de Restaurantes, que possui em seus empreendimentos rampas e banheiros adaptados, entre outros, o debate de quem deve tratar da mobilidade é de responsabilidade dos governantes e empresários. “Pessoas com deficiências e mobilidade reduzida não devem ter barreiras para acesso a serviços, entretenimento e lazer. É um debate que passa pela esfera pública e privada. A adequação do espaço urbano para uma arquitetura mais eficiente, torna-se o grande desafio das cidades. No Grupo Paludo, estamos sempre empenhados em achar soluções em nossos res-taurantes para melhor adaptação e locomoção dos nossos clientes.


ARTIGO

Vejo que o comércio de uma forma geral está cada vez mais comprometido com esse tipo de conduta”- analisa Rudi. Assim como ele, empresas, ONGs e empresários tratam de debater a acessibilidade em diferentes viés. Responsáveis pela formação e qualificação de jovens a partir dos 16 anos, o Instituto Empreender conta com dois programas inclusivos, o Enter Jovem e o Empreender Inclusão, programa que promove a qualificação de jovens e adultos com deficiência

e realiza processo de seleção para empresas que oferecem vagas de emprego, estágio e/ou programas de aprendizagem para esses profissionais. Quem está atento as necessidades do público e de seus futuros funcionários é o empresário Maurício Salkini, que detêm oito franquias alimentícias. “ Estamos planejando a contratação de pessoas com deficiência auditiva e o objetivo é que em cada ponto de venda onde sou franqueado tenha um colaborador portador de deficiência.

Iremos trabalhar com nossos gerentes nas adaptações necessárias para viabilizar a acessibilidade”- adianta Maurício. O Empreender oferece ainda consultoria para que as empresas se tornem acessíveis e possam cumprir com a lei 8.213/91 (Lei de Cotas), identificando a necessidade de adaptação de espaço, equipamentos e softwares necessários para viabilizar a inclusão produtiva das pessoas com deficiência.

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CAPA

Carnaval movimenta setores econômicos

Gastronomia, turismo e fantasias têm boas expectativas de aumento nos negócios

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om para uns e ruim para outros, o Carnaval está chegando e com ele uma experiência que em todo ano se repete: empresários se preparam para lucros ou perdas com a data, dependendo de seu tipo de negócio. Niterói sente três movimentos urbanos neste período: a evasão de moradores em viagens, a chegada de turistas hospedados na cidade ou apenas de passagem e a concentração da maioria das pessoas na orla – boa pedida para a folga nos dias quentes. Boa mesa “O impacto é positivo no ramo da gastronomia e especialmente no caso dos restaurantes que integram o Polo de São Francisco e Charitas, pois é um local bastante visado por turistas e famílias que gostam de aproveitar a beleza da região”, afirma José Augusto Hosken, proprietário da Academia de Niterói e presidente do Polo Orla. A expectativa dele é de um aumento no número de frequentadores de 20% entre a sextafeira e o sábado de Carnaval e de 80% entre domingo e terça-feira.

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Apesar de não estar localizado tão próximo à praia, o restaurante Nóbrega, no Jardim Icaraí, beneficia-se do público que vai curtir o tradicional carnaval da Rua Nóbrega. “No período de carnaval temos um aumento de aproximadamente 25% nas vendas de chope e petiscos”, conta o proprietário, Ricardo Perez. O restaurante fica na rua de mesmo nome, esquina com a Rua Cinco de Julho. No clima Dona do Armarinho Nely Martins (no Fonseca há 56 anos) e sócia da filha

Renata no ateliê de fantasias Mundo do Faz de Conta (há três anos, no Centro), Mery Martins se anima com a folia. Carnaval para ela é sinônimo de muita saída de confete, serpentina, espuma e máscaras na primeira loja, e de venda e aluguel de fantasias, inclusive feitas sob encomenda, na segunda loja – um lucro geral de cerca de 40%. “Investimos nessa data festiva aumentando o estoque e abrindo no próprio sábado até 17h. Só não funcionamos nos demais dias porque o restante do comércio fecha e nos sentimos inseguros quanto a assaltos”, desabafa, reconhecendo ainda que a folia de rua diminuiu. “Sempre que o Carnaval acontece da segunda quinzena de fevereiro em diante é ótimo porque já passou a fase dos impostos de início de ano e os consumidores começam a superar as dívidas com parcelamentos de Natal e material escolar, daí o comércio fica mais aquecido”, assegura Guto Curado, sócio da loja Ramon Faz a Festa, na Rua Ministro Otávio Kelly. A matriz em Itaipu existe há 38 anos


CAPA

e funciona todos os dias do feriadão exceto na quarta-feira de Cinzas. Sinal dos novos tempos é a procura do público atualmente ser maior para acessórios do que fantasias. “Adulto hoje em dia é raro se fantasiar, a não ser para festas em cruzeiro e de gala em clubes. Ainda assim, registramos um aumento de 30% na circulação de clientes” comenta. E mesmo quem não se fantasia se veste pensando na ocasião. Elenice Gonçalves, proprietária da boutique Tempo 4, garante que também se beneficia com a data. “As pessoas aproveitam para colocar roupas leves, coloridas, estampadas, bem a cara da estação”, declara a empresária, cuja expectativa para sua marca este ano é de um crescimento de 20% nas vendas nesse período de carnaval”. Ela ainda lança mão de outro trunfo, que são as peças criadas especialmente com foco em viagens, cruzeiros, praias e eventos carnavalescos. Êxodo Apesar de fechar as portas e não atender clientes por cinco dias até a quarta-feira de Cinzas, o empresário Aluizio Sardenberg, proprietário da Online Tur, experimenta a peculiar experiência de lucrar com o feriadão

carnavalesco em vendas parceladas de viagens diluídas durante todo o ano anterior. Localizada na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, a agência de turismo é um caso à parte em que o Carnaval aquece as vendas o ano inteiro menos nos dias de folia. “O turismo é sazonal, pois as pessoas compram pacotes antecipados para viagens não imediatas. O Carnaval chama negócios, mas a semana em si é ruim porque não funcionamos, e já vem dentro ou logo depois de um mês curto, que é fevereiro. Mas o volume de vendas varia mesmo conforme o valor do dólar: viaja-se mais quando a moeda estrangeira está mais barata”, descreve ele, revelando que o destino mais procurado ainda é os Estados Unidos, seguido da Europa. Entre as preferências nacionais do momento estão Camamu e Barra Grande, na Bahia. Aluizio comenta que alguns destinos vêm crescendo em procura, como a Croácia e a cidade venezuelana de Los Roques, por suas histórias, culturas e praias, além das modas ditadas por novelas, como a Turquia no ano passado. Bem vindos A estimativa de ocupação de leitos de hotelaria na cidade é de 85%, de acordo

com Rubens Branquinho, diretor de Turismo da Neltur. Apesar de não haver um balanço oficial e regular fidedigno desses números, diz o diretor, o índice é presumido com base na quantidade de turistas que procuram a autarquia para pedir indicações de hotéis e pousadas, tendo em vista a lotação completa das unidades que os mesmos já procuraram. Mas Branquinho revela que em breve – provavelmente a partir do advento da Copa do Mundo de futebol – uma parceria com a Faculdade de Turismo da UFF criará um sistema de pesquisa desses dados. Niterói possui 25 estabelecimentos de hospedagem, entre hotéis, pousadas e apart-hotéis, mais quatro albergues/ hostels registrados oficialmente, além de um hotel de trânsito de militares no Forte Imbuhy. Inaugurado dia 27 de novembro do ano passado, o hotel H, no Ingá, vem suprir 30% da demanda por leitos de hotelaria no município. Com investimento privado de R$ 60 milhões em uma estrutura de 266 suítes, salões de eventos e centro de convenções, é o único da cidade registrado na Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH).

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PERSPECTIVAS 2014

Programa qualifica jovens para o mercado de trabalho

Instituto Empreender desenvolve programa Enter Jovem e já conta com ex- alunos empregados

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roduto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a soma de todas as riquezas produzidas, fechará o ano de 2014 com crescimento de apenas 3%. Pelo menos essa é a estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em 2014, a expectativa é de que o crescimento da economia mundial seja de 4%. Para o empresário carioca Mauricio Salkini, a parceria com o Instituto Empreender já rendeu bons frutos. Desde 2011, o empresário contrata estudantes qualificados pelo Programa Enter Jovem – Orientação Profissional. O programa, desenvolvido pelo Empreender e financiado pela Chevron no estado do Rio de Janeiro, orienta jovens para atuar no mercado de

trabalho e realiza uma ponte entre essa mão de obra qualificada e as empresas locais. Salkini começou a trabalhar com o pai aos 14 anos e abriu sua primeira franquia em 2006. O empresário hoje retém oito franquias das redes Bob`s, Rei do Mate e Copenhague. Ele considera essa entrada precoce no mundo do trabalho como sendo um diferencial para sua carreira. “Eu comecei a construir meu network e adquirir responsabilidade e experiência muito cedo, isso com certeza trouxe algumas vantagens, entre elas a maturidade para entrar no mercado como empreendedor”, explica o empresário. O franqueado elogia a ação rea-lizada pelo Instituto Empreender na orien-

tação de jovens para o mundo do trabalho. Conforme Salkini, os candidatos encaminhados pelo Instituto são bem preparados e têm uma percepção diferente do mercado de trabalho, adotando uma postura séria, responsável e profissional. Quanto aos diferentes perfis profissionais, o empreendedor explica que o astral e a energia de candidatos a vagas são as características que lhe chamam mais atenção durante os processos seletivos. “Isso dá para avaliar na entrevista. Quanto às habilidades específicas para desempenhar determinada função, elas podem ser aprimoradas durante o expediente de trabalho”, destaca Salkini.

Samara Candido e Nathane Gomes recém contratadas do programa Enter Jovem

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PERSPECTIVAS 2014

De acordo com o empresário, a contratação de jovens candidatos para o primeiro emprego é positiva sob muitos aspectos. Um deles seria a flexibilidade e a disponibilidade do profissional para aprender o novo. Outro ponto que ele considera importante é a própria contribuição para o contexto socioeconômico do país. “Ao dar essas oportunidades de empregos para jovens, estamos abrindo outras portas e permitindo que eles enxerguem novas possibilidades para o futuro”. Para a aluna do Enter Jovem, Samara Candido, recém contratada para uma das lojas do franqueado, a oportunidade profissional está indo além das suas

expectativas. Ela destaca que tem aplicado, no dia a dia de trabalho,

muitas teorias ensinadas durante as aulas do programa. “Estou adorando essa nova etapa, é bem legal trabalhar aqui. O Enter Jovem me ajudou muito e aprendi coisas como ter uma postura profissional e atender ao público, entre outras coisas, que exerço diariamente aqui no trabalho”, comenta Samara. Outra jovem do programa que também acaba de ser contratada é Nathane Gomes. Para a adolescente, é gratificante saber que agora terá uma renda mensal e ela já faz planos com o dinheiro. “Eu sempre quis fazer um curso de radiologia e agora eu posso pagar por isso. Não vejo a hora de começar” declara Nathane.

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MATÉRIA

Com poucas vagas a céu aberto, garagens rotativas lucram Comerciantes sugerem ônibus regulares de qualidade e pontos de carga e descarga

E

stacionar em Niterói está cada vez mais difícil. Com uma frota de aproximadamente duzentos mil veículos e pouco espaço urbano, os estacionamentos irregulares se tornaram constantes e já somam 70% das autuações diárias de agentes de trânsito, que variam entre 150 e 200. Assim, as garagens rotativas, se aproveitam da alta demanda para praticar preços abusivos. Das três garagens subterrâneas previstas como contrapartida pela concessão do serviço de estacionamento público, apenas uma foi construída pela Niterói Rotativo, no Centro. Cobra R$ 4,50 a primeira hora e R$ 3,50 as demais. No maior shopping da região, as três primeiras horas custam R$ 8 e cada hora excedente é R$ 2. Na Rua Coronel Moreira César, um dos rotativos mais caros pede R$ 6 por cada meia hora, sem valor fixo por período. Oito horas podem custar R$ 96. “Linhas de ônibus e regras de estacionamentos impostas pelas administrações municipais anteriores, sem um estudo sobre o impacto e o prejuízo que causariam ao comércio do Centro,

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provocou a falência e o fechamento de várias lojas tradicionais”, dispara Vieira Junior, dono do Guanabara Shopping de Móveis, na Rua Marechal Deodoro há 22 anos. A irmã dele, Alexandra Vieira, proprietária da Brazil Design, no mesmo logradouro, sugere a construção de edifícios-garagem a preços populares e/ ou um estacionamento subterrâneo no Jardim São João. Da mesma opinião compartilha Joseraldo Ribeiro, da Conthábil Assessoria. Apesar de ter vaga cativa dentro do estacionamento do Niterói Shopping, sendo proprietário de sala comercial na torre, ele se preocupa com a situação. “Não há como resolver o problema viário com tantos carros particulares nas ruas. A condução coletiva é a solução, mas com conforto, segurança e horários estabelecidos”, acredita ele. Proprietária das lojas Capas Crivo, com unidade nas ruas Da Conceição e Presidente Backer, Rosana Esposito Haddad Porto aponta para outro problema: a falta de vaga para carga e des-

carga de mercadorias, bem como a proibição de rápida parada para os veículos de seus clientes embarcarem as compras. O estabelecimento comercializa capas para sofás e travesseiros, cortinas e tapetes. “Os ônibus da faixa exclusiva não reclamam, mas a fiscalização municipal não perdoa. Antes tínhamos um ponto de carga-descarga na Rua Visconde do Uruguai, quando era exclusiva para pedestres, mas com sua reabertura aos veículos perdemos o espaço. Hoje o caminhão para de qualquer jeito, e precisamos correr. Isso não é justo, pois o comércio sustenta esta cidade”, dispara Rosana.


HOMENAGEM

Dedicação e vocação para ajudar ao próximo Irmã Vicentina Rosalie Baptista trabalhou por 40 anos no Colégio São Vicente de Paulo

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o último dia 21 de janeiro, uma das figuras mais emblemáticas e principais líderes do Colégio São Vicente de Paulo, a Irmã Rosalie Baptista, de 83 anos, faleceu em decorrência das complicações provocadas por um acidente vascular cerebral ocorrido em outubro de 2013. A religiosa estava internada desde então no Hospital São Vicente de Paulo, na Tijuca. Nascida em 14 de junho de 1929, em Minas Gerais, e proveniente de uma família de boas condições financeiras, Irmã Rosalie realizou seus estudos em um colégio católico, onde escolheu a vida religiosa ainda jovem. Acostumada ao atendimento aos pobres, dedicou seus esforços ao atendimento e amparo dos mais necessitados, seguindo assim, sua vocação. Chegou ao Colégio São Vicente de Paulo na década de 70 para a realização de tarefas como a coordenação de colaboradores e funcionários da Irmandade e do Colégio, além de cuidar de toda a alimentação da comunidade e recepcionar os religiosos que aqui chegavam. Antes, também atuou

em atividades variadas em outras instituições de ensino e hospitais. À frente da instituição durante 40 anos, sua hospitalidade, caridade e firmeza para tomar decisões e defender seus pontos de vista foram suas características mais marcantes. Ficou reconhecida por ser bastante atuante na defesa da qualidade do ensino e de trabalho para os servidores do colégio. “O temperamento firme sempre foi a favor dos mais necessitados e para quem precisava de ajuda. Nunca a vi requisitar nada para si. Era de uma sensibilidade incrível e quando adoeceu descobri que ela observava algumas pessoas que vinham à nossa capela e os atendia dando conforto espiritual a quem necessitasse”- lembra com carinho a Irmã Ângela Maria Magalhães, diretora do Colégio São Vicente de Paulo e amiga desde a década de 80. Nas horas vagas gostava escrever e cozinhar, tendo lançado o livro de culinária “Cozinharte”, em 1989. Tal atividade era bastante apreciada por todos que tiveram oportunidade de provar alguns dos seus quitutes. Em breve será lançada a quarta edição do título.

Dona de uma memória preciosa, foi professora de ensino religioso na escola e reconhecia com facilidade seus ex-alunos, lembrando-os inclusive de momentos em sala de aula. Sua missa de sétimo dia, realizada na Capela do São Vicente de Paulo, reuniu amigos, pais, alunos, ex-alunos e funcionários da Instituição que admiravam o enorme carisma exercido por Rosalie. A simpatia e o carinho que Irmã Rosalie espalhou durante sua vida são traços que deixam ainda mais saudades àqueles que estiveram próximos dela durante sua passagem pelo São Vicente de Paulo.

Irmã Rosalie Baptista

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NAS ESCOLAS

De volta à sala de aula Novidades nas escolas e expectativas marcam início de ano letivo

O

ano letivo de 2014 começou mais cedo. Já na primeira semana de fevereiro, as escolas retomaram suas atividades e trouxeram diversas novidades em suas programações, além de alterações nos calendários em decorrência dos feriados e Copa do Mundo. No Colégio São Vicente de Paulo, em Icaraí, as novidades são referentes ao novo quadro interativo que será utilizado em diversas disciplinas e instalado em todas as salas de aula. Outra aposta da rede é o horário integral para alunos da Educação Infantil e Fundamental I. Com 160 anos de tradição em Niterói e atendimento para alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, o São Vicente de Paulo atualmente é dirigido pela Irmã Ângela Maria Magalhães, que afirma:

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“Tanta tradição não impede a escola de se modernizar. A tradição é sinônimo da qualidade que temos em nosso ensino e atendimento e isso jamais impedirá nossa evolução. Temos nossos valores, mas também somos abertos as novidades”. Outro colégio que também apresenta novidades é o Educandário Pio XII, no Centro. A instituição de ensino firmou uma parceria com o PH Sistema de Ensino. Os alunos do Pio XII utilizarão o mesmo material didático, além de participarem dos simulados em conjunto, havendo uma parceria entre a equipe de professores de ambas as instituições de ensino. “Os pais hoje procuram uma escola que, ao lado das exigências educacionais contemporâneas por uma formação sólida, prepare seus filhos

3 +4-- 7 para o mercado de trabalho”, explica o diretor executivo Carlos Eduardo Boechat. Em ambas as escolas, o desafio maior de seus administradores é manter a saúde financeira em dia. Com dois mil alunos, sendo 200 deles em regime filantrópico, através do Educandário São José, o São Vicente busca a reconciliação bancária com os pais que mantiveram inadimplência durante o ano letivo. “Nossa escola já teve índice de 10%, mas fechamos 2013 com apenas 7,5%. Sempre negociamos com os pais e buscamos o equilíbrio das nossas finanças através dos espaços locados que o São Vicente dispõe. Quanto menor a inadimplência, maiores os benefícios no espaço escolar”- lembra Paulo Roberto Sad, provedor do colégio.



COMÉRCIO EXTERIOR

“Causos” do comércio exterior

P

or mais preparo e estudo que um profissional ou empresa possa ter quando realiza uma missão comercial, negociação ou uma exportação, vez em quando, alguns acontecimentos surgem para nos lembrar que o jogo de cintura, improviso e ajuda especializada têm que fazer parte do repertório em certos momentos para evitar problemas ou constrangimentos. Suplá ou carregador? Exportei para uma Feira nos USA algumas unidades de “suplá” (um apoio para pratos). Repeti o nome que o fabricante deu para peça, que saiu na Invoice como “charger”. Após dois dias da chegada estranhei que a mercadoria não havia sido liberada e busquei informações na fiscalização. Pouco depois entendi o motivo: como coloquei na Invoice a palavra “charger” - que em inglês significa carregador” - causei, sem querer, esta situação, pois não tinha a licença para exportar tal artigo. Por isso, atenção à nomenclatura dos

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itens a serem exportados e verifique se pode haver má interpretação por parte da alfândega no exterior. Where is Rio? Em outra Feira, localizada em de Orlando/USA, apresentava alguns móveis a um casal de interessados e ao final da conversa entreguei meu cartão e a moça, intrigada, perguntou “onde era Rio de Janeiro”. Após meu susto tentei vincular o Rio a Copacabana, Carnaval, Futebol e Samba... nada. Somente quando expliquei que o Rio ficava próximo a São Paulo ela sorriu e disse algo como “agora sim...”. Santa ignorância minha achar que todos tinham que conhecer o Rio de Janeiro... “Ela é minha...” Há alguns anos um consultor brasileiro e seu cliente viajaram a um país árabe para iniciar uma negociação com um interessado. O empresário decidiu levar sua esposa sabendo que ela não poderia participar das reuniões, por

uma questão cultural. Assim foi feito, mas no dia do retorno ao Brasil convidou o empresário local - de grande influência comercial e política - para tomar um café em seu hotel para comemorar. E decidiu convidar a esposa somente para cumprimentar o empresário árabe. Ao apresentá-la o brasileiro estendeu a mão na direção da esposa e disse “... minha esposa”, no que foi entendido que estava oferecendo a mulher como um presente. Após muita discussão, desentendimentos e ajuda do consulado brasileiro eles conseguiram retornar. Os negócios?... nem começaram. Vivendo e aprendendo... Bom Carnaval!



PERSONALIDADE

Loja se mantêm viva no Centro de Niterói Com excelente faro para continuar crescendo, há 15 anos, Sebastião mudou-se para uma loja nas esquinas das ruas Almirante Teffé com José Clemente, a caminho do shopping. A camisaria, algo raro nos dias de hoje, abriu suas portas com um diferencial e atualmente vê sua clientela fidelizada. “O meu diferencial na época da inauguração, eram as roupas em tamanhos especiais que ainda hoje são bastante procuradas. No começo a Uirapuru era uma das poucas que destinava a atenção para esse público”, explica. Assim como estar atento aos diversos segmentos que buscam por roupas, a parte administrativa também precisou ser adaptada, e desta parte, surgiu o relacionamento do comerciante com a Câmara de Dirigentes Lojistas, que prestava auxílio aos comerciantes

no cadastro de pessoas que compravam com cheque ou crediário. Aos 83 anos e com muita experiência, Sebastião não comanda mais os passos do Uirapuru do balcão, mas dá expedientes diários em um escritório próximo. Apesar da idade, não descuida de nenhum detalhe. “Fico feliz em saber que formei uma família de comerciantes”, orgulha-se.

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iz a lenda que o pássaro Uirapuru era um jovem guerreiro, que desiludido com o amor pediu a Tupã que lhe transformase em pássaro para que pudesse cantar todos os dias para sua amada. Comparações à parte, o comerciante Sebastião Martins, de 83 anos, deixou sua antiga loja, a Confecção Fluminense Ltda, no Largo das Barradas, no Barreto, em direção ao comércio de rua do Centro de Niterói para alçar novos voos e exercer sua paixão pelo comércio. Do Centro de Niterói, Sebastião voltou seus olhos para a região central de São Gonçalo, onde inaugurou a segunda loja ao lado de seus dois sócios. Nesse ínterim, mudou-se para a Rua da Conceição e viu grandes transformações na região, como o declínio do comércio de rua na região e a abertura do Plaza Shopping.


FIQUE POR DENTRO

Uma relação de amizade com lojistas e empresários O projeto foi criado pela CDL Niterói e pretende criar uma parceria entre entidade e associados

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ensando em oferecer mais oportunidades nas diversas frentes de negócios de seus associados, a CDL Niterói entrou o ano de 2014 a todo vapor com o projeto “Mais Amigos”. Este iniciativa foi lançada em 2013, após percepção da própria entidade da necessidade de criar um link maior com seus afiliados e pretende mostrar, entre outras coisas, que a CDL oferece muito mais do que somente consultas de cheques. Segundo o presidente da entidade, Fabiano Gonçalves, é preciso fazer com que to-dos entendam o verdadeiro papel da entidade. “A marca CDL hoje está em proeminência em relação ao SPC. E nós conseguimos isso por meio de ações que aproximaram nosso associado. Vamos focar a CDL com iniciativas que venham a fortalecer o elo de amizade que é o objetivo deste projeto. Acredito que as relações de amizade são duradouras, esperemos que o associado nos veja como um amigo em potencial.” Explica Fabiano.

Com este programa, a CDL Niterói pretende agregar novos negócios vantajosos não só para a entidade, como também para todos que participarem da iniciativa. O presidente da entidade acredita que o projeto “Mais Amigos” irá fazer com que haja uma fomentação de novos negócios, de novas receitas e novas cidades atendidas. “Só se

consegue vencer uma grande correnteza quando se nada junto. O Brasil hoje vive um momento econômico muito difícil, a tributação brasileira é bastante cara, o que se torna um entrave para o desenvolvimento. Acredito que somente unindo nossas forças com o mesmo

objetivo iremos conseguir vencer estes momentos difíceis”, afirma Fabiano Gonçalves. Ao longo deste ano, a CDL Niterói planeja, com esta iniciativa, fazer com que seus associados sintam-se mais integrados à entidade através de almoços, palestras e happy hours que farão parte da iniciativa “Mais Amigos”. E desta maneira, por meio das ações do projeto, tornar mais evidente o sentimento de amizade. “Queremos que o associado se torne um amigo, que ele venha aqui participe de um happy hour, de um almoço, de uma palestra. Este é o conceito. E os que estão de fora possam ver esta confraria sendo formada e queiram entrar.” Diz o presidente O primeiro produto do “Mais Amigos” que entrou em prática no final do ano passado foi o Guia CDL. Este guia é uma espécie de páginas amarelas virtual e está disponível através do endereço: guia.cdlniteroi.com.br. A ideia é criar um serviço gratuito de consultas que ajude na fomentação do comércio da cidade.

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Vem aí, bem perto de você...

MAIS AMIGOS

INICIATIVA


CONHEÇA A CDL

A dedicação como receita de sucesso profissional

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ara Walter Monnerat, casado há 51 anos com Marília, pai de Alexandre, Denise (In memorian) e Adriana, a CDL Niterói representa muito mais que um local de trabalho. O gerente geral tem toda a história da entidade gravada em sua cabeça e não vacila em narrar com riqueza de detalhes. Afinal, foi com muita emoção que ele contou sua trajetória na Instituição, deixando claro que a CDL é parte integrante de sua vida, uma extensão de sua família e mesmo aos 73 anos nem pensa em deixar de trabalhar.

Não imagino minha vida longe da CDL, afirma Walter

Mas, para entender tamanha dedicação, se faz importante conhecermos parte da história deste dedicado funcionário. Nascido em Minas Gerais, Walter chegou a Niterói aos 15 anos com seus avós. Durante sua vida acadêmica já em terras cariocas, este mineiro estudou no Colégio Estadual Liceu Nilo Peçanha, no Colégio Brasil, até que chegou à UFF - Universidade Federal Fluminense - onde graduou-se em Direito. Há 58 anos morando na cidade de Niterói, Dr. Walter já se considera um cidadão tipicamente niteroiense. Sua trajetória profissional começou muito cedo, quando trabalhou em uma imobiliária chamada Monte Carlos. Após 17 anos nesta empresa Walter decidiu trilhar novos rumos em sua carreira. E foi assim que ele começou a trabalhar na importadora de máquinas pesadas, a GEOVIA. Nesta empresa Walter trabalhou por mais de vinte anos no cargo de gerente administrativo financeiro e só saiu em virtude de mudanças governamentais neste setor, naquela época. Em 1992, depois de sair da GEOVIA,

Walter Monnerat retornou ao mercado de trabalho de Niterói. Ao saber que o experiente Walter estava à procura de uma oportunidade de trabalho, seu cunhado, Dr. Guilherme Eurico, conseguiu uma entrevista com o dono da ANASA – Concessionária de carros, José Dornas Maciel. No entanto, Dornas, que também havia sido presidente da Câmara Dirigente dos Lojistas niteroiense, não encontrando possibilidade de encaixar Monnerat no quadro de funcionários da ANASA, decidiu indicá-lo para o então presidente da CDL Niterói, Manoel Alves (In memorian) . Semanas depois da entrevista com o presidente, Walter foi chamado para ocupar o cargo de gerente geral da entidade. Este mineiro sempre movido pelos desafios não pestanejou. Mesmo não conhecendo nada sobre a CDL Niterói, aceitou o convite e não se arrependeu. Ao falar deste episódio, o gerente não esconde a gratidão que guarda pelo presidente Manoel Alves, por ter sido ele o responsável por sua contratação na entidade. E foi no dia 17 de fevereiro de 1994 que o Dr. Walter começou a escrever sua história na CDL Niterói. Neste tempo Walter conta que a CDL era muito diferente do que é atualmente. Emociona-

do, o gerente lembra que nesta época a CDL Niterói encontrava-se em processo de informatização e ainda não era localizada no prédio em que hoje está. “Quando entrei era tudo feito a mão. Os funcionários se debruçavam em mesas cheias de fichas.” Foi realmente uma época de muito trabalho, mas o bravo não desanimou e até hoje ele tem a mesma garra de quando entrou na entidade. Hoje já são vinte anos de trabalho na CDL Niterói. Durante este tempo o gerente aprendeu e ensinou muita coisa para seus colegas de trabalho. Enfim, não há como negar que o gerente geral da CDL, Walter Monnerat, é um profissional muito experiente e consciente de suas conquistas, que faz de seu trabalho um dos motivos para manter uma vida saudável e feliz. “Meu trabalho é minha vida. Gosto do que eu faço e espero continuar trabalhando por muito tempo!” Walter Monnerat

Meu trabalho é minha vida. Gosto do que eu faço e espero continuar trabalhando por muito tempo!

Walter Monnerat 20 anos dedicados a CDL O LOJISTA . 37


COACHING

O Aprendiz e o Julgador, juntos e misturados.

O

conceito Aprendiz - Julgador traz duas orientações básicas a partir das quais nós podemos operar. De fato, todos somos um composto, trazendo em nós um Eu Aprendiz e um Eu Julgador, até certo ponto, juntos e misturados. Em situações diferentes, um ou outro “eu” vai predominar e moldar nossos pensamentos, sentimentos e nossos padrões de comportamento e relação. A todo momento nos deparamos com a escolha entre a orientação Aprendiz e Julgadora. Como vimos na edição de janeiro, quando adotamos uma orientação de

Aprendiz, nós temos a mente aberta, flexível, com respostas e proativa, aceitando nós mesmos e os outros. Nós assumimos toda a responsabilidade por nós mesmos e por nossas ações. Nosso Eu Aprendiz recebe toda experiência como uma oportunidade de descobrir e aprender. Foca “no que está certo”, ao invés de “no que está errado.” Já quando adotamos a orientação Julgadora, nós somos inflexíveis, focados no problema, reativos, e inclinados a culpar e reclamar. Nós somos críticos em relação a nós e aos outros. Nosso Eu Julgador sente-se ameaçado por novas experiências e está mais preocupado em

Processo de três passos para mudar de Julgador para Aprendiz: • Tenha Consciência. Pergunte: Eu sou um Julgador? É assim que eu quero ser? Isso me dará os resultados que eu quero? • Explore as Escolhas. Pergunte: Onde eu preferiria estar? Como eu posso chegar lá? De que outras formas posso pensar sobre isso? Qual é minha escolha exatamente agora? • Comprometa-se com sua escolha. Entre em ação. Resultados do Típico Aprendiz • Curiosidade • Aprendizagem • Ganha-Ganha • Energia • Inspiração • Sucesso

Resultados do Típico Julgador • Defensivo • Inflexível • Ganha-Perde • Desespero • Inatividade • Fracasso Adaptado de Marilee Goldberg

38 . CDL NITERÓI

proteger a si mesmo, ao invés de pensar em novo aprendizado e descoberta. O Julgador foca no que está errado, ao invés de focar no que está certo. A escolha entre Aprendiz e Julgador é muito importante, já que eles tipicamente levam a resultados muito diferentes. Uma vez estando conscientes de nossa orientação no momento, sendo um observador de nós mesmos e com a mente aberta, nós temos a possibilidade de escolha. E, na escolha, nós abrimos a possibilidade de moldar nossos resultados para serem mais próximos do que nós realmente queremos.

Assim, um Líder Coach eficaz está sempre buscando adotar uma orientação de Aprendiz, e não de Julgador, tanto no trabalho quanto na vida. Avante vamos!



CIDADES

Passagens mais caras geram restrições empregatícias Em níveis diferentes, empresários sentem reflexos e evitam contratar quem é de fora

O

reajuste de 5,7% nas passagens de ônibus intermunicipais no estado do Rio no dia 13 de janeiro – seguindo o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), que mede a inflação – pegou de surpresa alguns empresários de Niterói, apesar de anunciado na imprensa dez dias antes, conforme ordena o Ministério Público, além de publicado no Diário Oficial. Afinal, quase todos os empregadores desta cidade dispõem de pelo menos um funcionário de fora. Segundo informações obtidas junto à seccional niteroiense do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 80 mil pessoas vindas somente de São Gonçalo (95%) e do Rio trabalham em Niterói e fazem esse trajeto entre municípios todos os dias. Isso sem contar trabalhadores oriundos dos demais municípios não limítrofes. As viagens que custavam R$ 2,80 passaram a valer R$ 3,00. O bilhete único também acompanhou o aumento: o mais barato passou de R$ 4,95 para R$ 5,25. Centavos que no final do mês fazem diferença. “O impacto foi o pior possível. Acabamos pegos de surpresa e isso gerou uma complementação de custo inesperada. A maioria dos empregados contratado pelos restaurantes vive em munícipios vizinhos, como São Gonçalo,

40 . CDL NITERÓI

Maricá, Itaboraí e Rio Bonito”, conta o proprietário da Academia de Niterói e presidente do Polo Orla Gastronomia de São Francisco e Charitas, José Augusto Hosken. Para diminuir esse custo que todo ano sobe, Ghirlayne Ferreira, dona da Matita Café e Presentes em Santa Rosa, dá preferência aos residentes niteroienses. Mas reconhece que, na busca por mão de obra melhor qualificada, muitas vezes esse critério fica em segundo plano. Também é o caso de Helena Falcão, uma das diretoras do grupo empresarial

que inclui gráfica e papelaria e leva o sobrenome da família há 68 anos. Por evitar contratar empregados de municípios mais distantes, como Itaboraí e Maricá, que talvez precisassem pegar duas conduções, sendo uma delas a mais cara, sentiu os reflexos do reajuste de modo menos significativo. “Claro que impacta as contas no fim do mês, já que pagamos passagem integral e não debitamos do funcionário. Mas não de modo drástico quando tenho apenas funcionários daqui e de São Gonçalo”, explica.


INOVAÇÃO

O ano ainda nem começou

O

ano ainda nem começou (no Brasil só começa depois do Carnaval, certo?) e os indicadores já estão sendo divulgados: recessão a caminho, bolha imobiliária, confusão na copa, eleições e, é claro, quem mais vai sentir o resultado disso tudo é o mercado, o varejo, o lojista, pois o financeiro está despencando de forma drástica, parando quaisquer novas iniciativas, e reduzindo linhas de crédito... Que cenário pessimista, né? Será que devemos então simplesmente nos trancar em casa e esperar deprimidos pelo furação? Olha, eu acabei de voltar da Campus Party 2014, em SP, um evento realizado com milhares de pessoas, foco em inovações, tecnologias, economia criativa, e sobretudo jovens. Jovens cheios de entusiasmo, de idéias, de otimismo. Jovens que desejam mudar o mundo. Jovens que estão vendo além do pessimismo do mercado, criando soluções que pretendem resolver problemas e

melhorar a vida de todos. Jovens que não acreditam nessa onda de pessimismo. Na verdade eles contribuem para contorná-la. Foram mais de 200 “Start-Ups” presentes. Novas empresas sendo criadas com ideias inovadoras. A convite do SEBRAE, eu tive o privilégio de falar com pelo menos 20 destas Start-Ups. O Canal Globo News divulgou um vídeo com algumas dessas entrevistas, o que reforça uma motivação do mercado: VAMOS PENSAR FORA DA CAIXA! O que eu vejo é uma onda de reclamações, reclamações e reclamações... Quando pergunto ao empresário o que ele está fazendo para mudar, para inovar, a questão fica sem resposta. Geralmente culpam o governo, culpam os impostos, culpam os fornecedores... Até os clientes estão sendo culpados! Então eu volto à pergunta e falo: “Ok, isso todo mundo sabe. A questão é o que você pretende fazer para sair deste cenário?” E fico sem resposta... Senhores, na confusão, nossos an-

cestrais (desde a época das florestas) nos ensinaram: fuja ou ataque! Estou vendo a maioria fugindo. Atacando? Poucos. E o que é “atacar” no mercado? É inovar, é fazer diferente, é buscar formas, processos, iniciativas de fazer negócios que não estão sendo feitos. Enquanto muitos fogem, alguns poucos atacam o mercado de forma inovadora, e conseguem novas aberturas, oportunidades, e, pasmem: lucro! O ditado já diz: “Quem faz o que sempre fez, tem o que sempre teve” (ou algo assim...) E você? Anda reclamando e fugindo, ou inovando e atacando novas oportunidades? Forte abraço e até a próxima!

O LOJISTA . 41


CIDADES

De quem é a culpa dos altos preços? Empresários analisam evento-hit do verão carioca, o Isoporzinho

A

o sentar-se no bar e pedir um garrafa de cerveja e alguns, petiscos poucas pessoas pensam sobre o quanto de impostos pagam sobre aqueles produtos. Atualmente, as alíquotas de PIS, Cofins e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) chegam a 81,87% do preço final de determinadas bebidas. Isso sem contar o preço dos alimentos, dos serviços como água, luz e aluguel, serviços como segurança e até mesmo o de limpeza da rua, taxas pagas ao ECAD, pagamento de funcionários, entre outros, que acabam sendo repassados aos consumidores. Recentemente, o movimento popular surgido em redes sociais, o Isoporzinho, fez barulho, literalmente, no Polo Gastronômico do Jardim Icaraí. Uma página do evento publicada no Facebook convocava o público a se encontrar em frente às casas da região na noite do último dia 1°, para, segundo o texto, “fugir dos altos preços nos bares da cidade”, e justificava a escolha do local “devido a esse ser o foco da exploração”. Na visão do empresário Adalberto

42 . CDL NITERÓI

Caveari, sócio-proprietário do Boteco Confraria e do Botequim Salve Simpatia, que chegou a se manifestar na página do evento no Facebook a favor do movimento, o protesto não refletiu sobre os altos custos de manutenção dos estabelecimentos comerciais. “Hoje emprego, em cada casa, cerca de 30 funcionários. Além de todos os encargos trabalhistas, também preciso lidar com questões que o cliente não identifica no primeiro momento, como a manutenção dos equipamentos, a segurança do local, a limpeza dentro e fora da minha loja, entre outras. Eu vendo alimentação, bebida e também entretenimento ”, defende Adalberto, que como seus vizinhos disponibilizou o uso dos banheiros para os participantes. “Eles poderiam inclusive ter usado nossas lixeiras, afinal, estão à disposição de todos, ao invés de deixarem a rua suja, como ficou”, observa Adalberto. Se a intenção dos participantes/ manifestantes era comprometer o funcionamento dos empresários do ramo, frustraram-se. Alguns representantes dos estabelecimentos locais afirmaram que não alteraram suas

rotinas nem sentiram prejuízos com o pretenso boicote popular. O Queen Jardim, através de seu porta-voz, afirmou que mantiveram a rotina de trabalho de sempre, “atendendo os clientes com eficiência e qualidade”. Arriscam até dizer que o “faturamento do dia tenha sido melhor do que o normal porque muitos participantes acabaram sentando à mesa dos estabelecimentos para consumir em determinado momento”. Houve até quem comemorasse, como informou a gerência do Spicy através de sua assessoria de imprensa. “Na realidade, chegamos a observar um aumento de consumo e frequência de 10% para seu público habitual de sábado”, de acordo com nota divulgada.


JUSTIÇA TRIBUTÁRIA

A hora e a vez da Justiça Tributária

A

pós tempos tormentosos, marés tributárias balançando as galés empreendedoras que sempre navegam em busca de portos mais seguros, chegou a hora de pisar em terra firme: O Supremo Tribunal Federal finalmente vai julgar a ADC n° 18. Atrás dessa singela sigla, pode estar uma oportunidade única para as empresas: a recuperação do PIS e da COFINS pagos indevidamente, relativos aos últimos cinco anos. Explique-se: A Presidenta da República, por meio da Ação Declaratória de Constitucionalidade n°18 - mecanismo pelo qual o governo federal pretende que uma norma seja declarada como estando em total sintonia com a Constituição Federal - deseja que o STF se pronuncie pela adequação da Lei n° 9.718/98 - mais precisamente do seu artigo 3° - ao disposto no artigo 195, I da Carta Magna.

O Planalto quer continuar fazendo com que o ICMS e o ISS pagos pelas empresas continuem integrando a base de cálculo do PIS/COFINS. Nos idos de 2007, já prevendo uma vergonhosa derrota quando da leitura dos votos proferidos no Recurso Extraordinário n° 240.785, o Governo, numa atitude que evidencia a sua grande preocupação, ingressou com a citada ADC n°18, paralisando assim o julgamento daquele Recurso. A chance de procedência da Ação Declaratória é pequena, em razão exatamente do posicionamento já sinalizado pelo Supremo quando do julgamento do RE n° 240.785. Ou seja, muito provavelmente a nossa Corte Maior deliberará pela inconstitucionalidade da integração do ICMS e do ISS quando da apuração da receita da empresa, para fins de pagamento do PIS/COFINS. Só que subsiste um detalhe de suma importância para o empreendedor: o

STF provavelmente modulará os efeitos de sua decisão, conferindo-lhe efeitos futuros, no intuito de evitar grandes prejuízos ao Erário Federal. O empresário que ingressar com ação judicial até a definição do caso pelo Supremo garante que, caso a ADC n°18 seja julgada improcedente, os efeitos desse julgamento toquem-no com efeitos retroativos, de modo que sua empresa possa compensar o PIS/COFINS pago indevidamente nos últimos cinco anos. É a hora de pagar o justo. É a vez da Justiça Tributária sendo feita. Dessa vez, com a solidez e a firmeza que só o Supremo Tribunal Federal pode proporcionar. Bons negócios! Dr. José Carlos Oliveira de Carvalho Dr. Dimitri Bogéa Tel. (21) 3125-7164 / 99858-0218 www.oliveiraecarvalho.com

O LOJISTA . 43


ÍNDICE INFORMATIVO

SALÁRIO FAMÍLIA

SALÁRIO MÍNIMO

JAN Salário até 682,50 = 35,00 Sup. a 682,51 e Inf. a 1.025,81 = 24,66

REGIÃO

VALOR (R$)

** Nacional

R$ 724,00

DEZ Salário até 646,55 = 33,16 Sup. a 646,56 e Inf. a 971,78

* Regional-RJ Faixa I

R$ 763,14

De R$ 1.787,78 a 7,5% R$ 2.679,29

Regional-RJ

Faixa II

R$ 802,53

NOV Salário até 646,55 = 33,16 Sup. a 646,56 e Inf. a 971,78

Regional-RJ

Faixa III

R$ 832,10

Regional-RJ

Faixa IV

R$ 861,64

OUT Salário até 646,55 = 33,16 Sup. a 646,56 e Inf. a 971,78

Regional-RJ

Faixa V

R$ 891,25

De R$ 2.679,30 a R$ 3.572,43 De R$ 3.572,44 a R$ 4.463,81 Acima de R$ 4.463,81

Regional-RJ

Faixa VI

R$ 918,25

SET Salário até 646,55 = 33,16 Sup. a 646,56 e Inf. a 971,78

Regional-RJ

Faixa VII

R$ 1.079,83

Regional-RJ

Faixa VIII

R$ 1.491,69

AGO Salário até 646,55 = 33,16 Sup. a 646,56 e Inf. a 971,78

Regional-RJ

Faixa IX

R$ 2.047,58

2012

IMPOSTO DE RENDA

* Começou a vigorar no dia 03/03/2013 ** Começou a vigorar no dia 01/01/2014

MAR Salário até 608,81 = 31,22 Sup. a 608,81 e Inf. a 915,05 - 22,00

Base de Cálculo R$ 1.787,77

Alíquota Isento

POUPANÇA CORREÇÃO Parcela a deduzir

Dia

Índice

15%

R$ 335,03

22%

R$ 602,96

27,5%

R$ 826,15

Deduções: a) R$ 179,71 por dependente; b) dedução especial para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com 65 anos ou mais: R$ 1.787,77; c) contribuição mensal à Previdêncial Social; d) pensão alimentícia paga devido a acordo ou sentença judicial. Obs: Para calcular o imposto a pagar, aplique a alíquota e deduza a parcela corresponde à faixa. Esta nova tabela só vale para o recolhimento do IRPF este ano. Taxa Selic para correção da 7ª parcela de devolução do IR: 5,88% Taxa Selic para correção do pagamento da 8ª cota do IR:5,16% Fonte: Secretaria da Receita Federal - RJ

0,5257% 0,515% 0,5082% 0,5345% 0,5756% 0,567% 0,5721% 0,538% 0,5013% 0,5191% 0,5443% 0,5593% 0,5505% 0,5738% 0,5081% 0,5% 0,5088% 0,5337% 0,5728% 0,5486% 0,5625% 0,5764% 0,5482% 0,5377% 0,6132% 0,6132% 0,6132%

5/Jan/14 6/Jan 7/Jan 8/Jan 9/Jan 10/Jan 11/Jan 12/Jan 13/Jan 14/Jan 15/Jan 16/Jan 17/Jan 18/Jan 19/Jan 20/Jan 21/Jan 22/Jan 23/Jan 24/Jan 25/Jan 26/Jan 27/Jan 28/Jan 29/Jan 30/Jan 31/Jan

Até 3/5/12 1/Fev 2/Fev 3/Fev 4/Fev 5/Fev 6/Fev 7/Fev 8/Fev 9/Fev 10/Fev 11/Fev 12/Fev 13/Fev 14/Fev 15/Fev 16/Fev 17/Fev 18/Fev 19/Fev 20/Fev 21/Fev 22/Fev 23/Fev 24/Fev 25/Fev 26/Fev 27/Fev 28/Fev 1/Mar 2/Mar 3/Mar

ABR Salário até 608,81 = 31,22 Sup. a 608,81 e Inf. a 915,05 = 22,00 MAI Salário até 608,81 = 31,22 Sup. a 608,81 e Inf. a 915,05 = 22,00 JUN Salário até 608,81 = 31,22 Sup. a 608,81 e Inf. a 915,05 = 22,00 JUL Salário até 608,81 = 31,22 Sup. a 608,81 e Inf. a 915,05 = 22,00 AGO Salário até 608,81 = 31,22 Sup. a 608,81 e Inf. a 915,05 = 22,00

44 . CDL NITERÓI

INSS - FEVEREIRO 2014 Salário De Contribuição (R$) Até 1.317,07 de 1.317,08 a 2.195,12 de 2.195,13 a 4.390,24

ALUGUEL - REAJUSTE - 2014 Alíquota (%) 8% 9% 11

Obs.: Percentuais incidentes de forma não cumulatica (artigo 22 do regulamento da Organização e do Custeio da Seguridade Social)

Trabalhado autônomo Para o contribuinte indivuidual e facultativo, o valor da contribuição deverá ser de 20% do salário-base (R$ 1.317,07 e R$ 4.390,24). Contribuição mensal mínima de R$ 144,80 e máxima de R$ 878,04

Índice

Índice

Com aplicação

A partir de 4/5/12 0,5257% 0,515% 0,5082% 0,5346% 0,5756% 0,567% 0,5721% 0,538% 0,5013% 0,5191% 0,5443% 0,5593% 0,5505% 0,5738% 0,5081% 0,5% 0,5088% 0,5337% 0,5728% 0,5486% 0,5625% 0,5764% 0,5482% 0,5377% 0,6132% 0,6132% 0,6132%

Até 3/5/12

----R$ 134,08

Dia

Com aplicação

DEZ/13

JAN/14

IGPM (FGV)

1,0551

1,0566

IGP-DI (FGV)

1,0552

1,0562

IPCA (IBGE)

1,0591

1,0559

INPC (IBGE)

1,0556

1,0526

INDICADORES

0,6132% 0,6104% 0,5792% 0,576% 0,603% 0,6155% 0,6131% 0,6137% 0,5936% 0,5846% 0,5785% 0,6056% 0,6088% 0,61% 0,6425% 0,5933% 0,5809% 0,5863% 0,6144% 0,6092% 0,6401% 0,6366% 0,5918% 0,5624% 0,5487% 0,5769% 0,64% 0,6321% 0,554% 0,554% 0,5589%

A partir de 4/5/12 0,6132% 0,6104% 0,5792% 0,576% 0,603% 0,6155% 0,6131% 0,6137% 0,5936% 0,5846% 0,5785 0,6056% 0,6088% 0,61% 0,6425% 0,5933% 0,5809% 0,5863% 0,6144% 0,6092% 0,6401% 0,6366% 0,5918% 0,5624% 0,5487% 0,5769% 0,64% 0,6321% 0,554% 0,554% 0,5589%

Obs.: De acordo com norma do Banco Central, os rendimentos dos dias 29, 30 e 31 correspondem ao dia 1º do mês subsequente. Fonte: Banco Central doBrasil

OUT/13

NOV/13

DEZ/13

JAN/14

Unidade Fiscal de Referência (UFIR-RJ)

R$ 2,4066

R$ 2,4066

R$ 2,4066

R$ 2.5473

Unidade Padrão de Capital (UPC)

17,45

R$ 17,45

R$ 17,45

R$ 22,36


CAPACITAÇÃO

Sebrae oferece cursos para comerciantes Entidade auxilia e capacita trabalhadores

C

riado em 1972 para auxiliar na capacitação e promoção do desenvolvimento aos pequenos negócios de todo o país, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o Sebrae, chega em 2014 firme em seu propósito. Com uma ampla agenda de cursos de formação e aperfeiçoamento de

práticas empreendedoras, a instituição possibilita a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos de micro e pequeno porte. Em Niterói, quem presta suporte ao Sebrae e oferece alguns dos cursos para seus associados é a Câmara dos Dirigentes Lojistas. O curso de Técnicas de Vendas abordou temas como a

importância da venda consultiva, os próximos cursos são de Análise e Planejamento Financeiro (17 à 21/02), e em março, é a vez de aulas sobre Formação de Preços (10 à 14/03) e Construindo um Pequeno Grande Negócio (10 à 21/03). Realizados em salas de aula ou pela internet, os cursos são os mais variados, e até mesmo atendem demandas direcionadas, como os que fazem parte do programa Sebrae 2014, voltados para a capacitação do varejo e outros setores para a Copa do Mundo, em junho. Além disso, há também eventos como o Empretec, um seminário desenvolvido pelas Nações Unidas e realizado no Brasil em parceria com o Sebrae que ao longo de uma década já ajudou empresários a terem uma visão mais clara de suas atividades, gerando mudanças de comportamento e, sobretudo autoconfiança. Dedicado a empresários, profissionais e pessoas interessadas em montar seu próprio negócio, o seminário estimula e desenvolve as características individuais do empreendedor, de forma a propiciar sua competitividade e permanência no mercado.

O LOJISTA . 45


CAPACITAÇÃO

Está previsto para maio um novo ciclo de palestras do Empretec em São Gonçalo, e outros dois em Niterói, em agosto e setembro, respectivamente. Na semana passada, mais de 350 empresários do Leste Fluminense se reuniram na sede da Câmara de Dirigentes e Lojistas de Niterói (CDL), para participarem de um seminário do Empretec – metodologia voltada para o desenvolvimento de

46 . CDL NITERÓI

características de comportamento empreendedor da Organização das Nações Unidas (ONU) – e realizado com exclusividade no Brasil pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “A capacitação, que possui carga horária de 60 horas, divididas em seis dias seguidos, é destinada a empresários, empreendedores, profissio-

nais liberais e universitários que desejam abrir um negócio ou melhorar um já existente. O treinamento une aspectos da conduta empresarial e exercícios práticos que contribuem para aperfeiçoar as habilidades do empreendedor na criação e condução de negócios”, explica o coordenador do Sebrae do Leste Fluminense, Américo Diniz.


COLUNA

O LOJISTA . 47



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