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GRANJAS DE VALOR

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SENSOR IDENTIFICA

SENSOR IDENTIFICA

É PRECISO MANTER-SE COMPETITIVO PARA SEGUIR NO JOGO

Alexandre Furtado da Rosa, diretor superintendente da Agroceres PIC, empresa líder no mercado brasileiro de genética suína, aponta os pilares para manutenção do privilegiado status sanitário e comercial da suinocultura brasileira.

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Ocrescimento da suinocultura brasileira no mercado interno e no cenário mundial eleva cada vez mais a posição privilegiada do país no segmento, tanto que hoje, o Brasil é um dos principais exportadores mundiais da carne suína. E nada acontece por acaso. Afinal, não são poupados esforços na implementação das tecnologias e técnicas mais avançadas existentes no mercado para garantir a melhor produtividade e sustentabilidade. Genética, sanidade e bem-estar animal são alguns dos quesitos que colocam a suinocultura brasileira no topo.

O diretor superintendente da Agroceres PIC, Alexandre Furtado da Rosa, ressalta o papel da genética como principal indutora dos avanços de eficiência e qualidade na produção de suínos. “Sem os enormes avanços no melhoramento genético de suínos das últimas décadas, a cadeia produtiva não teria conseguido atingir tamanha evolução nos índices de produtividade. Costumo exemplificar que a genética representa a locomotiva do trem. Como elemento tecnológico de maior peso, é ela quem, historicamente, lidera as grandes transformações na suinocultura”.

Segundo o executivo, o intensivo avanço da tecnologia e o consequente desenvolvimento de novas ferramentas de melhoramento genético, – com o advento da genômica, da edição genética, a evolução da bioinformática e o surgimento de novas metodologias reprodutivas - reforça a influência da genética como o principal pilar do incremento da produtividade na suinocultura e tem aberto novos e promissores horizontes para a atividade. “São tecnologias disruptivas, que nos permitem oferecer o melhor material genético disponível aos produtores, com impactos expressivos sobre a eficiência dos sistemas de produção e a qualidade final do produto”.

SANIDADE: PATRIMÔNIO DA SUINOCULTURA BRASILEIRA

De acordo com Furtado, outro pilar da competitividade na produção de suínos e, certamente, um dos maiores patrimônios da suinocultura no Brasil, é a sanidade. “Somos livres das principais doenças de impacto econômico, como PRRS, PED e Peste Suína Africana, o que faz do Brasil o país com o melhor status sanitário entre os principais players do mercado internacional de carne suína. Os riscos sanitários emergentes no mundo todo, no entanto, reforçam a necessidade estratégica de desenvolvermos rigorosas medidas de biossegurança, planos de contingência sanitária e uma integração plena entre o setor privado e os serviços veterinários oficiais”.

Furtado menciona que, para garantir a manutenção do privilegiado status sanitário, o setor realiza um trabalho colaborativo e coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Secretarias Estaduais de Agricultura, que envolve diferentes entidades representativas como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira dos Produtores de Suínos e Associação Brasileira das Empresas de

“A genética representa a locomotiva do trem. Como elemento tecnológico de maior peso, é ela quem, historicamente, lidera as grandes transformações na suinocultura”.

FOTO: DIVULGAÇÃO Genética de Suínos (ABCS e ABEGS) para a execução de programas de monitoria e vigilância sanitária no País. “Esse trabalho tem sido muito bem feito e, uma mostra disso, é que temos conseguido manter nosso rebanho de suínos livre de doenças exóticas de grande impacto econômico e comercial”.

Paralelamente, segundo ele, no âmbito privado, as empresas do setor têm investido na implementação de medidas e programas de controle sanitário e na formação da “cultura da biossegurança” entre seus colaboradores. “A Agroceres PIC, por exemplo, mantém em sua estrutura de produção, rigorosas normas, protocolos e procedimentos de biossegurança, que combinados a eficientes programas de monitoria e auditoria sanitária, minimizam o risco de introdução de agentes infecciosos, garantindo a manutenção do elevado status sanitário dos animais de seu sistema de produção e multiplicação.

Ainda conforme Furtado, embora seja relativamente novo, o bem-estar animal é um tema central para a produção de suínos. “Trata-se de uma exigência da sociedade. É cada vez maior o número de pessoas interessadas em conhecer como os alimentos são produzidos, em adotar uma dieta balanceada, por meio do consumo de alimentos saudáveis e éticos, cuja produção é feita em consonância com o meio ambiente e o bem-estar animal”.

Segundo o executivo, como grande produtor e exportador, o Brasil, mais recentemente, registrou avanços importantes na discussão proativa do tema, assim como na normatização de processos e definição de um cronograma de implantação detalhado. “Uma mostra disso é a publicação, no final do ano passado, pelo Ministério da Agricultura, da Instrução Normativa nº 113, que determina as boas práticas de manejo e bem-estar animal preconizadas para sistemas de produção comercial. Ou seja, agora contamos com uma legislação específica para o tema no Brasil. Isso significa que o bem-estar animal é hoje um elemento inseparável dos modernos sistemas de produção de suínos”.

A Agroceres PIC detém uma política clara e rígida para garantia do bem-estar dos suínos em sua estrutura de produção. “Trata-se de um compromisso indissociável de nossos valores e que faz parte da missão, do propósito e da estratégia de negócio da empresa. Para isso, contamos com profissionais especializados e adotamos normas, processos e protocolos que atendem requisitos internacionais. Entendemos que a execução de boas práticas de produção nessa área, se reflete não apenas no bem-estar dos animais, mas também na satisfação de nossos colaboradores e, por extensão, na harmonia do ambiente de trabalho. Por isso, tratamos o tema com prioridade”. No ano passado, a Agroceres PIC tornou-se a primeira companhia de genética no Brasil a contar com um departamento integralmente dedicado à área de bem-estar animal na produção de suínos, área esta que reporta-se diretamente à Diretoria do negócio.

DESAFIOS E UM CENÁRIO DE MÚLTIPLAS OPORTUNIDADES

Para Furtado, a suinocultura brasileira, como qualquer setor, tem desafios, mas também múltiplas oportunidades em seu horizonte. “Vivemos num mundo dinâmico, no qual as mudanças são permanentes e cada vez mais rápidas. O produtor precisa estar atento e manter-se competitivo para seguir no jogo”.

De acordo com o executivo, um dos grandes desafios da suinocultura brasileira é desenvolver o mercado interno. “Para isso, precisamos ampliar a presença de produtos resfriados e frescos no mercado doméstico, enfatizando a versatilidade, a praticidade e a qualidade da carne suína para o consumidor brasileiro. Temos plenas condições de elevar o consumo per capita no país nos próximos anos, saltando de 16 kg por habitante ao ano para cerca de 23-25 kg. Além de investir na apresentação de nossos produtos, podemos ganhar terreno sobre a carne bovina, uma proteína cada vez mais nobre, escassa e cara de produzir. Essa é uma oportunidade que existe e precisa ser aproveitada pelas empresas”.

Outra frente que precisa ser trabalhada é a diversificação dos mercados para a carne suína brasileira. “Atualmente, 24% de nossa produção é direcionada à exportação, com forte concentração em um só cliente, a China. Já temos maturidade e qualidade para ampliar nosso leque de compradores, incluindo em nossos destinos países grandes importadores como o Japão e a Coreia do Sul, considerados mercados premium”.

No mais, conforme Furtado, o produtor precisa zelar por sua eficiência. “Tem que estar sempre aberto à inovação, investir continuamente em tecnologia, na gestão de custos e de riscos, na capacitação dos colaboradores, estabelecer boas parcerias e alianças estratégicas. Como em qualquer atividade, o tempo vai passando e é necessário se reinventar”.

Para Furtado, o produtor precisa estar ligado e ser movido pela busca da máxima eficiência produtiva. “Diante desse ambiente de acelerada transformação, a inovação tecnológica tem exercido um papel crucial, e a genética, em particular, tem se mostrado um importante aliado do produtor, possibilitando novos saltos de produtividade”.

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AVIAGEN® Novo gerente geral

O médico veterinário Leandro München é o novo gerente geral da Aviagen® no Brasil

Com quase duas décadas de experiência, Leandro München agregará à Aviagen® seu know how na gestão de processos, gerenciamento de áreas de produção, qualidade, manutenção e logística. Na empresa, será responsável pelas áreas de Produção (granjas, incubatórios, laboratórios e fábrica de ração), Comercial, Marketing, Serviços Técnicos, Suporte Técnico, Qualidade e Serviços Veterinários no Brasil.

Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade do Paraná (UNIPAR) em 2003, Leandro München trabalhou em empresas como Cooperativa Lar, CVale, Rigor e Globoaves. “Espero trabalhar lado a lado com a equipe da Aviagen® e nossos clientes. Minha missão será auxiliar os produtores a continuamente fortalecerem seus negócios através de um produto de alta qualidade e dicas de manejo para melhoria da saúde, bem-estar e performance das aves, o que é uma marca da empresa”, comentou Leandro.

Desde 1923, a Aviagen® tem sido a empresa global preferida em genética avícola. Aplicando seus valores corporativos de “Breeding Sustainability”, a Aviagen implementa ferramentas que promovem a produção comercial de frangos com foco no meio ambiente e na responsabilidade social, além do benefício econômico dos produtores, ao mesmo tempo em que promove o rendimento, a saúde e o bem-estar das aves.

A sede da Aviagen® fica em Huntsville, no estado americano do Alabama, e detém operações no Reino Unido, Europa, Turquia, América Latina, Índia, Austrália, Nova Zelândia, África e Estados Unidos, além de joint ventures na Ásia.

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"A INOVAÇÃO É IMPRESCINDÍVEL PARA ADEQUAR A AGROPECUÁRIA À REALIDADE GLOBAL E É O ÚNICO VETOR CAPAZ DE CONCILIAR SEGURANÇA ALIMENTAR E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL".

TEREZA CRISTINA, ministra da agricultura, ao comentar que o agronegócio deve estar inserido no contexto de rápida transformação digital.

CEVA E AGTECH Nova parceria

A Ceva, empresa especializada em saúde animal e uma das maiores do mundo, anunciou em janeiro a parceria com a AgTech Garage (Piracicaba/SP), hub de inovação, cuja missão é alimentar o empreendedorismo do agronegócio.

Todos os setores da empresa estarão envolvidos no processo e, para dar vazão, a multinacional francesa criou um comitê de inovação com a participação de representantes das respectivas áreas de negócio. A Branco, referência no segmento de força e energia, além de líder em motores a combustão, apresenta ao mercado o Tratorito Granja, que faz parte do portfólio de produtos da linha de motocultivadores da companhia. Foi desenvolvido para manutenção da cama de aviário. Seu diferencial está no sistema duo garra que confere mais funcionalidade e melhor eficiência na trituração.

TRATORITO GRANJA Mais eficiência

Royal DSM EMPRESA ANUNCIA NOVOS VICE-PRESIDENTES

Luiz Magalhães assumiu o cargo de vice-presidente de Nutrição Animal e Giovanni Saggioro é o novo vice-presidente de Nutrição Humana, ambos para América Latina.

ARoyal DSM, empresa global baseada em ciência para Nutrição, Saúde e Vida Sustentável, anuncia mudanças na liderança das suas áreas de negócios na América Latina. No início de março, Luiz Magalhães, que era vice-presidente de Nutrição Humana para América Latina, sucedeu Augusto Adami, que saiu da companhia. "Esta é uma mudança de extrema importância para minha carreira dentro da DSM, vou dar continuidade ao trabalho que vinha sendo executado focando no desenvolvimento de clientes, novos negócios, soluções e tecnologias, além da gestão de pessoas", comenta Magalhães.

Luiz Magalhães é o novo vice-presidente de Nutrição Animal para a América Latina Giovanni Saggioro assumiu o cargo de vice-presidente de Nutrição Humana para a América Latina

O executivo, que está na DSM desde 2017, construiu uma carreira internacional de sucesso em multinacionais como Reynolds Packaging Group, Tetra Pak, Amcor Pet Packaging e Owens Illinois, atuando nos EUA e diferentes países da América Latina.

Com essa movimentação, Giovani Saggioro assumiu a vice-presidência de Nutrição Humana para América Latina. O executivo ingressou na DSM em 2007 e atuou em diferentes áreas de liderança, como diretor de Marketing Latam, gerente de Vendas Brasil e gerente global de Marketing, na Suíça.

No início de 2020 Saggioro assumiu o cargo de diretor de Marketing de Nutrição Humana Latam, onde desenvolveu e executou uma nova estratégia de Nutrição Especializada e projetos especiais para expandir a atuação da área em toda América Latina. "Nutrição Humana é uma área que ainda tem muito potencial de crescimento em toda a região, especialmente no cenário atual de pandemia, onde a nutrição e o bem-estar são fatores chaves para a imunidade. Dando continuidade ao trabalho iniciado pelo Luiz, a área manterá foco na expansão dos negócios e no desenvolvimento de soluções inovadoras para melhorar a vida das pessoas, que trarão oportunidades aos nossos clientes para expandir os seus negócios", ressalta Saggioro.

DSM - BRIGHT SCIENCE. BRIGHTER LIVING.™

A Royal DSM é uma empresa global, baseada em ciência, movida por propósitos, atuante em Nutrição, Saúde e Vida Sustentável. Junto com suas empresas associadas, gera vendas líquidas anuais de cerca de € 10 bilhões, com aproximadamente 23 mil funcionários. A empresa foi fundada em 1902 e está listada na Euronext Amsterdam.

Influenza Aviária BRASIL BLINDADO

O país, apesar de ser um dos maiores exportadores de frango do mundo, não registra surtos do vírus devido ao forte trabalho em âmbitos público e privado para combater a doença.

Por Gabriela De Toni de Almeida

AInfluenza Aviária é razão de constante preocupação entre criadores de aves no mundo. Só no último ano, surtos foram detectados em praticamente todo o globo, como em países da Ásia (Japão, China, Vietnã, Índia, Coreia do Sul), Europa (França, Alemanha, Bulgária, Itália), Oriente Médio e África (Argélia e Arábia Saudita) e América (Estados Unidos). O Brasil, mesmo sendo um dos maiores exportadores de frango no mundo, figura como referência e não relata casos no país.

O status de prestígio tem razão de ser, pois existe uma estratégia muito firme de preservar o status sanitário nacional. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) trabalha junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com ações previstas no Plano Nacional de Prevenção à Influenza Aviária. De acordo com a diretora técnica do ABPA, Sulivan Alves, são realizadas reuniões frequentes no Grupo Especial de Prevenção de Influenza Aviária para dar andamento a estratégias no âmbito produtivo, como ações de

comunicação, campanhas e fundos de emergência. Os órgãos reguladores brasileiros se utilizam tanto de estratégias de grande alcance, como o controle do trânsito de aves e resíduos e a vigilância ativa para a doença, como táticas mais pontuais, que promovem o desenvolvimento de programas de biosseguridade que visam evitar a entrada e a propagação da doença nos plantéis nacionais.

ESTRATÉGIAS DE ÂMBITO PRIVADO

O gerente executivo da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Jorge Luiz de Lima, destaca outras iniciativas de prevenção da Influenza Aviária no país. "O Brasil possui um Plano de Contingência público e privado. No âmbito privado, de maneira preventiva, tem se intensificado os controles de propriedades com o isolamento por telas, monitoramento das aves e rastreabilidade dos animais, bem com a intensificação das medidas regulares de sanidade. Para o critério consequencial, as entidades de âmbito privado como a ACAV possuem um Fundo Sanitário Privado que é formado pela contribuição de seus associados, com o fim de serem tomadas as medidas emergenciais em caso de qualquer evento".

Empresa de genética de aves que comercializa matrizes por toda a América Latina, a Aviagen implementa medidas constantes, sendo, desde outubro de 2019, certificada pelo MAPA como compartimento livre de Influenza Aviária e Doença de Newcastle. Além de investir em estrutura nas unidades de produção, a empresa adota procedimentos operacionais como controle de fluxo de veículos e pessoas, desinfecção de todo e qualquer material que entra (e sai) das granjas, limpeza e desinfecção de instalações e equipamentos, entre outros, visando a saúde animal.

Para o gerente de suporte técnico da Aviagen, Mário Sérgio Assayag, a indústria farmacêutica tem desempenhado um excelente papel no controle das doenças com impacto econômico e que afetam o bem-estar animal. De acordo com Assayag, o combate à Influenza Aviária está relacionado com o forte investimento em pesquisa e desenvolvimento da área. “Esse é o caminho natural para um mercado que precisa garantir a saúde dos plantéis. Os modelos construtivos de granjas, incubatórios, fábricas de rações etc, têm evoluído muito ao longo dos anos e têm garantido uma ótima biossegurança, reduzindo muito o risco para entrada de doenças nos plantéis. Assim, associado à modernização das estruturas produtivas no Brasil, houve uma grande evolução nas diversas barreiras físicas em todos os processos de produção avícola, impedindo a entrada de agentes infecciosos como a Influenza Aviária e esse é um caminho de evolução constante, mitigando os novos riscos futuros. Produtos e investimentos em estruturas não têm sucesso se não houver a garantia real de todos os procedimentos de biosseguridade sob gestão e execução das pessoas envolvidas", afirma.

É de extrema importância que sejam acompanhados de perto quaisquer avanços que a Influenza Aviária possa ter no país, pois caso o vírus chegue no Brasil, poderão ser detectados prejuízos na faixa de US $5 bilhões de dólares. Eles se dariam pelo questionamento de clientes externos quanto ao produto, o que poderia gerar retração nas compras e, no pior dos cenários, desativação de alguns mercados.

O BRASIL, MESMO SENDO UM DOS MAIORES EXPORTADORES DE FRANGO NO MUNDO, FIGURA COMO REFERÊNCIA E NÃO RELATA CASOS DE INFLUENZA AVIÁRIA NO PAÍS. O STATUS DE PRESTÍGIO TEM RAZÃO DE SER, POIS EXISTE UMA ESTRATÉGIA MUITO FIRME DE PRESERVAR O STATUS SANITÁRIO.

MÁRIO SÉRGIO ASSAYAG, Gerente de suporte técnico da Aviagen

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