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E SPECIAL
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Diante dos desafios do setor de saúde, a TI torna-se aliada para uma gestão estratégica das instituições. Com a pouca informatização dos hospitais, o mercado brasileiro é visto como um celeiro de oportunidades. Confira as tendências nesta edição
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Junho 2010 - Número 176
Índice
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10 I .Com Confira o que foi destaque no portal Saúde Business Web
20 I Raio X Uma algo mais: O que os hospitais esperam da TI
24 I Panorama Usuário valioso: As tendências e desafios para realizar a gestão estratégica em saúde com base em informações do paciente
24
38 I Artigo O poder do relacionamento na obtenção de resultados eficazes
40 I Espaço Jurídico A lei, ora a lei...
43 I Saúde Business School Confira as dicas de nossos consultores sobre Gestão de TI
52 I De olho no fornecedor
60
Foco Nacional: Por que o mercado brasileiro tornou-se tão atraente para as empresas globais de TI e como isso impacta o cenário local
60 I Tecnologia Implantação em xeque: Os desafios na gestão de processos de implantação e pósimplantação dos sistemas de TI
64 I After Hours Felipe Ciotola Bruno, do Hospital Vivalle, mostra as congruências entre o mar e a neve
64
66 I Livros 67 I Carreiras 70 I Vitrine 90 I Hot Spot Ser, fazer e ter
Fornecedores Hospitalares revista
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Adelson de Sousa • adelson@itmidia.com.br
PRESIDENTE-EXECUTIVO
Miguel Petrilli • mpetrilli@itmidia.com.br
vice-presidente executivo
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DIRETOR de recursos e finanças
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Marketing – Emerson Moraes • emoraes@itmidia.com.br
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Alberto Leite • aleite@itmidia.com.br
EDITORIAL EDITORA
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REPÓRTERES
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Djalma Rodrigues • Executivo Industrial da Fanem Glauco Marcondes • Diretor de Unidade de Negócios (Hospitalar/Oncologia/Hormônio) Olímpio Bittar • Médico especialista em Administraçao de Serviços de Saúde e Políticas de Saúde Paulo Marcos Senra Souza • Diretor da Amil Sérgio Lopez Bento • Superintendente geral de Operações do Hospital Samaritano Sílvio Possa • Diretor Geral do Hospital Municipal M’Boi Mirim - Dr. Moysés Deutsch
MARKETING GERENTE DE MARKETING
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Fornecedores Hospitalares Fornecedores Hospitalares é uma publicação mensal dirigida ao setor médico-hospitalar. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional, além de gratuita e entregue apenas a leitores previamente qualificados.
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FOTO: DIVULGAÇÃO
EU LEIO A FORNECEDORES HOSPITALARES
REMEGILDO GAVA MILANEZ, diretor-presidente do Hospital Metropolitano Serra / ES
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REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES VEM CONTRIBUINDO PARA DIFUNDIR AS BOAS PRÁTICAS DO MERCADO MÉDICO-HOSPITALAR. POR MEIO DA PUBLICAÇÃO, É POSSÍVEL OBTER INFORMAÇÕES RELEVANTES DA ÁREA E ADQUIRIR CONHECIMENTO PARA APRIMORAR A CADA DIA A CONDUÇÃO DOS NEGÓCIOS. POR ISSO, CONSIDERO ESSENCIAL A LEITURA DA PUBLICAÇÃO, QUE TEM A ÉTICA E O COMPROMISSO COM A INFORMAÇÃO ENTRE OS SEUS VALORES
PRÓXIMA EDIÇÃO O MÉDICO COMO ALIADO No centro das decisões assistenciais, o profissional médico tem um papel fundamental nos resultados dos hospitais. Saiba como envolver o corpo clínico na gestão e conheça as práticas que fazem a diferença SAÚDE BUSINESS SCHOOL No sétimo capítulo, nossos consultores abordam o tema Gestão do Corpo Clínico
O MELHOR DA ÚLTIMA EDIÇÃO
Reunimos conhecimento, experiência e máxima tecnologia para oferecer equipamentos hospitalares com o melhor custo-benefício do mercado. Trabalhamos com um sistema organizado, que garante soluções para proteger o maior bem que existe: a vida. Conheça a Medicare e nossas soluções para Monitorização, Equipamentos de Anestesia, Insumos e Acessórios.
Visite-nos na Feira Hospitalar, de 25 a 28 de maio. Rua D 87 - Pavilhão Branco.
A equipe da Unidade de Saúde da IT Mídia elegeu o anúncio da Medicare, publicado nas páginas 80 e 81 veiculado na revista Fornecedores Hospitalares 175, como o mais bonito da edição. A peça foi desenvolvida pela Agência Canopus, com direção de arte, de atendimento e planejamento de André Castro, Vinícius Duque e Fernando Kuhn e aprovado na Medicare por Adriana Lima.
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REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES
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EDITORIAL
MOMENTO EFERVESCENTE O
setor de saúde passa por uma fase de efervescência. Somando o bom momento pelo qual passa o Brasil – e isso se ref lete em todos os segmentos - à demanda crescente pelos serviços e a profissionalização do setor, a saúde potencializa a sua força econômica.
Um dos segmentos que vê grandes oportunidades nesse momento da saúde é o de Tecnologia de Informação. Para vencer os desafios de acesso, de pressão de custos e garantir a sustentabilidade, a melhora da gestão torna-se obrigatória, e a informação primordial. Uma pesquisa da GlobalData aponta que o segmento de HIS movimentará US$ 18 bilhões até 2016 no mundo todo. Considerando que no Brasil apenas 4% das instituições hospitalares possuem algum tipo de informatização, o mercado nacional mostra-se como uma verdadeira mina de ouro.
Foto: Roger Soares
Netsa edição especial de TI, você confere como está o cenário para as empresas de soluções de informação no Brasil. Com o interesse crescente dos players globais por crescer em nosso mercado, as empresas nacionais também traçam ações para manterem-se competitivas. A NA PAULA M ARTINS É EDITORA DA UNIDADE DE SAÚDE DA IT M ÍDIA S.A
Como estão no centro das atenções dos fornecedores de TI, fomos saber o que os hospitais querem das soluções de informação. E para ajudá-los, trouxemos uma matéria falando sobre gestão de processos de pré e pós-implantação dos sistemas. E diante dos desafios globais em saúde, o domínio das informações do paciente tornou-se ponto fundamental para garantir a sustentabilidade do setor. Como essa informação permeia todas as atividades assistenciais e acaba sendo o ponto comum do mercado, ter uma gestão em que se coloca o histórico do paciente no centro para se desenhar estratégias é uma tendência. Para debater esse tema e saber quais são os desafios desse cenário no setor de saúde brasileiro, convidamos diferentes players. A conclusão dessa discussão você confere na seção Panorama. Para a produção das reportagens, recebemos muitas sugestões de assuntos, o que comprova o momento efervescente do segmento de TI em saúde. Houve um criterioso trabalho para compilar as informações e gerar o conteúdo desta FH, mas certamente, não faltarão oportunidades de abordar os temas em nossos veículos.
Boa Leitura!
Ana Paula Martins Editora P.S.: envie comentários para amartins@itmidia.com.br
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REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES
11.06.10 20:32:05
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Blogs
Leia e discuta com nossos blogueiros os assuntos mais quentes do mês: www.saudebusinessweb.com.br/blogs
Érico Bueno
Último post: O uso de redes sociais no ambiente corporativo Érico Bueno é especialista em sistemas de saúde e diretor da Health Consult
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As 10 mais clicadas 6 7 8 9 10
Acupuntura não é mais exclusividade de médicos
Campinas terá unidade do Hospital Sírio-Libanês
Amil lucra R$ 65 milhões e Medial fecha em R$ 600 mil
Rede D’Or fecha parceria com o grupo BTG Pactual para novas aquisições
Fleury está próximo do laboratório Hermes Pardini
Fleury adquire duas empresas por R$ 11,5 milhões
Prime Medical Center é inaugurado em São Paulo
SulAmérica pagará R$ 28 milhões pela participação do BB na Brasilsaúde
SAP anuncia novas soluções para o mercado de saúde
Novo mercado para médicos gestores
Henrique Shinomata
Último post: Mudanças da ANS beneficiarão a home care Henrique Oti Shinomata é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Seguro.
Ildo Meyer
Último post: Confiança sem fiança Ildo Meyer é palestrante motivacional e médico com especialização em anestesiologia e pós-graduação em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter
Webcast Entrevista Expansão do mercado volta os olhos da Dell para saúde Para o diretor da área de Saúde da Dell, Ricardo Menezes, o objetivo da empresa é desenvolver soluções para o mercado de saúde orientada aos processos que envolvem uma rede hospitalar
Assista outras entrevistas no
www.saudebusinessweb.com.br/webcasts
Roberto Latini
Último post: RDC 25/09: A HORA DA VERDADE Roberto Latini é diretor da Latini & Associados e irá abordar as regulações do setor de Vigilância Sanitária
Ronie Oliveira
Último post: Quando homologadores não são homologados Ronie Reyes Oliveira é administrador de empresa e palestrante especializado na gestão de aquisição de produtos para saúde
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SUS prejudicado pelo excesso
de judicialização no setor Existem no País cerca de 50 mil ações na Justiça cobrando tratamentos ou medicamentos não oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esse fenômeno, que pode prejudicar a gestão do SUS, tem como uma das causas a falta de regulamentação das competências do Poder Público (União, estados e municípios) e da saúde
complementar no atendimento à população. A afirmação foi feita pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, durante audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família, que debateu a judicialização da saúde e a Emenda Constitucional 29.
Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção Política
revista Fornecedores Hospitalares
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Dell prepara estratégia
para o setor de saúde Ana Paula Martins – amartins@itmidia.com.br O mercado de saúde brasileiro pode contar com mais um player na área de serviços de TI. Com seu braço de serviços, fortalecida depois da compra da Perot Systems em novembro do ano passado por US$ 3,9 bilhões, a Dell agora desenha as estratégias para crescer no setor como provedora não só de infraestrutura, mas também de soluções e consultoria em TI. “Já estamos presente no setor com hardware e serviços, mas certamente, a aquisição da Perot faz com que entremos com mais força no mercado de saúde”, destaca o vice-presidente da área Public Services da Dell Services, Chuck Lyles, a reforçar a expansão da empresa na vertical de saúde nos mercados norte americano, europeu e mais recentemente na Índia e na China. O foco da empresa é ofertar soluções integradas e que atendam a diferentes empresas do setor, entre hospitais, operadoras e indústrias. Compreendendo o aumento do acesso e a redução de custos como os principais desafios globais da saúde, a Dell Services busca agora conhecer as demandas do mercado brasileiro para estruturar a oferta de soluções. “Saúde tem que ser sempre visto como um negócio local. Cada mercado tem a sua dinâmica, embora os desafios sejam os mesmos”, reforça o presidente da Dell Services, Peter Altabef. Os executivos vieram ao Brasil para visitar alguns hospitais e a partir daí, desenhar o plano de ação para esse mercado. Contando com um time global de mais de 2800
profissionais que acumulam experiência no segmento médico-hospitalar, a companhia utilizará essa expertise para montar uma equipe nacional na área de consultoria. Sendo considerada pela Gartner a empresa número um em serviços de TI para a saúde no mundo, a Perot Systems foca suas ações em melhorias de processos e gestão de dados clínicos. “Antes as empresas eram muito focadas em dados de faturamento, o que mudou nos últimos anos. Por meio de dados clínicos se consegue ter uma interface entre os diferentes players. Aqui está o futuro”, pontua Loyles. O presidente da Dell Services aponta para a aceleração do uso das ferramentas de TI em decorrência da pressão dos usuários de saúde. “A nova geração de usuários está acostumada a lidar com informações, e vai exigir cada vez mais em ter acesso a suas informações clínicas. O médico será pressionado por isso, e vai pressionar o hospital. Essa é a tendência.” Os próximos passos da Dell Services no Brasil ainda não estão determinados, mas a meta é o crescimento significativo. “O mercado brasileiro é estratégico para nós. Seja pelo perfil demográfico, com uma população jovem; seja pelos recursos naturais; seja pelo otimismo que aqui é contagiante. E quando falamos em economia, sabemos que o crescimento do país é fato por um bom período ainda”, enfatiza Altabef.
Resultado da enquete
A RDC 25 da Anvisa trouxe impactos para o setor. Com a determinação de inspeção das fábricas em solo estrangeiro de todos os produtos de saúde que são comercializados no Brasil, a agência criou uma preocupação a mais para as empresas. O alto custo da vistoria e ainda a pouca estrtura da Anvisa para realizar essas inspeções. O mercado está apreensivo com a nova resolução, pois acredita que a medida pode trazer consequências negativas para a competitividade em certos segmentos. Já os produtores nacionais veem a medida como uma oportunidade. Cerca de 58% dos leitores do portal Saúde Business Web se posicionaram contra a RDC 25, acreditando que o valor da inspeção é muito alto e que a burocracia pode provocar o desabastecimento de alguns produtos no mercado. Já para 28% dos leitores, a medida favorece o mercado, pois os produtores nacionais acabarão tendo vantagem na concorrência.
No ar Altabef, da Dell Services: Informações clínicas são o futuro da gestão em saúde
Participe da nossa enquete! Vote em www.saudebusinessweb.com.br/enquete
Quais são os grandes desafios que os hospitais enfrentam na gestão da TI?
m Integração e interoperabilidade entre os sistemas
m Falta de mão de obra especializada e com visão estratégica no uso dos recursos da TI Foto: Ricardo Benichio
m Indisponibilidade de soluções que atendam às demandas dos hospitais
Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção Tecnologia
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revista Fornecedores Hospitalares
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Opiniões
Confira os quatro artigos mais lidos do mês
Sigilo na saúde
“O segmento deve tomar algumas precauções, uma vez que lida com dados sigilosos tanto de pacientes como de empresas do ramo”, relata em artigo o presidente da True Access Consulting, Pedro Goyn
IDSS - Índice de Desenvolvimento da Saúde Suplementar
Em artigo, Henrique Shinomata comenta quais são os objetivos da ANS ao criar o programa e seus critérios
Médicos empresários devem atentar
Hospital Sabará quer integrar time de excelência O Hospital Infantil Sabará, de São Paulo, já tem data para inaugurar o seu novo prédio. No dia 20 de julho será entregue a unidade, que recebeu investimentos de R$ 90 milhões e contará com 104 leitos. Focado em alta complexidade dentro da pediatria, com especialidades de neurocirurgia, oncologia, cardiologia e ortopedia, o hospital também contará com um centro de ensino e pesquisa. O projeto é que o hospital deixe de ser S.A. para se tornar uma fundação e com isso, poder se beneficiar da nova lei de filantropia. Só na montagem das salas cirúrgicas e do centro de esterilização, que são equipados com aparelhos da Steris, o hospital investiu US$ 1,3 milhão.
O Hospital Escola São Francisco de Assis, da UFRJ, deve ser assumido pelo governo do Rio de Janeiro. A decisão final deve ser concluída pelo prefeito municipal, Eduardo Paes. A universidade obteve recentemente a aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para utilizar recursos próprios no projeto de restauração do principal prédio da unidade.Além disso, há um processo sob a análise do BNDES para obtenção de recursos para o bloco mais antigo.
Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção Gestão
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para riscos em seus negócios
“A dupla atribuição de um médico empreendedor não é facilmente desempenhada”, afirma em artigo a advogada Camila Ladeia
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RJ: Governo quer assumir o Hospital Escola São Francisco de Assis
revista Fornecedores Hospitalares
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Proteção e bem-estar em equilíbrio com os ambientes.
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SAP anuncia novas soluções
para o mercado de saúde Thaia Duó - tduo@itmidia.com.br O mercado de saúde brasileiro vai contar com novas soluções de gestão. Depois de oferecer ferramentas robustas de gestão administrativa para indústria, hospitais e operadoras de planos de saúde, a SAP tem como desafio lançar um sistema que atue como front-office. A partir do novo sistema é possível posicionar e administrar as informações no ERP e nos próprios clientes de forma executiva e organizada para as tomadas de decisão. A ideia é melhorar as ferramentas dentro dos hospitais de forma com que as equipes se tornem mais eficientes para cuidar das pessoas, e atender as sérias regulamentações de medicamentos como, por exemplo, a rastreabilidade do produto. “Isso será essencial em casos de recall e até mesmo para identificar roubo de remédios. O que temos implantado hoje é o back-office e vamos ofertar esse rastreamento para melhor todo o sistema”, acrescenta o vice-presidente mundial da vertical de saúde da SAP, John Papandrea. O novo sistema de gestão permite que o hospital tenha um banco de dados com o histórico de cada paciente, que também será rastreado enquanto permanecer na unidade. Assim, toda a cadeia estará integrada desde o fornecedor com o controle de estoque dos remédios, prazo de validade etc, e o conjunto de informações disponibilizado tanto para o próprio médico quanto para o usuário que pode ter acesso aos dados pela internet. “O que propomos é informatizar toda informação possibilitando um histórico médico com transparência para que o profissional seja mais assertivo numa decisão”, destaca Papandrea ao comentar que o sistema também resulta em ganhos financeiros para o mercado de saúde. O rastreamento dos medicamentos deve ser uma próxima medida obrigatória da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que também poderá implantar a solução front-office da SAP, assim como hospitais, planos e seguros saúde e laboratórios. De acordo com o executivo global, a ferramenta já está pronta e em fase de divulgação para o setor público e privado. “Em poucos dias pude apresentar o sistema para alguns clientes e notei grande interesse por parte do setor privado.”
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A aceitação das secretarias de saúde também foi notória. Para o diretor de Serviços e Setor Público da SAP Brasil, Valdemir Marques, isso mostra que a máquina pública está se organizando no âmbito de arrecadações e no processo de redução de custos. “A gente tem uma visão que o setor público acordou e necessita informatizar seus processos para ter uma saúde com gestão administrativa melhor organizada, é mais um ponto”, conta. Atualmente, a SAP oferta a solução front-office fortemente na Europa e Estados Unidos, e após a crise mundial passou a enxergar a América Latina, em especial o Brasil, como um grande mercado. “Estamos em ano de eleição e os pilares dos nossos candidatos serão saúde, eles estão buscando otimizar os serviços em todos os segmentos”, afirma Marques ao ressaltar que foi uma boa coincidência lançar a ferramenta em ano eleitoral. “A SAP sempre segue um plano de lançamento e para nós foi uma grata coincidência ser um ano de eleição. A nossa nova solução está chegando num ano aquecido, pois 2009 foi um período de uma certa contenção, as empresas estavam segurando seus investimento por conta da crise e esse ano é de realização e não queremos perder o tempo.” Estimativas Um estudo realizado pela SAP com uma consultoria de mercado estima que entre 2009 e 2013 o setor de saúde na Europa aumente em 7% os custos com TI em saúde. Já os Estados Unidos devem crescer 12%, enquanto no Brasil o aumento deva estar entre 9% e 13%. “O crescimento estimado é maior no Brasil porque o nível de maturidade dos países da Europa e dos Estados Unidos é maior do que o encontrado aqui. Eles já gastaram o que tinha que ser gasto com TI em saúde e agora eles se encontram num outro momento”, afirma o vice-presidente global da vertical de saúde da SAP, John Papandrea. Segundo o executivo, o estudo mostra ainda que em 2013 o setor global de saúde vai investir cerca de 8,5 bilhões de euros em TI.
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hospitais
de
TI
de SP serão beneficiados com soluções
A Agfa HealthCare e a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) firmaram contrato para a instalação de equipamentos de imagens digitais e soluções de TI em 25 hospitais do Estado de São Paulo. A implementação deve ser concluída ainda em 2010. Conforme prevê o contrato, a Agfa será responsável pela instalação dos equipamentos de radiografia computadorizada CRs (Computed Radiography), do PACS (Picture Archiving and Communications System) e do RIS (Radiology Information System). Os hospitais beneficiados gerenciam em torno de três milhões de exames de diagnóstico por imagem, com 90 modalidades diferentes por ano.
Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção Tecnologia
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revista Fornecedores Hospitalares
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AGENDA
Julho | Agosto JULHO
Já
imaginou
sua empresa em
destaque
2| SEXTA
15| QUINTA
IV Curso de C apacitação FAO R io 2010 Local: Hotel Praia Linda - Av. Pepê, 1430 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro http://www.institutofao.com.br
X SIMPÓSIO BRASILEIRO DE VACINAS Local: HOTEL SERRA AZUL - Rua Garibaldi, 152, Gramado (RS) http://www.cna-cap.org.br
O Instituto FAO do Brasil dá início, a partir do dia 2 de julho, ao IV Curso de Capacitação FAO Rio 2010. As inscrições estão abertas e podem ser feitas através do site www.institutofao.com.br ou pelo telefone (21) 34311117. O curso é voltado para médicos e veterinários que buscam atualização sobre o método FAO, terapêutica que tem como objetivo o equilíbrio do indivíduo numa abordagem sistêmica.
O simpósio é de responsabilidade da Fundação da Sociedade Brasileira de Pediatria e coordenado por Eitan Naaman Berezin, CRM 28871 SP. Com carga horária de 20 horas, o público alvo é médicos de todas as especialidades. O objetivo é novas vacinas, eficácia e eventos adversos, calendários vacinais oficiais.
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A implementação de novas tecnologias, a ampliação, reestruturação e a modernização das instalações físicas impactam diretamente na qualidade do atendimento ao cliente e na lucratividade dos hospitais. Este é um tema que tem sido debatido pelo mundo todo e o IQPC traz para o Brasil o evento já consolidado na Austrália e Ásia.
O curso tem carga horária de 63 horas e será coordenado por Luciano Cesar Pontes de Azevedo, CRM SP 87794. O público alvo é os profissionais da área de saúde, com o objetivo de difundir o conhecimento em terapia intensiva e atualizar os profissionais de saúde.
17| SÁBADO
Curso Nacional de R eciclagem Local: Centro de Convenções Rebouças (Av. Rebouças, 600) http://www.socesp.org.br Curso voltado para cardiologistas, residentes, estagiários e acadêmicos em graduação. Os interessados podem se inscrever pelo site www.socesp.org.br. O programa segue as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e é baseado no Tratado de Cardiologia da SOCESP e no Braunwald - Tratado de Cardiologia. Sócios da SOCESP / SBC pagam R$ 420,00 / Não-Sócios pagam R$ 630,00.
líderes do setor da
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A coordenação está sob comando de Marcelo Levites, CRM 104800 SP, e Fernanda Plessmann de Carvalho, CRM 108695 SP. Com carga horária de 02 horas, o público alvo é acadêmicos de medicina e médicos de diversas especialidades, com objetivo de atualização cientifica
R eestruturação e Modernização Edifício de Saúde Local: São Paulo, SP www.iqpc.com.br
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Diante dos desafios de alinhar controle de processos, segurança do paciente, qualidade de atendimento e ainda estratégias de redução dos custos, os hospitais precisam da TI para vencê-los Em um cenário em que apenas 4% dos cerca de 7 mil hospitais existentes no País apresentam algum tipo de informatização e que a instituição hospitalar está no centro do sistema de saúde, a maturação da TI torna-se ponto essencial para sustentabilidade do setor. Com recursos escassos, aumento de demanda por serviços, e incremento de tecnologias médicas, a gestão das instituições precisa de informações apuradas para desenhar estratégias. Elegemos aqui quatro hospitais de médio porte e de diferentes cidades para entender o que eles precisam das ferramentas de TI. Para o coordenador de TI do Hospital Brigadeiro, de São Paulo, Brenno Martins, a tecnologia de informação precisa dar suporte às estratégias das instituições. “A TI precisa ser pilar de sustentação das diretrizes da empresa, não somente na parte administrativa, mas na clinica também. Precisa deixar de ser a TI de conserto de micros, de impressoras, e tornar-se a TI da operação por robôs, da transmissão de cirurgias, do ensino à distância, etc”, opina. “Investir em TI é fundamental para a sustentabilidade dos negócios”, avisa o gerente de Tecnologia do Hospital Santa Joana, de Recife, Amaury Tavares. Segundo o gerente, a instituição do nordeste procura atrelar TI com as necessidades do negócio, sempre visando uma melhoria contínua da qualidade baseada em análise de custo x benefícios e orientada para as melhores práticas do setor. Além disso, o Santa Joana busca uma padronização de processos que garantam ganho de produtividade; desenvolvimento de relacionamentos perenes com fornecedores e cliente e, ainda, suporte à governança corporativa. Apesar do investimento em TI ter acontecido muito antes, foi em 2007 que o Hospital Vera Cruz, de Minas Gerais, a alinhou mais fortemente com a estratégia da instituição. O gerente, Ailton Silva, explica que o hospital deixou de ser o centro de ações e apoio do ERP para tornar-se uma equipe mais voltada às necessidades de interfaces de equipamentos médicos, com apoio direto ao corpo clínico. “Encontramos ferramentas para agilizar e melhorar os processos de assistência. O PEP, por exemplo, foi iniciado pelos médicos e não pela enfermagem, como é mais comum”, conta Silva. Assim como eles, o grupo São Bernardo também aposta em TI e espera que essa área esteja à frente dos processos, proporcionando simplificação e agilidade para atender de forma eficiente colaboradores, associados, prestadores e
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fornecedores em geral. “A TI é parte importante dos objetivos estratégicos da empresa, auxiliando no cumprimento de metas audaciosas de médio e longo prazo”, garante o gerente, Riciere Massariol. O executivo explica que o grupo possui um datacenter que atende ao São Bernardo Saúde e ao São Bernardo Apart Hospital. O hospital fica a cinco quilômetros da sede da operadora e estes estão conectados por duas linhas de acesso a dados: a fibra óptica e a transmissão por rádio. Massariol comenta que o trabalho é feito em equipe e que há sempre grande envolvimento de todos na tomada de decisões. “Estamos diretamente ligados à alta direção da empresa e participamos de todas as reuniões estratégicas do grupo. Desta forma, cria-se um ambiente propício para que todos atuem em sintonia e para que o setor atinja as metas estabelecidas pela empresa”, diz. Já no Hospital Brigadeiro, a TI é responsável pela gerência de rede de dados e voz, tendo como atribuições os gerenciamentos das redes de dados locais e remotas e do PABX e sistema de telefonia da unidade, suporte e administração de servidores da unidade. Além disso, a área dá suporte e administração do sistema de gestão hospitalar, suporte ao usuário, gerenciamento de comunicação e, ainda, realiza a gestão de contratos de impressão e locação de micros e a gestão dos equipamentos de patrimônio do hospital, como a manutenção preventiva e corretiva de software e hardware, etc. Há quatro anos, o Santa Joana dava início ao processo de renovação e atualização dos processos de TI do
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A TI precisa ser pilar de sustentação das diretrizes da empresa, não somente na parte administrativa como na clínica também Brenno Martins, do Hospital Brigadeiro
Santa Joana, que envolvem não apenas a qualidade e segurança dos pacientes, mas também garantem agilidade e integração da gestão hospitalar. Antigamente o processo de rastreabilidade eletrônica, baseado em códigos de barras com lote e validade, era feito até o posto de enfermagem. Atualmente, o investimento em TI visa estender esse processo até o leito do paciente. Sistemas para prescrição e prontuário eletrônicos também estão em estudo e implantação. “Com palm tops integrados ao sistema, a equipe de enfermagem pode controlar melhor a aplicação do medicamento, como a dosagem certa na hora certa para o paciente certo”, explica Tavares. Na área de gestão hospitalar, o programa é responsável por todo ciclo de atendimento do serviço médico iniciando na recepção, passando pela farmácia, postos de enfermagem até o fechamento da conta. Além disso, o Santa Joana também implantou o sistema de custo hospitalar e o Business Intelligence (BI). “Com processo de Acreditação estamos avaliando produtos de colaboração corporativa como portal, gestão de documentos e gestão de conhecimentos”, acrescenta Tavares. Demandas E o crescimento da importância estratégica do setor traz consigo também grande demanda. As do Hospital Brigadeiro, por exemplo, estão voltadas para os softwares clínicos e ao Business Inteligence (BI). As do Grupo São Bernardo, além de BI, têm foco em implementação de módulos Balanced Scorecard (BSC), classificação de risco e portal. Uma das principais demandas do Vera Cruz é garantir que as informações registradas sejam reais e confiáveis para que não exista perda para a instituição bem como para os parceiros do hospital. Outra demanda está voltada ao auxílio dos indicadores dos diversos setores do hospital, que ainda estão sendo construídos pela TI. “Esperamos em breve que esses dados estejam sob domínio de todos os setores do hospital”, conta Silva. Diferencial Entre as inúmeras opções de softwares existentes no mercado, há sempre um capaz de atender às suas expectativas. Na visão do grupo São Bernardo Saúde, a MV
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possui ferramentas sólidas com recursos gerenciais. “É uma empresa que gosta de desafios, o que a aproxima da cultura do nosso grupo”, explica Massariol. “Além disso, a MV atende a todos os processos do São Bernardo Apart Hospital, desde a entrada do paciente até o fechamento da contabilidade. Isso nos permite otimizar os processos e ter segurança nos dados”, acrescenta Marisol. O executivo relembra que, antes da implantação de programas de TI, o grupo São Bernardo tinha que pensar nas soluções e implantá-las para organizar os processos. Isso gerava um desgaste na equipe e os deixava sempre um passo atrás do que gostaria de estar. Segundo o gerente do São Bernardo, a MV veio com soluções e processos definidos. “Essa mudança facilitou muito da nossa atuação, pois só tivemos que implantar e assumir o compromisso da inovação, o que trouxe melhorias ao processo como um todo”, garante. Já o Vera Cruz encontrou na Wheb Sistemas o que procurava. A empresa os atraiu pela facilidade de entendimento das necessidades de um hospital e também estava preparada para ouvi-los, principalmente por não desenvolver softwares totalmente fechados. “Isso nos causaria um transtorno muito maior quanto à resistência em mudar práticas que consideramos interessante e inovadora”, explica o gerente. Entre as vantagens sentidas estão versatilidade, aderência ao corpo gerencial e alta capacidade de formular novas metodologias. “Com o software dinâmico, podemos aproveitar o que de melhor podemos retirar de nossos usuários”, diz. Segundo Silva, o Vera Cruz, com a implementação de programas de TI, a instituição sofreu uma mudança radical, afinal, passou a ter um controle maior sobre todas as informações que envolviam o hospital. “Visualizamos um software totalmente integrado, o que fazia com que o usuários se sentissem importante no processo, pois acompanham os resultados da instituição no sistema”, recorda. Durante o processo licitatório, o Hospital Brigadeiro notou que a Input atendia às especificações exigidas em edital. Martins conta que a solução da Input permite a integração entre todas as áreas implantadas em um único sistema, interfaceamento com os sistemas de gestão da Secretaria e do Ministério (no caso do faturamento, por exemplo), além de
possibilitar a revisão de f luxos e processos internos. Expectativas Com um investimento que somou R$ 1 milhão em 2009 – e que deve alcançar essa cifra este ano – o grupo São Bernardo garante que a TI ajudou a instituição a atender, cada vez mais e melhor, os clientes. Preocupados com a sustentabilidade, para os próximos anos, o grupo buscará a eliminação quase que completa do uso de papel. O Hospital já possui digitalização dos exames de imagem e a operadora terá, em breve, sistema de identificação do paciente pela digital. Um pouco mais modesto, mas não menos importante, é o investimento do Vera Cruz em TI. Este ano, essa área desembolsará R$ 830 mil. “Sabemos da necessidade de melhoria na integração dos processos executados no hospital e que no ERP são factíveis mas, na prática, ainda possuímos alguns bloqueios”, assume Silva. O executivo acredita que em 2010 o hospital trabalhará para melhorar essas interfaces, que trará benefícios aos clientes internos e externos. “Para a TI, a utilização de equipamentos de ponta para as áreas assistências com interfaces no ERP, oferecerá controles de auto nível e respostas a diagnósticos mais rápidos”. Nos próximos anos, o Hospital Brigadeiro investirá na área de segurança da informação, comunicação sem fio e na implantação de prontuário e prescrição eletrônica, integrando a TI totalmente à área clinica também.
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O paciente Diante dos desafios em se garantir uma gestão integrada do setor de saúde, a informação do paciente torna-se o ponto comum para desenhar estratégias. Iniciativas mundo afora, como a do governo dos Estados Unidos, em financiar os hospitais que investirem em sistemas de prontuário eletrônico, ratificam a tendência. No entanto, no Brasil, ainda há muitos obstáculos a serem ultrapassados, como o distanciamento dos gestores das instituições do foco assistencial, a resistência dos profissionais médicos em se adotar as soluções, a falta de interoperabilidade entre as soluções disponíveis e até mesmo a miopia na visão estratégica das empresas no setor, que utilizam as informações financeiras para projetar as ações assistenciais, em vez de fazer o processo inverso. Em debate promovido na IT Mídia, players do setor discutiram quais são os grandes gaps na utilização das informações do paciente com base da gestão estratégica em saúde, e quais são as tendências no assunto
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A necessidade de integração das informações geradas no sistema de saúde tem se mostrado um importante fator na otimização de procedimentos médicos que, no limite, implicam redução de custo para as empresas. A comodidade do usuário do sistema de saúde e a adaptação dos médicos passam a ser questão de tempo, uma vez que as novas gerações --- tanto de profissionais quanto de pacientes --- devem conduzir um avanço jamais visto no acesso às tecnologias de informação. Neste novo cenário, onde os atores não oferecem resistência à implantação de novas tecnologias, as empresas passam a ter como cerne de seus negócios os sistemas de informação focados em dados administrativo-financeiros, que tomou o lugar do serviço de assistência. Este movimento está em pleno processo, ao menos na percepção do gerente TI hospital Samaritano, Klaiton Simão, que atua neste segmento há cerca de 12 anos. “A tecnologia da informação está entrando no core das instituições de saúde há alguns anos. Ouve-se falar da necessidade de informatizar o processo assistencial desde a década de 1990”, diz Simão, que acredita que as limitações das soluções oferecidas a este processo sejam muito menores atualmente, embora tenham contribuído para a demora no avanço da informatização. Questões internas das instituições também, segundo ele, foram barreiras no passado. “As empresas ainda eram muito carentes de uma visão profissional, sistêmica; tudo muito baseado no ponto de vista do médico, com pouca ênfase na questão administrativa”, completa. O executivo destaca, no entanto, que por uma questão de sobrevivência, as instituições têm mudado seu perfil e se adequado a um modelo de gestão profissional. “Se as instituições continuassem com esta mentalidade, metade delas já não existiria mais”, finaliza. O consenso sobre o processo de gestão, contudo, não se estende à visão de prioridades dentro do setor. Com a figura do paciente sendo colocada à margem do foco de negócios da empresa de saúde, há uma quebra de
paradigma. A gestão da informação se distancia da atividade-fim das instituições, como levanta a consultora do segmento de saúde da Totvs, Jacqueline Portella. Para ela, existe uma barreira entre a prática assistencial e o corpo administrativo nas instituições de saúde. “O maior desafio em utilizar a informação do paciente para a gestão estratégica é quebrar este muro, porque não existe processo administrativo na área de saúde sem processo assistencial ”, afirma. “O faturamento é a ponta f inal do meu processo assistencial. Meu negócio é assistência. E se eu não coletar e não trabalhar a informação da assistência para que dela eu possa gerir informações que vão me dar conhecimento estratég ico, f inanceiro e operacional, realmente eu tenho duas empresas: uma que trabalha administração e outra que trabalha a assistência”, pontua Jaqueline. O gerente de produto de TI da GE Healthcare, Roberto Godoy, concorda e destaca a importância de uma mudança cultural no setor de saúde. “A gente normalmente olha para toda a cadeia do setor, mas acaba olhando pouco para o paciente, que é o principal ator do mercado de saúde”, avalia. Para o diretor do grupo de informática em saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Andre
Do ponto de vista do gestor tático, há a necessidade de controlar o processo. Do profissional da assistência, sobretudo o médico, garantir a segurança do paciente. E do ponto de vista estratégico, tem-se a necessidade de fazer tudo isso acontecer reduzindo custos Klaiton Simão, do Hospital Samaritano
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Jacqueline, da Totvs Consulting: Divisão entre administração e corpo assistencial prejudica gestão na saúde
Luiz de Almeida, o olhar na gestão com base em dados financeiros e não assistenciais permeia toda a cadeia de saúde. Um exemplo é o que acontece no planejamento de implantação dos Ambulatórios Médicos Especializados (AME). “Analisamos quanto cada paciente se deslocou para fazer determinado procedimento. A partir desta informação é que chegamos à necessidade, por exemplo, de que se crie um AME de ortopedia. A gente não parte do olhar clínico, mas do olhar de faturamento”, explica. Por sua vez, o especialista em sistemas de saúde da Intersystems, Raimundo Nonato Cardoso, ressalta a importância de se perceber que as informações começam no ponto de assistência. Segundo ele, os dados obtidos no ponto de atendimento do paciente são a fonte pura e genuína dos dados, pois não passam por transcrição ou interferência. “O que a gente precisa é oferecer ao gestor da saúde a possibilidade de utilizar realmente esta informação para que a análise que for feita depois seja fidedigna”, enfatiza. O papel do médico A ampla utilização e a integração entre os sistemas de prontuário eletrônico do paciente (PEP) seriam os passos iniciais na adoção de uma gestão estratégica a partir das informações clínicas. No entanto, a primeira barreira a ser vencida é a cultural. Para o diretor executivo da Gesaworld, Gustavo de Martini, a dificuldade em se adotar o conceito de gestão integrada na saúde reside na complexidade da operação dos hospitais. “O hospital é a organização mais complexa que existe, não tem nada que se compare a isto. Porque a diretoria do hospital tem como meta criar uma infraestrutura que funcione e seja rentável, no entanto, o poder de decisão está nas mãos do médico”, explica enfatizando a resistência existente por parte dos profissionais médicos em se utilizar. “O médico tem como agenda pessoal salvar vidas, qualquer
coisa que seja diferente disso, como registrar as informações no prontuário, é contrasenso”, pontua. Para o profissional da saúde, focado na atividade da assistência, segundo Martini, a noção de prioridade precisa ser fomentada, a fim de que as informações possam estar disponíveis num sistema integrado de saúde. O diretor aponta ainda benefícios desta relação que se desenrola sobre o fator cultural do profissional da saúde e mostra que é possível perceber o valor agregado do tempo investido neste processo. “Você diz ao médico que ele vai investir tempo, mas tem retorno em termos de segurança, o sigilo médico está garantido, o hospital consegue ter o benefício de fidelizar o paciente”, explica Martini. A resistência à utilização de prontuários eletrônicos, segundo o executivo, tem relação com a geração à qual o profissional pertence, uma vez que o desenvolvimento tecnológico criou uma divisão acentuada na quantidade de pessoas que têm familiaridade e f luência com computadores. “Nós temos uma geração de médicos nos hospitais que têm uma faixa etária que não conviveu com tecnologia. Tem uma segunda geração que conviveu um pouco e tem a terceira, que são os residentes atuais, que nasceram com com-
A busca pela acreditação tem impulsionado a adoção do PEP. Esta é a grande revolução que está ocorrendo nos hospitais
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Luciano Regus, da MV
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putador em casa”, explica o diretor. “Então estas duas últimas gerações tendem a resistir menos.” A aderência dos profissionais da saúde aos sistemas de informação depende também de um esforço da indústria de softwares em produzir interfaces mais adaptadas ao cotidiano dos médicos. O gerente de projetos da fabricante de softwares WPD, Ronaldo Souza, acredita que este seja o papel da indústria neste processo: ser o catalisador da motivação dos profissionais aderirem aos sistemas de informação. “O processo de profissionalização que já acontece num percentual pequeno nos hospitais brasileiros e de outras instituições de saúde está nos empurrando. Nós, que produzimos softwares, estamos sendo obrigados a produzir soluções melhores e mais aderentes à maneira do médico enxergar o trabalho dele”, explica. Para Souza, é importante fomentar o assunto entre as empresas e criar massa crítica em torno dele, a fim de que os órgãos públicos percebam a relevância do assunto e sejam propelidos para uma solução. “Político não vai fazer defender a adoção do PEP por que é bonzinho; político vai fazer se tiver muita gente olhando para aquilo”, critica.
Quando você tiver a informação do paciente, de fato, consolidada, poderá fazer um planejamento realmente estratégico Gustavo de Martini, da Gesaworld
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Com o aumento do acesso às informações, os pacientes cobrarão mais dos médicos e hospitais a informatização de seu histórico Severino Benner, da Benner
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Barreiras à gestão estratégica com base em informações do paciente: - Retomada do foco: hoje a gestão estratégica é feita com base em dados financeiros e não assistenciais - Interoperabilidade entre os sistemas: falta padrão para a troca de informações entre os sistemas - Integração do setor: seria necessário uma integração maior entre os players para compartilhar as informações - Normatização: falta uma normatização para definir padrões, qualidade das informações e regras para o uso dessas informações - Médicos: uma vez que centralizam o poder de decisão, os médicos deveriam ser envolvidos na discussão sobre o assunto
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do ele, certificações como ONA 3, Joint Commission, NIAHO, transparecem um grau de maturidade no gerenciamento clínico dos hospitais que pode ser visto como “o passo adiante” descrito por Regus. “Esta é a grande revolução que está ocorrendo, até pela própria profissionalização dos hospitais”, afirma. “A gente encontra soluções muito boas no cuidado com o paciente, soluções muito boas no que diz respeito aos controles, e também algumas muito boas em gestão administrativa e financeira. Nosso grande desafio é encontrar este 3 em 1”, diz Simão.“O que a gente observa como comprador deste tipo de solução é que existem empresas muito fortes, com bons produtos, e elas se caracterizam por ter colocado seu foco em apenas uma dessas questões”, completa.
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Normatização Por vezes, hospitais acabam usando ferramentas distintas e até incompatíveis. O caso dos hospitais da rede pública ilustra a situação, uma vez que os mais de 60 hospitais geridos pelo Estado de São Paulo operam com 12 sistemas de gestão distintos, por opção dos gestores, mas o problema é que eles não são interoperáveis, para assim gerar informações precisas. “A estrutura de hospitais públicos no Brasil sempre foi distribuída e sempre teve como característica de gestão a escolha da tecnologia a ser adotada em cada hospital ”, afirma André Luiz de Almeida. “Imagine se você tivesse cinco hospitais, cada um com um sistema de informação, todos eles de um mesmo dono, e você não conseguisse ter ideia, por exemplo, de quantos leitos você tem disponível em um dia. Este é o cenário da saúde pública”, completa. Apesar disso, o futuro tem uma imagem bastante nítida na cabeça dos representantes do setor de saúde, e também é comum entre os players a noção de que a principal demanda deste mercado é uma normatização que parta do governo. “Na verdade, o mundo ideal seria uma decisão de governo que im-
Mourot, da Philips: Instituições são resistentes em compartilhar informações
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Alguns desafios ainda devem ser superados, segundo Roberto Godoy, da GE Healthcare, no setor de saúde brasileiro. E o primeiro deles é o desafio político de alinhar as agendas municipais, estaduais e federais para que se tenha uma convergência. “Acredito que grande parte deste trabalho seja responsabilidade dos fabricantes e também junto à população com a criação de fóruns de discussão”, analisa Godoy. Gestão profissional Dentro da dinâmica da composição de um cenário ideal, no qual as informações sobre cada paciente são compartilhadas por todo o sistema de saúde estadual ou nacional de forma eficiente e levando em conta os gargalos éticos a que se expõe quando se trata de informações sensíveis, o Brasil tem se mostrado um campo promissor, mas com experiências esparsas e ainda pouco conectadas entre si. “Do ponto de vista do gestor tático há a necessidade de controlar o processo. Do ponto de vista do profissional da assistência, sobretudo o médico, garantir a segurança, a qualidade e o cuidado para o paciente. E do ponto de vista estratégico, tem-se a necessidade de fazer tudo isso acontecer reduzindo custos” resume Klaiton Simão, do hospital Samaritano. A profissionalização do modelo de gestão dos hospitais já tem gerado um número relevante de dados de pacientes em hospitais no país, segundo o diretor geral da fornecedora de sistemas de gestão em saúde MV, Luciano Regus. Segundo ele, o Brasil tem vários cases já implantados e todos os fornecedores têm a expertise para a coleta de informações clínicas. “Talvez o grande passo futuro seja a questão estratégica”, afirma Regus. “Isso poucas empresas têm”, completa. Regus enfatiza ainda que a busca por certificados de acreditação, que exigem protocolos e procedimentos na área médica, tem impulsionado a adoção das ferramentas de PEP. Segun-
Souza, da WPD: Empresas precisam facilitar a interoperabilidade entre os sistemas
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plantasse um prontuário eletrônico nacional e direcionasse um padrão e conteúdo, visando pesquisa clínica e redução de custo com exames desnecessários. Porque você vai acessar um prontuário e ver que tem uma informação válida. Mas a gente não vê uma decisão de um órgão capaz de criar este padrão”, pondera Luciano Regus. Com uma normatização, seria possível a criação de um banco de dados único com as informações clínicas, em que cada instituição de saúde compartilhasse suas informações, para assim tornar possível o acesso a esses dados de qualquer instituição e ainda tornar possível uma gestão estratégica da saúde, a exemplo do que acontece em países como Reino Unido, Holanda e Noruega. “O que é importante lembrar é que esses países partiram para um modelo de informação compartilhada porque isso se tornou lei, e as instituições tiveram que cumprir”, pontua o executivo da Philips. A disposição por uma padronização do setor em favor do fluxo otimizado de informações tem mobilizado os diversos atores do mercado, inclusive as empresas, que naturalmente teriam que arcar com investimentos neste sentido. Almeida, que é responsável pela informática da Secretaria de Saúde do Estado, vê como positiva esta disponibilidade. “Normalmente haveria resistência por parte das empresas, porque estes processos vão impactar no bolso da iniciativa privada quando for estabelecida uma normativa”, afirma Almeida. Por outro lado, o diretor presidente da Benner Solution, Severino Benner, ressalta que o estabelecimento de um padrão poderia representar um ganho às empresas, uma vez que poderiam reduzir investimentos no desenvolvimento de padrões proprietários. “Antes da TISS (Padrão de Troca de Informação em Sistemas de Saúde, estabelecido pela Anvisa) nosso
sistema tinha cerca de 170 padrões de troca de informações, ou seja, nenhum”, afirma Benner. Um ponto sensível quando se trata do compartilhamento dos dados é assegurar para as empresas de que ao compartilhar dados dos pacientes, sua estratégia esteja a salvo. Para o diretor de soluções de tecnologia da informação para o setor de saúde da Philips, Alain Mourot, este é o segundo paradigma que deve ser quebrado no setor. “A informação ligada ao hospital hoje também é uma forma de fazer negócio”, afirma Mourot. “A instituições são resistentes em compartilhar esse tipo de informação”, pontua. A resposta vem da tecnologia. O especialista da Intersystems, Raimundo Nonato, explica que já existe tecnologia para integrar, em tempo real, as bases de dados e cada empresa pode definir qual informação vai sair da sua base. “Você define o que vai transitar de dados e isso acontece em tempo real”, afirma Nonato. Luciano Regus completa ainda que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), através do TISS, trouxe luz para todo o segmento. “Hoje a gente sabe que é possível compartilhar estas informações sem expor a estratégia do negócio. A TISS provou isso”, afirma. Uma vez definida a tecnologia que vai mediar o compartilhamento de dados, pode-se garantir, segundo Nonato, a integridade da estratégia da empresa. A análise crítica destes dados, no entanto, para que seja transformada em conhecimento depende da interoperabilidade e da capacidade dos gestores em torná-los informações estratégicas. “Já há iniciativas como a do Distrito Federal em se criar rede de saúde e já há dado disponível, a dificuldade é fazer disso informação estratégica”, avalia.
Para Benner, a preocupação acontece simplesmente por falta de colaboração e conhecimento. “Se você olhar o segmento de seguro de veículos, o histórico de cada automóvel é mantido numa base de dados única e todas as seguradoras têm acesso a ele, e nem por isso deixam de ter suas estratégias e de serem concorrentes. Isso ref lete um amadurecimento do setor. O que acontece é que na saúde não existe colaboração entre os players, por isso tudo se torna mais difícil ”, avalia. Pressão do paciente Se por um lado há desafios em se criar uma forma de compartilhar informações do paciente para se ter uma gestão realmente estratégica da saúde por resistência dos players, por outro os pacientes começam cada vez mais a também cobrar acesso a essas informações e a participar do gerenciamento de sua saúde. “Com o aumento do acesso as informações por meio da internet, os pacientes cobrarão mais dos médicos e hospitais a informatização de seu histórico. E ele vai começar também a portar esses dados.
O gestor precisa ter acesso às informações clínicas para poder fazer suas análises
Foto: Ricardo Benichio
Raimundo Nonato, da Intersystems
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revista Fornecedores Hospitalares
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Portanto, se o setor não se organiza para ter uma gestão desses dados, o paciente passará a impor o padrão”, destaca Benner. De acordo com o executivo, uma tendência que não poder ser ignorada é o interesse das empresas de telecomunicação em oferecer serviços para o setor de saúde. Com a intenção de criar demanda para o aumento de consumo de banda larga, as teles veem na saúde uma grande oportunidade de oferta de serviços, como acesso aos seus registro de saúde ou ainda a transmissão de informações sobre sua saúde. “Logo o paciente vai chegar ao consultório, e mostrar o seu histórico de saúde no seu smartphone para o médico. Isso vai pressionar as instituições do setor”, acredita Beenr. A interação através de dispositivos móveis poderia ser uma realidade distante para grande parte da população brasileira, apesar do alargado número de aparelhos que circulam no país mais de 180 milhões de celulares -, mas soluções via portais de internet já surgem como uma visualização do que seria possível. “No Distrito Federal a gente tem um
portal do cidadão, onde ele acessa e vê todo o histórico de exames que ele fez. Não precisa ter mais nada, só um acesso à internet”, afirma Raimundo Nonato, da Intersystems. Quando se fala em tendência, o rol de soluções abertas pela possibilidade do prontuário eletrônico coloca o serviço de saúde mais próximo da eficiência dos cases internacionais, como explica Severino Benner. “Uma coisa é certa: se nós tivermos hoje aqui no Brasil a normatização, tivermos um prontuário padrão como a Receita Federal tem com as nossas vidas financeiras, não vai necessariamente reduzir os custos da saúde pública, mas vai permitir que a prefeitura ou o estado tome ações sobre dados mais próximos da realidade”, afirma. O levantamento de informações mais próximas do real permite que os sistemas de saúde possam atuar como sistemas de prevenção. “Quando você tiver a informação do paciente, de fato, consolidada, então você vai ter dados reais de prevalência, de incidência e pode-se fazer então um planejamento realmente estratégico de saúde”, avalia Gustavo de Martini. Reunir condições para que estas tendências se efetivem, segundo Ronaldo Souza, da WPD, faz com que as indústrias fornecedoras repensem o seu papel em desenvolver um padrão para o mercado e ir muito além do desenvolvimento da interface, já que atualmente este tem sido o foco de grande parte do orçamento da maioria das empresas. “Interoperabilidade é uma busca que para a gente é questão de sobrevivência”, afirma. Um dado importante diz respeito ao momento que o Brasil atravessa no cenário mundial. O fato de se assumir que o país vive uma dinâmica de desenvolvimento e de pleitear maior representatividade no cenário mundial, traz a possibilidade de aproveitar este momento para alavancar a estruturação do se-
tor de saúde. A exemplo da Inglaterra, que hoje é reconhecida como um exemplo de eficiência, como comenta o gerente de tecnologia da informação da Philips, Alain Mourot, o Brasil vive um ponto crítico de crescimento que pode impulsionar o desenvolvimento do setor. “O sistema da Inglaterra, que hoje todas as pessoas dizem que é uma maravilha, nasceu por conta do desastre da (ex-primeira ministra inglesa) Margaret Tatcher na gestão do sistema de saúde. A saúde chegou a níveis tão péssimos que motivou a mudança”, diz Mourot. A situação do Brasil, entretanto, segundo o executivo, não se assemelha à inglesa em níveis de caos na saúde, mas o exemplo serve para que as experiências sejam aprendidas, já que o país atualmente conta com uma base que pode servir de modelo para desenhar um novo sistema de saúde brasileiro. “Eu vejo hoje uma grande oportunidade para o Brasil, neste momento de crescimento, é exatamente neste momento que você consegue fazer algumas reformas, ou seja, realmente desenhar uma solução que agregue muito no nível do paciente”, finaliza Mourot.
Benefícios: - Mapeamento das demandas em saúde - Melhoria na qualidade e segurança do paciente - Melhor distribuição dos recursos em saúde - Maior colaboração entre os players do setor - Sustentabilidade das ações
A gestão não parte do olhar clínico, mas do olhar sobre o faturamento
Foto: Ricardo Benichio
André Almeida, da Sec. de Saúde do Estado de São Paulo
Fornecedores Hospitalares revista
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ARTIGO
O PODER DO RELACIONAMENTO NA OBTENÇÃO DE RESULTADOS EFICAZES
Foto: Ricardo Benichio
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GENÉSIO KÖRBES É A DMINISTRADOR HOSPITALAR MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL SÓCIO DA KÖRBES CONSULTING
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er e saber usar a seu favor uma boa rede de relacionamento é uma das formas de obter resultados eficazes para a organização. Mas como fazê-lo? Há muitas maneiras. Entretanto, deve-se sempre ter em mente que, no plano do relacionamento, a comunicação é o ato mais importante. Este foi o tema de palestra que proferi recentemente durante o 5º Congresso Brasileiro de Gestão em Clinicas de Serviços de Saúde, realizado na Hospitalar Feira+Forum no final de maio. Muito se fala sobre a comunicação e muitos acreditam que dominam todos os seus meandros. Ainda assim, eu os convido para uma ref lexão mais profunda a respeito do tema. No contexto organizacional, a comunicação pode ser intrapessoal, interpessoal ou corporativa. A comunicação intrapessoal está muito ligada à imagem que passamos àqueles com os quais convivemos no ambiente de trabalho ou fora dele. É caracterizada por nossos defeitos e virtudes, condicionamentos, valores e crenças, cultura, hábitos e costumes e até mesmo preconceitos. Trata-se da bagagem que acumulamos ao longo dos anos, que molda nossa personalidade e, consequentemente, nossa maneira de ver o mundo e por ele ser visto. Já a comunicação interpessoal abrange a forma como é feita nossa interação com o meio e com o outro. Para isso, lançamos mão da linguagem verbal, escrita e corporal, bem como emoções e gestos. Estas três últimas caracterizam a comunicação não-verbal, que assume crescente relevância, ainda mais se levarmos em conta que, proporcionalmente, ela é muito mais utilizada que a comunicação verbal. Por fim, temos a comunicação corporativa, constituída pelos canais de comunicação usados no mundo empresarial. Aí se abre um universo de ferramentas e ações, desde as mais simples às mais complexas, das formais às informais. Entram neste rol tanto as ligações de telefone e a troca de e-mails, como as vídeo e teleconferências, as – às vezes intermináveis – reuniões e mesmo as conversas “de corredor”. A comunicação é o combustível que alimenta e mantém os relacionamentos e está presente até no mais simples dos gestores. Daí passamos para as formas de relacionamento com vistas à obtenção de resultados. Na primeira instância, é preciso levar em conta que o relacionamento entre você, seu time e sua empresa deve ter como foco o cliente. Além disso, quem busca resultados deve ref letir sobre algumas questões como: “Por que tantos medíocres são valorizados?”, “Por que algumas pessoas têm sucesso mesmo não tendo capacidade?”, “Por que pessoas competentes não conseguem se projetar?”. Muitas vezes, a resposta está na força da rede de relacionamento de que essas pessoas dispõem. O relacionamento que gera resultados também depende da forma como você organiza sua equipe. Vocês formam um time coeso e integrado, onde os mais fortes sustentam os mais fracos? É preciso levar em conta, ainda, a estratégia da empresa. Não importa o nome que você dá a seus objetivos estratégicos, sua missão é encantar e superar as expectativas dos clientes? Pois toda empresa deveria ser simplesmente fanática por isso, lembrando sempre que quem faz o relacionamento com os clientes são seus funcionários e, em algum momento, eles devem ser preparados para isso – acredite se quiser, em muitas situações, os gestores simplesmente se esquecem de comunicar aos colaboradores sua responsabilidade no relacionamento com o cliente. É possível exercitar o relacionamento para obter resultados. Tanto no ambiente interno – com capacitação, desenvolvimento e estímulo ao envolvimento e comprometimento das pessoas – quanto no externo – no cenário da saúde, através de ações voltadas aos diferentes stakeholders convênios, fornecedores e médicos, bem como ações de benchmarking e benefícios ao cliente-paciente. Investir na qualidade do produto, na cordialidade e na agilidade do atendimento também inf luencia positivamente o relacionamento. Relacionamento é comunicação e esta, por sua vez, é um ref lexo do comportamento e da atitude.
REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES
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ESPAÇO JURÍDICO
A LEI, ORA A LEI... A
prática da advocacia em nosso escritório voltada para empresas de negócios da saúde já tem mais de 10 anos. Neste período temos interagido com a Anvisa representando nossos clientes e consegui criar uma lista das principais reclamações do setor regulado quanto a atividade dos servidores da agência.
Em primeiro lugar disparado está a lentidão para a finalização dos procedimentos administrativos necessários para que as empresas iniciem suas atividades e coloquem seus produtos no mercado. A lentidão acaba por criar uma barreira a entrada de novos produtos e novos concorrentes engessando o mercado.
Foto: Ricardo Benichio
Reduzir os tempos de processo é um desafio de gestão para o setor público em geral, contudo as agências reguladoras foram criadas com autonomia e orçamento próprios para terem uma condição privilegiada para superálo. Não se negue que há progressos neste item, mas as necessidades da sociedade e do mercado demandam um avanço muito mais rápido e intenso.
RODRIGO A LBERTO CORREIA DA SILVA É CORREIA DA SILVA A DVOGADOS, PRESIDENTE DOS COMITÊS DE SAÚDE DA C ÂMARA BRITÂNICA DE COMÉRCIO (BRITCHAM) E DA C ÂMARA A MERICANA DE COMÉRCIO (AMCHAM), SÓCIO DO ESCRITÓRIO
ADVOGADO DE DIVERSAS ASSOCIAÇÕES DE CLASSE E EMPRESAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS DE SAÚDE , M ESTRE EM DIREITO PELA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE C ATÓLICA DE SÃO PAULO (PUC-SP) E AUTOR DO LIVRO “R EGULAMENTAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE” – RODRIGO@ CORREIADASILVA.COM.BR
Em segundo lugar temos as inovações normativas, algumas juridicamente contestáveis, outras com pouca participação efetiva dos setores envolvidos nos debates que levam a sua criação e umas tantas que são implementadas abruptamente não dando ao setor regulado o necessário tempo de adaptação. Todas alinhadas a programas de governo causando insegurança quanto a necessária independência e orientação puramente técnica das agências reguladoras. Em terceiro lugar um item que não pode ser atribuído completamente a Anvisa mas a rede de vigilância sanitária formada pela agência e pelas suas primas estaduais e municipais que é a falta de alinhamento técnico, coordenação operacional e comunicação. Claro que a Anvisa não pode comandar entes estaduais ou municipais porém vemos estes mesmos problemas em atividades que foram delegadas e aí urge que a Anvisa gerencie esta delegação ou retome os serviços sob falta na execução de suas próprias atribuições – o mesmo raciocínio se aplica as delegações dos Estados para os Municípios. O quarto ponto, que nos parece de solução mais simples e rápida, diz respeito as variações de entendimento entre os servidores da Anvisa e do mesmo servidor em momentos diferentes. Não é necessário se estender nos problemas práticos e na insegurança que isto gera no setor regulado. Entendemos que este ponto é de simples solução pois para isto é que serve o direito. Para que se crie simplicidade e segurança dentro da complexidade. A partir do momento que o sistema jurídico capta fragmentos de uma realidade complexa os cristaliza nas normas e indica critérios de decisão vinculando as ações subseqüentes está criando eficiência pelo ganho de escala (as discussões amplas e complexas só vão até a criação da norma cuja aplicação se dará milhares de vezes), alinhando expectativas (os servidores públicos sabem o que esperar e os agentes regulados também) e entregando confiança pela reprodutibilidade do processo decisório (que deve seguir fidedignamente o que definido pela norma – portanto pode ser auditado). Como o direito já está posto, basta segui-lo para evitar as variações de entendimento, a análise lógica das normas e a avaliação criteriosa dos fatos e seu enquadramento em uma determinada cadeia normativa sempre levará a mesma solução. Mesmo que pelas imperfeições da linguagem ou pela complexidade da vida cotidiana possam ocorrer exceções, delas também se ocupa o direito, o Inciso XIII do parágrafo único da Lei 9.784/1999 (lei do processo administrativo federal) determina que a Administração pública não pode modificar seu entendimento sobre um determinado tema. Ou seja simplesmente desenvolvendo os conhecimentos jurídicos dos servidores da Anvisa e garantindo que pautem sua atuação pelo direito já teremos menos um ponto nesta lista – aliais pensando bem fazendo isto a lista deixará de existir.
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REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES
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© Copyright 2009, Agfa HealthCare NV. All rights reserved.
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S a ú d e B u s i n e ss S c h o o l Os melhores conceitos e práticas de g e s t ã o , a p l i c a d o s a o s e u h o s p i ta l
Módulo 6
Gestão de TI Este caderno pode ser destacado
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Introdução Depois do sucesso do primeiro saúde business school, continuamos com o projeto. Este ano falaremos sobre gestão hospitalar Percebendo um intenso interesse do mercado por assuntos mais aprofundados
especializadas, para que cada uma escreva sobre o tema
em gestão, nesta edição do projeto
de sua expertise, trazendo assim ao leitor um material
Saúde Business School falaremos
abrangente e didático, escrito pela visão de quem ensina e
sobre administração hospitalar. Em
vivencia a realidade da saúde no Brasil.
cada um dos capítulos, falaremos
O projeto será desenvolvido em 12 módulos, que serão
sobre a gestão de cada área do
publicados de janeiro a dezembro de 2010 nas edições da
hospital, buscando auxiliar os leitores
revista Fornecedores Hospitalares. Cada um deles tratará
na
de tema específico de gestão, detalhado abaixo.
organização,
planejamento
e
implantação de processos em cada
O grande objetivo desse projeto é auxiliar os hospitais na
uma das áreas abordadas.
gestão de suas instituições trazendo um material que pode
Para ter um conteúdo aprofundado e
ser utilizado como instrumento de apoio para as atividades
relevante, buscamos a parceria com
de cada área. Conteúdos complementares poderão ser
instituições de ensino e consultorias
acessados no site www.revistafh.com.br/businesschool
O projeto envolve os seguintes temas: Módulo 1 – Gestão da Qualidade Módulo 2 – Gestão da Hospitalidade Módulo 3 – Gestão Comercial Módulo 4 – Gestão Financeira Módulo 5 – Gestão de Serviços Terceirizados Módulo 6 – Gestão de TI Módulo 7 – Gestão do Corpo Clínico Módulo 8 –Gestão de Tecnologia e Infraestrutura Módulo 9 –Gestão de Suprimentos Módulo 10 – Governança Corporativa Módulo 11 – Gestão de Pessoas Módulo 12 – Gestão de Marketing
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GE S TÃO DE TI Érico bueno, Alberto Ciccone e Sergio fukushima
Não há dúvidas que estamos vivendo a era da informação e das mudanças. O advento do computador desencadeou uma das maiores revoluções que o homem já presenciou permitindo processar uma quantidade de informações nunca imaginado há pouco mais de 50 anos atrás. Ainda muito citada, a lei de Moore apresentou que o poder do processamento dos microchips iria dobrar a cada 18 meses, fazendo com que os computadores fiquem cada vez mais potentes, resultando na criação de redes e automação de serviços. Há também uma quantidade e diversidade de sistemas destinados a suportar as áreas de negócio de uma empresa, hospital ou clínica.
tipos de sistemas de informação Tipos de sistemas
Sistemas do nível estratégico Previsão Quinquenal da tendência de vendas
Sistemas de apoio executivo (SAEs)
Previsão quinquenal de orçamento
Plano operacional quinquenal
Planejamento de lucros
Planejamento de pessoal
sistemas do nivel gerencial Sistemas de informações gerenciais (SIGs) Sistemas de apoio à decisão (SADs)
Gerenciamento de vendas
Controle de estoque
Orçamento anual
Análise de investimento de recursos
Controle de estoque
Análise das vendas por região
Programação da produção
Análise de custo
Análise de preços e lucratividade
Análise de custo de contratos
sistemas do nivel do conhecimento Sistemas de trabalhadores do conhecimento (STCs) Sistemas de automação de escritório
Estações de trabalho de engenharia
Estações de trabalho gráficas
Estações de trabalho administrativas
Edição de texto
Tratamento de imagens (digitalização) de documentos
Agendas eletrônicas
sistemas do nivel operacional Controle do maquinário Sistemas de processamento de transações (SPTs)
Negociação de seguros
Folha de pagamento
Remuneração
Contas a pagar
Treinamento e desenvolvimento
Acompanhamento de pedidos
Programação industrial
Processamento de pedidos
Controle de movimentação de materiais
Gerenciamento do caixa
Contas a receber
Manutenção do registro de funcionários
Vendas e marketing
Fabricação
Finanças
Contabilidade
Recursos humanos
Fonte: Extraído de K.C. Laudon e J.P. Laudon, SIG, 5ª edição, Pearson, 2004
Com um cenário tão dinâmico de mudanças existe uma percepção de que os custos estão cada vez mais altos e com retorno difícil de mensurar e justificar (figura 2). As pessoas que fazem uso da tecnologia sentem que está cada vez mais complicado acompanhar e compreender tudo o que está acontecendo.
falando em custos Time de Implementação 13,6%
Outros 3,4%
Software 30,2%
Treinamento 10,9%
Hardware 17,8%
Consultoria 24,1%
Mesmo com os avanços da tecnologia existe grande dificuldade em obter consenso no estabelecimento de padrões que visam uma melhor integração de sistemas em uma arquitetura corporativa. Na área hospitalar, a falta de integração entre sistemas é talvez uma das mais graves de todos os setores onde é até difícil de entender uma linguagem própria, e portanto, dar um direcionamento adequado que possa integrar os processos de negócio as ações de TI de forma otimizada. A proliferação de ativos aumentou a complexidade do ambiente de TI, aumentando custos operacionais e administrativos e reduzindo a produtividade da infraestrutura. Para resolver os problemas relacionados a aplicação, uso e controle das tecnologias da informação, as organizações estão dedicando grandes esforços na gestão da TI com boas práticas e conceitos de governança.
Figura 2
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Governança em TI
A governança sobre novas tecnologias, incluindo TI, tem como missão a definição de estratégias e direções para assegurar que objetivos serão alcançados, riscos serão gerenciados e recursos serão utilizados responsavelmente. As boas práticas em TI mostram-se fundamentais para que os hospitais assegurem a continuidade dos negócios. Até recentemente, a área de TI era tida como importante, mas vista exclusivamente como uma área de apoio do hospital. Hoje esta visão parece que está mudando para uma visão mais integrada ao core do hospital como uma área crítica para o atendimento de pacientes, acesso rápido as informações clínicas, eliminação de erros e redução de custos de saúde. As organizações que adotam as boas práticas de governança em TI têm como diretrizeschave a transparência, a equidade, a prestação de contas, o cumprimento de leis e a ética. Para cumprir estas tarefas é preciso de gestores com qualificação, já que grande parte dos problemas enfrentados decorre da falta de entendimento do negócio e não das tecnologias disponíveis. Além disso, é preciso que os gestores tenham um pensamento estratégico em alinhamento com a missão da instituição, boa negociação com as demais áreas e interessados, ter capacidade de gerenciar riscos e mensurar resultados.
COBIT
A ISACA (Information Systems Audit and Control Association), desenvolveu um guia descrevendo uma série de procedimentos para servir de ferramenta de referência para a gestão da TI. Este guia conhecido por Cobit (Control Objectives for Information and related Technology) contém uma série de instruções como melhores práticas de planejamento, organização, aquisição, implantação e técnicas de gerenciamento em TI. Especialistas em gestão e institutos independentes recomendam o uso do CobiT como meio para otimizar os investimentos de TI, melhorando o retorno sobre o investimento (ROI) percebido, fornecendo métricas para avaliação dos resultados (KPIs, KGIs e CSFs). Todas as recomendações e processos descritos na tabela ao lado, têm o intuito de possibilitar aos gestores maximizarem os benefícios, capitalizarem oportunidades e alcançarem uma vantagem competitiva. O CobiT independe das plataformas de TI adotadas nas organizações, tal como independe do tipo de negócio e do valor e participação que a tecnologia da informação tem na cadeia produtiva da organização. Sendo assim sua aplicabilidade é muito grande.
ITIL
Para melhores práticas relacionadas a serviços, a ITIL (Information Technology Infrastructure Library) busca promover a gestão com foco no cliente e na qualidade dos serviços de TI. A ITIL endereça estruturas de processos para a gestão de uma organização de TI apresentando um conjunto abrangente de processos e procedimentos gerenciais, organizados em disciplinas, com os quais uma organização pode fazer sua gestão tática e operacional em vista de alcançar o alinhamento estratégico com os negócios. Quando se fala na melhoria da maturidade dos serviços prestados, o mais adequado é implementar na empresa os processos preconizados pela ITIL principalmente os processos das áreas que envolvam a gerência de Service Support e Service Delivery (figura 4). A ITIL traz algumas mudanças de paradigma, tais como: faz com que o negócio foque no valor e não no custo; nos faz pensar em toda a cadeia que envolve a prestação de serviços (end-to-end service) e não uma visão fragmentada; e internamente transfere o olhar para processos e pessoas e não apenas na tecnologia.
ITIL
PLANEJAR E ORGANIZAR 1. Definir um Plano Estratégico de TI e Orientações 2. Definir a Arquitetura de Informação 3. Determinar o Gerenciamento Tecnológico 4. Definir os Processos de TI, Organização e Relacionamentos 5. Gerenciar o Investimento em TI 6. Comunicar os Objetivos de Gerenciamento e Orientar 7. Gerenciar os Recusos Humanos de TI 8. Gerenciar a Qualidade 9. Estimar e Gerenciar os Riscos de TI 10. Gerenciar Projetos
ADQUIRIR E IMPLEMENTAR 1. Identificar Soluções Automatizadas 2. Adquirir e Manter Software de Aplicação 3. Adquirir e Manter Infraestrutura de Tecnologia 4. Habilitar Operação e Uso 5. Obter Recursos de TI 6. Gerenciar Mudanças 7. Instalar e Credenciar Soluções e Mudanças
ENTREGAR E DAR SUPORTE 1. Definir e Gerenciar Níveis de Serviço 2. Gerenciar Serviços de Terceiros 3. Gerenciar Performance e Capacidade 4. Assegurar Serviço Contínuo 5. Assegurar Segurança de Sistema 6. Identificar e Alocar Recursos 7. Treinar Usuários 8. Gerenciar Serviços de Escritório e Incidentes 9. Gerenciar a Configuração 10. Gerenciar Problemas 11. Gerenciar Dados
SERVICE SUPPORT
SERVICE DELIVERY
12. Gerenciar o Ambiente Físico
• Gerenciamento de incidentes
• Gerenciamento de incidentes
13. Gerenciar Operações
• Gerenciamento de problemas
• Gerenciamento de problemas
• Gerenciamento de configuração
• Gerenciamento de configuração
• Gerenciamento de mudanças
• Gerenciamento de mudanças
MONITORAR E AVALIAR
• Gerenciamento de liberações
• Gerenciamento de liberações
1. Monitorar os processos 2. Assegurar avaliação dos controles internos
FIGURA 4 – PROCESSOS RELACIONADOS AOS SERVIÇOS DE TI
3. Obter avaliação independente
Gestão de Projetos
4. Prover auditoria independente
Devido a dinâmica do ambiente de hospitais e clínicas, as atividades relacionadas a gestão de projetos é uma das mais importantes das áreas de TI, sejam de implantação e integração de sistemas, planejamento e dimensionamento de redes, montagem de datacenter, compra de equipamentos, redução de custos entre outros. Para aumentar as chances de sucesso, garantir a qualidade, controlar custo e tempo, garantir a satisfação dos clientes e
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Fonte: Adaptado de Alvarez, (1996)
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usuários, cada vez mais a gestão de projetos se mostra como uma atividade muito valorizada neste segmento. Embora os nomes possam variar em função da cultura da organização ou na natureza do projeto, basicamente os projetos se dividem nas seguintes fases:
Iniciação
Planejamento
Relaciona-se à definição do que será feito, que áreas serão envolvidas, definição das premissas e restrições, nomeação de responsáveis, estimativa de equipe e definição das regras de trabalho.
Relaciona-se ao mode com o projeto será feito, formalização do escopo, tempo e custo, definição de regras de comunicação e alteração de escopo, nomeação dos participantes dos comitês de decis˜åo, identificação de integrações necessárias, definição da equipe do projeto e suas atividades e elaboração do cronograma de atividades.
É a realização do trabalho propriamente dito. Corresponde ao desenvolvimento da solução, produto ou serviço, seguindo as definições do planejamento. Esta atividade está intrinsecamente relacionada com a etapa de monitoramento e controle. Execução
Basicamente é o acompanhamento da execução das atividades do projeto é responsável por garantir o planejamento seja cumprido, pois o risco de se idealizar algo no planejamento e isto não for cumprido é grande. O fato mais importante sobre o Monitoramento monitoramento é que os desvios custam menos para serem ajustados quanto antes forem identificados. Um erro de execução e controle identificado no final do projeto, pode custar mais que o projeto todo para ser corrigido.
Conclußão
Corresponde ao processo de disponibilização e validação da entrega desenvolvida na fase de execução. Geralmente é quando ocorre a formalização da entrega, assinatura do termo de aceite de entrega pelos usuários e patrocinadores. Esta fase é muito importante para se encerrar o evento e evitar que os projetos n˜åo tenham fim, uma vez que depois de entregue sempre aparecerão solicitações de melhorias ou alterações, que deverão ser tratadas por um novo ciclo, iniciando por uma nova iniciação e seguindo este modelo.
Pontos principais no gerenciamento de projetos na área da saúde
Em projetos na área da saúde, principalmente em hospitais e grandes clínicas, há a necessidade de priorizarmos alguns tópicos com maior atenção, como a gestão da comunicação, gestão de integração, gestão da aquisição e gestão dos riscos. • Gestão da comunicação – quando trabalhamos com médicos e outros profissionais na área da saúde, concorremos com agenda dos hospitais, de consultórios e até emergências, por isso é importante reforçar sempre a responsabilidade de cada um no projeto, quais atividades estão sob sua responsabilidade, quais as datas das próximas reuniões, quem deverá participar e a garantia que as decisões estão sendo conhecidas por todos os envolvidos. Além disso, estes profissionais geralmente não possuem conhecimento técnico das soluções, o que demanda da equipe do projeto maior atenção e cuidado na passagem das informações. • Gestão das integrações – em hospitais é muito comum encontrar diversos sistemas convivendo juntos e infraestruturas completamente diferentes, como racks de informática dentro das UTIs. Por isso a importância em gerenciar a integração destes universos para evitar incompatibilidades funcionais, necessidade de retrabalhos pela equipe operacional e informações gerenciais divergentes obtidas por sistemas de diferentes, ex.: número de exames realizados no sistema hospitalar diferente do informado pelo PACS. • Gestão das aquisições – muitos dos equipamentos e sistemas necessários para a saúde são de complexidade alta e possuem grande tempo de fabricação ou aquisição, isso sem levar em conta os riscos nos casos de importações. Na maioria dos projetos, estes itens acabam sendo os maiores gargalos, gerando atrasos e insatisfação geral. • Gestão de riscos – a gestão constante de riscos garante previsão e gerenciamento de eventos positivos e negativos, prevenindo ou minimizando problemas antes que se tornem críticos e buscando oportunidades que possam ajudar e melhorar o resultado ou andamento do projeto.
Gestão de Risco de TI
A gestão de riscos merece uma atenção especial uma vez que problemas podem acontecer. Muitas vezes não há nada que você faça que possa fazer para evitar isto, principalmente em um ambiente tão complexo como a área de saúde. Mesmo que você não possa prever e tomar ações visando se antecipar e eliminar por completo todos os problemas, mesmo assim quando eles sugirem você pode administra-los se estiver preparado.
Afinal o que é Risco?
Risco corresponde a um Evento ou condição INCERTA que, se efetivamente ocorrer durante um processo ou projeto, pode implicar em efeito NEGATIVO nos resultados. Isto quer dizer que riscos, podem representar tanto um OPORTUNIDADE de melhoria ou um OBSTÁCULO dependendo de como você vai lidar com o problema. A Gestão de Riscos (termo também conhecido como Risk Management) é um processo/disciplina utilizado a muito tempo no mundo dos negócios e que busca sempre o melhor equilíbrio entre riscos e custos de operações. Na área de TI ela é utilizada avaliando-se questões como tempo de downtime de operações e abrangendo diversas áreas que vão desde a parte lógica - softwares específicos que não podem ficar sem acesso (como banco de dados) até a parte estrutural (como rede/internet, servidores, armazenamento de dados e etc), além das questões de custos x benefícios a nível de investimento financeiro.
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Atualmente muitas empresas se tornaram dependentes dos seus sistemas de informação. Isto não é diferente nos hospitais e clínicas, principalmente por tratar de informações e imagens cruciais para o diagnóstico e tratamento de seus pacientes. O departamento de TI fornece suporte a operação do hospital, tornando-se parte integrante da estratégia ou como vantagem competitiva. Para estas organizações o ambiente de TI não pode ser vulnerável ou instável, o que traria riscos para suas operações. Hoje, o conceito sobre riscos de TI evoluiu e tornou-se clara a visão de que os riscos de TI não são unidimensionais. Um completo programa de gestão de riscos de TI avalia os riscos relativos à segurança e disponibilidade de dados, disponibilidade integral e performance dos ativos de informação e a conformidade com exigências regulatórias ou legais. A área de TI deve cobrir todos os aspectos de segurança e controle das informações digitais da organização, devendo desenhar processos de controle das aplicações para assegurar a confiabilidade do sistema operacional, a veracidade dos dados de saída e a proteção de equipamentos e arquivos. Para cumprir essas exigências os CIOs devem rever todos os processos internos cobrindo desde as metodologias de desenvolvimento de sistemas até as áreas de operações de computadores. Além disso, promover uma conscientização nas áreas usuárias de seus recursos sobre os aspectos de segurança e cuidados na manipulação das informações, tais como: e-mails, compartilhamento de diretórios nos PCs, compartilhamento de senhas de acesso aos aplicativos, etc. Estes aspectos de engenharia social também devem ser reforçadas para o pessoal de TI, que as vezes não conseguem determinar os riscos de segurança em suas soluções. Práticas para Evolução do Gerenciamento de Riscos O maior desafio para evoluir de uma boa para uma excelente prática para Gestão de Riscos em TI, consiste no conhecimento dos riscos de TI, quantificando e priorizando o perfil de risco da organização e desenvolvendo um efetivo programa de atividades de remediação. Podemos listar cinco passos que podem auxiliar as organizações na avaliação de seus níveis de riscos de TI, no desenvolvimento de programas de remediação e finalmente, construir efetivos e contínuos programas de Gerenciamento de Riscos de TI.
1º Passo – Desenvolver um trabalho de consciência dos riscos de TI
• estabelecimento do escopo do programa (Até que ponto a identificação dos riscos de TI é apropriada?) • construção de um perfil de riscos para a organização baseado em suas prioridades totais • identificação das áreas de risco da TI Essa avaliação deve considerar também os requerimentos, capacidades e vulnerabilidades atuais da organização, esta etapa envolve a identificação e classificação de suas ameaças, vulnerabilidades e fraquezas com consequente associação de prioridades a estas de acordo com o risco.
2º Passo – Quantificar os impactos sobre os negócios
A quantificação do impacto aos negócios pode ser estabelecida de duas formas: 1) Através da priorização dos riscos baseado em seus poten-
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ciais de impacto aos negócios de acordo com o perfil de riscos da organização e a facilidade ou dificuldade de suas mitigações, medidas em tempo, recursos funcionais e investimentos. 2) Através da construção de argumentos de negócios detalhados somente para aqueles riscos identificados como de alto impacto.
3º Passo – Desenvolvimento de soluções
Desenvolver um conjunto de soluções de remediação, cada um com seus respectivos requerimentos, especificações, objetivos e funções, considerando os elementos clássicos: • Pessoas • Processos • Tecnologias Esta fase também inclui uma detalhada análise de custos para manter os custos e benefícios das iniciativas propostas alinhados aos objetivos organizacionais.
4º Passo – Implementar as soluções e alinhar a TI ao valor dos negócios
A fase de implementação determina se as iniciativas voltadas à mitigação dos riscos estão satisfatoriamente implementadas considerando as pessoas, processos e tecnologias envolvidos e também considerando os objetivos de todos os interessados dentro da organização. Esta fase também requer avaliações e melhorias constantes no sentido de obter a mais eficiente mitigação considerando as diferentes prioridades associadas aos riscos. Com um sistema de métricas coerente e com capacidades de gerenciamento de performance, as organizações conseguem alcançar a etapa de obtenção da dados base, ajustes de performance e avaliação da efetividade do programa ante o cenário original.
5º Passo – Construção e gerenciamento unificado de capacidades
Uma vez iniciada a implementação da primeira onda de soluções de risco de TI, as organizações podem instituir a elaboração de programas visando à melhoria contínua da governança de seus programas de gerenciamento de riscos de TI. Adaptando seus esforços, suas experiências e a evolução de sua maturidade, as organizações podem evitar ou superar os desafios mais comuns da fase de implementação, como projetos reativos e ausência de progressos quantificáveis. Estes processos podem auxiliar as organizações a gerenciar seus recursos efetivamente na busca por melhorias reais e duradouras ao gerenciamento de riscos, com frequente redução da complexidade e dos custos da infraestrutura de TI.
“RAZÕES” PARA NÃO FAZER UMA ANÁLISE DE RISCOS • “Análise de Riscos “ consome” tempo precioso dos membros da equipe de TI“. • “Análise de Riscos demonstra problemas que “só atrapalham e dão muito trabalho“ ! • “Análise de Riscos tem tendência de trazer “más notícias”. • “Análise de Riscos pode expor “falhas profissionais”. • “Análise de Riscos pode levar a situações “ embaraçosas“. • “Análise de Riscos acelera a necessidade de levantar questões que, cedo ou tarde, deveriam ser encaradas naturalmente“ .
Plano de Contingência
Faz parte do gerenciamento de risco a elaboração de um plano de contingência. Segundo a norma NBR ISSO/IEC 17799: “Convém que os planos sejam desenvolvidos e implementados para a manutenção ou recuperação das operações e para assegurar a disponibilidade da informação no nível requerido e na escala de tempo requerida, após a ocorrência de interrupções ou falhas dos processos críticos do negócio.” Um plano de contingência, de um modo geral, é um plano de ação para um eventual desastre ou emergência que ameace interromper ou destruir a continuidade das atividades normais de uma organização.
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Com o crescimento vertiginoso do uso da Tecnologia da Informação (TI), as organizações, (incluindo as instituições de saúde) deverão se preocupar cada vez mais com a continuidade de seus processos operacionais críticos que dependem da TI. Uma forte evidência que poderia levar à descontinuidade de uma organização é a paralisação de sua área de TI e uma outra forte evidência que poderia evitar a morte da organização, neste caso específico, é a formalização de um plano de contingência para a área de TI. Sabemos que as instituições de saúde estão a cada dia se informatizando mais, desde hospitais de grande porte até pequenas clínicas. Hoje as instituições de saúde, as instituições financeiras, as seguradoras, as montadoras de automóveis, etc, estão cada vez mais dependentes da TI em seus processos diários, o que torna o planejamento contingente uma parte essencial de uma estratégia de segurança efetiva da TI.
Benefícios de um Plano de Contingência
Algumas vantagens da criação e uso de um plano de contingência: • Redução do custo de danos, caso um desastre ocorra • Prêmios de seguro normalmente mais baixos • Melhora na comunicação e relacionamento entre departamentos • Aumento na conscientização entre os funcionários da importância da segurança e do valor do patrimônio que está sendo protegido Passos recomendados para elaboração de um Plano de Contingência: • Conscientização: – Para que qualquer plano de contingência funcione bem é necessário que todos os membros da organização estejam conscientes de sua importância; – Os programas de conscientização dentro da organização deverão ser periódicos e deverão abranger, no mínimo, todos os departamentos usuários da TI; – O programa de conscientização do plano de contingência será algo que deverá ser abordado no início do projeto e continuar em paralelo durante a fase de teste e manutenção do plano. • Formação de uma equipe de planejamento: – Montar uma equipe composta por representantes das áreas críticas da organização. • Avaliar as atividades críticas: – Através da análise de impactos, a equipe poderá fazer um levantamento dos processos críticos do negócio. • Relação do pessoal Necessário: – Elaboração de uma lista com os nomes, endereços e telefones de todo pessoal que seja essencial para a execução do plano. • Infraestrutura necessária: – Com base nos processos críticos serão dimensionados os equipamentos necessários. • Dados, software e documentação: – Adotar rotina para manter disponível em caso de emergência, toda a documentação e softwares necessários para a restauração dos sistemas. • Alternativas de coleta de dados e distribuição de saídas: – em caso de emergência a emissão de relatórios e outras saídas podem ser alteradas devido as condições do processamento dos dados, por isso, é necessário a criação de alternativas para essas ações. • Locais de backup alternativos: – Escolha de um local alternativo para a restauração de toda a estrutura física de processamento, muitas organizações criam acordos de reciprocidade com outras organizações, ou optam por ter sua própria área de restauração alternativa. • Manuais de contingência: – Todos os procedimentos devem ser rigorosamente registrados e disponível ao alcance das pessoas responsáveis, deve-se adotar medidas de confidencialidade desse material, pois como conta com informações críticas, este pode ser usado indevidamente. • Testes de contingência periódicos: – Realizar testes de contingência de todos os procedimentos que serão executados a fim de verificar a sua eficácia, os pontos fracos do plano de contingência são detectados na realização destes testes.
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C a s o d e s u c e ss o Informação certa, na hora certa A gestão de TI do Biocor Instituto tem como foco um melhor controle e disponibilização dos dados e informações, assim como dos processos administrativos e financeiros Thaia Duó – tduo@itmidia.com.br O Biocor Instituto, de Nova Lima (MG), desde o início de suas ati-
O executivo salienta que hoje é possível afirmar que a tecnologia da
vidades em 1985, procurou por meio da sua própria estrutura de TI
informação e comunicação é peça estratégica do Sistema de Gestão
desenvolver internamente sistemas informatizados para o controle
Integrado do hospital. “A TIC possibilita o registro das informações
das suas operações. Hoje, a sua gestão de TI está estruturada com
com segurança, permite a recuperação e análise dessas informações
12 profissionais especializados, mais de 12 servidores e mais de
com agilidade, gerando conhecimento, e auxilia na avaliação e
500 estações de trabalho, além de links de internet. O foco é ter um
comunicação dos resultados para a tomada de decisões.”
melhor controle e disponibilização dos dados e informações, assim
Em 2009, a gestão de TI do Biocor investiu 11% a mais do que em
como dos processos administrativos e financeiros.
2008 em novas ferramentas. Para 2010, o plano é reduzir a utiliza-
De acordo com o diretor-presidente do Biocor, Mario Vrandecic,
ção do documento em papel e focar na implantação da versão web
todos os setores do hospital estão informatizados e integrados.
do sistema informatizado.
“As informações são registradas em tempo real e disponibilizadas
Vrandecic afirma que o crescimento dos investimentos de TI na
conforme os critérios de segurança e as regras de negócio pré-esta-
instituição é constante devido aos bons resultados constatados por
belecidas”, conta.
meio de indicadores chave de desempenho. “Trabalhar com indi-
Para que a TI permeasse todo o hospital, a TI do Biocor, que está
cadores é uma regra para todos os setores do hospital. Só o que é
ligada diretamente a diretoria geral, definiu em 2004 migrar para
medido pode ser melhorado.”
uma solução de tecnologia única. A implantação e a customiza-
O maior desafio da gestão de TI é aumentar a rapidez, qualidade e
ção do Sistema Informatizado Integrado do hospital ocorreram
segurança das informações, através de projetos que visam a segu-
em quatro meses, por meio de um intensivo treinamento promo-
rança e os direitos do paciente e a sustentabilidade da instituição. O
vido pela equipe da empresa contratada, bem como à absorção
executivo diz que assim como na maioria das instituições de saúde
pelo corpo clínico.
a informação certa no tempo certo para a pessoa certa é a grande
“Merecem destaque o prontuário eletrônico e o módulo de
barreira, que vem sendo vencida a cada ano no Biocor. “Desde 1998
‘Business Intelligence’, que fornece as informações necessárias
utilizamos código de barras na gestão de medicamentos para uma
assim que solicitadas, dentre outras ferramentas importantes para
melhor segurança do paciente. Esse é um exemplo do que já alcança-
uma gestão eficiente, integrada e moderna”, ressalta Vrandecic.
mos e evoluímos com a tecnologia da informação”, diz Vrandecic.
Dentro de suas práticas de melhoria contínua e com foco no aprimo-
A partir das implantações dos projetos de TI o hospital passou a
ramento e desenvolvimento da gestão de riscos, o Biocor Instituto
ter faturamento de 99% das contas com convênios e fechamento
conta, ainda, com o modelo estratégico Balanced Scorecard (BSC)
financeiro e contábil até o dia cinco de cada mês. “Também passa-
baseado no SA – Strategic Adviser, além de um sistema de acompa-
mos a utilizar softwares BSC, BI, gestão de custos e de riscos entre
nhamento da legislação relativa à qualidade, segurança e saúde ocu-
outros, como ferramenta na gestão estratégica e de resultados”,
pacional, meio-ambiente e responsabilidade social, entre outros.
conclui o diretor-presidente do Biocor Instituto, Mario Vrandecic.
Sobre os Autores autores
Érico Bueno, é administrador com MBA pela Business School de São Paulo. Atuou em multinacionais de equipamentos medicos e foi gerente de negócios em Healthcare IT na América Latina. Foi responsável pela implantação do PACS do Hospital das Clínicas de São Paulo e Diretor de TI, Engenharia Clínica e Infraestrutura do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Atualmente é Diretor Executivo da Health Consult. Alberto Ciccone, é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo - POLI USP e pós graduação em Gestão de Projetos. É especialista de sistemas de gestão hospitalar e processos de melhoria e otimização de recursos. Trabalhou em instituições de referência públicas e privadas, e atualmente atua como gerente nacional de projetos na Health Consult. Sergio Fukushima, pós-graduado em Análise de Sistemas, com especialização em ERP SAP e plataforma Microsoft Windows Server2003. Tendo atuado em cargos de gestão em empresas do setor de diagnóstico por imagem e hospitais de referência. Atualmente é consultor de Infarestrutura de TI e Telecom na Health Consult.
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Ace sse o m at e r i a l c o m p l e m e n ta r e m w w w. r e v i s ta f h . c o m .b r /b u si n e sss c h o o l
Saúde business school
Saúde Business School é uma iniciativa da IT Mídia. Todos os direitos reservados.
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de olho nos fornecedores
TI
Foco nacional
Gigantes mundiais investem no mercado brasileiro de soluções em Eletronic Health Records. O resultado é um cenário acirrado em que até a baixa informatização do setor propicia negócios diante da crescente interoperabilidade dos sistemas, consolidação das operadoras de saúde e envelhecimento da população Perla Rossetti – editorialsaude@itmidia.com.br
infraestrutura
equipamentos
serviços
Com a globalização, a distância entre players na disputa de mercados é cada vez menor, e os países emergentes como o Brasil têm demandas tão significativas em Eletronic Health Records, que estão atraindo as desenvolvedoras mundiais de soluções de gestão administrativo-financeira. Nesse contexto, a demanda crescente por serviços de saúde constitui oportunidades de segmentação no setor hospitalar, cuja estimativa é de que apenas 4% das instituições brasileiras tenha algum tipo de informatização, da qual 80% das soluções são de provedoras nacionais especializadas. E mesmo na ausência de pesquisas para confirmação dos dados, já que as iniciativas no Centro de Tecnologia de Informática e na Sociedade Brasileira de Informática em Saúde ainda estão em fase inicial, as estimativas do mercado brasileiro chamam mais atenção das provedoras de infraestrutura internacionais do que o pacote de refor-
Dificuldades Apesar do prognóstico positivo, de tão localizadas, as necessidades da vertical saúde no Brasil não são contempladas nas soluções de desenvolvimento global em TI, principalmente no segmento hospitalar. É o que pensa o consultor da área Enio Salu. “É necessário um reposicionamento das multinacionais nesse sentido e os grandes fornecedores de HIS vão se consolidar cada vez mais, adquirindo milhares de empresas de atuação regional e
A cultura tecnológica é relativamente nova nos hospitais, mas a busca por maior assertividade, relação de custo e acessibilidade é uma demanda
materiais e medicamentos
Valdemir Marques, da SAP
ma da saúde do presidente Barack Obama que ampliará a assistência a cerca de 32 milhões de norte-americanos, um incremento considerável no setor que movimenta US$ 2,5 trilhões. Assim, Microsoft, SAP, Cisco, IBM e Dell (via seu braço de serviços Perot Systems), estão preparando planos 52
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de ação para atuarem intensamente no setor brasileiro, com soluções assistenciais, de domínio das informações de pacientes, além das de back-office, para controle gerencial e administrativo. E outras companhias que já operam com soluções de armazenamento e gerenciamento de imagens, como Philips e Agfa, também apostam em HIS (Hospital Information System), para integrar as informações.
sistemas especialistas que não conseguem se manterem viáveis sozinhas”. Nesse sentido, quem vem forte para o Brasil é a norteamericana de redes, a Cisco Systems que chega com a solução de telemedicina HealthPresence, lançada em abril na Conferência Healthcare Information and Ma-
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de olho nos fornecedores nagement Systems Society (HIMSS), em Atlanta. As vendas líquidas globais para os nove primeiros meses do ano fiscal de 2010 alcançaram US$ 29,2 bilhões e segundo o diretor para o setor público, Amos Maidantchik, embora não haja análise para aquisições de empresas no país, a opção não é descartada, já que o crescimento e aumento de portfólio da companhia sempre foi pautado em fusões, tanto que nos últimos anos cerca de 130 empresas foram incorporadas. Já para o diretor do Instituto Edumed, Renato Sabbatini, as desenvolvedoras nacionais já estão na frente da disputa por terem sido beneficiadas com a regulamentação Nº 1821 do Conselho Federal de Medicina sobre a assinatura digital, confidencialidade e o Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2). “A computação clínica exige uma consultoria pré-certificação e investimentos mais intensos em equipamentos, suporte técnico e de manutenção, rede e instalação, que já desenvolvemos”. Situações Gerente de desenvolvimento de negócios da Cisco, Heitor Gottberg acredita que a vantagem competitiva de produtos assistenciais e de gestão para hospitais da companhia é sua plataforma enxergar o paciente como único, independente da diferença entre os softwares e fornecedores. “Isso é uma demanda de mercado que identificamos e simplificamos dados complexos numa rede que integra as informações”. Já a IBM recebeu mais de 600 patentes em healthcare, lifescience e equipamentos médicos e, segundo sua executiva de desenvolvimento de negócio para o segmento saúde no Brasil, Silvana Zimmermann, além de integrar, suas soluções contribuirão com a inteligente de negócios na área. “A IBM com certeza está preparada para atender a demanda nos próximos cinco anos, e já possui uma ampla variedade de soluções tecnológicas e comerciais para atender este crescimento, como Outsourcing de Compras de produtos não produtivos, por exemplo”. A executiva afirma ainda que a companhia está proporcionando soluções ao segmento de saúde de impactos no re-
sultado operacional. “Como otimizar recursos de enfermagem por meio de modelos matemáticos, controle das regras, gerenciamento de fraude e abuso, soluções analíticas para gestão financeira e até medicina baseada em evidências”. A SAP também está avançando com o front-office, de soluções específicas para administrar as informações no ERP (Enterprise Resource Planning) hospitalar, depois de se consolidar nos produtos administrativos e de gestão. Diretor de vendas para o mercado de serviços e setor público, Valdemir Marques explica que a estratégia considera a realidade do mercado local. “A cultura tecnológica é relativamente nova nos hospitais e laboratórios brasileiros, mas a busca por maior assertividade, relação de custo e acessibilidade é uma demanda”. Dessa forma, a companhia espera crescer de 10 a 15% no país até 2011. “Aproveitando os efeitos da próxima Copa do Mundo e as Olimpíadas sobre a infraestrutura do país e do fato de que o pilar da saúde está na plataforma dos candidatos nessas eleições”. Tendências Para o consultor Enio Salu, as instituições privadas continuarão com a troca ou reimplantação do sistema de gestão hospitalar HIS. “As de gestão evoluída vão focar os sistemas que trazem diferencial competitivo, como RIS, LIS e PACS. Sendo custeio e o investimento em TI-Telecom na ordem de 3,5% do faturamento”. Nos hospitais de operadoras, a pre-
Não existem análises para compras de empresas, mas a opção não é descartada Amos Maidantchik, da Cisco
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visão é incremento de funcionalidades relacionadas a custo e valor por procedimento. “Passaram pela etapa de simplesmente atender a demanda da operadora para tratar de como reduzir custos e ajustar a lucratividade que é baixa. A relação de custeio e investimento será perto de 2%”. Hospitais-escola e de organizações sociais estão compartilhando sistemas entre eles, de acordo com o consultor. “No complexo HC-SP, por exemplo, estão planejando implantar um HIS corporativo, para todos os institutos, e padronizar processos básicos de atenção aos pacientes. Um custeio mais investimento de 2,5 %”. Hospitais públicos continuarão sem rumo nas previsões do consultor. “Sem planejamento de longo prazo, porque a cada eleição muda tudo que estava combinado, e o pouco feito é perdido”. Somado a isso, as normas e regras definidas para a área da saúde geralmente são criadas considerando o perfil de hospitais privados, não sendo aderidas à área publica, cujos hospitais estão distantes tecnologicamente em relação aos demais. “Um descaso cujo custeio e investimento em TI-Telecom são difíceis prever já que não há um perfil definido”. Respostas Com a expectativa de alcançar um faturamento anual de R$ 200 milhões nos próximos cinco anos – em 2009 foram R$ 70 milhões -, a MV tem apostado no setor público e também no lançamento da nova solução, a Soul MV. Considera-
da a sexta maior empresa de gestão no país, e líder em saúde, de acordo com a revista Série e Estudo que analisa mais de 70 subsetores, a companhia brasileira montou há dois anos uma unidade para soluções no setor público de automatização de todos os níveis: das secretarias ao Programa Saúde da Família. “Já implantamos na Zona Oeste de São Paulo, na rede de unidades básicas geridas pela Congregação Santa Catarina; em Betim (MG) e no Espírito Santo”, comemora o diretor geral empresa, Luciano Regus. Para ele, a presença das internacionais ainda é pequena no país. “A competitividade é salutar, mas as iniciativas não alcançam êxito por conta de características como a de que os compradores daqui preferem um único fornecedor”. Peculiaridades não faltam ao país, para o diretor de negócios da WPD, Lázaro Pinheiro. “A legislação brasileira é muito rígida e exigirá dos players de fora percorrer um caminho que já foi trilhado por nós, que atuamos há mais tempo no mercado nacional ”. A WPD atua em seis dos 10 grandes grupos hospitalares do país e sua tática é crescer 25% atendendo pequenos e médios, com modelos no padrão RIS e PEP, e aumentar sua penetração em Parcerias Público-Privadas, como a que estabeleceram no Hospital da Mulher, do Rio de Janeiro. “Aplicamos mais de R$ 1 milhão em certificação digital, mobilidade, e transferência da plataforma da WPD para web só no primeiro semestre deste ano. Nos próximos anos serão investidos R$ 15 milhões no país, a maior parte do valor já nos próximos dois anos”. Por isso, ele observa que nos próximos anos a chegada dos estrangeiros promoverá uma troca de conceitos, principalmente na gestão financeira, mobilidade e as ferramentas de análise clínica e outros produtos de Business Intelligence. Perspectivas Diretor de software da Totvs, que tem mais de 350 soluções administrativo-financeiras e processa mais de 12 milhões/vida em sistemas de mais de 150 hospitais, Gilsinei Hansen concorda com os aspectos concorrenciais
Os países têm soluções que atendem nacionalmente suas peculiaridades. Isso não quer dizer que não sofremos concorrência, mas há empresas no mercado nacional que podem ser ainda mais competitivas em alguns anos Solange Plebani, da Wheb Sistemas
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de olho nos fornecedores regionais. “Os players sofrem com a legislação, nossas práticas de negócios, a gestão administrativo-financeira integrada no hospital e a relação com as operadoras de saúde que é bem diferente do resto do mundo”. Por outro lado, a atuação da Totvs visa à cadeia de valor na gestão por indicadores, com soluções de operações híbridas para Unimeds (plano e hospital) e individuais, além de prover soluções de mobilidade, indicadores e de colaboração, para fidelizar os médicos aos grandes hospitais. “Por nossa natureza de gestão empresarial, a proposta é sempre integrada ao ambiente administrativo-financeiro da instituição, para processos de compras, que levam em conta a prescrição, gestão laboratorial, entre outros, com economia de custos”. Para os próximos cinco anos, o executivo vê o amadurecimento da faixa etária da população, o desenvolvimento e crescimento do PIB per capita como propulsores de demanda. “Investimos cerca 120 mil horas de desenvolvimento de recursos e tecnologias, durante 12 meses, em
novas versões 2011 dos softwares voltados ao segmento de saúde”, revela. Outra empresa nacional do segmento hospitalar que não se sente ameaçada é a Wheb Sistemas, que registrou crescimento recorde de 65% em 2009, com faturamento R$ 16 milhões em licenciamento e suporte técnico. Pelo desempenho mais que satisfatório, a diretora comercial Solange Plebani diz que, mesmo com a chegada dos gigantes internacionais, almeja em 2010 um crescimento de 50% no faturamento da empresa e de seus canais de distribuição, que atendem pela implantação de seus produtos. “Os países têm soluções que atendem nacionalmente suas peculiaridades. Isso não quer dizer que não sofreremos concorrência, mas temos empresas no mercado nacional que podem ter produtos até mais competitivos em alguns anos”. Confiante, mas sem descuidar da retaguarda, ela afirma que a atuação da empresa também tem olhos ao que acontece no resto do mundo, numa via de mão
dupla. “Acompanhamos as tendências, fazemos benchmarking do nosso produto e procuramos nos adequar às tecnologias de ponta, e até já desenvolvemos produtos que fornecedores internacionais tomaram como modelo”. E o futuro em Eletronic Health Records? “Os PEPs vão interoperar entre si, inicialmente de forma regional, depois nacional e talvez um dia mundialmente em nuvens de dados, sempre com foco na segurança do paciente, qualidade e acessibilidade do atendimento. Da nossa parte, continuaremos introduzimos os padrões de interoperabilidade usados na América do Norte e Europa”, diz Solange.
As instituições com gestão evoluída vão focar em sistemas que trazem diferencial competitivo, como RIS, LIS e PACS” Enio Salu, da Escepti
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tecnologia
Implantação
em xeque
Perla Rossetti – editorialsaude@itmidia.com.br
Êxito nos investimentos em TI depende de gestão de processos pré e pós-implantação de sistemas e soluções. Metodologia de governança requer métricas de controle, comprometimento e treinamento dos usuários de todos os níveis hierárquicos, inclusive para análise de desempenho
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Com sistemas de alcance corporativo como o Tasy da Wheb Sistemas (HIS), o Impax da Agfa Healthcare (Pacs), o GED da Intolabs (para gestão eletrônica de documentos), o Rhevolution da Techware (de Recursos Humanos e gestão de pessoas), e outras soluções departamentais, a equipe de TI da Sociedade Hospital Samaritano desenvolveu uma metodologia de implantação das soluções baseada em macro-processos, identificados por relevância e criticidade em relação à operação. “Foram seis cronogramas interdependentes, que geraram a necessidade de cada usuário cumprir à risca e no prazo suas tarefas, sob o risco de comprometer o de outras áreas”, conta o gerente de TI da instituição, Klaiton Luís Ferretti Simão. Como o universo de usuário envolve cerca de 1.500 usuários, incluindo médicos, foi instituída a figura do key-user, profissional de cada área que fica responsável pela execução das tarefas dos inúmeros cronogramas. “Após a implantação, a dinâmica ainda permanece, criando uma mentalidade além das fronteiras do seu próprio departamento ou atuação, o que contribui muito para garantir o pleno uso das ferramentas”, afirma Simão. Subordinada à superintendência geral da instituição, a gestão em TI conta com 30 colaboradores e atua na área de sistemas e negócios em projetos e desenvolvimento de software, infraestrutura para helpdesk, servidores, rede, telecomunicações e telemática. A iniciativa do Samaritano em gerir seus processos de TI é rara de acordo com o sócio-diretor da consultoria Notória, especializado em Finanças Empresariais, Gerenciamento de Projetos e professor da Fundação Getúlio Vargas, em Campinas (SP), Francisco Wilomar Sales e Silva. “Menos de 10% dos hospitais fazem a pós-implantação dos sistemas, mas de forma caseira e não profissional. E o grande desafio para o sucesso na utilização dos produtos das pro-
vedoras na gestão hospitalar tem sido justamente a qualidade da consultoria e gerenciamento dos processos durante a implantação”, afirma. E a falta da gestão corporativa em TI atinge vários segmentos de mercado no Brasil, sendo que a maioria dos esforços (42,9%) é voltada ao gerenciamento das operações da empresa e de mudanças enquanto o mapeamento dos processos fica com 22,9%, como revela pesquisa da Brunise e Camanho & Consultores. Os resultados são os conflitos e incompatibilidades no uso dos sistemas que podem gerar informações inconsistentes, comprometer fechamentos de estoque, contábeis, faturamentos, provocar perda de controle do estoque, descrédito, prejudicando os resultados da empresa e a motivação das equipes. PADRÃO Assim, o consultor Silva afirma que, iniciada sua operação, o sistema necessita de manutenção constante do cadastro de tabelas, configurações, alteração de regras do negócio, novos treinamentos com processos de trabalhos formalizados para todas as etapas, sempre exigindo em contrato a garantia de suporte pela desenvolvedora do software. Quanto ao cadastro de dados, ele diz
Principais práticas de gestão em TI
Gerenc. de Projetos Gestão de Mudanças Planej. Formal de TIC Gerenc. de Ativos de TIC Alinhamento Corpor. da TIC Processos de TIC mapeados Plano de Continuidade do Negócio SARBOX Fonte: Brunise e Camanho & Consultores
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Como é classificado o grau de maturidade de Gestão de Serviços de TI na sua companhia? lay_tecnologia 61
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que o erro está em não se analisar previamente a qualidade das informações. “São dados como a estrutura da família ou subfamília de materiais como, por exemplo, canetas, que atendem a um padrão analisado e definido”. Outra questão é saber se o f luxo de informação e atividades foram melhorados ou revistos antes de serem definidos, considerando a operação fora e dentro do sistema em implantação. “A prescrição médica para o paciente será feita utilizando-se somente o nome genérico do medicamento ou o comercial? Qual o impacto da decisão nas demais áreas hospitalares?”.
Principais práticas de gestão em TI CONTROLES Silva ressalta que é a gestão de todo o processo de implantação depende do entendimento de seus benefícios para o hospital e o comprometimento efetivo dos usuários de diretoria, gerências e cargos operacionais. “As atividades e denominações precisam estar bem definidas, inclusive com indicadores e medidores que sinalizam se está bom ou é preciso melhorar”. Nesse sentido, um elemento para manter o alto índice de uso do sistema é a capacitação contínua tanto em processos quanto a sistemas para que a comunidade e usuários hospitalares não esqueçam a operação e o conhecimento não se perca devido ao turnover das instituições. Mas esse aspecto não elimina a necessidade de um profissional referência que domine o sistema seja ele de faturamento ou almoxarifado. “Ele não precisa ser destacado de suas funções, mas deve agregar esse conhecimento para orientar sua equipe”. FASES Para tirar proveito dos benefícios de um sistema informatizaBrunise e Camanho & Consultores do de gestãoFonte: integrado - antes, durante e pós-implantação -, o consultor sugere uma metodologia de gerenciamento que já foi
implantada nos hospitais Nossa Senhora de Lourdes e São Camilo, em São Paulo. A pré-fase passa pela padronização das práticas de cadastros e processos antes da inserção de qualquer dado no sistema, sendo que envolve basicamente a formatação de tabelas padronizadas – com definição sobre o f luxo de informação e atividade; configuração parametrizada do sistema; movimentação; e análise de consultas e relatórios. “E é a capacidade e comprometimento do usuário de analisar e interpretar as informações disponibilizadas no sistema um fator crítico de sucesso para o projeto”. Desta forma, a padronização das práticas do core business do hospital ou serviço médico também define as configurações do sistema e a compreensão Gerenc. de Projetos posterior dos dados, segundo Silva. “A Gestãoe de Mudanças movimentação, simulação operações está relacionada ao treinamento de usuPlanej. Formal de TIC ários segundo as regras de negócio”. de Ativos E, portanto, após aGerenc. implantação, para de TIC Francisco Wilomar Silva, da Notória manter e potencializar a operação do Alinhamento Corpor. da TIC sistema integrado, as empresas devem TIC mapeados implementar novosProcessos processos. de “Com gestão dos cadastros e configurações, Plano de Continuidade do Negócio atualização de versões, programa de SARBOX capacitação continuada, gestão de comitê de melhoria contínua, gestão de atendimento ao usuário, de auditoria de tabelas e configurações”.
Menos de 10% dos hospitais fazem pósimplantação dos sistemas, mas de forma caseira e não profissional
Como é classificado o grau de maturidade de Gestão de Serviços de TI na sua companhia?
Gerenciado 20%
Definido 28,57%
Otimizado 5,71% Inexistente 2,86%
* Graus de Maturidade
Inicial 20%
Repetitivo 22,85%
Inexistente - O gerenciamento não é praticado Inicial - O gerenciamento não é organizado Repetitivo - Os processos são estruturados Definido - Os processos são documentados e comunicados Gerenciado - Os processos são monitorados e medidos Otimizado - Melhores práticas adotadas e os processos automatizados
Fonte: Brunise e Camanho & Consultores
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Ao deslizar entre a prancha e o esqui, Felipe Ciotola Bruno, do Hospital Vivalle, se liga à natureza e tira folga de problemas A casa de Felipe Ciotola Bruno, superintendente e diretor comercial do Hospital Vivalle, de São José dos Campos, guarda equipamentos que levam a desafios para qualquer estação. Trazem também memórias de esportes que ele pratica desde criança e que faz questão de continuar até hoje, aos 31 anos. Como se lá morasse alguém que busca o equilíbrio entre o calor e o frio, o inverno e o verão, a água e a neve, é possível ver que há paridade entre os elementos. Sem contar o equilíbrio necessário também para se manter em pé sobre os esquis, descendo ladeiras geladas, ou sobre a prancha, deslizando nas ondas do mar. Distantes e próximos ao mesmo tempo, ambos os esportes fazem parte das primeiras experiências de sua vida. Os pares de botas de esqui se encaixaram pela primeira vez em seus pés ainda aos oito anos, quando acompanhava seu pai num congresso médico nos Estados Unidos. Desde então, nunca parou. Já esquiou em outros países da América do Sul e Europa. “Quando fui fazer meu mestrado nos EUA, além de ter uma das melhores
universidades, escolhi Berkley por estar tão perto das montanhas de neve quanto do mar, para que eu pudesse surfar no verão”, explica. As práticas de cada esporte também são próximas. “Como é um contato direto com a natureza, as raízes, que são rudimentares, continuam as mesmas”. Importante essa consciência diante de esportes que se tornam cada vez mais populares e com equipamentos mais modernos. Felipe aprendeu o surfe na raça, mas no esqui ainda faz aulas rápidas até hoje. “Os equipamentos se modernizam, se modificam e precisamos ficar atualizados”. Quanto ao mar, este inconstante, digamos que a melhor aula é dada pela própria maré. Por isso, segundo o executivo, o surfe é um esporte mais difícil de aprender. “Os humores mudam e não conseguimos ficar horas seguidas surfando se o mar não permitir. Já na montanha, isso se torna possível”, compara e lembra de já ter salvo dois surfistas e já ter sido salvo uma vez no mar. Entre riscos e desafios, no entanto, sobram os prazeres
dessas atividades que tanto celebram a natureza e que se aproximam muito do espírito livre dos seres humanos. Para praticá-las, Felipe aponta a ferramenta principal: concentração. Para ele, ela representa algo a mais do que uma premissa para o sucesso nos trajetos deslizantes. “Como preciso estar sempre concentrado, por serem esportes que não permitem desvios de atenção, consigo parar de pensar em outras coisas. Por outro lado, quando ficamos muito tempo sem nada para fazer, logo começamos a pensar, lembrar de problemas do trabalho”. Quando esse rápido esquecimento tem a natureza a sua volta, além de amigos que o esporte reúne, tudo fica ainda muito melhor.
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: SOCIEDADE ILIMITADA
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LIVROS
EU RECOMENDO
Antonio Cesarino de Moraes Navarro, diretor-superintendente da Fundação Dr. Amaral Carvalho de Jaú
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O livro “A Cidade Antiga”, de Fustel de Coulanges, é uma obra capaz de proporcionar o entendimento da evolução sócio-cultural da sociedade ocidental, desde a Grécia passando por Roma. Tal conhecimento nos permite entender a sociedade ocidental contemporânea, inclusive os comportamentos atávicos a ela inerentes. O que contribui para, ao sabermos a razão de alguns comportamentos, quebrar paradigmas e, assim, nos tornar mais aptos para evoluir nas relações sociais e de trabalho, e propor mudanças
Innovate the Future
Esta obra pode ser uma ferramenta indispensável para aqueles que querem direcionar valores mais estratégicos e financeiros a partir da inovação. Com informações sobre como usar a inovação surpreendente para entrar, criar ou dominar mercados, o autor se põe a ajudar gestores nesta situação que aflige e passa a impressão de que a situação é virtualmente impossível de se resolver. A partir de um processo consistente, ele apresenta maneiras de criar meios, tecnologia e métodos transformativos, desde o rascunho da ideia, passando pelo domínio, conquista e o grau desconcertante da tecnologia.
Autor: David Croslin Editora: Prestige Hall Número de páginas: 336 Preço: US$ 23,99
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Estratégias de Governança de Tecnologia de Informação
Ao traçar uma definição de Governança de TI, com seus principais aspectos, fatores e práticas que envolvem essa estrutura, este livro acaba por analisá-la dentro de um contexto amplo e estritamente estratégico e integrado com a administração de TI. A Governança de TI é vista sob ótica de uma ferramenta que sustenta a organização, com soluções específicas e adequadas às necessidades organizacionais, e como parte da governança corporativa, como forma de estar alinhada aos objetivos organizacionais e incorporar práticas e políticas em seu plano de ação.
Autores: Rosa Maria de Moura Albertin e Alberto Luiz Albertin Editora: Campus Número de páginas: 232 Preço sugerido: R$ 75,00
A Cidade Antiga Autor: Fustel de Coulanges Editora: Ediouro Número de páginas: 320 Preço sugerido: R$ 69,90
Um Bate-papo Sobre T.I.
Como o título sugere, este livro se propõe a tratar a TI de maneira instigante, leve e até mesmo bem humorada, por meio de casos interessantes, incluindo as ricas experiências do autor como programador. Aqui, ele teve a intenção de dividir seu conhecimento para que se amplie para outras pessoas da área, falando sobre a rápida e constante evolução desta tecnologia e o quanto ela pode ajudar as pessoas e, principalmente, as empresas, rumo a um trabalho mais eficiente. O texto vem em forma de perguntas e respostas, mesclando com assuntos raramente encontrados em trabalhos técnicos, como motivação, relacionamento e sociedade.
Autor: Ernesto Haberkorn Editora: Saraiva Número de páginas: 184 Preço sugerido: R$ 36,00
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Hospital Vitória
Hospital San Paolo apresenta nova
sob nova direção clínica
gerente de enfermagem
O Hospital Vitória, de São Paulo, acaba de anunciar Luiz Cervone como seu novo diretor Médico. O executivo exercia a mesma função no Hospital São Luiz, unidade Anália Franco, desde 2007. Cervone é formado em Medicina pela Santa Casa de São Paulo, com residência de Pediatria e especialização em Administração Hospitalar pela Getúlio Vargas. E ainda, o executivo possui MBA em Gestão de Saúde pelo antigo Ibmec, hoje Isper. O novo diretor clínico do Hospital Vitória traz em sua bagagem profissional experiência como coordenador do Pronto-socorro Infantil do São Luiz na década de 80. Há cerca de 10 anos Cervone assumiu o cargo de coordenador clínico da unidade Itaim Bibi. Em 2006 a mesma função foi exercida na unidade Morumbi e após um ano o executivo foi convidado para atuar como diretor clínico da unidade. Com a finalização da construção da unidade Anália Franco, Cervone foi transferido, participando da contratação de funcionários, formação do corpo clínico, enfermagem, comissões etc. A direção clínica da unidade Anália Franco esteve sob o comando do executivo até o início de abril passado. A partir de agora, os desafios de Cervone são conseguir outras operadoras de planos de saúde para atuar no Hospital Vitória, que atualmente atende Amil e Medial.
O Hospital San Paolo de São Paulo anuncia a contratação de Ana Maria Campo Alves da Cunha para o cargo de gerente de enfermagem. Ana Maria é formada pela Escola de Enfermagem da USP; mestre em Hospitalidade pela Anhembi Morumbi; especialista em Administração Hospitalar pela FGV, e professora no Centro Universitário São Camilo. Com 36 anos de experiência na área, a executiva tem passagem pelo Hospital Pio XII, onde foi gerente de enfermagem e no Hospital São Camilo, unidade Santana, onde atuou como diretora de enfermagem e como diretora de apoio. No San Paolo o desafio de Ana Maria é reformular e reorganizar o serviço de acordo com as exigências do mercado.
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Mudanças na diretoria da Maternidade Santa Mônica A direção da Maternidade Escola Santa Mônica, localizada em Maceió (AL), foi afastada das atividades. A Universidade de Ciências da Saúde (Uncisal), gestora da unidade, deve decretar a intervenção de 120 dias, até que seja realizada uma nova eleição. O decreto será publicado no Diário Oficial da União. O afastamento foi anunciado após três semanas da morte de 22 bebês na maternidade. Segundo a reitoria da Uncisal, será elaborado um plano de ação em cinco áreas fundamentais para que a direção da universidade possa acompanhar sua aplicação.
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VITRINE Nesta edição, veja o que há de mais recente em soluções de TI para área de saúde
3 1 | INFORMAÇÕES CENTRALIZADAS O Innovian Solution Suite, da Dräger, é uma solução que atende diferentes setores hospitalares a partir de dois módulos: o Perioperative, que envolve o ambiente pré-operatório, onde é necessário o rápido acesso aos protocolos de anestesia, trazendo informações sobre agendamento, Pré-Op, indução, Intra-Op e RPA – garantindo que os anestesistas sempre estejam com um pé adiante nas ações; e o Critical Care, que age em UTIs, proporcionando fácil acesso às equipes de saúde sobre as informações vitais dos pacientes, sem comprometimento de informações, garantindo rapidez e precisão nas decisões dos profissionais.
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3 | SIMPLES INTEGRAÇÃO
O SaluxSX é um sistema baseado na metodologia ERP (Enterprise Resource Planning), cujo objetivo é a integração das atividades das organizações hospitalares, seja ela assistencial ou operacional, atendendo setores como finanças, contabilidade, suprimento patrimônio, RH e manutenção, gestão de entrada e saída do paciente, e incluindo recursos que permitem as empresas do setor se adequarem à IRFS. É uma solução de fácil implantação e simples de operar, que automatiza e controla todos os ambientes. Em termos de Acreditação Hospitalar, esse sistema atende até o nível 3 de certificação.
4 | ATENDIMENTO FACILITADO
O aplicativo Argos, da Syspec, é um recurso que facilita o atendimento em clínicas, hospitais e consultórios aos pacientes de operadoras de saúde. Ele visualiza e gerencia todos os processos de forma rápida e segura. Entre os benefícios proporcionados estão a solicitação de guias diretamente dos consultórios, envio e emissão de protocolos, confirmação de atendimento, entre outros. Uma de suas principais facilidades é que os usuários podem ir diretamente ao consultório, sem a necessidade de se deslocar até a operadora.
5 | VISÃO AMPLA E ORGANIZADA 2 | DESEMPENHO DAS UTIS
O QuaTi é o novo programa de gestão de terapia intensiva da Philips, que permite analisar o que se passa na UTI, atualizando-se diariamente com todos os parâmetros clínicos e administrativos necessários para a operação eficaz da unidade de terapia intensiva. O sistema monitora a rotina deste setor, considerando a diversidade de pacientes, casos e terapêuticas utilizadas. Por meio de análises estatísticas e avaliações específicas de desempenho administrativo, médico e assistencial, a plataforma trabalha com foco na melhoria contínua na qualidade dos serviços.
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A P2D permite uma visão longitudinal da saúde dos indivíduos, reunindo informações do passado, atuais e perspectivas para o futuro. Essa reunião de dados auxilia na prevenção, no diagnóstico e no tratamento clínico. Com uma interface simples e fácil, o prontuário universal P2D segue padrões internacionais de tecnologia, o que garante a integração com centros de diagnósticos e hospitais. O sistema que atende a praticamente todas as especialidades médicas e conta com um banco de dados atualizado dos médicos com CRM ativo no Brasil, com praticamente todos os exames de diagnósticos disponíveis atualmente, bem como todos os medicamentos regulamentados no Brasil.
6 | MONITORAR PARA PREVENIR
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O software Previnne, da Benner, é uma ferramenta para programas de prevenção à saúde destinada desde clínicas a consultórios e serviços de saúde. A solução identifica pacientes doentes (crônicos ou potenciais), de forma rápida e econômica, auxiliando na aplicação de programas de gerenciamento e promoção de saúde. Para isso, a ferramenta apresenta três processos principais: a estratificação, que identifica os pacientes que estão propensos a desenvolver uma determinada patologia; a qualificação, que envolve o atendimento direto para buscar o perfil e estágio da doença; e o monitoramento, em que são traçadas as orientações e ações preventivas.
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Empresas e instituições citadas nesta edição: A Agfa Healthcare....16 Anhembi Morumbi....14
Hospital Vitória – SP…70 Hospital Vivalle…64
I B Benner....24, 70 Biocor Instituto…49
IBM…52 Input...22 Intersystems…24
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Cisco…52
MV.....22, 24,55
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Dell.... 16 Drager...70
Notória…60
P F Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem....16
P2D...68 Philips….24, 70
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GE Healthcare….24 Gesaworld….24 Grupo São Bernardo....20
Salux...70 SAP.... 12, 52 Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo....24 Syspec....70
H
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Health Consulting…43 Hospital Brigadeiro....20 Hospital e Maternidade Santa Mônica-AL...68 Hospital Sabará.....14 Hospital Samaritano...24, 60 Hospital San Paolo…68 Hospital Santa Joana – PE....20 Hospital Vera Cruz – MG....20
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Totvs Consulting….24 Totvs…55
Wheb Sistemas....22, 56 WPD.....22, 55
revista Fornecedores Hospitalares
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desse importante grupo de empresas que acreditam em nosso compromisso de levar conteúdo de gestão ao setor da saúde e aproximar os decisores que são impactados pela comunicação dos anunciantes aqui representados.
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Eizo – 14 Tel.: (11) 3849-4700 www.eizo.com.br
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Convergence – 63 Tel.: (11) 3886-9043 www.convergence.com.br
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Mercedes Imec – 31 Tel.: (11) 3729-5212 comercial@equipotechmed.com.br
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Health Consult – 83 Tel.: (11) 2847-4968 www.healthconsult.com.br
Input Center – 36, 37 e 4ª capa Tel.: (11) 3976-8000 www.input.com.br
Philips – 33 Tel.: (21) 2224-4643 www.tecso.com.br Probo Hospitalar – 86 Tel.: (11) 2082-3375 www.probohospitalar.com Renault – 51 www.renault.com.br
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Fornecedores Hospitalares revista
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HOT SPOT
SER, FAZER E TER R
ecentemente me deparei com uma tarefa complexa, mesmo para uma pessoa como eu, que adora complexidades – reunir conhecimentos que fizeram diferença na minha vida para a conclusão de um livro.
Confesso que a tarefa não está sendo fácil, mas ao mesmo tempo tem sido feita com carinho e uma dose cavalar de paciência, fora as inúmeras surpresas que tenho com o passado. Digo isso porque é sempre prazeroso voltar no tempo, até mesmo para mim que tenho apenas 35 anos de idade, recém-completados.
Foto: Ricardo Benichio
Uma das fases mais primorosas da minha vida, e que também é uma das mais difíceis, contou com a participação de um treinamento que fiz quando a minha empresa adquiriu outra. Na condição de compradora, fizemos questão de passar nosso DNA aos que chegavam, e o fizemos da forma mais desastrosa que poderíamos fazer – a imposição. Um treinamento de integração foi adquirido para reunir conhecimentos das duas empresas.
A LBERTO LEITE É DIRETOR EXECUTIVO E P UBLISHER DA IT M ÍDIA S.A
No primeiro dia, a apresentadora e treinadora de toda a equipe fala muito sobre um conceito brilhante, que passei a colocar diariamente na minha vida. Falo sobre isso hoje, pois foi uma das coisas que revivi para este livro. As pessoas, em sua maioria, seguem um caminho tradicional de raciocínio que envolve as palavras FAZER, TER e SER, nesta sequência que acabo de escrever. Você começa a trabalhar, fazer, criar e quer ganhar os resultados disso para ser alguém na vida. Pergunte a 10 pessoas que conhece entre 15 e 25 anos e a grande maioria dirá que está trabalhando, estudando, criando para poder comprar ou ter algo e que no final poderão ser alguém. O único e grande problema desse método é que você invariavelmente está triste em sua condição, seja ela qual for, e o risco de algo dar errado é enorme. Ainda há a variável inevitável na vida das pessoas, que diz que no final de tudo o que você passou, ganhando ou perdendo, você ainda morre. Irônico. Qual seria então a melhor sequência? SER o que você pretende não é uma conquista, é uma condição. SER feliz é uma questão de postura, não de objetivo. Você pode ser feliz todos os dias e isso depende de espírito, energia, não de resultados sobre ações objetivas. FAZER é um verbo que denota ação, ela parte do pressuposto que alguém que É alguém pode FAZER algo. Isso nos leva à terceira palavra: TER. TER é sim, resultado de uma série de ações. É o prêmio, a consequência, não causa, é a recompensa por algo feito. Sendo assim, a proposta seria: Ser, fazer e ter. Além de todas as explicações técnicas que coloquei acima, traz a todos uma visão mais simples das coisas e ao mesmo tempo mais feliz e completa. Como tudo deveria ser. Quando ouvi isso a primeira vez pensei muito no que eu deveria ser e como poderia fazê-lo no dia seguinte já, uma mudança de postura, de energia e que no final trouxesse uma série de ganhos, materiais, espirituais, sociais, profissionais e pessoais, os cinco “ais” mais perseguidos pela humanidade. Posso dizer com todas as letras que consegui e indico a todos. Vale a pena. Boa sorte!
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