INFOTO REVISTA BIMENSAL DE FOTOGRAFIA E VÍDEO
Novembro/Dezembro
2023|Nº13|ANO3|R$20,00
Inteligência Natural (Parte 2) Fotógrafo Leo Mano
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Prezado Leitor, Nem tudo são flores, eu sei. A vida é uma caminhada de altos e baixos. Estamos sempre numa corda bamba nos equilibrando. É uma constante aventura. Mas, somos mais fortes que qualquer adversidade. E assim, caminha a humanidade. A Covid 19 trouxe milhões de mortes e sofrimento para famílias, no mundo inteiro. A economia estagnou – se e as consequências financeiras foram terríveis. Mas o ser humano é inteligente e não desanima. Há dois anos estamos lutando para nos recuperarmos. E, agora começamos a colher os frutos dos nossos esforços, da nossa persistência. Todos os ramos da fotografia estão em acelerada recuperação. A ABRAPE – Associação Brasileira ANTONIO ALBERTO MELLO SIMÃO de Produtores de Eventos, anunciou que o setor é DIRETOR E EDITOR responsável por 4,5% do PIB brasileiro, equivalente a 314,2 bilhões de faturamento anual. Nossa sociedade é apaixonada por celebrações. A fotografia tem grande importância na vida dos brasileiros. E nós, da INFOTO FOTO DA CAPA estaremos sempre juntos de vocês. Neste número contamos com a participação dos Fotógrafos Especialistas Dalva Couto, Davy Alexandrisky, Fabiano Cantarino, Fernando Talask, Herminio Lopes, Junior Franco, Leo Mano, Luiz Ferreira, Margarida Moutinho e Ináh Garrantino, Pedro Karp Vasquez, Renato Nabuco Fontes. Espero que goste!!! Revista Bimensal de Fotografia e Vídeo Novembro/Dezembro 2023-Nº13 -ANO 3 CNPJ : 21.030.750/0001-86 Fotógrafo Leo Mano
ATENÇÃO A REVISTA INFOTO NÃO SE RESPOSABILIZA PELO CONTEÚDO DOS ANÚNCIOS E CLASSIFICADOS DE TERCEIROS, E NEM POR FOTOGRAFIAS INSERIDAS NOS ARTIGOS DE NOSSOS COLUNISTAS
Colaboraram nesta edição: Equipe de Redação Julle Rayane Lopes Campos Michelle Silveira Simão Fontes Designer
Marcela de Oliveira Baptista Secretaria Aucilandia Azevedo Salviano Marcia Elizabeth Silveira Simão Departamento Comercial Rodolfo Silveira Simão Departamento de Relações Publicas Antônio Alberto Mello Simão Nosso E-mail contato.revistainfoto@gmail.com
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Contato: Celular: (21) 98392-6661
Sumário 03 - Editorial e Expediente
05 - Galeria dos Leitores
08 - Exposição Individual Fotógrafa Ana Sardão
11 - Trilhando o caminho das estrelas Fotógrafa Dalva Couto
15 - Buen Camino Fotógrafas Margarida Moutinho e Ináh Garritano
20 - Congada, Arsênio da Silva, Rio de Janeiro, C. 1860 Fotógrafo Pedro Karp Vasquez
MATERIA DA CAPA
22 - Inteligência Natural (Parte 2) Fotógrafo Leo Mano
26 - Qual fotógrafo você quer ser no futuro? Fotógrafo Fernando Talask
29 - Mas fotografia dá dinheiro? Fotógrafo Luiz Ferreira
30 - História da minha Fotografia Fotógrafo Junior Franco
31 - Andando e Conhecendo Niterói – Rj - Parte 2 Fotógrafo Herminio Lopes
35 - O “meu quintal” de São Bento Fotógrafo Fabiano Cantarino
37 - ... e por falar em equipamento fotográfico... Fotógrafo Davy Alexandrisky
40 - Coluna Your Self Renato Nabuco Fontes
41 - ACONTECENDO Fotógrafo Antonio Alberto Mello Simão
43 - Leitor Escreve
Carabuçu, distrito de Bom Jesus do Itabapoana RJ Fotógrafo Everaldo Provalero
Galeria dos Leitores
Dans Les Rues De Paris Fotógrafo Antonio Alberto Mello Simão Niterói - RJ - BR
Fotógrafo Rodolfo Silveira Simão Niterói - RJ - BR
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Fotógrafo Bebeto Vieira Vieira São Gonçalo - RJ - BR
Campo São Bento Fotógrafo A Lucio Silva Niterói - RJ - BR
Caminhando na Praia da Barra de Maricá Fotógrafo Herminio Lopes Maricá - RJ - BR
Fim de Tarde no Gragoatá Fotógrafo Nelson Americano Niterói - RJ - BR
Na Rua Fotógrafa Elisa Cristina Cesar Niterói- RJ - BR
ÓH MINAS Fotógrafo Paulo Borges Arteiro Niterói - RJ - BR
Homem Baile Fotógrafo Renato Carneiro Niterói - RJ - BR 06 INFOTO
Gaivotas Fotógrafa Marcia Juliane Monteiro Niterói - RJ - BR
Fotógrafo Marcelo Simão Niterói - RJ - BR
Mariana - MG Fotógrafo Ricardo Faillace Niterói - RJ - BR
Fim do Dia em Búzios - RJ Fotógrafo Sergio de Souza Maciel Niterói - RJ - BR
Fotógrafa Marcia Elizabeth S. Simão Niterói - RJ - BR
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Praia de Adão e Eva - Niterói Fotógrafa Ana Ribeiro Niterói - RJ -BR
Fotógrafo Ricardo Campos Itaperuna - RJ - BR
Um buraco com uma beleza interior que não conseguem enxergar Fotógrafo Antonio Carlos Veras Paes Niterói - RJ - BR
Exposição Individual Fotógrafa Ana Sardão Ana Sardão, nascida na Alemanha mudou-se com os pais para Portugal em tenra idade, onde reside atualmente. Descobre o mundo da fotografia após oferecer uma câmera fotográfica à sua filha, que a deixa esquecida, despertando a sua curiosidade, que a experimenta. Após alguns disparos, desenvolve gosto e curiosidade pela fotografia, adquirindo conhecimentos de forma autodidata. Hoje assume algum vicio em madrugar para presenciar os tons da alvorada, e nascer do sol, nos encantos da Ria de Aveiro, decorada com seus coloridos barcos. Com inevitáveis evoluções de equipamento e técnicas, alarga as suas atenções para outras formas não menos interessantes, como cascatas e transumâncias, eventos vários.. Reconhece hoje a fotografia como o melhor dos hobbies, uma dependência responsável pelo equilíbrio, a paz, um remédio para o stress...
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Trilhando o Caminho das Estrelas Fotógrafa Dalva Couto Continuando a trilhar o Caminho das Estrelas, no Mês de Setembro de 2023 conquistei a minha segunda Estrela da Divisão de Cores (Color Division) da PHOTOGRAPHIC SOCIETY OF AMERICA (PSA) – USA, prêmio de mérito para 36 aceitações de 12 títulos diferentes, em exposições internacionais reconhecidas pela PSA, totalizando 7 Estrelas (3 Nature, 2 Color, 1 Monochrome e 1 Travel). A PHOTOGRAPHIC SOCIETY OF AMERICA (PSA), além de reconhecer inúmeras exposições fotográficas no Mundo inteiro, tem sua própria exposição anual. São três Competições separadas: “Reality Divisions”, “Pictorial Divisions” e “3D Divisions”. Participei de duas delas e me sinto muito honrada em ter minhas fotos “Pequeno Colibri”, aceita na Reality Divisions e “Minha Praia Preferida”, aceita na Pictorial Divisions, participando dessa belíssima exposição. As imagens e gravuras aceitas e premiadas nessas competições, foram expostas no “PSA PHOTO FESTIVAL”, em Williamsburg, Virgínia – USA, de 27 a 30 de Setembro de 2023. Ainda no Mês de Setembro, recebi a Distinção de “GRAND MASTER” (GM.APS), da “AGILE PHOTOGRAPHIC SOCIETY” (APS) de BANGLADESH. Essa Honorável Distinção é concedida aos participantes que atingem o número de 200 fotos aceitas para exposições em Salões de Fotografia organizados pela APS. MINHA EXPERIÊNCIA COMO JURADA INTERNACIONAL Pela terceira vez atuei como Jurada em um Circuito Internacional de Fotografia em Bangladesh. No dia 02 de Setembro de 2023, às 12:00h de Brasília – Brasil, às 08:00h da Califórnia – USA, às 17:00h de Roma – Itália e às 21:00h de Dhaka – Bangladesh, realizamos pelo ZOOM a reunião de Premiação do “WORLD PHOTO STORY CIRCUIT 2023”. Três Jurados e o Presidente Sohel Parvez Haque, representantes de quatro Países, de três Continentes, com diferentes idiomas, em perfeita sintonia através da Linguagem Universal da Fotografia, todos com um objetivo comum, julgar equitativamente valiosos trabalhos de Fotógrafos de vários Países, que pela sua qualidade técnica e beleza, encantam a todos nós. Nessas Lives de Premiação, após analisar minuciosamente os trabalhos inscritos, aqui foram 2480, cada Jurado escolhe suas fotos preferidas para receber as premiações, com a anuência de todos os demais. Essa experiência tem sido para mim uma fonte de aprendizado, que me proporciona, 11 INFOTO
além do conhecimento e da oportunidade de apreciar belos trabalho artísticos, o prazer de conhecer Jurados experientes e fazer novos amigos. É indiscutível o poder da Fotografia na união entre os Povos. DICAS DE OURO CONCURSOS ANUAIS, COM TEMAS ESPECÍFICOS Nos Concursos Internacionais de Fotografia, as Seções básicas são: Open Color, Open Monochrome, Nature e Photo Travel. No entanto, alguns Concursos apresentam, além dessas, outras Seções com Temas específicos, o que se torna uma grande oportunidade para expressar a Criatividade. Um exemplo disso é o “SALON DAGUERRE” – organizado pelo “Photoclub Paris Val-deBièvre - PARIS – France”, do qual participo desde 2020 e possuo 09 fotos aceitas para exposição, sendo 5 de temas específicos. Vejam esses exemplos: 13º SALON DAGUERRE 2020 – França Tema: “WATER” Onde a água em sua forma líquida, foi o Tema principal. Participei com a foto “Nadando através da Luz”, feita nas Piscinas Naturais de Porto de Galinhas - Pernambuco, Brasil, que foi aceita para a exposição.
Nadando através da Luz
14º SALON DAGUERRE 2021 – França Tema: “Summer Time” O tema da foto foi o Verão e o seu significado. O Verão para mim, significa Praia, Sol e Mar. Participei com a foto “Summer on the Beach”, que mostra a Praia do Centro de Porto de Galinhas - Pernambuco – Brasil, também aceita para a exposição
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Summer on the Beach 15º SALON DAGUERRE 2022 – França Tema: “Fast forward” Aqui o Tema foi o Movimento, que poderia estar congelado no Tempo ou não e mostrar o contraste entre desfoque e nitidez. Participei com a foto "The Dance of the Hummingbird”, que mostra o movimento das asas do Beija-flor-preto (Florisuga fusca),feita na Pousada da Fazenda, em Monte Alegre do Sul – SP, Brasil. Ela foi publicada na página do Salão Daguerre no Instagran @daguerresalon - ao lado de outras 3 fotos, numa propaganda do Salão Daguerre 2023, com os devidos créditos e o seguinte texto: “The Salon Daguerre team will be sending you their best photos of Birds from the 2022 edition to accompany your flight.” (“A equipe do Salon Daguerre enviará para vocês as melhores fotos de pássaros da edição 2022 para acompanhar o seu voo.”) O que me deixou muito feliz.
The Dance of the Hummingbird 16º SALON DAGUERRE 2023 – França Tema: “Tree / Trees” Onde o tema principal foi uma árvore ou várias árvores. Minhas fotos aceitas para a exposição foram: “Piuva no Pantanal” e “Two Trees”, ambas feitas no Pantanal do Mato Grosso, Brasil.
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Piuva no Pantanal
Two Trees
SUGESTÕES DE SALÕES e CIRCUITOS PARA O BIMESTRE DE NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2023: THREE COUNTRY CIRCUIT (Republic of Ireland) Encerramento: 15 de novembro de 2023 https://photoclubemerald.com
SARDINIA (Italy) Ecerramento: 03 de dezembro 2023 https://photosardinia.com/international/
ONE PLANET CIRCUIT (Bangladesh) Encerramento: 20 de novembro de 2023 https://agilefoto.com/
VEDANTA (India) Encerramento: 08 DE Dezembro de 2023 https://vedantasalon.in
CHRISTMAS PHOTO AWARDS (Sri Lanka) Encerramento: 22 de novembro de 2023 https://kiannaclicks.com
NEW YORK PHOTO FAIR NYPF (USA) Encerramento: 11 de dezembro de 2023 https://www.nyphotoassociation.org
BLENDA (2023-551) (Serbia) Encerramento: 26 de novembro de 2023 http://photobalkana.com/blenda
PSA CHINA SPECIAL THEME (China) Encerramento: 26 de novembro de 2023 https://salon.psachina.org
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MOMENTUM (North Macedonia) Encerramento: 17 de dezembro de 2023 https://theiaap.com/e/momentum/
KANTARA PHOTO AWARDS (Cyprus) Encerramento: 30 de dezembro de 2023 http://www.nicosiafoto.com/kantara/
Buen Camino! Fotógrafas Margarida Moutinho e Ináh Garritano (Nossas correspondentes em Portugal) Parece clichê, e até pode ser, mas o Caminho começa na decisão de o fazer. Como alguém decide que quer caminhar pelo menos 100km (oficialmente caminhamos 124km), com uma mochila nas costas, dormir em albergues, se alimentar como for possível e, ainda assim, imaginar que tudo isso traria momentos de felicidade? Não sei... Individualmente, eu e Ináh carregávamos esse sonho desde muito antes de nos conhecermos. Depois de passarmos por covid-19, problemas sérios de saúde de nossa filha, de nossos pais, etc, sentimos que seria o momento de sairmos para vivermos alguns sonhos. O Caminho de Santiago foi o escolhido. Foram meses de preparação e o desejo de chegar à Catedral no dia em que completaríamos 10 anos de casamento. A primeira coisa que nos perguntam é sobre a preparação física. Nos preparamos fisicamente em academia com aulas de fortalecimento muscular e preparação de nosso sistema cardiorrespiratório. Mas, tão importante quanto cuidar do corpo, cuidamos do emocional. Paralelamente fomos estudando sobre os diversos Caminhos. Lemos e ouvimos experiências de outros peregrinos, vimos notícias, vídeos... tudo quanto conseguíamos de informações. Fizemos o planejamento de quilometragem dentro dos dias que teríamos disponíveis, traçamos as etapas, fizemos lista de albergues, época para a peregrinação levando em conta a estação do ano em que queríamos caminhar... Junto a tudo já mencionado precisamos providenciar o equipamento necessário com atenção especial à mochila, botas de trilha, meias e bastões. Se alguém se interessar e quiser conversar conosco sobre a experiência, pode nos contactar aqui pela revista ou pelo instagram @margarida.moutinho.13 ou @inahcp . Não, não somos influenciadoras, não ganhamos dinheiro com isso. Apenas fomos peregrinas. Foram seis dias de caminhada. Escolhemos o Caminho Central Português. Saímos de Lisboa de comboio (trem) até Valença do Minho. De lá, seguimos, a pé, para Tui (cidade linda!) na Espanha. Lá pernoitamos para começar cedo no dia seguinte. Passamos por muita beleza, conhecemos pessoas incríveis, rimos e aprendemos muito com Maria do Rosário (uma angolana que viveu no Brasil e agora vive em Aveiro, aqui em Portugal), a Isabel, uma brasileira toda serelepe; a Christine, uma francesa que puxou conversa porque achou muito poético o bailar das minhas meias secando penduradas na mochila; a Deolinda, uma senhora portuguesa de muita garra e que 15 INFOTO
estava fazendo o Caminho pela segunda vez em 15 dias; a Alexandra, uma espanhola com quem partilhamos o primeiro quarto de albergue e que, sempre que nos encontrava, nos incentivava a enviar as mochilas nos carros contratados (mas não seguimos o conselho dela. Apenas nos livramos de peso pelo Caminho)... E foram tantos, tantos outros peregrinos que apenas se comunicavam com um olhar ou um sorriso. Apesar de cada um seguir o seu próprio Caminho, com suas limitações, seu rítmo, carregando mais ou menos peso... o objetivo final era o mesmo: Chegar a Santiago de Compostela. Não havia competições nem fronteiras. Todos se ajudavam e incentivavam a continuar sempre no “Buen Camino”. Foram momentos em que nos sentimos verdadeiramente como irmãos, não importando a etnia ou país. No caminho reinava a Paz. Nos deliciamos com o Caldo Galego (nem vou contar o quanto tomamos de caldo galego! Rsrsrsrsrs); com a tortilla de batata; com as uvas que colhíamos e nos davam força para continuar; pelo sorriso e acolhimento dos galegos... Mas também aprendemos com cada bolha nos pés, com cada dor, com os pensamentos iniciais de “o que faço aqui?”. Embora sozinhas, sempre estivemos acompanhadas de nossa filha, de nossos pais, nossos irmãos, sobrinhos, Natálias e nossa querida psicóloga, Cláudia Ribeiro. Eles foram parte da energia que nos impulsionou. As fotos que trazemos são fotos de peregrinas. São só uma pequena pincelada da grande vivência! Caminhamos com sol, muita chuva, emoções, gratidão, superação e principalmente com muita Paz e Amor. A quem nos pergunta se valeu a pena, respondemos que já estamos pensando no próximo Caminho. Quando os quilômetros vão se aproximando do “fim do Caminho”, há um misto de “Ufa! Vamos conseguir!” com um “Que pena, chegaremos em breve...” Mas percebemos que chegar a Santiago de Compostela não é o “fim do Caminho”. Pelo contrário, chegar é a possibilidade de reconhecermos que, no “Aqui e Agora” nos possibilita emoções e vivências experimentadas neste Caminho tão particular, tão individual, ainda que compartilhado. E sim, comemoramos nossos 10 anos de casadas, precisamente no dia em que chegamos a Santiago de Compostela. Caminhamos o “Buen Camino” e ainda queremos caminhar muitos mais.
Final de tarde em Tui 16 INFOTO
De Tui para O Porriño
De Tui para O Porriño
De O Porriño para Redondela
De O Porriño para Redondela
De Redondela para Pontevedra Amarelo indica Santiago e Azul indica Fátima
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De Redondela para Pontevedra
De Pontevedra para Caldas de Reis
De Calda de Reis para Padrón
De Calda de Reis para Padrón
De Calda de Reis para Padrón
De Calda de Reis para Padrón
De Padrón para Santiago
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De Padrón para Santiago
A Catedral de Santiago de Compostela
Chegada a Santiago
À chegada - o merecido descanço dos peregrinos 19 INFOTO
CONGADA, ARSÊNIO DA SILVA, RIO DE JANEIRO, C. 1860 Fotógrafo Pedro Karp Vasquez
Escritor e fotógrafo, Pedro Karp Vasquez é autor de trinta livros, entre os quais figuram obras de referência como: Dom Pedro II e a Fotografia no Brasil; O Brasil na Fotografia Oitocentista; Dicionário Técnico da Fotografia Clássica. Esta pode ser considerada a primeira fotografia de caráter antropológico e etnográfico realizada no Brasil, além de ser igualmente um dos primeiros registros de caráter religioso, já que a congada não é um simples folguedo folclórico como muitos pensam e sim, em sua origem, um festejo religioso afro-brasileiro de profundo significado sincrético. Pouco lembrado hoje como fotógrafo, o recifense Arsênio Cintra da Silva (1833-883) foi um pintor de sólida formação. Estudou em Paris e em Roma, teve seu talento reconhecido pelo primeiro dos nossos críticos de arte, Gonzaga Duque, e foi um professor dedicado, tendo entre seus alunos um dos mais célebres fotógrafos oitocentistas, Joaquim Insley Pacheco. Além de ter participado de diversas edições das Exposições da Academia Imperial das Belas Artes, Silva se destacou como fotógrafo precursor de um enfoque jornalístico ao documentar, em 1864, os festejos celebrados no Largo do Paço, no Rio de Janeiro, por ocasião do casamento da princesa Isabel e do conde d’Eu. O que chama a atenção neste esplêndido registro de uma congada é a total ausência de um olhar eurocêntrico ou paternalista. Arsênio da Silva registra o ritual festivo com absoluta normalidade, sem qualquer laivo de pitoresco. Revela-se assim um genuíno precursor dos fotógrafos que, no século XX, iriam se dedicar ativa e seriamente ao registro das diversas facetas da cultura negra sem o sensacionalismo da grande imprensa, como a revista O Cruzeiro, que não hesitou em qualificar um ritual de iniciação de três Iaôs (filhas de santo) de “Noivas dos deuses sanguinários”. Arsênio da Silva antecipa, portanto, o olhar compreensivo e compassivo de Marcel Gautherot, Januário Garcia ou Pierre Verger, convertido ao Candomblé do qual se tornou sacerdote, Babalaô, assumindo o nome de Fatumbi “nascido de novo graças ao Ifá” (uma espécie de oráculo religioso).
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Aula com Leo Mano
Inteligência Natural (Parte 2)
Fotógrafo Leo Mano
“O cérebro é um computador eletroquímico (levemente alcalino) que queima glicose a 20 Watts e pesa 1400g com quase 100 bilhões de neurônios (os elementos computacionais) processando informações a 10 ciclos por segundo”. (Stafford Beer) Imagem 1 (Rosto Triste) Não importa qual seja a cena: Se houver uma pessoa na foto, ela será o principal elemento da composição. Será neste elemento que seus olhos irão fixar antes de qualquer outra coisa. Será exatamente ali o ponto de entrada de quem observa a fotografia. Toda a história que puder ser contada, partirá daquele ponto. Você pode até tentar trapacear... olhar apenas para o cantinho da foto... mas seu cérebro, antes mesmo que você se dê conta, já “escaneou” a foto inteira e identificou seu elemento principal. Seu cérebro é mais rápido que sua consciência! Você acha mesmo que tem total controle sobre seu cérebro, um caldeirão de substâncias químicas sacudidas por correntes elétricas? Quanto otimismo! A Luiz Carlos Justino verdade é que seu cérebro faz uma infinidade de coisas sem sua permissão ou controle. Ele é tão eficiente nisso que, além de rápido, é imperceptível. Da mesma forma que uma “super câmera lenta” nos permite observar o herói “The Flash” em ação no cinema, vamos acompanhar, passo a passo, as façanhas da Inteligência Natural (IN) quando ela se depara com uma foto. Para isso, vamos viajar na velocidade da luz. Como foi dito na Parte 1 deste artigo, a IN possui várias especializações. Uma das mais básicas é o reconhecimento de padrões. Esta habilidade nos permite supor que a pessoa na foto (imagem 1) é um jovem. Mas não só isso. Seu rosto parece sinalizar algum desconforto ou contrariedade. Seu olhar cabisbaixo e sua testa franzida, passam uma sensação de tensão. Acontece que a Inteligência Artificial (IA) também é altamente eficiente em reconhecer padrões, tornando-a perfeitamente capaz de classificar o estado de ânimo de nosso personagem. 22 INFOTO
Contudo, nosso cérebro é uma máquina que não pára. As demais especializações (criatividade, análise, etc) estão sempre ativadas. Não existe uma chave “liga/desliga” para elas. É por isso que não podemos evitar especular o motivo desta tensão. Pode ser que esta criança (que parece oprimida) tenha sido repreendida pelos seus pais um minuto antes ou, quem sabe (num contexto maior), esta aparente submissão pode estar simbolizando alguma condição social e política mais ampla. Tudo é possível. Talvez a imagem 1 lhe faça recordar os momentos em que você mesmo se sentiu cansado e pensou em desistir. Poderia a IA, por exemplo, ver a si mesma em uma fotografia?
Luiz Carlos Justino
Imagem 2 (Um Braço) Um novo elemento surge em nossa imagem. Uma pequena parte de um instrumento musical. Esta informação não existia até este momento. Agora podemos elaborar um pouco mais nossas conjecturas. Devo recordar-lhes que estamos viajando na velocidade da luz. Estamos acompanhando, passo a passo, as etapas pelas quais seu cérebro percorre (antes mesmo que possamos dar um piscar de olhos). Tudo acontece muito rápido e inconscientemente. Depois de identificar nosso personagem principal, sua mente tentará montar o contexto da cena. Talvez o menino não tenha sido repreendido pelos seus pais. Ele pode ter sido reprovado pelo professor de música ou, quem sabe, ele não queria estar ali. Talvez seu sonho verdadeiro seja jogar futebol e se tornar um novo “Pelé”!
Estes conflitos só existem porque a nossa vida em sociedade não é perfeita. Nem sempre podemos fazer o que gostamos ou queremos. As máquinas, ao contrário, trabalham em conjunto obedecendo protocolos rígidos que garantem harmonia e eficiência. Máquinas não se identificam com nossa realidade caótica. Possivelmente, a IA classificará nosso personagem como um “músico triste” ou, se seu reconhecimento de padrões estiver mais avançado, um “violoncelista triste”. Antes de mostrar a imagem 3, devo apresentar formalmente nosso personagem. Ele se chama Luiz Carlos Justino e foi fotografado por mim em 2016 quando ele tinha 18 anos. Ele se apresentava no Campo de São Bento em Niterói (RJ) da mesma maneira que vários outros músicos se apresentavam individualmente espalhados pelo parque. A história que irei contar é de conhecimento público e, por isso, não estarei expondo privacidades que já não tenham sido publicadas anteriormente. Eu jamais poderia imaginar que, um ano depois desta foto, nosso personagem seria envolvido num assalto à mão armada. Ele foi reconhecido pela vítima através de uma 23 INFOTO
fotografia! Em 2018 foi emitido um mandado de prisão e, em 2020, nosso personagem Luiz foi identificado durante uma abordagem policial. Naquele mesmo instante, Luiz foi conduzido à delegacia onde ficou preso. O espanto foi enorme, não apenas para o Luiz, mas também para todos os seus amigos e familiares que se mobilizaram imediatamente. No dia e hora do assalto, Luiz estava se apresentando com uma orquestra. Tudo comprovado por filmagens e testemunhos. Diante disso, Luiz foi liberado pela justiça. Eis que, em 2022, nosso personagem é novamente abordado por policiais em uma blitz que, graças ao sistema BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão), constataram que havia um mandado em aberto emitido em 2018 (o mesmo mandado que não teve a devida baixa). Ato contínuo, recolheram nosso personagem ao xilindró pela segunda vez pelo mesmo motivo e, novamente, sem razão. O caso se tornou tão escandaloso que foi parar num programa de TV dominical de grande audiência em todo o país. O próprio Conselho Nacional de Justiça teve de se pronunciar publicamente sobre o caso. Entre outras declarações, o CNJ propôs a “realização de auditoria conjunta pelas equipes de tecnologia dos dois órgãos (TJRJ e CNJ) para corrigir a ferramenta de integração entre os sistemas”. A possibilidade de falha humana não foi descartada e seria apurada. Você acha que essa história nada tem a ver com IN ou IA? Sob o meu ponto de vista, alguns aspectos recorrentes precisam ser destacados. a) A IN falhou ao reconhecer padrões em uma fotografia identificando erradamente nosso personagem como autor de um assalto. b) A IN falhou ao dispor fotos de jovens sem antecedentes criminais (ou qualquer passagem pela polícia) para efeito de reconhecimento de autoria de crimes. c) A IN falhou ao não cumprir todos os protocolos operacionais que garantiriam a baixa do mandado de prisão. d) A IN tenta, de alguma forma, se eximir ou minimizar sua culpa ao aventar potenciais falhas cometidas por uma entidade chamada “sistema”. Em outras palavras, acho que o desenvolvimento da IA tem muito a nos oferecer para melhorar nossa vida cotidiana e também profissional. Não acho que a IA torna as pessoas “burras”. Escritores, designers e músicos podem usar IA de diversas maneiras (principalmente naqueles dias em que a inspiração não vem mas o prazo de entrega está terminando) buscando idéias e soluções da mesma forma que se faz numa reunião de equipe. Na fotografia, especificamente, os recursos de IA aumentam a cada nova versão dos principais editores de imagem. O valor artístico do fotógrafo continuará sendo reconhecido se ele souber usar a máquina de maneira correta. Vou abrir um parênteses aqui para não me furtar em responder as perguntas que todos querem fazer: “O Leo é à favor da IA? A IA vai dominar a humanidade”? Respondo: “sim” e “não sei”. Acredito que a IA ainda está em sua infância e, mesmo assim, já se mostra uma ferramenta extremamente potente em várias áreas da atividade humana. Na pesquisa científica, na medicina, nas guerras, etc. Ela será usada para o bem e para o mal. O fato é que a IA veio para ficar. Não vejo possibilidade de ser diferente pois até as bombas atômicas, com todo o seu conhecido poder destrutivo, foram construídas com muito 24 INFOTO
empenho e sem titubear. Enquanto a IA for controlada pela IN, coisas boas e coisas ruins acontecerão. Ironicamente, neste sentido, a “singularidade” (quando as máquinas ditarão seus próprios objetivos sem a interferência da IN) poderá vir a ser nossa chance de paz. Fechando este parênteses, chegou o momento de confessar que as fotos 1 e 2 foram modificadas no PhotoShop usando ferramentas de IA já integradas nas versões mais recentes do programa. A foto original é a imagem 3 que veremos a seguir. Imagem 3 (Os Dedos) Três dedos e parte de um polegar. Apenas isso. Este pequeno detalhe altera toda a dinâmica da cena porque, o que antes era um momento estático, agora é uma história de ação. Luiz está em plena execução de uma peça, concentrado e imerso em sua música. Esta reviravolta na história da foto ocorreu num átimo, uma fração de segundo antes mesmo que seus olhos se dessem conta do que estavam vendo. Quando nossa viagem na velocidade da luz termina, você está ganhando consciência da cena diante de você mas ainda não racionalizou todas as suas impressões. Você tem apenas uma sensação de algo intrigante sem saber bem o que é. É neste momento que lanço mão da “inteligência abstrata” (citada na Parte 1), a Luiz Carlos Justino transcendência. O jovem e o instrumento se transformam em uma coisa só. Não tem mais como separar um elemento do outro. Não existe mais opressão ou tristeza. Nossa história é sobre perseverança, a vitória sobre o improvável e porque não devemos desistir. São coisas que uma IA, a partir de um rosto triste, um braço de violoncelo e quatro dedos de uma mão esquerda, não tem como dar tradução. Assim como o violoncelo precisa do músico para não ser madeira morta, a IA precisará da IN para transcender e ter sua razão de existir.
Contato: +55 21 98392-6661 contato.revistainfoto@gmail.com 25 INFOTO
Qual fotógrafo você quer ser no futuro? Fotógrafo Fernando Talask
Muito tem se comentado como a inteligência artificial vai impactar nas mais diversas áreas de nossas vidas. Já discutimos aqui nas páginas da nossa querida INFOTO e encontramos várias publicações tratando do assunto que, possivelmente, não vai se esgotar. Porém, na última semana me acendeu um alerta sobre o futuro que gostaria muito de compartilhar com os nossos leitores. As mudanças que vamos enfrentar doravante, aceleradas e incontentáveis, farão parte da rotina de todos nós independente, da área que exercemos nossas atividades, sejam elas profissionais ou de lazer. Então minha gente, vamos deixando o quentinho da acomodação de lado e seguir para o que vai fazer parte da nossa vida cada vez mais longa no futuro que já vivemos, o constante aprender. Para a geração que já passou dos 50, fazer um curso superior já era suficiente para garantir um emprego estável e uma vida confortável até a aposentadoria na maioria das profissões. Cursos de atualização ou mestrados e doutorados eram para pessoas raras no Brasil. Esse tempo acabou, todos os dias quando
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acordamos somos despertados por uma avassaladora quantidade de informações que nos obriga a uma estressante atualização. Há bem pouco tempo, comprar o jornal cedinho e ler o que foi notícia no dia anterior te garantia uma atualização muito acima da média nacional. Afinal, era um investimento financeiro diário que restringia bastante o acesso à informação para a maior parte dos brasileiros. Essa introdução não temo intuito de malhar a mesma tecla da preparação para a onda do futuro que vai engolir os acomodados. Pelo contrário, a ideia é alertar para que fiquemos atentos as melhores condições para surfarmos essas ondas. Serão várias, e os enfrentamentos serão diários, mas que deveremos escolher as melhores para nos proporcionar um maior desempenho naquilo que já dominamos. Recentemente tive a oportunidade de realizar um sonho de infância que para quem leu a saga do explorador Ernest Shackleton no livro The Endurance será fácil de entender: ir para a Antártica. Com a minha esposa Diana, ela sempre no maior entusiasmo do mundo e realizadora da expedição, embarquei rumo ao 7º continente. Cruzaríamos a passagem de
Drake, o mar considerado o mais perigoso do mundo, já que essa passagem marca o encontro de dois oceanos, o Atlântico e o Pacífico. Para se ter uma ideia da força da maré, a corrente é 100 vezes mais forte que o fluxo de água do rio Amazonas. Empurrados por uma tempestade de ondas de mais de 7 metros, nossa rota foi desviada para uma área mais abrigada que se chama Deception island. Pelo nome já tínhamos uma pequena ideia do que nos esperava. Além disso, foi um dos maiores matadouros de baleias da época, onde se extraia óleo desses mamíferos para iluminar cidades da Europa. Uma ilha vulcânica que em 1968 teve todos os equipamentos e instalações soterrados pela ação da erupção. Um lugar que poderia ser apropriado para um filme apocalíptico. Na hora do desembarque, o vapor de enxofre envolvia o ambiente em nuvens e, apesar do vento soprar a menos 5º C, a temperatura da água era incrivelmente quente: mais de 30 graus. Parecia a descrição do inferno. Assim, me veio à mente toda a lembrança das fotos em preto e branco e sua força para retratar um cenário como aquele sem a distração da cor, tão comum nos dias de hoje. Pensei nos filmes Tri-X , reveladores de grão fino e aquele cheiro de laboratório fotográfico. Além, é claro, da figura mitológica de Ansel Adams e suas impressionantes paisagens com a variação de cinzas e pretos.
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Usando as técnicas atuais, fiz um ensaio fotográfico sobre aquele lugar com o olhar do passado. A experiência me ensinou que nada no futuro ficará obsoleto e nem perder à importância, tudo terá novos significados e para quem tiver a capacidade do eterno aprendizado irá aprimorar suas habilidades. Muito diferente de se assustar com o que vem pela frente, temos obrigação de entender a mudança e tirar o máximo de benefício dela. Imagino essa transformação como uma possiblidade de termos superpoderes. Criaremos nossas obras de maneiras muito mais surpreendentes, mesmo recriando técnicas já existentes. Além disso, a tecnologia nos aproximou dos quase 8 bilhões de habitante do planeta. Não ficamos mais restritos ao bairro, à cidade ou ao país. O mundo hoje é a nossa galeria. Brinco com meu filho sobre os discos de vinil que é um mercado de nicho muito restrito, porém se 0,0001 por cento da população se interessar por discos, é gente pra caramba. Por isso, não precisamos nos atormentar com o porvir, podemos nos atualizar no que queremos e permanecer onde quisermos. Basta sabermos usar todo esse conhecimento. A atualização constante é a única maneira de encontrarmos os locais onde poderemos aplicar essa força criativa para sermos adequados e quem sabe até queridos. Nunca mais estranhos no ninho, se alguém criticar o excesso de saturação nas suas fotos. Saiba que muita gente vai apreciar. Se acharem o preto e branco deprimente, outros verão conteúdo. Enfim, novas ondas virão trazendo cada vez mais oportunidades e renovação. Por isso, o fotógrafo que você vai ser no futuro carrega uma grande carga de conhecimento do passado. Isso aliado, principalmente, a uma atitude proativa no presente, vai nos levar para a direção que determinamos, não para onde os ventos das mudanças ditam. Não seremos passageiros, mas comandantes do nosso destino. Aproveito a deixa para convidar vocês para a exposição “Pompeia Polar” que farei no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, no Campo de São Bento, a partir do dia 08 de novembro às 18h. Faz parte das comemorações dos 450 anos da cidade de Niterói, e dos meus 45 anos devotados à fotografia, seja como fotógrafo, professor e empresário. Espero vocês lá!
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Mas fotografia dá dinheiro? Fotógrafo Luiz Ferreira Quem é que se dedica à fotografia como profissão e nunca ouviu esta pergunta? É tão recorrente na minha trajetória que resolvi discutir sobre ela neste espaço. A resposta mais imediata é: sim, rende dinheiro. Se suficiente? Vai depender de suas aspirações de consumo. Em todas as atividades econômicas, as recompensas nunca são somente monetárias, há também outros aspectos a considerar, como sentir-se bem na realização da atividade, a sensação de estar sendo útil para sua comunidade e a percepção de crescimento pessoal a cada dia que passa. Pelo menos é assim que vejo o trabalho, seja qual for. Entendo o fruto do meu trabalho como também sendo a minha participação na construção da sociedade, ou assim deveria ser. A minha mais cara utopia seria viver em uma sociedade em que cada um produzisse bens e/ou serviços de acordo com sua aptidão, e usufruísse de tudo o que necessitasse como remuneração. Nessa minha utopia anarquista, não haveria espaço para a acumulação de uns em prejuízo de outros, aliás, de “poucos uns” e “muitos outros”. Lembro-me de uma entrevista de um dos meus grandes ídolos, o cantor/compositor Belchior, em que quando perguntado se ao contrário da época em que compôs um de seus grandes sucessos, “Apenas um rapaz latino-americano”, naquele momento da entrevista, ele “tinha dinheiro no banco”. E sua resposta foi um marco para mim: “Esse negócio de guardar dinheiro é uma tremenda falta de criatividade”. Enfim, “mas fotografia dá dinheiro?” Até rende, mas se dinheiro for o principal motivo que te leve a querer a fotografia como meio de ganhar a vida, acho melhor procurar outra profissão. Sempre lembrando da frase que um amigo meu me disse sobre essa questão: “A única coisa que dá dinheiro é pai, de resto, tem que ralar...”
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HISTÓRIA DA MINHA FOTOGRAFIA Fotógrafo Junior Franco Fiz essa fotografia sob encomenda, em janeiro de 2021, para um projeto que acabou não rolando. Mas, valeu o click, porque adoro desconstruir a imagem, dando asas para a imaginação. Quem sabe eu ainda a use em outro experimento? Ah, para quem não é da fotografia, esse efeito se chama bokeh. Ele é obtido quando o fotógrafo, manualmente, altera a abertura da lente ao extremo, dando esse efeito de desfocado, privilegiando o brilho das fontes de luz.
Envie também a história da sua fotografia. Será um prazer contá-la. E-mail: contato.revistainfoto@gmail.com 30 INFOTO
PASSEIO FOTOGRÁFICO
ANDANDO E CONHECENDO NITERÓI – RJ PARTE 2 Fotógrafo Herminio Lopes
Niterói também tem atrativos como o Parque da Cidade, o Parque da Serra da Tiririca que divide com o município de Maricá, o Campo do São Bento e o Parque ecológico Darcy Ribeiro, além de trilhas ecológicas. Do Parque da cidade temos um dos mais lindos visuais do Estado do Rio de Janeiro.
Foto: Paulo Lopes - Vista das montanhas e cidade do Rio em uma tarde no Parque da Cidade
Foto: Paulo Lopes - No parque da cidade todos curtem a natureza a sua maneira.
COMO ROTEIRO HISTÓRICO destaca-se o passeio aos Fortes. Destas construções destacam-se a imponente Fortaleza de Santa Cruz da Barra e o Forte de São Luiz e do Pico que está a mais de 200m de altura. Também é legal visitar os fortes: do Imbuí, do Barão do Rio Branco e São Domingos.
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Fotos: Áreas internas da Fortaleza de Santa Cruz da Barra
Da Fortaleza de Sta. Cruz da Barra vemos a entrada da Baía de Guanabara e seu interior imediato, destacando-se o velho Forte da Laje
Foto: Herminio Lopes – Entrada da Baía de Guanabara
Foto: Herminio Lopes – Entrada da Baía de Guanabara e à direita o Forte da Laje, desativado
PRAIAS: Para quem gosta de fotografar em praias, destacam-se as praias de Camboinhas, Itacoatiara, Piratininga, Itaipú e Sossego, na Região Oceânica, e Icaraí, S. Francisco e Charitas, na Baía de Guanabara. Temos ainda as praias Das Flexas, Boa Viagem, Jurujuba e Adão e Eva.
Foto: Herminio Lopes - A bela Praia de Boa Viagem, Próxima ao MAC.
Niterói é um parque de diversões para nós fotógrafos, pois temos na cidade, praias, montanhas, prédios históricos, parques naturais, praças ao ar livre e pessoas. Caminhar no Gragoatá é um convite para belas fotos. Temos um calçadão beirando o mar, de onde se tem uma bela vista para o Rio e de quebra algumas plataformas de petróleo ancoradas. É um verdadeiro balneário para os vários estilos fotográficos.
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Foto: Herminio Lopes - Plataformas podem ser vistas do calçadão do Gragoatá.
Continuando por este caminho se chega na praia de Boa Viagem e em seguida Praia de Icaraí.
Foto: Herminio Lopes – Praia de Boa Viagem com o MAC e ao fundo a praia de Icaraí
Chegando em Icaraí, bairro Badalado de Niterói, não serei eu a falar sobre o bairro, mas transcrevo aqui uma participação do saudoso amigo e grande fotografo Wander Rocha numa matéria no site Onde Fotografar, para falar um pouco sobre ele, sobre o Bairro de Icaraí e sua paixão por Niterói e pela fotografia, como uma forma de homenageá-lo em nossa revista. Claro que veremos alguns de seus belos cliques pela cidade! POR WANDER ROCHA (In Memoriam): “O melhor de Niterói é a vista para o Rio!” Sempre que ouço esse gracejo, de algum amigo morador da cidade do Rio de Janeiro, minha pronta-resposta é... “Graças a Deus!!” rs Olá, meu nome é Wander Rocha, morador do bairro Jardim Icaraí (na verdade uma Santa Rosa gourmet só para aumentarem o IPTU) há 7 anos e fotógrafo apaixonado por imagens outdoors, onde o elemento principal é a natureza. Nascido e criado no Rio de Janeiro, adotei Niterói após meu casamento, uma vez que minha esposa já era moradora da cidade. Icaraí é um bairro do município de Niterói, no Rio de Janeiro. Está situado na Zona Sul do município, banhado pela parte leste da Baía de Guanabara. Se estende por uma área de 9,69 km², fazendo fronteira com os também bairros niteroienses do Centro, Ingá, Jardim Icaraí, Santa Rosa, São Francisco e Vital Brazil. Bairro de classe média, com todos os problemas encontrados nos demais bairros de Niterói, mas um pouco mais maquiado, Icaraí possui uma grande diversidade comercial que vai desde restaurantes luxuosos à pé-sujos de grande categoria, hortifrutis chiques à quitandas do século passado, colégios caros e conceituados à tradicionais escolas públicas, prédios de padrão classe A à casarões antigos (se bem que esses estão desaparecendo), boutiques de luxo à lojas de 1,99... Enfim, é um bairro para todos os gostos e bolsos. Talvez essa diversidade seja a responsável pelo grande charme que o bairro tem. Mas voltando ao que interessa, ou seja, os points de fotografia, o carro chefe desse bairro é a Praia de Icaraí, com sua vista deslumbrante do Rio.
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Foto: Wander Rocha - Vista panorâmica do bairro de Icaraí com as belas montanhas do Rio ao fundo Sou um frequentador apaixonado e assíduo. Sempre que posso, dou uma parada na praia e faço alguns cliques no final do dia. Não é raro, quando posso, descer no meio do caminho para casa, só por ter avistado um belo pôr do sol, uma tempestade com suas nuvens negras ou um céu repleto de nuvens multicolores. Ao descer sento em alguma mureta da praia, respiro tranquilamente, curto aquele momento por alguns minutos, saco meu celular, componho minha foto e “sento o dedo”. Quando não dá para descer, é de dentro do ônibus mesmo que sacio o meu desejo de capturar uma bela paisagem.
Foto: Wander Rocha - Céu multicolor emoldurando as belas montanhas do Rio
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O “meu quintal” de São Bento Fotógrafo Fabiano Cantarino O Campo de São Bento é um jardim público urbano localizado no bairro de Icaraí, Niterói-RJ. O terreno no qual se situa pertencia ao Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, comprado no final do século XVII. No século XIX, serviu de campo de treinamento militar e era alvo de muitas reclamações em função dos alagamentos frequentes do rio Icaraí e da proliferação de insetos. No início do século XX, foi finalmente urbanizado de acordo com as concepções do paisagista belga Arséne Puttemans, que o projetou como "Jardim Inglês". Com 50.000 metros quadrados, ele possui o rio Icaraí canalizado de forma sinuosa, lago artificial, gruta e pontes, belvedere e coreto. Abriga um centro cultural, uma escola e um pequeno parque de diversões. Sedia eventos culturais para todas as idades e estilos, bem como atividades físicas e educativas. Em suma, é um local público em essência, onde a pessoa se diverte, se aprimora, se sustenta e interage com outros cidadãos, formando laços de respeito e civilidade. Minha conexão com o Campo de São Bento começou na década de 1970, quando me mudei para as redondezas. Longe de ser um frequentador assíduo, sempre tive com o Campo uma relação morna: meio de passagem, local de diversão e passeio. Então, veio a fotografia e aí o Campo (ou o “meu quintal”) virou laboratório e sala de aula: luz, forma, textura, cor, tons, contraste etc. Desde então, minha fotografia é “aquecida” no Campo; é nele que reativo alguns neurônios dispersos e coloco o cérebro para pensar em luz, forma, textura… em fotografia. Esse ensaio reúne minhas primeiras visões e as mais recentes capturas no Campo. É um pequeno manifesto de carinho e consideração pelo lugar que nos faz sentir melhor.
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... e por falar em equipamento fotográfico... Fotógrafo Davy Alexandrisky Eu conheço muita gente, nas mais diversas áreas profissionais, e estou fazendo o maior esforço de memória para ver se me lembro de, pelo menos, uma única pessoa que não deseje usufruir das melhores ferramentas disponíveis para o seu respectivo ofício. Seja ele de que natureza for. Acho que já comentei em um ou mais artigos que publiquei na INFOTO, que sempre comprei os melhores equipamentos fotográficos ao alcance do meu bolso. Aliás, até hoje, quando alguém me procura antes de comprar uma câmera, para que eu indique o melhor equipamento, minha resposta é, sempre, exatamente a mesma: a que o seu dinheiro der para comprar. Porque entre as três marcas de câmeras mais populares (as que a maioria esmagadora dos profissionais usam: Canon, Nikon e Sony – em ordem alfabética e sem qualquer juízo de valores), você tem as chamadas “câmeras de entrada”, mais baratas, até as top de linha. Assim, se você gosta de Canon ou de Nikon ou de Sony, escolha entre os modelos da sua marca preferida, aquele que seja mais viável ao seu bolso. E isso vale para analógica ou digital, SLR ou mirrosless. Ou seja, minha recomendação é que a pessoa compre o melhor modelo da sua marca preferida. Porque quanto melhor for o seu equipamento, maiores são as chances da sua foto ficar melhor. Simples assim! Obviamente, que entre dois fotógrafos com experiências distintas, provavelmente o fotógrafo mais experiente, mesmo com uma câmera de qualidade inferior à câmera do fotógrafo iniciante, terá a chance de conseguir uma foto melhor. Porque quem fotografa é o fotógrafo e não a câmera. Mas se o teste consistir na entrega de dois equipamentos, de qualidades distintas, para um mesmo fotógrafo experiente, que saiba explorar as possibilidades oferecidas pelo equipamento fotográfico, com certeza ele conseguirá um melhor resultado com a câmera melhor do que com a Câmera pior. Isso é elementar. Certamente, como já mencionei anteriormente, tudo o que escrevi até aqui é absolutamente óbvio. Mas se o escrevi foi para introduzir uma ideia que usei por muitos anos em que me dediquei ao ensino da fotografia.
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Uma boa câmera serve para você capturar da melhor forma possível o que você escolheu para fotografar. E como dito mais acima, quanto mais você conhecer os três ou quatro dispositivos de controle de entrada de luz, no filme ou no sensor, melhor será o resultado da foto. Eu digo três ou quatro, porque na câmera digital o dispositivo da indicação do ISO se soma aos três dispositivos: foco, obturação e diafragma, disponíveis nas câmeras analógicas. O que é mais uma razão para eu adorar a fotografia digital e não querer nem ouvir falar mais em fotografia analógica. Imagina que maravilha é sair de um ambiente que me exigia um filme de 100 ISO para um ambiente que me exigirá um filme de 3200 ISO, com o mesmo “filminho” na câmera. Ou, ainda, fotografar num outro cenário que me exija um, inimaginável, filme de 64.000 ISO! É ou não é uma maravilha? Mas, voltando ao assunto que me traz hoje às páginas da INFOTO, me repetindo, a câmera não escolhe o que fotografar, muito menos como. E é aí que, após duas ou três semanas ensinando sobre as funções do foco, obturador e diafragma, numa câmera fotográfica, e suas implicações no resultado final de uma fotografia, eu marcava uma aula prática para fotografarmos. Com um pequeno detalhe: a proposta era fotografar... sem câmera! Sim, isso mesmo: fotografar sem câmera, como nessa foto que ilustra esse texto.
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Porque tão essencial quanto dominar o seu equipamento, para que ele te proporcione as condições ideais de escrever, com a luz, a narrativa imagética que você quer contar ao expectador da sua foto, é a sua educação visual para arbitrar o espaço da imagem a ser capturada. Esse é um exercício que eu julgo fundamental para quem pretende fotografar o “cotidiano”. Tem certas frases que acabam sendo recorrentes nos meus escritos, porque elas atravessam várias questões dentro da fotografia. Como, por exemplo, já parafraseei aqui o Michelangelo quando alguém que lhe perguntava como conseguia fazer suas esculturas enormes nos blocos de mármore, respondendo: as figuras já estão dentro dos blocos de mármore, eu só tiro os excessos para elas se mostrarem”. Com a fotografia também passa o mesmo: em qualquer lugar tem uma foto. Basta que você vá retirando o excesso de informação, até chegar a um mínimo de informação por centímetro quadrado, que você não dará chance ao expectador se distrair, para ver exatamente o que você pretende mostrar. Exercite o seu olhar fotografando sem câmera! O que além de tudo não atrai o ladrão. O único risco é aparecer alguém com uma camisa de força e levá-lo para o manicômio. Mas isso é pouco provável!
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Coluna Your Self Renato Nabuco Fontes
Ser líder de si mesmo: um exercício desafiador e necessário de todos os dias. Falamos tanto em liderança de pessoas, de equipes, de projetos, de empresas, mas antes de tudo isso, é fundamental ser líder de si mesmo! E aí, concorda? Ser líder de si mesmo envolve principalmente autoconhecimento. É o melhor caminho para alcançar o autodesenvolvimento e o sucesso pessoal e aí posteriormente na vida profissional. Para ser líder de si mesmo, é importante entender seus valores pessoais, habilidades, seus pilares de vida, o que te norteia e dessa forma, definir seus objetivos. Crie um plano realista, com metas claras, específicas e com prazos para conseguir alcançá-las. Pratique a autodisciplina diariamente, gerencie seu tempo eficientemente e esteja aberto ao aprendizado contínuo, afinal o seu maior adversário é você mesmo nessa jornada. Cultivar a resiliência diante dos desafios também é crucial, por isso, mantenha uma mentalidade positiva, adapte-se às mudanças e assuma a responsabilidade por suas ações e escolhas, pois dessa forma você estará no caminho certo para liderar efetivamente a si mesmo. Desenvolva hábitos positivos e produtivos, mantenha um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional. Nós somos um só, porém é necessário definir prioridades na nossa vida! Tem que existir momento certo para tudo. Aprenda com os desafios, faça uma avaliação das suas atitudes, pratique a automotivação e por fim, celebre suas conquistas. A reflexão constante e a busca pelo autoaperfeiçoamento são fundamentais para liderar eficazmente a si mesmo. Fez sentido para você? Então seja líder de si mesmo e entre agora em ação! Vem comigo, vamos em frente, vamos juntos!
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ACONTECENDO Fotógrafo Antonio Alberto Mello Simão
O Presidente da CONFOTO – Confederação Brasileira de Fotografia, Carlos Gandara foi convidado pela Associação de Fotógrafos da China para participar do Simpósio Internacional de Fotografia e do renomado Festival de Fotografia de Lishui, na China, de 06 à 10 de Novembro do ano em curso. Este convite representa para a CONFOTO, um reconhecimento da excelência e relevância da fotografia Fotoclubística no contexto sul – americano. Foi inaugurada na Aliança Francesa de Niterói – RJ, a Exposição Individual do Fotógrafo Junior Franco. Serviço: Visitação de 10/11 até 08/12/2023, de Segunda a Sexta das 10h às 20h (Fechado durante o período de almoço). Aliança Francesa – Niterói Rua Lopes Trovão, 52 – 2º Andar – Icaraí – Niterói – RJ Os nossos parabéns e votos de sucessos. O Fotoclube de Mulheres – Salvador – BA, está com uma vasta programação de atividades, exclusivas para fotógrafas do seu quadro de associadas. A foto ao lado é do convite para a Remada Fotográfica que acontecerá no dia 11/11/23 às 16h30, com a saída da Praia da Preguiça. 41 INFOTO
SFF - Quase Um Século A Sociedade Fluminense de Fotografia, completou no dia 12/10/23, 79 anos de existência. Essa importante comemoração contou com um grande número de associados e familiares, sob a liderança do Presidente Antonio Machado, que há 30 anos vem mantendo, construindo e ampliando a atuação da gloriosa SFF, na divulgação da Arte da Fotografia no Brasil e no mundo!!!!! Os nossos parabéns ao Presidente Antonio Machado pelo seu profícuo trabalho, a todos os amadores de fotografias que fazem parte do Quadro Social, aos Srs. Professores e alunos da Sociedade Fluminense de Fotografia.
Sociedade Fluminense de Fotografia Missão Disseminar o conhecimento em fotografia ao preservar a memória, disponibilizar seu acervo para pesquisa, promover o ensino técnico e estimular a produção artística. Visão Perpetuar as conquistas da instituição, garantindo sua solidez, avanço e alto sustentabilidade. Ampliar sua estrutura física e seus acervos fotográfico e bibliográfico Valores Difusão do conhecimento e incentivo à cultura Valorização da diversidade pela integração de visões distintas Responsabilidade socioambiental Viva a Sociedade Fluminense de Fotografia viva. Os nossos aplausos ao fundador Dr. Jayme Moreira de Luna.
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O Leitor Escreve Este espaço está reservado para você, prezado leitor. Comunique - se: contato.revistainfoto@gmail.com Envie a sua fotografia para ser publicada no próximo número da nossa revista(Galeria dos Leitores). E-mail - contato.revistainfoto@gmail.com
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