Revista INFOTO Nº 14

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INFOTO REVISTA BIMENSAL DE FOTOGRAFIA E VÍDEO

Fevereiro/Março 2024|Nº14|ANO4

Buongiorno Fotógrafas Margarida Moutinho e Ináh Garritano


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Prezado Leitor, Vamos fotografar? Um fotógrafo, certa vez, escreveu que um grupo de amigos dele, para onde fossem, levavam cadernos de capa preta e lápis. Eram estudantes de Artes. Mesmo reunidos em uma mesa de bar, conversavam e desenhavam naqueles cadernos. E ele, o fotógrafo, achava aquilo muito interessante, mas não sabia o por que daquele exercício diário? Certo dia, ao perguntar a um dos seus amigos, o fotógrafo soube que aquele exercício era uma sugestão do seu professor, para que os alunos treinassem todo o tempo possível. O fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson afirmou que “As suas primeiras 10.000 fotografias são as piores”. O ANTONIO ALBERTO MELLO SIMÃO campeão americano de golf Tiger Woods disse que DIRETOR E EDITOR “Quanto eu mais treino, mais sorte eu tenho”. Para o jornalista britânico Macom Gladwell, “Você precisa de 10.000 horas de prática em algo para ter o conhecimento daquilo que está se fazendo”. FOTO DA CAPA Então, vamos fotografar? Neste número contamos com a participação dos Fotógrafos Especialistas Alexandre F. Maciel e Gildaty Pimentel, Dalva Couto, Davy Alexandrisky, Fabiano Cantarino, Fernando Talask, Herminio Lopes, Leo Mano, Luiz Ferreira, Margarida Moutinho e Ináh Garrantino, Pedro Karp Vasquez, Renato Nabuco Fontes, e Roberto Pinto. Espero que goste! Revista Bimensal de Fotografia e Vídeo Fevereiro/Março 2024 -Nº14 -ANO 4 CNPJ : 21.030.750/0001-86 Fotógrafas Margarida Moutinho e Ináh Garritano

ATENÇÃO A REVISTA INFOTO NÃO SE RESPOSABILIZA PELO CONTEÚDO DOS ANÚNCIOS E CLASSIFICADOS DE TERCEIROS, E NEM POR FOTOGRAFIAS INSERIDAS NOS ARTIGOS DE NOSSOS COLUNISTAS

Colaboraram nesta edição: Equipe de Redação Julle Rayane Lopes Campos Michelle Silveira Simão Fontes Designer

Marcela de Oliveira Baptista Secretaria Aucilandia Azevedo Salviano Marcia Elizabeth Silveira Simão Departamento Comercial Rodolfo Silveira Simão Departamento de Relações Publicas Antônio Alberto Mello Simão Nosso E-mail contato.revistainfoto@gmail.com

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Contato: Celular: (21) 98392-6661


Sumário 03 - Editorial e Expediente

05 - Galeria dos Leitores MATERIA DA CAPA

08 - Exposição Individual Fotógrafo Davy Alexandrisky

11 - Buongiorno!!! Fotógrafas Margarida Moutinho e Iná Garritano

14- O fotógrafo e a ausência Fotógrafo Luiz Ferreira

16 - Vítima da Seca, Joaquim Antonio Corrêa, Província do Ceará 1877-1878 Fotógrafo Pedro Karp Vasquez

18 - Preenchimento Generativo Fotógrafo Leo Mano

22 - Trilhando o Caminho das Estrelas Fotógrafa Dalva Couto

24 - A rotina das mudanças em 2024 Fotógrafo Fernando Talask

27 - História da Minha Fotografia Fotógrafo Alexandre F. Maciel e Gildaty Pimentel

28 - Já não sou capaz de prever nem o passado Fotógafo Davy Alexandrisky

30 - A Complicada arte de ver e olhar Fotógrafo Herminio Lopes

32 - O Fotógrafo Caravaggio Fotógrafo Fabiano Cantarino

36 - ICM Movimento Internacional da Câmera Fotógrafo Roberto Pinto

40 - Coluna Your Self Renato Nabuco Fontes

42 - Acontecendo Fotógrafo Antonio Alberto Mello Simão

Bom Jesus do Norte/Apiacá ES Fotógrafo Everaldo Provalero


Galeria dos Leitores

Parque Histórico de Carambei Fotógrafo Alexandre Nicolau Paraná - BR

Luzes de Outono Fotógrafo Michel Jegu Niterói - RJ - BR

Santa Tereza - RJ - Capital Fotógrafo Marco Antonio Perna Rio de Janeiro - BR 05 INFOTO

Parque da Cidade Fotógrafa Ana Ribeiro Niterói - RJ - BR


Sem Título Fotógrafa Thereza Amaral Niterói - RJ - BR Praia Seca - Araruama Fotógrafo Rolf Vianna Niterói - RJ - BR

Pássaros no meu Pomar Fotógrafo Herminio Lopes Maricá - RJ - BR

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Paneleira do Espirito Santo Fotógrafo Antonio Alberto Mello Simão Niterói - RJ - BR


Rosa do Deserto Fotógrafa Lidia Lopes Maricá - RJ - BR

Nuvens Fotógrafo Walace Veltri Rio Bonito - RJ - BR

Nuvens Fotógrafo André Rocha Niterói - RJ - BR

Por do Sol em Icaraí Fotógrafa Simone Marciniak Niterói - RJ - BR 07 INFOTO

Costa Doce - RS Fotógrafo Juarez Junior Porto Alegre - RS - BR


Exposição Individual Fotógrafo Davy Alexandrisky Quebra Perna: Do suor ao glamour Como esclarecimento Davy Alexandrisky enfatiza que a “expressão quebra perna” é uma saudação entre bailarinos. No caso do Quebra Perna - perna: elemento que se caracteriza como limite lateral do palco, onde se abre e fecha a cortina. Quando a plateia gosta muito do espetáculo as cortinas se abrem, tantas vezes que pode quebrar a perna do palco (Há outras versões, mais essa saudação “quebra perna” expressa um desejo de sucesso ao espetáculo). Do suor ao glamour se deve ao sofrimento físico desses e dessas artistas, até o aplauso de reconhecimento do público.

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Buongiorno!!! Fotógrafas Margarida Moutinho e Ináh Garritano (Nossas correspondentes em Portugal) (Parte 1) Para início de tudo, queremos desejar um Novo Ano com muitas alegrias, saúde, Paz mas, principalmente, com transformações internas que nos tornem, cada um de nós, pessoas melhores com mais respeito, inclusive pelas diferenças. É necessário que reconheçamos no outro, um irmão nesta grande família que somos nós, habitantes do planeta Terra. E, dando continuidade às nossas andanças, quase que emendando com o Caminho de Santiago, seguimos para a Itália. Motivo de desejo de muita gente, e também nosso, tivemos a oportunidade de sermos convidadas para o casamento de uma amiga, em Budrio, pequena cidade da região de Bolonha. De Lisboa fomos de avião até Bolonha. Do aeroporto fomos para a estação de trem e direto para Florença, onde passamos duas noites e um dia. Pouco tempo para tanta beleza... Nossa visita aos monumentos foi limitada por este motivo e pelo número elevado de turistas pela cidade. De Florença voltamos a Bolonha onde alugamos um carro (não é aconselhável carro em Florença) e seguimos para Budrio para o casamento. Sim, um casamento italiano, na casa da família que vive no campo. Foi música, dança, vinho, comida boa, conversas maravilhosas, reencontro com amigos do Brasil e muita alegria! Em Budrio nos hospedamos no hotel “Podere Amati Agriturismo” (www.podereamati.it) lugar muito acolhedor, bonito, limpo e cuidado pelos donos, um casal atento a todos os pormenores e necessidades dos hóspedes (não, não ganhamos estadia grátis). Voltaremos para aproveitar mais a hospedagem. Eis alguns momentos que trazemos para vocês. Arrivederci a presto!!!

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Florença - Detalhe da porta do Paraíso


Florença - Arte de rua 1

Florença - Vista aerea

Florença - Basílica de S. Lourenço 1

Florença - Escultura de Menelau e Pátroclo Florença - Arte de rua 2 12 INFOTO


Florença - Ponte Vecchio

Florença - Catedral de Santa Maria del Fiore 1

Florença - Palazzo Vecchio - vista interna

Florença - Réplica das esculturas de Davi e Hercules e Caco 13 INFOTO


O fotógrafo e a ausência Fotógrafo Luiz Ferreira O fotógrafo não tem desculpa para atrasos ou faltas, não há motivo justo que substitua uma foto não feita por nossa ausência no local e no momento do acontecimento. É duro, mas é o que é, se me entendem... Afinal de contas, o que faz o fotógrafo contratado para fazer registros? Narra uma determinada situação, ou descreve um objeto, paisagem ou pessoa e apresenta sua versão por meio de imagens que são representações de sua visão. Logo, se não estiver no local no momento preciso não haverá registro. E aí? Adianta desfiar um rosário de justificativas que expliquem a ausência da foto, por mais compreensíveis que sejam, se a foto não está lá? E só quem passou por essa situação entende o que é. Como em todas as profissões, a fotografia tem suas regras e mandamentos, e o comprometimento com a pontualidade é, segundo minha experiência, um dos mais importantes para que um fotógrafo possa ser considerado não um bom profissional, mas um profissional. “Filosofar” um pouquinho a respeito da vida, estabelecer metas e critérios, observar o ethos da sociedade em que vivo e perceber a ética que a guia para que possa me adequar de forma honesta é a receita que escolhi para viver. Até porque acredito que em qualquer situação de vida em que me encontre, estar comprometido com o momento através de um comportamento adequado e responsável é essencial para um relacionamento saudável com quem me cerca. Claro que muitas vezes não se tem a resposta esperada por parte dos outros, mas é porque essa resposta faz parte daquelas coisas sobre as quais não se tem controle... de qualquer modo, o que me cabe fazer estará cumprido. Em suma, não ser um “sem noção”, conhecer o ambiente em que se está inserido, respeitar as regras e, por conseguinte, respeitar os outros faz parte de um “pacote” de procedimentos que auxilia muito a se obter respeitabilidade social e profissional. Tudo isso, é claro, não nos obriga a se calar frente às injustiças que “regras maliciosas” visem a nos impor ou aos mais fracos. Se adequar não quer dizer se submeter acriticamente, daí a importância de “filosofar”... Mas voltando à fotografia, pontualidade garante reconhecimento profissional? Não, mas com certeza é pré-requisito fundamental para uma carreira bem-sucedida.

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VÍTIMA DA SECA, JOAQUIM ANTONIO CORRÊA, PROVÍNCIA DO CEARÁ, 1877-1878 Fotógrafo Pedro Karp Vasquez A série de 14 fotografias no formato carte de visite produzida por Corrêa durante a grande seca dos anos de 1877 e 1878 não é muito esmerada do ponto de vista técnico, porém é absolutamente original, até mesmo de concepção única e irreproduzível. Isso porque cada um dos retratos das vítimas da seca era acompanhado por uma quadrinha que muitos atribuem ao jornalista abolicionista José do Patrocínio, destinada a sensibilizar ainda mais a opinião pública, como a que acompanha a foto ao lado, ou como esta:

Por que me tornas cadáver, Miséria, que me assassina? Por que plantas tantas dores Na minh’alma ainda menina?

Publicadas, na edição de 20 de julho de 1878 da revista O Besouro, por iniciativa do caricaturista Bordalo, essas imagens inauguraram o uso da fotografia como instrumento de transformação social. O mais triste é que os fotógrafos contemporâneos continuam a documentar os efeitos da seca no Nordeste ainda hoje, decorridos 140 anos dos registros pioneiros de Joaquim Antonio Corrêa. E isso apesar de o Projeto Radam do Ministério das Minas e Energia ter localizado por sensoriamento remoto, em 1984, 220 bilhões de metros cúbicos de água subterrânea nas regiões assoladas pela seca. Somente no Piauí, que era então o estado mais pobre do Brasil, o volume de águas subterrâneas é quatro vezes maior do que a Baía de Guanabara. O que comprova que o problema da seca no Nordeste já poderia ter sido resolvido há mais de três décadas, faltando, no entanto, vontade política para tanto.

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Aula com Leo Mano

Preenchimento Generativo

Fotógrafo Leo Mano

A cada nova versão dos principais editores de imagens, novos recursos de Inteligência Artificial (IA) estão sendo colocados à disposição. A ferramenta mais recente que pude experimentar, se chama “Preenchimento Generativo”. Esta nova função permite preencher, automaticamente, qualquer área da foto (selecionada por você) com uma imagem criada por IA totalmente compatível com o restante da foto original. Muito útil para eliminar, acrescentar ou substituir elementos na cena ou, até mesmo, preencher áreas vazias do frame. Tudo isso já era possível por métodos tradicionais mas exigia muita habilidade, muito cuidado e vários minutos (ou até dezenas de horas) de edição. Agora é possível fazer a mesma coisa em apenas poucos segundos, sem nenhum conhecimento avançado de edição. Resolvi testar esta nova ferramenta recuperando minhas fotos com horizonte torto que eram impossíveis de ajustar (sob pena de perder elementos importantes da cena). Agora, em segundos, posso ajustar fotos com qualquer inclinação de horizonte. Para facilitar a explicação, separei uma foto do meu álbum de família (ver “Imagem 1”) onde a modelo é a minha prima, Nília, em visita ao Rio de Janeiro, onde moro. A foto foi feita por mim durante nosso passeio no Jardim Botânico. Imagem 1 Eu poderia mentir e dizer que a foto (totalmente torta) foi fruto de um descuido no momento do clique, um verdadeiro acidente decorrente da descontração que aquele passeio em família nos proporcionava. Mas a verdade é que em 2012 (data da foto) eu estava possuído por um demônio que me fazia inclinar a câmera mesmo quando isso não tinha nenhum propósito. Eu simplesmente achava isso “ousado”. Depois de passar a foto para o computador e observá-la com cuidado, não pude deixar de lamentar aquele horizonte torto: A inclinação passa uma incômoda sensação de que minha prima está se segurando para não escorregar até o chão! Quando tentei corrigir o horizonte (girando a foto no editor de imagem), o plano ficou tão fechado que desfigurou completamente a cena (como 18 INFOTO


podemos ver no recorte amarelo da “Imagem 2”). Fiquei, então, sem conseguir desentortar a foto da maneira que eu gostaria (e ela permaneceu torta por mais de 10 anos em meu HD). Com a ferramenta “Preenchimento Generativo”, uma solução simples e rápida finalmente surgiu. Agora eu posso girar minha foto o quanto eu quiser no editor de imagens, bastando que eu aumente a área de trabalho para que toda a foto caiba nela (mesmo depois do giro). Na “Imagem 2”, a área de trabalho está demarcada em verde e corresponde à proporção “3x2” da foto original. Podemos ver como a foto cabe completamente na área de trabalho (mesmo depois do giro). Num segundo momento, optei por cortar um pouco do “teto”, um pouco do chão e um pouco do lado esquerdo da cena (como vemos na “Imagem 3”). Imagens 2 e 3

Como resultado, temos um frame “3x2” com três áreas vazias: “A1”, “A2” e “A3”. As três áreas são facilmente selecionáveis no editor de imagens para indicar à ferramenta “Preenchimento Generativo” qual região da foto deve ser recriada. Você pode recriar as 3 áreas numa única “tacada” ou uma área de cada vez. Eu prefiro recriar uma área por vez. Meu objetivo aqui não é ensinar o uso da ferramenta em si (existe vasto material tutorial nas redes para isso), mas sim demonstrar como ela pode ser usada para promover soluções específicas. Neste caso, desentortar fotos. Com um único clique, a IA preenche os vazios com um cenário totalmente compatível com o restante da foto. O resultado é tão bom (ver “Imagem 4”) que é impossível perceber onde termina a realidade e onde começa a fantasia. Imagem 4

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Nesta nova foto nivelada, minha prima não parece mais estar numa “luta” tensa contra a gravidade e, por isso, sua pose ficou mais “leve” (representando melhor o clima descontraído de nosso passeio no parque). Importante notar a ponta do pé esquerdo da minha prima. Na foto original ela estava cortada. A IA restaurou o pequeno pedaço que faltava. Contudo, pés e mãos são famosos pontos fracos para recriação pela IA. Sendo assim, evite usar fotos cortadas nestas partes (sob pena de perder tempo reconstruindo manualmente estes detalhes). Imagens 5 e 6

O segundo exemplo, também de 2012, mostra a minha netinha Giúlia, aos 6 anos de idade, visitando o vovô Leo. A “Imagem 5” é a foto original feita por mim naquele dia. Isso pode ser comprovado pela inexplicável inclinação do horizonte que eu insistia em “ousar” com uma frequência assustadora. Só um exorcismo foi capaz de me libertar desta mania após um longo período de possessão maligna. Por causa dela, minha neta ficou torta por mais de 10 anos em meu HD. Hoje, finalmente, pude criar uma versão nivelada (ver “Imagem 6”). O Preenchimento Generativo também permite transformar fotos centralizadas (como nossa “Imagem 6”) em uma versão na regra dos terços. O procedimento é simples: Usando o editor de imagens, empurrei a foto até o assunto principal ficar sobre o terço desejado. Imagens 7 e 8

Neste exemplo da minha neta, partindo da “Imagem 6”, eu empurrei a foto para a direita. Consequentemente, a parte lateral direita da imagem transbordou da área de trabalho (o prédio marrom na margem direita, desapareceu) mas, ao mesmo tempo, uma área vazia (“A1”) surgiu no lado oposto (ver “Imagem 7”). Esta área vazia será recriada pela IA. O resultado final pode ser visto na “Imagem 8”. 20 INFOTO


Enquanto a inclinação da “Imagem 5” transparece alguma tensão (equivalente ao esforço de subir uma ladeira íngreme), a “Imagem 8” sugere um momento descontraído. Além disso, o espaço adicionado diante das duas (Giúlia e Minnie) reforça a sensação de que o passeio está longe do fim (e que a diversão continua). Todas essas mudanças proporcionaram uma representação mais verdadeira das nossas melhores lembranças daquele dia. Usei a palavra “verdadeira” de propósito, pois alguns leitores poderão argumentar (legitimamente) que a “Imagem 8” é uma fantasia criada por computador. Mas, por outro lado, arrisco dizer que a foto original (a “Imagem 5”) também é uma fantasia criada pelo fotógrafo, na medida em que aquela “ladeira íngreme” nunca existiu. Sempre acreditei que o mero ato de enquadrar uma cena já é, isto sim, uma interpretação da realidade (e não a realidade em si mesma). Sob este ponto de vista, se o Preenchimento Generativo não modifica o contexto da foto original, considero o resultado bastante válido. Ainda no campo filosófico (no que se refere à edição fotográfica), quando removemos uma espinha no rosto de uma debutante ou uma mancha no vestido de uma noiva, estamos (de fato) esculpindo as melhores lembranças que queremos eternizar. O fotógrafo é um lapidário de memórias. O melhor fotógrafo sabe a diferença entre o diamante e o vidro, a boa edição e a farsa. Se você conhece seus limites, a IA só lhe trará benefícios. Como última observação, é importante saber que a ferramenta de “Preenchimento Generativo” oferece uma caixa de digitação (prompt) onde é possível descrever em palavras, quais características ou particularidades são desejadas para a imagem que será criada. Nos exemplos deste artigo, contudo, a caixa de digitação sempre permaneceu vazia tendo apenas a imagem original como fonte de recriação para a IA. Se você não possui um editor de imagens com esses novos recursos de IA, você pode experimentar online o “Preenchimento Generativo” através do portal da Adobe Firefly na internet (pesquise no Google). Gostou dessas dicas? Você pretende desentortar suas fotos inclinadas? Você tem outras sugestões onde o Preenchimento Generativo pode ser útil? Mande seus comentários pra nós! Vamos adorar receber sua opinião.

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Trilhando o Caminho das Estrelas Fotógrafa Dalva Couto 2023 foi para mim um ano de grandes realizações, um ano de triunfo, no qual conquistei o reconhecimento Internacional pelo trabalho que venho desenvolvendo há mais de 10 anos, com verdadeiro amor pela Arte da Fotografia.

SUMMER DREAMS Aceita para exposição "COUNTRY OF HEAVEN PHOTOGRAPHY CIRCUIT 2023" (SINGAPURA, MALASIA, CHINA)

SUNRISE ON ASTURIAS BEACH - Aceita para exposição no – "8th CAMPINA 2023" - ROMANIA

THE BRAVE OWL - PSA Menção Honrosa, no “6TH SUMMER PHOTO FESTIVAL - SUMMER, SEA, SUN 2023"- CROATIA e em mais 8 Salões, em 5 Países.

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FISH MARKET - Aceita para exposição na “1ST ONTARIO INTERNATIONAL PHOTO SALON, 2023” CANADA

THERE IS STILL HOPE - Aceita para exposição no " HUES AND BLUES CIRCUIT 2023 – INDIA e mais 10 Salões, em 6 Países.


DICAS DE OURO: E para iniciar 2024 preparados para os Concursos, vamos relembrar aqui algumas dicas importantes para participar dos mesmos com sucesso: 1 - Ler e respeitar as Regras. 2 - Ver os Catálogos das edições anteriores, no site dos Concursos, é sempre uma boa referência e uma forma de aprendizado para quem está começando. 3 - Conferir se o Concurso tem o reconhecimento da PSA, FIAP, GPU, IAAP e se no site consta o logotipo dessas organizações. Os Concursos indicados nesta Coluna têm esses reconhecimentos 4 – Verificar as seções e separe as fotos de acordo com o assunto, por exemplo cor, monocromática, natureza, viagens, etc. 5 – Confirmar se o tamanho da foto está correto, geralmente 1920 X 1080, com 300 dpi, muitas fotos são desqualificadas por estarem com o tamanho fora dos padrões estabelecidos.

6 - Verificar o nome da foto, que deve ser mantido sempre o mesmo em todas as inscrições. 7 - Escolher suas melhores Fotos, afinal a concorrência é grande e o nível dos trabalhos apresentados é altíssimo. 8 – Ler as orientações sobre as taxas. 9 - Na maioria dos Concursos, as inscrições são feitas on-line, o que facilita muito o envio das fotos. Após o envio e o pagamento, verifique se o seu nome consta do “Status” do Salão. 10 – Agora é só aguardar a publicação do Resultado. Geralmente, os Salões enviam um boletim com as notas alcançadas pelas suas fotos, o “Report card”, que funciona como um termômetro, para avaliar o grau de aceitação do seu trabalho, mas lembre-se que uma foto que não foi aceita num Salão, pode muito bem ser aceita e até premiada em outro. Os prêmios serão enviados pelos correios.

Boa sorte a todos e Feliz 2024, com muitas conquistas nos Concursos de Fotografia! SUGESTÕES DE SALÕES e CIRCUITOS PARA OS MESES DE JANEIRO, FEVEREIRO E INICIO DE MARÇO DE 2024: ARTEMIS CIRCUIT (India) Encerramento: 26 de Janeiro de 2024 https://www.artemiscircuit.in/

OZTAN OZATAY MEMORIAL AWARDS (Chipre) Encerramento: 23 de Fevereiro de 2024 http://nicosiafoto.com/oztanozatay/

IMPRESSION (Italia) Encerramento: 28 de Janeiro de 2024 https://photosardinia.com/impression/

ONYX (Romenia) Encerramento: 01 de Março de 2024 https://campinaexhibitions.net/onyx

SINGIDUNUM (Servia) Encerramento: 30 de Janeiro de 2024 https://srbijafoto.rs/en/

KICEVO (North Macedonia) Encerramento: 03 de Março de 2024 https://photogroup8.com/salon/

WSP HUNGARY (Hungria) Encerramento: 15 de Fevereiro de 2024 https://www.wspexhibition.com

SIP COMINES (Bélgica) Encerramento: 03 de Março de 2024 http://www.royalphotoclubcominois.sitew.be/

DHAKA PHOTO AWARDS CIRCUIT (Bangladesh) Encerramento: 19 de Fevereiro de 2024 https://agilefoto.com/

CONTRAST (Bósnia e Herzegovina) Encerramento: 08 de Março de 2024 https://contraste.fotodoboj.com

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A rotina das mudanças em 2024 Fotógrafo Fernando Talask Já é um costume de todo início de ano a gente começar a fazer previsões para o que virá e um balanço dos 365 dias que passaram, como se fosse realmente o começo de um novo ciclo. Sabemos, no entanto, que esse modo ocidental de medir o tempo foi criado para ajustar o ano civil ao ano solar e assim adequar-se às estações do ano, em 1582, graças ao Papa Gregório XIII. Essa modificação não foi acompanhada por todos os países católicos, o que causou algumas situações hilárias. Na olimpíada de 1908, em Londres, a apresentação da delegação de atletas russo teve um atraso de 12 dias, tudo porque a comissão organizadora russa ainda utilizava o calendário juliano de 46 a.C. e não fora avisada que os ingleses adotaram o gregoriano, em 1752. Apesar dessas criações humanas darem alguma noção dos ciclos da vida, possibilitando a ideia de passado, presente e futuro, o que de fato vivemos é um presente contínuo, o que existe de fato é o aqui e agora. Mas para que tanta estória para falar de fotografia? Falo tudo isso para tentar tirar um pouco do ar o sentimento que muitos de nós carregou por conta de tudo que vivemos nos últimos anos. Passamos por uma pandemia, quando nos demos conta de toda nossa 24 INFOTO

fragilidade, e em 2023 as notícias da inteligência artificial se avolumaram ameaçando empregos, trabalhos e talentos. Nós que dedicamos boa parte de nossa vida à fotografia, ficamos muito temerosos dos rumos que tudo isso vai tomar. Toda vez que começo a redigir algumas pautas, procuro usar algo do passado como referência, algo que os acadêmicos adoram citar, trabalhos anteriores, algo sólido para servir de base para novas teorias. Porém, o que tenho percebido é que, em se tratando de futuro ou tendências, na nossa área nada que já foi escrito pode nos ajudar na previsão do que virá por aí. Pensei em recorrer a maior feira de tecnologia do mundo, a CES, que aconteceu em janeiro. Algo novo deveria ser anunciado e, no entanto, nada de especial que merecesse estar nas páginas de nossa revista surgiu. Pensei até que esse modelo de negócio que atraía multidões morreu, pelo simples fato de que ninguém pode esperar mais um ano para lançar algum produto em um evento, sob pena de, ao apresentá-lo, já estar superado. A mudança e a revolução estão ativas 24 horas por dia eu diria até que a cada minuto tudo muda. Assim, imaginei que o desconforto que causa essa velocidade do tempo nos mais


velhos é não entender que não importa a trazendo para cena novos atores e muitas idade, todos nós somos passageiros do vezes mais talentosos. Principalmente, os mesmo tempo, do agora, pois habitamos o colegas da minha geração são levados a mesmo mundo. O tema da IA (Inteligência isso, talvez por sentirem que seu único Artificial) e outros assuntos mais patrimônio é o conhecimento das técnicas controversos não vão deixar de existir com para se tirar uma foto perfeita, quando as reclamações de que no meu tempo não essas técnicas foram condensadas em um era assim. A solução é aceitar que as simples celular que crianças manipulam mudanças são tão antigas quanto a melhor do que eles. A choradeira está humanidade, então por que não tirar formada, não é fácil se sentir superado. O proveito de todas? É melhor surfar na que muitos de nós, amantes da fotografia, onda do que ser esmagado por ela. precisamos entender é que o valor da arte Uma das provas que a maré da fotografia está diretamente relacionado a capacidade está favorável, foi o fato de 2023 ter sido que ela tem de atrair pessoas seja para um ano de ouro para quem a ama. A fotografar ou admirar e isso felizmente evidência que a nossa querida arte pode temos conseguido por quase 200 anos. juntar multidões surge com o sucesso da Seja no campo amador artístico ou exposição do mestre Evandro Teixeira no profissional, quem acha que a profissão de CCBB – Centro Cultural do Banco do fotógrafo não atrai mais atenção deveria ver Brasil. Pudemos constatar a beleza do o valor que uma imagem impressa desperta trabalho, as lindas ampliações contando a nos consumidores. Ainda exerço a fotografia comovente história do golpe militar no profissional em eventos como formaturas do Chile. A dureza do grão exibia o drama ao ensino superior. A cada semestre fico denunciar os abusos absurdos do regime. observando famílias inteiras felizes em Através do WhatsApp, passeios entrar em um estúdio para serem retratadas fotográficos foram organizados nas mais em suas melhores roupas no melhor variadas cidades do Brasil, seja para momento de suas vidas. Enfim, se ainda a fotografar o bairro, mar ou shows. Para foto causa essa emoção é porque ainda vai depois compartilharem os resultados dos fazer parte da vida de muita gente. Não trabalhos sejam eles analógicos ou importa se a imagem será impressa em digitais. papel ou simplesmente compartilhada nas Caminhando aqui em Niterói, no campo de redes sociais, o importante é que a família São Bento, fiquei muito feliz ao ver um viu o valor em pagar um fotógrafo para professor ministrando aulas ao ar livre produzir aquela imagem. para alunos jovens e mais velhos, sorrindo Aí chegamos a 2024, em nosso presente a cada click aproveitando as luzes de contínuo temos a certeza de que já natal. melhoraram meu Photoshop sem eu saber, Enfim que relação existe entre o tempo e o meu celular foi atualizado para melhorar futuro da fotografia? minha câmera, mais filtros adicionados para Muitos de nós ainda encaram a tecnologia fazer uma realidade mais colorida. Afinal, e o futuro como uma dupla aliada que tem hoje vivemos o ápice do conhecimento da como único objetivo tirar a nossa humanidade, um pouco mais atrasado que relevância como atores principais, amanhã, porém, amanhã ainda não chegou. 25 INFOTO


Então o momento é agora, ele está respirando sem aparelhos. Por isso, com o coração pulsando, encare todas as novas tecnologias como aliadas para uma vida melhor ou mais oportunidades para trabalhos diferenciados. Sou um exemplo disso, a tecnologia me salvou. Em novembro de 2023, inaugurei minha exposição, Pompeia Polar. Fotos em preto e branco feitas na Antártica. Escolhi o tamanho de 60x90, o que fez o ruído das minhas fotos ficar bem evidente, coisa que me desagradou enormemente no dia da impressão das imagens, em fine arte. Aprendi que o Lightroom lançou uma nova ferramenta baseada em IA, essa fez com que os ruídos desaparecessem por completo. O fotógrafo ficou o cara mais feliz do mundo! Há quem não goste desse recurso, tudo bem basta não usar, mas como é bom ter a chance de poder escolher um benefício a mais.

Pompeia Polar - Antártica O que desejo é que todos tenham menos preocupações para 2024, especialmente, sobre coisas que são maiores do que nós, como esse desconhecido que se chama futuro. Vamos fazer o melhor possível no presente que, esse sim, vale a pena viver bem a cada segundo, sem esquecer que seu tempo é agora.

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HISTÓRIA DA MINHA FOTOGRAFIA Fotógrafo Alexandre F. Maciel Modelo Gildaty Pimentel Nossos ensaios surgem assim: Eu e meu amor (Fotógrafo Alexandre R. Maciel), pensamos nas ideias, daí lá vou eu, pesquisar, buscando referências. Depois de bater o martelo para o modelo, vamos à saga do tecido. As vezes vamos até Nova Iguaçu – RJ. Após o tecido ser comprado, lá vamos nós para a modelagem, corte e costura. Depois da peça pronta, começa o trabalho dele, em buscar lugares que darão vida as nossas ideias. E lá vamos nós. Poses, joga vestido, solta vestido... não temos auxiliares. Quem faz tudo somos nós dois. E lá vai a Gil correr para um lado, e para outro lado. E o vento nem sempre ajuda. Joga o vestido, solta o vestido. Depois de horas, a fotografia abaixo é uma das que fizemos nesse dia. Nos divertimos muito.

Envie também a história da sua fotografia. Será um prazer contá-la. E-mail: contato.revistainfoto@gmail.com 27 INFOTO


JÁ NÃO SOU CAPAZ DE PREVER NEM O PASSADO Fotógrafo Davy Alexandrisky Mais certo do que o Roberto Carlos Especial na telinha da Globo, no dia 22 de dezembro, só mesmo as entrevistas com os sensitivos e astrólogos anunciando/adivinhando os grandes fatos para o ano que se inicia: quem morre, quem vai ter uma grande surpresa, as tragédias climáticas, um ruidoso caso de amor entre celebridades... Mas a verdade é que no mundo real as mudanças, materiais e de costumes/conceitos, nos atropelam cotidianamente, numa velocidade tão alucinada que não dá tempo nem de anotar a placa do veículo! Eu me recuso terminantemente a arriscar qualquer palpite sobre o que será possível escrever imageticamente daqui para a frente. O que, e como, se escreverá com a fotografia sobre nossos sentimentos e narrativas. Como canta o Zeca Baleiro, “ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar”. Que dirá então o lançamento acelerado de novas câmeras superando as tecnologias anteriores, filtros neurais, inteligência artificial e outros que tais, que ainda nem imaginamos, mas já já estarão disponíveis, para nosso espanto. É preciso muito exercício para que os nervos à flor da pele não eletrocutem um desavisado que nos toque, na melhor das boas intenções. Eu tenho até me furtado, na medida do possível, participar desse tipo de conversas com previsões sobre os caminhos da fotografia, num futuro próximo ou distante. Um pouco por ceticismo, mas muito mais por desinteresse mesmo. Peço perdão pelo clichê, mas com dizia Dom Antônio Machado, que não é o Presidente da Sociedade Fluminense de Fotografia, apenas seu xará, um poeta espanhol do século 19: “o caminho se faz ao andar”. E isso é o que vai acontecer com os rumos da fotografia: estará subordinada ao seu caminhar. Simples assim! O que importa é que para ser foto + grafia = fotografia continuará sendo uma linguagem que tem como forma de expressão a luz e a sombra. E mais, além disso, irreversivelmente, continuará a ser o instrumento de alfabetização da vida, independente da tecnologia, porque, prioritariamente, nos alfabetizamos imageticamente. Eu até entendo que as pessoas mais novas, diante de um velhinho como eu, com 74 anos e 56 de profissão, ainda fotografando para se sustentar, ache que como vivenciei 28 INFOTO


tantas transformações no nosso ofício de fotografar ao longo desse tempo, seria natural ter a resposta ou, pelo menos, alguma previsão sobre o que vai acontecer com o futuro da fotografia. Obviamente não tenho essa resposta de um milhão de dólares! O importante é que isso não só não me preocupa, como estarei atento – sem qualquer tolo comportamento reativo às novas tecnologias – para aproveitar as facilidades que esses novos caminhos se nos oferecerem. Ainda não tinha escrito, nem sequer escolhido o tema para esse número, quando fui surpreendido por nosso Editor, Antonio Alberto Mello Simão, cobrando o meu artigo. Com gosto de rabanada na boca, os estampidos dos fogos da virada do ano ainda ecoando em meus ouvidos e as imagens do brilho dos fogos impressos na retina, na minha inabalável crença de que Ano Novo é vida nova, não me foi difícil pensar nesse paralelo das previsões para 2024 com as previsões de mudanças na fotografia. Foi quando me lembrei de uma palestra do meu companheiro Fernando Talask para alunos de Comunicação da UFF, quando ele citou Susan Sontag abordando a relação entre a fotografia estática e a fotografia no cinema, que ela diferencia atribuindo à fotografia estática um caráter finalista, curada pelo olhar educado do fotógrafo, para registrar o real, num momento preciso e definitivo, enquanto no cinema, a imagem cinemática se constrói a partir da destruição da fotografia anterior, até o the end: ou seja, não é uma fotografia, mas uma destruição contínua de muitas fotografias. De repente, me assaltou uma dúvida que gostaria de ouvir respondida da boca da própria Sontag: o que dizer desses novos equipamentos mirroless que fazem 20 fotos por segundo, quatro a menos do que as filmadoras? Sem contar que, no frigir dos ovos, o que é o trabalho de curadoria para uma exposição ou publicação de um livro de fotografia, se não, “destruir” fotos? Apresentamos sempre dez vezes mais fotos ao curador ou curadora, para uma seleção que expurga muito mais fotos do que as que serão apresentadas ao público. Enfim, não consigo nem prever porque no passado a Susan Sontag construiu essa metáfora, ignorando que fotógrafos rascunham seus ensaios, apagando partes da narrativa, escolhendo suas frases do texto imagético (ainda mais com “filme” a custo zero). Assim, mais uma vez copiando as palavras do Fernando Talask, há muito que diafragmas, obturadores, anéis de foco, que já foram fundamentais em textos sobre fotografia, são subalternos nas discussões sobre os limites de comunicação da linguagem fotográfica!

No mais que meus/minhas caras leitoras da INFOTO tenham um 2024 pleno de alegrias e realizações, e, claro, com muito boas fotos!

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PASSEIO FOTOGRÁFICO

𝗔 𝗖𝗢𝗠𝗣𝗟𝗜𝗖𝗔𝗗𝗔 𝗔𝗥𝗧𝗘 𝗗𝗘 𝗩𝗘R E OLHAR Fotógrafo Herminio Lopes

Olá pessoal da INFOTO. Nesta edição vou fugir um pouco da fotografia para falar um pouco sobre poesia e poetas. Outro dia lendo um texto de Rubens Alves me dei conta de que realmente é complicada a arte de ver. O que vemos e o que deixamos de ver e o quanto isso tem a ver com fotografia. Você alguma vez parou para observar uma cebola cortada? Ou um tomate? Já percebeu as rugosidades de uma folha de alface, a estrutura de um pequeno galho de salsa. Experimente “ver esses detalhes”, fotografe e veja o resultado. Se você ver com atenção, com certeza terá belas fotos ou pelo menos um bom exercício do olhar! Veja o que Pablo Neruda disse em seu livro “Odes Elementales” sobre a cebola cortada que ele viu: “Rosa de água com escamas de cristal” – Olhos de poeta! Leiam poesias e vocês descobrirão que eles veem além do normal, ou seja, os poetas ensinam a ver. É tudo que um bom fotografo precisa ter, equilíbrio e um bom olhar!

Ver é complicado. Isso porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua funcionalidade física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas há algo na visão que não pertence à física. 30 INFOTO


O poeta William Blake sabia disso e afirmou:- “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei disso por experiência própria. Quando meus ipês na frente da minha casa ficam floridos, meus vizinhos dizem, essas árvores sujam toda a calçada e a rua. Eles não veem a beleza da floração, só veem o que cai no chão como lixo, não enxergam o tapete florido a seus pés. Lixo, que retiro com prazer da calçada e espalho nos canteiros do jardim como adubo natural.

O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. A diferença está no lugar onde guardamos os olhos. Se os guardamos na caixa de ferramentas, eles serão ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vamos ver objetos, sinais luminosos, nomes de ruas – e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Agora, quando os guardamos na caixa dos brinquedos, eles passam a ser órgãos de prazer: brincam com o que veem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo. Os olhos da caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos da caixa dos brinquedos, são os das crianças. Elas têm o olhar de quem quer conhecer e saber o que é o que vê, e veem além do objeto, um brinquedo para se explorar. É ou não é complicada a arte de ver, de ter um bom olhar? Grande abraço a todos, e boas leituras poéticas! 31 INFOTO


O Fotógrafo Caravaggio Fotógrafo Fabiano Cantarino

O Século XVII foi um século marcante para as artes. Boa parte dessa fama se deve ao Barroco, que tem suas origens envoltas em uma ferrenha luta ideológica, o que hoje se chamaria guerra psicológica. Coisa de gente grande. Quando Martinho Lutero pregou as suas 95 teses na porta da igreja em Wittenberg em 1517 e lançou a revolta protestante, ele estava enfrentando, ao mesmo tempo, a Igreja Católica, a Itália, toda a identidade mediterrânea. Durante quase 20 anos, o Concílio de Trento (1545 - 1563) reuniu a cúpula da Igreja para planejar o contra-ataque católico e a arte esteve envolvida nesta guerra desde o início. Os luteranos eram contra a arte e ondas terríveis de iconoclastia varreram o norte da Europa, destruindo pinturas e queimando estátuas. Mas a Igreja Católica sempre acreditou na arte. Seus principais representantes sabiam que as pessoas gostavam de ver o que adoravam. Isso deu à arte um tremendo poder. Roma foi o epicentro dessa explosão criativa. O Concílio instruiu os artistas (e seus patronos) a sair e chamar a atenção das pessoas com todos os sentidos possíveis. O uso dramático das sombras e a transformação da pintura em teatro foi a estratégia do revolucionário Caravaggio para atender a esse chamado. Da tela, ele fez teatro. Ele criou uma nova e vívida arte religiosa que falava às pessoas com uma linguagem que elas podiam compreender sem esforço, ainda mais sabendo que boa parte delas era analfabeta. Antes de Caravaggio aparecer, a arte religiosa era distante e fria. Caravaggio seleciona modelos das ruas, mercados e tavernas com seus rostos comuns substituindo os deuses impossíveis da antiga arte sacra. A arte de Caravaggio era tão vívida, tão tangível que algumas de suas pinturas foram rejeitadas pelos cardeais e bispos que as encomendaram. Seus modelos eram demasiadamente reais. Ainda assim, sua abordagem, o uso de contrastes intensos e o drama de suas cenas, ultrapassaram os limites de Roma e infiltrou-se no Barroco internacional com uma velocidade surpreendente. Michelangelo Merisi (ou Amerighi) (1571 – 1610) atuou em Roma, Nápoles, Malta e Sicília entre 1593 e 1610. Caravaggio era o nome da aldeia natal da sua família e foi escolhido como seu nome artístico.

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Repetidamente, seja na captura “decisiva” de Cartier-Bresson ou nas sombras marcantes de Bill Brandt, há indícios do mundo dramático e sensualmente iluminado de Caravaggio. Isso não é coincidência. Caravaggio foi redescoberto por causa da câmera. Foi a espontaneidade e a franqueza da imagem fotografada, tanto em fotografias como em filmes de cinema, que fez com que as pessoas voltassem a reconhecer sua grandeza. Do século XVIII ao início do século XX, Caravaggio foi negligenciado e esquecido. Ele simplesmente não estava no radar. Mas nas décadas de 1930, 40 e 50 – as décadas em que a fotografia ganhou destaque – ele foi descoberto como um verdadeiro mestre da arte ocidental. Será que Caravaggio usou algum tipo de artifício para encontrar e mapear suas imagens? David Hockney (um dos mais renomados pintores da atualidade) pensa que sim. Ele defende que Caravaggio foi o primeiro “fotógrafo” de todos os tempos. Tudo começa com o conceito de “câmera obscura”. Leonardo da Vinci já descrevera a técnica de usar lentes e espelhos para projetar uma imagem, e o cientista Giovanni Battista Della Porta menciona que Caravaggio se inspirou nessa técnica para criar suas obras. Na verdade, Della Porta já em 1582 aprimorou a técnica da câmera obscura com a adição de duas lentes que permitiam projetar as imagens em foco e na vertical.

Primeira representação esquemática da câmara obscura, por Gemma Frisius – 1544, Bélgica

Em Caravaggio, talvez a sua técnica de pintar seja menos importante do que a forma como iluminou seus motivos. Certamente podemos concordar que a iluminação numa pintura como “O Chamado de São Mateus”, de Caravaggio, é “real” – que ele realmente criou essas condições de iluminação em seu ateliê.

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“O Chamado de São Mateus”, 1600, Igreja de São Luís dos Franceses, Roma. Ao que tudo indica, Caravaggio transformou seu ateliê em uma gigantesca “câmara obscura”, ao criar um buraco no teto para obter luz suficiente para projetar imagens na tela. Entre as evidências dessa teoria, uma vez que não há registros técnicos deixados sobre o processo, a mais forte é que não existem esboços por baixo da tinta em suas telas. Hoje, a tecnologia permite ver que existem apenas linhas guias que delimitam a posição das figuras na cena e também guias para a pintura das sombras. Outro ponto curioso das obras que parece apoiar essa hipótese é, na realidade, uma distorção da pintura de Caravaggio. Especialistas começaram a notar que algumas proporções corporais das figuras estavam “incorretas”. O motivo para essa “anomalia”, particularmente curiosa para um artista tão preocupado com o realismo e com os detalhes de suas obras, seria as propriedades das lentes que tinha à disposição. Estimase que, ao mover a tela onde pintava ao longo do processo (pois a lente não conseguia projetar a cena inteira em foco), a alteração do foco teria impacto sobre as dimensões da figura projetada. Isso pode ser observado se compararmos as duas mãos da pessoa que está à direita da tela “A Ceia de Emaús”. De toda forma, há profundidade na cena (observe o cesto de frutas na beira da mesa) e essa profundidade cria um efeito de “cenário teatral” no qual o espectador é induzido (ou convidado) a participar efetivamente da cena, a fazer parte dela, diferentemente do que ocorria na pintura renascentista.

“A ceia de Emaús”, 1601, Galeria Nacional de Londres. 34 INFOTO


Além disso, outras pesquisas afirmam que Caravaggio utilizou produtos químicos que fixaram imagens na tela, como se fosse um filme fotográfico primitivo: “Já tínhamos certeza de que Caravaggio projetava imagens de seus modelos, mas agora encontramos sal de mercúrio em suas telas, que é sensível à luz e usado em filmes”, disse Roberta Lapucci, que investigou o uso de produtos químicos após construir a câmera obscura junto com David Hockney. Os cineastas e os diretores de fotografia de cinema veem em Caravaggio uma potente fonte de inspiração. Dois exemplos de filmes (hoje clássicos) exploram a luz de Caravaggio: “O Poderoso Chefão” (1972) de Francis Ford Coppola e “Caminhos Perigosos” (1973) de Martin Scorsese.

Cena do filme “O Poderoso Chefão” de 1972.

Cena do filme “Caminhos Perigosos” de 1973.

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ICM MOVIMENTO INTENCIONAL DA CÂMERA Fotógrafo Roberto Pinto Roberto Pinto é profissional de TI como profissão e fotógrafo amador desde a juventude. Participou em diversos cursos de fotografia na SFF e Abaf. Frequentou cursos de AudioVisual da Escola AvMakers e tem uma participação no Festival Celucine com a produção de um vídeo em Stop Motion. Membro ativo do Nürnberger Photoklub (www.nuernberger-photoklub.de/). É mestre em Ciência da Computação no Cefet/RJ com dissertação em robótica com fotografia. Inatagram: @robertocspinto Embora algumas técnicas não convencionais de fotografia tenham sido amplamente utilizadas no passado na era das câmeras analógicas (com filme), tais como panorâmicas, panorâmicas 360º, longa exposição, etc, na maioria das vezes esse tipo de fotografia exigia a utilização de equipamentos especiais e o pior, eram procedimentos caros e que levava um bom tempo para se obter resultados satisfatórios. Várias tentativas eram necessárias com diferentes regulagens de câmera, anotando-se toda a configuração escolhida e ainda assim esperar pela revelação do filme para avaliar o resultado final. Esse demorado e custoso processo exigia que o fotógrafo fosse disciplinado o bastante nas anotações, de forma a guiá-lo nas futuras tentativas caso o resultado não fosse o desejado. Ser um fotógrafo com bastante bagagem nesse tipo de processo e experiência em leitura de textos e livros especializados no assunto, era quase um pré-requisito para a obtenção de boas fotos. Com o advento da fotografia digital algumas dessas técnicas ganharam um novo aliado, que facilitou e barateou bastante a obtenção de fantásticas imagens. Utilizando-se uma câmera digital básica que permita a regulagem do obturador, diafragma e ISO, já é possível sair a campo e clicar muitas imagens e obter resultados imediatamente. Modificar essas regulagens da câmera até que se chegue ao resultado desejado, tornou-se uma etapa rápida e sem gastar absolutamente nada para isso. Uma dessas técnicas é a ICM ou “movimento intencional da câmera” (em inglês: “Intentional Camera Movement”). Essa técnica consiste em mover a câmera durante a captura da imagem, criando-se um efeito de movimento bem interessante e agradável ao olhar. Esse movimento pode ser da câmera em si, do zoom da objetiva ou ainda os dois movimentos combinados. Essa técnica é conhecida aqui no Brasil como “zoomada” quando se usa o zoom da objetiva para criar o efeito. 36 INFOTO


Figura 1: Klaus Tröger - Shoot4More Fotografie (shoot4more.de) - Nikon D500 Sigma 17-70mm ƒ2.8-4 - ƒ/22 - 1/8 seg. - ISO 100

A foto da Figura 1 capturada pelo fotógrafo Klaus Tröger do Nürnberger Photoklub (www.nuernberger-photoklub.de) em uma estrada em Nuremberg na Alemanha é um interessante exemplo de ICM com o movimento do zoom. A captura foi iniciada com a objetiva em 17mm e com a câmera na mão, fechando a visão para um ponto central da estrada criando o efeito que leva a visão do espectador para o centro da fotografia. Outra maneira de capturar imagens interessantes e um tanto abstratas é por meio do movimento da câmera na horizontal (pan), vertical (tilt), em zigue zague, circular ou outro qualquer de acordo com a imaginação do fotógrafo. Um exemplo dessa técnica é a Figura 2 que exibe a fotografia capturada pelo fotógrafo Jorge Vasconcellos (@jorgevasconcellos_). Essa fotografia feita à noite a partir da barca Paquetá-Praça XV no Rio de Janeiro, mostra como é possível gerar imagens distante da realidade estática da fotografia e gerada através do gesto do fotógrafo com a movimentação da câmera tanto na vertical como na horizontal

Figura 2: Ponte Rio-Niterói - Jorge Vasconcellos - Canon EOS 5D Mark II – Objetiva 24mm – f/4 – 2.5seg. - ISO 400 O tempo de exposição deve ser longo o suficiente de forma que todas as imagens do movimento sejam capturadas e pode ser definido pelo método de tentativa e erro. Como o objetivo da técnica é capturar movimentos, a estabilização de imagem deve ser desativada e o foco deve ser colocado no manual para que possíveis ajustes automáticos não interfiram no desejado resultado final 37 INFOTO


A captura de imagens com ICM pode ser feita com a utilização de tripé, filtros, flashes e outros acessórios, entretanto o uso da câmera na mão do fotógrafo é o método mais utilizado. O tripé pode ser um grande aliado quando se deseja capturar somente o movimento do zoom da objetiva sem que a câmera seja movimentada, embora osefeitos desse movimento sejam menos dramáticos. O zoom da objetiva deve ser movimentado manualmente, uma vez que esse movimento deve ser bem sincronizado com o tempo de exposição total da captura da foto e isso ficaria muito difícil com o zoom controlado pelo acionamento de botões na câmera. A Figura 3 mostra uma fotografia com câmera na mão, feita em modo retrato em Jurujuba – Niterói - Rio de Janeiro pelo fotógrafo Roberto Pinto do Nürnberger Photoklub (www.nuernbergerphotoklub.de) (@robertocspinto) em dia muito ensolarado, com uma

Figura 3: Barcos abstratos Nikon Z50 - Objetiva Nikkor Z DX 16-50mm f/3.5-6.3 VR - ƒ40.0 - 1/8 seg. - ISO 100, criando um efeito de profundidade abstrato muito interessante. Caso a condição de luz tivesse sido mais intensa, teria sido necessário a utilização de um filtro de densidade neutra (ND) de maneira a aumentar o tempo de exposição e possibilitar a criação do efeito de movimento. A graduação do filtro ND dependerá do quanto de luz se deseja reduzir. Diversas funções dos editores de imagens disponíveis no mercado podem e devem ser utilizados para realçar as muances da imagem gerada. Quando se usa o efeito “zoom”, especialmente a função “vinheta” causa grande impacto, criando especial sensação de profundidade e direcionando o olhar do espectador para dentro da fotografia. A foto da Figura 4 capturada pelo fotógrafo Roberto Pinto do Nürnberger Photoklub (www.nuernberger-photoklub.de) no Shopping Porto da Barra – Búzios - Rio de Janeiro, foi editada pela a função “vinheta” no editor Gimp (www.gimp.org). 38 INFOTO


Figura 4: Folhagem em Búzios - Roberto Pinto - Nikon Z50 - Objetiva Nikkor Z DX 16-50mm f/3.5-6.3 VR - ƒ40.0 - 1/5 seg. - ISO 100 O Universo da fotografia digital é vastíssimo. Todos os dias inovadoras técnicas surgem e possibilitam que inéditas imagens sejam geradas. ICM é mais uma delas e este artigo aborda somente uma pequena amostra do que se pode fazer com a técnica. Paisagens noturnas, parques e cidades iluminadas artificialmente, campos floridos, letreiros luminosos e variações dessas situações são imagens comumente vistas em sites de fotografia na Internet. Até telefones móveis (celulares) podem ser usados na captura imagens usando ICM, uma vez que até mesmo o mais barato e simples dos telefones atuais de Sistema Operacional Android por exemplo, possuem aplicativos de câmera fotográfica com todas as possibilidade de configuração de obturador, diafragma, ISO e regulagem de foco manual. A utilização de recursos como o uso de flashes na primeira e na segunda cortinas, objetivas com diferentes distâncias focais, combinação de movimentos da câmera com os do zoom, testar empilhamento de imagens em editores na pós-produção, são alguns dos testes que podem ser feitos e que com certeza contribuirão para a criação de uma identidade pessoal fotográfica e o aprimoramento da técnica. Manter-se atualizado por meio de literatura especializada do assunto, seguir e ver com frequência o trabalho de outros fotógrafos mais experientes são práticas inspiradoras e interessantes para se desvendar os segredos dessa técnica e avançar na produção de imagens ainda mais fascinantes 39 INFOTO


Coluna Your Self Renato Nabuco Fontes

Ano novo e a história se repete: como elaborar metas assertivas e alcançáveis? 2024 começou e a aquela história de meta se repete… A história de fato se repete, mas o resultado pode ser diferente principalmente se você for mais intencional, fazendo o que tem que ser feito para alcançar verdadeiramente suas metas. Ser intencional parece ser óbvio, mas não é, sobretudo porque atualmente possuímos inúmeras distrações e interferências no nosso dia dia… Portanto, separe um tempo e se concentre na sua missão de elaborar suas metas, pegue uma caneta e um papel, porque escrever é melhor do que digitar no computador ou no celular! Isso é comprovado cientificamente, eu estou apenas reforçando! Construir metas não tem mistério, mas tem método! Método significa caminho para atingir um determinado objetivo, portanto busque o método que mais faça sentido para você, “afie o machado”, elabore suas metas, siga essas dicas abaixo e vai com tudo!

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Dicas 1 - defina entre 3 a 5 metas que serão prioridades para você em 2024! Quem tem muita meta não tem foco e não consegue distribuir energia corretamente! 2 - todas essas metas precisam atender as seguintes premissas: elas precisam ser específicas (bem definidas e claras) mensuráveis (como você pode medir os progressos até alcançá-las), atingíveis (não adianta viajar muito, ok?), ser relevantes (motivo especial) e para fechar, ter um prazo (sem isso você pode se perder)! 3 - escreva os porquês e os motivos que você tanto deseja alcançar essas metas; 4 - Quais as habilidades e recursos que você vai utilizar. Habilidades técnicas e comportamentais, ok? 5 - compartilhe com alguém que você confia e que vai te ajudar: isso se chama suporte e contrato comportamental, afinal você está se comprometendo com alguém. 6 - escreva os “comos” ou seja, o passo a passo com as ações que você precisa ter. Isso é importante para você colocar micrometas e ter maior clareza! 7 - Respeite o processo e tenha disciplina, afinal o resultado não vem de uma hora para outra: tempo de plantar, tempo de colher. Importante criar rotinas e por isso segue mais uma dica: coloque alarmes porque vão facilitar e tirar a carga mental de ficar lembrando todas hora o que tem que fazer! Dessa forma você conseguirá elaborar um ciclo mais coerente com as suas necessidades e sobretudo, com a sua realidade! Essas ações te ajudarão a ter uma clareza enorme para que seu 2024 seja melhor e que de fato, faça sentido para você! E aí, fez sentido? Vamos pra cima, por mais e pra mais! Que seu 2024 seja de muita prosperidade para você!

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ACONTECENDO Fotógrafo Antonio Alberto Mello Simão

Do negativo ao pixel ou, do análogico ao digital, mostrando a constante evolução técnica e de conhecimento da Gloriosa Sociedade Fluminense de Fotografia. A arte é do designer gráfico Will Martins, que merece todos os nosso aplausos. Parabéns ao Presidente da SFF Antonio Machado. Sociedade Fluminense de Fotografia - Oitenta Anos evoluindo, educando e disseminando a arte fotográfica para o Brasil e para o mundo.

Nossa homenagens ao Salvador Foto Clube “No coração da cidade, onde a história se entrelaça com a arte, o Salvador Foto Clube, se reúne para celebrar a magia da fotografia. Juntos, construímos um presente memorável e sonhamos com o futuro ainda mais vibrante. 42 INFOTO


Uma Excelente Opotunidade

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