Fale Mais Sobre Isso I 18ª edição

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edição 18 | 2015

A sociedade é o reflexo do comportamento de todas as pessoas. E isso pressupõe o seu comportamento também.

Compor tamento: A nossa marca no mundo

pag. 22

Orientação Profissional A coragem em se escolher com o que trabalhar. pag. 14

Psicanálise

Espiritualidade

Para que serve a criação de Freud?

O que nos ensina a finitude da matéria?

pag. 30

pag. 10



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Toda sociedade é aquilo que os homens fazem dela - e aquilo que os homens fazem, o fazem por meio de seus comportamentos. Falar sobre comportamento humano, portanto, importa se quisermos entender o porquê de a sociedade ser como é e ter as características que tem. Ela não é, senão, o reflexo dos pensamentos, das crenças, escolhas e ações dos homens. Por isso, o artigo presente à página 22 desta edição é uma grande contribuição da Psicologia à melhoria da sociedade e da nossa sociabilidade. Leia-o e reflita sobre a responsabilidade que todos temos na construção de uma humanidade melhor – principalmente se levarmos em consideração que os filhos são imensamente influenciados pelos pais no desenvolvimento dos seus próprios comportamentos. Boa leitura!

sumário Fontes

05 Notícias, descobertas e contribuições da Internet

Saúde Mental | Comportamento 10 Haja Trabalho

Saúde Mental

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12 Meu filme 14 O Auto conhecimento e a Informação na Orientação Profissional: enfoque na abordagem sócio-histórica 36 Veja o que diz quem fez psicoterapia

Saúde Ampliada

18 Smartphones ocupam cada vez mais espaço em nossas vidas 20 Treinar é preciso, mas acompanhar o desenvolvimento é essencial. 28 Ciranda 40 Fotografia: Com açúcar e com afeto contra o relógio 32 Sororidade

Capa

22 Comportamento: A nossa marca no mundo

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Expediente

Consultório

26 Os sonhos e a vida psíquica 30 Para que serve a psicanálise? 32 O presente é agora.

Coordenação e Revisão Técnica: Leonardo Abrahão - Psicólogo (CRP/04 36232) Diagramação: Miguel Neto Comercial: 34 9966.1835 | 9221.6622 Tiragem: 1.000 unidades

Mais da Fale Mais Sobre Isso:

Impressão e Pré Impressão: Gráfica Brasil - Uberlândia/MG Distribuição: Entrega gratuita e dirigida | Udia/MG

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Fontes

Notícias, descobertas e contribuições da Internet

Janeiro Branco 2015 apresenta balanço positivo Com o objetivo de colocar em evidência o tema “Saúde Mental”, foram realizadas em Uberlândia (MG) cerca de 50 palestras para um público estimado em mais de quatro mil pessoas no primeiro mês deste ano. A segunda edição da Campanha Janeiro Branco, promovida por psicólogos e profissionais da área da saúde em Uberlândia, chegou ao fim com balanço positivo.

com a participação de psicólogos e estudantes do curso Técnico em Enfermagem da cidade, mobilizaram inúmeras pessoas e visaram conscientizar sobre as condições que permitem ao ser

Com o objetivo de incentivar a reflexão sobre o tema “Saúde Mental” de forma mais abrangente, envolvendo as condições que contribuem para um psiquismo e uma sociabilidade saudáveis, diversas ações foram realizadas na cidade ao longo do primeiro mês do ano.

humano viver em sociedade de forma satisfatória.

Segundo estimativa dos organizadores da Campanha, cerca de 50 palestras foram realizadas em escolas, hospitais, salas de espera, empresas de Uberlândia e Ministério Público de Minas Gerais, para um público estimado em torno de quatro mil pessoas. Além disso, ações nas Praças Sérgio Pacheco e Tubal Vilela,

“Janeiro Branco, em 2015, conseguiu duas coisas importantes: acessar tanto cidadãos comuns em praças públicas, quanto autoridades da cidade através das palestras que ocorreram. Por meio disso, novas parcerias estão sendo firmadas, fortalecendo a proposta da campanha, que é colocar o psiquismo humano na ordem do dia e das atenções de quem detêm o poder de influenciar a sociedade”, disse o psicólogo e idealizador do Janeiro Branco, Leonardo Abrahão.

Para saber mais, acesse: www.janeirobranco.org e www.facebook.com/janeirobranco

Idosos ganham rosas para se lembrar que são amados Dia 14 de fevereiro, Dia dos Namorados nos Estados Unidos e em vários países europeus, 3.200 idosos de Denver (EUA) foram surpreendidos com rosas. A ação, chamada de #cupidcrew, ou #equipecupido, foi organizada pela organização sem fins lucrativos Wish of a Lifetime e teve o apoio do lar de idosos Denver Hospice, além da participação de voluntários. Segundo a Wish of a Lifetime, 10,5 milhões de idosos vivem sós nos EUA e muitos deles se queixam da solidão. Para amenizar um pouco esse sentimento, a organização teve uma ideia simples: trocar uma rosa por um sorriso de alguns dos senhores e das senhoras de Denver “para que eles sem lembrem que são amados”. Para fazer parte da #equipecupido, era preciso doar 14 dólares (R$ 39,75) e, no sábado, ajudar a entregar as 3.200 rosas aos idosos da região. Fonte: Catraca Livre

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Selfie Entre os dias 28/02 e 01/03 (2015), os uberlandenses puderam conferir a peça "Selfie", com os atores Mateus Solano, Miguel Thiré e direção de Marcos Caruso.

8 razões pra começar a correr Precisa de motivação para iniciar uma rotina de exercícios? Confira essa lista criada pela Ana Freitas, escritora da Revista Galileu Correr exige esforço e disciplina no início, mas depois se torna praticamente um vício, do qual não se consegue permanecer distante. Na boa: se eu consegui tomar gosto pela coisa, você consegue. E existem muitos motivos pra que você compre um par de tênis, shorts, uma camiseta leve e saia de casa: 1. Dá pra fazer em qualquer lugar Por mais que muita gente tenha hábito de pegar uma academia pra se exercitar, correr é o mais democrático dos esportes, porque ele pode ser feito em qualquer lugar. Se você viajar a trabalho, tirar férias ou estiver em qualquer outro contexto, ainda assim pode sair pra correr. 2. É um tempo seu com você mesmo Você pode correr em grupo, mas uma coisa que eu gosto sobre a corrida é que ela se torna um exercício profundo de concentração, de relação com o corpo e com os movimentos e de reflexão da sua vida. A gente tem, hoje em dia, raros momentos em que estamos sozinhos - especialmente quem tem mania de smartphone. Correr possibilita isso. 3. Para se relacionar de maneira mais próxima com a cidade, a arquitetura e as condições de acessibilidade Se você anda muito de carro, talvez não tenha a visão do pedestre, importantíssima pra compreender sua cidade como um lugar que deve ser feita não para carros, mas para pessoas. Você vai perceber problemas de acessibilidade nas calçadas, vai notar mais espaços de convivência

social e lazer livre, como parques e praças. 4. Porque é bom pra saúde Dessa parte, voce está cansado de saber: correr (com acompanhamento médico e do jeito certo, claro) faz bem pro coração, pros pulmões, pra oxigenação das células, pros ossos e até pra depressão. 5. Porque elimina gordura e te faz perder peso 5e você quer também garantir essa parte da sua saúde, a corrida não te deixa na mão. Claro que esse é um dos principais motivos pelos quais as pessoas se exercitam, mas com tantos outros, isso se torna apenas um detalhes. 6. Porque te deixa feliz, concentrado e produtivo A ciência já comprovou: correr também melhora sua concentração e foco, sua produtividade em casa e no trabalho e sua satisfação geral com a vida, aliviando o stress, por exemplo. 7. Porque você dorme melhor As substâncias liberadas durante uma corrida também te ajudam a ter um sono mais pesado e completo durante a noite.

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Curiosa e paradoxalmente, a peça que defende uma necessidade quase humanitária de voltarmos a uma vida mais "off line" - conta com o patrocínio de uma empresa de telecomunicações que aproveitou o espetáculo para fazer merchandise do seu novo produto: "Sempre On". Apesar dessa significativa contradição (compreensível quando levamos em consideração os conceitos de Indústria Cultural desenvolvidos pela Escola de Frankfurt), a peça levou centenas e centenas de pessoas a muitas gargalhadas e a vários momentos de identificação com os temas tratados: novas tecnologias substituindo as relações presenciais entre as pessoas, novas tecnologias esgotando e comprometendo a Saúde Mental das pessoas e as tornando reféns da onipresença de informações, comandos e solicitações alheias em suas vidas.

8. Porque você consegue Acho que uma das coisas mais legais, pra mim, foi quando corri meus primeiros 5km em 40 minutos. Me lembrei que, quando era criança, com os brônquios rapidamente inflamados, não corria mais de um minuto sem me cansar. Depois de 40 minutos sem parar, me senti muito bem comigo mesma e capaz de alcançar outros objetivos. Fonte: revistagalileu.globo.com

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A peça, um a com é di a, promove uma crítica certeira a respeito de como os homens, por meio das novas tecnologias virtuais e, em especial, dos smartphones, deixaram-se sequestrar por uma vida marcada pela hiperconectividade e a sua falta de sentido existencial.

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Fonte: Divulgação



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Fontes

Protagonizado por Marieta Severo, ‘Incêndios’ inicia turnê por Uberlândia (MG) Após 19 prêmios conquistados e oito meses em cartaz no Rio de Janeiro com ingressos esgotados para todas as sessões, o espetáculo, dirigido por Aderbal Freire-Filho, será apresentado nos dias 06, 07 e 08 de Março no Teatro Municipal. Denso e comovente, ‘Incêndios’ de Aderbal Freire-Filho é a primeira montagem brasileira do autor libanês, Wajdi Mouawad - apontado como um dos grandes nomes da dramaturgia contemporânea, já tendo sido também adaptado para o cinema com direção do canadense Denis Villeneuve e indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Neste drama relacionado às tragédias gregas, Marieta Severo interpreta uma mulher de origem árabe que migra para o Ocidente com o casal de filhos gêmeos, para os quais deixa em testamento uma missão: encontrar o pai, julgado morto, e um irmão de quem eles nunca ouviram falar. Esse é o ponto de partida para uma história emocionante que conta também com a atuação de Felipe de Carolis, Keli Freitas, Márcio Vito, Kelzy Ecard, Fabianna de Mello e Souza, Isaac Bernat e Flávio Tolezani. ‘É o desafio de fazer um épico, explorar as possibilidades deste gênero e interpretar as variadas idades e fases da personagem’, avalia a protagonista do espetáculo vencedor do prêmio Shell de Melhor Direção, recordista de indicações ao prêmio APTR, por meio do qual conquistou quatro das dez categorias nas quais concorreu, e eleito um dos cinco melhores de 2104 pelo crítico da Veja de São Paulo, Dirceu Alves Jr.

S erviço: O quê: Espetáculo ‘Incêndios’ Quando: 06, 07 e 08 de Março de 2015 Onde: Teatro Municipal - Av. Rondon Pacheco, 7070 –Udia/MG Ingressos à venda: Greta Cauê Maison Av. Rondon Pacheco, 1413 – Uberlândia (MG) Fonte: www.cicloascom.com

Emoção positiva marca relato de parto normal após cesárea A análise crítica do discurso de relatos de mulheres, no Brasil e nos EUA, que tiveram parto normal (vaginal) após uma ou mais cesáreas — o chamado VBAC (sigla em inglês para vaginal birth after c-section) — revela o resgate do universo feminino, o aumento do conhecimento sobre si mesmas e seus corpos, além de gerar empoderamento. Os dados estão na tese de doutorado da professora universitária Luciana Carvalho Fonseca (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP). Os discursos dos relatos revelam mulheres seguras, felizes, satisfeitas e em paz com o próprio corpo, e que sofreram profundas transformações — todas muito positivas — por conta do VBAC. “Ocorre uma reconstrução da própria biografia: elas reconhecem que a cesárea anterior

foi desnecessária e, com isso, vão se fortalecendo. Há um empoderamento que as tornam mais fortes”, conta. Luciana encontrou palavras como “renasci“, “guerreira“, “mulher maravilha“, além de frases como: “Parir é como escalar o Everest“, “Parir é como correr um maratona”, “Eu pari quando o mundo todo disse que eu não conseguiria” ou “Me sinto uma rainha“, entre outras. “No Brasil, o número total de cesáreas aumentou 400% nos últimos 40 anos: de 14,5% em 1970, para 52% em 2010, sendo que, apenas no setor privado, as cesáreas respondem por 88% dos nascimentos. Nos Estados Unidos, cerca de 75% dos nascimentos são por parto normal, contra 25% de cesáreas. A recomendação da Organização Mundial de Saúde é que a taxa de cesárias fique entre 10% e 15%”,

informa Luciana. Segundo a pesquisadora, a literatura científica mostra que o parto normal é possível após cesárea. “O risco de haver uma ruptura uterina é de aproximadamente 0,7%”, esclarece. Entretanto, essas mulheres ouvem de seus médicos que os riscos são muito altos: as informações e orientações que elas recebem as direcionam para desistir do parto normal. Como querem muito o VBAC, elas começam a pesquisar e a se informar e percebem que estão diante de dois discursos antagônicos: um é o do ginecologista/obstetra, baseado em sua experiência pessoal e que as direciona para a cesárea; e o outro baseado em evidências científicas da academia, que aponta o VBAC como possível. Fonte: Agência USP de Notícias

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saúde Mental | Espiritualidade

Haja trabalho TEXTO

Leonardo Abrahão

Psicólogo | leonardoabraopsi@yahoo.com.br

Estou, como deveria, aproveitando o tempo que possuo para cuidar da minha Saúde Espiritual, vivendo como deveria viver quem tem consciência do que é a realidade? Posso dizer que isso já vinha acontecendo há algum tempo, mas, neste ano, as circunstâncias da vida revelaram-me com maior clareza as tonalidades desse quadro que ando pintando em minha atual existência. Há algum tempo, venho, crescentemente, me desinteressando por festas, comemorações, conversas sem maiores propósitos, futilidades em geral e formalidades vazias, como vestimentas sociais e protocolos fundamentados em hierarquias, costumes e estratificações sociais. Alguns podem dizer que estou ficando chato e velho. Outros podem dizer que estou ficando sem graça e desinteressante. Podem, inclusive, dizer que es-

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tou ficando deprimido ou antissocial. Eu, por minha vez, acho que estou ficando mais maduro - mas somente o amanhã poderá me dar essa resposta. De qualquer maneira, sei que estou ficando diferente. Sinto isso no dia a dia e a cada dia que passa. E, de qualquer forma, mais uma vez, sinto que estou gostando – o que é bom, pois, no fundo, gostar do que se é e se transformar no que verdadeiramente se é, é o caminho para o fim das angústias e dilemas com que gastamos grande parte da vida nos debatendo. Isso me lembra a máxima de Delfos, “conheça-te a ti mesmo” e, ainda, o verso de Píndaro, “homem: transforma-te em quem tu és”.

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Penso – há muito e, agora, ainda mais – que esse processo está se aprofundando e, à medida que se aprofunda, mais fundo parece poder chegar. Como eu disse, posso afirmar que isso já vinha acontecendo há algum tempo, mas um acontecimento há alguns meses carregou nas tintas dos meus novos dias. No início deste ano, um dos meus melhores amigos teve que abrir mão de seu pai nessa vida e, de uma hora para outra, aceitar a realidade de que seu amado herói havia partido de volta ao plano espiritual. Desde então, me pego pensando em qual é o sentido de todas as coisas com as quais nos ocu-


saúde Mental | Espiritualidade

pamos quando não estamos ocupados com a partida do nosso próprio pai ou de quem amamos como a um pai. O meu pai ainda não realizou essa viagem, mas a viagem de volta realizada pelo pai do meu amigo teve, sobre mim, o impacto suficiente para me conduzir ainda mais fundo ao que sou ou ao que estou me transformando: um desinteressado pelas ilusões da vida. Em outras palavras, a morte do corpo de uma pessoa tão querida a mim, abriu-me olhos que não estavam abertos e deu maior sentido a várias e várias intuições com que, há tempos, venho dialogando: riquezas, prazeres fugazes, comodidades, facilidades, conveniências, vantagens, poderes, apegos, propriedades e privilégios não passam de ilusões. Ilusões que, como todas e quaisquer ilusões, alimentam-se de fantasias e desconhecimentos que nos afastam da realidade. De qual realidade? A realidade da transitoriedade da matéria, da superficialidade das experiências empíricas proporcionadas pelos nossos sentidos, da falta de sentido de uma vida dedica-

da ao acúmulo material e marcada pela indigência espiritual e, principalmente, da falta de sentido de não considerarmos a realidade espiritual (ou metafísica, se preferir) como a mãe de todas as realidades. Assim como a Saúde Mental é a mãe de todas as formas de Saúde, a Saúde Espiritual é a avó de todas elas. E, então, o sofrimento de meu amigo frente à partida do pai faz com que eu me pergunte: estou, como deveria, aproveitando o tempo que possuo para cuidar da minha Saúde Espiritual, vivendo como deveria viver quem tem consciência do que é a realidade? Ao ver o magnífico pai do meu amigo deitado e ciente de que seu espírito já havia cumprido seu tempo entre nós, comecei a me perguntar: tenho feito o que deveria fazer uma vez que ainda estou de pé e na condição de corpo e espírito ainda unidos? Se ainda tenho tempo para fazer alguma coisa de verdadeiramente útil e produtivo aos que necessitam, será que tenho aproveitado esse tempo com o qual a vida ainda me brinda com avalanches de recursos e oportunidades? Se meu corpo ainda

ouve, ainda fala, ainda sente e ainda toca – e tudo isso por que o meu espírito ainda o alimenta e o anima -, será que ando o utilizando em benefício de quem precisa ser ouvido, orientado, sentido e tocado? Será que, quando for eu a pessoa deitada, estarei ao meu próprio lado satisfeito e orgulhoso em relação às tarefas que deveria cumprir, sabendo-as cumpridas como as sabia o pai do meu amigo, sua família e todos os presentes, visíveis e invisíveis? Às dúvidas que não cessam, tenho intuído que posso oferecer apenas uma resposta: o trabalho. O trabalho que, ao ser dedicado ao mundo externo que me rodeia e me aceita, mais opera em meu mundo interno ainda repleto de egoísmos, vaidades, orgulhos e covardias. Se há muito a ser feito fora de mim, imagina o que ainda tenho de avançar dentro do meu próprio universo primitivo e inferior? Nem consigo mensurar, mas a experiência junto ao meu amigo e seu admirável pai deram-me uma noção quando constatei que ainda estou de pé junto ao meu espírito deveras atrasado: haja trabalho.

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saúde Mental | Depoimento

Meu filme

Às vezes, escrever sobre suas questões ajuda as pessoas a lidarem com elas. Conheça a história de Ricardo Neto, um jovem de Cuiabá que nos enviou seu tocante e irretocado depoimento.

Meu nome é Ricardo Neto, 20 anos, moro em Cuiabá e a minha história é formada mais por conflitos internos do que os de externos. Sempre fui um ser introspectivo, apesar de que atualmente eu aparente ser ao contrário. Fui a muito tempo calado. Que segurava as ‘barras’ da vida por mim mesmo por não querer gerar conflitos. E por isso, por ter guardado tantas coisas em mim, me levou a ter uma crise que para mim foi um grande ensinamento. Eu não tinha uma certa habilidade social, então, eu não conseguia expressar da forma como eu queria e por isso, sofria bullying por não saber ser assertivo e a partir daí criei crenças disfuncionais. E com isso, como uma válvula de escape, desenvolvi certos vícios que me prejudicaram psicologicamente. Um desses vícios foi o do computador. Jogava muito um jogo de ‘relações virtuais’ e, em consequência, apresentei alguns episódios de depressão, só que eu não procurei ajuda psicológica na época por falta de estrutura. Depois disso tudo, comecei a ser mais bem ‘enturmado’. Tive um namoro bem ‘bipolar’ e que depois de tantas brigas e términos, usei maconha como fuga para aliviar a dor. Em consequência disso e de mais uso de outras drogas como a bebida, eu apresentei gradualmente surtos e foi aí que a ajuda da psicologia estava mais do que necessária. Não consegui nem sequer terminar o primeiro período de história e além disso tive algumas paranoias terríveis que me fez ficar muito depressivo. Obtive então acesso à psicologia. As minhas primeiras terapias foram de certo modo ‘estranhas’ pois eu não gostava de relembrar algumas coisas mas aos poucos conseguia me abrir. E isso foi crucial. Tive 2 psicólogos e atualmente estou indo em uma que foi essencial para minha saúde mental. Ambos foram muitos importantes para eu me conhecer melhor e a iluminar o meu ‘campo visual psicológico’ e ter a consciência de que só eu que tenho que enfrentar as ‘visões’ e os ‘caminhos’ do meu psique. Por vários episódios do meu filme, tive lentes distorcidos pois tive um enfrentamento/aprendizagem que me levou a isso. Mas o legal da vida, é que, você adapta e... Bum! No piscar dos olhos vc muda as suas crenças e passa ter outras visões sobre o mundo! Antes enxergava que o mundo era totalmente competitivo... Sim, o mundo é competitivo, ainda penso nisso mas... não da forma absoluta como antes. As pessoas são boas pois a necessidade da natureza essencial delas é ter empatia como o grande psiquiatra Gabor Maté disse. Enfrentar a minha adicção, os meus transtornos (seja borderline, depressivo, ansiedade social) no dia-a-dia, tendo consciência de que

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posso recair é ter que batalhar com monstros internos que sempre aparecerão para me derrubar, só que agora, estou mais preparado e os derrubo todos os dias atualmente... Isso é tão bom! Sou grato primeiramente a minha consciência, a minha família Rui Julio,Mirma Barcelos e da ajuda de psicólogos que tive, Gelson, o grande coruja Renato e agora a minha atual Roberta Silva. Quero fazer esse mesmo papel que eles fazem pois graças a esses profissionais tive uma viagem interna em mim que mostrou onde caminho devo seguir tendo, é claro, a consciência de que nada será brilhoso. Quero muito ajudar as pessoas que estão sofrendo. E voltando a citar o Gabor Maté, a saúde mental e física se correlacionam sim! O erro da medicina ocidental é separa-las. E é por isso que admiro a profissão da psicologia pois é se tratando da saúde mental é que se pode concilia-la para a física (não estou apontoando que professores de ed. física, nutricionistas, de artes marciais não mereçam ser deixado de lado, muito pelo ao contrário! Tanto é que um dos grandes motivos de eu parar a fumar cigarro é pelo Muay Thai pelo professor Erick Ribeiro). Enfim, hoje tenho uma visão de que é preciso ajudar as pessoas. A mente humana é algo muito complexo e que se deve ter a noção de que ela pode de uma hora para outra mudar a trilha. E pelo jeito que as coisas estão, tende a piorar a cada dia! Voltando a citar o Gabor, o vício de maneira geral é arbitrário, por exemplo, o vício do poder é mais respeitável mas ao mesmo tempo o mais danoso (curioso, não?) e isso me indigna bastante! É preciso conscientizar cada vez mais pois o tempo ‘’biológico’’ da Terra está chegando no limite. Aaaaaa, chega de miimimimi. Valeu aí aos que me ajudaram a me fortalecer, os que estão felizes pela minha nova ‘personalidade’ e como to fazendo cursinho, vou fazer de tudo pra passar pra esse curso aí tão mal tratado nos dias atuais e tão necessária... Psicologia!



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ARTIGO | PORTAL (EN)CENA

O Autoconhecimento e a Informação na Orientação Profissional: enfoque na abordagem sócio-histórica. Antes da escolha de uma profissão, precisamos entender que ela é resultado de toda a bagagem social, histórica e cultural do indivíduo. TEXTO

Hudson Eygo

Psicólogo | Coordenador do Serviço de Psicologia – SEPSI do CEULP/ULBRA | Coordenador da Área de Psicologia do Portal (En)Cena Colunista do Blog Psicoquê hudsoneygo@gmail.com

Por mais lógica e racional que seja a escolha profissional, não se pode afirmar que ela seja totalmente correta ou errada. No meio desse percurso, o indivíduo pode mudar de ideia e descobrir uma nova profissão...

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ARTIGO | PORTAL (EN)CENA Hoje, mais do que nunca, em nossa sociedade, os jovens vivem o grande desafio da corrida acelerada na busca da autoafirmação que se consolida, entre outros fatores, na escolha profissional e com a sua inserção no mercado de trabalho. Considerando que a escolha profissional ocupará aproximadamente dois terços do ciclo de vida do jovem, uma decisão maquinal e, muitas vezes, de cunho emotivo, sem analisar a futura profissão de forma minuciosa, ponderando também questões subjetivas, aumentam a probabilidade de frustrações quanto à carreira e sua realização pessoal. Antes da escolha de uma profissão, precisamos entender que ela é resultado de toda a bagagem social, histórica e cultural do indivíduo. Desde os primeiros anos escolares a criança já faz menção à profissão que almeja exercer quando crescer. Essa escolha também é pautada em suas relações familiares e sociais, esferas do sujeito que exercem influência direta em seu futuro, bem como na forma como ele constitui sua subjetividade. O mercado de trabalho influência significativamente na escolha de uma profissão ao impor vagas que - nem sempre - vem ao encontro com a aquilo que o sujeito se identifica realmente. As leis de oferta e demanda de profissões acabam nos motivando à uma tomada de decisão de cunho puramente emocional, valorizando apenas status social, quando não, o retorno financeiro. A sociedade, as mídias televisivas e a família também contribuem para uma decisão precipitada, forçando – mesmo que indiretamente - o jovem a optar por áreas para as quais não tem nenhuma aptidão. O resultado é estresse; ansiedade; desgaste emocional; e perca de um tempo que, muitas vezes, poderia ser melhor empregado

na busca pela profissão almejada e que corresponde com suas expectativas quanto às suas habilidades pessoais, pretensão de retorno financeiro e mercado de trabalho. O jovem sempre cria uma imagem idealizada de cada profissão. Sílvio Bock (2002) chama essa imagem idealizada de “Cara”.

É interessante notar que muitas vezes a escolha profissional está ligada à condição social do sujeito, e serve como subsidio para reforçar no jovem sua identidade e posição social. Para Sílvio Bock (2002), A Orientação Profissional, nesse contexto de escolha profissional, pretende proporcionar ao sujeito meios para ele se autoconhecer, pois, só desta forma o jovem terá ferramentas necessárias para buscar uma profissão numa área com a qual se identifica, seja ela: humanas, exatas, biológicas etc. Vale ressaltar que, por mais lógica e racional que seja a escolha profissional, não se pode afirmar que ela seja totalmente correta ou errada. No meio desse percurso, o indivíduo pode mudar

de ideia, e descobrir uma nova profissão com a qual se identifica, surge nesse momento uma nova indagação: Mudar ou não de profissão? A Orientação Profissional apenas diminui a probabilidade de uma frustração, proporcionando ao indivíduo meios para escolher de forma coesa a profissão com a qual mais se identifica

e sem ignorar informações relevantes a respeito dela, tais como: retorno financeiro; ofertas de vaga no mercado de trabalho; realização pessoal; áreas de atuação etc. O autoconhecimento e a informação profissional, se usadas como métodos da Orientação Profissional, podem auxiliar o sujeito quanto à escolha de uma profissão que melhor corresponda às suas habilidades, e levando em consideração o seu conhecimento de mercado. O mais importante não é apenas escolher uma profissão lucrativa, ou em uma área com a qual o jovem tenha maior afinidade. O casamento das duas alternativas é que proporcionará ao sujeito maiores chances de ter sucesso, afinal: a escolha profissional é sempre um ato de coragem.

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publi - editorial | viagem e saúde mental

Parada técnica antes do meio do ano aproveitar os feriados que existem antes do meio do ano e planejar uma viagem com quem você gosta pode ser extremamente saudável Você já reparou que chegamos à metade do primeiro semestre do ano e que os estresses e correrias da vida moderna já nos acertaram em cheio novamente? Terminado o período de comemorações de fim de ano e iniciado o período pós-férias do ano novo, inevitavelmente acabamos voltando às pressões do dia a dia e, afetados por essas pressões, nos esquecemos de dar uma olhadinha no calendário para organizarmos uma espécie de parada técnica antes do meio do ano. E a gente precisa de paradas técnicas antes do meio do ano? Paradas técnicas, na verdade, são bem vindas e fazem bem às saúdes físicas e mentais sempre que são possíveis. E, dependendo do tipo de

trabalho com o qual você se envolve dia após dia, elas são mais do que bem vindas – são necessárias. São úteis para o corpo e a mente descansarem – e, assim, guardarem melhores condições para todo o resto do ano; são úteis para a avaliação sobre a possibilidade de realinhamento de projetos – e, assim, evitar possíveis futuros desgastes; e, por fim, são úteis investirmos em nossas relações familiares/pessoais, assim como em nosso crescimento cultural e intelectual em um momento no qual o trabalho ainda não nos ocupou por completo e exauriu as nossas forças. Dessa forma, aproveitar os feriados que existem antes do meio do ano e planejar uma viagem com quem você gosta pode

ser extremamente saudável para sua vida pessoal e, também, extremamente interessante para a sua vida profissional – afinal, mente descansada comporta-se como mente mais produtiva. Então, veja, ao lado, o quadro de feriados que vem pela frente até Julho e pense nisso!

Próximos Feriados 03 de abril – sexta-feira da Paixão 05 de abril – domingo, Páscoa 21 de abril – terça-feira, Tiradentes 01 de maio – sexta feira, Dia do Trabalho 04 de junho – quinta-feira, Corpus Christi

34 3255.0100 Av. Nicomedes Alves dos Santos, 3600 | Loja 03 Gávea Business | Morada da Colina fworldtravelturismo worldtravelturismo falemaissobreisso.com.br

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saúde AMPLIADA | comportamento

Smartphones ocupam cada vez mais espaço em nossas vidas

Brasileiros estão entre os que passam mais tempo ao telefone e nas redes sociais. Porém, até que ponto estes hábitos são saudáveis?

TEXTO

Luísa Salviano (Ciclo Assessoria de Imprensa) Os celulares inteligentes – Smartphones – revolucionaram a forma de nos comunicarmos. A instantaneidade é a marca dos diálogos mediados por essa tecnologia. Mensagens com áudio, fotos e vídeos, trocadas em segundos com pessoas do mundo todo, parece ter deixado os usuários dessa ferramenta dependentes e impacientes. Impacientes, pois não se pode ouvir o toque, que representa a chegada de uma mensagem dos aplicativos ou redes sociais, que logo param o que estiverem fazendo para ler e responder. Uma pesquisa promovida pelo Institututo Brasileiro de Opinião Publica (IBOPE) em parceria com o Instituto Conecta e a Wordwide Independent Network Research (WIN), mostrou que os brasileiros ficam em média 84 minutos por dia no celular, representando 10 minutos a mais que a média mundial. E os brasileiros não estão no pódio à toa. Eles aparecem na liderança quando o assunto é rede social. O uso das redes de relacionamento por brasileiros sempre rendeu pesquisas e estudos que apontam esse usuário como um dos mais ativos, fazendo com que os criadores das ferramentas busquem modificar e melhorar cada vez mais a experiência de utilização das redes para esse público.

Smartphones como protagonistas A necessidade de ver e ser visto, criada pela utilização das redes sociais, também mudou o cenário das relações pessoais. Nos momentos de confraternização, o que encontramos são os Smartphones como protagonistas. A empresária Denise Resende, proprietária do Bar e Restaurante Quintal da Dê – ‘Sabor e Música’, conta que presencia diariamente grupos de amigos reunidos para o happy hour em que o celular está na mão de todos ou quase todos. Denise Resende, proprietária do Bar e Restaurante Quintal da Dê

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Antenada no que acontece no setor, ela relembra o caso de um tradicional restaurante de Nova Iorque que avaliou o uso dos


saúde AMPLIADA | comportamento

Você tem uma nova mensagem: "amiga, me passa o azeite e o sal por favor"?

celulares no estabelecimento. “A direção deste restaurante começou a receber reclamações por demora no atendimento, filas de espera na porta, e resolveu contratar uma consultoria para entender a questão, já que os procedimentos da casa eram os mesmos de sempre. Chegaram a conclusão de que o uso excessivo do celular estava fazendo com que os clientes demorassem mais a fazer seus pedidos, a degustar os pratos, gerando às vezes necessidade de re-esquentá-los, além das indesejáveis filas na porta”, resume. Mas como tudo na vida tem dois lados, Denise também adora as redes sociais e faz de sua página do Facebook uma das principais ferramentas de comunicação do Quintal da Dê. “Acabamos de ultrapassar cinco mil curtidas. Nossa página é linda, cheia de informação sobre nossas atrações musicais, receitas, belas fotos de pratos e muita interação com nosso público”, conta a empresária, responsável por um dos empreendimentos de maior sucesso em Uberlândia. Neste mesmo dia, em que conversamos com a empresária, avistamos em seu restaurante uma mesa de amigos e familiares reunidos para comemorar um aniversário e a aprovação no vestibular de Pedro Arthur (21 anos). Fomos até lá falar com eles e, para a mãe do jovem estudante, Márcia Macedo (45 anos), o uso da internet e aplicativos como Whatsapp podem aproximar e afastar pessoas ao mesmo

tempo. “Estou com meus filhos comemorando, mas ao invés de estar conversando com eles, estou conversando com que não está aqui”, conta Márcia. O marido dela, Julierme Eduardo (38 anos), quando indagado sobre o assunto acredita que a sua família utiliza os celulares de maneira positiva, aproveitando a facilidade e praticidade para manter contato com velhos amigos. “Acredito que somos controlados”, comentou.

Desconectar-se também é importante... Na opinião do psicólogo Leonardo Abrahão, o uso dos Smartphones de forma equilibrada não acarreta problemas à vida pessoal e social das pessoas, mas quando este uso torna-se um vício ou um comportamento inadequado perante as exigências e circunstâncias da vida, aí sim pode ser um problema. “Uma pessoa que não consegue ficar sem ler ou responder a uma mensagem enquanto dirige coloca a sua vida e a vida de outras pessoas em risco”, exemplifica. Para Abrahão, é preciso ter consciência de que esse tipo de aparelho possui grande capacidade de prender nossa atenção para além do que é tolerável, aceitável ou saudável. “Investir em conversas presenciais, desligar o aparelho quando em circunstâncias especiais pode auxiliar a adequar o seu uso no cotidiano sem prejuízos pessoais”, aconselha o psicólogo.

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Treinar é preciso, mas acompanhar o desenvolvimento é essencial. O acompanhamento permite o desenvolvimento de novas estratégias ou novos programas para uma melhoria contínua da pessoa treinada. TEXTO Karla Christina Psicóloga | Master Coach - BCI Behaviaoral Institute Coaching | Executive Coach Academia Brasileira de Coaching/GO

Em um contexto atual em que pessoas necessitam ter um aproveitamento sobre-humano em suas atividades profissionais, as empresas têm buscado formas de melhorarem performances e aumentar seus desempenhos através de vários programas de treinamentos. Porém, quando se fala em treinamento e desenvolvimento de pessoas, faz-se necessário levarmos em consideração que um processo está diretamente relacionado ao outro - apesar de, na prática, muitas vezes ocorrer o contrário: o treinamento acontece e não necessariamente há um desenvolvimento do treinando. Deve ser observado que, para se ter o resultado almejado, é imprescindível, antes de mais nada, diagnosticar a real necessidade do treinamento. O que encontramos hoje é que nem sempre os profissionais da área têm a preocupação em cumprir essa fase do processo, muitas vezes já partindo para a intervenção apenas com base em impressões e levantamentos superficiais. No entanto, a qualidade do programa a ser desenvolvido só terá um bom resultado se for levado em consideração alguns fatores chaves: Qual resultado deverá ser alcançado com o treinamento deste individuo ou grupo? Qual treinamento seria mais adequado? O que será melhorado: habilidades ou comportamentos? Levantamento de Necessidades é a primeira fase do treinamento e, sem ela, pode-se incorrer no erro de aplicar um programa que não gerará resultados

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assertivos, prejudicando mais do que ajudando. É importante um estudo detalhado das necessidades e fazer isso através de ferramentas de mensuração.

nas atitudes que podem ser identificadas imediatamente após o treinamento se completar; ou seja, antes do retorno ao trabalho?

Em seguida é desenvolvido o programa e aplicado o(s) treinamento(s) mais adequado(s) ao contexto. Terminada a fase de implantação e/ou aplicação do programa, segue-se a etapa de avaliação dos resultados do treinamento.

O objetivo do nível de aprendizagem é obter informações sobre o total de aprendizagem adquirido pelos treinandos durante o “Programa de Treinamento”.

Critérios de Eficácia do Treinamento.

Quais mudanças de comportamento no trabalho resultaram do programa? Essa mudança de comportamento será identificada, provavelmente, algum tempo após o término do treinamento.

Critérios de Relevância: Desenvolver esforços em direção àqueles tópicos (e alvos) mais importantes. Critérios de Transparência: Grau em que as habilidades e os comportamentos adquiridos em situações de aprendizagem, podem ser aplicados em situação cotidiana de trabalho. Critérios do Alinhamento Sistêmico: Grau em que os comportamentos aprendidos (e aplicados) em alguma porção da organização, também podem ser aplicados em outras porções do sistema.

Comportamento (ou Resultado Intermediário):

O objetivo da medição desse nível é estabelecer se o comportamento dos treinandos se modificou, como resultado do treinamento. Chamo essa fase de Fellow Up (acompanhamento), a qual acredito ser a mais importante, pois através dela é possível mensurar o quão benefício e “rentável” foi o treinamento e, a partir do resultado, podese desenvolver novas estratégias ou novos programas para uma melhoria contínua do treinado.

Avaliação do Treinamento:

Resultados Finais:

A validação e a avaliação visam responder às seguintes perguntas:

Quais foram os resultados tangíveis do programa, em termos de redução de custos, melhora de qualidade ou melhora de quantidade? As informações são coletadas a partir de dados gerais de desempenho da empresa na área de trabalho, com o objetivo de determinar o efeito do treinamento na eficácia organizacional.

Até que ponto os objetivos do treinamento foram atingidos? Valeu a pena? Aprendizagem (ou Resultado Imediato): Que principais fatos (ou técnicas) foram aprendidos? Ocorreram mudanças no conhecimento, nas habilidades e

Mais do que treinar é primordial que seja levado em consideração todos as fases do treinamento, incluindo, principalmente, o Diagnóstico e Fellow Up.

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Compor tamento: A nossa marca no mundo

O que muda o mundo são os nossos comportamentos. Todos nós somos responsáveis pela saúde da nossa sociedade. TEXTO

Carolina Faria Arantes

Psicóloga – CRP 34041/04 Mestre em Processos Cognitivos – UFU Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental – UFU Psicoterapeuta, professora e supervisora no Instituto Integrare – Uberlândia/MG

www.psicologauberlandia.com carolina@integraretcc.com.br

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Os comportamentos emitidos pelo indivíduo estão intimamente relacionados à visão que ele tem de si e do mundo Diariamente, ao abrirmos os jornais e páginas online, nos deparamos com uma gama enorme de notícias sobre corrupção, homicídios, roubos. Nas redes sociais, a indignação e repúdio à desonestidade, ao egoísmo, ao individualismo se espalham através de milhares de compartilhamentos. Parecem todos tão engajados e dispostos a não aceitar de maneira alguma qualquer comportamento fora da lei e da ética, que poderíamos até pensar que o retrato do país finalmente mudará. Mas, infelizmente, não é isso o que de fato tem acontecido. As manifestações de desonestidade, desrespeito e desinteresse pelo próximo vêm ficando cada vez maior. E não precisamos da internet ou da TV para termos acesso a esses comportamentos: os presenciamos no trabalho, em shoppings, consultórios, supermercados, em todo lugar. Mas por que isso acontece? Como pode haver uma repulsa tão grande aos escândalos noticiados e, na prática, tanta demonstração de desinteresse e desrespeito pelo outro? Seria “modismo”? Será que essa discrepância entre discurso e realidade é fruto de uma “tendência atual”, onde o “bonito” é apontar e se indignar com a injustiça, mas a atitude coerente com o que se fala é desnecessária? Acredito que, em grande parte, sim. Mas vejo também que existe uma dificuldade em perceber a ligação entre os grandes escândalos e o próprio comportamento. É fácil entender que por trás do “roubar” existe o desrespeito pelo que é do outro; é óbvio o egoísmo e

desonestidade presentes em qualquer grande caso de corrupção. Mas perceber essas características nos nossos próprios comportamentos não parece ser tão simples. Quantas vezes insistimos em manter o volume do som do carro nas alturas, sem pensar no incômodo que isso pode estar gerando para os outros? E quando nos esbaldamos ao comprar em sites onde tudo é mais barato, mesmo tendo inúmeras evidências de que a mão de obra utilizada é escrava? E quando fazemos manobras indevidas no trânsito para conseguir chegar a tempo em nosso destino? Podemos até pensar que “linkar” essas manifestações comportamentais cotidianas com exemplos extremos de desrespeito e desonestidade é exagero, mas, na verdade, não é. Os comportamentos usados como exemplos no parágrafo acima têm como elemento principal o egoísmo, o egocentrismo, a insensibilidade, a arrogância, o desrespeito e desinteresse pelo outro. Elementos esses que também estão presentes nos inúmeros casos de corrupção e desonestidade que vemos e nos indignamos cotidianamente. Então, se pensarmos em um continuum, podemos dizer que atitudes comuns, como “furar fila”, são manifestações comportamentais mais brandas quando comparadas ao roubo, à trapaça, à traição, porém, pertencentes à mesma categoria. Esta categoria é o que chamamos de personalidade, que seria então composta por uma visão de si como merecedora de direitos especiais e acima das regras de reciprocidade

que dirigem a conduta social normal. Isso porque o indivíduo se vê no direito de fazer o que for preciso para atender suas vontades e/ou se livrar daquilo que lhe incomoda. Sendo assim, alguém que possua essa visão de si provavelmente não irá pensar se as pessoas que estão na fila que ele “furou” se encontram tão ou mais cansadas do que ele. Até aqui, podemos concluir que os comportamentos emitidos pelo indivíduo estão intimamente relacionados à visão que ele tem de si e do mundo. Pessoas que se veem como superiores aos outros e merecedoras de direitos e privilégios especiais tenderão a ter atitudes egoístas. Mas por que algumas pessoas se veem como superiores aos outros? As respostas para essa pergunta estão na história de aprendizagens que o indivíduo teve ao longo de sua vida, especialmente na sua infância.

A importância dos pais na formação da personalidade do indivíduo É na infância que aprendemos sobre a vida, sobre o mundo, sobre nós. A criança nasce sem saber qualquer coisa a respeito de seu ambiente e é a partir das interações entre ela e os outros (especialmente com os pais) que ela passará a entender como as coisas funcionam. Se todas as vezes que o bebê chora seus pais aparecem para ajudá-lo, ele irá aprender que sempre que estiver com dor, fome, ou qualquer outra necessidade, seus pais estarão disponíveis. Uma vez que esse

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É notável a insatisfação de muitos com a sociedade que temos hoje. É evidente a tendência individualista que se estende na vida atual. E o que nós podemos fazer diante disso? Embora alguns acreditem que não há o que fazer, cada um de nós podemos contribuir de alguma forma.

tipo de interação se mantém ao longo da infância, a criança aprende que ela pode contar com seus pais em qualquer momento, o que lhe trará segurança para lidar com as demandas da vida. As interações positivas entre pais e filhos, como essa citada acima, são muito importantes para a formação da personalidade da criança. Logo, dizer para o filho o quanto ele é amado é, sem dúvidas, essencial para o desenvolvimento da sua autoestima; reconhecer os êxitos da criança a cada tarefa realizada é fundamental para o desenvolvimento da autoconfiança. Porém, paralelamente a essas interações positivas, é extremamente necessário que os pais ensinem para as crianças que em toda situação existe um limite e que este deve ser respeitado. Personalidades egoístas e arrogantes são formadas a partir de uma educação excessivamente flexível, onde a família não ensina para a criança a necessidade de se ter autocontrole, cooperar com os demais, ter ações de reciprocidade, respeitar os direitos alheios e submeterse às regras que são aplicadas a todas as pessoas. Essas crianças não aprendem que a raiva, o tédio, a impaciência são sentimentos que, por mais desagradáveis que sejam, fazem parte da vida e devem ser tolerados. Ao contrário, elas aprendem que podem fazer o que for preciso para se livrar do mal estar gerado por alguma situação ou sentimento. Esses indivíduos não aprendem que, antes de emitir qualquer comportamento, deve-se pensar nas consequências que serão geradas tanto para si mesmo quanto para os outros. Essas aprendizagens podem ser

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concretizadas através da falta de consequência para os comportamentos inadequados da criança. Nesse sentido, o filho se comporta de maneira indevida (Ex: empurra o coleguinha porque o mesmo não quis brincar com ele), mas os pais não fazem nada para corrigir a sua atitude. Dessa forma, a criança aprende que não há problema em agir dessa maneira, já que nenhuma consequência negativa (para si ou para o outro) é obtida. Outra forma de aprendizagem altamente poderosa é através do exemplo. A famosa instrução “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” não é, de forma alguma, uma maneira eficaz de se ensinar. Toda criança tenderá a seguir os modelos de comportamento que ela tem em seu ambiente. Portanto, se os pais têm comportamentos, como xingar e gritar com as pessoas com as quais convivem, mentir, trapacear etc., de nada adiantará dizer para a criança que ela deve respeitar o coleguinha, que ela deve ter paciência. Esse talvez seja o maior empecilho na educação que os pais dão para seus filhos. Todos nós, crianças, adolescentes e adultos, desejamos uma série de coisas o tempo todo. Nenhum de nós, independente da idade ou classe socioeconômica, gosta de esperar, de realizar tarefas enfadonhas e difíceis, de se submeter a regras, de sentir raiva ou impaciência.Apenas nos dispomos a fazer tudo isso por causa das consequências recebidas: não abandonamos o trabalho porque ficaríamos sem dinheiro; não falamos tudo o que queremos para os outros porque poderíamos ofendê-los.

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Ninguém nasce sabendo e respeitando os direitos do outro ou gostando de sacrificar suas vontades e impulsos, mas isso é algo aprendido e cabe aos pais ensinar seus filhos a se comportar de maneira respeitosa e empática.

O que os pais devem fazer para desenvolver o respeito e a empatia em seus filhos? Conforme citado anteriormente, as interações positivas (elogios, reconhecimento, admiração) entre pais e filhos são vitais para a saúde mental da criança, mas também cabe aos pais ensinar aos seus filhos que eles devem ter responsabilidade pelos seus comportamentos e respeito pelo outro. Considerando que a tarefa de educar filhos é muito complexa e requer conhecimento, segue algumas orientações sobre como desenvolver o senso de responsabilidade e reciprocidade nas crianças: Responsabilizar a criança por seus comportamentos: É na infância que o indivíduo irá aprender que um comportamento emitido por ele tem diversos efeitos. Os pais devem mostrar para o filho quais são as consequências de seu comportamento. Isso significa que quando a criança se comportar de forma adequada (Ex: dá um abraço carinhoso no colega) é essencial que os pais ressaltem verbalmente, de forma carinhosa e clara, o quanto ficaram felizes com ela e o quanto este comportamento deixou o seu coleguinha feliz. Comportamentos colaborativos (como abraçar, ajudar, convidar) aproximam as pessoas da criança e é muito importante que


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Os pais devem refletir se têm sido o exemplo daquilo que gostariam que o filho fosse os pais evidenciem a relação do comportamento colaborativo com a consequência positiva (que nesse caso será a amizade do colega). Por outro lado, se a criança emitir um comportamento inadequado (Ex: bate no colega), cabe aos pais mostrar para o filho o quanto estão insatisfeitos com esse comportamento e que esse tipo de atitude deixa as pessoas muito chateadas, o que faz com que elas se afastem. Dessa forma, os pais estarão mostrando ao filho que comportamentos agressivos afastam as pessoas dele. Além disso, diante de um comportamento como esse, é essencial que a criança receba uma consequência desagradável para si, como ficar sem um brinquedo, não ir a algum passeio, ter que pedir desculpas para a outra criança (essa consequência não deve ser um castigo físico). Assim, ela aprenderá que quando emitir o comportamento inadequado será prejudicada, o que tenderá a diminuir a frequência desse comportamento. Ensinar à criança a tolerar sentimentos desagradáveis: Um dos principais fatores que levam uma pessoa a agir de forma impulsiva, sem medir as consequências para si e para os outros, é a dificuldade de tolerar emoções desagradáveis. Esses indivíduos acreditam que emoções como a raiva, a ansiedade, o tédio, o cansaço são tão ruins que lhes dão o direito de fazer qualquer coisa que os façam sentir-se melhor. Por isso, é imprescindível que os pais ensinem para seus filhos que nem todos os sentimentos são

agradáveis e que isso é normal, que acontece com todo mundo. A criança precisa entender que sentir raiva é ruim, mas não lhe dá o direito de agredir os outros. Ela precisa aprender que muitas pessoas ao seu redor também sentem raiva e impaciência, mas que nem por isso a agride. Todos nós temos o direito de experimentar qualquer sentimento, mas não temos o direito de agredir e prejudicar o outro por causa disso. Sensibilizar a criança para os sentimentos e direitos do outro: Conforme dito anteriormente, uma das características de uma personalidade egoísta é o déficit de empatia, que é a falta de habilidade de pensar no que o outro poderá sentir em consequência dos seus comportamentos. Para desenvolver a empatia da criança é fundamental que os pais estimulem seus filhos a pensar nas outras pessoas: “O que seu coleguinha achou disso?”, “Nossa, isso é muito bom! Deixará seu amigo muito feliz!”, “Você brigou com ele e agora ele está triste. Vamos lá pedir desculpas agora!”, “Isso não está certo! Você iria gostar que ele fizesse isso com você?”. Esses são exemplos de interações que mostram para a criança que a forma com que o outro reage às nossas atitudes é importante e deve ser levado em consideração. Os pais devem ser o modelo de bom comportamento para o filho: Nada disso adiantará se os pais não demonstrarem preocupação e respeito pelos sentimentos dos outros, se não se responsabilizarem por suas atitudes.

Portanto, os pais devem refletir se têm sido o exemplo daquilo que gostariam que o filho fosse. Caso haja dificuldade nesse sentido, é essencial que os pais busquem ajuda profissional. A psicologia tem muito a contribuir! É notável a insatisfação de muitos com a sociedade que temos hoje. É evidente a tendência individualista que se estende na vida atual. E o que nós podemos fazer diante disso? Embora alguns acreditem que não há o que fazer, cada um de nós podemos contribuir de alguma forma. Enquanto indivíduos, podemos avaliar nossos comportamentos e procurar entender qual tem sido a nossa postura diante da vida e das outras pessoas. Temos olhado e lutado somente por nós e por nossos objetivos? Ou temos procurado compreender as situações como um todo, olhando para o outro e considerando suas formas de pensar e sentir? Enquanto sociedade, temos aceitado ser tratados com desrespeito por pessoas que se sentem melhores do que nós? Ou temos reivindicado nossos direitos e ensinado, na medida do possível, que os limites existem e que todos nós devemos ser respeitados? Enquanto pais, temos cuidado da nossa saúde mental e ensinado nossas crianças a olhar para o outro, a respeitá-lo e a tratá-lo com a dignidade que todos merecem? A indignação com a situação atual não muda nada. O que muda o mundo são os nossos comportamentos. Todos nós somos responsáveis pela saúde da nossa sociedade.

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Os sonhos e a vida psíquica O sonho é uma manifestação do inconsciente, o sonho fala sobre o sonhador.

Daniela Bittencourt Psicóloga CRP 12/07184 | Formada pela EBP | Escola Brasileira de Psicanálise - Florianópolis/ SC | Curso de Formação em Teoria Psicanalítica | Pós-Graduada em Gestão Estratégicas de Pessoas/SENAC/SC (048) 9167.4808 Seria um erro considerar que os sonhos não têm importância nenhuma e dizer que os mesmos não têm sentido. Para a Psicanálise, os sonhos dizem respeito à vida psíquica do sujeito. Os sonhos têm um sentido, por mais que pareça desconexo e absurdo, mas ele é pleno de significações inconscientes. Os sonhos são a via régia para o inconsciente, ou seja, o inconsciente se manifesta através dos sonhos. Freud interpretou os sonhos dos seus pacientes e, para ele, os sonhos são a realização de um desejo inconsciente e infantil. No sonho, o desejo se apresenta, se mostra, mas não se realiza. Mesmo quando os sonhos não são prazerosos, ou sonhos de angústia, ainda assim se trata de uma manifestação do desejo, lembrando que os sonhos sempre vêm distorcidos e fragmentados, e que, esse desejo, se trata de um desejo infantil. Os sonhos têm um sentido para a Psicanálise, um sentido inconsciente, o sonho que o sujeito está contando tem uma ligação íntima com a sua vida. O sonho é como a análise, é um a um, porque o inconsciente é singular e por isso é impossível fazermos interpretações que sirvam para todos como no caso de almanaque dos sonhos (isso seria para a psicanálise uma interpretação selvagem). Às vezes, leva-se uma análise inteira para interpretar um sonho, em outras palavras a análise de um sujeito pode estar condensada em um único sonho. O sonho é uma manifestação do inconsciente, o sonho fala sobre o sonhador. Por que, então, se sonha com coisas que aconteceram no dia anterior? Porque o sonho utiliza-se dos restos diurnos, acontecimentos, pensamentos e preocupações para se ligar a um conteúdo inconsciente reprimido. Dessa forma, entender o sonho não é um processo assim tão fácil porque os sonhos aparecem distorcidos e sem sentido na consciência, o que não nos permite perceber seu real significado. No sonho, encontramos o processo de deslocamento e condensação, ou seja, uma idéia ou uma imagem é deslocada para outra, ou condensada em várias, por isso é difícil compreender os sonhos. Esses processos acontecem porque o material inconsciente não

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consegue passar para a consciência em seu estado bruto, mas somente de forma “disfarçada". O sonho mostra uma coisa e muitas vezes quer dizer outra. Do ponto de vista do inconsciente, sempre quer dizer outra coisa porque o desejo é sempre conflitante e o sujeito, para a psicanálise, é sempre sujeito dividido entre sua consciência e seu inconsciente. No sonho, o sonhador é sempre o protagonista, os sonhos são narcisos, aonde a pessoa que sonhou é o autor principal. Quanto mais distorcido o conteúdo do sonho, mais forte ele é no inconsciente, mais forte é a sua carga libidinal. Não nos preocupamos com aquilo que os sonhos parecem dizer por que esses parecem dizer o que não nos interessa, ou seja, não parece ser o conteúdo inconsciente. O analista vai à busca de sentido inconsciente do sonho, a partir de toda história de vida do sujeito, mas, quem atribui o sentido daquele sonho, é o próprio sonhador num processo de análise. Vejamos bem, fora de análise as resistências não nos permitem atribuir o sentido inconsciente do sonho, mas apenas o consciente, porque ao inconsciente não temos acesso e o trabalho do analista é justamente o de ouvir o inconsciente. E por que o inconsciente se manifesta nos sonhos e não se manifesta enquanto estamos acordados? Porque é durante o sono que as resistências diminuem e o material inconsciente consegue passar para à consciência, mas só de forma transformada. O inconsciente se manifesta também durante o dia, mas de outra forma: através dos sintomas, atos falhos, chistes e esquecimentos. Os sonhos são na verdade uma estrada para o conhecimento do inconsciente e, para a psicanálise, o importante não é o estudo aprofundado dos sonhos, mas, sim, o conteúdo inconsciente nos sonhos, uma vez que através da interpretação dos sonhos podese ter acesso ao inconsciente. A interpretação do sonho é a via real para o conhecimento das atividades da vida psíquica. Então, quer saber mais sobre o que os seus próprios sonhos têm a dizer a você? Que tal procurar um Psicólogo?


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Ciranda Neste mês de Março, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, dedico este espaço a algumas mulheres que admiro. Mesmo diferentes, todas têm em comum o poder especial de serem originais, fortes e delicadas, ao mesmo tempo. Por meio desta singela homenagem, quero dizer que, para além do trabalho e da família, existe, em cada uma de nós, uma mulher única que merece viver com intensidade buscando aquilo que ama fazer e ser! TEXTO

Michele Borges

Fale mais sobre isso comigo. Meu email é michele@cicloascom.com

Cássia Martins Diretora da PDCA ENGENHARIA, construtora uberlandense com atuação em mais de 20 cidades, eleita neste ano uma das 100 maiores do Brasil. Além disso, é apaixonada e incentivadora do Esporte. Atualmente, pratica ginástica localizada e dança. E um de seus passeios prediletos é levar os filhos em restaurantes típicos.

Maíra de Ávila Filósofa, atriz e cantora do Grupo EMCANTAR, e sócia da Alumiar Geradores. Casada com o músico, Carlim Ribeiro, pratica Yoga e Pilates, adora viajar, mas também estar em casa – que para ela é o melhor lugar do mundo, onde gosta de receber pessoas, mas também de estar sozinha. Lá cultiva orquídeas, hortaliças e cuida de dois amados bichinhos de estimação, os cachorros Apolo e Jambo.

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Daniela Borela Cantora profissional com carreira solo e integrante do Grupo Vagamundo. É também diretora do CANTE – Centro Artístico e Núcleo Terapêutico, que oferece em Uberlândia aulas de música, oficinas de arte-terapia, entre outras atividades. É mãe do Pedro e a maior fã, que já conheci, do cantor e compositor da Música Popular Brasileira, João Bosco.

Denise Resende Proprietária do Quintal da Dê, bar e restaurante conhecido na cidade pelo ambiente descontraído, o cardápio brasileiro e os shows de música ao vivo. Como boa mineira, é uma ótima filha e adora estar em família. Para descansar, prefere o campo, e andar a cavalo é uma de suas atividades preferidas.

Magali Gomes Minha mãe e a melhor avó do mundo porque sabe respeitar nossas diferenças. Ela adora viajar com o marido, meu pai, e sempre que tem uma folguinha no trabalho gosta de estar com suas duas irmãs, companheiras inseparáveis.

Cristina Floretino Artista plástica, Yalorixá do Centro Cultural Ilê Oré, defensora da cultura afro-brasileira e um exemplo na luta contra o preconceito racial, pela liberdade religiosa e respeito às diferenças.

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SAúde mental | consultório

O psicanalista se distingue pela rigorosa fé no determinismo da vida mental - para ele não existe nada insignificante, arbitrário ou casual nas manifestações psíquicas (Freud)

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Para que serve a Psicanálise? Veja o que alguns psicanalistas responderam a essa pergunta

Notarão desde logo que o psicanalista se distingue pela rigorosa fé no determinismo da vida mental. Para ele não existe nada insignificante, arbitrário ou casual nas manifestações psíquicas. Antevê um motivo suficiente em toda parte onde habitualmente ninguém pensa nisso; está até disposto a aceitar causas múltiplas para o mesmo efeito, enquanto nossa necessidade causal, que supomos inata, se satisfaz plenamente com uma única causa psíquica. Sigmund Freud, em Cinco lições de Psicanálise (1909)

Contardo Calligaris

lida não obedece às leis da mecânica.

“Serve para diminuir ao mínimo possível o sofrimento neurótico e o sofrimento banal, ou seja, reduzi-los ao que é totalmente inevitável; serve para tentar reorientar ou desorientar a vida da gente –desorientar é uma maneira de orientar! Enfim, serve para tornar a experiência cotidiana muito mais interessante. Pensando bem, quase tudo se inclui nessas três coisas”

Não tratamos de matéria, não tratamos de concretudes: são dores da alma, substâncias de outra categoria”

Luiz Tenório Oliveira Lima “A psicanálise é um método de investigação do modo de funcionar da mente que, bemsucedido, tem como consequências um desenvolvimento maior da personalidade e proporcionar condições de bem-estar mental. Para que serve? Eu poderia perguntar: para que serve existir? A utilidade da psicanálise compartilha com o sentido de nossa própria existência”

Anna Verônica Mautner “Tratar das dores da alma. E é um processo tão longo para diluir a dor quanto foi para implantá-la. A substância com a qual a psicanálise

Jorge Forbes “Serve para possibilitar que a pessoa suporte viver a pósmodernidade. Saímos de uma sociedade que estabelecia claramente os certos e os errados. O homem atual se apavora frente a essa liberdade e se esconde atrás das fórmulas prontas de viver. Nesse contexto, a psicanálise vai na contracorrente da ideologia de que tudo tem remédio, dos livros de autoajuda e das neorreligiões. Ela transforma a angústia paralisante do homem frente à liberdade responsável das opções em uma ação criativa”

Juan-David Nasio “O objetivo da psicanálise é libertar o paciente de seus sintomas e de seus problemas. Acima de tudo, é um método curativo, além de ajudar a transformar o paciente em alguém mais adaptado à sua realidade e aumentar a sua inteligência emocional” Fonte: Jornal Folha de São Paulo

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O Presente é Agora Parte 2

Passamos grande parte de nossas vidas relembrando dos fatos passados e projetando possíveis metas para o futuro, e deixamos de lado o presente, o agora. Rongno R.Rodrigues

Psicoterapeuta / Consultor rongnorr@hotmail.com

“O principal foco de atenção das pessoas iluminadas é sempre o Agora, embora elas tenham uma noção relativa do tempo. Em outras palavras, continuam a usar o tempo do relógio, mas estão livres do tempo psicológico. Se estabelecermos um objetivo e trabalhamos para alcançálo, estamos empregando o tempo do relógio. Se insistirmos demais nesse objetivo, talvez porque estejamos em busca de satisfação, deixamos de respeitar o Agora. E ele é reduzido a um mero degrau para o futuro, sem nenhum valor intrínseco. O tempo do relógio se transforma então em tempo psicológico. Nossa jornada deixa de ser uma aventura e passa a ser encarada como uma necessidade obsessiva de chegar, de possuir, de "conseguir". Aí não somos mais capazes de ver nem de sentir as flores pelo caminho, nem de perceber a beleza e o milagre da vida que se revela em tudo ao redor, como acontece quando estamos presentes no Agora. Sempre que você puder, crie algum espaço de modo a encontrar a vida sob a sua situação de vida. Utilize todos os seus sentidos plenamente. Esteja onde você está. Olhe em volta. Apenas olhe, não interprete. Veja as luzes, as formas, as cores, as texturas. Esteja consciente da presença silenciosa de cada objeto. Esteja consciente do espaço que permite cada coisa existir. Ouça os sons, não os julgue. Ouça o silêncio por trás dos sons. Toque alguma coisa, qualquer coisa. Sinta e corpo. Permita que as coisas aconteçam, no interior e no exterior. Deixe que todas as coisas "sejam". Mova-se profundamente para dentro do Agora. Você está deixando para trás o agonizante mundo da abstração

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mental e do tempo. Está se libertando da mente doentia que suga sua energia vital, do mesmo modo que, lentamente, ela está envenenando a Terra. Você está acordando do sonho do tempo e entrando no presente.“ (Tolle) Outros também fazem menção ao poder transformador de nos concentrar no presente, como Siddarta (Buddha) - “Só há um tempo em que é fundamental despertar. Esse tempo é agora”, da mesma maneira se expressa o Evangelista Paulo, em uma de suas cartas aos Coríntios: “Ouvi-te em tempo aceitável e socorrite no dia da salvação; Eis aqui e agora o tempo aceitável, eis aqui e agora o dia da salvação”, fazendo alusão à importância do agora em nossas vidas, e também de maneira poética, o escritor Mário Quintana aponta algo do tempo, como sendo apenas um ponto vista dos relógios; mostrando-nos o que de fato é real? Observemos que passamos grande parte de nossas vidas relembrando dos fatos passados e projetando possíveis metas para o futuro, e deixamos de lado o presente, o agora, este momento que é real, e o mais importante de nossas existências, iludindo-nos com as glórias das conquistas ou das mazelas passadas, ou ainda nos desgastando pelos desejos futuros ainda não concretizados. Queremos mesmo mudar esta triste realidade humana? Para aqueles que já perceberam este quadro de quase “insanidade” coletiva, resta-nos viver o instante presente rumo a tão esperançada felicidade, portanto observe a sua percepção no momento presente, no Agora, isto é real, sem julgar ou criticar, sem querer ter o controle ou a segurança constante com responsabilidade apenas de deixar a vida fluir...


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saúde ampliada | comportamento

Sororidade Sororidade é o pacto entre as mulheres que são reconhecidas irmãs, sendo uma dimensão ética, política e prática do feminismo contemporâneo.

Aurea Gil

Por alcunha: Kathy. Jornalista, sonserina, lannister, malkaviana, dobradora do reino da Terra, distrito 3. Transmito o legado nerd ao meu rebento, Samuel (8), que, pobrezinho, já reclama que ninguém da escola sabe quem é Sauron e nem fazem ideia do que significa conjurar um patrono. Corujas para aurea@pacmae.com.br www.pacmae.com.br

F in z inho da tarde, no ônibus, dois bancos à frente, uma menininha de cabelos cacheados sorri pra mim, muito meiga. Devia ter uns três anos de idade. Ao lado dela, sua mãe cochilava. Quando ela percebia que a mãe fechava os olhos, ela se levantava no banco. Numa dessas, a mãe acordou. Deu um tapa na cabeça dela, falou num grito: “Fica quieta aí e senta!”. Ela chorou um pouquinho, lágrimas escorreram. Meu coração apertou. Tive vontade de fazer algo, mas achei que era muita invasão da vida alheia e fiquei quieta. Dali a algum tempo, a mesma cena: a mãe dorme, a menina, entediada com o trânsito parado, aproveita pra levantar do banco um pouquinho, buscando as vozes de umas crianças que estavam na parte de trás do ônibus. A mãe dessa vez a pegou pelos cabelos com força, deu um puxão que fez a menina cair pra trás, e, como se não bastasse, um “croque” na cabeça. Ao mesmo tempo, a voz dela saiu forte, com raiva. “FICA QUIETA AÍ, JÁ NÃO MANDEI!?”. A menina chorou forte. Enquanto chorava, as lágrimas escorriam e ela fazia um olhar muito, muito triste. Magoada, mesmo. Levantei na hora que a mãe falava “CALA A BOCA, SE VOCÊ NÃO PARAR DE CHORAR VAI APANHAR DE NOVO. QUE MENINA FEIA!”. Quando eu vi já estava ao lado das duas. Abaixei e falei com a menina, que chorava muito. “Não chora não, tá? A mamãe só está cansada, ela quer dormir um pouco e descansar”. Olhei pra mãe, que pareceu envergonhada por eu estar interferindo, falou comigo com voz normal: “Ela fica levantando, tenho medo dela cair e se machucar”. Respondi: “Eu sei, mas ela só estava olhando as crianças lá atrás.”. Ela se dirigiu à menina, com a voz menos irritada. “Tá, agora pára de chorar, vai, já passou”. A menina soluçava, chorava alto. Eu falei com a mãe “Você tá cansada, né? Dá pra ver. Mas sabe, acho que ela só está meio cansada também, igual você”. O olho da mãe encheu de água. “Acordei muito cedo hoje, trabalhei o dia inteiro, to morrendo de dor de cabeça, e agora ela não para quieta”… A menina berrava, lágrimas escorrendo… “Eu imagino…. Tem dias que é complicado mesmo… Mas eu acho que ela só está querendo a sua atenção”, arrisquei. Pra minha surpresa, a mãe pegou a menina no colo e ofereceu o peito pra ela na mesma hora “Quer mamar, filha?”. Apesar do meu histórico de

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Mamífera, que amamentei até os 4 anos e pouco do meu filhote, me surpreendi pois não é comum ver crianças assim maiorzinhas mamando em público. A menina começou a mamar no peito e parou de chorar na hora. Enquanto mamava fazia carinho no rosto e no cabelo da mãe que, claro, desabou chorando. Apertou os olhos, agora as lágrimas escorriam no rosto dela, que depois começou falar meio baixinho. “Desculpa, filha, desculpa a mamãe, filha, desculpa”, ela falava, enquanto fazia carinho na cabeça da menina, bem no lugar onde ela tinha batido, e dava vários beijos na pequena, que mamava e olhava pra ela. Em uns 5 minutos a menina tinha dormido no peito, mas a mãe não parava de fazer carinho e beijá-la. Quase perdi meu ponto, na hora de levantar ainda olhei pras duas e a mãe me falou baixinho: “Obrigada…”. Nem precisa falar que eu comecei a chorar também, e to chorando até agora, né? Tem horas que só o que uma mãe cansada precisa é chorar um pouquinho também…


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depoimentos | saúde mental

Veja o que diz quem fez psicoterapia Hudson*, 37 anos Meus colegas de escola passaram grande parte do 1º grau me humilhando. Depois, no psicólogo, descobri que isso me levou a ter medo das pessoas e de ambientes cheios de gente. Durante muito tempo eu não consegui defender os meus posicionamentos e as minhas vontades, achando que eu era inferior e incapaz. Com muito jeito, o psicólogo conseguiu me levar a ver que eu não precisava ser refém daquela história de vida passada na escola e que eu era mais forte do que todos e eu mesmo pensávamos. Sou muito grato a ele e nunca deixo de recomendar a psicoterapia aos que sofrem.

Luana*, 16 anos Graças a minha psicóloga eu consegui entender por que eu fazia xixi na cama até os meus 12 anos de idade (!) e, então, consegui mudar esse comportamento. Desde então posso dormir na casa das minhas amigas sem medo de passar vergonha. Obrigada, psi!

Onivaldo*, 57 anos

Quando meu filho mais velho morreu, pensei que não havia mais motivo para eu mesmo continuar vivendo. Achava uma injustiça muito grande ele ter morrido mais cedo do que eu e comecei a pensar que a culpa era minha por não ter dado conta de protegê-lo. Comecei a beber mais do que já bebia e arrastei o meu casamento e a minha família para um buraco sem fim. Hoje agradeço a Deus por meu primo psicólogo ter me convencido a visitar uma psicóloga amiga dele. No começo eu visitava a psicóloga por que achava bom conversar com alguém “de fora” sobre a minha dor, mas, aos poucos, consegui enxergar que aquelas conversas conseguiam me mostrar a importância de eu estar ali tratando de outras coisas que já povoavam a minha cabeça muito antes da morte do meu filho. falemaissobreisso.com.br

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Hoje sinto-me em paz comigo mesmo e com a vida e não deixo de levar a minha esposa a outra psicóloga. Todos temos a cabeça povoada por pensamentos que poderiam ser repensados.

Ana Beatriz*, 25 anos Quando eu era criança, fui atacada por uma coruja quando caminhei rumo à toca em que os filhotes dela estavam alojados. Fiquei muito traumatizada com os ataques e passei a ter medo de permanecer exposta em lugares abertos. Medo não, pavor. Deixei de viajar, de ir à fazenda com os meus pais e até mesmo de sair da sala de aula no recreio da escola. Todo tipo de pássaro me amedrontava. Precisei da ajuda de um psicólogo para recuperar a coragem de encarar o céu aberto novamente. Aos poucos ele foi me fazendo perder o medo de tudo que me lembrasse o dia do ataque e me senti totalmente recuperada quando consegui voltar ao mesmo lugar em que as corujas costumavam ficar. O tratamento foi rápido e valeu à pena.

Jonas*, 33 anos O psicólogo que contratei me ajudou a descobrir por que eu era super desorganizado a ponto de perder empregos e oportunidades em função da minha indisciplina. Em poucos meses de “tratamento” revi uma série de situações da minha vida e percebi o quanto a minha irresponsabilidade financeira e profissional era uma forma de boicote que eu mesmo infligia a mim por conta de questões muito mal resolvidas da infância e da adolescência. Foi um investimento que fiz e que resultou em ganhos muito maiores para mim. Hoje sou mais responsável e consigo gastar a minha energia destrutiva em áreas que não me trazem prejuízos pessoais, como em hobbies estranhos que cultivo mas que são completamente inofensivos. *nomes fictícios, depoimentos enviados por leitores da revista.


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Ou você ganha tempo cuidando da saúde ou perde tempo cuidando da doença.

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O Reanima é um Programa de Orientação Psicológica que ajuda as pessoas a (re) encontrarem o sentido de suas vidas, resgatando o ânimo e a energia com que podem se dedicar aos seus sonhos, projetos e desejos. Sua metodologia de trabalho é dividida em três etapas: Autoconhecimento, Autotransformação e Autorealização. VOCÊ PODE PARTICIPAR DO REANIMA PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO PSICOLÓGICA USANDO A INTERNET, PELO SKYPE OU POR EMAIL. O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA REGULAMENTOU ESSE SERVIÇO ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO CFP N0 011/2012.


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Com açúcar e com afeto contra o relógio Dizem que o mel nunca envelhece. Seria essa a fantasia de quem teme a passagem do tempo? Leonardo Abrahão FOTOS Blake Little TEXTO

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Fotografias de pessoas e animais banhados em mel, produto que nunca envelhece, remetem às fantasias humanas de sermos eternamente jovens e desejáveis. Mas será que isso seria eternamente suportável?

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TRADIÇÃO E CONFIANÇA



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