EDITORA ALPHA PRAISE Nº 16 - ANO 3 / 2010 distribuição gratuita
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A Flor da Pele
despertando os sentidos
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editorial / expediente tecnologia
■ O impressionante mundo
da tecnologia
■ Faroeste Digital: Falta de legislação
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específica para internet acarreta na ocorrência de crimes digitais
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Encontro Marcado
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Alpha indica
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aventura
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auto
Maurício Nunes fala sobre sua paixão pelo cinema
Liberte sua adrenalina: uma seleção de esportes que começam a ganhar adeptos
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Rota 66, o paraíso dos motociclistas
Conheça a história dos carros conversíveis
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decoração
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gourmet
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volta ao mundo
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capa
Criatividade e liberdade em ambientes
Como surgiu o sorvete e aprenda uma deliciosa receita
Newton Medeiros conta sobre sua viagem ao Deserto do Atacama
Ivete Sangalo em entrevista exclusiva à Revista Alpha
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sumário 48
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exclusivo
Bon Jovi contagia o público com show de 3 horas de duração
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comportamento
■ Ciúme: como ele pode ajudar
ou atrapalhar seu relacionamento
■ Sexo sem frescuras: como
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ensaio
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livre consumo
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íntimo e pessoal
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política
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história
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dois pontos
Liberdade de estilos por Camila Macedo
apimentar a relação
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■ Livre para ousar ■ Livre para surpreender ■ Livre para ser ■ Livre para decorar
Liberdade em 5 pontos por Kiko Magalhães
Valdir Carleto fala sobre liberdade de imprensa
■ Oligotecnologia a favor da estética ■ Depilação não é mais
motivo de pesadelo ■ Power Plate: plataforma do bem-estar ■ S.O.S Pés: cuidados importantes a serem tomados
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bem na foto
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música
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programe-se
Uma análise das eleições em Guarulhos, por Bruno Konder Comparato
Ditadura da informação: como o regime militar restringiu a liberdade de imprensa no Brasil
beleza
■ Lançamento Weekend Jardins ■ 15 anos de Juliana Rodrigues ■ Desfile Maison Maklas ■ Inauguração Todeschini Guarulhos ■ III Fórum da Mulher Empreendedora ■ Coquetel Dia do Médico ■ Show Agnaldo Rayol
Pato Fu lança o álbum “Música de brinquedo”
■ Teatro: Simplesmente eu, Clarice ■ Cinema: Um parto de viagem
editorial EXPEDIENTE
Liberdade DESEJO QUE TENHAM A LIBERDADE DE VOAR COMO AS ÁGUIAS Quando as tempestades da vida Surgirem escuras à sua frente, Pense nestas maravilhosas palavras E diga a si mesmo: Quando pairarem nuvens ameaçadoras, Não dobre suas asas E não fuja para o abrigo. Mas, faça como as águias, Abra largamente as suas asas E decole para bem alto, Acima dos problemas que a vida traz. Pois as águias sabem Que, quanto mais alto voarem, Mais tranqüilos e mais brilhantes Tornam-se os céus. E não há nada na vida Que Deus nos peça para carregar Que nós não possamos levar planando Com as asas da oração. E ao olhar para trás, Verás que a tempestade passou. Você encontrará novas forças E ganhará coragem também. Pois Deus lhe deu a liberdade de voar.
diretora responsável / executiva SILVIA HELENA DE ALMEIDA BARBESANI diretora comercial PAULA VALÉRIA NAGEM diretora de arte / fotografia CINTIA DE CASTRO BRUMATTI design e criação MARIANA VASQUEZ redação ELÍS LUCAS AMAURI EUGÊNIO JR. fotografia NEWTON MEDEIROS LUCAS DANTAS atendimento MARIANA FERRARI GUSTAVO MORENO ANDREIA TACCOLA departamento comercial WALDYRA NAGEM RACHEL GARCIA webdesign CAIO CÉSAR LUCAS MACIENTE financeiro ORIOVALDO MARSILLI projeto gráfico e arte PUBLICITTÀ periodicidade BIMESTRAL tiragem 10 MIL EXEMPLARES distribuição GUARULHOS impressão e acabamento GRÁFICA BANDEIRANTES colaboração nesta edição ASSESSORIA CACO DE TELHA / MAURÍCIO NUNES / CAMILA MACEDO / BRUNO KONDER COMPARATO / NOIR ASSESSORIA A revista ALPHA é uma publicação da Editora Alpha Praise Ltda. Todos os direitos são reservados. É proibida sua reprodução total ou parcial. Não nos responsabilizamos pelo conteúdo dos anúncios e mensagens publicitárias apresentadas nesta edição. Editora Alpha Praise Ltda. Rua Francisco Conde, nº 194, Vila Rosália, Guarulhos / SP Tel. 11 2229-6529 / 2408-2775 www.editoraalpha.com.br contato@editoraalpha.com.br
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A L P H A E D I TO R I A L ■
tecnologia
O impressionante mundo da tecnologia
Cada vez mais inovador, os produtos tecnológicos buscar entreter, fascinar e nos aproximar da realidade virtual Por Elís Lucas Fotos Divulgação
TV 3D agora livre de óculos específico Se você já considerava o máximo a TV 3D, imagine agora poder assistir a filmes, programas, novelas etc, sem aquele par de óculos que você tinha de colocar por cima do seu (para os que usam óculos com grau) e que incomodava, um tanto, caso quisesse assistir deitado? Pois bem, a Toshiba Corporation anunciou em outubro a primeira TV LCD com recursos abrangentes em 3D em que o telespectador não necessita do uso de óculos específico para ver os efeitos tridimensionais formados pela camada dupla convexa, que já renderiza as imagens de profundidade a partir de qualquer ângulo. Chamada de Regza GL1 Serie, o aparelho conta com
dois modelos de telas com tamanhos 20GL1 (20 polegadas) e 12GL1 (12 polegadas), ambas com previsão de lançamento no Japão em dezembro deste ano. Além de evitar o desconforto dos óculos, esta tecnologia tem considerações ambientais, pois os vidros da TV REGZA GL1 Series são produtos ambientalmente conscientes, que integram a economia de energia retroiluminação LED e tem os backlights (forma de iluminação em que o monitor é iluminado por trás ou pela lateral) são livres de mercúrio, com baixas concentrações em fluorescentes de cátodo frio.
Pen drive banhado a ouro é minúsculo no tamanho e gigante na capacidade A empresa Super Talent lançou recentemente o Pico-C 64GB (edição especial): minúsculo pen drive possuidor de grande capacidade e velocidade de 30MB/s para leitura e 15MB/s para gravação de dados, além de ser banhado a ouro 24K. Medindo apenas 3,8cm x 1,3cm e pesando aproximadamente 6 gramas, Pico não é apenas uma unidade ideal para transportar dados e imagens digitais, pois segundo sugestão do próprio fabricante, ele também pode ser utilizado como um luxuoso acessório para decorar um chaveiro ou telefone celular ou até mesmo como pingente. Seu pequeno tamanho não corresponde a um produto frágil, pois além de ser à prova d’água, ele é capaz de armazenar dados por até 10 anos e, quando guardado, suporta temperaturas de -20ºC até 85ºC; já em uso, essa faixa fica entre 0ºC e 60ºC. Além disso, os adeptos a este pequeno e útil “brinquedinho” não precisam se preocupar com compatibilidade, pois o Pico é compatível com o Windows 98, Mac 10.X e Linux.
Tamanho real do pendrive (3,8cm)
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A era 3D também em fotografia
Entretenimento através do óculos vídeo Se no caso ao lado, a TV LCD Regza GL1 Serie não precisa de óculos específico para que o espectador assista aos efeitos 3D, o óculos ITG-VIDIX oferece uma tela virtual de 50 polegadas a cerca de 6.5 pés de distância com resolução de 320x240 em 24 bits de cor, descartando o corpo físico de uma TV comum. Com características inovadoras, o óculos possui um computador embutido, capaz de organizar e reproduzir vídeos, imagens, músicas (com som estéreo dinâmico) e arquivos de texto sem a necessidade de qualquer dispositivo secundário. E para isso, o ITG-VIDIX possui 2GB de memória interna capaz de armazenar seu conteúdo de mídia. Além disso, ITG-VIDIX pode operar independente e sem fios, através de arquivos de mídia digital gravados em sua memória interna flash e de cartões MicroSD, capaz de suportar até 32GB de armazenamento extra por cartão de memória. No entanto, o óculos pode ser usado como um dispositivo de exibição semelhante a uma TV normal, por possuir entrada A/V, o que permite ser conectado a outros dispositivos, como filmadora, iPhone, Play Station 1, 2 e 3, Xbox, Xbox 360, leitores de DVD, dentre outros, para sua completa diversão, que pode ser desfrutada de 2 a 3 horas contínuas de uma única carga. Ficou interessado? Acesse: www. itvgoggles.com
Aos apaixonados por fotografia, a Panasonic lançou a Lumix GH2, câmera equipada com um novo sensor CMOS de 16 MP, suporte para gravar vídeos AVCHD (Full HD 1.080p) com som estéreo e já compatível com sua nova objetiva 3D Lumix G 12.5mm/F12. Porém, a fabricante deixou claro que a lente 3D poderá ser usada somente nos modelos GH2 e G2 com firmware 1.1, ou seja, até que mudem de ideia, não poderá ser usada nos modelos G1, GH1 e GF1. Diferente da câmera da Sony (sweep panorama 3D), em que para captar duas imagens em sequência é necessário o movimento horizontal da câmera, a objetiva 3D Micro Four-Thirds possui duas lentes montadas lado a lado, o que possibilita a captação das imagens ao mesmo tempo. As imagens capturadas em 3D poderão ser vistas numa TV Viera 3D, através da inserção do cartão de memória SD (Secure Digital) diretamente no slot SD da TV, blu-ray player ou via cabo HDMI (High-Definition Multimedia Interface - interface totalmente digital de áudio e vídeo capaz de transmitir dados não comprimidos). A Lumix GH2 estará disponível nos EUA até o início de dezembro com modelos nas cores preto e prata, com preço sugerido de US$ 899,95 (apenas o corpo), US$ 999,95 (corpo + lente Lumix G Vario 14~42 mm / F3.5~5.6 ASPH / MEGA O.I.S.) e US$ 1.499,95 (corpo + Lumix G Vario HD 14~140 mm / F4.0~5.8 ASPH / MEGA O.I.S.).
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tecnologia
FAROESTE DIGITAL
Falta de legislação específica para internet acarreta na ocorrência de crimes digitais Por Amauri Eugênio Jr.
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ssaltos a bancos, crianças nas mãos de pessoas mal intencionadas, pirataria, bullying (agressão física ou moral a alguém que não pode se defender), calúnia e vazamento de dados. Este poderia ser o roteiro da vida cotidiana, pelo ponto de vista de programas sensacionalistas e da propaganda eleitoral; no entanto, tudo isso pode acontecer no computador da sua casa, no notebook que você utiliza na aula ou no trabalho, na lan house que seu filho frequenta... Enfim, na internet. Boa parte de delitos relacionados acima poderia ser evitada, se houvesse legislação específica para assuntos referentes à rede de computadores. Para muitas pessoas, o ambiente digital tornou-se inseguro justamente por esse fato, o que remete ao velho oeste estadunidense, ou seja, a uma terra sem lei. Não são raros os processos movidos por gravadoras e por estúdios cinematográficos contra sites que disponibilizam downloads gratuitos de músicas e de filmes; casos de pedofilia graças à falta de restrição ao acesso à internet para crianças e adolescentes; violação de
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Foto Banco de imagens
termos de privacidade e assédio moral. Não obstante, após o lançamento do aplicativo Google Street View, do Google, cenas impublicáveis foram detectadas acidentalmente e veiculadas na rede digital. Entenda como a criação de legislação específica para a rede mundial de computadores evitaria que problemas como esses continuem a ocorrer. Direitos autorais Há quase uma década, a indústria fonográfica e os estúdios cinematográficos vêm travando batalha ferrenha contra sites que disponibilizam produções sem que sejam considerados os direitos autorais. Parcela considerável da população, não importando a classe social, adere ao download gratuito de produções audiovisuais ou fonográficas em virtude do valor elevado de tais produtos (por exemplo, o “Declaration of Dependence”, álbum da banda norueguesa Kings of Convenience, é encontrado por R$ 65,00). Os criadores do site sueco Pirate Bay, um dos domínios mais popu-
lares do mundo e que disponibiliza álbuns de bandas e filmes para download gratuito, vêm enfrentando inúmeros processos por parte de gravadoras e de estúdios cinematográficos; e, recentemente, um grupo de legisladores norte-americanos se uniu para criar leis para que o acesso a endereços como esse seja exterminado. Para Fábio de Souza, presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Regional Guarulhos, a internet, por possibilitar acesso irrestrito, também permite a localização de sites dessa natureza e que, para a resolução do problema relativo aos direitos autorais, é necessária a criação de leis específicas e claras para esse tema, além de melhor capacitação dos órgãos fiscalizadores e projetos práticos. “O que precisaria, na verdade, seria de regulamentação, por meio de legislação específica que, de fato, pudesse penalizar aqueles que fazem cópias. (...) Isso, sem dúvida nenhuma, estaria preservando não só o direito autoral daqueles que investem”, completou. Alguns grupos vêm adotando medidas para driblar ações de sites de download gratuitos. Em 2007, a banda inglesa Radiohead disponibilizou em seu próprio domínio digital o álbum “In Rainbows” para ser comprado pelo preço estabelecido pelo próprio fã do grupo, podendo até mesmo fazê-lo gratuitamente (essa estratégia foi considerada pela Warner Chappell, gravadora do Radiohead, como “sucesso comercial”). Sobre fatos como esse, o presidente da OAB Guarulhos explicou que se pressupõe haver custo e ganho, que resulta em lucro para quem o produz (banda e gravadora, por exemplo). Não obstante, em relação ao fato de sites disponibilizarem produções culturais gratuitamente, Fábio de Souza declarou que o acesso se torna ilegal a partir do momento em que o material é veiculado sem autorização do artista ou do grupo divulgador. “O que precisaria é de legislação para esta questão de maneira clara; e aí, caberia ao poder público, por meio de políticas apropriadas, dar acessibilidade [à produção cultural] àqueles que não têm condições”, ressaltou. Pedofilia e termos de privacidade de dados pessoais Recentemente, muitos escândalos envolvendo crimes relativos à pedofilia tomaram conta dos veículos de comunicação. Para o presidente da OAB Guarulhos, crimes dessa natureza se devem também à falta de legislação específica para termos de uso de internet (o que acarreta na sensação de impunidade por parte dos indivíduos que o fazem) e pela ausência de imposição de limites para acesso por parte dos pais. O fato de os dados das crianças e dos adolescentes es-
tarem disponíveis em redes sociais, os adultos com más intenções têm acessos a todas essas informações e, por meio de “truques”, induzem seus alvos a caírem em suas “redes”. “Os pais acabam se distanciando tanto da vida dos filhos, permitindo que eles fiquem entregues à própria sorte, presos a uma tela de computador e passando todas essas informações, de maneira que, quando acontece esse crime bárbaro, é tarde demais”, salientou. Também vale destacar que existem poucas delegacias preparadas para o combate de crimes digitais. Além disso, para “quebrar” o sigilo de dados em determinada rede de relacionamento, é necessário entrar com recurso judicial, além de ofício a ser enviado para fora do Brasil, o que demanda muito tempo e “desanima” as vítimas e seus parentes a levarem os casos adiante. Outro aspecto problemático diz respeito à divulgação de dados pessoais e cadastrais, obrigatórios na maioria dos sites. Recentemente, Mark Zuckerberg, criador do site de relacionamentos Facebook (que tem mais de 500 milhões de usuários no mundo) sofreu duras críticas em virtude de alterações aleatórias feitas sobre os termos de privacidade da rede social, disponibilizando dados que antes não eram divulgados pelos usuários. Além disso, invasões feitas por hackers a sites de instituições financeiras e de órgãos públicos têm causado prejuízos financeiros (que ultrapassam a casa dos bilhões de dólares). Para se ter uma ideia, a estimativa do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para invasões de hackers ao seu sítio eletrônico em 3 de outubro (data do 1º turno das eleições) era de 400 mil tentativas de acesso por minuto. De acordo com o advogado, tais criminosos o fazem em virtude do ganho fácil, o que se enquadra em inúmeras tipificações de crimes (por exemplo, estelionato), além de enriquecimento ilícito. No entanto, o Código do Consumidor possibilita a inversão do ônus da prova; ou seja, o banco tem de indenizar o indivíduo que teve sua conta invadida por danos morais e materiais. Anti-vírus para cyber-crimes Fábio de Souza mencionou que a melhor maneira para coibir tais práticas é denunciar tais crimes às autoridades policiais, a partir do momento em que as provas estejam documentadas. Todavia, falta coragem aos policiais, promotores e juízes para fazê-lo; além de conhecimento prévio sobre os procedimentos a serem tomados por parte dos advogados. “O que nós precisamos é acreditar que a nossa justiça existe, depositarmos nossa confiança nesses instrumentos que estão à disposição, e nos unirmos para que esse tipo de crime não aconteça mais”, finalizou.
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encontro marcado
A ARTE DA LIBERDADE Maurício Nunes e sua paixão pelo cinema Por Amauri Eugênio Jr.
Fotos Arquivo pessoal e banco de imagens
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encontro marcado
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escolado, despojado, culto, jovial, muito bem-humorado, show man por essência. Vários adjetivos podem definir Maurício Nunes, ator, jornalista, apresentador do programa Cinelândia e, além disso, vocalista da banda de rock AeroSilva. Dependendo do ponto de vista, faltam adjetivos para definí-lo. Leia a entrevista abaixo e tire suas próprias conclusões. AP: Fale sobre Maurício Nunes. MN: Eu gosto deste rapaz. É uma figura simpática, educada, interessante, inteligente, absurdamente sensível pela ótica da minha mãe e um cara bonito, romântico e charmoso pela ótica da minha namorada (risos). Mas falando sério agora, sou um ser com necessidade de criar o tempo todo, de tal forma que sem a criação de músicas, textos, peças ou qualquer outra forma de expressão artística, sinto como se minha respiração fosse interrompida. Faço da arte o meu oxigênio. Eu vivo constantemente em processo de formação, onde o mestre sempre será o tempo e o melhor material é a observação constante, dia após dia, sobre tudo que há ao meu redor. AP: Como surgiu o interesse pelo cinema e o projeto do “Cinelândia”? MN: Creio que no ultrassom feito na gravidez de minha mãe, eu já sorria e criava alguma cena ou piada. Sempre fui aficionado por imagens. Na infância, enquanto os garotos jogavam bola ou empinavam pipa, eu criava histórias, personagens e vivia pregado no meu Mini Cine – relíquia até hoje guardada. Aliás, de tanto brincar de médico, fui o precursor da série ER (Emergency Room - Plantão Médico) (risos). O cinema é e sempre será a minha igreja. O Cinelândia surgiu exatamente desta devoção e se tornou um programa reconhecido dentro e fora da cidade. Fui duas vezes entrevistado por Jô Soares, estive ao vivo falando de humor e cinema em rádios importantes de São Paulo. O Cine foi matéria de inúmeros jornais, pois tudo era feito com verdade e com amor. Gravei o Cine nos EUA por 30 dias e foi uma experiência inesquecível... Pena que nossa cidade sempre será madrasta e, nunca mãe de seus filhos.
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AP: Nos últimos anos, houve aumento significativo da participação de atores e de diretores brasileiros em produções estrangeiras (Walter Salles, por exemplo, irá adaptar o clássico “On the Road”, de Jack Kerouac, para a “telona”). Você considera que isso possa aumentar a visibilidade do cinema nacional no exterior? E quão valorizado ele tende a ficar? MN: Acredito que sim. Fazendo uma analogia com o futebol, onde nossos craques são contratados pelo exterior, está ocorrendo semelhante olhar para os profissionais do cinema nacional e com grande mérito, diga-se de passagem. “Cidade de Deus” foi escolhido pelo renomado jornal inglês “The Guardian” como o sexto melhor filme de ação de todos os tempos. “Tropa de Elite 2”, por exemplo, é uma obra absolutamente perfeita nos padrões do melhor cinema do mundo. Já bateu 3 milhões de espectadores, derrubando blockbusters e consagrando como grande diretor auteur, José Padilha, que tem sua base em filme documental e conseguiu mantê-la mesmo numa ficção. Seu parceiro, Wagner Moura, que, na minha opinião, figura hoje como um dos mais competentes atores do mundo (e eles lá fora já notaram isto), está no nível de gente como Sean Penn, De Niro, Johnny Depp, entre outros. É um tesouro nacional. E como se já não bastasse ser tão bom, ele e Padilha ainda estão revolucionando a indústria local, se libertando do apoio de leis de incentivo fiscais e abrindo um novo caminho para o cinema, com investimento de quotas, pois enquanto o cinema depender de leis de incentivo, vencerá muito mais uma boa influência do que uma boa ideia. Há cartéis no país que não permitem que novos diretores executem suas obras. Afinal, sem verba e sem distribuição, fica inviável realizar um filme. É como piscar para uma mulher linda, porém dentro de um quarto escuro. AP: Conte sobre seu projeto musical, o AeroSilva. MN: O AeroSilva é o megafone dos meus sentimentos ou, como disse Zé Simão, admirador da banda, o AeroSilva é o grito de liberdade dos excluídos, pois fala a língua da nação. É a minha resposta à toda artilharia de assuntos como política, religião, sexo, arte e tudo que
vêm em minha direção. É o fruto de quando minha mente resolve fazer amor com o silêncio. Eu sempre amei escrever e tenho o palco como extensão da minha casa, portanto não há melhor forma de unificar estas duas coisas, do que se ter uma banda de rock. O nome surgiu da vontade de ser uma banda plural; portanto, nada mais plural que o sobrenome SILVA. Foneticamente, sempre achei Aerosmith bacana, além de ser uma das grandes bandas que admiro e, como Smith nos EUA é o mesmo que Silva no Brasil, nascia então AeroSilva, uma banda que mistura rock, blues, teatro e sacanagem, no melhor sentido da palavra, numa geleia real para todos os gostos, crenças e bolsos. AP: Falando no AeroSilva, qual a contribuição do cinema para as composições das músicas e para a performance nas apresentações? MN: A contribuição é total, tanto que no novo show da banda há um telão com filmes exclusivos feitos para o espetáculo. Como compositor e letrista do AeroSilva, todas influências de livros, filmes, pessoas, ou seja, tudo o que consumo, é transformado em melodia e poesia, e agora com imagens, claro que temperado sempre com bom humor, pois minha gênese é a comédia! Não há forma mais rica de se fazer críticas, protestos e de expandir a mente de quem ouve do que o humor. Já quanto às performances, estas são bem comentadas, afinal são viscerais e vão desde guitarras estraçalhadas no palco até números musicais comigo no meio da plateia. Como um jornalista de São Paulo disse uma vez, acho que sou uma mistura de Mick Jagger com Groucho Marx, e acrescente aí uma pitada de Sidney Magal (risos). AP: Ainda sobre música e cinema, as citações que Quentin Tarantino faz sobre os filmes Western e o revival da obra de Enrico Morricone (expoente em composições de trilhas sonoras desse gênero) em sua filmografia são “sacadas de mestre” até em que ponto? Por qual motivo? MN: Tarantino se encaixa naquela frase: “Roube de um e você é plagiador. Roube de muitos e você é um gênio”.
Sergio Leoni é o expoente máximo do Western Spaghetti (filmes Western com produção italiana), prato principal da dieta calórica de Tarantino que, dono de uma vasta cultura pop, consegue juntar ingredientes de tudo que consome. Eu sou fã do trabalho dele, desprezando alguns desastres. Acho “Bastardos Inglórios” a sua grande obra, apesar de não se tornar clássico cult como “Pulp Fiction”. Já Morricone é um mestre das trilhas sonoras e, assim como outros mestres das trilhas (...), não precisa de revival pois suas obras são imortais e indeléveis. AP: Como foi a transição do cinema para o teatro, no caso das peças “Lolitas” e “Insânia”? MN: Não foi bem transição, o fato é que crio histórias e as escrevo em forma de roteiros para cinema. Como há dificuldades imensas em se produzir, para não perder a ideia, eu as transformo em teatro. Tenho algumas peças escritas e já montadas. “Lolitas”, em especial, ficou por quatro anos em cartaz em São Paulo e também viajou pelo país. Foi um grande sucesso de público e crítica, levando até mesmo uma atriz desconhecida a se tornar capa da revista Playboy, devido ao sucesso da peça. Hoje estou focado na TV, mas nunca abandono o teatro, a verdadeira escola de todo ator. AP: Conte um pouco sobre seu novo livro. MN: Após o sucesso de crítica de “Sob a Luz do Cine Star”, me dediquei integralmente para finalizar uma pesquisa de alguns anos sobre o sexo no cinema. Claro que não nas salas de cinema, apesar de recomendar a experiência a casais mais ousados. O livro “Sexo, Cinema & Dois Canos Fumegantes” faz um retrato da influência do sexo na sétima arte desde 1915 até os dias de hoje. Para manter a linguagem jornalística com tom de humor, já peculiar em minhas obras, transformei o livro num guia de sexo com 69 capítulos, todos recheados de informações e imagens sobre cada assunto específico, incluindo dicas de filmes e curiosidades. Uma obra para se divertir sozinho, a dois, num ménage, não importa, desde que te dê prazer, já é válido. Sexo sempre será um bom assunto e cinema idem. Afinal, são dois prazeres democráticos.
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LIBERTE SUA ADRENALINA
Veja quais esportes podem libertar da rotina e do estresse Por Amauri Eugênio Jr.
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tualmente, graças ao ritmo acelerado das metrópoles, que coloca em xeque a paciência e até mesmo a saúde, não são raros os casos de estresse, neuroses e de outros problemas relativos ao sistema nervoso, graças ao cotidiano. No entanto, há sempre uma válvula de escape para fugir do “ritmo frenético” das grandes cidades. Alguns gostam de ouvir música, independentemente do estilo; outros, de ler sobre música e cinema. Há aqueles que gostam de cair na noite (seja num bar com os amigos, ou num show de Rock’n Roll), assim como os que gostam de ficar em casa; além daqueles que gostam de praticar esportes... Correr, nadar, sem contar os adeptos da prática de esportes radicais e de modalidades que começam a ganhar espaço por aqui. Pois bem, são exatamente essas modalidades que serão indicadas nesta edição do Alpha Indica. Que tal dar uma olhada e escolher a melhor maneira de fugir da rotina e se libertar do estresse? Mergulho Você já imaginou praticar mergulho em Fernando de Noronha? Muito longe? Que tal Santos ou Ubatuba? Gostou da ideia? Então, prepare sua roupa de mergulho e o cilindro de ar, porque iremos conhecer um pouco da vida marinha ao mergulharmos. Não se trata de mergulho livre (ou apneia), sem equipamentos para respiração debaixo d’água, mas sim mergulho autônomo, obviamente, com equipamentos que lhe forneçam ar enquanto você estiver submerso. No entanto, não basta mergulhar sem auxílio e sem conversar antes com o seu médico. Para iniciantes, é extremamente recomendável fazê-lo com o auxílio de um instrutor; além de serem necessários histórico de saúde ao menos razoável (entenda-se dentro dos padrões mínimos de saúde aceitáveis) e, obviamen-
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te, de autorização médica. Para crianças, um aviso: de acordo com Ricardo Maia, instrutor particular de mergulho, a idade mínima é 10 anos de idade. Sobre o equipamento a ser usado, tome nota do que é necessário para mergulhar: roupa de isolamento térmico de neoprene (tipo de borracha com milhares de bolhas em seu interior), cilindro de ar (é bom deixar claro que não é somente de oxigênio), snorkel (tubo com bocal que permite a respiração embaixo d’água), nadadeiras e regulador de pressão do cilindro de ar. E lembre-se da regra nº 1 do mergulho: jamais mergulhe sozinho! Rali Se você não é adepto de esportes aquáticos, gosta de carro e de estradas de terra, com certeza você vai gostar do rali. É bom que se diga, de cara que, além do piloto, também há o navegador (espécie de guia do piloto ou, se preferir, o “cérebro” dele). Há divisões de estilos de provas de rali: as competições de velocidade, como o próprio nome sugere, são provas contra o relógio, que contemplam a equipe mais veloz (por exemplo, as do Campeonato Mundial de Rali (WRC), o Rali dos Sertões e o Rali Dacar); e as provas de regularidade, em que o vencedor é aquele que termina com mais precisão de tempo em relação ao prazo estipulado para o término da prova (por exemplo, se determinado trecho deverá ser cumprido em 30 minutos, se houver atraso de 2 segundos, será aplicada punição para a dupla que o fizer). Vale ressaltar que o estilo de prova mais acessível a iniciantes é o de regularidade. Para poder praticálo, de acordo Luis Fernando Carqueijo, coordenador geral da Trailway Eventos Off Road, é necessário ter
qualquer veículo 4x4; no entanto, para provas mais “pesadas”, em terrenos mais acidentados, orienta-se o uso de carros off road (para tráfego fora do perímetro urbano) ou de jipe. Outro aspecto a ser destacado é o fato de as provas serem realizadas em locais próximos a grandes cidades, por causa do público espectador. No que diz respeito à segurança, não é necessário o uso de capacete em provas de regularidade (no entanto, Carqueijo ressaltou que, em provas de velocidade, esse item é obrigatório e suas especificações variam de acordo com as exigências dos organizadores dos eventos). Outro aspecto sobre segurança é o fato de que são usados carros adaptados, conforme especificações da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) e da FIA (Federação Internacional de Automobilismo). Para quem quiser ser navegador, aí vão algumas orientações: a idade mínima para participar de ralis é 18 anos e, além do mapa do local da prova, são necessários hodômetro digital, cronômetro e calculadora. Paragliding Se a água ou a terra não atraem a sua atenção no que diz respeito a esportes, que tal tentar o paragliding ou o parapente? Antes de você pensar que são duas modalidades distintas, saiba que ambos os nomes se referem à mesma atividade (“paragliding” é o nome em inglês e “parapente”, em francês). Uma espécie de híbrido entre a asa-delta e o paraquedas, o paragliging consiste em voo livre no qual o piloto pode controlar a velocidade durante a descida. Quer saber sobre os “tipos” de voos e de manobras? Aí vão alguns estilos. Fábio Rossetto, piloto e instrutor
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alpha indica de paragliding, explicou sobre as principais. O primeiro estilo é o acro, que consiste na execução de manobras e, quanto mais complexas elas forem, maior será a pontuação do competidor. Algumas delas são o SAT, em que se forma uma espécie de espiral entre o piloto e o velame (a “asa”). No tumbling, manobra mais radical, o velame voa para frente e o piloto para trás, como se fosse “pular corda”, e há também o voo cross, no qual o objetivo é percorrer a maior distância possível, e o duplo (como o próprio nome sugere, consiste no voo de uma pessoa acompanhada pelo instrutor). Além do velame, outros equipamentos essenciais para a prática de paragliding são os mosquetões, engates feitos em alumínio ou em aço ultra-resistente que conectam os tirantes (“cordas” do velame) à selete (a “cadeirinha” na qual o piloto se senta, e que possui proteções para a coluna cervical); o paraquedas de emergência, item essencial que pode salvar a vida do piloto; além do capacete. Os equipamentos não obrigatórios são o macacão, a luva, a bota, o variômetro (aparelho para detectar as condições climáticas e de pouso) e o GPS. “Para cada peso [do praticante] e experiência em voo, há um equipamento apropriado”, ressaltou Rossetto. A idade mínima para a prática de paragliding é a partir dos 16 anos; quanto ao treinamento, é recomendável procurar por um bom instrutor e/ou curso, para que ele analise as condições de voo (em âmbito teórico). No entanto, não há restrições médicas para praticá-lo. “Inclusive, temos alguns pilotos cadeirantes”, completou Fábio Rossetto. Os locais indicados para voo são praias (voo de lift) e montanhas (voo de termal); os principais pontos estão em Atibaia (Pedra Grande), Santo Antônio do Pinhal (Pico Agudo), Socorro (Pico da Cascavel), Caraguatatuba (Morro de Santo Antônio), São Vicente (Morro do Itararé), Guarujá (Praia da Enseada) e Extrema, em Minas Gerais (Morro dos Cabritos). Golfe Qual a visão que você tem sobre o golfe? Esporte voltado para aristocratas? Não é bem assim, fique sabendo. Na verdade, esse esporte vem se popularizando no Brasil e vem perdendo a aura de “inacessível”. Um dos melhores jogadores do mundo é o estadunidense Tiger Woods e, entre os brasileiros, um dos golfistas por hobby é Rubens Barrichello, piloto da equipe Williams na Fórmula 1. O golfe tem inúmeros termos específicos, mas vamos ao conceito básico desse esporte que surgiu na Escócia. O objetivo é jogar a bola no buraco com o menor
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número possível de tacadas, em um campo extenso, que pode ter lagos, rios e bancos de areia, para complicar o objetivo do jogador... E ele tem de fazê-lo em dezoito buracos, no total. Marcos Rodrigues Pedro, professor do Paradise Golf Club, explicou que o iniciante deve fazer aulas e, após esse período, ele estará apto para ser levado ao campo de golfe (também vale ressaltar que há campos abertos ao público, que é o caso do próprio Paradise, diferente da maioria dos campos de golfe que possui acesso restrito a sócios). A faixa etária mínima para a prática de golfe é entre os 7 e 8 anos, quando a criança tem condições físicas minimamente aceitáveis para conseguir segurar o taco específico para sua prática. O traje recomendado para o esporte consiste em camiseta pólo, calça de sarja e sapato específico (com cravos para fixação na grama). Todavia, iniciantes podem utilizar tênis ou sapatos confortável.
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aventura
COM O PÉ NA ESTRADA Rota 66, o paraíso dos motociclistas Por Amauri Eugênio Jr.
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Fotos Lucas Dantas e arquivo pessoal
al qual a Meca para os muçulmanos, o Maracanã para os fãs de futebol e o autódromo de Indianápolis para os aficionados por automobilismo, a Rota 66 é uma espécie de templo para os motociclistas. US Route, em inglês, era uma rodovia do Sistema Americano de Auto Estradas (U.S. Highway System), que ligava os Estados Unidos de Chicago, no estado de Illinois, até Santa Monica, na Califórnia, passando por Missouri, Kansas, Oklahoma, Texas, Novo México e Arizona (vale citar que ela foi inaugurada em 1926, e funcionou como rodovia, de fato, até 1985). Tido como símbolo da contracultura (movimento de subversão e de mudanças profundas na cultura norte americana – e, por consequência, mundial –, intensificado a partir da segunda metade dos anos 60), a estrada foi o berço da primeira unidade do McDonald’s (quando ainda era um restaurante, em 1940) e do primeiro motel da História (ele ainda não era estabelecido no formato como conhecemos, sendo uma espécie de dormitório). Recentemente, transformada na “Histórica Rota 66”, a rodovia foi reconhecida como patrimônio dos Estados Unidos pelo governo federal local, graças à sua importância cultural, histórica e turística. Vale ainda ressaltar que a “The Mother Road” (“A Estra-
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da Mãe”) foi retratada no livro “On the Road”, do escritor Jack Kerouac (que será adaptado para o cinema pelo diretor brasileiro Walter Salles Jr.); e nos filmes “Easy Rider” (“Sem destino”, com Dennis Hopper), Bagdá Café (dirigido pelo alemão Percy Adlon), e no clássico “Forrest Gump”, e serviu de base referencial para a animação “Carros”, da Disney. Pois bem, foi para este ícone da cultura americana que o cirurgião-dentista Omir Schalch Jr. viajou de moto e de lá voltou com ótimas recordações na garupa de uma Harley Davidson. “Boa parte dela era bastante deserta, com grandes retas; e acredito que essa foi uma das coisas que tornou a Rota 66 tão famosa”, declarou o dentista. “Havia sol, mas a temperatura era meio fria; tem que ter bastante proteção (agasalho), mas foi uma viagem bastante impressionante, com paisagens diferentes e retas intermináveis, com as quais não estamos acostumados aqui”, completou. Algumas curiosidades da Rota 66 (e também de boa parte dos EUA) são, respectivamente, a localização dos postos de gasolina em vias transversais a ela (aqui no Brasil, elas estão nas próprias rodovias), a não-obrigatoriedade do uso de capacete para passeios de moto na maioria dos estados norte americanos, além de que o
motorista deve encostar pelo simples fato da luz da viatura estar acesa (no Brasil, é necessário um sinal ou sinal sonoro por parte do policial ou viatura). Pontos turísticos Um dos principais pontos turísticos ao redor da Rota 66 é o Grand Canyon, vale localizado no estado do Arizona e moldado pelo rio Colorado por milhares de anos e considerado como uma das sete maravilhas do mundo moderno. “A visão de você estar em terra, olhando aquele vale todo, aquela profundeza toda, não tem coisa igual; e o helicóptero não dá essa ideia. Hoje, muita gente faz essa viagem... sai de avião de Las Vegas e passa pelo Grand Canyon. Você tem de estar à beira do abismo e olhar a grandeza daquilo tudo, que é uma coisa linda. Não é à toa que eles falam que é uma das 7 maravilhas do mundo”, relatou Omir Schalch. Além do Grand Canyon, outro ponto turístico a ser destacado é a Floresta Petrificada, região composta por formações rochosas que um dia foram árvores; no entanto, a ação do tempo (há aproximadamente 225 milhões de anos) as transformou em madeiras mineralizadas. Também vale ressaltar que na região do Grand Canyon estão localizados os índios da tribo Navajo (mais precisamente no território entre o Novo México e o Arizona). Conforme relato feito pelo cirurgião-dentista, os navajos têm participação assídua na economia local. “Uma coisa que me surpreendeu também foi que, entrando no meio-oeste americano, a gente imagina histórias do Velho Oeste, e esperava encontrar aquele americano interiorano, mas, na maioria das vezes, encontramos índios. (...) Até em postos de gasolina, desenhos, tudo era mais relacionado aos índios... Nós [Omir Schalh e Moacir Mesquita, advogado e amigo do cirurgião-dentista] passamos pelas reservas indígenas, e lá há hotéis em que índios são os proprietários”, completou Schalch. Ainda sobre a Rota 66, o cirurgião-dentista considerou que não há mais a estrada em si (até pelo fato de ter deixado de fazer parte da U.S. Highway em 1985), mas pontos turísticos e trechos que a tornam mítica. “Então, a Rota 66 está mais ligada com a ideia da liberdade. O cara cai numa estrada, que não tem fim, e ele vai colocar a cabeça no lugar”, finalizou Omir Schalch. Sílvia Helena Almeida Barbesani, diretora executiva da editora Alpha Praise, também é entusiasta de motos e, a exemplo de todos os aficionados, também pretende viajar pela “Estrada Mãe”. “Eu me interesso por motos desde pequena, ou melhor, desde criança, pois, na verdade, continuo pequena” (risos).
“A sensação é de liberdade, pois, para mim, não há nada melhor do que o direito de ir e vir”, comentou Sílvia Helena. Não obstante, sobre a possibilidade de viajar para a legendária Rota 66, ela declarou que seria “maravilhoso!!! Desejo um dia ter essa felicidade”, finalizou.
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LIBERDADE CONVERSÍVEL
Conheça a história e os ícones dos carros com capota conversível Por Amauri Eugênio Jr.
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Fotos Banco de imagens
Oldsmobile A famosa Route 66 “Cadillac Ranch” Ford T
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iberdade e estrada têm tudo a ver, não é mesmo? O imaginário popular sempre associa as viagens de longa distância com a sensação de libertação das amarras sociais e da rotina, uma das maiores inimigas da civilização. Uma estrada mítica para os estradeiros de plantão, com status de “templo”, é a Route 66 (Rota 66), que corta os EUA (de Chicago até a Califórnia), eternizada pelo clássico filme “Easy Rider” (“Sem destino”), de Dennis Hopper. A Route 66 também se tornou símbolo de revolução (contra) cultural, ao servir como pano de fundo da história do clássico da literatura “On the Road” (“Pé na Estrada”), escrito pelo autor americano Jack Kerouac, no qual um grupo de amigos atravessa os Estados Unidos da costa leste para a oeste em um Cadillac. No entanto, para qualquer um que tiver espírito aventureiro e ávido pela sensação de liberdade, qualquer estrada, mesmo aquela de terra e deteriorada, se torna uma espécie de oásis asfaltado. Ter um carro conversível, seja ele o último modelo da Porsche ou um clássico da Oldsmobile, é o sonho de consumo do norte americano (também do brasileiro, do argentino, do iraniano...). Certa vez, o milionário Stanley Marsh II, idealizador do “Cadillac Ranch” (“Rancho Cadillac”, localizado no deserto da cidade de Amarillo, Texas, à margem da Rota 66), disse que, para ele, “o sonho americano é uma viagem de Cadillac, com uma loira, até as praias da Califórnia”. Talvez não precise dizer mais nada. Agora, imaginem colocar o pé na estrada num carro conversível e sentir o vento “tocar” seus cabelos, como se fosse o toque das mãos da liberdade. Para quem pensa que carros com capota conversível são invenções somente da indústria automotiva americana, eis uma reviravolta: os carros conversíveis são consequência dos cabriolets, charretes usadas no mundo inteiro no século XIX, nas quais o condutor ficava descoberto. A evolução dos cabriolets para os primeiros carros conversíveis foi, digamos, uma espécie de “seleção natural”, ao melhor estilo da teoria de Charles Darwin: uma coisa puxou a outra. A origem dos modelos conversíveis praticamente coexiste com o início da fabricação dos automóveis. Logo nos primeiros anos do século XX, já se tinham notícias sobre carros com capotas conversíveis. A sensação de liberdade proporcionada pelos carros conversíveis logo atraiu inúmeros adeptos. O lendário modelo Ford T, que ajudou a marca estadunidense a se consolidar como uma das mais im-
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portantes da indústria automobilística e, consequentemente, a popularizar o próprio carro como meio de transporte, teve várias unidades fabricadas na versão conversível. Querem mais? O icônico e democrático Fusca também tem versões com capotas conversíveis (e, para variar, para todos os gostos, estilos e bolsos); assim como o Mini Cooper, popular na Inglaterra (e também conhecido como “carro do Mr. Bean”). Até o novato Smart, aquele carro extremamente compacto fabricado pela Mercedes, já tem a sua versão conversível. Mas vamos ao que interessa: os conversíveis com vocação nata para a estrada. Quem nunca se imaginou na direção de um Cadillac conversível, no meio de uma estrada deserta e cantarolando “Born to be wild”, do Steppenwolf? Pois bem, o Cadillac (não estou falando da Rita), ao melhor estilo de seu slogan de 1997, “Live without limits” (“Viva sem limites”, em bom português), agrega ao seu legado à notória sensação de liberdade, pelos seus modelos (antigos) serem essencialmente estradeiros, além do glamour, pois era o carro “queridinho” dos artistas de Hollywood dos anos 20 em diante. Talvez em grande parte por esse motivo, esse carro clássico seja membro ilustre da cultura do norte americano. Ainda sobre o american way of life, não poderia faltar o Corvette, clássico carro da marca fundada por John Chevrolet. Pouco importa que sejam os primeiros fabricados, em 1953, até os modelos contemporâneos, esse carro sempre vai chamar a atenção por onde passar e vai estar no imaginário e ser sonho de consumo do norte americano e de quem gosta de automóveis em geral. Também merecem menção honrosa os conversíveis fabricados por aqui (sim, por mais estranho que pareça, o Brasil também teve fabricantes de veículos tupiniquins...) O Puma GTS, fabricado entre 1971 e 1980, agradou tanto pelo seu layout e desempenho que também fez sucesso no exterior. Outros dois que agradam muito por aqui são o Kadett GSi, da Chevrolet (apesar de ter sido fabricado aqui, sua concepção é europeia), e o Escort XR3, fabricado pela Ford (os primeiros, produzidos em 1985, tinham até status de muito raros). Sobre os conversíveis contemporâneos, podem ser destacados o Volkswagen Eos (lançado recentemente por aqui e que prima pelo estilo imponente e pelo conforto), o Porsche Panamera (que teve, recentemente, seu layout revelado e que será lançado em breve) e o Citroën C5 Airscape (lançado em 2007, um carro-conceito que preza, também, pela imponência de suas linhas). Enfim, que tal uma viagem, agora, numa autoestrada em um carro conversível? O que me dizem?
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Veja como a decoração, por meio da liberdade, ajuda a encontrar soluções criativas Por Amauri Eugênio Jr.
Fotos Arquivo pessoal
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ara aqueles que pensam somente no aspecto estético da decoração, uma observação pertinente: além de trabalhar com a melhora visual do ambiente, a decoração também pode torná-lo muito mais funcional (ou seja, um problema estético numa casa pode ser resolvido por meio da criatividade, de maneira que torne o ambiente ainda mais agradável). Não sabe como? Use sua criatividade e mãos à obra. Contextualizando uma frase de Pero Vaz de Caminha (aquele mesmo, responsável pela carta que descrevia o território e o povo no que viria a ser o Brasil, durante a chegada dos portugueses), no que diz respeito a qualquer mudança de ambientes, “em se decorando, tudo dá”. Você já imaginou que seria possível colocar uma mesa de seis lugares, por exemplo, num local mínimo (e transformar esse mesmo apartamento, de proporções mínimas, em visualmente espaçoso)? Disfarçar o estilo de uma janela antiga usando somente o lado prático? Ou colocar um aquário entre dois quartos? Por incrível que pareça, isso é, sim, possível. E a decoradora Cristina Marasco, da Moreno e Marasco, é quem confirma a versatilidade nestes três ambientes. Vamos ao primeiro. Todos sabem que a maioria dos adolescentes tem gostos estéticos, digamos, excêntricos. Não são raros ambientes personalizados por eles com pôsteres de bandas “da moda”, páginas de gibis e de HQs (histórias em quadrinhos), de seu filme favorito (mais comum entre as meninas), ou até mesmo com fotos de mulheres vestidas com trajes mínimos. Pois bem, o quarto em questão foi alterado em seu aspecto cromático, com nítida predominância de vermelho, conforme solicitação do “dono” do quarto; e o matiz rubro fica evidenciado em uma das paredes e no teto, assim como nos demais objetos do ambiente. Agora, vamos desmistificar uma lenda, especialmente para aqueles que gostam de decorar os quartos de seus filhos, recém-nascidos, somente com cores neutras ou suaves: não é exatamente isso que agrada os bebês. Com quatro dias de vida, bebês já conseguem reconhe-
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cer a cor vermelha e, pelo fato de tons fortes lhe chamarem mais a atenção, são exatamente as que mais lhes agradam... No entanto, isso não quer dizer que se deve abusar desse recurso. O quarto do bebê deverá ter as paredes pintadas, realmente, com cores suaves; todavia, os objetos de decoração deverão ter cores fortes, vibrantes, preferencialmente com circunferências (forma geométrica melhor assimilada pelos bebês). Além disso, sobre o quarto que você está vendo agora, o berço foi situado ao centro do cômodo, para facilitar a movimentação. Você já imaginou dar uma “repaginada” em um ambien-
te sem necessariamente reformá-lo, e dar a ele aspecto completamente “novo”? Pois bem, foi exatamente isso o que foi feito neste escritório. As janelas têm layout antigo e, para não “apelar” para mudanças radicais, a opção foi inserir uma espécie de biombo com círculos em pontos intercalados na frente da parede principal. Além disso, para reduzir ainda mais o efeito visual causado pelas janelas, foram inclusas persianas atrás do biombo. E então, o que acharam? Basta colocar a criatividade para funcionar, que soluções práticas e esteticamente agradáveis irão vir à tona.
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SABOREANDO sem culpa
Saiba como surgiu o sorvete e aprenda uma deliciosa receita Por Amauri Eugênio Jr.
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Fotos Lucas Dantas e banco de imagens
orvete e verão formam um par perfeito, tal qual goiabada com queijo fresco (o famoso “Romeu e Julieta”) e inverno com chocolate, não é mesmo? Pois bem, caro leitor, o verão está relativamente próximo, mas o calor que faz atualmente induz a todos quererem saborear uma atraente taça de sorvete. Antes de prová-la, que tal conhecer a história desse creme estupidamente gelado? Voltemos muito no tempo... para 1292 (isso mesmo, e o Brasil nem sonhava com a chegada dos lusitanos). Marco Polo, desbravador italiano, voltou à “terra da bota” (apelido do território italiano por causa do formato geográfico) com uma mistura de massa de gelo com leite; e desse ponto para a popularização do sorvete na Europa foi um pulo. Vamos seguir com os capítulos sobre a colonização inglesa (sim, os súditos da rainha também gostaram muito dessa “mistura”), no que resultaria na formação dos Estados Unidos, lugar este em que o sorvete se tornou muito popular. Só havia um problema: como fabricá-lo. No entanto, a solução foi encontrada em 1846, graças à americana Nancy Johnson, que inventou um congelador que preparava a mistura; e cinco anos depois, o leiteiro Jacob Fussel, de Baltimore, abriu a primeira fábrica de sorvetes... E a partir daí surgiu a produção em grande escala desse creme que atrai a gregos, troianos, italianos... (brasileiro então, nem se fale). Todavia, eis um dado, no mínimo, curioso: o Brasil ocupa apenas a 10ª posição no ranking de consu-
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mo de sorvete no mundo (por mais estranho que pareça, os países com maiores índices de consumo são Finlândia, Dinamarca, Noruega, Islândia e Suécia). Caso você não saiba, a ABIS (Associação Brasileira da Indústria de Sorvetes) escolheu o dia 23 de setembro, justamente o dia em que começa a primavera, para ser o “Dia do Sorvete”. Pois bem, antes que o sorvete derreta, vamos ver como se monta o sorvete “Merengue”, da Gelateria Espaço Gourmet? Mais simples, impossível. Os ingredientes são morangos, suspiros, calda e sorvete de morango, chantily, cereja e mais um sabor de sorvete ao seu critério; e, para montá-lo, é fácil também: intercale os sorvetes de morango e o sabor à la carte com o chantily (duas camadas de sorvete e uma de chantily) e decore a “montagem” com os morangos, suspiros e com a cereja... E voilà! O sorvete “Merengue” está pronto. Bom appétit! SERVIÇO Gelateria Espaço Gourmet Av. Paulo Faccini, 1919 Bosque Maia, Guarulhos / SP Tel.: (11) 2229-6362
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EXPEDIÇÃO ATACAMA
Deserto do Atacama pela opinião e lente de Newton Medeiros Por Amauri Eugênio Jr.
Fotos Newton Medeiros
Laguna Miskanti. Na foto, dá para perceber a grandiosidade do lugar com o casal quase que imperceptível no canto inferior esquerdo
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Deserto do Atacama é conhecido por ser uma das regiões mais inóspitas (inabitáveis) do mundo; e é também um dos lugares mais procurados para atividades relacionadas à aventura (dizer que o Atacama está no traçado do Rali Dakar, o evento do gênero de maior expressão mundial e realizado atualmente na Argentina e no Chile, explica alguma coisa?). Pois bem, esse deserto fica, necessariamente, no território chileno, na fronteira com a Bolívia (delimitado pelo Oceano Pacífico e pelas Cordilheiras dos Andes); com extensão de 200 quilômetros, é o deserto mais árido e alto de todo o planeta. Afinal, por que ele é considerado o mais árido? A resposta é simples: em virtude de sua altitude (lembremos que ele é o mais alto do mundo), as correntes marítimas vindas do Pacífico não conseguem chegar até lá; e as precipi-
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tações (chuvas) raramente acontecem (normalmente, elas ocorrem antes de alcançarem o Atacama)... E, por isso, a região é incrivelmente árida. Diz a lenda que esse deserto é o local que ficou por mais tempo sem receber chuvas (mais precisamente 400 anos sem registro de precipitações por aquelas bandas). Além disso, a região na qual o Deserto do Atacama está localizado é rica em minérios (ouro, cobre, ferro, prata etc) e a mineração é uma das principais atividades daquela região e, consequentemente, uma das principais fontes de renda da economia chilena. A título de curiosidade, os 33 chilenos recentemente resgatados na Mina San José, no próprio Atacama, estavam trabalhando na busca pelo cobre. Além de ser considerado o lugar preferido pelos astrônomos em todo o hemisfério sul, pelo fato da falta de
umidade impedir a formação de nuvens (nem precisa dizer que isso ajuda muito a olhar para o céu límpido, não é mesmo?). Não é à toa que estão por lá os melhores telescópios do hemisfério. Outras curiosidades: Madonna gravou o videoclipe de “Frozen” sobre o Mar de Sal localizado no próprio deserto; e o Atacama também serviu como pano de fundo do filme “007 – Quantum of Solace”, de 2008. Pois bem, exatamente esse lugar foi o destino da viagem feita por Newton Medeiros, renomado fotógrafo radicado em Guarulhos; e ele contou à Revista Alpha Praise com exclusividade suas impressões sobre alguns dos principais pontos turísticos do Atacama. Valle de la Luna Como o próprio nome sugere, o “Valle de la Luna”
(ou “Vale da Lua”, se preferir) é chamado dessa maneira pelo fato de sua superfície (dunas e o próprio vale) lembrar muito a Lua; e por lá poderão ser vistas as “Três Marias” (espécie de três “mini” esculturas formadas pela ação do tempo) e o “Vale da Morte” (no qual, diz a lenda, muitas pessoas morreram ao tentar atravessá-lo). “Com a formação das pedras, você fica impressionado com o que a natureza pode fazer, como os caminhos que você percorre. Você passa por esses lugares e conhece a Vila Maior; no final do dia, você tem de percorrer caminho muito longo, muita gente sobe; é quase uma penitência. É uma vista maravilhosa, não do pôr-do-sol, como as pessoas comentam, mas do final de tarde”, ressaltou Newton Medeiros. San Pedro de Atacama
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volta ao mundo Conhecida como a porta de entrada dos turistas da região do deserto do Atacama, o povoado de San Pedro de Atacama (ou São Pedro do Atacama, como preferir) é um dos poucos locais habitáveis do deserto mais árido do planeta. Suas ruas envoltas por casas baixas de adobe (tijolo de barro) também têm vários restaurantes e hotéis com bandeiras do Chile; e, além disso, há inúmeros bolivianos naquela região. O fotógrafo guarulhense também destacou algumas surpresas que o vilarejo pode proporcionar, além de um aspecto curioso sobre a igreja local. “Você acha um lugar que parecia abandonado, no meio do nada, mas, por trás das paredes, sempre tem algo muito bem montado. É bem diferente do que aparenta. (...) Você olha o lugar e diz ‘Que lugar feio’; e quando você entra, ele é lindo! A frente das construções são muito estranhas; não têm beirais, até porque é um lugar onde não chove”. Como em cidades latino-americanas, a presença da Igreja Católica é marcante (em virtude da colonização hispano-lusitana); e não poderia ser diferente em San Pedro de Atacama. Um aspecto curioso da igreja local é o fato de imagens de santos serem cobertas (ou “vestidas”) com roupas.
Quebrada Jere
Quebrada de Jere “Dá para ver um rio com vegetação verde, verdíssima, num lugar onde não dá para acreditar que existe um oásis... porque fica no meio do nada”. Esta frase de Newton Medeiros talvez seja a melhor maneira de resumir a Quebrada de Jere: um oásis no meio do deserto. Ele é, meramente, um veio d’água do deserto e que, assim, forma um cânion com aproximadamente 30 metros de profundidade; e, de quebra, esse veio d’água tem o seu curso alterado para a população (que consegue viver por lá) utilizá-la. Valle de Cactus O Valle de Cactus (ou Vale dos Cactos), como a própria nomenclatura indica, é um vale no qual há inúmeros cactos, em média com 6 a 8 metros de altura (vale citar que há ainda maiores, mas estão localizados na Bolívia). Para chegar até lá, é necessário fazer caminhada com duração de 1 hora e meia, em média. “O lugar é lindo, fotograficamente falando, é um dos lugares mais lindos onde já estive. E não tem como mensurar o lugar; ao fazer uma foto, perdia a noção do espaço, de tão imenso que era”, ressaltou Newton Medeiros.
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Laguna Seca
Valle de la Luna
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Salar do Atacama (foto dos pássaros à esquerda), uma salina com paisagens deslumbrantes. Igreja de São Pedro do Atacama, um dos pontos turísticos da cidade. Acima, foto do Valle de Cactus, onde os cactus medem de 6 a 8 metros. Ao lado, de cima para baixo: cidade de São Pedro do Atacama; Valle de la Luna com Newton Medeiros; e nativo tocando lhamas em meio à cidade de São Pedro do Atacama.
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A musa que levantou poeira em Guarulhos fala exclusivamente à revista Alpha Praise Por Amauri Eugênio Jr. Fotos Assessoria de Imprensa e Lucas Dantas
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vete Sangalo é uma daquelas personalidades que conseguem ser unanimidade. Seja entre ricos e pobres, do Oiapoque ao Chuí, de São Paulo a Rio Branco, entre corintianos e palmeirenses (ou entre torcedores do Bahia e do Vitória), não importa, ela tem o raro dom de interagir e de se comunicar com 99% dos brasileiros, pelo menos. Também pouco importa se você seja negro, branco, oriental,
ou se você se chama Herbert ou Dalila. Não vem ao caso, inclusive, se você anda de carro velho ou de conversível último modelo, se você mora no gueto ou em condomínio fechado... Com certeza você já cantarolou alguma música da Ivete. Pois bem, Ivete Sangalo consegue arrastar multidões e, assim, ter fiéis seguidores (membros da torcida corintiana também)... Seja em micaretas, em shows em
Show realizado no bairro dos Pimentas, em Guarulhos
1972
•Nascia Ivete Maria dias de Sangalo
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1993
•Ivete se juntaria à Banda Eva, banda pela qual ganhou destaque na cena musical brasileira
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1999
•Ivete anuncia sua saída da Banda Eva e investe na carreira solo •Lançamento do primeiro álbum da carreira solo, “Ivete Sangalo”
2000
•Lançamento de seu segundo álbum, “Beat beleza”
2002
•Lançamento do álbum “A Festa”, que marca sua consagração no cenário musical brasileiro
2003
•Lançamento de seu quarto álbum, “Clube Carnavalesco Inocentes em Progresso”
2004
•Lançamento de seu primeiro álbum ao vivo, “MTV Ao Vivo: Ivete Sangalo”
grandes estádios, até mesmo no mítico Madison Square Garden, uma legião estará atrás dela (e do trio elétrico, inclusive). Mas eis a pergunta que não quer calar: como ela consegue a proeza de agradar até mesmo a gregos e a troianos? Que tal dar uma olhada na carreira, desde os tempos mais primórdios, para entender como ela conseguiu tal feito, além de ter se tornado livre para ter paz de espírito? Pois bem, vamos voltar à faixa 1 do CD. Ivete Maria Dias de Sangalo (sim, até no nome composto ela é popular) nasceu em 27 de maio de 1972, na cidade de Juazeiro, na Bahia (uma curiosidade: um dos conterrâneos dela é o cantor João Gilberto...). Nascida numa família composta por músicos (seu pai era seresteiro), a artista teve a música como uma constante em sua vida desde o berço. Vale citar que, nos saraus promovidos pela sua família, ela ficava responsável pela percussão; e, na escola, os intervalos eram sinônimos de tempo livre para tocar violão (para muitos, a música equivale à liberdade, e assim também foi com Ivete). Aos 17 anos, a liberdade continuou a ser a tônica de sua vida... juntamente com a música. Foi nesta época em que ela se mudou para Salvador, capital baiana, para começar a tocar em bares locais. Pouco depois, ela conheceu o produtor musical Jonga Cunha, fundador do bloco de carnaval Eva, e seria convidada para ser a vocalista da Banda Eva, que estreou em 1993. Com Ivete no vocal, foi questão de tempo para a Ban-
2005
•Ivete Sangalo ganha o Grammy Latino na categoria “Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras”, pelo álbum “MTV Ao Vivo: Ivete Sangalo •Lançamento do álbum “As Super Novas”
2006
•Participação no “Rock in Rio Lisboa”
2007
•Lançamento do “Multishow ao Vivo: Ivete no Maracanã”, o segundo álbum mais vendido no mesmo ano
2008
Show em Guarulhos
•Lançamento do primeiro álbum infantil de sua carreira, “Veveta e Saulinho – A Casa Amarela”, em parceria com Saulo Fernandes, atual vocalista da Banda Eva
2009
•Ivete Sangalo concorreu ao Grammy Latino na categoria “Melhor álbum infantil”, pelo álbum “Veveta e Saulinho – A Casa Amarela” •Lançamento do álbum “Pode entrar: Multishow Registro”
2009
•Ivete Sangalo concorreu ao Grammy Latino como “Melhor álbum infantil”, com o “Veveta e Saulinho – A Casa Amarela” •Lançamento do álbum “Pode entrar: Multishow Registro” •Nascimento de seu filho, Marcelo
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•Shows no Madison Square Garden (EUA) •Show em Guarulhos (17.10.10), com público de aproximadamente 150 mil pessoas
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capa da Eva receber o reconhecimento e a idolatria dos fãs (além de ter se tornado uma das principais atrações do carnaval da Bahia). Quem nunca ouviu e cantarolou hits como “Beleza rara”, “Arerê” e “Levada louca”, por exemplo? Sim, todas elas são da Banda Eva, e pavimentaram a estrada de Ivete Sangalo rumo ao sucesso. “Quando entrei na Banda Eva, me surpreendi com o alcance e possibilidades vindos do trio”, comentou a artista sobre seu início no grupo. Carreira solo No entanto, após seis anos à frente da Eva, Ivete decidiu alçar voos mais altos rumo à liberdade da carreira solo. Ainda em 1999, o seu primeiro álbum, também chamado “Ivete Sangalo”, foi lançado e atingiu, de cara, a marca de 100 mil cópias. No ano seguinte, o segundo trabalho de estúdio da artista, “Beat Beleza”, veio à tona; todavia, não foi tão bem recebido pela crítica quanto o seu primeiro álbum (apesar de ter alcançado a casa de 400 mil cópias vendidas), mesmo com sucessos como “Bug, Bug, Bye, Bye” e “A lua que eu te dei”, de autoria de Herbert Vianna (e que foi até trilha sonora de novela). Então chegou o ano de 2002, marcado pelo pentacampeonato da seleção brasileira em Copas do Mundo, pela eleição do primeiro presidente brasileiro oriundo do proletariado... e pela consagração de Ivete. Lançado nesse mesmo ano, o álbum “Festa” foi muito bem recebido pelo público e pela crítica; e a faixa-título, uma das mais executadas naquele mesmo ano nas rádios mainstream (de sucessos comerciais), se tornou um dos hinos da seleção na conquista do penta (vale citar que, por meio de “A Festa”, Ivete ganhou mais um disco de ouro e dois de platina). No ano seguinte, o quarto álbum de estúdio de Ivete, “Clube Carnavalesco Inocentes em Progresso”, que con-
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“Foi um dos melhores momentos da minha vida. Lembrei de todos os momentos do início da carreira até ali. Das pessoas que me acompanharam e principalmente dos fãs que me apoiaram para realizar esse sonho” Ivete Sangalo, sobre show no Madison Square Garden
tou com a participação de Davi Moraes (filho de Moraes Moreira e, na época, marido de Sangalo) e marcado pela faixa “Sorte grande” (popular pelo refrão “Poeira... levantou poeira”, e livremente adaptado por torcidas de clubes de futebol); em 2004, foi a vez de ser lançado o “MTV Ao Vivo: Ivete Sangalo”, gravado no recentemente demolido estádio da Fonte Nova, em Salvador, do qual participaram o próprio Davi Moraes, Tatau (ex-vocalista do grupo de axé Ara Ketu), o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, Sandy & Júnior (quando ainda formavam a famosa dupla teen), Margareth Menezes e Daniela Mercury. Além de inúmeros singles de sucesso, o álbum ao vivo também teve as faixas “Flor do Reggae” (até então inédita) e “Chica Chica Boom Chic”, originalmente de Carmen Miranda, inclusas nele; e, de quebra, o “MTV Ao Vivo: Ivete Sangalo” rendeu à estrela o Grammy Latino (versão latino americana do “Oscar” da música), na categoria “Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras”. Em 2005, foi a vez do lançamento do quinto trabalho de estúdio de Ivete Sangalo, “As Super Novas”, no qual havia hits como “A galera”, “Abalou”, a balada romântica “Quando a chuva passar”, além da cover de “Chorando se foi”, faixa eternizada pelo grupo de lambada Kaoma. Consequência da ascensão crescente da artista em progressão geométrica, o álbum alcançou mais de 1,2 milhão de cópias vendidas por aqui, além de 30 mil em Portugal (vale ressaltar que Ivete esteve na “terra do rio Tejo” em 2006, para participar do “Rock in Rio Lisboa”). Seguindo a linhagem de grandes shows ao vivo, em 2007 foi lançado o “Multishow ao Vivo: Ivete no Maracanã”, do qual participaram Samuel Rosa (líder do grupo mineiro Skank), Saulo Fernandes (atual vocalista da Banda Eva), o cantor espanhol Alejandro Sanz, MC Buchecha e Durval Lelys (do Asa de Águia). Com sucessos da carreira da artista baiana, o álbum recebeu discos de diamante e de platina e, além disso, foi o segundo CD com mais cópias vendidas naquele mesmo ano. Mudando um pouco de ares e mostrando toda a sua liberdade artística ao transitar por inúmeras vertentes musicais, foi lançado no ano seguinte o álbum infantil “Veveta e Saulinho – A Casa Amarela”. Com parceria em todas as faixas estabelecida com Saulo Fernandes, o trabalho musical voltado para crianças foi contemplado com disco de ouro e concorreu em 2009 ao Grammy Latino, na categoria “Melhor Álbum Infantil”. Ainda em 2009, foi lançado o álbum “Pode entrar: Mul-
tishow Registro”, gravado no estúdio montado em sua própria casa, e que contou com a participação de Marcelo Camelo (um dos líderes do Los Hermanos), Maria Bethânia, Lulu Santos, Saulo Fernandes, Carlinhos Brown e até mesmo o Aviões do Forró. Bem recepcionado pela crítica, o “Pode entrar...” tem destaques como as faixas “Cadê Dalila”, composta por Carlinhos Brown, “Teus olhos” (que contou com a participação de Camelo e que faz parte da trilha sonora da novela “Ti-Ti-Ti”) e “Sintonia e desejo”. Ainda a serem lançados os registros em CD e em DVD, os shows de Ivete Sangalo no Madison Square Garden foram marcos na carreira da artista. Para se ter uma ideia, o The New York Times, um dos jornais mais importantes dos EUA, e a Associated Press, uma das mais importantes agências de notícias do mundo, fizeram críticas positivas à performance de Ivete. “Foi um dos melhores momentos da minha vida. Lembrei de todos os momentos do início da carreira até ali. Das pessoas que me acompanharam e principalmente dos fãs que me apoiaram para realizar esse sonho”, relatou a artista sobre os shows em solo estadunidense. Além disso, em 17 de outubro, ela fez show em Guarulhos que contou com a presença de mais de 150 mil pessoas, além de ter sido usada a infraestrutura dos shows realizados no Madison Square Garden... E, de quebra, fez o público tirar o pé do chão. O show foi promovido pela Band FM com apoio da Prefeitura de Guarulhos, e arrecadou 50 toneladas de alimentos não perecíveis para o Fundo Social de Solidariedade do Município. Com inúmeros duetos e parcerias ao longo de sua carreira, Ivete Sangalo gostaria de cantar com o cantor e ativista norte americano Stevie Wonder, seu ídolo (sim, todo ídolo é fã de algum outro grande artista). Seja em estádios, casas de espetáculos (aqui no Brasil ou no exterior), atrás do trio elétrico ou no microblog Twitter (até 19 de outubro, ela tinha mais de 1,6 milhão de seguidores em sua página oficial nessa rede social), os fãs são fiéis e apaixonados por Ivete Sangalo. “Na verdade, eu não tinha nem metade da ideia do que significava isso tudo [ser uma das artistas mais importantes do Brasil na atualidade]. (...) E devo toda minha história aos meus fãs, que reconhecem tudo que eu faço com muito amor.”, declarou sobre o fato de ser uma das artistas mais importantes daqui. Estrela, baiana, mãe (Marcelo, seu filho, nasceu em 2009), brasileira, unanimidade, espontânea, livre. Esta é Ivete Sangalo.
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exclusivo
SÓ O ROCK LIBERTA! Bon Jovi contagia o público com show de 3 horas de duração
Por Maurício Nunes
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Rock and Roll sempre foi a voz da liberdade. Já ocorreram mudanças no mundo graças a este estilo musical. Guerras foram cessadas, conflitos raciais dizimados, políticos perderam seus postos, sem contar que se há uma trilha sonora para a liberdade sexual do mundo, sem dúvida é o Rock and Roll. Cultuando esta liberdade, 60 mil pessoas estiveram no estádio do Morumbi no início de outubro para cantar junto com Jon Bon Jovi e sua trupe canções que falam de amor e, acima de tudo, de fé e liberdade. Nos gigantescos telões pelo palco da atual turnê da banda, ao som da nova música “We Weren’t Born To Follow” (Nós não nascemos para seguir), inúmeras palavras como “Liberdade”, “Faça acontecer”, “Quebre as correntes”, “Inspire”, “O mo-
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Fotos Maurício Nunes
mento é agora”, além de imagens de Martin Luther King, Albert Einstein, Chico Mendes, Obama, Pelé e Lady Di davam o ar político libertário para o belo espetáculo. Jon Bon Jovi, em uma de suas vastas canções, dizia que “tudo que gostaria era ser um Rolling Stone”... Pois parece que o sonho do rapaz se tornou mais do que realidade, fato que até o próprio Mick Jagger poderia garantir. Líder da banda que já embala três gerações de roqueiros e de tietes apaixonadas, Jon, ou “O chefe”, como gosta de ser chamado - numa analogia direta à sua maior influência declarada, o assim chamado “BOSS”, Mr. Bruce Springsteen -, quebrou o jejum de 15 anos sem incluir o Brasil nas turnês, pagando tudo com juros e correção num show espetacular com três horas de duração, não deixando nenhum clássico da banda de fora, além de incluir canções pouco comuns no repertório, à qual uma delas (“Someday I’ll Be Saturday Night”) foi solicitada por este que vos escreve, já que na coletiva restrita de imprensa, ele gentilmente pediu sugestões para o bis e eu aproveitei o ensejo para fazer uma média com minha namorada e pedi esta, que é sua favorita. Thanks, Jon, por seguir meu pedido e incluí-la no BIS! A patroa também agradece. Coletiva esta, aliás, divertida, onde Jon, mais simpático do que de costume, deu cantada numa bela jornalista de uma emissora de TV e ainda declarou que se tem algo que se arrepende foi ter composto a cafona “In and out of love”. Na coletiva, garantiu também que caso
o público fosse animado, ele repetiria a façanha do show que fez na Argentina, onde tocou por mais de 3 horas. A primeira vez que assisti à banda foi em 1989 no mesmo estádio do Morumbi no extinto Hollywood Rock, num show, claro, muito mais jovial e inocente... Afinal, éramos todos mais jovens e mais bonitos, como ele mesmo auto afirma, porém a energia contagiante da banda permanece na mesma proporção que os gritos da plateia feminina, que se descabela com os gestuais milimetricamente calculados de Jon Bon Jovi que, em matéria de sedução, fez escola com Elvis e daria aula a esta geração de artistas sem carisma que vêm se formando, que o diga a banda Fresno que, por uma razão inexplicável, chegou a abrir o show, sendo completamente vaiada pela multidão. Mas voltando às coisas boas, desde a década de 80 pra cá, o som do Bon Jovi cresceu e muito, pois desde o álbum “Keep the Faith”, as letras se tornaram mais políticas com algumas mensagens críticas da sociedade, porém nunca deixando o lado romântico da banda. Afinal, Jon e Sambora são indiscutivelmente os maiores hit-makers de baladas românticas do Rock and Roll. Quantas garotas que lá estavam não nasceram ao som destas melodias e, como se o tempo parasse para o belo roqueiro, hoje as tais jovens queriam ter um filho com ele. Sem contar quantos romances as canções do astro não embalou e quantos romances não se acabaram porque a garota queria o Jon Bon Jovi e não você; afinal, qualquer homem ao lado de Jon é um corno em potencial, talvez aí a rinha de alguns xiitas do rock em não reconhecerem o talento do rapaz. Mas é pura dor de cotovelo da oposição. A banda já provou seu talento e sua capacidade nestes quase 30 anos de sucesso, com números que dariam inveja a qualquer banda do mundo, pois são 120 milhões de discos vendidos, estádios lotados no mundo inteiro, inclusive por 3 dias consecutivos no estádio de Wembley, um dos altares sagrados do rock, isto sem contar a in-
finidade de “primeiros lugares” em Top Hits. A turnê “Circles” é a mais lucrativa do show business atualmente e não é por menos, já que a banda apresenta músicas do novo disco e praticamente uma coleção de hits de toda história da banda, não decepcionando fã algum. No show de São Paulo, a banda abriu com “Blood on Blood” do álbum “New Jersey” e seguiu passando por vários clássicos, com a plateia querendo ainda mais. O baterista Tico Torres, que inclusive já foi baterista de Miles Davis e já tocou com Chuck Berry, fez aniversário na madrugada e recebeu uma calorosa manifestação da plateia paulistana num “Happy Birthday to You” regido por Jon Bon Jovi. Em meio a muita festa, muita vitalidade e uma energia altamente positiva, o que se viu na noite de quarta foi um espetáculo deslumbrante, em que o verdadeiro rock arena se compactuou com a mais alta tecnologia, gerando imagens impressionantes nos gigantes telões por onde filmes criativos e de grande impacto visual eram regidos pela música pulsante da banda, transformando tudo num espetáculo de som e imagens impactantes nos moldes dos grandes shows eventos, como os de Madonna e Beyoncé, com uma única diferença: no caso do rock, em especial Bon Jovi, a beleza estética criou vida, pois nenhum hit eletrônico tem mais emoção do que um acorde de guitarra. Sessenta mil pessoas vão ter dificuldades de esquecer o que presenciaram naquela noite, na qual, mesmo com a kriptonita Fresno para estragar, Jon Bon Jovi se consolidou Super Man dos palcos, apesar da tatoo já antiga, e salvou e continuará nos salvando do tédio nosso de cada dia, nos provando com melodias e letras repletas de mensagens positivas, de que ainda há luz no fim do túnel quando se vive por longos e longos anos de oração e de devoção ao deus Rock and Roll. Maurício Nunes é escritor, músico e diretor teatral e foi um dos poucos jornalistas autorizados a participar da seleta coletiva de imprensa com a banda Bon Jovi.
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ESTILOS Sinta-se livre para escolher o estilo que mais lhe agradar. Por Amauri Eugênio Jr. Fotos Newton Medeiros Produção Camila Macedo (Dona Maricota)
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moda, apesar de ser um dos vetores para determinar o que está em evidência em determinada época, tem o seu lado, digamos, libertário. Ela também pode ser uma maneira (bem inteligente, diga-se) de expressar o que você pensa sobre o mundo; ou seja, é um cartão de visitas da sua personalidade. Quem não se lembra das roupas leves e descoladas usadas pelos hippies, em sinal de “paz e amor, ‘bicho’”? Ou roupas escuras e de couro usadas pelos punks, envolvidas por rebites metálicos para evidenciar toda a revolta com o sistema capitalista? Ou das camisetas de Marlon Brando, numa longínqua época em que era inimaginável sair na rua vestindo somente elas com calças jeans? Pois bem, aqui estão algumas sugestões de estilos de vestuário, para você escolher o que melhor se adapta com o seu jeito de ser. Sintase livre para decidir o que quiser! Serviço Dona Maricota R. Roberto Tadeu Fornasari, 416, Centro, Guarulhos / SP Tel.: (11) 2443-1849
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ensaio Homem com bermuda jeans masculina (R$ 168,00) • Mulher com blusa regata estampada, da Diagrama (R$ 168,00), short jeans, da Diagrama (R$ 158,00), pulseira de couro, da Dez Mandamentos (R$ 128,00) e brinco arabesco de cobre (R$ 78,00)
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Blusa com estampa do exército (R$ 148,00), calça jeans (R$ 228,00), colares de pedra, bracelete de couro com taxas (R$ 128,00) e pulseira de couro com metal (R$ 98,00)
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Da esquerda para a direita • Camisa, da KNT (R$ 128,00) e calça jeans, da Diagrama (R$ 228,00) • Vestido tomara que caia estampado, da Angel (R$ 428,00) • Camisa xadrez Dona Maricota, por Camila Macedo, e vestido “tubinho” rose, da Diagrama (R$ 248,00) • Camiseta pólo, da KNT (R$ 138,00) e bermuda jeans, da KNT (R$ 168,00)
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Camiseta listrada com detalhe de laço, da Diagrama (R$ 128,00) e calça saruel (R$ 228,00) • Óculos masculinos, da Redex (R$ 350,00), camisa social masculina, da KNT (R$ 198,00) e bermuda de alfaiataria, da KNT (R$ 168,00)
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e acordo com o dicionário Aurélio, uma das definições para “consumo” é “uso que se faz de bens e serviços produzidos”. Ou seja, algo que foi produzido está à sua disposição, para adquirí-lo. Você é livre para fazer o que quiser. Somente olhar, se planejar para adquirir um determinado produto num futuro próximo, ou comprá-lo no ato (seja à vista, parcelado, no crédito... você é livre para escolher a forma de pagamento). Vamos ver a vitrine?
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LIBERDADE POR KIKO MAGALHÃES Saiba o que ela significa para o guarulhense promotor de eventos Por Amauri Eugênio Jr.
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palavra “liberdade”, mesmo tendo como definições formais a “possibilidade de fazer o que se quiser” e o “estado de não estar preso”, possui vários significados subjetivos (cada pessoa tem a sua própria definição). O escritor inglês George Orwell, autor de “A revolução dos bichos” e de “1984”, dizia que “se a liberdade significa alguma coisa, é sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir”; não obstante, para a escritora brasileira Cecília Meirelles, “é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”. Ela também está presente na bandeira do Estado de Minas Gerais, mas “ainda que tardia” (“Libertas Quae Sera Tamen”). Para o badalado promotor de eventos guarulhense Kiko Magalhães, a liberdade está intrinsecamente ligada à vida e à personalidade de cada indivíduo; e ele citou cinco aspectos sobre a liberdade ligados à sua vida. • Não diz respeito somente ao fato de ir e vir; • Acreditar em seus ideais. “A liberdade está ligada ao que você acredita”; • Ser o que você quiser; • Ser remunerado por atividade que seja atraente; • Poder associar trabalho e liberdade. “Trabalhar com o que você gosta é um privilégio”, completou Kiko Magalhães.
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Foto Arquivo pessoal
do
ver茫o
As cores
Rua Tapaj贸s, 104 Jd. Barbosa - Guarulhos 11 2409-3754 missdoll@bol.com.br
na
Miss
Doll
política
as eleições em guarulhos Os eleitores entre o padre e o juiz Por Bruno Konder Comparato
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e acordo com um antigo ditado da política brasileira, “De urna de eleição, barriga de mulher grávida, e cabeça de juiz, ninguém sabe o que vai sair”. Hoje em dia, os tempos mudaram, e temos instrumentos como as pesquisas de opinião pública e o ultrassom, para antecipar o resultado de eleições e nascimentos de crianças. Mas as decisões judiciais ainda nos reservam algumas surpresas. Nas eleições de 3 de outubro deste ano, não foi diferente e, tanto o Supremo Tribunal Federal (STF), como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se destacaram por decisões polêmicas. Ao decidir que os eleitores deveriam comparecer às urnas portando um documento oficial com foto, o STF desprezou o título de eleitor, criado justamente para permitir a participação eleitoral. O mais preocupante, contudo, é a indecisão causada pela atuação do TSE, que deixou a decisão a respeito da validade da lei da ficha limpa para depois das eleições, de maneira que o resultado oficial das eleições ainda é passível de mudanças. Paulo Maluf, por exemplo, candidato à Câmara dos Deputados, teve os seus 497.203 votos anulados e não integrará a bancada paulista na próxima legislatura em Brasília. A indecisão jurídica ronda também a candidatura de Tiririca, o campeão de votos desta eleição, e o segundo candidato a deputado federal mais votado
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na história do país, com 1.353.820 votos. A justiça eleitoral pode impedi-lo de tomar posse caso ele não consiga provar que é alfabetizado. Fica, contudo a pergunta: se ele tem título de eleitor, e portanto pode votar, por que não poderia ser votado? Os eleitores de Guarulhos também foram seduzidos por sua campanha, que o apresentou como o palhaço que vai desmarcar aqueles que fazem pose de políticos sérios mas podem não o ser tanto assim. Tiririca teve 54.236 votos em Guarulhos, que fizeram dele o terceiro candidato a deputado federal mais votado no município, atrás apenas de Janete Pietá, do PT, e Carlos Roberto, do PSDB. Janete Pietá, que já foi presidente do diretório municipal do PT em Guarulhos, é esposa do ex-prefeito da cidade, Elói Pietá. Nascida no Rio de Janeiro, em 1946, Janete foi professora até 1974, quando chegou em Guarulhos e se tornou metalúrgica, tendo sido a primeira mulher a se formar pelo SENAI, em 1977. A militância sindical e a atuação junto a movimentos sociais em prol da moradia e da defesa dos direitos das mulheres foram a porta de entrada para a política. Com 117.235 votos em Guarulhos, o que representa 20,4% dos votos dos eleitores do município, Janete Pietá renovou o seu mandato de deputada federal e confirmou seu posto de liderança política local. O empresário tucano Carlos Roberto não teve tan-
Foto: Márcio Lino / Prefeitura de Guarulhos
ta sorte e, embora tenha conseguido 103.373 votos, sendo que 55.804 deles em Guarulhos, não conseguiu se eleger para a Câmara dos Deputados, e terá que se contentar com a sexta suplência da coligação pela qual concorreu. Há, contudo uma chance considerável de que ele venha a assumir uma vaga em Brasília, pois vários deputados eleitos pelo PSDB devem assumir cargos no governo do Estado. Em 2008, Carlos Roberto foi derrotado no segundo turno da eleição para a prefeitura de Guarulhos por Sebastião Almeida, do PT, que foi o principal articulador da campanha vitoriosa de Alencar Santana para a Assembleia Legislativa do Estado. Alencar, vereador eleito pelo mesmo partido do atual prefeito, era secretário de governo da prefeitura e será o único representante de Guarulhos na Assembleia com 154.272 votos conquistados, sendo 118.871 deles em Guarulhos, alcançando uma proporção semelhante à de Janete Pietá ao somar 20,85% dos votos válidos do município. Outro candidato ligado a Guarulhos e que foi bem sucedido nas eleições de 3 de outubro foi o engenheiro Jorge Tadeu Mudalen, do DEM, que se reelegeu deputado federal com 164.650 votos, porém sua votação se deve às suas ligações com a atual prefeitura de São Paulo, pois apenas 12.450 eleitores de Guarulhos votaram nele.
O ex-prefeito de Guarulhos, Jovino Cândido, chegou a ter a sua candidatura para a Câmara dos Deputados impugnada pela justiça eleitoral, por ter sido enquadrado na lei da ficha limpa, mas ao contornar a situação não conseguiu convencer os eleitores, e obteve apenas 18.145 votos, sendo que 13.699 deles em Guarulhos. Apesar de Jovino Cândido ser presidente do diretório do partido verde no município, parece que a tão falada “onda verde” que levou a candidata do seu partido, Marina Silva, ao terceiro lugar na disputa presidencial passou longe da sua candidatura. Mas o fato que mais chamou a atenção do país para o município de Guarulhos nestas eleições foi a acusação de envolvimento do bispo de Guarulhos, dom Luiz Gonzaga Bergonzini, ligado à ala conservadora da igreja católica, na encomenda de milhões de panfletos contra a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, acusada de incentivar o aborto. A iniciativa do bispo contribuiu decisivamente para introduzir a questão religiosa na eleição e dividiu a população. O que me faz lembrar de mais uma frase da sabedoria política brasileira, de acordo com a qual “É preciso respeitar, sobretudo, o padre, que consegue votos; o juiz, que proclama o eleito; e o soldado, que garante a posse.” Bruno Konder Comparato é doutor em ciência política e professor do curso de ciências sociais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) no campus de Guarulhos.
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DITADURA DA INFORMAÇÃO Saiba como a liberdade de imprensa foi abalada durante o regime militar no Brasil
hico Buarque de Holanda resumiu bem o sentimento da parcela populacional que conhecia com detalhes o lado repressor da ditadura brasileira: “Apesar de você, amanhã há de ser outro dia”. Esta frase, refrão da música “Apesar de você”, sintetiza o que significou o regime militar por aqui. Totalitarismo, repressão, além da perda do direito de ir e vir. Você ficaria estarrecido se sua vida fosse ditada por esses aspectos? Pois bem, o Brasil passou por isso durante exatos 21 anos. Pensar diferente do que era imposto pelos generais poderia resultar, no mínimo, em prisões. Algumas das personalidades políticas atuais, como, Luís Inácio Lula da Silva, Aloysio Nunes Ferreira, Fernando Henrique Cardoso e Fernando Gabeira, por exemplo, foram presos pelos órgãos repressores do governo ditatorial no Brasil. Quais foram os “crimes” deles e de muitos outros? Contestar e lutar por uma sociedade livre (alguns, como Nunes Ferreira e Gabeira participaram da luta armada contra o regime militar) e trazer à luz da sociedade problemas
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Foto Banco de imagens
sociais e políticos graves do Brasil naquele período. Obviamente, a repressão não vigorava somente em âmbito político... Na cultura, também houve interferência intensa do governo ditatorial. Entre os artistas censurados estão Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Geraldo Vandré... Até novela foi censurada (o texto original de “Roque Santeiro”, de autoria de Alfredo Dias Gomes, foi proibido de ir ao ar em 1975 pela censura do regime por ser adaptação da peça “O Berço do Herói”, também de Dias Gomes, que tinha como mote a crítica ao regime militar; e somente foi exibido 10 anos depois). Jornalistas também eram alvos-clichê dos censores. Para se ter uma ideia, havia censores em várias redações e qualquer assunto que questionasse decisões da ditadura (ou simplesmente expusesse qualquer falha) não poderia ser veiculado, em hipótese alguma. Logo, não deve ser difícil supor que todo o conteúdo dos periódicos que chegavam às bancas, assim como o do telejornal que adentrava nas casas de muitos cidadãos, bem no horário em que as famílias se reuniam, eram
ideais 1968, Protesto contra a censura: Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell
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presos politicos
Por Amauri Eugênio Jr.
repress
O regime militar Voltemos no tempo (precisamente para 1964). João Goulart, então presidente do Brasil, tinha propostas que desagradavam o governo norte americano e que, consequentemente, se alinhavam mais com a União Soviética (detalhe: o mundo começava a viver a “Guerra Fria”, ou seja, a disputa entre os EUA e a própria União Soviética pela hegemonia mundial). Além disso, os militares, a classe média, os empresários e até a Igreja eram contra, por temerem aproximação intensa dos programas da gestão de Jango com a ideologia socialista. Não deu outra: em 31 de março de 1964, o exército, com o apoio desses setores sociais, deu golpe de Estado que tirou João Goulart do poder. Assim, a ditadura começava no Brasil. Humberto de Alencar Castelo Branco, o primeiro general a assumir a presidência do Brasil nesse período, prometeu entregar o poder a um civil dois anos depois (1966); no entanto, seu mandato durou até 1967 e, de quebra, boa parte dos partidos políticos foi posta na clandestinidade (precisa dizer que o Partido Comunista também foi?). Para completar, uma nova Constituição, nos moldes da ditadura, foi promulgada também em 1967, além de ter sido criado o SNI (Sistema Nacional de Informações), órgão que servia para espionar a vida de qualquer pessoa ou atividades de qualquer instituição, com o objetivo de detectar qualquer problemas para o sistema então vigente (nem precisa parar para pensar muito sobre o fato de que muitos jornalistas seriam potenciais alvos). Por consequência, os protestos contra o regime militar se tornavam mais intensos e aconteciam em vários
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segmentos sociais: na classe trabalhadora, entre artistas e intelectuais, estudantes, políticos (especialmente comunistas); logo, esse levante não agradava nada os militares. Se vocês acham que medidas mais duras seriam adotadas, acertaram. O presidente Arthur da Costa e Silva, que assumiu o poder em 1967, instituiu o Ato Institucional nº 5 (AI-5) no final de 1968, que dava plenos poderes ao presidente (o que significava, entre outras coisas, perda da liberdade de expressão). Já em 1969, a TV Excelsior, pertencente a Mário Wallace Simonsen (que apoiava o presidente deposto João Goulart), teve suas atividades encerradas, justamente pelo apoio fornecido por seu proprietário ao presidente tido como “comunista”. Pode-se dizer que o fim da Excelsior foi equivalente a uma morte lenta e dolorosa. Em franca oposição às decisões arbitrárias da ditadura, um grupo de intelectuais, composto por Ziraldo, Jaguar, Henfil, Millôr Fernandes, Ferreira Gullar, Chico Buarque, entre outros, lançou “O Pasquim”, jornal que criticava acidamente o regime militar... com muito bom humor. As prisões de seus membros e colaboradores eram frequentes; no entanto, resistiu à censura (sem perder a piada, é claro). Foi publicado até 1991 e, em 2009, foi lançada coletânea comemorativa dos 40 anos de criação. Em contrapartida, também havia aqueles periódicos que serviam de “divulgadores” do regime militar. Entre eles, a “Folha da Tarde”, periódico que, de tão visível seu apoio ao regime militar, ficou conhecido como “Diário Oficial da Oban” (Operação Bandeirantes, órgão de repressão do regime militar financiado por empresários). Também vale mencionar o caso da morte do jornalista Wladimir Herzog, então diretor de Jornalismo, assassinado no DOI-Codi (órgão de repressão da ditadura) em 1975, após interrogatório sobre sua suposta ligação com o Partido Comunista, seguido de sessões de tortura, que o levaram à morte; no entanto, os membros do DOI-Codi alegaram que ele havia cometido suicídio (versão posteriormente desmentida). Seu legado pós-morte foi a intensificação dos manifestos pró-democracia que, aos poucos, resultaram na redução da censura e da repressão. Pouco a pouco, então, a censura aos jornais e demais veículos de comunicação perdeu força e iniciou então o processo de redemocratização do Brasil (vide a campanha pela volta das eleições diretas, popularmente conhecida como “Diretas Já”). Enfim, quando você souber que alguma notícia foi censurada em qualquer veículo, independentemente dos motivos relativos a essa proibição, ou vir uma receita de bolo ser divulgada em um telejornal, por exemplo, esteja ciente de que algo não anda bem, e que isso pode refletir em seu cotidiano.
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liberdade de expressao
pasteurizados, alheios aos fatos que aconteciam nos “porões da ditadura” (metáfora de livre interpretação). Será que a célebre declaração (a seguir) do general Emílio Garrastazu Médici sobre o Jornal Nacional, da Rede Globo, explica alguma coisa? “Sinto-me feliz todas as noites quando ligo a televisão para assistir ao jornal. [...] É como se eu tomasse um tranquilizante, após um dia de trabalho”. Pois bem, era assim que a banda tocava e passava... e não cantava versos de amor, pelo contrário. Continuando a censura e a repressão à imprensa, merecem menções honrosas os calhaus (substituições de notícias censuradas por... receitas de bolo e poemas). Não era para preencher espaço ou para deixar o jornal mais sensível, mas sim um sinal de protesto dos veículos de comunicação ao fato de notícias serem proibidas. Vamos entender como foi a ditadura por aqui, para chegarmos ao ponto em que sobraram prisões até mesmo para estudantes e para jornalistas.
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IMPRENSA E ÉTICA Valdir Carleto fala sobre liberdade de imprensa e ética no Jornalismo Por Amauri Eugênio Jr.
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e uma expressão pudesse definir Valdir Carleto, esta seria “compromisso com a verdade”. Diretor da Revista de Guarulhos e da Weekend, Carleto também foi presidente do jornal Olho Vivo (atual Diário de Guarulhos), e sempre fez da verdade a essência da notícia em Guarulhos. Em entrevista concedida à revista Alpha, o jornalista fala sobre liberdade de imprensa e, por consequência, sobre ética no Jornalismo. AP: Apesar de vivermos em sistema democrático, ainda há certo cerceamento (censura) tácito, subentendida, por parte da opinião pública, dos jornais e demais veículos de comunicação e, até mesmo, por parte dos próprios repórteres. Quais fatores tanto externos (pressão da opinião pública) quanto internos (de redações, por exemplo) que levam à autocensura? VC: O que acontece é que a Constituição garante a liberdade de expressão, mas há leis específicas que tratam disso. O fim da Lei de Imprensa não foi recepcionado pela Constituição de 1988, e não tem sido mais utilizada para tipificar delitos de
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opinião. Porém, o Código Penal estabelece sanções para crimes de calúnia e de difamação, injúria. A liberdade de expressão existe, mas cada um é responsável pelos abusos que cometer. Como há tênue diferença sobre o que é liberdade e sobre o que é excesso, quais são os limites? Até onde posso ir para divulgar alguma coisa e que isso não seja considerado um excesso do direito de informar? Até em que ponto algo que eu publique não irá extrapolar o meu direito de informar? Como é uma linha tênue, o profissional de imprensa responsável fica sempre com essa dúvida diante de si; o que eu posso publicar ou não. Eu sofri inúmeros processos em Guarulhos, tanto penais quanto cíveis, há um processo criminal no qual eu fui condenado, por conta de uma notícia que eu publiquei. Não foi uma manifestação de opinião nossa; nós só publicamos uma notícia de uma representação feita por um ex-prefeito, na época, contra um juiz da Comarca; e esse juiz entrou com ação contra esse ex-prefeito, e eu acabei sendo arrolado como réu, embora eu não tivesse escrito uma vírgula além do que já constava naquela representação que o ex-prefeito fez (no caso, o Néfi Tales), e apenas reproduzimos os termos que ele mencionou na representação que ele fez contra o juiz, e eu fui condenado a quatro meses de prisão. Só não fui preso porque eu era [réu] primário, mas eu fiquei com os meus direitos políticos suspensos por duas eleições (nas eleições de 2000 e de 2002 eu não pude votar) porque eu estava cumprindo pena relativa à punição que eu sofrera; e isso foi um baque muito pesado para mim, como cidadão, porque enquanto uma série de bandidos da cidade estava solta, gente que teve práticas de corrupção, que sofreu processos por corrupção, o próprio Néfi Tales foi candidato a prefeito na mesma eleição em que eu não pude votar. Então, o direito dele de cidadão foi preservado, ele que provocou, ele que fez a queixa contra o juiz... E eu fiquei cerceado do meu direito de cidadão, de exercer o direito do voto por causa disso. Então, é lógico que, após uma condenação como essa, eu fiquei muito mais receoso de agir, ao publicar as coisas no jornal que eu dirigia (jornal “Olho Vivo”, atual “Diário de Guarulhos”). Uma série de condenações que sofremos, na maioria, fomos absolvidos; mas em vários deles fomos condenados na esfera cível, principalmente, pois hoje é uma espécie de indústria da indenização. Qualquer coisa um pouquinho mais grave que você publique, a pessoa se sente ofendida, vai à justiça e, às vezes, encontra amparo nesta para punir o veículo de comunicação. Então, existe sim uma censura tácita em que o próprio profissional de imprensa acaba se colocando, além das próprias decisões judiciais que existem. A gente mesmo se policia e deixa de publicar alguma coisa que gostaria para não incorrer num possível erro, que possa gerar um processo. AP: Recentemente, no Tocantins, um juiz proibiu uma emissora local, afiliada de uma rede de porte nacional, que veiculassem notícias sobre o processo de um determinado governador. Em protesto, no lugar da notícia foi divulgada a receita de um bolo, o que lembrou o famoso “calhau” (espaço usado para divulgação de receitas de bolo, por exemplo, no lugar de uma notícia censurada pelo regime militar). Como esse fato pode ser analisado? Quão perigoso é? VC: Acho muito perigoso. Esse precedente, além do que aconteceu com “O Estado de São Paulo, proibido de publicar notícias relativas à família Sarney, tem
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dois pontos que ser publicado. O jornal publicou, cometeu excesso e responde de acordo com a lei pelos excessos cometidos, mas proibir de publicar é um ato de censura e não tem justificativa nenhuma para isso. Nada justifica. Você não pode ofender, publicar calúnias, mas se publicar, responde por elas. Agora, um juiz se dar ao direito de proibir um jornal da tradição do “O Estado de São Paulo”, jornal centenário, que tantos bons serviços prestou à nação, ser proibido de publicar algo que notoriamente vinha acontecendo, sempre com a mesma família envolvida em escândalos, é um precedente muito perigoso, que não consigo admitir. AP: Ainda sobre “O Estado de São Paulo”, recentemente em um artigo editorial, o próprio jornal reiterou apoio a um certo candidato à presidência. Como isso pode ser analisado? Qual a linha tênue entre vertente ideológica e enviesamento? VC: Tenho por princípio que os jornais e revistas que dirijo não manifestam declarações de voto em nenhuma das eleições. Esse é um princípio que defendo. Fui candidato a deputado federal quando o jornal “Olho vivo” já era bastante conhecido na cidade. É lógico que o jornal divulgou as minhas propostas de trabalho, mas, em nenhum momento, o jornal serviu à minha candidatura para não divulgar as outras, ou para não perseguir os concorrentes; nada disso aconteceu. O jornal procurou manter a isenção tanto quanto possível. 100% isento? Ninguém é. Porque, ao escolher o que publicar e o que não publicar, nunca se consegue 100% dos fatos. Por mais isento que você procura ser, sempre tem determinado grau de preferência ou na escolha das informações, do tipo de crítica, do tom de crítica que se faz... o veículo acaba se manifestando a favor de um e um pouco mais contrário a outro. Mas eu acho legítimo o direito do jornal “O Estado de São Paulo” de defender o voto em determinado candidato da sua preferência em um editorial. O que eu não consigo aceitar, de forma alguma, é que nenhum veículo escolha determinadas críticas para fazer sempre para um lado, e somente elogios para o outro. Dessa forma, a linha editorial passa a ser tendenciosa. Agora, o editorial é para manifestar opinião. Da mesma forma que o jornal pode manifestar opinião, a favor ou contra o desarmamento; a favor ou contra a legalização do aborto; a favor ou contra a legalização do uso de drogas, sobre qualquer assunto, por que um veículo não poderia, no seu editorial, manifestar apoio a um ou a outro candidato? Nos veículos que eu dirijo, prefiro manter o máximo de isenção e não declarar voto, ainda que seja no editorial; mas eu acho que é legítimo que um veículo
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escolha seu caminho e que responda perante seus leitores sobre sua decisão. AP: O que pode ser considerado, de fato, liberdade de imprensa e, também, liberdade de opinião? VC: Para cada direito que qualquer pessoa tenha, em qualquer ramo de atividade que exerça, para cada direito pressupõe-se, também, um direito e uma obrigação. Então, o direito de manifestar opinião é sagrado (e o direito de informar também é sagrado), respeitados os limites do bom senso, da verdade... Então, não posso dizer que publicamos sempre aquilo que é verdade, mas sempre descobrimos que o que foi publicado não era absoluta verdade. Assim que descobrimos que alguma informação publicada não é totalmente verdade, nós procuramos corrigí-la. Mas, sempre, procuramos obter a informação verdadeira. Esse tem de ser o exercício diário do profissional de comunicação, porque uma informação dada indevidamente, para ser corrigida depois, é muito complicado. A palavra, depois de sair da boca, não volta mais; e, da mesma forma, um jornal, uma revista, uma emissora de rádio, um site, publica uma informação e isso se alastra de uma forma que, depois, para corrigir, não se consegue falar exatamente com as mesmas pessoas... A informação se espalha de uma forma que não tem mais como corrigir. Então, deve-se procurar a verdade, se cercar o máximo possível de certeza do que está sendo publicado antes de fazê-lo. Na hipótese de ter cometido um deslize e tê-lo percebido, tem o dever de corrigir a informação no menor tempo possível. No exercício dessa liberdade de expressão, ao longo dos meus trinta anos de exercício de Jornalismo, posso ter cometido vários deslizes de informação mal apurada, ou por uma opinião ter sido cáustica demais em relação a uma atitude ou a uma pessoa... Uma coisa que tenho absolutamente tranquila na minha consciência: eu jamais publiquei ou jamais deixei de publicar alguma coisa em troca de dinheiro; e, infelizmente, esta ainda é uma prática que existe em nosso ramo de atividade. Condeno isso de forma veemente e não aceito que ninguém que esteja trabalhando para mim aja dessa forma; e acho isso condenável e que deveria ser completamente banido de nossa sociedade, até para que nossa profissão seja mais respeitada. A mídia é sempre muito apontada como conivente com determinadas atitudes, e tendenciosa em alguns casos (nos períodos eleitorais, inclusive), por causa de profissionais que não se pautam com ética. Mas isso acontece com todas as profissões, e não seria a nossa que estaria isenta disso.
comportamento
CIÚME NA MEDIDA CERTA Saiba mais sobre esse sentimento e, também, como ele pode ajudar o seu relacionamento Por Amauri Eugênio Jr.
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ocê já deve ter ouvido falar sobre o filme “Noivo neurótico, noiva nervosa”, de Woody Allen, ao menos uma vez na vida. Pois bem, resumindo um pouco a história, ele retrata o relacionamento entre um comediante brilhante de Manhattan (interpretado pelo próprio Allen) e uma cantora (Diane Keaton, vencedora do Oscar de melhor atriz exatamente por este filme), no qual o personagem de Woody Allen, por conta de sua insegurança, se torna ciumento ao ponto de se tornar neurótico... Nem precisa dizer o quanto isso complicou o relacionamento do casal. No entanto, isso não está restrito ao mundo do cinema – pelo contrário, a vida “real” também serve de roteiro para a arte, parafraseando o escritor inglês Oscar Wilde. Tanto que, infelizmente, não é raro que esse tipo de comportamento resulte em situações traumatizantes e até mesmo trágicas. Sim, como você deve estar a pensar, caro leitor, o assunto desta matéria é o ciúme (entretanto, o exemplo de “Noivo neurótico, noiva nervosa” beira a linha tê-
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nue entre o ciúme meramente excessivo e o ciúme patológico, doentio). O ciúme é “zelo de amor” e o “receio de que a pessoa amada se apegue a outrem”; e, se moderado, ele é positivo, pois, conforme destacado pela psicóloga Renata Kawamoto, reconhecê-lo e lidar diretamente com ele é uma ação interna saudável, que otimiza a evolução do autoconhecimento. “No entanto, ele passa a ser patológico quando nos leva a perder a capacidade de fazermos nossas escolhas”, ressaltou a psicóloga. No âmbito dos relacionamentos, o ciúme em estágio normal é temporário e baseado em fatos verídicos, ao passo em que o patológico está alicerçado em situações ilusórias e infundadas. Vale ressaltar que o ciúme patológico também está ligado ao Transtorno da Personalidade Paranoide (TPP), no qual o indivíduo é extremamente desconfiado e nutre desconfiança infundada em relação aos seus parceiros e amigos. Uma das maneiras para não deixar o ciúme abalar o relacionamento é o diálogo franco entre ambas
as partes e, caso ele persista, é necessário procurar ajuda profissional (além disso, no caso do ciúme patológico, também é recomendada medicação psiquiátrica). “A pessoa que é vítima do ciúme deve conversar com seu parceiro, explicar seus motivos para ter agido dessa ou daquela maneira na(s) situação(ões) que desencadeou(aram) o ciúme, desfazer os mal entendidos, não dar motivos reais para que ele se sinta inseguro, e reafirmar seu interesse pelo(a) parceiro(a), demonstrando isso das maneiras que se adequem ao seu caso em particular”, destacou Kawamoto. Outro aspecto importante a ser abordado é o fato de que, atualmente, especialmente por causa da rotina nas megalópoles, ambos os parceiros não têm muito tempo para ficarem próximos um do outro (cada vez são mais frequentes casos em que ambos os cônjuges trabalham fora de casa); e, consequentemente, os motivos para um sentir ciúme do outro se tornam mais fortes. De acordo com a psicóloga, para que um relacionamento seja duradouro, é necessário que a idealização da “alma gêmea” seja deixada de lado, com o objetivo de se admitir que também existam
pessoas sem “espaços vazios a serem preenchidos” ou que sejam apenas metade de si mesmas. Também é importante ressaltar que um relacionamento autêntico consiste em ambas as partes estarem interessadas no desenvolvimento material e emocional da outra parte (e de si própria também), além de a liberdade individual ser a principal meta a ser alcançada. “Embora a liberdade seja um valor essencial a todos, não podemos perder de vista o senso de limite”, destacou. Não há como um relacionamento ser duradouro se as duas pessoas envolvidas não respeitarem os limites de ambas, e que estes limites não venham somente de uma das partes. É natural que todos tenham (e precisem de) momentos individualistas – e isso não significa que o relacionamento tenha deixado de ser interessante. Além disso, o ciúme, se moderado, ajuda no relacionamento. “Demonstrar o ciúme é bom e passa sensação de carinho, de cuidado. Faça perguntas que satisfaçam sua curiosidade, mas não passe dos limites. É normal se preocupar com quem a gente gosta da mesma forma que é normal sentirmos isso de vez em quando”, concluiu Renata Kawamoto.
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Deixe a timidez de lado e inove na hora H Por ElĂs Lucas
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alvez você tenha pensado em passar batido nesta página. Relaxe, isto é absolutamente compreensível, visto que até eu, que discorri sobre este tema, senti um certo desconforto, só de imaginar as piadinhas que viriam, caso os queridos (e bem humorados) colegas da editora me vissem pesquisando sobre posições de sexo, produtos eróticos e outras coisas do tipo. Mas vamos lá... Se você chegou até aqui é porque tem interesse no assunto, mesmo que timidamente. Ter vergonha de ler temas relativos ao sexo, em público, não significa que não tenha interesse ou, tampouco, que não goste de praticar o tal feito. Afinal, quem não gosta de sexo, não é mesmo?! Além de representar praticamente o ato que nos trouxe ao mundo, qual prática pode te levar ao paraíso, tão rapidamente, com prazer e sem custos? É quase um pecado renegar-se ou esquivar-se dos prazeres que seu corpo, tanto como o de seu(sua) parceiro(a) podem lhes dar. Sozinha(o) ou bem acompanhada(o), o que vale na relação sexual é a criatividade, o conhecer e o descobrimento. E para que este momento fique ainda mais quente, prazeroso e até inesquecível, sugerimos algumas possibilidades “apimentadas” para que você e seu(sua) companheiro(a) diversifiquem, sem frescuras, na hora H (até o ponto G). A ordem dos fatores não altera os produtos, então você é quem decide por onde começar. Mas não se esqueça que, mais do que dominar técnicas, o sexo tem que ser feito com desejo, seu principal incendiário; o resto é consequência. Antes da cama Quem disse que tudo deve começar na cama? Que tal fazer diferente e começar no banho, já que a água ajuda a estimular o corpo e torna tudo mais excitante? A esponja pode ser um ótimo “brinquedinho”. Escolha uma macia e comece a lavar seu companheiro(a). Com movimentos delicados no corpo, comece pelas costas, passe no pescoço, no peito e vá descendo sem passar pelas partes íntimas. Depois lave os pés, coxas e o interior das pernas, e use sua imaginação. Em seguida, peça que ele(a) faça o mesmo. Você também pode comprar uma esponja vibratória (há vários modelos, como os que imitam coração e morango) para ajudá-la a estimular algumas regiões de maneira mais intensa. Certamente, este banho será inesquecí-
vel para ambos. Se estiver no quarto, aposte em um lubrificante, especialmente aqueles que proporcionam a sensação de calor local, à venda em sex shops ou farmácias. Sem hora marcada Você não precisa fazer sexo sempre no mesmo horário, nem mesmo combinar. Se o clima pintar e estiverem em um lugar propício, vão em frente e não percam tempo. Experimente ficar na cama até mais tarde, num final de semana, por exemplo, e curtir seu(sua) parceiro(a) um pouco mais. É bom para quebrar a rotina de fazer o “papai e mamãe” somente antes de dormir. Os especialistas garantem que traz mais vitalidade e, certamente, o deixará mais “light” o resto do dia, do tipo “nada me abala hoje”. Quase lá Por acaso já ouviu falar na “Borboleta de Vênus”? Pois bem, esta técnica, também chamada de “orgasmo de uma hora”, foi criada pelos sexólogos Bob e Leah Schwartz. Elaborada para quem tem nervos de aço e muito autocontrole, ela consiste em permanecer nas preliminares (caprichadas), ou seja, prolongar as carícias e toques, mas... Parar quando estiver chegando quase lá. A moral desta história toda é que a mulherada aprende a relaxar um pouco e o homem... Este vai sofrer um pouquinho com o autocontrole. Nada de Tensão, prefira esta palavra sem o “n” Não encare o sexo como uma missão, muito menos como uma obrigação. Ambas situações causam tensão, seja pela angústia de acabar logo, ou pela preocupação com a performance a realizar. Divirta-se, se solte. Se for necessário, apele para um bom vinho, só não abuse das doses. “Ao relaxar, abrimos caminho para os prazeres”, explica o terapeuta sexual Oswaldo Rodrigues, do Instituto Paulista de Sexualidade. O sexo pode ser muito mais gostoso se encarado como uma atividade lúdica. Retire o “n” da tensão e curta o significado que se formou. O poder da imaginação Cinta liga, algemas, chicote, mascarás; uniformes de polícia, bombeiro, de estudante ou de enfermeira. Qual é a sua fantasia sexual? Pergunte isto ao(à) seu(sua) companheiro(a) e, mais do que isso, partilhe as suas fantasias com ele(a). Crie um roteiro erótico imaginá-
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comportamento rio completo, com cenário, personagens, sons e cheiros e, em seguida, revele em detalhes ao(à) seu(sua) parceiro(a). Esta técnica chama-se “Treino de Fantasia”, e é tão importante que terapeutas como Júnia Dias de Lima, da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (Sbrash), aplicam em pacientes “travados”. Tente fazer o exercício e veja como sua imaginação pode surpreender e excitá-lo(a). Em outras quatro paredes A não ser que você sempre faça sexo no escuro, transar no mesmo lugar pode não ser tão excitante. Terapeutas garantem que mudar o cenário do amor faz com que o casal sinta-se renovado, despreocupado e até esqueça do ambiente doméstico e da rotina, sobrando mais tempo para a total concentração no prazer. Então, se você é casado(a), adora seu quarto e tal, experimente um quarto de hotel, um chalezinho de férias... Cinco minutos Se a técnica de “Borboleta de Vênus” consiste na superação e no autocontrole, nesta o descontrole é total e rápido. Sem desmerecer a importância das preliminares (é que em cinco minutos não dá tempo), com esta técnica consegue-se chegar a algum lugar, para ser mais exata: lá! Este tempinho ocorre meio que instantâneo: você olha para sua(seu) companheira(o) e “pimba”... inicia-se a aventura erótica. Aproveite a distração das crianças, um tempinho a mais na hora do almoço, mas lembre-se que o tempo é curto... Tic-tac, rapidinho. Fique ligado(a) Não pense que depois de um longo tempo de relacionamento você deve deixar todo aquele fogo e criatividade de lado. Além disso, a autoconfiança nem sempre pode ser um fator tão bom assim. Os relacionamentos devem ser alimentados constantemente e não apenas com o sexo, mas, certamente, com o sentimento principal, de onde vem todos os outros, o amor. Como diz Beyoncé em uma de suas canções, “Irreplaceable”: “So don’t you ever for a second get to thinking you’re irreplaceable” (“nem por um segundo, pense que você é insubstituível”). E, espante-se, isso pode ocorrer num piscar de olhos! Nós mudamos o tempo todo, portanto fique atento(a) aos sinais e, se considerar que vale a pena, adapte seu repertório às mudanças de seu companheiro(a).
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Aqui vão algumas sugestões de livros para desmistificar o tema e deixá-los mais soltos: “A casa dos Budas Ditosos” De João Ubaldo Ribeiro Indicado para quem quer começar a ler histórias picantes. O escritor conta a vida de uma senhora que desde jovem experimenta várias aventuras sexuais. “O Amor Natural” De Carlos Drummond de Andrade Este livro é considerado o mais ousado do poeta. Com ele, o leitor se entrega ao amor de uma forma pornográfica e bem picante. “Kama Sutra” De Vatsyayana O mais clássico dos livros que falam sobre sexo, o Kama Sutra aborda também o amor com uma linguagem que beira o científico. Ótimo para inovar a cada “deitada” com o seu(sua) parceiro(a).
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Saiba mais sobre o método que irá revolucionar o mundo da estética Por Amauri Eugênio Jr.
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tualmente, a individualidade, a autoestima e o bem-estar estão cada vez mais em evidência; e tais características têm sido valorizadas por meio de tratamentos estético-fitoterápicos. No entanto, apesar de tantas alternativas, cada vez mais encontramos pessoas descrentes, que já fizeram inúmeros tratamentos e não conseguiram atingir os resultados esperados. Onde está o problema, afinal? Pois bem, o corpo “fala”. Quando há algo errado, sinais são enviados por meio de liberação de oxidantes (toxinas). Também é notoriamente difícil manter o equilíbrio do metabolismo corporal, ainda mais hoje em dia, quando hábitos comportamentais e alimentares incorretos imperam, condicionados à falta de tempo. Todavia, já há uma alternativa que reequilibra o metabolismo e melhora os tratamentos estéticos: trata-se da oligotecnologia, que permite a desintoxicação e posterior reequilíbrio do organismo, por meio da administração de pequenas quantidades de minerais essenciais para a manutenção do metabolismo. Como nosso corpo não é capaz de sintetizá-los, podemos obtê-los por meio da alimentação, mas nem sempre conseguimos absorver todos esses nutrientes de forma adequada, ou na quantidade necessária. Aproximadamente 65% da metabolização das toxinas (oxidantes) é feita pelo fígado e, quando ele está sobrecarregado, ocorrem disfunções metabólicas, que podem ser trata-
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das com a oligotecnologia. O Summer Club, programa para tratamento estético e de bem-estar lançado recentemente pela OligoFlora, trabalha com a linha de nutricosméticos, suplementos alimentares com finalidade estética e que agem “de dentro pra fora”, nutrindo as células e proporcionando melhora no organismo. Imagine só comer um bombom que auxilia no emagrecimento todos os dias? Pois bem, esse “bombom” é rico em antioxidantes (que combatem o envelhecimento) e possui a proteína faseolamina (encontrada em alimentos como o feijão branco e conhecida por diminuir a absorção de carboidratos pelo organismo). O programa, com duração de 4 a 7 meses, possui benefícios como: •Desintoxicar o organismo; •Combater os radicais livres e, assim, previnir o envelhecimento precoce; •Melhorar a disposição; •Melhorar as defesas do organismo; •Melhorar a microcirculação e os edemas; •Auxiliar na modelação dos contornos corporais; •Ativar e preparar o corpo para o bronzeado; •Hidratar e revitalizar a pele. SERVIÇO Espaço Oligoflora Av. Salgado Filho, 838, Maia, Guarulhos / SP Tel.: (11) 2358-5910
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Cera marroquina
Deixe de transformar a depilação em um pesadelo Por Amauri Eugênio Jr.
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Fonte Salão Maria Bella
ocê tem agonia ao ouvir a palavra “depilação”? Você já começa a pensar em algo paliativo? Entra em crise existencial ao ver que nada deu certo após alguns dias de tê-la feito? Não sabe como retirar os pelos pela raiz? E sente engulhos ao imaginar o crescimento de pelos encravados? Algo pode lhe ajudar a tornar esse ato menos doloroso e traumatizante: a cera marroquina. Por ser elaborada com produtos naturais, a cera marroquina torna, após sua aplicação na epiderme, o ato de depilar-se menos agressivo; por ser vasodilatadora, auxilia na extração dos pelos com mais profundidade e, por esse motivo, reduz a velocidade do crescimento deles; além de inibir o surgimento de fios encravados (que podem causar irritação na pele). Os componentes da cera marroquina são o chocolate, a cera de abelha e produtos fitoterápicos e, quanto às funções de cada “ingrediente”, o chocolate mostra-se eficaz na hidratação e na regeneração da pele e, assim, retarda o envelhecimento da epiderme; a cera de abelha, por sua vez, é à base de resina, rica em óleos balsâmicos
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e essencial à pele humana; e, finalmente, os produtos fitoterápicos (relativos ao tratamento a partir de plantas medicinais) funcionam como cicatrizantes naturais e, ainda, reduzem a dor durante a depilação em até 80%. Além de ter ótima viscosidade para proporcionar melhor eficácia na retirada dos pelos (ou, como preferir, “cortar o mal” pela raiz) e possuir fórmula exclusiva, é também testada e aprovada dermatologicamente, registrada na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), antiinflamatória, biodegradável (sua “degradação” não agride a natureza) e ecologicamente correta. O receio de fazer depilação diminuiu? O trauma e a angústia passaram? O Salão Maria Bella é a única instituição em Guarulhos licenciada pelos fabricantes da cera marroquina. Deixe de sofrer por causa de depilações. Serviço Salão Maria Bella Tel.: (11) 2475-2913 / 2937-1961 R. Dr. Nilo Pecanha, 91 nº 52 - Centro, Guarulhos / SP Av. Dr. Emílio Ribas, 2221 - loja 2 - Jd. Tranquilidade, Guarulhos / SP
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PLATAFORMA DO BEM-ESTAR
Conheça a plataforma vibratória e os benefícios que ela pode proporcionar ao corpo Por Amauri Eugênio Jr.
Foto Lucas Dantas
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uitos inventos foram criados, em princípio, com finalidade militar (e/ou científica) mas, com o passar do tempo, tomaram conta de nosso cotidiano. Não acredita? A internet, sem a qual muitas pessoas não conseguem trabalhar, ou até mesmo viver, surgiu a partir de um projeto militar estadunidense. Pois bem, agora imaginem um aparelho de ginástica criado a partir de um instrumento usado por astronautas. Esse aparelho é a plataforma Power Plate, popular plataforma vibratória. No entanto, você deve estar a se perguntar como ela funciona, e por que está fazendo tanto sucesso. Que tal conhecê-la melhor? Vamos lá. Michelly Garcia, personal trainer da clínica de estética La Belle, explicou que ela foi criada a partir de tecnologia espacial desenvolvida pela União Soviética para treinamento de astronautas, com o objetivo de evitar tanto a degradação muscular quanto a óssea. Garcia citou que estudos científicos sobre a plataforma vibratória concluíram que a transmissão de vibrações mecânicas estimula a contração e o relaxamento muscular involuntários; e, por causa da frequência (intensidade da vibração), da duração e da amplitude (áreas trabalhadas sobre o corpo), seus efeitos sobre o corpo são mais intensos se comparados aos exercícios convencionais. “A plataforma trabalha aproximadamente 90% das fibras musculares; e também está relacionada à prevenção do risco de lesões”, completou. Há cinco anos no Brasil, a plataforma Power Plate otimiza tempo, o que a torna menos estressante para seus usuários em relação aos demais aparelhos. Ao contrário do que se pensa, o aparelho não é voltado somente para mulheres: atletas, jovens, adultos, idosos e até mesmo portadores dos males de Parkinson e de Alzheimer também podem utilizá-lo. No entanto, a plataforma também foi voltada para fins estéticos. “Ela potencializa a contração muscular com os benefícios dos exercícios feitos no solo, no caso do agachamento e abdominais”, explicou a personal trainer. Além de todas essas aplicações, a plataforma Power
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Plate também é usada para reabilitação física de atletas lesionados, com o objetivo de otimizar a recuperação deles mesmos ao serem enfatizados o relaxamento e a massagem. Agora, vocês querem conhecer os benefícios causados pela plataforma vibratória sobre o corpo? Ela ajuda a melhorar a circulação sanguínea, previne a osteoporose e reduz o percentual de gordura no corpo. “Também ajuda a trabalhar o sistema hormonal, pois, por meio da contração e relaxamento muscular, o corpo libera hormônios”, mencionou a personal trainer. A plataforma vibratória também ajuda na coordenação motora (especialmente em relação aos idosos), na flexibilidade e no equilíbrio; além disso, potencializa os resultados dos exercícios cotidianos feitos por atletas. Contudo, se você pensa que poderá se exercitar por conta própria, é bom tomar algumas precauções. “O ideal é que [o uso da plataforma] seja feito com a supervisão de profissionais, como professores de Educação Física e de personal trainers”, explicou Michelly Garcia. O uso da plataforma por conta própria pode acarretar em lesões nas articulações. Além disso, em clínicas de reabilitação, a supervisão é feita por fisioterapeutas. Sentiu interesse em usar a plataforma Power Plate? Bons exercícios. Good vibration. SERVIÇO La Belle Estética & Hair Av. Papa João XXIII, 224, Pq. Renato Maia, Guarulhos/SP Tel.: (11) 2475-2135 / 2475-2136
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S.O.S Pés
Veja os cuidados a serem tomados para manter os pés sempre saudáveis Por Érica Pereira (Guarupés)
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alos? Joanetes? Fungos entre os dedos? Esses inimigos dos pés e, pesadelos de 10 entre 10 mulheres não surgem por “geração espontânea”, logo, estão diretamente ligados aos hábitos adquiridos em relação ao uso de calçados e aos cuidados com os pés. Cuidar dos pés não é apenas um mero ato de estética, mas consiste em cuidar da saúde e em preocupar-se com o bem-estar físico. A transpiração nos pés se dá por meio de altas temperaturas causadas pelos sapatos fechados – o que favorece à proliferação de fungos entre os dedos. Outro vilão é a unha encravada, ocasionada pelo corte inadequado nos cantos dos dedos. Em casos como esse, a correção de tal problema se dá por meio do uso de aparelhos de fibra molecular e de órteses metálicas ou elastodônticas. O equipamento é colocado por cima da unha com o intuito de corrigir seu crescimento; e o tratamento dura de dois a três meses. E, no que diz respeito aos calos, em virtude de desenvolverem-se nas saliências ósseas da parte superior dos dedos, é orientada a procura por atendimento especializado. Anote as dicas para manter os pés saudáveis e, com isso, evitar desconfortos tanto estético quanto anatômico: •lave e seque bem os pés após o banho para evitar o surgimento de frieiras;
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•evite o uso de calçados apertados / menores do que o tamanho de seus pés; •experimente calçados no final da tarde, pois os pés costumam inchar ao longo do dia; •use meias de algodão; •prefira que um podólogo execute o corte de suas unhas, pois elas não podem ser aparadas muito rente; •use hidratante próprio para os pés diariamente e massageie as áreas com maior calosidade; •se a pele estiver muito seca, use hidratante e meias para dormir; •deixe a unha sem esmalte ao menos uma vez por semana para evitar o ataque de fungos; •caso você tenha ficado muito tempo em pé ou caminhado demais, massageie com óleo ou creme apropriado e deite com os pés mais elevados, apoiados sobre um travesseiro ou sobre uma almofada; •procure andar descalço(a) sempre que for possível; •role uma bola de tênis sob os pés para aliviar as dores das arcadas; •se você estiver com algum problema nos pés, consulte um podólogo. Serviço Guarupés Tel.: (11) 2440-0477 / 2229-8046 Av. Esperança, nº 689, Guarulhos/SP
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LANÇAMENTO WEEKEND JARDINS
Editora Carleto lança revista semanal para o bairro dos Jardins, em São Paulo Por Amauri Eugênio Jr.
Fotos Lucas Dantas
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Foto: Márcio Monteiro
revista Weekend Jardins foi lançada em 21 de outubro, com evento na unidade guarulhense da Amor aos Pedaços. A revista, empreendimento estabelecido pela Carleto Editorial, será veiculada semanalmente no bairro paulistano dos Jardins.
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meus 15 anos
Juliana Rodrigues comemora seu aniversário com inesquecível festa Por Amauri Eugênio Jr.
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Fotos Lucas Dantas
uliana Rodrigues, filha da proprietária do salão La Belle, Cida Rodrigues e de Roberto Francisco da Silva, “debutou” na vida adulta em grande estilo. Com elegante baile de debutantes, realizado em 20 de agosto no buffet Mediterrâneo do Tatuapé, sua festa teve decoração da designer Cristina Cirillo. Todas as debutantes se produziram na própria La Belle; e a festa contou com a presença de sua família e amigos.
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desfile maison maklas Evento de moda arrecada fundos para obras assistenciais Por Amauri EugĂŞnio Jr.
Fotos Newton Medeiros
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conteceu, em 17 de setembro, o chĂĄ e desfile beneficente da Maison Maklas, no mirante do Hotel Slaviero. O evento, em prol das obras assistenciais do Lions Clube de Guarulhos, reuniu personalidades guarulhenses.
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INAUGURAÇÃO NA PAULO FACCINI Todeschini inaugura filial em Guarulhos Por Amauri Eugênio Jr.
Fotos Lucas Dantas
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unidade de Guarulhos da Todeschini foi inaugurada em 21 de setembro, com sofisticada festa que animou aos convidados, entre eles Sebastião Almeida (prefeito guarulhense), a jornalista e apresentadora Adriana Colin e João Farina Neto, presidente da Todeschini. O conceito da nova loja é estar mais próxima ao ideal de sustentabilidade, de acordo com Mamede Ali Chain, proprietário do estabelecimento e de outras 9 unidades em São Paulo.
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III FÓRUM DA MULHER EMPREENDEDORA Por Amauri Eugênio Jr.
Fotos Lucas Dantas
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conteceu, em 21 de outubro, o III Fórum da Mulher Empreendedora de Guarulhos, organizado pela ACE. O evento contou com palestra de Luana Cesaro Pinheiro, da Tetra Pak, e teve como mote assuntos relacionados à sustentabilidade (vale ressaltar que a entrada foi organizada para arrecadar pilhas, baterias e aparelhos eletrônicos descartáveis).
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COQUETEL DIA DO MÉDICO
Associação Paulista de Medicina Guarulhos comemora data em grande estilo Por Elís Lucas
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Fotos Lucas Dantas
o dia 18 de outubro, a Associação Paulista de Medicina Regional Guarulhos realizou coquetel em comemoração ao Dia do Médico, no qual compareceram diversas autoridades para cumprimentar os médicos e prestigiar o evento. Entre elas, estiveram presentes o secretário da Saúde, Sr. Carlos Chnaiderman, e sua Secretaria Adjunta, Teresa Pinho, a Deputada Federal Janete Pietá,
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assim como o vereador Dr. José Mário, o presidente da ACE Wilson Lourenço e o presidente da APCD Edson Tokutsune. O deslumbre da noite ficou por conta da apresentação da Big Band Prata da Casa, grupo formado pelo Conservatório Municipal de Guarulhos que, entre jazz, blues e até funk (o verdadeiro) surpreenderam os convidados que assistiam atentos à clássica apresentação.
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AGNALDO RAYOL FAZ SHOW BENEFICENTE EM GUARULHOS Por Amauri Eugênio Jr.
Fotos Lucas Dantas
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cantor Agnaldo Rayol se apresentou em 12 de outubro, no Centro Cultural Adamastor, para a realização de show beneficente, com organização de Lygia Pannocchia e apoio da Prefeitura de Guarulhos e Fujji Turismo. O evento, que teve público de 700 pessoas, contou com as presenças de Érika Rodrigues (caloura do Programa Raul Gil) e do cantor de boleros Alexandre Arez; e, por se tratar de show comemorativo dos 53 anos de carreira de Rayol e de homenagem à padroeira Nossa Srª Aparecida, houve vários momentos em que próprio artista e o público ficaram intensamente emocionados. A renda arrecadada (R$ 40.000,00) com a apresentação foi revertida para a maternidade Jesus, José e Maria.
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BRINCADEIRA SÉRIA Pato Fu lança o álbum “Música de brinquedo”
Por Amauri Eugênio Jr.
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Fotos Gabi Lima e Nino Andrés
Nina, Matheus e Mariana estavam brincando de gravar. Foram ótimos no estúdio. Ouviram tudo com muita atenção e reagiram àquelas canções pop como qualquer criança da idade deles faria”. Não, esta declaração não se refere a uma espécie de reedição do “A turma do Balão Mágico”; tampouco a uma excursão de crianças em um estúdio musical. Na verdade, este é o relato de uma mãe orgulhosa sobre a participação do trio de crianças nas gravações de um CD de uma das bandas mais importantes e criativas do Rock nacional... E essa mãe é justamente a vocal desta banda. Sua filha? Nina Takai Ulhoa. A mãe que fez esse relato é Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu. A banda mineira Pato Fu lançou neste ano o álbum “Música de brinquedo”, produzido por John Ulhoa, guitarrista da banda, marido de Takai e pai de Nina. A concepção do trabalho, como o próprio nome sugere, foi feita com instrumentos de brinquedo. Isso mesmo, foram usados piano de brinquedo, flauta e xilofone, por exemplo, mas se engana quem pensa que o resultado não ficou, digamos, sério. A vocalista da banda, em entrevista à revista Alpha, explicou que a ideia de produzir um trabalho nesses moldes surgiu em 1996, quando ela e John Ulhoa compraram o CD “Classic on Toy”, no qual a turma do Snoopy gravou clássicos dos Beatles com instrumentos de brinquedo; no entanto, como o Pato Fu havia lançado até então três álbuns, ainda não era o momento para revisitar trabalhos de outros artistas. “Quando nossa filha [Nina] nasceu, em 2003, voltamos a pensar sobre fazer um disco com repertório conhecido dos brasileiros com essa sonoridade [infantil] que tem imperfeições, mas muita empatia”, completou Takai. Ainda sobre o “Música de brinquedo”, que contém versões de Rita Lee (“Ovelha negra”), Tim Maia (“Primavera”), Titãs (“Sonífera ilha”), Elvis Presley (“Love me tender”) e até mesmo de Zé Ramalho (“Frevo mulher”), foram mantidos os arranjos originais de cada música nota a nota, para que o ouvinte reconhecesse cada faixa, mas com instrumentos de brinquedo, “para dar aquela sensação de paixão à primeira ‘ouvida’”. Mesmo com o caráter inventivo da banda, ao contrário do que se pensa, o Pato Fu não foi fortemente influenciado pelos Mutantes (antiga banda de Rita Lee, Sérgio Dias e de Arnaldo Baptista),
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apesar de eles “terem sido artistas maravilhosos que dão o maior orgulho pra quem é daqui”, segundo a própria Fernanda Takai. Sobre Nina, a vocalista explicou que ela e seus amigos (Matheus e Mariana, ambos com 6 anos) gostaram muito da experiência de terem participado das gravações do “Música de brinquedo” e que “falam para todo mundo que gravaram um disco”. A vocalista e mãe comentou que sua filha pode ser o que quiser, desde que seja sempre uma boa aluna. “A gente fala brincando que queria que ela fosse advogada pra ler nossos contratos... mas Nina vai ser livre pra ser e fazer o que quiser como eu e John fomos”, completou. Em meados dos anos 90, quando ainda estava em início de carreira, o Pato Fu chamou a atenção da grande mídia e de Renato Russo, eterno líder da Legião Urbana; e agora, como banda estabelecida no cenário musical, Takai mencionou que os grupos e artistas que mais vêm chamando a atenção de seus integrantes são o Lucy and the Popsonics (dupla de Rock com arranjos eletrônico de Brasília), Léo Cavalcanti (destaque da nova safra da MPB), Érika Machado (artista mineira que se vem chamando atenção da crítica com músicas e composições melódicas e harmoniosas), Sinamantes (trio composto por dois brasileiros e por uma argentina) e Maltines (banda da cena musical catarinense). Enfim, este é o Pato Fu: uma banda influente, composta por músicos extremamente competentes, que sempre se reinventa, mas, acima de tudo, sem nunca deixar a felicidade e o alto astral das crianças de lado. ALPHA MÚSICA■
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SIMPLESMENTE EU, CLARICE Peça biográfica sobre Clarice Lispector, sucesso de crítica, retorna a São Paulo Por Amauri Eugênio Jr.
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e a vida de Clarice Lispector pudesse ser resumida em poucas palavras, com certeza a palavra “liberdade” estaria em evidência. Não entenderam o motivo? Pois bem, aí vão alguns fatos. Os pais da escritora vieram ao Brasil, como imigrantes saindo da Ucrânia, para iniciarem uma nova vida - após a I Guerra Mundial - e ela nasceu durante a viagem. Não está satisfeito? Ela divorciou-se de seu marido em 1959, numa época em que fazê-lo era inconcebível para mulheres, no que diz respeito a aspectos socioculturais. Pois bem, sua vida serviu de mote para a produção de “Simplesmente eu, Clarice Lispector”, monólogo interpretado e dirigido por Beth Goulart e que lhe rendeu os prêmios de melhor atriz pela Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro e do Prêmio Shell. Você poderá conferir a peça “Simplesmente eu, Clarice Lispector” no Teatro Renaissance até 19 de dezembro, quando acabará a temporada. A novidade dessa nova fase é o sorteio de livros (ao total, quatro) ao término de cada apresentação.
Serviço Teatro Renaissance Al. Santos, 2233, Jardins, São Paulo /SP Tel.: (11) 2122-4241 Preços: R$ 50,00 (sextas e domingos) e R$ 60,00 (sábados) Horários: sextas, 21h30; sábados, 21h; domingos, 19h.
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“UM PARTO DE VIAGEM”
Imagine se esta viagem também acontecesse na vida real Por Amauri Eugênio Jr.
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m homem tem de atravessar o país para conseguir assistir a tempo o parto de seu filho. Essa poderia ser a história de qualquer um de nós (ele pode se chamar José, Johann, Felipe, não importa). Agora, coloque no meio disso tudo um parceiro de viagem com alguns parafusos a menos, outras pessoas tão “normais” quanto esse “parceiro” de viagem e, por consequência, situações que beiram entre o cômico e o inacreditável, de tão insanas que são. Pois bem, esse é o mote de “Due date” (“Um parto de viagem”, por aqui). A premissa do filme é simples: um homem (interpretado por Robert Downey Jr., o Tony Stark de “Homem de Ferro”) tem de atravessar os Estados Unidos para conseguir assistir a tempo o nascimento de seu primeiro filho, e decide fazer a viagem de carro, na
Fotos Divulgação
“ilustre” presença de um aspirante a ator, interpretado por Zach Galifianakis (do filme “Se beber, não case”)... No entanto, uma série de imprevistos e de acidentes (!) atravessam o caminho de ambos. Dirigido por Todd Phillips (também diretor de “Se beber, não case”), esse road movie também conta com as participações de Jamie Foxx, vencedor do Oscar de melhor ator pelo filme “Ray”, Alan Arkin (o impagável avô de “Pequena Miss Sunshine”), Juliette Lewis, Michelle Monaghan (esposa do personagem de Downey Jr. no filme) e de Danny McBride. Ficou interessado nessa epopeia moderna que Robert Downey Jr. terá de enfrentar? Se você quiser assistir “Um parto de viagem”, coloque o pé na estrada (ou melhor, vá à sala de cinema mais próxima de sua casa) em 5 de novembro... E aperte os cintos!
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• Casamentos • 15 anos • Jantares
• Batizados • Aniversários • Feiras e Exposições
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• Inaugurações • Festas Temáticas • Eventos Corporativos
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