Estação #23

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Ano II - #23 - Distribuição gratuita

Galã à moda antiga Javier Bardem, protagonista de “Comer, Rezar, Amar”, fala sobre Oscar, personagens, assédio da imprensa e derruba o estereótipo de macho ibérico.

Turismo | Cultura | Moda | Beleza | Comportamento | Arquitetura | Tecnologia | Gastronomia | Vinhos


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Editorial Brava gente brasileira! Longe vá temor servil! Ou ficar a Pátria livre, Ou morrer pelo Brasil. Setembro é o mês em que festejamos nosso patriotismo, a independência do Brasil da dominação portuguesa, espírito que se fortalece ainda mais quando estamos em vésperas de eleição presidencial. Independência vem junto com responsabilidade, e nada nos confirma mais isso do que o poder que cada cidadão assume quando exerce seu direito de voto. Nesse mês temos que prestar muita atenção a tudo e a todos, amadurecer nossa escolha para em outubro dar um voto consciente! Ainda em setembro, saudamos a primavera, a dona da vida efêmera... O ritmo da natureza segue, com ordem e movimento! Árvores já se cobrem de folhas, amendoeiras inauguram suas flores. O canto dos pássaros se mistura ao voo das borboletas...Tudo vai se tornando multicor, a natureza nos envolve com o perfume lançado ao vento pela suave brisa. Nesta edição, Javier Bardem estampa a nossa capa. Com todo respeito... Lindo, maravilhoso e sexy! Dani Ferrera escreve sobre o grande

momento do ator como protagonista do filme “Comer, Rezar, Amar”, que será lançado no início de outubro. Não percam! Dani também nos brinda com uma bela entrevista com o diretor Martin Scorsese. Em Lugares por onde andei, Juliana Pamplona conta sobre sua viagem aos vinhedos da Califórnia, roteiro inspirado no filme “Sideways: entre umas e outras”. Lembrando o Dia Nacional do Cerrado, 11 de setembro, a seção Sustentabilidade chama a atenção para a importância de preservar esse bioma, vítima de preconceitos e antes negligenciado pela legislação ambiental. A edição também traz a aventura do britânico Ed Stafford, que realizou a proeza de percorrer a pé praticamente toda a extensão do rio Amazonas. Assim encerramos, esperando que ao folhear a revista vocês se deleitem com uma leitura prazerosa, feita com todo cuidado e esmero. Que a Estação possa distraí-los nas horas de lazer e ajudá-los a passar o tempo de maneira leve e interessante. Grande beijo, fiquem com Deus... E até a próxima...

Narriman Chede

Expediente Diretora Narriman Chede narrichede@estacaoaeroporto.com

Colunistas Raul Caldas contato@raulcaldasfilho.com.br

Jornalista Responsável Rodrigo Brasil rodrigobrasil@estacaoaeroporto.com

Correspondente Internacional (Europa) Celso R.de Campos Corrêa Nobili Pantafni Milão Itália celso@estacaoaeroporto.com

Editor Executivo Dani Ferrera daniferrera@estacaoaeroporto.com

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Direção de Arte Karin Orofino karinorofino@estacaoaeroporto.com

Diretora Comercial Sonia Meireles (11) 92501273 | (48) 96161276 Rua Marins de Araujo Viana,85 São Paulo SP CEP 02420-040 soniameireles8@yahoo.com.br

Jornalista Ana Marta Flores ana.marta.moreira.flores@gmail.com

Brasília Alberto Moreira Rosa Neto (61) 33234701 betico@centralcomunicacao.com.br

Diretora de Marketing Ana Carolina Rotolo anacarolina@estacaoaeroporto.com

Goiânia Gisella Silva Oliveira (62) 99796413 Gisellla.oliveira@estacaoaeroporto.com

Gerente de Marketing Guilherme Miranda guilherme@estacaoaeroporto.com

Curitiba Mirian Lins (41) 32323466 Paraná@centralcomunicacao.com.br

Gerente de Comunicação Priscila Bernardi pri@pribernardi.com.br

Grande Vale Mirla Fabiane (47) 33679996 | (47) 84516774 mirla.icone@terra.com.br

Comercial Internacional Piquet Business Consulting 80 SW 8th Street 20th floor | 33130 Miami, Fld ( 305 ) 781-8823 | (786)314-0886 luiz@piquetbusiness.com taina@piquetbusiness.com Redação Rua Araújo Figueiredo,119 | sala 1002 Centro Executivo Velloso Florianópolis SC (48) 32221840 | (48) 33658191

A Revista Estação Aeroporto pertence à E Editora Ltda. Apenas as pessoas que constam no expediente tem autorização para representá-la. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

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Sumário

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Javier Bardem

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Mimos

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Sustentabilidade

08 Horizontes 12 Lugares por onde andei 14 Beleza 16 Estética 17 Aposte 18 Decoração 20 Turismo Internacional 22 Habitat 24 Capa 28 Entrevista 30 Tecnologia 32 Cultura 44 Desembarque

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Moda

52 Gastronomia 54 Vinhos 57 Velocidade 58 Especial 60 Perfil 62 Tendência 76 Qualidade de Vida 78 Mais Estação 80 Empreendedorismo 84 Estação Final 89 Crônica 84 Estação Final 89 Crônica


Horizontes

Lazer para todos os gostos

Fotos: Embratur/ Divulgação

Sergipe

A bela praia da Ponta do Saco, situada no município de Estância, no sul do Estado, é perfeita para quem procura um lugar tranquilo para se refugiar.

Saiba mais: Aracaju Convention Bureau: (79) 3249-4546 www.aracajuconvention.com.br

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racaju, capital de Sergipe, afirma-se como uma ótima opção para quem busca belas paisagens praianas, patrimônio histórico, centros de artesanato e culinária típica. As atrações incluem o passeio de barco até a foz do São Francisco ou a famosa praia de Mangue Seco. As pequenas cidades históricas de São Cristóvão e Laranjeiras completam o circuito turístico da região. A Praia de Atalaia é o centro do agito da capital. Seu centro gastronômico reúne restaurantes de comida internacional e a autêntica comida regional, tanto do litoral como do sertão. Visitantes desfrutam de delícias como peixe e carne de sol, frutos do mar e macaxeira, pirão e bode assado. Aliás, ali fica a “Passarela do Caranguejo”, onde, conforme o nome diz, são servidas especialidades da iguaria predileta do sergipano. Na Avenida Beira-Mar está o Museu Memorial de Sergipe, com exemplares do artesanato, folclore, cangaço e paleontologia. O Oceanário de Aracajú, mantido pelo Projeto Tamar, possui 18 tanques de água doce e salgada, contando com tartarugas marinhas, tubarões e exemplares da fauna marinha. No Mercado Municipal, entre frutas e outros produtos da região, pode-se encontrar o tradicional artesanato sergipano. São rendas, redes, bordados, cerâmicas e peças de fibras vegetais. As diversas praias oferecem lazer para todos os gostos, desde locais desertos até áreas com quios-

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ques, repletas de dunas e coqueirais. Entre os destaques, Aruana, do Robalo, do Sarney, dos Náufragos, do Refúgio e dos Artistas (o “Havaizinho” dos surfistas). Inúmeras cidades do Estado abrigam construções de importância para o patrimônio histórico e cultural. O período barroco deixou suas marcas nos casarios, igrejas e conventos. Em Aracaju, visite o Palácio Olímpio Campos, de estilo neoclassicista. Em São Cristóvão, a quarta cidade mais antiga do país, os destaques são as construções barrocas espalhadas pela Praça São Francisco. A Igreja da Ordem Terceira do Carmo e o convento têm construção datada do início do século XVIII. Já em Laranjeiras, famosa pelas manifestações folclóricas e pela arquitetura colonial, a passagem dos jesuítas está nas igrejas. Partindo de Aracaju rumo ao litoral Sul, o prato é completo para quem gosta de praia. Dunas e mangues se revezam, entre vilas de pescadores, salinas, coqueirais, montando o cenário de sonho que acompanha o viajante. Quando quiser buscar algo mais regional e cultural, a opção é a cidade de Estância, a 75 km da capital. Lá é o berço da cultura sergipana, com suas festas populares quentes, como a Festa de São João, a Guerra de Espadas e a Corrida de Barco de Fogo. Em Porto N’Angola pode-se visitar, de escuna ou catamarã, a Ilha da Sogra, a Praia do Saco e Mangue Seco. Outro destino imperdível é Barra dos Coqueiros, cidade-ilha com 30 km de praias.


Fotos: Embratur/ Divulgação

Acima: Os visitantes podem optar por passear de bicicleta movida a vela ou de bugue. À esquerda: Forró é um dos ritmos que embalam a região. Abaixo: Farol e ponte de Aracaju.

Acima: Passeio de barco pelo delta do rio São Francisco. À esquerda: Praia de Genipabu.

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Mimos Fascinação

Fotos: Divulgação

A partir do conceito italiano Affascinante (“fascinante”), a campanha e as novas peças foram desenvolvidas para enaltecer a marca, os produtos e a atitude de quem usa Lougge. Focada em pesquisas constantes sobre as tendências da moda, a Lougge incorpora à sua coleção o design Italiano, fascinando homens e mulheres e transmitindo o charme e a elegância que os óculos Lougge proporcionam. Fascine-se! Preço: sob consulta. Saiba mais: www.lougge.com

Deu zebra! A designer de acessórios Judith Leiber é conhecida por criar formas exóticas e desejadas em forma de bolsa. Animais, docinhos, templos japoneses, leques, absolutamente tudo pode virar puro luxo, já que as peças são completamente cobertas de cristais. O modelo da vez é a zebrinha deitada, com cristais pretos e prateados com pontos em rosa pálido. O interior da bolsa é forrado com couro prateado. Vale lembrar que todas as criações são feitas a mão. Preço: £ 3.695,00. Saiba mais: www.judithleiber.com

Conforto e estilo Macassá Se você está cansada de não achar roupas para estar em casa e sentir-se bem vestida, fique tranquila: a marca Macassá entra no mercado com essa proposta. Com modelagens, texturas fluidas e tecidos confortáveis, as linhas homewear e lingerie foram idealizadas para proporcionar todo conforto, beleza e funcionalidade necessários nos momentos que passamos no lar. O robe transpassado de tricoline bordado 100% algodão (foto) é perfeito para cobrir o que está embaixo sem perder a elegância e o charme de estar no conforto da sua casa. Preço: sob consulta. Saiba mais: www.macassa.com.br

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Fotos: Divulgação

Pé quente e consciência pesada Para os meninos que têm instinto (muito) selvagem, os irmãos Dan e Dean, da marca Dsquared², trazem um modelo muito peculiar de calçado. O híbrido de mocassim, bota e tênis vem como novidade na coleção de inverno 2011 da marca. O peso na consciência fica por conta do material usado na fabricação do produto: pelo de pônei (!!!). O design é válido, mas o material bem que poderia ser ecológico, não é? Preço: $1.175,00 (dólares canadenses). Saiba mais: www.ssense.com/men

Pegue pesado O movimento pendular das tendências da moda comprova: agora a vez é dos sapatos pesados. A mistura com vestidos leves e românticos, legging e meia-calça é aposta confirmada na rua e no estilo das celebridades mais poderosas. Uma releitura das botas da década 1970, criada pela empresa sueca Swedish Hasbeens em cores vibrantes, é o modelo eleito para a próxima estação. O solado em madeira com detalhes em borracha e a estrutura em couro, fabricado a mão, garante conforto e estilo, mesmo em dias quentes. Escolha a sua! Preço: US$ 352 Saiba mais: www.swedishhasbeens.com

Meia–estação estilosa A scarf é a peça mais democrática para o guarda-roupa masculino, em especial quando o clima parece indeciso: ora quente, ora frio. A peça que é uma mistura de cachecol com lenço, confeccionada em tecidos leves, ganha as ruas nesta estação. Os modelos da Diesel (cinza com estampa), Linea (listrado e Hugo Boss (xadrez) são opções modernas e casuais. Algodão, couro e lã são os materiais mais recorrentes. Todos os modelos estão à venda na loja virtual da House of Fraser, uma das maiores varejistas britânicas. Praticidade já! Preço: Hugo Boss £50,00; Linea £25,00 e Diesel £30,00. Saiba mais: www.houseoffraser.co.uk

Tech moleskine Para os amantes de tecnologia e moleskines, as famosas cadernetas de folhas sem pauta, a Pad & Quill tem um presente perfeito. O Little Black Book acomoda com perfeição iPods, iPhones e também vem na versão para iPads. É confeccionado em couro ecológico e tem opções de elástico em preto e vermelho. Perfeito para quem quer proteger os gadgets com toque vintage. Preço: US$ 39,90 (tamanho para iPod touch). Saiba mais: www.padandquill.com

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Lugares por onde andei Nos vinhedos da Califórnia

Fotos: acervo pessoal.

Por Juliana Pamplona

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osso objetivo inicial era sair de Los Angeles em direção a San Francisco, costeando o Big Sur, uma das estradas mais cênicas dos Estados Unidos, que serpenteia entre montanhas e o impressionante mar do Oceano Pacífico. No trajeto, um pequeno e estratégico desvio para conhecer um pouco da região vinícola da Califórnia, responsável por cerca de 90% da produção de vinho nacional. Ali, são encontradas centenas de vinhedos, estradas dignas de cartão postal, cidadezinhas encantadoras, que mais parecem de brinquedo, além de um povo simpático e hospitaleiro – tudo regado a degustações do bom vinho local. Parece cenário de filme, não? Pois não só parece como é. Nesta região foi realizado o filme “Sideways: entre umas e outras”, ganhador do Oscar de melhor roteiro em 2004, do diretor Alexander Payne e do roteirista Jim Taylor. Um filme delicioso, em todos os sentidos. Nosso ponto de partida foi a belíssima Santa Bárbara, com sua arquitetura em estilo espanhol, suas praias maravilhosas e o enorme píer, repleto de lojas e restaurantes, que é uma atração à parte. Ali, visitamos o Escritório de Turismo, onde conseguimos um mapa que traça todos os principais pontos de locação do filme, em cidades como Solvang, Los Olivos e Buellton. O mapa pode ser baixado também pela Internet, no endereço www. santabarbaraca.com.

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Fotos: acervo pessoal.

Nossa cena real também era digna de uma película das boas. Dois casais, num carro alugado, com muita vontade de desbravar novos lugares, a alma leve e encantada pelos cenários vislumbrados, numa estradinha que leva de uma vinícola a uma cidadezinha de brinquedo, a outro vinhedo, a outra cidadezinha... Foi assim durante os três dias que passamos na região. Solvang foi fundada por imigrantes dinamarqueses em 1911. Seu estilo escandinavo esbanja construções enfeitadas com moinhos, com detalhes de fazer brilhar os olhos, que lembram cenários montados por Walt Disney para um de seus mágicos parques infantis. Dois terços da população local, de pouco mais de 5 mil habitantes, são compostos por dinamarqueses que comercializam delicadas porcelanas de sua terra de origem. E, melhor, as delicatessen da cidade são recheadas de especialidades doces escandinavas para os que, assim como nós, estão ansiosos por degustações locais. A região é propícia também para o abastecimento de pães e queijos (além de azeite de oliva e vinho) para um piquenique na continuação da rota, no Vale de Santa Ynes, que possui 48 bem sinalizados quilômetros. Uma das vinícolas mais procuradas da região é a Sanford Winery, na cidade de Buellton, elogiada por seu “pinot noir” no filme “Sideways”. Aliás, gosto muito de uma das falas do filme, quando o tímido Miles descreve sua paixão pela uva, se referindo, na verdade, a si mesmo. “Amo a pinot porque é sensível e temperamental. Não é resistente como a

cabernet, que pode crescer em qualquer lugar, até florescer onde não a cuidam. A pinot precisa de cuidado e atenção constantes”. Também me identifico com a fala da personagem Maya, quando diz: “Eu amo a maneira como o vinho continua a evoluir. Como cada vez que eu abro uma garrafa o gosto é diferente daquela que eu tinha aberto outro dia. Porque uma garrafa de vinho é algo realmente vivo — está constantemente evoluindo e ganhando complexidade. É assim, até atingir o auge e começar seu inevitável declínio. E o gosto, acima de tudo, é bom demais”. Bom, mas continuemos na rota... Na mesma cidade de Buellton está o restaurante “Hitching Post II”, outra locação do filme e que serve carnes e vinhos produzidos pelos próprios proprietários do local. Nesta bucólica região de Santa Ynes Valley, a 45 minutos de Santa Bárbara e duas horas de Los Angeles, estão pontuados 18 endereços de locação do filme, que conta a história de dois amigos que passam uma semana entre Buellton, Lompoc, Los Olivos e Solvang para comemorar a despedida de solteiro de um deles. Cercada de vinhedos e estradinhas bucólicas, a dupla toma muito vinho, faz piqueniques deliciosos e se diverte muito. Nós nos sentimos dentro do filme, degustamos os vinhos e as delícias da região e seguimos viagem embriagados com a paisagem do azul do mar da Califórnia até chegar à cidade de Carmel. Mas essa já merece um outro capítulo desta história...

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Seu rosto, uma obra-prima A Natura lança em setembro novos produtos de make para a linha Aquarela. São batons, sombras e delineadores que chegam para colorir os dias frios. Entre as novidades, estão os produtos com efeito metalizado na coleção Matiz Cintilante. As quatro cores de batons e quatro cores de sombra em pó chegam com o objetivo de trazer luminosidade para a primavera e prometem aquecer a temporada. Violeta, roxo, rosa, marrom, dourado e até o verde fazem parte da paleta de cores selecionadas pela Natura para as novidades. A marca também lança para a nova estação a coleção Bordado Intenso, com novos duos de sombras e três delineadores, criando uma vigorosa malha de tons e sensações. Os novos itens desta coleção também trazem cores inusitadas como o berinjela e dourado. Preço: Batom R$ 14,90; Sombra R$ 17,90, Delineador R$ 19,80 e Duo de Sombras R$ 18,90. Saiba mais: www.natura.net

Francesinhas modernas A partir deste mês a Yves Saint-Laurent lança sua versão das famosas unhas francesinhas. A tirinha branca na ponta das unhas ganha novas versões, batizadas em duplas: Beautiful Night (púrpura e dourado), Rive Gauche (vermelho e Pink) e Beautiful Day (roxo com azul-turquesa). Os vidrinhos serão vendidos aos pares. A linha de esmaltes Rock et Baroque está à venda em sites autorizados da marca e nas melhores lojas de cosméticos. Preço: € 32 cada par. Saiba mais: www.ysl.com

Perfume cool O universo sedutor das criações de Ed Hardy é resultado da mistura exata entre arte de rua e moda de luxo. Os desenhos das suas roupas parecem saltar do tecido, numa ilusão de ótica intrigante e irresistível. Parte desta intensidade foi convertida em uma fragrância cheia de energia e mistério: Hearts & Daggers for Men. Uma fragrância quente já nas notas de saída, compostas por suco de pera Anjou, manjericão fresco e acordes de Martini. O corpo é feito com pimenta branca, papaia e alecrim, e combina com um fundo intenso com base de madeira Katsura, camurça, patchouli e sândalo. O resultado é um perfume hipnótico e inesquecível. Preço: 199,00. Saiba mais: www.lancome.com.br

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Fotos: Divulgação

Beleza


Fotos: Divulgação

Para uma pele sem manchas Para restaurar a luminosidade e a textura da pele, a Avon, lança a linha Renew Clinical Luminosity Pro, composta por Sérum Clareador Facial e Creme Clareador Facial. “A nova linha Luminosity é uma opção cosmética aos tratamentos clínicos de clareamento facial a laser, desenvolvida com fórmula revolucionária que oferece pele clara e luminosa em apenas três dias”, explica Paulo Caputo, gerente da categoria de Cuidados da Pele, da Avon Brasil. O Renew Clinical Luminosity Pro Brightening Serum, Sérum Clareador Facial, contém o gel iluminador, que auxilia na eliminação de células mortas e retexturiza a pele, proporcionando um aspecto mais radiante. A hélice clareadora, que apresenta 50% mais concentração do ácido L-Aspártico em comparação com o creme, ajuda clarear a pele. Juntos, eles contribuem para revelar uma pele mais clara e luminosa, em apenas três dias. Tudo para uma pele linda e radiante! Preço: R$ 120,00. Saiba mais: www.avon.com.br

Paixão pela estética Que homens têm uma paixão por Ferraris você já sabe. Pensando em seu público cada vez mais vaidoso, a marca lança o Kit Ferrari Passion, com balm para o rosto e pós-barba energético. A fragrância dos produtos tem notas de galbano verde, limão da Sicília, grapefruit, lavanda, tomilho, cardamomo, juniper berries, cedro, madeiras, patchouli, tabaco, almíscar e couro. Tudo muito masculino e poderoso! Preço: R$ 170,00. Saiba mais: www.store.ferrari.com

Cabelo forte! Quanto mais fino o cabelo, menos brilho ele tem. Com essa suprema verdade “cabeluda”, a Kérastase – número 1 em tratamento para cabelos – desenvolveu um xampu exclusivamente para eles, sempre com resultados rápidos, a partir de duas semanas de uso, de aparência saudável. Restaurar os fios e devolver o brilho natural já tem solução fácil, já que o tratamento pode ser feito durante o banho. A linha Kérastase Homme Capital é composta por três xampus e três produtos de tratamento para atender problemas como oleosidade, a falta de densidade e caspa. Preço: sob consulta. Saiba mais: www.kerastase.co.uk

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Estética

Peeling especializado

* Patrícia Márcia Souto

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Clinica de Estética Linda Sempre, especializada em peelings tanto faciais como corporais, com sede em Balneário Camboriú, vem estendendo seus atendimentos a Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e mesmo ao exterior. A Linda Sempre oferece tratamentos especiais, de acordo com as necessidades da pele de cada pessoa. É feita uma completa avaliação para definir o tratamento a ser realizado. Na Linda Sempre todas as pessoas podem realizar o tratamento, desde aquelas que têm pele clara, morena, negra, oriental. Não tem idade para começar a se cuidar. A Linda Sempre tem como objetivo ajudar as pessoas a restaurar sua autoestima, levandoas a cuidar de si, a se amar, se valorizar, um incentivo para pessoas que perderam a esperança e o amor próprio. Com mais de 10 anos de experiência em atuação na área de estética, a Dermaticista Patrícia Márcia Souto vem cada vez mais conquistando espaço e credibilidade e ampliando seus atendimentos com técnicas exclusivas desenvolvidas por ela, como peelings corporais, peelings da nova geração indicados para o verão. Resultados comprovados e a eficiência desses tratamentos garantem a satisfação de clientes renomados, como o Professor Silas Malafaia , os cantores André Valadão, Ana Paula Valadão, Cesar Menotti e Fabiano, Eduardo Costa, Conrado, Andréia Sorvetão, entre outros. Mostrando assim a qualidade e o resultado do tratamento, que vem crescendo cada vez mais entre o público masculino. Um dos tratamentos desenvolvidos pela dermaticista Patrícia Márcia Souto é o Hidropeel, um tratamento corporal completo realizado por meio de uma hidromassagem, indicado para manchas, estrias, celulite, e também para o clareamento de virilha, axilas, joelhos, cotovelo . Por meio do tratamento, o tecido do corpo fica rígido, liso e elástico. Proporciona também horas de puro vigor, nutrição e hidratação da pele do corpo, garantindo firmeza e elasticidade da pele e tornando-a macia e resistente. Um tratamento exclusivo da Clinica de Estética Linda Sempre.

Serviço: www.lindasempre.com.br E-mail: contato@esteticalindasempre.com.br Tel: (47)3366-7457 /(47) 9905-6364

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* Dermaticista, ´CRD 0236 Título credenciado na Europa Especialista em Peelings


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Aposte

Cabelos: entre na onda!

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em liso, nem crespo. A textura de cabelo mais democrática de todas parece fazer de vez a cabeça de quem é antenada em moda e estilo. Tanto para quem tem as madeixas lisas quanto cacheadas, criar um efeito ondulado é bem mais fácil do que parece. As passarelas internacionais investiram no cabelo ondulado, com destaque para a última temporada da grife italiana Gucci e da estilista Diane von Fürstenberg. A hair stylist Fê Guedes ensina como criar um efeito ondulado à la Gisele Bündchen em quatro passos. Anote aí:

#1: Com o cabelo úmido, faça uma linha, com pente, no meio da cabeça, separando o cabelo. Lado direito e lado esquerdo. A linha deve ir da testa à nuca. 2

#2: Pegue a mecha separada do lado direito e aplique uma pomada para cabelo que tenha fixação, mas que não marque o cabelo tanto quanto spray fixador. Uma outra opção é usar um mousse de baixa fixação, para que a mecha do cabelo não fique dura. Faça isso do outro lado também. #3: Agora torça cada mecha até virar um coque e prenda com grampo. Faça isso também do outro lado. Agora deixe por meia hora ou mais. A dica é deixar para fazer a 3 maquiagem com o cabelo ainda preso. Assim você ganha tempo enquanto o produto age nas madeixas. #4: Quando estiver pronta e maquiada, solte os grampos e passe os dedos entre os cabelos, pra soltar as mechas um pouco. Pode finalizar as pontas do cabelo com pomada ou silicone. E pronto, você já está na crista da onda! Serviço: Fê Guedes make artist e hair stylist feguedesmakeup@gmail.com www.feguedes.com.br

1. Beleza desfile Diane von Fûrstenberg - Fall 2010 2. Beleza desfile Gucci - Fall 2010 3. Beleza desfile 3.1 Phillip Lim - Fall 2010 Créditos: style.com/divulgação

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Decoração Arte em casa

Foto: Divulgação

A Target, uma das maiores lojas varejistas do mundo, traz mais uma vez o artista John Derian como parceiro, para uma exclusiva e limitada linha de decoração para casa, além de incríveis acessórios. Depois do sucesso com as duas colaborações em 2008, ele volta aplicando a técnica da decoupage, trazendo perspectiva e estilo a pratos, bandejas, caixas organizadoras e cartazes e arte de parede. São mais de 100 itens, com valores até U$25. A coleção chega nas lojas Target a partir deste mês e conta também com venda online. Preço: sob consulta. Saiba mais: www.target.com

Cachepos charmosos Levar a natureza para dentro de casa é a última moda em artigos de decoração. Para aqueles que gostam das duas coisas, a Oren buscou unir esses dois elementos no Cachepot de Pássaros. O artigo pode ser usado de forma criativa ou tradicional, em interiores, ou para flores, em áreas externas. A estampa de pássaros é um charme à parte. As cores nos tons neutros ajudam a harmonizar em diversos estilos de ambiente. Preço: de R$32,00 a $58,00. Saiba mais: www.oren.com.br

Fondue: gravetinhos modernos Receber os amigos em casa pode ser mais divertido com fondue. Pensando nisso, a linha Seixos foi inspirada na natureza e recebe a assinatura de Baba Vacaro. A coleção Pequenos Luxos Cotidianos, da St. James, traz gravetos que são pequenos garfos para aperitivo e fondue. Preço: jogo com seis garfinhos e caixa de madeira – R$ 192,00. Saiba mais: www.stjames.com.br

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Decoração

Fotos: Divulgação

Cores e sabores na cozinha Pensar em inovação para o setor de Houseware é algo que poucos fazem. Pensar em modernidade e tecnologia de ponta é para raros. As panelas Round Cocotte têm 28cm de ferro fundido esmaltado e são ótimas para o preparo de alimentos que levam um maior tempo de preparo, pois o ferro fundido faz com que o cozimento dos alimentos seja feito de modo uniforme. Nas panelas Staub o cozimento em temperatura baixa e lentamente intensifica o calor da panela. Por causa do peso da tampa, a umidade e o sabor ficam dentro dos alimentos, o que aprimora a qualidade da comida. Preço: Round Cocotte R$ 929,00 e Grelha Square American GrillR$ 252,20. Saiba mais: www.doural.com.br (vendas online).

Patchwork aveludado O patchwork é uma das técnicas que passeiam tanto pela moda como pela decoração. A poltrona Abitare, confeccionada em veludo alemão, possui ares nobres, com um toque moderno e sofisticado na medida certa. Os tons violáceos com pontos em vermelho e preto dão o caráter eclético, que traz vida a qualquer ambiente. As rodinhas são um conforto à parte. Preço: R$ 4.860,00. Saiba mais: www.abitarecourodesign.com

De canto, mas indispensável As mesinhas de canto ficaram por um tempo esquecidas pela decoração. Com ambientes de casas e apartamentos cada vez menores, sobrou pouco espaço para elas. Porém, o revival das mesinhas volta com tudo, de acordo com as últimas feiras e mostras do setor. Com novo design e tamanhos funcionais, as mesinhas laterais ganham status de indispensável na decoração de salas e quartos. A ideia é ter um cantinho para deixar o caderno de anotações, as chaves ou até mesmo o porta-retratos. O modelo da Líder Interiores tem formato de flor e tampo espelhado e se harmoniza com facilidade a qualquer ambiente. Preço: menor (42 cm de altura) R$ 516,00 e a maior (60 cm de altura) R$ 494,00. Saiba mais: www.liderinteriores.com.br

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Turismo internacional Ilha das flores

Fotos: Divulgação

Ilhas Mainau | Alemanha

Ilha Mainau, no Lago Constance.

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odeadas pelas águas verde-esmeralda do lago Constance, as ilhas Mainau são conhecidas como “ilha das flores”, devido à impressionante quantidade de parques e jardins que possuem. Um conjunto de flores vibrantes e uma bela vegetação tropical e subtropical causam uma impressão marcante a quem visita o local. Com milhares de cores, formatos e fragrâncias diferentes, esta é uma experiência única para os sentidos. Próximo dali está a ilha Reichenau, bem conhecida por seu mosteiro, que detém o mesmo nome. As ilhas Reichenau e Mainau contam com os Alpes como pano de fundo. O Mosteiro de Reichenau, considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO, desempenhou um papel religioso e cultural proeminente na Idade Média. As iluminuras dos monges são famosas em todo o mundo. Constance, maior cidade na região do lago, possui um vasto rol de museus localizados em diversos lugares. Aqueles que se interessam pela história do trabalho e desenvolvimento urbano desde a Idade Média até os dias de hoje não devem deixar de visitar o Museu Rosgarten. Amantes da natureza irão se encantar com o Museu de História Natural do Lago Constance e os fãs da arqueologia não podem perder o Museu Baden-

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Württemberg de Arqueologia. O lago por si próprio possui belíssimas paisagens naturais. Além disso, os habitantes tornaram o ambiente ainda mais bonito ao criar diferentes parques às margens do lago. O parque Pequena Veneza e os jardins municipais sediam inúmeros eventos culturais, como concertos musicais a céu aberto, que se tornam ainda mais atraentes à noite, devido à beleza da iluminação dos jardins. Pode-se também desfrutar de muitas atividades recreativas em torno do lago, como nadar, caminhar, ciclismo ou simplesmente tomar um sorvete nos muitos cafés ao lado às suas margens. Contance abriga um patrimônio histórico expressivo. Em 1417, o Conselho de Constance elegeu Martin V como Papa, na primeira e única vez que a eleição de um novo Papa ocorreu no norte dos Alpes. Constance também é a cidade natal do conde Ferdinand von Zeppelin, o famoso pioneiro da aviação. Como o Lago Constance está na fronteira entre a Suíça, a Áustria e a Alemanha, a arte e o cenário cultural local sofrem influências diversas e distintas. Mais informações: www.visitealemanha.com/PTB/


Fotos: Divulgação

À esquerda: Igreja e castelo barrocos St. Marien. Abaixo: Floração das tulipas no lago Constance.

Prados ondulados são frequentes na região.

Acima: Borboleta sobre uma orquídea da região. Abaixo: Interior da igreja St. Marien. À direita: Parque de aventuras.

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Habitat

Lugar mágico

Fotos: Divulgação

Funchal, Ilha da Madeira | Portugal

Com vista belíssima, o hotel une conforto contemporâneo com uma aura de elegância Eduardiana.

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clássico Reid’s Palace, localizado no topo de uma falésia com vista sobre o Atlântico e a baía do Funchal, estende-se por mais de quatro hectares de um jardim subtropical, onde vinhas, gerânios, hibiscus e salvias se fundem num glorioso espetáculo. Fundado em 1891 pelo escocês William Reidm, o Reid’s Palace é um hotel requintado, que tem sido elegantemente modernizado ao longo dos anos e hoje transmite uma agradável união entre conforto contemporâneo e uma aura de elegância Eduardiana. Um ambiente tranquilo de muita classe e charme. Desde sempre um dos espaços mais icônicos do Funchal, o Reid’s ainda é conhecido por manter as tradições britânicas dos fundadores, embora hoje ofereça o conforto e o leque de possibilidades da hotelaria moderna, como o spa. Do esplendor de outros tempos, mantém, por exemplo, o afternoon tea no terraço. O hotel tem um total de 163 quartos, todos in-

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Serviço:

Reid’s Palace Hotel - Estrada Monumental 139, 9000-098 Funchal, Madeira, Portugal. Tel: +351 291 71 71 71. www.reidspalace.com

dividualmente decorados em tons pastel, num estilo tradicional e acolhedor, com vistas sobre o mar, os jardins ou a baía do Funchal. Os chamados quartos clássicos têm em média 23 metros quadrados e oferecem uma vista parcial para o mar. Os quartos superior e deluxe têm pequenas varandas ou pátios, possuem camas largas e oferecem vista para o mar ou jardim. Desfrute do pequeno-almoço no Restaurante Jardim ou almoço no Terraço da Piscina. Durante os meses mais quentes, jante sob as estrelas no Brisa do Mar e aprecie a cozinha Francesa criativa. Se preferir, jante numa atmosfera de elegância com música ao vivo no Restaurante Principal. O Reid’s Palace é o local perfeito para os hóspedes relaxarem e descobrirem a beleza da vegetação luxuriante e das muitas espécies de aves nativas, que tornam a Madeira um lugar mágico.


Fotos: Divulgação

Abaixo: Hóspedes têm acesso direto ao mar. À direita: Piscina tem vista estratégica.

Barceló oferece vista e acesso fácil à praia.

Acima: Elegância do restaurante Brisa do Mar. Abaixo: Quartos têm decoração clássica em tons pastel.

Palmeiras oferecem sombra natural.

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Capa

Galã à moda antiga

Por Dani Ferrera

Conhecido por seus personagens pouco comuns, o ator espanhol Javier Bardem estrela com Julia Roberts a versão cinematográfica do best-seller de Elizabeth Gilbert “Comer, Rezar, Amar”, sob direção do talentoso Ryan Murphy. Lindo e talentoso, Bardem derruba o estereótipo do macho ibérico e fala sobre Oscar, personagens e o assédio da imprensa. O cinema europeu revela a cada ano uma safra de bons atores. Unindo profissionalismo e beleza, países como Itália, França e Espanha exportam para o mundo filmes, séries e novelas e assim conseguem revelar novos rostos. Da França, destaque para nomes como Gaspard Ulliel, Vincent Peres e Vincent Cassel. A Itália presenteou o universo com a beleza inacreditável de Raoul Bova. Agora, em matéria de beleza e talento, a Espanha não fica atrás, com Miguel Bosé, Antonio Banderas e Javier Bardem.. Javier Bardem é um caso à parte. Difícil encontrar algum ator que se entregue como ele. Sua versatilidade na frente das câmeras prova o quanto ele está aberto ao novo, sem vaidade ou estrelismo. Adorado por diretores e colegas, consegue ir do simples coadjuvante escada ao protagonista generoso que divide bem a cena com os colegas. Bardem continua surpreendentemente descontraído e pouco impressionado com a fama que alcançou durante os anos de profissão. É extremamente carismático, adora rir de si, mas fica sério quando o assunto é a profissão e sua contribuição à sétima arte. Sua filmografia inclui mais de duas dezenas de filmes, numa espantosa variedade de papéis. Nascido em Las Palmas, Bardem filho da atriz Pilar Bardem e com ela, aos onze anos, fez uma participação no cinema. Durante um tempo estudou pintura em Belas Artes, e ali despertou para as artes. Seu tipo físico foi primordial para sua outra paixão, a seleção de rúgbi. Foi parte da seleção espanhola e só deixou o esporte de lado quando conseguiu reconhecimento por sua performance em “Desejos Inocentes”. Com Bigas Luna, esteve em três grandes produções, “As Idades de Lulu”, “Jamón, Jamón” e “Ovos de Ouro”. Trabalhou com Pedro Almodóvar em “Carne Trêmula” e Manuel Gómez Pereira no thriller sensual “Entre as Pernas”. Mas o reconhecimento mundial veio com sua interpretação arrebatadora como Reinaldo Arenas no excelente “Antes do Anoitecer”. No filme ele dá vida ao escritor cubano perseguido pelo regime militar de Fidel Castro simplesmente por ser homossexual. Alguns atores ainda têm receio em interpretar personagens homossexuais. “Isso é uma bobagem. Nos Estados Unidos, me perguntavam sempre se a inter-

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pretação de um personagem homossexual poderia acabar com minha carreira. É o tipo de pergunta que me enlouquece. Que acontece, então, quando se faz um personagem que mata centenas de pessoas com uma bomba? Era a minha resposta. Prefiro beijar 100 homens a matar 500 vietnamitas”. A entrega aos personagens “gays” é de tamanha intensidade que chega praticamente à perfeição. “Quando fiz ‘Segunda Piel’, no qual a homossexualidade era tratada de um ponto de vista natural, com dois homens que se querem, imaginava o ator que atuava comigo, o Jordi Mollà, como uma mulher, e isso é um truque. Para beijar um homem de forma verdadeira, tem que desejar beijá-lo, tem que sentir esse desejo. Fazê-lo diferente é enganar o público. Em ‘Antes do Anoitecer’, encontrei em mim o desejo de fazer amor com outro homem”. Quando pergunto sobre o peso de dar vida a um ícone do movimento gay como Arenas, ele explica: “Foi complicado, porque ele é um grande ícone da causa gay. A sua forma de defender sua identidade sexual era muito complexa. Sua forma de protesto era através da escritura e do seu comportamento. Ele era uma ‘louca’, e nada tenho contra as ‘loucas’. Tive que criar um personagem duplo, Reinaldo e Reinaldo louca. Penso que é o melhor personagem que fiz até agora, porque era tão rico que dava toda possibilidade de expressão”. Bardem prossegue: “Foi uma época estranha da minha vida. Após a indicação ao Oscar, recebi muita atenção na Espanha e fiquei mais conhecido do que era. Todos diziam que eu era fantástico e tal, depois voltou ao normal. Na Europa não existem estrelas, mas atores conhecidos. Essa coisa de estrelato tem mais o perfil dos americanos”. Sua performance lhe rendeu uma indicação ao Oscar, tornado-se o primeiro ator espanhol a ser indicado a um prêmio da Academia. Quando pergunto sobre a possibilidade de ter ganhado um Oscar, ele diz: “Só de estar ao lado de quatro grandes atores, para mim, já foi uma vitória. Eu não acreditava. Agora, claro, quem foi indicado e diz que não quer ganhar, mente. Quando soube que estava entre os candidatos, evidentemente, vibrei. Porém, nem sequer preparei um discurso e nem pensei o que diria caso tivesse que subir para receber o prêmio”. Entre um filme e outro, ele conseguiu respei-


25 Fotos: Patrick Demarchelier


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em uma cerimônia íntima nas ilhas Bahamas, no início de Julho, confirmou a representante da atriz, Amanda Silverman. “Foi uma pequena cerimônia, com apenas os integrantes da família. Penélope usou um vestido criado por seu velho amigo, John Galliano”, sem dar maiores detalhes. O casal, que se conheceu durante as filmagens de “Jamón, Jamón”, em 1992, voltou a se encontrar nas telas na comédia “Vicky Cristina Barcelona”, de Woody Allen, que deu a Penélope Cruz seu primeiro Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante, em 2009. Em maio passado, Bardem escolheu o Festival de Cannes para fazer sua primeira declaração de amor pública a Penélope Cruz, ao receber o prêmio de melhor ator, por seu papel em “Biutiful”, do mexicano Alejandro González Iñárritu. “Compartilho a alegria deste prêmio com minha amiga, companheira e amor, Penélope Cruz”, declarou em espanhol. “Te devo muitas coisas e te quero muito”, declarou ainda, provocando lágrimas na namorada e surpreendendo os presentes. Quando perguntado diretamente sobre sua vida, é incisivo: “Tolero a maior parte dos aspectos negativos que a profissão traz, a perda do anonimato, quando vou à rua ou fazer compras ou simplesmente estou sentado num café... Mas o que me tira do sério é a invasão de privacidade.Só porque faço filmes o mundo não precisa saber tudo o que passa na minha vida”. Seu mais recente projeto é a adaptação do bestseller “Comer, Rezar, Amar”, com estreia prevista para 01 de outubro no Brasil. O filme narra a história de Liz Gilbert (Julia Roberts), uma mulher

Com Julia Roberts, em cena do filme “Comer, Rezar, Amar”.

Fotos: Patrick Demarchelier/Divulgação

to e reconhecimento por seu trabalho. O destaque veio em 2005, quando Javier deu vida a Ramon Sampedro no filme “Mar Adentro”, de Alejandro Amenábar. O filme retrata a vida de um homem que passa quase 30 anos numa cama por causa de um acidente provocado em um mergulho no mar que o deixou tetraplégico. O homem decide tirar sua própria vida, e trava uma verdadeira batalha na justiça para garantir o direito de fazê-lo legalmente. A história de “Mar Adentro” é baseada nos relatos descritos no livro autobiográfico de Ramon Sampedro, Cartas do Inferno. Sua segunda indicação ao Oscar foi por “Onde os Fracos Não Têm Vez”, filme dirigido pelo irmãos Coen. “Quando cheguei aos Estados Unidos, minha ambição era trabalhar com Ethan e Joel. Fiquei impressionado quando assisti “Fargo”, e desde então queria muito trabalhar com eles. Lembro que meu agente me disse pra esquecer, que isso nunca aconteceria. Não é que um dia eles me telefonaram? Quando li o roteiro, de cara achei que não era capaz de fazer o personagem, era muito violento, então resolvi ler o livro e voltei a discutir com eles a possibilidade de entrar no projeto, pois havia percebido o significado de tudo o que eles criaram para o filme”. O resultado foi uma avalanche de prêmios: Oscar de Melhor Ator, BAFTA, Globo de Ouro, Screen Actors Guild e Satellite Awards. Mas nada disso mudou sua linha de raciocínio ou mesmo sua maneira de lidar com a fama. “Nada mudou. Claro que meu nome tornou-se mais popular, dei inúmeras entrevistas, conheci muita gente que nunca imaginaria conhecer, mas não alimentei ilusões. Nem mesmo penso em me matar por uma carreira em Hollywood. O que quero é continuar a fazer bons filmes. Já até recusei alguns projetos nos EUA, como um James Bond, e também o próximo filme de Spielberg, e se só existir a possibilidade de continuar filmando o que quero na Espanha, continuarei interpretando com muito prazer. Não quero gastar meu tempo como um eterno vilão hispânico”. Por incrível que possa parecer, o sucesso de Bardem nos EUA não agradou aos espanhóis. O ator foi duramente criticado por seus conterrâneos “É impossível que o mundo inteiro goste de você. Depois do Oscar voltei a Madri, onde vivo. Queria voltar ao mundo real. Depois da premiação, você acaba mudando um pouco, e percebe que todos a seu redor mudaram enormemente. Os espanhóis são duros. Criticam meu trabalho e dizem que me vendi. Alguns são muito tolos”. Ele cita a perseguição de alguns atores sobre Antonio Banderas: “Pessoas como eu temos mais é que agradecer a Antonio Banderas pelo que fez ao vir para os EUA. Não é fácil fazer as malas e entrar num país estrangeiro, fazer uma bela carreira quando sequer fala a língua”. Javier casou com a também atriz Penélope Cruz,


Fotos: Patrick Demarchelier/Divulgação

moderna recentemente divorciada. Num momento decisivo, Gilbert sai da zona de conforto, arriscando tudo para mudar sua vida, embarcando em uma jornada ao redor do mundo que se transforma em uma busca por autoconhecimento. Em suas viagens, ela descobre o verdadeiro prazer da gastronomia na Itália; o poder da oração na Índia; e, finalmente e inesperadamente, a paz interior e o equilíbrio de um verdadeiro amor em Bali, nos braços de Felipe, um brasileiro boa pinta. “O filme fala sobre pessoas que estão tentando enfrentar dúvidas, medos, inseguranças, e isso fala com todo mundo”. Filmado em quatro continentes, o elenco e a equipe de produção literalmente saíram do mapa, gravando nos locais que Gilbert visitou, filmando em um ashram na Índia e na casa de um curandeiro balinês - importante figura no livro e no filme. “Todos nós já pensamos em deixar tudo e fazer uma viagem para outro lugar”, diz. Quando pergunto sobre como foi trabalhar com Julia Roberts, ele não poupa elogios. “Nos momentos em que eu estava no set com ela, eu me senti muito relaxado. Isso é algo de extremo valor para qualquer ator. Sentir que você está trabalhando com alguém que é criativo, inteligente e generoso, mas que também faz parte da jornada”. Esse é Javier Bardem, inquieto, ousado, desprendido, um ator à frente de seu tempo, que deixou de lado o estereótipo de “macho ibérico” para se tornar uma grande revelação da Espanha para o mundo.

No filme “Vicky, Cristina, Barcelona”, atuando com Penelope Cruz.

Javier em outra cena do filme “Comer, Rezar e Amar”.

Cena do filme “Onde os Fracos Não Têm Vez”.

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Entrevista Big Marty

Por Dani Ferrera

artin Scorsese é unanimidade entre críticos, estudiosos e colegas de profissão. Tem em seu currículo mais de 50 trabalhos como cineasta, ator, produtor e roteirista. Entre eles, filmes como “Alice Não Mora Mais Aqui”, “Touro Indomável”, “O Rei da Comédia”, “A Última Tentação de Cristo” e “A Época da Inocência”. Durante anos foi injustiçado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, mesmo responsável por grandes sucessos de crítica e bilheteria. Em 2007, 39 anos após sua estreia como diretor, em “Quem Bate à Minha Porta”, Scorsese recebeu seu primeiro Oscar como melhor diretor, pelo aclamado “Os Infiltrados”. O filme marcou mais uma parceria entre Martin e seu novo protégé, Leonardo Di Caprio. A parceria começou em 2001, em “Gangues de Nova York”, seguido por “O Aviador” e o recente “A Ilha do Medo”, baseado no livro de Dennis Lehane. Um suspense de tirar o fôlego, que mais uma vez fez a alegria do estúdio e dos produtores e levou a legião de fãs de Di Caprio e Scorsese ao cinema. Nesta entrevista, Martin fala sobre as dificuldades em rodar o filme, do prazer que tem em trabalhar com Di Caprio e que a parceria ainda não terminou em “A Ilha do Medo”. Entre seus projetos futuros, ele acaba de filmar “Hugo Cabret”, com Jude Law e Sacha Baron Cohen, e na sequência começa a rodar a cinebiografia de Frank Sinatra para 2012. Pelo visto, o pequeno Marty tem muito chão pela frente e prova que tamanho definitivamente não é documento, pois, no alto de seus 1,63 m, brinda seu público com o melhor que a indústria pode produzir.

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Fotos: Annie Leibovitz

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Estação Aeroporto: O que em Ilha do Medo, o livro de Dennis Lehane, o inspirou a fazer o filme? Martin Scorsese: Na verdade, li o roteiro antes e o livro depois. O roteiro tem um final diferente do livro. Eu estava interessado na história de Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio), a aceitação de sua responsabilidade, como lidava com a culpa, como superava a violência definitivamente, e o que é salvar uma vida como essa, e então optar pelo que você acha que é melhor para você. Achei que isso era muito interessante. Você tem trabalhado com Leo em vários filmes até agora. Durante esse tempo, o que mudou no seu relacionamento com ele? Acho que o trabalho está se tornando mais intenso. Este filme, por exemplo, foi muito difícil para ele. Havia muito que desvendar e, quanto mais descobríamos, mais longe tínhamos que avançar. Tivemos que experimentar coisas que nunca sequer tínhamos imaginado. Foi realmente muito complexo e ele é tão dedicado e tudo o mais, que parecíamos estar vivendo naquele mundo há muito tempo. Pretende trabalhar com Leo novamente? Claro, espero que sim. Já estamos pensando em alguma coisa. Sim, com certeza. Pelo que você disse, foi um filme muito difícil de fazer. Teve alguma coisa agradável? Não, não foi nada agradável (risos). Foi muito duro, isto é, nós ríamos às vezes nas filmagens, mas foi realmente muito difícil. Em “Os Infiltrados” foi a mesma coisa. Considerando todo o incômodo, como foi o clima nas filmagens? Foi bom, foi positivo, até as últimas semanas. As últimas semanas foram difíceis porque filmávamos ao ar livre e o tempo estava muito ruim. E sempre que tomávamos uma decisão com base nos boletins de previsão do tempo, e deslocávamos caminhões e técnicos para uma locação, acabava dando tudo errado (risos). Então começamos a levar na brincadeira. Foi uma tarefa pesada, até para os atores, porque era como subir e descer montanhas o tempo todo. Mas funcionou bem com as interpretações. Eu ia dizer isso, que tanto sofrimento pode ter ajudado as interpretações. Isso mesmo. Há uma cena em que Leo está com Jackie (Earle Haley) e diz: “Não sei onde estou, cara”. Nós repetimos umas 20 vezes. Era uma sexta à noite, filmamos a semana inteira, tentávamos filmar na verdade, e o tempo estava nos matando. Naquela hora, via que estava na cara do Leo que ele não aguentava mais. Ele ria e dizia: “Espero que tenha ficado bom’”. E eu: “Não, vamos de novo” (risos). Por que seus filmes dão tanto trabalho? Outros diretores também fazem filmes difíceis, mas não reclamam. Eu gosto de reclamar (risos). Faz parte da diversão. De vez em quando parece um filme do Monty Python. Mas, na realidade, quando fica difícil é até bom, porque todo mundo se esforça. Mas há outras dificuldades, como em “Os Infiltrados”, em que mudávamos para diversas locações, a toda hora atores iam embora para outras produções, era muito louco. E também era louco no sentido

de como conciliar esse material, que era de outra forma no passado, com outro lugar, esse tipo de coisa. E também todos os diversos níveis, de Leo e Matt (Damon), Vera (Farmiga) e Jack (Nicholson). “Ilha do Medo” foi muito físico. Eu começava a escalada às 7h15 da manhã... Quando o tempo, por exemplo, não está como você planeja, você fica nervoso? De vez em quando você fica nervoso, mas até certo ponto, afinal o quanto você pode se irritar? É preciso ir em frente, esse tipo de coisa. Não gosto de filmar com limite de tempo. Acabei de fazer um piloto para a HBO... Aquele produzido por Mark Wahlberg? Isso, “Boardwalk Empire”. Filmei em 30 dias, algo como uma hora e vinte minutos, então tivemos que ser rápidos. Foi ótimo. Mas as reclamações fazem parte do humor. Eram histórias de guerra, engraçadas. Tinha vento e chuva, as pessoas eram atingidas por qualquer coisa, sujeira, mas eu estava numa van e não fui atingido (risos). Eu queria refazer alguma cena, mas chegou uma hora em que um não conseguia ver o outro, os atores, com tanta chuva. A biografia de Sinatra ainda é uma possibilidade? Conheceu Frank? É sim. Vamos tentar. Phil Alden Robinson escreveu o roteiro. Não o conheci. Encontrei com ele uma vez em Los Angeles e falei com ele por telefone, uma ou duas vezes, e só. Já pensou no ator para interpretar Sinatra? Não, ainda não. É complicado, será preciso usar a voz de Frank, não poderá ser de outro. De jeito nenhum (risos), imagina. Não importa o que digam, o ator precisa ser dublado.

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Tecnologia O Samsung Galaxy S, mais novo “Super Smartphone Android” no mercado nacional, impressiona bastante. Com tela de 4 polegadas com tecnologia Super AMOLED e câmera digital de 5 MP, faz ótimas fotos e grava vídeos em alta definição. Além disso, é o primeiro smartphone no mercado nacional com um sintonizador de TV Digital 1Seg, que além de exibir os programas é capaz de gravá-los em um cartão de memória. O processador de 1 GHz (mesmo do Samsung Wave), os 512 MB de RAM e o sistema operacional Android 2.1 se combinam para formar um aparelho com agilidade sem precedentes, seja para navegar na web, abrir um aplicativo ou redimensionar uma foto. Preço: R$ 2399,00. Mais informações: www.samsung.com/br/

Fotos: Divulgação

Super Android

Livro de nova geração O leitor de livros digitais Kindle, da Amazon, continua a ser o recordista de vendas da varejista online. A nova versão do produto recebeu mais encomendas do que qualquer outro lançamento de Kindles, tornando a nova geração aquela “com vendas mais rápidas de todos os tempos”. Consumidores de 125 países fizeram pedidos de compra para o novo Kindle, diz a Amazon. O produto é entregue no Brasil. A nova versão do e-reader traz um novo design, na cor grafite, com um corpo 21% menor, mantendo a tela de 6 polegadas. Segundo a Amazon, sua tela de e-ink tem 50% melhor contraste que outros dispositivos similares, as páginas viram mais rápido, o armazenamento dobrou para até 3.500 títulos e a bateria tem duração de até um mês. Preço: A versão com conectividade 3G e Wi-Fi para transferir livros tem preço sugerido de US$ 189,00 nos EUA. Já o Kindle com apenas conectividade Wi-Fi sai por US$ 139,00. Mais informações: www.kindle.com

Blu-ray diferenciado A Sony ampliou sua linha de Blu-ray players no mercado brasileiro, com o lançamento de dois modelos: o BDP-S370 e o BDP-S270. Ambos são preparados para conexão Wi-Fi com uso do USB Wireless, o que evita a grande poluição visual de fios e cabos no ambiente. Contam ainda com a função Bravia Internet Vídeo, que permite o acesso aos conteúdos dos portais parceiros Sony – internacionais e locais – com um simples toque no controle remoto. Os novos aparelhos possuem ainda a tecnologia BD Live, que permite acesso a conteúdos exclusivos pela Internet, como cenas inéditas, trailers e muito mais. Outro diferencial é o XrossMediaBar, menu de fácil utilização na tela, inspirado no PlayStation 3, para melhor navegação. Preço: O BDP-S370 e o BDP-S270 podem ser adquiridos por R$ 699,00 e R$ 649,00 respectivamente. Mais informações: www.sonystyle.com.br

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Tecnologia Fotos: Divulgação

Filmadora 3D A Panasonic lançou uma filmadora de mão 3D que usa duas lentes unidas, as chamadas “3D Conversion Lens”. Elas captam o cenário em duas imagens separadas, como nossos olhos. Um sensor comum de 1080p fica encarregado de recebê-las. As imagens são posicionadas lado a lado, e acabam dividindo a resolução – ficam com 960 por 1080 pixels cada uma. Sem as lentes de conversão 3D, que podem ser desencaixadas, dá para gravar vídeos em full HD sem problemas. A lente de baixo é uma Leica Dicomar, com zoom óptico de 12x e sensor 3MOS. Para visualizar os filmes, é necessário conectar a HDC-SDT750 a uma TV 3D. Rodar direto dos cartões SD/SDHC/SDXC em um Blu-ray player compatível com o formato AVHC é outra possibilidade. O produto será lançado a partir de outubro. Preço sugerido: US$ 1.399,00. Mais informações: www.panasonic.com

Câmera com visor móvel A Sony Alpha NEX-5 apresenta características de alta performance – incluindo um sensor APS-C CMOS de 14,6 megapixels, sistema auto-foco de 25 pontos e um modo burst de 7 frames por segundo. O corpo da NEX-5 é muito compacto (11,1 por 6 cm), mas ainda assim é confortável para segurar. O visor móvel facilita segurar a câmera de maneiras diferentes. Não importa de que ângulo o usuário segure o dispositivo, basta ajustar a tela para acomodar a visão, o que encoraja fotos mais criativas. Preço: US$ 649,00 (EUA). Mais informações: www.sonystyle.com.br

Quadrado moderno Lançado recentemente no país, o Motorola Flipout, de formato quadrado conta com acesso à internet via 3G e Wi-Fi, características importantes para o usuário que é ligado em redes sociais. Voltado para o público jovem, o Flipout tem um design bacana e acompanha três capas de cores diferentes (laranja, preta e roxa) para a personalização do telefone. Além disso, para exibir o teclado, ele abre de uma forma interessante: desliza sobre um eixo. Outro diferencial do telefone é vir com a versão 2.1 do Android. Com ela é possível instalar papéis de parede interativos (aliás, os fãs de games vão gostar de instalar o Mario Live Wallpaper, que mostra o personagem passando por diversas fases do jogo). Preço sugerido: R$ 999,00 (desbloqueado). Mais informações: www.motorola.com

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Cultura . teatro

Fotos: Divulgação Fotos: Divulgação

Canção de um tirano

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epois de uma temporada de sucesso em São Paulo (capital e interior) e uma turnê por 10 capitais brasileiras, “Calígula”, dirigido pelo premiado diretor mineiro Gabriel Villela, chega ao Rio de Janeiro. Um dos maiores textos teatrais do século 20, a peça clássica do escritor argelino/ francês Albert Camus (1913-1960) traz no elenco Thiago Lacerda (Calígula), Magali Biff (Cesônia), Cláudio Fontana (Cherea), César Augusto (senador romano e Ruffius, o poeta), Rogério Romera (Hélicon), Pedro Henrique Moutinho (Scipião, poeta) e Helio Souto Jr. (intendente do tesouro romano e Metellus, poeta). Escrita por Camus (Prêmio Nobel de Literatura por sua obra em 1957) em 1942, o texto ganhou tradução de Dib Carneiro Neto. O projeto foi selecionado pelo Programa BR de Cultura 2009/2010. “Calígula” conta a história de Gaius Caesar Germanicus, terceiro imperador romano, reinante entre 37 e 41, que ficou conhecido pela sua natureza extravagante e por vezes cruel. Calígula é o filho mais novo de Germânico e Agripina, bisneto de César Augusto. Ele irrompe em cena após a morte de Drusilla, sua irmã e amante, para expressar seu desejo de impossível - a lua, ou a felicidade, ou a vida eterna. Segundo seu novo programa de vida, é preciso ser lógico até o fim, a todo custo. Até descobrir o que considera a verdade absoluta - os homens morrem e não são felizes. “Calígula” constata o absurdo e decide levá-lo às últimas consequências, perdendo os limites do

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poder, da liberdade, da razão, negando todos os laços que o prendem ao gênero humano. Definida pelo próprio Camus como uma tragédia da inteligência, Calígula traz uma compreensão de que ninguém pode salvar-se sozinho, nem pode ser livre à custa dos outros. O espetáculo tem cenário e figurinos discretos, tomado por bobinas de pano, onde se prostram os senadores. A bobina central, de papel, faz as vezes de trono de Calígula: “O imperador é um apaixonado por papéis, máscaras, personas”, explica Villela. O diretor mineiro realiza seu sonho acadêmico, da época em que estudou o absurdo, e apresenta a terceira face de sua trilogia niilista, sobre o nada, iniciada com “Esperando Godot”, de Samuel Beckett, e “Leonce e Lena”, do dramaturgo alemão Karl Georg Büchner (1813-1837). Sobre sua montagem, Gabriel Villela diz que “por mais que Calígula trabalhe com alegorias e metáforas, é uma peça que tem o pé no chão, com uma sobriedade parecida com o Salmo 91. Se no Salmo 91 morrem figuras em estado de confinamento social, em Calígula é o extermínio da humanidade, como se a grande penitenciária fosse a terra”. Serviço: O que: “Calígula”. Onde: Teatro SESC Ginástico (Avenida Graça Aranha, 187. Bairro: centro. Tel.: 2279-4027). Quando: De 30/jul a 3/out. Quarta a domingo, 19h. Quanto: R$ 10,00 (quarta), R$ 20,00 (quinta, sexta, domingo) e R$ 30,00 (sábado).


Cultura . teatro Fotos: Divulgação

O amor é vermelho

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mor e obsessão são sentimentos que nem sempre possuem uma fronteira bem definida. Quando eles se envolvem em um triângulo amoroso, o resultado costuma ser devastador. Em “Inverno da Luz Vermelha”, o americano Adam Rapp construiu um delicado estudo sobre o tema, ao retratar as consequências que uma noite em comum pode trazer à vida de três pessoas. Indicado ao Prêmio Pulitzer em 2006, o texto é o responsável pela volta de Monique Gardenberg à direção teatral depois de três anos. O espetáculo traz André Frateschi, Marjorie Estiano e Rafael Primot no elenco. Em uma noite no Red Light District, conhecido como o ‘Bairro da Luz Vermelha’, em Amsterdam, os amigos e turistas David (André Frateschi) e Matheus (Rafael Primot) têm contato com uma mesma mulher (Marjorie Estiano). De personalidades quase opostas, cada um absorve a experiência de forma diferente. Um ano depois, já de volta ao seu país de origem, ela os reencontra e o público percebe como a experiência mexeu – em graus bem diferentes – com cada um dos envolvidos. A trama bem urdida com diálogos realistas apresenta aos poucos a complexa personalidade de cada um dos três personagens. ‘Fui aos poucos descobrindo as manobras do Adam Rapp, a sensibilidade dele para criar diálogos que soariam perfeitos na boca do elenco, jogos de cena deliciosos e uma qualidade poética que se esconde atrás de

situações e falas banais’, conta Monique, que foi apresentada ao texto por Rafael Primot. Na época, ele estava em busca de uma diretora para a peça, pois acreditava que o tema pedia um olhar feminino. Ainda suspeitando da força do texto, mas movida por sua admiração por Rafael, ela aceitou o convite e também assumiu a adaptação do original. Adam Rapp – assim como Robert Lepage, Neil LaBute e Jon Fosse – é mais um autor que tem sua obra encenada pela primeira vez em palcos brasileiros sob o olhar da diretora. Com três longas no currículo (“Jenipapo”, “Benjamim” e “Ó Pai Ó”), Monique ficou conhecida por imprimir um rigor cinematográfico em suas direções teatrais. Seja pela sucessão de efeitos cênicos no fenômeno “Os Sete Afluentes do Rio Ota” (2002) – montagem de cinco horas de duração que levou mais de 150 mil espectadores ao teatro – ou mesmo pela filigranada direção de atores em “Baque” (2004) ou “Um Dia, No Verão” (2007). “São todos autores contemporâneos, e este é o único ponto em comum entre eles. O texto do ‘Rio Ota’ é baseado no poder da síntese. Lepage faz pouco uso das palavras para contar uma saga de cinco horas. Por isso mesmo ele está muito próximo do cinema. Em ‘Baque’, eu lidava com três monólogos confessionais, eram três contadores de histórias. Enquanto que em ‘Um Dia, No Verão’ me deparei com um texto exaustivamente repetitivo, já que nenhuma personagem ouvia o outro, enquanto tentava ser compreendido. Era uma peça sobre a incomunicabilidade. Agora não, tudo é muito realista, as pessoas falam o tempo todo, outras escutam, retrucam, discutem, brigam, brincam. O jogo é intenso”, compara Monique. Serviço: O que: “Inverno da Luz Vermelha”. Onde: Teatro Faap (Rua Alagoas, 903, São Paulo – SP. Tel: 11 3662-7233 / 3662-7234. Quando: De 21 de agosto a 26 de setembro. Sextas e sábados, 21h. Domingos, 18h. Quanto: R$ 60,00.

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Cultura . música Tributo à Rainha

O que: Glee – The Power of Madonna (Álbum) Artista: Cast of Glee Quanto: R$25,00 Lançamento: Sony Music

Gershwin Revisitado

Fotos: Divulgação

A premiada série de TV, Glee, lança seu terceiro CD, The Power Of Madonna, que conta com todas as músicas do episódio especial em homenagem à Rainha do Pop. Os atores interpretam sete sucessos da cantora: “Express Yourself”, “Borderline/Open Your Heart”, “Vogue”, “Like A Virgin”, “4 Minutes”, “What It Feels Like For A Girl”, “Like A Prayer”. Em seu ano de estreia, 2009, Glee ganhou diversos prêmios, entre eles o Globo de Ouro “Melhor Série de TV – Comédia ou Musical” e vendeu mais de 4,5 milhões de músicas por download. Em 2010 o número deve aumentar, a série está concorrendo em nove categorias ao Teen Choice Awards e recebeu 20 indicações ao Emmy.

O talento visionário de Brian Wilson, dos The Beach Boys, se une à genialidade inconfundível de George Gershwin em Brian Wilson Reimagines Gershwin, um álbum que reúne clássicos imortalizados como “Rhapsody in Blue”, “I Got Rythm” e “Summertime”, além de apresentar duas canções inéditas compostas por Gershwin: ‘The Like in I Love You’ e ‘ Nothing But Love’. Produzido por Wilson e mixado pelo vencedor de múltiplos prêmios Grammy Al Schmitt, este novo trabalho evoca as clássicas harmonias vocais e orquestradas que fizeram do ex Beach Boys uma figura consagrada no mundo da música popular. A lista de canções gira em torno das composições que Wilson classifica como suas favoritas dentro da vasta coleção de Gershwin. O que: Brian Wilson Reimagines Gershwin (Álbum). Artista: Brian Wilson. Quanto: R$ 40,00. Lançamento: Walt Disney Records.

Aqua O grupo paulistano Angra passou um longo período concentrado na composição das músicas para o sétimo álbum de estúdio de sua carreira. Após quatro anos sem um lançamento, Aqua chega para reaver a personalidade da banda. Embora diferente de seu antecessor, Aurora Consurgens, o novo trabalho engloba todos os elementos musicais que fizeram do Angra um dos grandes nomes do cenário musical brasileiro. Entretanto, muito mais que unir pura e simplesmente o Heavy Metal ao Rock Progressivo e à Música Clássica com ritmos brasileiros e étnicos, desta vez os músicos estavam completamente inspirados. Destaque para as excelentes “Hollow” e “Ashes”. O que: Aqua (Álbum). Artista: Angra. Quanto: R$30,00. Lançamento: Voice Music.

Sonho de Verão Com canções originais que abarcam um poderoso mix de gêneros como hip-hop, rock e pop-rock, o álbum Camp Rock 2: The Final Jam apresenta uma viagem musical através de melodias românticas, divertidas e contagiantes, interpretadas pelos Jonas Brothers, Demi Lovato e o elenco do filme. O clássico espírito do rock’n roll, a energia do pop mais luminoso, a contundência dos ritmos urbanos e o magnetismo dos musicais estão refletidos nestas 15 canções, escritas por alguns dos compositores mais renomados na indústria da música na atualidade, como Toby Gad e Kara DioGuardi.

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O que: Camp Rock 2:The Final Jam (Álbum). Artista: Jonas Brothers, Demi Lovato e outros. Quanto: R$ 29,90. Lançamento: Walt Disney Records.


Cultura . música Paris Le Rock O PARIS LE ROCK é uma banda de rock no sentido exato do termo. Faz uma música moderna, vigorosa e extremamente bem executada, destilando espontaneamente em suas canções as mais importantes tendências do rock atual. Oferece um som elegante e cosmopolita, esbanjando prazer pelo glamour sem limite, alegria pelo atrevimento cheio de atitude e gosto pela irreverência bem humorada. Lança seu primeiro disco, intitulado apenas PARIS LE ROCK. As faixas seriam suficientes para elevá-los ao topo do ranking das melhores bandas de rock brasileiras. Eles ficam felizes em ser vistos como um grupo de rock voltado para as expressões musicais sinceras, divertidas e elegantes, mas preferem, sobretudo, as divertidas e elegantes. Destaque para “Palavras” e “Gazoline”. O que: Paris Le Rock (Álbum). Artista: Paris Le Rock. Quanto: R$25,00. Lançamento: Independente.

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Música pra Pular

Trans-Continental Hustle, quinto álbum gravado em estúdio pelos roqueiros rebeldes do Gogol Bordello, é uma extraordinária usina de energia, com 13 músicas que dão prosseguimento à cruzada cultural da banda para unir e comemorar sua originalidade. No álbum, as experiências loucas de Eugene Hutz são transformadas numa busca por compreensão. Amores transcontinentais devastadores e experiências de quase morte, como em “Sun is on My Side”, uma sessão rítmica poderosa é apresentada em canções como “Raise The Knowledge” e “Last One Goes The Hope”. Trans-Continental Hustle é o primeiro álbum da gravado em estúdio desde TARANTA!, de 2007. O que: Trans-Continental Hustle (Álbum). Artista: Gogol Bordello. Quanto: R$ 35,00. Lançamento: Sony Music.

Sentidos A cena musical brasileira nunca esteve tão efervescente e criativa como nos dias de hoje, com inúmeros artistas surgindo em todas as regiões do país, propondo trabalhos abrangentes, que incorporam uma imensa diversidade de estilos e gêneros musicais. São propostas musicais criativas, que observam um sotaque regional ou urbano, mas o elevam a uma linguagem de compreensão universal, tornando-se, por isso mesmo, mais “vivos” e relevantes dentro do contexto atual. Dito isso, vamos direto ao assunto. E nosso assunto é o CD SENTIDOS, segundo álbum da carreira solo de Raquel Becker. SENTIDOS revela também uma forte marca autoral, apresentando 13 canções inéditas, sendo nove assinadas por Raquel.

Pilantra Entertainer

O que: Sentidos (Álbum). Artista: Raquel Becker. Quanto: R$25,00. Lançamento: Independente.

Inacreditável, mas um dos melhores trabalhos do mestre Wilson Simonal estava inédito no Brasil. Lançado pela gravadora Odeon México 70, finalmente ganha uma edição nacional. Visível a metamorfose do artista. Ele interpreta com tom “pilantra” a italiana “Ecco Il Tipo Che io Cercavo” e desvenda novos caminhos ao cantar “Crioula” e “Que Pena”, de Jorge Ben, “Ave Maria no Morro”, de Herivelto Martins, e “Aquarius” (do filme “Hair”), numa versão em italiano. Sua desenvoltura como entertainer ficou comprovada ao cantar “Raindrops Keep Fallin’ on my Head”. Isso porque ele mal sabia o idioma. Apenas algumas canções chegaram a ser lançadas no Brasil. “Kiki” (Simonal/Nonato Buzar), “Aqui É o País do Futebol” (Milton Nascimento/ Fernando Brant) e “Eu Sonhei que Tu Estavas Tão Linda” (Lamartine Babo/Francisco Mattoso), todas no formato compacto. Tudo bem que o disco levou 40 anos para ser lançado por aqui. Antes tarde do que nunca.Viva a pilantragem! O que: México 70 (Album) Artista: Wilson Simonal Quanto: R$ 40,00 Lançamento: EMI Music

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Coincidências do Amor O sucesso financeiro do neurótico, egocêntrico e pessimista Wally (Jason Bateman), com o seu sócio em mercado de ações de Nova York Leonard (Jeff Goldblum), faz pouco para abalar sua perspectiva fundamentalmente sombria do mundo. O ponto luminoso é sua melhor amiga Kassie (Jennifer Aniston), linda e divertida, que, infelizmente para Wally, está feliz por eles serem apenas amigos. Então Kassie, no início dos seus 40 anos e solteira, anuncia que quer ter um filho e não planeja deixar que a ausência de um marido ou namorado fique no caminho.

Gente Grande “Gente Grande” é estrelado pelos reis da comédia americana Adam Sandler, Kevin James, Chris Rock, David Spade e Rob Schneider. Trata-se de uma comédia rasgada sobre cinco amigos na adolescência que vão se reunir com suas famílias no fim de semana prolongado do feriado de quatro de julho pela primeira vez em 30 anos. Enquanto põem a vida em dia, eles descobrem que crescer não significa amadurecer. Boa parte do elenco se conheceu no Saturday Night Live, berço de nove entre dez atores cômicos nos EUA. Dirigido por Dennis Dugan, Dugan é o responsável por sucessos como “O Paizão”, “Mulher Infernal” e “Eu os declaro marido” e “Larry. “Gente Grande” é uma comédia divertida no melhor estilo Sessão da Tarde.

Solomon Kane, O Caçador de Demônios Capitão Solomon Kane (James Purefoy) é um líder brutal e eficiente no seu maior objetivo: matar todos os seus inimigos. Armado com suas pistolas, seu facão e seu florete, ele e seus homens liberam toda a sua sede de sangue lutando guerra após guerra, em todos os continentes, em nome da Inglaterra. Quando a história começa, Kane e seu bando de mercenários estão traçando um perigoso e sangrento caminho contra hordas de defensores nas regiões mais exóticas do norte da África. Mas quando Kane decide atacar um misterioso castelo nas proximidades, a fim de saquear suas supostas riquezas, a sua missão toma um novo e decisivo rumo.

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Cultura . cinema


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Cultura . cinema Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme Após 20 anos de prisão por fraudes, Gordon Gekko (Michael Douglas), um ex trader poderoso de Wall Street, volta ao mercado para ter sua revanche. Jacob Moore (Shia LaBeouf), um corretor novato e idealista, que aprenderá que o mundo financeiro não é como imaginava, desconfia de que seu chefe Bretton James (Josh Brolin) tenha alguma ligação com o assassinato de seu mentor. Gordon surge para ajudar o jovem, que namora sua filha Winnie (Carey Mulligan), em seus planos de vingança. Douglas volta ao personagem 23 anos após o sucesso do primeiro longa para viver o mau caráter que lhe rendeu um Oscar pelo excelente desempenho. Charlie Sheen retorna também como Bud Fox e a direção continua a cargo de Oliver Stone.

Amor à Distância O humor desengonçado de Erin (Drew Barrymore) conquista o recém-solteiro Garrett (Justin Long), junto a copos de cerveja, conversa de bar e café da manhã no dia seguinte. A química dos dois se tornou rapidamente um tórrido amor de verão, mas nenhum dos dois esperava que durasse, já que Erin voltou para sua casa em São Francisco e Garrett ficou em Nova York devido a seu emprego. Porém, após passarem seis semanas que pareciam não ter sentido, ambos descobrem não querer que o relacionamento termine.

Instinto de Vingança Terry (Josh Lucas) se recupera de um transplante de coração que mudou sua vida. Certo dia, ao fazer um check-up, seu coração começa a bater mais forte quando um paramédico passa ao seu lado. Tudo volta ao normal quando o médico se afasta, mas quando acontece novamente, Terry começa a desconfiar que há algo estranho. Ele se dá conta de que seu coração veio de um assassino e percebe que o órgão tem vontade própria e poderia matá-lo ou levá-lo à loucura, a não ser que ele consiga desvendar este mistério.

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Cultura . home video Benjamín Espósito (Ricardo Darín) trabalhou como Oficial de Justiça em um Tribunal Penal. Agora, ele acaba de se aposentar e ocupa suas horas livres escrevendo um livro. Não se propõe a inventar uma história. E não precisa. Ele dispõe de seu próprio passado como funcionário judicial, de uma história comovente e trágica, da qual foi uma testemunha privilegiada. O fato aconteceu em 1974. Seu Departamento de Justiça é indicado para investigar o estupro e assassinato de uma mulher jovem muito bonita. À medida que avança, Espósito entenderá que já é tarde para deter-se. Narrar o passado deixará de ser um simples passatempo para preencher as horas mortas de seus dias. O que: O Segredo dos Seus Olhos (DVD). Quanto: Apenas para locação. Lançamento: Europa Filmes.

Kapow! A caixa Kapow inclui os melhores filmes de ação e aventura lançados nos últimos anos. Em “G.I Joe“, conheça a máxima força bélica de elite, um sucesso mundial que faturou mais de 280 milhões de dólares nas bilheterias mundiais; os exércitos de Cybertron, com os pacíficos Autobots e as forças maléficas dos Decepticons poderão ser revistas em “Transformers” e “Transformers 2”; a fenomenal visão do diretor J.J. Abrams da lendária aventura “Star Trek” traz de volta a tripulação da triunfante Enterprise; o super-herói da Marvel Homem de Ferro com a ótima atuação do astro de Hollywood Robert Downey Jr. E ainda: a genialidade do diretor Zack Snyder em “Watchmen”, baseado na graphic novel dos anos 80, criado por Alan Moore e ilustrado por Dave Gibbons. O que: Kapow! (DVD). Quanto: R$ 99,00. Lançamento: Paramount Home.

Drop Dead Diva A vida pode realmente ter caminhos sinuosos – especialmente neste inovador drama cômico. “Drop Dead Diva”, a série, conta a história de Deb, uma modelo fútil que morre num acidente. Por um acaso do destino e com um tanto de intervenção divina, sua alma volta à vida no corpo de Jane, uma recém-falecida advogada inteligente e gordinha. Conforme ela enfrenta os desafios da nova vida, amor e carreira, Deb precisa aprender a conciliar suas idéias de rainha da beleza com sua nova mente brilhante, o que certamente lhe trará muitas surpresas. Nessa primeira temporada, a série contou com participações especiais de Rosie O’Donnell, Nia Vardalos, Paula Abdul, Delta Burke, Tim Gunn, Kathy Najimy e Liza Minnelli. O que: Drop Dead Diva – 1ª Temporada (Blu-Ray). Quanto: R$ 89,90. Lançamento: Sony Home.

Caçador de Recompensas “Todo Poderoso: O Filme – 100 Anos de Timão” reúne, pela primeira vez, os maiores ídolos vivos do Corinthians, revelando traços de liderança, irreverência, garra e paixão. O filme utiliza imagens de arquivo com mais de 200 gols de vários craques e ídolos, como Amílcar, Neco, Casagrande, Neto, Roberto Carlos, Ronaldo Fenômeno, Sócrates, Zé Maria, entre outros. Além disso, foram produzidas entrevistas com 45 depoentes, entre torcedores comuns e celebridades, como o presidente Lula, a apresentadora Marília Gabriela e o jornalista esportivo Juca Kfouri. O filme também revela a opinião dos maiores ídolos dos rivais sobre o Corinthians, como Ademir da Guia, Pelé e Raí. Com uma mescla de linguagem documental, recursos de narrativa ficcional e computação gráfica, o filme captura a intensidade da paixão que o time desperta em seus fiéis seguidores. O que: Todo Poderoso: O Filme – 100 Anos de Timão (DVD). Quanto: R$29,90. Lançamento: Fox Home.

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O Segredo dos Seus Olhos


Cultura . home video

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A Loba Aqui está a sua chance de levar para casa a mãe solteira mais sexy da cidade, a recém-divorciada Jules (Courtney Cox Arquette). Relutantemente volta ao mercado do namoro, rapidamente se vê em mais confusões do que pode resolver. Agora com mais de 40 anos e solteira, Jules equilibra assuntos da vida real – namorar, criar um filho e manter os amigos. Não ajudam os fatos de suas duas melhores amigas não se suportarem, de seu ex-marido passar mais tempo na casa do que quando eles estavam casados e de que há um vizinho bonitão divorciado que ela não consegue tirar da cabeça. Criada por Kevin Biegel e Bill Lawrence (série de TV Scrubs), “Cougar Town” é recheado de momentos muito engraçados e apresenta um elenco de estrelas da TV. O que: Cougar Town – Primeira Temporada (DVD). Quanto: R$129,90. Lançamento: Walt Disney Studios Home Entertainment.

A Bela e a Fera Aclamado e apreciado como nenhum outro, o clássico moderno da Disney – a primeira animação em longa metragem na história do Oscar indicado ao prêmio de melhor filme (1991) – é brilhantemente transformado em um novo nível de entretenimento através da magia em alta definição. A música que você nunca esquecerá, os personagens que irão lhe emocionar e a aventura mágica sobre encontrar beleza dentro de nós se juntam nesta espetacular edição. E ainda, novos bônus que irão lhe levar mais longe no mundo encantado de Bela. Destaque para o videoclipe de “Beauty and the Beast”, com Celine Dion e Peabo Bryson. Então, fique à vontade e junte-se à adorada e independente “A Bela e a Fera” com alma de príncipe neste encanto mais mágico do que nunca. O que: A Bela e a Fera Edição Diamante (Blu-Ray). Quanto: R$ 89,90. Lançamento: Walt Disney Studios Home Entertainment.

Lei & Ordem Do produtor Dick Wolf, chega mais uma temporada do seriado em que as vítimas também podem ser os autores do crime, onde sempre existe uma linha tênue sobre o que é certo e errado. A série é vencedora de cinco Emmy e um Globo de Ouro, entre outros prêmios, e recebeu mais de 79 indicações. Boa parte dos episódios de “Lei & Ordem SUV” são inspirados em manchetes de jornais. A série desvenda os crimes sexuais mais chocantes em seus 22 episódios desse oitavo ano. O que: Lei & Ordem SVU 8ª Temporada (DVD). Quanto: R$129,90. Lançamento: Universal Pictures.

Chico Xavier Pronto para dar belíssimas lições de amor e caridade, o homem que dá nome ao filme é questionado por alguns, admirado por muitos e, principalmente, respeitado por todos! Por isso levou mais de três milhões de pessoas ao cinema e bateu recordes já na semana de estréia, sendo considerado por alguns críticos o “Avatar brasileiro”. E olha que nem é 3D. Baseado no livro As Vidas de Chico Xavier, do jornalista Marcel Souto Maior, o filme descreve a trajetória do médium que viveu 92 anos desenvolvendo importante atividade mediúnica e filantrópica. Com uma vida conturbada, cheia de lutas e muito amor, escreveu mais de 400 livros psicografados, consolou milhares de pessoas, pregou a paz e estimulou a caridade. Além dos extras, o disco traz um recurso chamado áudio descrição, possibilitando aos deficientes visuais assistir ao filme com narração eficiente, sem precisar de um acompanhante para comentar as cenas. O que: Chico Xavier (Blu-Ray). Quanto: R$89,90. Lançamento: Sony Home.

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Cultura . artes visuais A arte é política?

a mesma forma que os museus tiveram que se repensar, e refletem, até hoje, sobre sua concepção de espaço expositivo e os conceitos envolvidos, o fenômeno das bienais merece atenção especial pelo seu formato: megaexposições. As grandes exposições internacionais de arte geralmente se manifestam como espetáculos “abertos”, porém seus conteúdos permanecem fechados. Assim, sofrem de crise de identidade e função não somente os museus (principalmente os de arte contemporânea), mas também as bienais e outras megaexposições. A 29ª Bienal de São Paulo retoma essa reflexão no seu projeto curatorial, propondo um novo olhar sobre arte e política: nesta edição projeta-se a ideia de que é impossível separar a arte da política. Essa impossibilidade se expressa no fato de que a arte, por meios que lhes são próprios, é capaz de interromper as coordenadas sensoriais com que entendemos e habitamos o mundo, inserindo nele temas e atitudes que ali não cabiam e tornando-o, assim, diferente e mais largo. A eleição desse princípio organizador do projeto curatorial se justifica por duas principais razões. Primeiramente, por viver-se em um mundo de conflitos diversos, onde paradigmas de sociabilidade são o tempo inteiro questionados, e no qual a arte se afirma como meio privilegiado de apreensão e simultânea reinvenção da realidade. Em segundo lugar, por ter sido tão extenso esse movimento de aproximação entre arte e política nas duas últimas décadas, se faz necessário, novamente, destacar a singularidade da primeira em relação à segunda, por vezes confundidas ao ponto da indistinção. Nesse sentido, o título dado à exposição, “Há sempre um copo de mar para um homem navegar” – verso do poeta Jorge de Lima tomado emprestado de sua obra maior, Invenção de Orfeu (1952) –, sintetiza o que se busca com uma nova exposição bienal de arte: afirmar que a dimensão utópica da arte está contida nela mesma, e não no que está fora ou além dela. É nesse “copo de mar” – ou nesse infinito próximo que os artistas teimam em produzir – que, de fato, está a potência de seguir adiante, a despeito de tudo o mais. Assim, a 29ª Bienal pretende envolver o público na experiência sensível que a trama das obras expostas promove, e também na capacidade destas de refletir criticamente o mundo em que estão inscritas. Enfim, oferecer exemplos de como a arte tece, entranhada nela mesma, uma política.

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Calendário 20 de setembro de 2010 9 às 17h - Pré-abertura para imprensa 21 de setembro de 2010 9 às 17h - Imprensa 19h - Pré-abertura para convidados 22 a 24 de setembro de 2010 19h - Abertura para convidados 22 e 23 de setembro de 2010 Manhã e tarde - Professores (Programa Educativo) 25 de setembro de 2010 10h - Abertura ao público 12 de dezembro de 2010 Encerramento Horários de funcionamento De 2ª a 4ª feira: das 9 às 19h. 5ª e 6ª feira: das 9 às 22h. Sábado e domingo: das 9 às 19h. Entrada gratuíta

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Cultura . artes visuais S

ob curadoria de Regina Carmona, Circulando Em Outras Dimensões é um projeto de arte idealizado e desenvolvido pelo ateliê Círculo 3, com coletivo de artistas unidos por ideais, na produção de exposições itinerantes e ampliação de uma arte em contato fértil e constante entre artistas e o público, em novos formatos expositivos e de grande circulação. A presente mostra, que também circula por cidades de Santa Catarina, é composta por seleto grupo de artistas convidados e residentes em Florianópolis e por artistas já integrantes do projeto, moradores de diversas cidades e países. A exposição se completa com exclusivos outdoors espalhados na cidade. As obras expostas são gravuras digitalizadas feitas a partir de meios e técnicas diversas como desenho, foto, vídeo, objetos e outros, impressas por prensa digital para grandes formatos. Tendo a plataforma digital como base, o projeto estabelece um dialogo entre as técnicas tradicionais e as novas

linguagens multimeios, fornecendo a necessária flexibilidade para incluir novos artistas e trabalhos em diversos espaços com montagens amplas e diferenciadas. Circulando em Outras Dimensões é uma proposta expositiva que vai além do espaço interno em busca de movimento e encontros através da expressão contemporânea, em torno da ideia de união e de uma arte aberta a todos. Serviço: O que: Exposição do Projeto de Arte “Circulando em Outras Dimensões”. Onde e Quando: Florianópolis – espaço Universidade Federal 05 a 30 de julho Itajaí – espaço SESC 09 a 27 de agosto Blumenau – espaço SESC 06 a 24 de setembro Joinville – espaço SESC 04 a 22 de outubro Tubarão – espaço SESC 08 a 26 de novembro Quanto: gratuito Mais em: http://circulandoemflorianopolis.blogspot.com/

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Gravuras em itinerância

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Maigret se diverte A arte de investigação do inspetor Jules Maigret requer imersão total na atmosfera do crime, mesmo que isto signifique ficar muitos anos sem férias. Mas, desta vez, recomendações médicas exigem que Maigret tire alguns dias de folga, e ele se vê obrigado a seguir um misterioso caso por meio dos jornais em Maigret se diverte, livro de Georges Simenon inédito no Brasil. Taciturno, amante do cachimbo e de uma boa cerveja, o inspetor Maigret conquistou – em 75 romances e várias histórias curtas – legiões de admiradores em todo o mundo. Lançando mão de sua profunda compreensão da natureza humana como principal instrumento na solução de crimes, tornou-se um marco da literatura policial, ao lado dos mais célebres investigadores, como Auguste Dupin, Sherlock Holmes, Hercule Poirot e Philip Marlowe. Autor: Georges Simenon. Quanto: R$ 15,00. Editora: L&PM. Páginas: 176.

Sudd Referencial do novo jornalismo literário em língua espanhola, o catalão Gabi Martínez lança o romance Sudd, pela Rocco. Escrito após uma viagem feita pelo autor pelo rio Nilo, desde as fontes do lago Vitoria até o delta de Alexandria, Sudd vem sendo comparado a clássicos da literatura como O Coração das trevas, de Joseph Conrad, e O deserto dos tártaros, de Dino Buzatti. Nascido em Barcelona, em 1971, Gabi Martínez é autor de romances e livros de viagem acolhidos com excelentes críticas, que ressaltam seu caráter renovador. O romance Sudd, primeiro do escritor a ganhar edição no Brasil, foi eleito um dos livros mais importantes do ano pela revista Qué leer e pelo jornal El Periódico de Catalunya e narra a odisseia do navio La Nave pelo Sudd, uma das maiores áreas inundadas do mundo, em plena região subsaariana. Autor: Gabi Martínez. Quanto: R$ 53,50. Editora: Rocco. Páginas: 336.

Ambição no deserto No fictício emirado árabe de Dofa, uma série de atentados a bomba reivindicados por uma até então desconhecida organização revolucionária desperta reações variadas na população local. Em Ambição no Deserto, Albert Cossery cria uma intensa trama de intrigas e disputas por poder e notoriedade em um Golfo Pérsico sacudido pela sede por petróleo. Escrito no estilo elegante e peculiar que consagrou seu autor entre os principais nomes da literatura francesa do último século, é uma lição de resistência à globalização pela vertente mais extrema: a recusa radical ao modo de vida burguês e a todas as pretensas maravilhas vinculadas a seu consumismo desenfreado. Autor: Albert Cossery. Quanto: R$ 23,00 Editora: Conrad. Páginas: 304

Peanuts Completo A editora L&PM lança no Brasil o primeiro volume de “Peanuts Completo”, que reúne as tiras da famosa série em quadrinhos de Charles Schulz. São 360 páginas com o material produzido pelo autor no período de 1950 a 1952. Nos EUA, já saíram 12 volumes da série, que ganhou dois prêmios Eisner: um para Melhor Coleção ou Projeto de Arquivo de Tiras e outro para Melhor Design, feito pelo quadrinista Seth. A editora gaúcha diz que há previsão de lançar mais dois volumes da série, que, em cada volume, compreende cerca de dois anos de tiras feitas por Schulz. Em cada um deles, há textos de gente como Matt Groeing, Whoopi Goldberg e Diana Krall.

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Autor: Charles Schulz. Quanto: R$68,00. Editora: L&PM. Páginas: 360.

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Cultura . literatura


PARFUMES et COSMETIQUES

L.V.M.H SAC - 0800 170506 sac@lvmh.com.br

A NOVA FRAGÂNCIA

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Desembarque C

osmopolita, arborizada, agradabilíssima, diversificada e, essencialmente, moderna. Porto Alegre, com 1,4 milhão de habitantes, ferve em todos os sentidos. A cidade possui uma vida cultural e noturna intensa, além de uma estrutura excelente tanto para o turismo quanto para eventos. Tradicional ponto de encontro dos porto-alegrenses, o Parque Farroupilha, popularmente chamado de Redenção (entre as avenidas Osvaldo Aranha e João Pessoa), é uma grande área verde próxima ao Centro. Tem minizôo, parque de diversões, quadras de esportes, áreas de caminhadas e lazer, lago e mercado. Aos domingos, das 9h às 17h, a rua José Bonifácio, uma das vias que ladeiam o parque, abriga o tradicional Brique da Redenção, com feira de artesanato, antiguidades e produtos naturais. O local reúne todas as tribos, seja para compras ou um bate-papo regado a chimarrão. Além da beleza da arquitetura do Século XIX, o Mercado Público (Avenida Júlio de Castilhos / Avenida Bor-

A cidade apresenta muitos prédios históricos, praças e parques arborizados, que formam uma paisagem urbana de rara beleza.

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Porto Alegre | Rio Grande do Sul

ges de Medeiros. Segunda a sexta, 7h30 às 19h30; sábado até 18h30.) é um centro de compras de alimentos em geral, produtos típicos, temperos, erva-mate para o tradicional chimarrão e artesanato. Destaque para a gastronomia local, com seu tradicional churrasco, de temperos e sabores exclusivos. O Centro de Porto Alegre reúne dezenas de prédios históricos, entre os quais se destacam o Mercado Público, o Chalé da Praça XV, a prefeitura (em cujo interior se encontram esculturas, quadros e vitrais vindos da França em 1869) e o conjunto arquitetônico em torno da Praça da Matriz – a Catedral Metropolitana, o Palácio Piratini (sede do governo estadual), o Museu Júlio de Castilhos, o Theatro São Pedro e o Solar dos Câmara. A Usina do Gasômetro (Av. Presidente João Goulart, 551, às margens do rio Guaíba) foi transformada em centro cultural. Sua chaminé destaca-se em meio à paisagem moderna do Centro e integra os principais cartões postais da cidade. Abriga exposições, cinema,

Fotos: Embratur/ Divulgação

Turismo ao sul do minuano


Fotos: Embratur/ Divulgação

Abaixo: Catedral Metropolitana. Abaixo, à esquerda: Vista geral da cidade.

teatro, palestras e shows. Passear de barco pelo rio Guaíba é um ótimo jeito de conhecer a natureza gaúcha em plena cidade de Porto Alegre. O passeio pode ser feito de dia ou de noite e as saídas programadas em diversas opções de embarcações oferecem toda infra-estrutura. Última morada do poeta Mario Quintana, a Casa de Cultura Mario Quintana (rua dos Andradas, 736 – Centro. De terça a sexta, das 9h às 21h. Sábado e domingo, das 12h às 21h.) abriga espaços de eventos, bibliotecas, teatros, salas de leitura, discoteca pública, auditórios, o quarto do poeta mantido como ele o deixou, galerias, museus e cafés.

Mais informações: Secretaria Estadual de Turismo: (51) 3288-5450 www.turismo.rs.gov.br Secretaria Municipal de Turismo: (51) 3212-3464 www.portoalegre.rs.gov.br/turismo

Acima: Usina do Gazômetro, transformada em centro cultural. Acima, à direita: Vista do porto e do pôr do sol.

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Desembarque Manaus | Amazônia

Fotos: Divulgação

Entre as águas e a floresta

A floresta amazônica ergue-se imponente ao redor da cidade.

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odeada pela floresta amazônica, Manaus oferece muitas outras atrações ao visitante: o glorioso Teatro Amazonas, o Mercado Municipal, o porto, o incrível encontro das águas do Rio Negro e do Solimões, o Complexo Turístico Praia da Ponta Negra. A vida do manauense é um caso de amor com as águas. Passear nas “gaiolas” (barcos de linha) é um belo modo de entender a ligação do povo com o rio. Por meio delas, as pessoas vão para suas casas e as mercadorias vão e vêm. Os turistas, por sua vez, podem percorrer muitas das ruas de Manaus e suas imediações embarcados nas gaiolas. O Teatro Amazonas (Praça São Sebastião, s/n – Centro. Visitas somente com horário marcado), inaugurado em 1896, teve quase todos os materiais da construção trazidos da Europa. Um símbolo da prosperidade da região no ciclo da borracha. O Mercado Municipal Adolpho Lisboa (Rua dos Barés, 46 – Centro), de 1883, ergue-se defronte ao Rio Negro. Construído em estilo art nouveau, trata-se de uma réplica do mercado francês Les Halles (que já não existe), e continua em pleno funcionamento até hoje. O encontro das águas dos rios Negro e Solimões, um dos maiores espetáculos da natureza, pode ser apreciado em excursões de barco. Pode-se ainda passear pela Praia de Ponta Negra, a mais conhecida da região, com seus bares e restaurantes e intensa vida noturna. O Ecomuseu do seringal, que reconstitui a vida nos tempos do ciclo da borracha, possui construções de épo-

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Mais informações: Manaustur: (92) 3233-1517 www.manaus.am.gov.br

ca, casa de farinha, barracão dos seringueiros, tapiri de defumação (onde a seiva da seringueira é cozida e transformada em grandes bolas de látex), casa de banhos da mulher do coronel, entre outras atrações. Vale também navegar até o alto do Solimões, rumo ao triângulo amazônico (Brasil, Peru e Colômbia), para ter uma visão mais ampla do panorama da região. Ao chegar à cidade de Tabatinga, basta seguir a rua principal para adentrar território colombiano. A gastronomia traz ingredientes indígenas, influências portuguesas e muito peixe de água doce, é claro. Experimente a caldeirada de tambaqui, o jaraqui na brasa, o pirarucu de casaca, o tacacá. Para adquirir lembranças, o Mercado Municipal é um dos pontos onde se pode apreciar o artesanato indígena, que utiliza materiais da floresta. Entre tantas fibras e sementes, não deixe de conhecer a jarina, conhecida como o “marfim vegetal”. Outra atração imperdível é o Festival de Parintins – considerado o maior festival popular do mundo –, realizado entre os dias 28 e 30 de junho. A festa é parte do que toda a cultura indígena trouxe para o que hoje conhecemos como Brasil. Torça pelo boi Garantido ou Caprichoso e aproveite a festa. Não deixe de apreciar também o Festival do Guaraná do Município de Maués, que acontece todos os anos, durante três dias, no mês de dezembro, em homenagem a essa frutinha tão emblemática para o brasileiro.


Divulgação Fotos: Embratur/Fotos: Divulgação

À esquerda: Turistas passeiam de barco. À direita: Guaraná e macaco- prego.

Acima: Aves no rio Amazonas, encontro das águas dos rios Negro e Solimões e Teatro Amazonas. Acima e à direita: Vista geral da cidade e pousada em meio à natureza.

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Desembarque A

s velas do Mucuripe se inflam com a brisa do Oceano, enquanto os jandadeiros saem para pescar. Do calçadão da avenida Beira-Mar de Fortaleza, o visitante pode apreciar a beleza das praias de areia branca, o rico artesanato, a música dos repentistas, o povo hospitaleiro. Fortaleza é tudo isso: as rendeiras, os artesãos, o trio elétrico, a gastronomia típica. A cidade é bela e faz bem tanto aos olhos quanto para a alma dos viajantes que pisam por lá! A avenida Beira-Mar, na altura das praias de Iracema, Meireles e Mucuripe, é o ponto da ferveção na orla de Fortaleza, de dia ou de noite. Próximo dali, na praia de Iracema, o Centro Cultural Dragão do Mar (rua Dragão do Mar, 81) é um símbolo da rica cultura cearense. O complexo reúne o Museu de Arte Contemporânea, o Planetário Rubens de Azevedo e o Memorial da Cultura Cearense, além de praças de artesanato, área para realização de shows, biblioteca, planetário, teatro e cinemas. Sem esquecer os bares e restaurantes instalados em prédios históricos. Uma atração imperdível é o passeio de bugue pela Costa do Sol Nascente ou Poente. São roteiros que reú-

A Av. Beira-Mar, com suas praias e vida noturna agitada.

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Fortaleza | Ceará nem praias como Aquiraz, Caponga, Beberibe de um lado e Cumbuco, Treiri e Lagoinha de outro. Visitar o Mercado Central de Fortaleza (Avenida Alberto Nepomuceno, 199 – Centro) é mergulhar na vida cultural do povo cearense. Pode-se apreciar ali as influências indígenas, portuguesas e africanas, em pratos baseados em peixes e frutos do mar. Mas não deixe de saborear as iguarias do sertão. Da moqueca ao bode guisado, descortina-se ao paladar um universo de sabores. No Mercado Central e nas feirinhas à beira-mar, sempre se pode encontrar os trabalhos em cipó, bambu, carnaúba e couro. Isso sem esquecer as rendeiras, símbolo máximo do artesanato cearense. São rendas, bordados, filés, labirintos, crochês, em uma infinidade de peças. As atrações não param por aí. Situada a 27 km de Fortaleza, a Cidade de Aquiraz abriga o famoso Beach Park e tem praias de cinema, para todos os gostos. Já a praia de Cumbuco, a 37 km da capital, é o lugar ideal para praticar o ecoturismo ou os esportes náuticos.

Fotos: Divulgação

Sob o fascínio do mar

Navegar é um esporte comum no litoral cearense.


Mais informações: Fotos: Divulgação

Secretaria de Turismo de Fortaleza (85) 3101-4688

Acima: Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. À direita: Mergulhador nada junto com tartaruga marinha. Abaixo, à direita: Teatro José de Alencar e jangadas tradicionais.

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Sustentabilidade Paisagens de rara beleza Por Rodrigo Brasil

O quanto em toda vereda em que se baixava, a gente saudava o buritizal e se bebia estável. Assim que a matlotagem desmereceu em acabar, mesmo fome não curtimos, por um bem: se caçou boi. A mais, ainda tinha araticum maduro no cerrado.” Assim descreve Guimarães Rosa, em Grande sertão: veredas, a riqueza que o sertanejo encontrava na paisagem do cerrado. Bioma (conjunto de seres vivos, animais e plantas de uma certa área) muito rico em recursos naturais e diversidade biológica e cultural, o cerrado tem desde 2003 um dia especial dedicado à reflexão e mobilização em sua defesa: 11 de setembro, o Dia Nacional do Cerrado. A data foi escolhida em homenagem ao ambientalista Ary José de Oliveira, o Ary Para-Raios, um defensor dos direitos humanos e do meio ambiente, que transformou a cultura do cerrado em arte mambembe. Ary foi o fundador do grupo teatral Esquadrão da Vida - uma das mais conhecidas troupes de artistas do Distrito Federal. Segundo maior bioma do País, o cerrado é superado apenas pela Floresta Amazônica. Sua área ocupa uma extensão superior a 2 milhões de km², cerca de 23% do território brasileiro, abrangendo os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Distrito Federal, Tocantins e parte dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, São Paulo, Paraná e Rondônia. Ocorre também em outras áreas nos estados de Roraima, Pará, Amapá e Amazonas. O bioma é caracterizado por tipos específicos de vegetação, como a caatinga, o cerrado, entre outros. Sua flora é muito variada, com muitas espécies de árvores e plantas. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o cerrado possui mais de seis mil espécies, mas ainda é pouco estudado. Suas árvores são diferenciadas, pois têm o tronco torto e folhas grandes. Fonte da maior parte do manancial de águas do país, o bioma é cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul, com índices pluviométricos regulares que lhe propiciam biodiversidade. Muitos animais também são encontrados no cerrado. Não se sabe ao certo a quantidade de espécies, mas a diversidade de insetos é muito grande. Também há muitos animais vertebrados, como cobras, lagartos, pássaros, lobos-guará, tatus, veados, tamanduás, antas, onças-pintadas e emas. Os primeiros estudos realizados na região do Cerrado consideraram erroneamente este Bioma pobre e desinteressante quando comparado às florestas tropicais. Este grande equívoco tem tido repercussão até hoje em dia, e se reflete em ações preconceituosas, como, por exemplo, quando o Cerrado é considerado fronteira agrícola alterna-

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Paisagem do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, área de proteção do cerrado.

tiva e é negligenciado pela legislação ambiental. Mesmo sendo muito importante, o cerrado ainda não é tão valorizado e protegido como deveria. Pelo contrário, é um bioma ameaçado - mais de 50% de sua extensão já foram destruídos. Desmata-se uma área de 20 mil quilômetros quadrados de cerrado a cada ano no país – extensão correspondente ao dobro do que é desmatado na Amazônia, segundo dados do primeiro monitoramento do desmatamento do Cerrado brasileiro, apresentado pelo Ministério do Meio Ambiente em setembro de 2009. Com base em levantamentos de satélites, coletados entre 2002 e 2008, a área técnica do Ministério concluiu que o ritmo de desmatamento no cerrado já corresponde a 21 mil Km² por ano, contra no máximo 10 mil Km² da Amazônia. Estima-se para o período estudado uma redução próxima a 50% nas taxas de desmatamento na Floresta Amazônica, enquanto o cerrado vem mantendo as taxas de desmatamento em torno de 21% de sua cobertura ao ano. A degradação bioma já é responsável pelo mesmo nível de emissões de CO2 (dióxido de carbono) da Amazônia e pelo dobro do desmatamento registrado da floresta. Segundo o Ibama, a produção de carvão é uma das principais razões para a perda de hectares do cerrado, juntamente com ocupação efetuada pela agricultura. Além disso, queimadas no bioma são freqüentes. É quase impossível protegê-lo do fogo: como o clima é muito seco, há um acúmulo enorme de palha, folhas secas tornando mais fácil o fogo se espalhar. Qualquer descuido pode provocar grandes queimadas, até mesmo raios que


Mais informações: Ibama: www.ibama.gov.br Catinga Cerrado – Comunidades Eco-Produtivas: www.caatingacerrado.com.br

caem no início do período de chuvas. O estudo do Ministério do Meio Ambiente aponta a necessidade urgente de combater seu desmatamento. Com base nesta análise, foi lançado pelo governo federal, em setembro, o Plano de Ação de Prevenção e Controle do Desmatamento do Bioma Cerrado (PPCerrado). A iniciativa vai coordenar, articular e executar ações que têm como meta reduzir a devastação do Cerrado. Elas fazem parte de um conjunto de ações em razão do Dia Nacional do Cerrado, e pretende levantar a situação do desmatamento na região, além de constituir ações contra a perda da cobertura vegetal do bioma. De acordo com o diretor do Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento do MMA, Mauro Pires, o plano vai trabalhar em três eixos: monitoramento e controle, ordenamento territorial e apoio às atividades produtivas sustentáveis. “Ele vai nos auxiliar a reduzir o desmatamento e serve também para mobilizar os governos federal e estaduais e a sociedade civil para a gestão ambiental naquele que é considerado o segundo maior bioma do Brasil”, afirma. O governo prepara medidas para cortar o crédito rural de produtores com imóveis em uma área de quase 24% do território nacional como forma de conter o desmate no Cerrado, informou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com medidas de combate à devastação no bioma será editado em setembro, disse a ministra. O Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento no Cerrado

Fotos: Divulgação

também estimulará a proteção por meio de pagamento de serviços ambientais. Além disso, o Senado pretende incluir o Cerrado e a Caatinga como patrimônio nacional, a exemplo da Floresta Amazônica e do Pantanal, que já são constitucionalmente considerados patrimônios do país, com o objetivo de aumentar o rigor sobre o controle dos biomas para evitar a exploração ilegal dos recursos naturais. Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), relator da proposta, o texto busca consertar um “erro histórico” que exclui os biomas da lista de patrimônios nacionais. ”Não podemos permanecer inertes frente à dilapidação do patrimônio natural representado por essas formações vegetais”, afirmou. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com a mudança, que já tramita há 14 anos, seguiu recentemente para análise da Câmara dos Deputados.

Acima, em sentido horário: Espécie de orquídea (esq.), Mama-cadela, Pepalantus e pequi. Abaixo: Uma lixeira (Curatella americana) reina solitária no cerrado mato-grossense.

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Gastronomia Bistrô Le Vin comemora 10 anos Receitas francesas que marcaram a história do restaurante são as estrelas do cardápio preparado para celebrar a primeira década do bistrô, entre 15 de setembro e 15 de outubro. primeiro bistrô Le Vin nasceu no ano 2000, na Alameda Tietê, nos Jardins, em São Paulo. Dez anos depois, o casal de restaurateurs Francisco Barroso e Nancy Mattos comanda nove casas, garantindo que em cada uma delas a tradicional cozinha francesa seja executada à perfeição. São três bistrôs, duas patisseries e uma boulangerie em São Paulo e dois bistrôs e uma patisserie no Rio de Janeiro. Todas as casas com mesmo nome, cardápio similar e ambiente que reproduz a atmosfera dos mais tradicionais bistrôs parisienses, com toalha xadrez, mesinhas na calçada e fotos de família. Steak Tartare, Moules et Frites, Croques, Confits ou um Entrecôte, o Le Vin possibilitam relembrar os sabores da cozinha francesa sem sair de São Paulo. As pâtisseries e boulangeries do grupo são referência graças aos macarrons, éclairs, baguettes e croissants, além de muitos outros clássicos franceses ali preparados diariamente. Para celebrar a primeira década de vida do grupo, o chef Marcílio Araújo e os chefs pâtissier Thierry Bouhier e Marjory Barros selecionaram emblemáticos pratos franceses que marcaram a história do restaurante. O menu será servido em todas as casas do grupo entre os dias 15 de setembro e 15 de outubro. No cardápio do festival, entradas como a Terrine de Campagne (R$25), acompanhada de salada verde, a Soupe a l’oignon (R$25), típica sopa de cebola, desta vez servida com com crosta de parmesão, e a Tarte au chevrè et tomates folhada (R$35). Nos principais, duas releituras: o tradicional Confit de pato (R$78) é acompanhado por musseline de batata doce; já as Quenelles de linguado (R$45, foto acima, à esquerda) são apresentadas junto a um levíssimo molho de limão verde, aerado com sifão. Entre os principais, outras opções são o Navarin de Cordeiro com couscous marroquino (R$48), o Boeuf Bourguinone (R$46) e o Blanquette de vitela com champignons (R$48), que também marcaram a história do Le Vin e recebem uma merecida homenagem. E para finalizar a comemoração: Brioche de rabanada (R$16), que utiliza a tradicional receita da boulangerie francesa em uma releitura de familiar sabor brasileiro, e Figos frescos acompanhados de calda de laranja e sorvete de pistache (R$16). O chef pâtissier Thierry Bouhier criou ainda um doce comemorativo: o Vive Le Vin! (R$8, foto à direita), que tem como base o bisquit dacquoise coberto por creme de chocolate meio amargo e creme “Paris brest” de amêndoas, intercalados com lâminas de chocolate ao leite. O bistrô comemora 10 anos com prêmios em diversas publicações da gastronomia nacional. O Le Vin foi reconhecido como o melhor Bistrô Francês no prêmio da Go Where Gastronomia em 2008 e 2009, e foi indicado aos prêmios Comer e Beber da Veja São Paulo nos anos de 2005 e 2008, no Prêmio Paladar 2009, como melhorcouvert, e ao Melhores de 2009, do Guia da Folha, na categoria Padaria, com sua boulangerie. No Rio, o restaurante levou o prêmio de Melhor Novidade, concedido pelo caderno Rio Show de Gastronomia, do Jornal O Globo, em 2008.

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Fotos: Divulgação

O

Serviço: São Paulo Le Vin Jardins: Alameda Tietê, 184 (11) 3081.3924 Rio de Janeiro Le Vin Ipanema: Rua Barão da Torre, 490 (21) 3502.1002


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Vinhos P

esquisas arqueológicas comprovam que a primeira bebida alcoólica elaborada pelo homem foi o vinho e a seguir a cerveja. Desconhecendo a causa das estranhas reações produzidas no cérebro e refletidas nos sentidos e no comportamento, os povos primitivos atribuíam os efeitos do álcool à intervenção dos deuses. Por isso a busca da iluminação divina por meio da ingestão de bebidas alcoólicas, desde tempos imemoriais, é prática até hoje comum a pajés, caciques, xamãs e feiticeiros tribais, tanto em festas quanto em rituais de passagem e cura. O cauim dos nossos índios (à base de mandioca mastigada pelas mulheres), a chicha dos povos andinos (espécie de cerveja de milho) e a própria cachaça aqui consumida (no Caribe é o rum) nos rituais de origem africana (marafo, mi zi fío) são exemplos bem conhecidos. O vinho era o elemento motor das celebrações gregas dos Mistérios de Elêusis, dos Mistérios de Dyonisos e das Bacanais romanas. Nos dias atuais, continua sendo usado em rituais religiosos e filosóficos. Na missa católica simboliza o sangue de Cristo (hic est enim sanguinis meus) e na iniciação ao 14º grau da maçonaria escocesa é compartilhado por todos de um só copo, como prova de igualdade e união. Para manter as igrejas e suas próprias mesas abastecidas, os monges medievais tornaram-se exímios vitivinicultores. A eles devemos algumas descobertas e invenções que, aperfeiçoadas pela tecnologia atual, são responsáveis pelos melhores vinhos que hoje saboreamos. Claro está que o homem da Idade Moderna não consome vinho por motivos religiosos, mas por aqueles que uma velha máxima, pelos fiéis de Baco batizada como “AS CINCO RAZÕES PARA BEBER”, assim define: 1ª - Em razão do próprio vinho. 2ª - Para homenagear um amigo. 3ª - Para aplacar a sede presente. 4ª - Para prevenir a sede futura. 5ª - Por qualquer outra razão, ainda que não identificada. O conteúdo dessas sábias definições, ao mesmo tempo sérias e jocosas, explica com perfeição por que se bebe vinho. A primeira razão contém a noção do prazer de degustar uma taça, descobrir e apreciar as qualidades da bebida: a cor, o brilho, os aromas, buquês e sabores, que se abrem e se modificam aos poucos, a intensidade alcoólica, a acidez, a maciez ou agressividade dos taninos, a persistência do gosto na boca, enfim, todos aqueles detalhes que levam à avaliação do produto, tanto para incluí-lo quanto para excluí-lo de nossa lista de preferências. A segunda razão é a mais nobre de todas, pois a melhor homenagem que podemos prestar a um amigo é abrir-lhe uma boa garrafa – não necessariamente cara – e com ele compartilhar momentos de conversa alegre e descontraída. Discutir trabalho e negócios sorvendo qualquer bebida alcoólica, além de chato, é temerário. Os convivas acabam encrencando por ninharias profissionais ou um deles de-

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Edson Ubaldo*

pois se arrependerá do péssimo negócio que fechou. E se a bebida for vinho, esta regra deverá ser levada ao pé da letra, sob pena de todos perderem o prazer maior do encontro, que é o próprio vinho, além da companhia dos amigos. As razões 3ª e 4ª são meras brincadeiras, embora encerrem uma verdade química incontestável: mais de 80% de cada garrafa de vinho é composto de água proveniente da própria uva. Indicam, ainda, que os apreciadores mais requintados não ingerem água senão depois de esgotada a última gota da taça final. A 5ª razão é a mais perfeita e completa da lista, pois um bom vinho não requer motivo algum para ser bebido, bastando o simples desejo de quem dispõe da garrafa, do sacarrolhas e do copo. E de uma excelente companhia, de preferência. É certo, entretanto, haver circunstâncias e ocasiões que direcionam o tipo e a classe do vinho a ser consumido. Há os mais apropriados para festas e comemorações - os espumantes, é claro, cujas origens e qualidades dependerão do tamanho do bolso do anfitrião. Outros descem melhor em determinadas horas ou com determinados pratos. Num fim de tarde de verão, à beira da praia ou da piscina, um rosé ou branco leve é a pedida ideal. Já com as refeições, embora as regras não devam ser demasiado rígidas, pois acima delas está o gosto de cada um, convém buscar-se a chamada harmonização, hoje tema da moda nos cursinhos de culinária e enologia que proliferam por aí. Para não invadir a seara alheia, limito-me a dois exemplos de suma desarmonia: ostras cruas com tintos encorpados e churrasco de carne bovina com um delicado sauvignon blanc. A afirmação de que os brancos são para peixes e os tintos para carnes não pode ser tomada como norma absoluta. Bacalhau, tainha, anchova, defumados e outros alimentos de sabor acentuado pedem um tinto leve ou médio. Ave, coelho, leitão e cordeiro mamão, com condimentos e molhos leves, vão bem com brancos de boa estrutura, como os Chardonnay da Bourgogne. A regra de ouro é que o vinho não pode “matar” o prato, nem este àquele. A verdade é que para cada tipo de alimento sempre haverá um vinho apropriado, o que não acontece com nenhuma outra bebida alcoólica. Enfim, o que conta é o prazer das experiências, descobertas e surpresas que o vinho pode nos proporcionar. Diante de um motivo especial, escolheremos a garrafa em função dele. À míngua de qualquer razão ou motivo, a escolha será feita conforme a inspiração do momento, mas sempre obedecendo aos “pressupostos de desenvolvimento válido e regular do processo”: estômago forrado e moderação. P.S. Este modesto artigo pode ser uma boa razão para o leitor amigo abrir uma garrafa. Saúde! * Desembargador do TJSC Autor de “Vinho Um Presente dos Deuses”

Foto: Divulgação

Por que e quando beber vinho?


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Velocidade O

Maserati GranCabrio, primeiro conversível com quatro lugares produzido pela fábrica italiana, chega ao Brasil. O veículo segue os mais puros conceitos da marca: do inconfundível estilo Pininfarina ao confortável espaço interno; de cada detalhe artesanal, ao prazer de dirigir com alta performance. É um carro dos sonhos desenhado e construído para homens e mulheres que sabem aproveitar a vida de maneira sofisticada. O veículo completa a linha de produtos Maserati no Brasil. Agora são três diferentes famílias: Quattroporte, GranTurismo e GranCabrio. A nova Maserati dá continuidade aos tradicionais e requintados conversíveis da marca, iniciado em 1950 com A6G Frua Spyder, seguido por uma vasta gama de modelos marcantes ao longo da sua história. O carro possui quatro confortáveis lugares onde os passageiros dos bancos traseiros não são meros coadjuvantes, mas também protagonistas do passeio. Debaixo do capô está o mesmo propulsor do GranTursimo S, um V8 de 4.7 litros que gera apenas 451 cavalos de potência. Com este propulsor, o novo conversível italiano é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 4,9 segundos. E mais, consegue alcançar velocidade máxima de 295 km/h. O GranCabrio é produzido em monocoque em aço de alta resistência e estrutura construída em chapa galvanizada, cabriolet de duas portas, quatro lugares, motor no centro e à frente (entre os dois eixos) e tração traseira. Na contramão da tendência de teto retrátil dos recentes esportivos conversíveis de luxo, o Maseratti GranCabrio é equipado com a capota de canvas, seguindo a tradição Maserati. O preço ainda não foi divulgado.

Maserati GranCabrio

Fotos: Divulgação

Carro dos sonhos

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Especial

O Brasil do meu amor... Terra de Nosso Senhor Fotos: Divulgação

Por Carla Nogueira

Roberto Shinyashiki: O Brasil se difine em “Mudanças” Para o médico-psiquiatra com pós-graduação em Gestão de Negócios (MBA-USP), doutor em Administração de Empresas pela USP, palestrante e escritor Roberto Shinyashiki, o povo brasileiro se diferencia dos demais pela capacidade de receber as diferenças e, principalmente, pela vontade de viver a vida. “Adoro ser brasileiro, e uma de nossas qualidades é que temos a autoestima muito alta”, complementa. Qual palavra, para Roberto, define o Brasil, atualmente? “Mudanças”, responde com precisão.

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Foto: Fabiano Accorsi

O Brasil é pura Ordem e Progresso quando o assunto é alegria, entusiasmo, gingado de criança, energia contagiante, raça entre as raças, energia.... O Brasil do Progresso. O Brasil da Pátria Amada, o país do multiculturalismo, se faz, cada vez mais, uma única identidade: a do povo que acredita no país que vive. A do povo que luta pela igualdade social. A do povo que faz uma Saúde Melhor. A do povo que inspira outros a sempre... acreditar. A revista Estação Aeroporto conversou com várias personalidades brasileiras que, além de fazer sucesso em suas profissões, estão de mãos dadas na promoção de um país mais justo, mais solidário... De uma pátria mais amada!


A médica e proprietária da Clínica Santé, Ana Helena Patrus de Sousa:

A cirurgiã-plástica das grandes personalidades de todo o país, que atua na área há cerca de 25 anos, Ana Helena Teixeira Patrus de Sousa, proprietária da Clínica Santé de São Paulo, afirma de forma positiva que a Saúde, uma das áreas que mais precisa de atenção no Brasil, está em desenvolvimento. “A Saúde no país está em franca difusão nas diversas camadas sociais, visto que a tecnologia está se espalhando cada vez mais e dando acesso à população em geral. Atualmente esse acesso é permitido tanto na Rede Pública quanto nos diferentes convênios”. Se fosse presidente por um dia, Ana traria mais condições de sobrevivência à Melhor Idade. “Incentivaria ao máximo a Medicina Preventiva, que atualmente está embrionária, mas crescendo. Desta maneira, traria um grande alívio aos governos no futuro. A Saúde Pública custa para o governo (e principalmente aos aposentados) uma verdadeira fábula. É um pesadelo a longo prazo. Sobre as eleições 2010, Ana acredita na sabedoria do povo brasileiro: “Espero que façamos a melhor escolha, e que este governante que escolhermos faça a melhor gestão que já tivemos. Impulsionando então a nossa economia e nos colocando definitivamente no cenário mundial”. Questionada se mudaria de país por algum motivo, Ana é enfática: “Nunca! Esta terra e seu povo são a minha fonte de inspiração para me autosuperar e doar sempre o melhor de mim”. E o que significa fazer sucesso no Brasil?, pergunto. “Significa relembrar cada sorriso, cada sonho e luta que construíram meu caminho. Sou brasileira, com muito orgulho”, concluiu.

Fotos: Divulgação

Fotos: Divulgação

“Fazer sucesso no Brasil é o mesmo que relembrar toda a luta, sorriso que fiz para construir meu caminho.”

Claudia Bonfiglioli, presidente da Casa Hope: “espero que o Brasil seja cada vez mais bom de se Viver´´ Viver em prol do bem maior. Da doação voluntária ao próximo. Este é o exemplo da brasileira, fundadora e presidente da Casa Hope, Claudia Bonfiglioli. Com sua vida dedicada à instituição, entidade 100% filantrópica e que oferece apoio biopsicossocial e educacional a pacientes com câncer e seus acompanhantes provenientes de todo o país, Claudia é referência da nossa solidariedade. “Procuro sempre, quando estou em reunião para capacitar recursos financeiros à Casa Hope, mostrar que o essencial é ter a ação social sustentável. Responsabilidade social, tanto falada, não é apenas doação financeira e não se comprometer com a causa. É abraçar a causa social e se envolver nos objetivos, para assim criarmos a verdadeira cultura do social e termos multiplicadores de ações”. Claudia acompanha passo a passo todo o crescimento da Casa Hope, bem como a capacitação de recursos, e principalmente faz questão de estar próxima aos hóspedes que permanecem na instituição durante o tratamento. “Aprendi que a solidariedade só existe quando tem o Amor ao Próximo. De forma total, sem restrições e absoluta. Isto me faz uma brasileira me-

lhor e feliz”. O que espera do país? “Tenho orgulho de ser brasileira. De fazer um trabalho neste país, mas espero cada vez mais que nosso Brasil não seja um país de primeiro mundo economicamente falando, mas principalmente que seja bom para se viver e construir. E isto se dá por diversos fatores: por meio do amor ao próximo, da distribuição de renda justa e digna e do investimento em educação e saúde”, concluiu.

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Perfil Razão e sensibilidade

Por Carla Nogueira

Administrar é ter sensibilidade.” A afirmação é de Newton Quadros, executivo na área de Saúde, o precursor do modelo de Day Hospitals no Brasil. Obstinado pelo que faz, ele afirma que deseja aposentar trabalhando. Tem fé na vida, no seu trabalho e, principalmente, na sua sensibilidade aguçada para acreditar sempre, em empreender. Diz com precisão: “administrar é ter sensibilidade”. Sensibilidade esta que colaborou para Newton Quadros ser o precursor em implementar no Brasil um novo modelo de unidades cirúrgicas, o Day Hospitals. Conceito muito utilizado nos EUA, onde hoje cerca de 70% dos procedimentos cirúrgicos e diagnósticos são realizados dentro dessas unidades. No Brasil, o Day Hospitals está em franca evolução, graças à ousadia do executivo e à potencialidade do conceito que ajudou a implantar. O modelo, que quebrou paradigmas do sistema de atendimento à Saúde no Brasil, é sustentado pela evolução das técnicas de procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos e os avanços das medicações e técnicas anestésicas, o que proporciona menor custo, diminuição do risco de infecção e uma internação de curta permanência do paciente no hospital. Atualmente, segundo Quadros, o país conta com cerca de oito instituições de saúde que utilizam adequadamente esse modelo, sendo que em quatro ele participou da implementação ou está na equipe da diretoria executiva. Entre elas, Baía Sul Hospital Dia, em Florianópolis (SC). “Inauguramos o hospital há cinco anos e até hoje não registramos nenhum óbito. Já tivemos cerca de 35 mil atendimentos com taxas de infecção muito baixas, média de 0,2%, o que mostra a funcionalidade e o êxito do Day Hospitals”, afirma o executivo. O gingado que dá certo. Brasileiro, natural de Salvador (BA) e com 22 anos na área de Gestão em Saúde. Newton Quadros esbanje energia. Difícil é saber se é apenas uma característica peculiar de sua origem. Bahia, terra de todos os santos. Da alegria. Do entusiasmo. Do Viver em abundância e com toda sua intensidade. A lição para o sucesso, segundo Newton, é

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simples: estar na hora e no momento certos, e o mais importante, é ter inteligência para aproveitar a oportunidade e gerar resultados. Foi dessa maneira muito sábia que ele avançou em sua carreira. Ainda trabalhando em Salvador, na Odebrecht, foi convidado, em 1987, para auxiliar no projeto na área hospitalar da Fundação José Silveira, instituição de saúde que é uma referência nacional. Teve assim seu primeiro contato direto na Gestão em Saúde. Com 10 anos de carreira na área de médico-hospitalar, em 1997 o executivo abre sua própria empresa de Gestão em Saúde, e finda o grande marco de sua trajetória. Nessa época, um amigo, Rafael Amoedo, trouxe dos EUA um folder sobre Day Hospitals. Ao conhecê-lo, Newton teve a grande sacada de acreditar no modelo e implementá-lo. “Não sei se foi sorte. Sou ambicioso profissionalmente, busco a evolução contínua e acredito muito na inovação. Aproveitamos muito bem a oportunidade que foi apresentada.” Newton também está à frente do comando de sua empresa especializada na Gestão em Saúde, que agora inaugura uma nova fase: expandir sua experiência do Day Hospitals no Brasil para outros países. Há projetos hoje em Porto Alegre, Ribeirão Preto e também em Luanda, Angola (África). “A África é um continente de muitas oportunidades”, complementa. Em Florianópolis ele também está participando da implantação do Hospital Baía Sul, este com atuação na área de Medicina Crítica, com inauguração marcada para outubro próximo. O executivo procura, quando pode, aproveitar bem sua vida familiar e pessoal, mas confessa: “Esse lado fica sacrificado. Mas, quando estou ao lado da minha família, busco aproveitar ao máximo todos os momentos. O segredo é ter qualidade de convivência nesses momentos”, enfatiza. Se ele pensa em parar? De jeito nenhum. E ressalta: “A morte pra mim é parar de evoluir. E minha evolução só consigo quando estou trabalhando, pensando, conhecendo pessoas, acreditando no valor de cada uma e tendo a consciência que de alguma maneira estou contribuindo com algo ou com alguém”.


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Tendência Neon

Verão à la carte

Por Ana Marta Moreira Flores

O

menu da moda está cada vez mais recheado de tendências revisitadas e versões de temas já usados. Pensando nisso, a Revista Estação Aeroporto elaborou para você um cardápio de apostas das passarelas que seguem até o próximo verão. A moda praia feminina vem como prato principal bem ao lado das tendências masculinas. Devore todos os detalhes e peça a sugestão do chef!

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Amapô

Do Estilista

Do Estilista

Assim como a entrada em uma refeição, os acessórios dão o toque pessoal a qualquer look. As apostas das semanas de moda nacionais e internacionais passeiam em tendências que se dirigem cada vez mais à personalização. As bolsas da Amapô refletem a cultura do maracatu, os colares da marca Do Estilista, feitos pelo joalheiro dThales, dão o toque original a qualquer produção básica. A regra é clara: escolha apenas um it acessório - ultra exclusivo - e arrase todos os dias.

Do Estilista

Entrée > Acessórios


Plat Principal > Moda praia

Adriana Degreas

Água de Côco Adriana Degreas

Cia. Marítima

Água de Côco

Adriana Degreas

A moda praia há algum tempo deixou de ser apenas biquíni e saída de banho. A beachwear brasileira atinge um status cada vez mais primoroso e detalhista, com ares de alta costura e um flerte explícito com as pool parties. Nas praias gringas, as coleções resort 2011 trazem modelos comportados de maiôs em composições de looks mais para passear à beira-mar do que para mergulhar. Por aqui, grifes como Adriana Degreas, Água de Côco, Movimento e Cia Marítima representam uma das melhores moda de praia do mundo. Nada mais justo para um país que tem mais de 9.000 km de litoral. Grafismos, recortes e um mix maiô/biquíni além de detalhes em couro dão bossa e reinventam em minúsculos modelitos uma moda para o litoral e piscina.

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Plat Principal > Moda Masculina

Tudo Azul

Xeque-mate

Do Estilista

Versace

Osklen Thom Browne

Dries Van Noten

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Roberto Cavalli

Dunhill

Salvatore Ferragamo

Dsquared²

Há tempos que tons de cor-de-rosa invadiram o guarda-roupa masculino sem nenhum problema. Mas, para o verão 2011, todas as variações de azul aparecem nas passarelas masculinas nacionais e internacionais. A unanimidade dos tons de azul aparece desde o tom bebê, em looks totalmente monocromáticos, até os tons mais fortes, em peças únicas de destaque nas produções.

Os grafismos e o xadrez permanecem com força total para o próximo verão. Eles vem nas mais diferentes padronagens e marcaram as apostas das passarelas nacionais e internacionais. Versões literais e um pouco exageradas, como nas passarelas da Thom Browne e Versace podem ficar caricatas no dia a dia. Então, a dica de bom senso é sempre optar por apenas uma das peças com a estampa.


Sobremesa > Tendencinhas

João Pimenta

Comme des Garçons

Paul Smith

Moschino

Blazers, casacos e calças muito bem cortadas nunca saem de moda. A tendência-base no closet deles surge em cores atrevidas. A modelagem mais justa ao corpo, como na passarela da Prada, promete ganhar o mundo corporativo e as ruas. As calças vem com as bainhas mais curtas e as canelas e meias ficam à mostra. No trabalho, você pode apostar primeiro em blazers mais sequinhos e aos poucos começar a usar as calças mais justas e curtas.

Salvatore Ferragamo

Alfaiate para eles

Tons de Sorbet

Cia. Marítima

Cia Marítima

Adriana Degreas

Espaço Fashion

A cartela suave e de tons de sorbet volta para o verão 2011. Isso não quer dizer que os tons vibrantes fiquem de fora, mas a vez é mesmo de tons violáceos, de nude e aquarelados. Nas passarelas brasileiras da Animale, Espaço Fashion, João Pimenta, Cia Marítima e Adriana Degreas os tons clarinhos comandam. Para acompanhar, os tecidos leves e com transparências dão movimento com vibe romântica.

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Moda

Baby Blue Adocicado, leve e extremamente feminino. Mesmo sendo considerado a cor dos meninos, o baby blue e todas as suas nuances promete invadir as vitrines do verão 2011. A inspiração vem da água, como já previa a pesquisadora de tendências Li Edelkoort, presidente da TrendUnion. O mergulho pode ser denso e profundo ou em águas rasas, límpidas e calmas. Daí tiramos o nosso preferido nesse editorial. O azul delicado e tranquilo que toma conta do jeans, das roupas em rendas, tecidos naturais e até dos acessórios. Além das calças, looks inteiros em jeans são uma das novidades da estação. Saias, coletes, camisas e shorts boyfriend ganham uma proposta romântica, com babados e lavagens amaciadas. Para compor os looks, apostamos em muita renda de algodão, laise e estampas florais em estilo liberty. Nos acessórios, o reinado é da pedra turquesa e das águas marinhas. Uma dica é fazer sobreposição de colares, mesclando com muitas pérolas. Para as mais ousadas, nossa make-up artist, Fabiane Arcoverde, sugere pintar os lábios de azul. Depois do sucesso do esmalte, a grife Chanel lança um batom na cor, que promete virar mais uma mania mundial. Atualize seu verão com pinceladas de azul, uma cor que sugere calma, tranquilidade e muito frescor. 66

Por Samira Campos e Yasmine Fiorini

Karol Buss veste vestido de renda: Officiel; vestido de renda com jeans: Officiel; cinto: acervo; bata de renda: Beloni by Tida; saia jeans: Someday; colete jeans: Pink Lou; colares de pérolas: Fabiana Silva; anéis de turquesa: Cheia de Graça; anel de prata e água marinha: Letícia Portella.


Ficha Técnica:

Fotos: Marcela Keller e Fabi Oliveira / MAKBIX Fotografia Produção de moda: Carol Ramos e Lu Dalmas/ Produto Moda e Ana Luiza Trentini Produção executiva: Escritório Samira Campos Vídeo Comunicação Modelos: Karol Buss e Andréia Marcon / Ford Models Make e cabelo: Fabiana Arcoverde Locação: Antiquário Toque Antigo (48) 32247225 Lojas e grifes participantes: Makenji, OFF JEANS, TIDA, Le Lis Blanc, L’ETAGE, La Tigresse, Osklen, Animale, OFFICIEL, Someday, Pink Lou, Cheia de 67 Graça, Letícia Portella, Fabiana Silva, Raphaella Booz, Arezzo, OUTLET CLUB.


Karol Buss veste calça boyfriend: OFF JEANS; bata branca: Someday; colete de sarja branca: Pink Lou; colar pérolas com prasiolita: Letícia Portella; colar de água marinha: Letícia Portella; colar pérolas diversas: Fabiana Silva; colar bolas turquesa com pérolas: Cheia de Graça.

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Karol Buss veste calça boyfriend: OFF JEANS; bata branca: Someday; colete de sarja branca: Pink Lou; colar pérolas com praziolita: Letícia Portella; colar de água marinha: Letícia Portella; colar pérolas diversas: Fabiana Silva; colar bolas turquesa com pérolas: Cheia de Graça; sandália: Outlet Club.

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Karol Buss veste vestido pérola de renda: Official; vestido azul: La Tigresse by Tida; anéis e colar de turquesa: Cheia de Graça; colares de pérolas: Letícia Portella.


Karol Buss veste vestido renda L’ETAGE by TIDA; camisa renda azul: OFFICIEL; sandália de tiras: Arezzo; cinto de pérolas com prasiolita: Letícia Portella.

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Bule: Toque Antigo; vestido de renda: Officiel; vestido renda: Officiel; cinto: acervo; pulseiras de prata e turquesa: Cheia de Graรงa; pulseira de flor com correntes de prata: Fabiana Silva.

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Bule: Toque Antigo; chapéu panamá: acervo; vestido de renda: Officiel; vestido renda: Officiel; cinto: acervo; pulseiras de prata e turquesa: Cheia de Graça; pulseira de flor com correntes de prata: Fabiana Silva.

Matheus usa blazer Carmim para Authentic, calça Calvin Klein Jeans e tênis VR. João Pedro usa calça montaria Papirus para Petit-Pavé, bota acervo, camiseta Ronaldo Fraga Filhotes para Petit Pavé,e jaqueta Abercombrie para Mandy & co.

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Andréia Marcon veste vestido estampado Le Lis Blanc by TIDA; colete crepe de seda: OFFICIEL; bracelete preto com turquesa: Cheia de Graça; bracelete 74 floral: Fabiana Silva; anel turquesa: Cheia de Graça. estampa


AndrĂŠia Marcon veste camisa Floral: Makenji; camisa azul bebĂŞ com punho branco: Makenji; saia laise azul: Makenji; pulseiras: Fabiana Silva.

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Qualidade de vida

Saúde que vem do sono

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ormir bem é fundamental à saúde, e interfere muito no bem-estar da coluna. Dores nas costas afetam cerca de 80% da população, e constituem o principal motivo das consultas nos consultórios dos clínicos, reumatologistas e ortopedistas. As relações entre o exercício físico, a alimentação e o sono com a saúde têm sido muito desenvolvidas cientificamente nas últimas décadas. O que nos faz concluir que a importância de um bom colchão cresceu junto com a velocidade da informação. Podemos avaliar essa evolução a partir do aumento de nossa expectativa de vida, que há 50 anos era praticamente a metade do que é hoje. A medicina moderna vem nos garantindo quantidade de vida, mas e a qualidade de vida? Segundo estimativas, oito em cada dez pessoas apresentam dores na coluna vertebral. Além disso, mais de cem doenças estão relacionadas ao sono de baixa qualidade. No passado nos diziam: tem problemas de coluna, durma no chão (em superfície plana e dura)! As pessoas pensavam que bastava alinhar a coluna para evitar dores e melhorar a qualidade do sono. Para alcançar tal objetivo, abusava-se da utilização do termo “ortopédico”, para justificar a adição de materiais rígidos, como madeira e placas de outros materiais, na confecção de colchões. Atualmente podemos contar com matérias-primas mais

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Engº. Edison Gaubert*

nobres na confecção de colchões para conquistar o objetivo de alinhar a coluna. Mas o que mudou na prática é considerar a Ergonomia, uma superfície com índice de conforto maior para acomodar as curvaturas do corpo (ombro, quadril e cintura), sem abrir mão do alinhamento da coluna. O público moderno vem acompanhando o mercado atual e em média gasta mais tempo na procura do colchão ideal. Cabe salientar que muitas vezes o colchão ideal para o marido não é ideal para a esposa. O que acontece normalmente é que o mercado orienta a aquisição do colchão privilegiando a parte mais pesada, mantendo assim as garantias do produto. Só que a questão é muito mais séria do que isso. Como posso privilegiar o sono do mais pesado, enquanto sei que estou literalmente maltratando a parte mais leve, trazendo certamente tensões musculares, desalinhando a coluna, desequilibrando o sono e colaborando para que doenças oportunistas se utilizem desse desgaste físico? Lembrando que caminhamos a passos largos para desenvolver o colchão personalizado. Em casos extremos, podemos sim pensar em colchões separados, o que não significa necessariamente camas separadas. Sabemos que nos casos em que enfrentamos situações como o “ronco”, muitos escolhem por preservar a integridade física e dormem em quartos separados.


Como escolher o colchão Além da necessidade de escolha de matérias-primas de primeira linha na confecção dos colchões, devemos atentar para mais um vilão – a umidade proveniente do ambiente e principalmente do suor do usuário, que permitem o envelhecimento precoce das espumas e deformações que comprometem a qualidade do sono em um tempo excessivamente curto. Bons fabricantes de colchões utilizam matérias-primas de primeira linha, escolhendo seus fornecedores como parceiros. Para definir a densidade das espumas, deve-se considerar a utilização de uma combinação de fatores, como peso, altura, forma de dormir (postura) e tempo de utilização. Além disso, as molas devem ser especificadas quanto ao tipo, à espessura de arame e ao tratamento térmico adequados. Considerando ainda o risco de oxidação acelerada pela presença da umidade, existe hoje uma técnica de tratamento à base de lá-

Foto: Alice Studio

*Diretor da Vittale Colchões.

tex, que permite a ventilação, mas dificulta a absorção da umidade, tornando o colchão antialérgico e muito mais durável. Além disso, a utilização de uma superfície piramidal promove uma leve massagem durante o sono. Levando tudo isto em consideração, Gaubert, há 13 anos no ramo, acredita que o bom colchão proporciona uma postura adequada ao dormir, garantindo redução de tensões musculares, evitando processos inflamatórios por falta de oxigenação das regiões tensionadas, melhorando muito a qualidade do sono e, consequentemente, a saúde. Buscando ainda potencializar os efeitos desejados, são utilizadas pastilhas magnéticas e de infravermelho longo na fabricação dos colchões. Podemos acompanhar o uso milenar dos campos magnéticos para relaxamento muscular e melhora circulatória, utilizada por dezenas de países como ferramenta terapêutica a favor da medicina. Como é o caso da acupuntura, que faz uso das agulhas magnetizadas em seus tratamentos. Muitas aplicações práticas podem ser citadas como exemplos de utilização da magnetoterapia e do infravermelho longo. Utiliza-se, por exemplo, infravermelho longo no pós-cirúrgico das cirurgias plásticas, acelerando a cicatrização e reduzindo as marcas. Já os atletas utilizam os dois processos, para eliminar dores e processos inflamatórios. Também são utilizados na Nano Medicina – o físico Paulo Cesar Moraes e a bióloga Zulmira Lacava, ambos da UNB (Universidade de Brasília), utilizam em suas pesquisas, nano-imãs no combate de células cancerosas. Bem, parece razoável dizer que a medicina do presente e a medicina do futuro estão considerando a magneto terapia e o infravermelho longo como ferramentas importantes no uso da medicina. Com a utilização dessa tecnologia, são confeccionados colchões que associam qualidade do sono com o consequente incremento de saúde, resultando em um processo de causa e efeito ganhadores.

Serviço: Vittale Colchões www.vittalecolchoes.com.br (048) 3025.2754 - (048) 9982.9998

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Mais Estação

Aventura ao longo do Rio Amazonas

Por Rodrigo Brasil

Em vários trechos, o inglês caminhou com água na altura do peito, e em alguns locais teve mesmo de recorrer a um bote.

O

britânico Ed Stafford, 34 anos, tornou-se o primeiro homem a percorrer toda a extensão do rio Amazonas, da nascente à foz, a pé, após dois anos e meio de caminhada (com apenas curtos trechos feitos com um barquinho a remo). Sua jornada de 9,5 mil quilômetros começou no dia 2 de abril de 2008, no monte Mismi, no Peru, e terminou no dia 9 de agosto, na costa paraense. Um dos objetivos da aventura foi chamar a atenção da comunidade internacional para a Amazônia. “Todo mundo me disse que era impossível, e isso me fez querer provar que eles estão errados”, disse o ex-capitão do Exército britânico, que ajudou a missão da ONU no Afeganistão e aconselhou a BBC na produção de documentários sobre meio-ambiente. Em sua aventura, Ed teve que matar cobras, lidar com enguias elétricas, jacarés, formigas gigantes e escorpiões. Em alguns trechos, levou horas abrindo caminho entre a vegetação cortante. Contraiu leishmaniose, atravessou locais dominados por guerrilheiros, foi falsamente acusado de assassinato, ficou preso, enfrentou a hostilidade dos índios Ashaninka e atravessou regiões dominadas por guerrilheiros e madeireiros ilegais. Uma aventura digna de Indiana Jones. Ao todo, ele ouviu que iria morrer 104 vezes. A jornada pôde ser acompanhada pelo blog Walking the Amazon, que Ed atualizava por meio de um latpop. “Levan-

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tar todo dia e vestir roupas molhadas é difícil. O desafio, tanto mental quanto físico, é o mais cansativo. Sou muito humilde em relação a quanto tive de contar com outras pessoas. Beneficiei-me imensamente da generosidade daqueles que encontrei no caminho.” Durante boa parte do trajeto, ele contou com a ajuda do peruano Gadial Sanchez Rivera, conhecido como Cho, 28 anos. Os dois se conheceram quando o britânico já estava há cinco meses caminhando. “Comecei a caminhar com Ed no começo porque senti uma responsabilidade de tentar ajudar esse louco em uma área muito perigosa, com traficantes e tribos hostis”, afirmou Cho. “À medida que o tempo passava, comecei a gostar da vida simples e nos tornamos bons amigos.” A façanha assegurou ao inglês fama mundial. Afinal, num mundo quase totalmente explorado, caminhar ao longo do Amazonas era um dos poucos desafios que ainda não tinham sido superados. Desde o conquistador Lope de Aguirre até o explorador Percy Fawcett, em 1920, a região vem atraindo aventureiros. O rio já tinha sido cruzado várias vezes por expedições de caiaque, e um esloveno chamado Martin Strel chegou a nadar ao longo de grande parte de sua extensão, mas ninguém até então tinha conseguido o feito a pé. Verdade que ele teve que recorrer a um bote em alguns trechos (inclusive uma revista come-


teu a heresia de estampar na capa uma foto sua remando no barco), mas ainda assim foi uma grande conquista. Um amigo, chamado Luke Collyer, organizou e iniciou a expedição junto com Stafford. Porém, quando chegou ao Peru, Collyer estava fora de forma, não falava uma palavra de espanhol e tinha ficado noivo algumas semanas antes. Assim, no caminho ele se sentiu esgotado, os dois se desentenderam, e Collyer decidiu abandonar a jornada. Stafford continuou sozinho, caminhando com uma sucessão de guias locais. Até que em agosto de 2008 ele encontrou Cho na cidade de Satipo, no Peru. Cho tinha trabalhado por algum tempo como um guarda florestal, e na ocasião penetrou fundo na floresta para achar espécies das árvores de madeira mais cobiçadas: mogno, cedro, tornillo. Inicialmente, ele concordou em caminhar com Stafford por cinco dias. Os dois não se deram muito bem a princípio, mas Cho aos poucos ficou mais entusiasmado com a aventura e se mostrou uma companhia incansável e leal, de modo que Stafford o contratou para que seguisse até o fim da expedição. Mapas topográficos e um GPS permitiram ao inglês encontrar sua rota, procurando seguir por locais mais altos, de modo a evitar áreas alagadas e facilitar o deslocamento. Em alguns trechos, eles caminharam com água na altura da linha da cintura, e mesmo na altura do pescoço. “Uma das coisas sobre caminhar às margens do Amazonas é que você não vê o rio muito frequentemente”, comenta. Quando começou a jornada, ele pensou que teria que caçar e pescar com muito mais frequência para sobreviver na selva. Para sua surpresa, teve que lidar muito com as pessoas. “Nós nos deparamos com vilarejos com frequência suficiente para nos reabastecermos, ou pagávamos alguém para cozinhar para nós”, relata. O intercâmbio cultural com a população da Amazônia foi parte integral da expedição. “Pensei que envolveria muito mais homem contra natureza”, afirma. “Fiquei surpreso com o quanto tive de depender de outras pessoas”. A intenção do inglês agora é escrever um livro contando sobre a expedição – ele pretende tornar-se um autor de livros sobre aventuras. O livro deve ser lançado no outono de 2011. Sir Ranulph Fiennes, considerado o maior explorador do mundo, elogiou a conquista: “O feito de Stafford em caminhar do Pacífico sobre os Andes e ao longo de toda a extensão do Amazonas até o Atlântico é realmente extraordinário. Nunca ninguém tinha feito isso anteriormente, e os estudiosos consideravam a rota impossível. Se a distância não fosse desafio suficiente, a floresta densa, as mordidas de insetos, cobras, o lamaçal, a natureza selvagem e a incerteza do que havia pela frente poderia ter intimidado e detido o explorador mais determinado.”

Stafford manteve contato constante com a população local.

Em vários trechos, o inglês testemunhou o desmatamento ilegal.

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Empreendedorismo

A construção de um bairro-cidade sustentável Fotos: Methafora Design

Por Sergio Luiz dos Santos Vieira* Espírito Santo Property Brasil, Diretor

Maquete do centro de bairro aplicada sobre foto aérea de Pedra Branca.

U

m dia conhecemos a Pedra Branca. E nos apaixonamos pela idéia de participar e ajudar a construir o Núcleo Urbano mais bem planejado e mais bem organizado do Brasil. Mas não fomos só nós: até a fundação de Bill Clinton se encantou com a Pedra Branca. Conceitos e Realidade Consolidada Finalmente um projeto e o contexto de uma realidade já consolidada – a Cidade Universitária Pedra Branca, na Grande Florianópolis, com seu ambiente bucólico, suas ótimas casas, universidade, escolas, complexos esportivos, setores empresariais e infraestrutura comercial – para nela desenvolver um Bairro-Cidade segundo os mais avançados conceitos e princípios do Novo Urbanismo e da Sustentabilidade. Uma grande oportunidade de contribuir para uma modelagem que, em contraposição ao usual caos urbano, pudesse proporcionar qualidade de vida superior a seus moradores e a todos os seus demais usuários.

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Parceiros de Respeito Nossa empresa, a Espírito Santo Property Brasil – ESPB, é o braço imobiliário brasileiro do Grupo Espírito Santo, um dos mais importantes de Portugal, em sociedade com o empresário Oscar Americano, de São Paulo. O GES tem presença internacional – banco e demais serviços financeiros, construção pesada e imobiliária, mineração, agronegócio, concessões de serviços públicos, etc., na Europa, Estados Unidos, África e América Latina. O portfólio de realizações imobiliárias da ESPB e seus sócios compreendem realizações de grande qualidade, como a Quinta da Baroneza, o mais importante empreendimento de campo do Brasil, em área de 10 milhões de metros quadrados, a 90 km de São Paulo, ou o complexo com mais de 380 mil m² construídos no Alto de Pinheiros, em São Paulo, com o Shopping Villa-Lobos, escritórios corporativos e 21 edifícios de apartamentos de alto nível, além de outros empreendimentos emblemáticos em Portugal, Estados Unidos e África.


Fotos: Methafora Design

Calcadas largas e infraestrutura subterrânea marcam urbanismo sustentável.

Ao identificar critérios, princípios e objetivos similares aos nossos, nos associamos à Família Ramos Gomes, de tradicionais empresários catarinenses, originadores da Pedra Branca, para realizar este novo núcleo, denominado Pedra Branca Urbanismo Sustentável, com apartamentos, escritórios, lojas e demais equipamentos urbanos. Com isso estamos agregando as respectivas credibilidades, expertises e experiências nacionais e internacionais na realização e gestão de empreendimentos diferenciados, além dos capitais a serem investidos na infraestrutura e na construção dos edifícios. Investimento de longo prazo Quando totalmente concluída, Pedra Branca será um Bairro-Cidade que abrigará uma população com cerca de 30 mil habitantes, grande parte trabalhando e morando no próprio local, Provavelmente se constitui no maior empreendimento planejado e sustentável de base residencial do Brasil. Além da escala, muito nos impressionou o cuidado com que tinham sido estabelecidos as bases e conceitos do empreendimento. Foi prazeroso e estimulante nos incorporarmos ao time de altíssimo nível que vinha desenvolvendo os projetos. Eminentes urbanistas, arquitetos, engenheiros, advogados e especialistas em mercado imobiliário, pesquisa e outras modalidades, todos irmanados na busca do projeto ideal no presente e que perdure no tempo. A Pedra Branca já é famosa na academia e nos fóruns especializados nacionais e internacionais. Inúmeros convites e apresentações em universidades e congressos, inúmeras premiações, entre elas as conferidas na 2008 FT ULI Sustainable Cities, promovida pelo Financial Times e Urban Land Institute, e a da XI Bienal de Arquitetura de Buenos Aires. Em especial, a Pedra Branca foi reconhecida e selecionada, junto com apenas outros 16 empreendimentos de todo o mundo, para fazer parte do Programa de Desenvolvimento do Clima Positivo, lançado pelo ex-presidente Bill Clinton para apoiar projetos urbanos de larga escala que demonstrem que as cidades podem crescer de forma positiva para o clima. A Pedra Branca é o único destes empreendimentos na América do Sul.

Abaixo: Caminhos agradáveis contornam todo o lago Pedra Branca.

Pedra Branca. Sonhos e Benefícios Reais. Quem vai querer? Muitas pessoas já estão dirigindo seu consumo e seus investimentos para produtos afinados com as questões ambientais. Mas é preciso que, junto com esses aspectos mais de consciência, digamos, tais produtos ofereçam benefícios econômicos e funcionais concretos, no curto, no médio e no longo prazo. Um projeto sustentável, deve ser economicamente sustentável. Para que isto aconteça, a concepção da Pedra Branca envolveu desde o planejamento físico de suas caracterís-

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Fotos: Methafora Design

Vista do ático do edifício Carrara, com piscina, fitness e áreas de lazer.

ticas, como o desenho de suas ruas, a implantação e altura dos edifícios, o desenho das janelas, os materiais de construção e o revestimento das fachadas, entre outras, até questões relativas ao estilo de vida e aos procedimentos operacionais dos condomínios e do bairro como um todo. Tudo para que, viver na Pedra Branca, seja mais confortável, mais gostoso, mais funcional, mais econômico e que assegure, permanentemente, liquidez e potencial de valorização ao investimento das pessoas. Como para nós, que já somos Pedra Branca, creio que Ser Pedra Branca vai ser um grande prazer e um ótimo negócio para você também.

Praças, locais para caminhadas e descanso permeiam todo o bairro.

Mais informações: www.cidadepedrabranca.com.br

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Estação Final by Narriman Chede

Festa de comemoração dos 20 anos de colunismo de Juliana Wosgraus Fotos by Fabrícia Pinho.

O jovem casal Fernando e Simara D’ Vicenzi.

Amauri e Lourdinha Silva.

Alisson Barcelos, Bebeto Silveira e Carminha Damiani.

João Amin.

Regina e Rodrigo Deça Neves.

Bia e Flavio Haddad.

Evelyn e Larissa de Vasconcelos.

Equipe Flavio Mello, Adriana Piazza,Lucia Prazeres, Juliana Wosgraus, Magali Schneider e Jamil Nicolau.

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Samira Campos e Ancelmo Prada.

Mario e Regina Irie.

Erick Lovey e Leila Scheer.

Dea Bornhausen, Ana Paula Silva e Tida Zanatta.


Ana Paula Paneagua, Lima Junior, Eduardo Souza e Joana Martins

Anderson Carvalho e Andréia Marcon recepcionam a amiga Liane Bader

Claudia e Gilberto Waltrick e o filho Vicenzo

Angelita Serussi e Kelle Ribeiro

Daiane Reis e Rodrigo Kost

Cirlene Paoli e Ana Marta Paoli

Gelson Lima, Carlos Humberto Silva e Valdemar Correa

Gustavo e Fernanda Rigo e o pequeno Lucas

Helena Rosa, Fernando Fernandez e Carmen Mertens

Wilson Basso e Andréia Marcon

Luana Flava e Márcio Moreal

Boutique House Criare inaugural em Balneário Camboriú

Os empresários Andréia Marcon e Anderson Carvalho inauguram na quarta-feira (1/9) a Boutique House Exclusiva Criare. A dupla está trazendo para a cidade um novo conceito de móveis planejados, unindo quaBy Emerson Touche lidade de produto à charme e requinte, com funcionalidade, bom gosto e estilo. Serão 24 ambientes com as inúmeras possibilidades e os mais variados estilos, materiais, cores e acabamentos, nos mais de 500 m2 da Boutique House. O novo espaço terá café e cozinha gourmet para eventos e reuniões. Tudo para oferecer um lugar que reúne elegância, criatividade e glamour. A Boutique House também terá uma linha de aromatizadores de ambientes, desenvolvida especialmente para a loja. Os convidados receberão uma mostra da fragrância para gravar na memória as sensações do novo espaço. Criare no Brasil Com mais de 180 lojas exclusivas em todo o Brasil, a Criare é uma das marcas de móveis planejados que mais cresceu nos últimos anos, e com uma meta arrojada de ocupar cada vez mais cidades no Brasil. A Criare faz parte do Grupo Carraro, uma corporação com quase meio século de tradição na fabricação de móveis, que exporta para mais de 30 países e emprega mais de 600 funcionários. Possui um parque fabril de 131.000 metros quadrados, sendo 51.000 metros quadrados de área construída, com certificação ISO 9001 em todas as suas três unidades fabris. Cada peça que sai da Criare é produzida com matérias-primas ecologicamente corretas e com processos rigorosos de qualidade.Com o apoio e o conhecimento de um grupo de profissionais treinados. E comprometidos em fazer o melhor: DAR LIBERDADE DE ESCOLHA AO CONSUMIDOR. A Criare conta com um portfólio de padrões e modulações completamente integrados: as mesmas cores, modulações e acabamentos podem ser usados em qualquer ambiente. Isso significa muito mais possibilidades e perspectivas para qualquer projeto.

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Estação Final by Narriman Chede Festa de inauguração da nova loja da Solosedie Fotos by Fabrícia Pinho.

Carlos Machado.

Ronaldo Daux e Maria Cristina.

Ana Tibaut e Mara.

Nelson Andrino.

Linda Rocha Roberta Pereira.

Roberto Rita e Milton Bordin.

Rose e Carlos Souza.

Ruy e Melissa Carravetta.

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Ex BBB Milena Fagundes. Alice Maciel.

DJ Daniel Kuhen, assessor artistico da Confraria.

Sandra Hakenhartt.

Fotos by Marcelo Schmoeller.

Leandro Machado, jogador.

O ator, Lui Mendes .

Reinauguração do Confraria

Rodrigo Paciornik e esposa Soraia.

Laine Valgas.

Louge Confraria Club.

Rico Grunfeld e Heaven Delhaye.

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Crônica

Histórias de Campanha Raul Caldas Filho

E

nfrentamos mais uma vez uma campanha eleitoral. Melhor assim do que no regime ditatorial-militar, quando as sucessões eram decididas nos quartéis e nos gabinetes dos políticos amestrados. Mas, apesar de todos os recursos tecnológicos de hoje, “nunca antes neste país” ocorreu uma campanha tão monótona e soporífera. Pois, controlada por uma legislação enrolada e sisuda, proíbe até que os candidatos sejam satirizados em programas de humor. Mas aceita a absurda propaganda eleitoral gratuita (que de gratuita não tem nada), um verdadeiro festival de asneiras, mentiras, bazófias e faces ridículas, invadindo, sem pedir licença, as rádios e os televisores nossos de cada dia. Já os debates, cheios de regrinhas bestas, cronometragem rígida e blocos daqui e dali (sob o aval dos marqueteiros, para não prejudicar os seus “produtos”), apresentam-se mais enfaixados do que múmia. Em vista disso, convido os leitores a dar um passeio por uma época em que as campanhas eram mais espontâneas e bem mais divertidas. 1

Celso Ramos é considerado o melhor governador de Santa Catarina nos últimos cinquenta anos. Mas, ao contrário do seu irmão, Nereu, ele nunca se distinguiu pelo vigor oratório. E tinha como hábito trocar o nome das pessoas. Na campanha para o governo, em 1960, Celso e sua entourage percorriam o meio-oeste catarinense. Agregado à comitiva, estava um dos líderes do PSD (Partido Social Democrático) da região, o descendente de italianos Fioravante Massolini. Mas, ao discursar nos comícios, Celso não era capaz de pronunciar certo o seu nome. -Aqui ao nosso lado – dizia ele – encontra-se o combativo companheiro Fiorante Massolini. Alguns assessores chegavam a adverti-lo: - Seu Celso. Não é Fiorante. É Fioravante. - Ah, sim – respondia. – Na próxima vez eu acerto. Mas na cidade seguinte a mesma coisa: - ... nosso prezado correligionário Fiorante... Até que chegaram à última etapa da viagem, Concórdia, cidade natal de Massolini, onde ele havia sido prefeito e ainda exercia incontestável liderança política. A programação seria encerrada com um banquete no principal clube local. Bastante apreensivos, os assessores foram mais uma vez falar com Celso: - Hoje o senhor não pode errar. Aqui é a cidade do homem. Lembre-se bem: Fioravante e não Fiorante. - Podem deixar – garantiu. – Hoje não me engano.

Transcorre o banquete e chega a hora dos discursos. Os assessores estão suando frio, como num filme de Hitchcock. Celso levanta-se e começa a saudar os presentes. Até que chega o momento crucial: - Presto também as minhas homenagens ao grande chefe político desta região... – fez uma pausa e disse com ênfase: - Fioravante... Os assessores suspiraram aliviados. Mas Celso arrematou: - Mussolini! 2 Em 1947, as eleições para governador de Santa Catarina, que eram disputadas por Aderbal Ramos da Silva e Irineu Bornhausen, estavam marcadas para o dia 17 de janeiro. Um orador, após ter “aperitivado” demais antes de um comício, fechou o seu discurso com a seguinte frase, dita com o maior entusiasmo possível: - No dia “Aderbal Ramos da Silva” haveremos de eleger o “17 de janeiro!” 3 Certo participante de uma caravana partidária, que percorria o interior catarinense em busca de votos numa campanha daqueles tempos, costumava proferir, em tom grandiloquente e ufanista, sempre o mesmo discurso, já devidamente decorado. O jornalista Rubens de Arruda Ramos, de tanto ouvir o palavrório do companheiro, acabou também decorando-o. Num comício em Lages, Rubens, antecipando-se ao outro orador, repetiu, frase por frase, a já manjada peça oratória. E o seu autor não teve outra saída naquele noite a não ser calar a boca. 4 Já nas eleições governamentais de 1965, o empolgado orador, enaltecendo as virtudes do candidato Ivo Silveira, apontou três motivos pelos quais os eleitores deveriam dar o seu voto: - O “I” da inteligência, o “V” da vitória e o “O” da honestidade. Raul Caldas Filho Jornalista, cronista e ficcionista. www.raulcaldasfilho.com.br contato@raulcaldasfilho.com.br

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A Carta, de Pero Vaz de Caminha

Foto: Divulgação

Carta a El Rei D. Manuel, Dominus, São Paulo, 1963.

“(...) Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas de costa. Traz ao longo do mar em algumas partes grandes barreiras, umas vermelhas, e outras brancas; e a terra de cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande; porque a estender olhos, não podíamos ver senão terra e arvoredos -- terra que nos parecia muito extensa. Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! (...)” 90



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