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COMO MITIGAR IMPACTOS

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UM MUNDO CONECTADO

UM MUNDO CONECTADO

COMO MITIGAR OS IMPACTOS DAS Investimento em práticas DOENÇAS para minimizar o estresse dos animais, vacinação e, principalmente, o RESPIRATÓRIAS? tratamento pró-ativo dos bovinos contaminados são medidas fundamentais para conter os avanços da patologia.

Ocomplexo das doenças respiratórias bovinas (DRB) é um dos principais desafios enfrentados pela pecuária em nível mundial. Responsável por baixas na produtividade e com alto índice de morbidade, a enfermidade, que tem origem multifatorial, gera uma série de prejuízos econômicos aos produtores.

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Na produção leiteira, por exemplo, a patologia afeta as bezerras, prejudicando seu desenvolvimento e afetando a capacidade produtiva futura do animal. A enfermidade afeta os neonatos, principalmente nos cinco primeiros meses de vida, fase em que o sistema imunológico dos animais ainda está em formação.

Podendo ser determinadas por diversos agentes, dentre eles, bactérias e vírus, as infecções do sistema respiratório têm impactos diretos no desempenho zootécnico e no bem-estar dos animais. As bactérias mais comumente envolvidas na DRB, e que são capazes de ocasionar lesões graves, são as pasteurelas (Mannheimia haemolytica e Pasteurella multocida).

“Esses agentes são habitantes naturais das vias respiratórias superiores, onde permanecem em equilíbrio com o organismo dos animais. Entretanto, qualquer situação que interfira nessa estabilidade favorece a multiplicação dessas bactérias, que acabam chegando à árvore respiratória inferior e ao parênquima pulmonar, causando graves infecções”, detalha o médico veterinário e gerente técnico de pecuária da Ceva, Marcos Malacco.

“A enfermidade é mais frequente em situações de aglomerações, como ocorre nas explorações leiteiras e nos confinamentos do gado

de corte, pois os animais são mantidos juntos e mais próximos uns dos outros, o que facilita a contaminação. Além disso, outros fatores contribuem para a ocorrência da DRB, como por exemplo, a presença de bovinos de várias origens, o que pode proporcionar a incidência de uma grande diversidade de patógenos envolvidos na DRB”, explica Malacco.

“Em geral a DRB é mais importante em bovinos jovens e mantidos em ambientes confinados, pouco ventilados, especialmente, quando há grande produção de gases irritantes à mucosa respiratória, como os gases de amônia. Mas, a enfermidade também pode afetar animais adultos expostos à situações que interfiram nos mecanismos de defesa geral do organismo e da mucosa respiratória”, conta Malacco.

“Sempre devemos procurar minimizar ao máximo os fatores que levem ao estresse excessivo dos animais e, consequentemente, favoreçam a queda na imunidade sistêmica. Além disso, a imunização, com vacinas que protejam contra os principais agentes e, em algumas situações, a metafilaxia auxiliam bastante a mitigar os impactos da DRB”, reforça Malacco.

O tratamento pró-ativo da patologia é fundamental para evitar prejuízos produtivos. “É indicada a utilização de uma droga de amplo espectro, potência e de rápida absorção que consiga interromper de forma ágil a proliferação bacteriana”, afirma Malacco.

Frente aos desafios impostos para o tratamento da enfermidade, a Ceva Saúde Animal, desenvolveu o Marbox™, um moderno antibiótico, de amplo espectro, com alta potência.

SITUAÇÕES QUE CONTRIBUEM PARA O SURGIMENTO DAS DOENÇAS

• Fatores estressantes, como o transporte, especialmente por longas distâncias com privação de água e alimentos por longos períodos; • Formação recente de lotes a serem confinados, gerando disputas por hierarquia; • Restrição de espaço (pasto X boxes ou currais de confinamento); • Manejo agressivo; • Excesso de poeira ou lama.

REPOSIÇÃO ESCASSA E ALTA DOS INSUMOS DEIXAM CONFINADORES CAUTELOSOS

Segundo o levantamento inicial do Confina Brasil, entre as fazendas visitadas em SP, MS e MT, os pecuaristas estão animados com o preço da venda, porém assustados com a falta de boi magro no mercado

Os pecuaristas brasileiros vivem no campo um momento de dilema. Enquanto o entusiasmo é grande por conta da arroba atingindo patamares históricos, em algumas praças passando até de R$ 260,00, por outro lado, é visível a preocupação quanto à reposição e alta dos insumos. Este foi o cenário observado pelas equipes do Confina Brasil, iniciativa da Scot Consultoria que tem como objetivo mapear a pecuária intensiva no Brasil.

A expedição já percorreu quase 10 mil quilômetros de muito asfalto e estrada de chão, conhecendo a verdadeira realidade de produtores de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Até o momento as equipes visitaram 76 confinamentos que, juntos, somam uma capacidade estática superior a 570 mil bois.

De acordo com Olavo Bottino, médico veterinário e diretor técnico do Confina Brasil, em MS foi identificado que os produtores têm mais oportunidade de oferta de matéria-prima, ou seja, boi magro. Com isso, os confinamentos na região têm grande potencial de crescimento. Entretanto essa realidade já muda em SP e MT, com a escassez de animais para a reposição. “Muitos dos produtores entrevistados estão assustados. Os mato-grossenses, por exemplo, além da dificuldade de achar boi magro, os que encontram, estão muito mais caros que o planejado para este ano”, ressalta.

DIETA COMPROMETIDA

Com relação à nutrição dos animais confinados, a equipe de técnicos da expedição identificou duas importantes diferenças. Devido à maior disponibilidade de milho, a maioria dos confinamentos de MS utilizam o cereal na dieta. “Também vimos no Estado, muitos confinadores utilizando soja e o caroço de algodão na alimentação da boiada”, ressalta o diretor técnico.

Ainda segundo o profissional, já em SP a dieta é caracterizada pela influência das indústrias regionais, pois os produtores paulistas usam os coprodutos das fábricas que têm maior disponibilidade, como por exemplo, a polpa cítrica e o melaço de cana. Também foi observado a utilização predominante do bagaço e silagem de cana-de-açúcar como volumoso.

Além disso, eles também relataram outro desafio: a alta nos preços dos insumos, realidade também evidenciada em MT com forte valorização dos grãos. “Muitos confinadores afirmaram que devido a essa dificuldade, boa parte dos animais terminados estão tendo até quatro dietas diferentes em 100 dias de confinamento. Por conta dos altos valores e, principalmente, da falta de disponibilidade de insumos, o produtor tem que ir substituindo pelas ofertas de insumos disponíveis, reformulando as dietas com outros concentrados e isso acaba prejudicando o desempenho final dos animais”, diz Marco Túlio Habib Silva, diretor de marketing da Scot Consultoria.

A EXPEDIÇÃO CONTINUA

A equipe do Confina Brasil continua o mapeamento em Mato Grosso e depois segue para Goiás e Minas Gerais. A expedição tem patrocínio da BB Seguros, Boehringer Ingelheim, John Deere, Nutron/Cargill e UPL. Além disso, o projeto conta com o apoio institucional da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Unesp Jaboticabal, Hospital de Amor de Barretos e a Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon), entidade que representa os confinadores de gado de corte e demais integrantes da cadeia produtiva da carne bovina.

Todas as informações da rota são atualizadas diariamente no Instagram @confinabrasil e no site do projeto www.confinabrasil.com.

ATÉ O MOMENTO AS EQUIPES VISITARAM 76 CONFINAMENTOS QUE, JUNTOS, SOMAM UMA CAPACIDADE ESTÁTICA SUPERIOR A 570 MIL BOIS.

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