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INOVAÇÃO

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AGTECHS

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Por Marina Kamoei e Taynara Avelar

SUSTENTABILIDADE: POTENCIALIZAR O AGORA PARA CONSTRUIR O FUTURO

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MARINA KAMOEI

Médica-veterinária, com mestrado em Ciências. Analista técnica no departamento de Estratégia e Inovação da MSD Saúde Animal

TAYNARA AVELAR

Zootecnista, Residente em Bem-Estar e Sustentabilidade na Produção Animal na MSD Saúde Animal. S egundo estimativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a expansão da população mundial gerará um acréscimo de 70% da demanda de alimentos de origem animal até 2050. Para amparar essa demanda, o agronegócio brasileiro precisa desenvolver-se de modo considerável, mas não a qualquer custo. Os recursos naturais são limitados e temos uma responsabilidade global perante questões ambientais, sociais e econômicas. Diante disto, o Brasil e diversos outros países da ONU assumiram compromissos de desenvolvimento sustentável. Esses compromissos visam o atendimento de objetivos de longo prazo, contudo a sustentabilidade apresenta resultados também para o nosso presente e se torna prioridade para os produtores que buscam uma maior inserção no mercado internacional.

Afinal de contas, o que é sustentabilidade? Ser sustentável é fazer escolhas inteligentes, considerando as relações complexas entre os negócios, a sociedade e o meio ambiente. Para ser sustentável, o setor agropecuário deve: • responder à crescente demanda por alimentos e aumentar sua contribuição para a segurança alimentar e nutricional; • usar os recursos naturais de forma eficiente e mitigar impactos ambientais; • melhorar a saúde e o bem-estar humano, animal e ambiental; • e, ao mesmo tempo, proporcionar oportunidades econômicas e ser rentável.

Trata-se, portanto, de uma premissa tanto para a longevidade das empresas quanto para a otimização da sua atividade atual. Pensando nisto, apresentamos a seguir alguns exemplos de práticas sustentáveis que também trazem resultados imediatos para os seus negócios:

1. FOCO NA PRODUTIVIDADE

O aumento de eficiência da produção é a maior oportunidade de sinergia entre objetivos de sustentabilidade e de rentabilidade do agronegócio brasileiro. Por um lado, sem o aumento da produtividade, teríamos de desmatar a maior parte das florestas remanescentes para alimentar o planeta em 2050, o que implicaria em emissões exorbitantes de gases de efeito estufa (GEE) e perdas irreversíveis da nossa rica biodiversidade. Por outro, com o incremento da eficiência produtiva, conseguimos aumentar a rentabilidade ao produzirmos mais, utilizando menos tempo e o mesmo espaço.

Existem diversas formas de aumentar a eficiência na produção animal. A mais importante delas é fazer a lição de casa: cuidar da alimentação, saúde e manejo. Animais saudáveis produzem mais e vivem melhor. Eles tornam o processo de produção mais eficiente e rentável para o produtor. Com a saúde debilitada e nutrição e manejo incorretos, os animais não produzem em todo o seu potencial ou demoram a produzir. Além disso, ficam mais suscetíveis às doenças e podem morrer antes mesmo da idade de reprodução, lactação ou abate, gerando prejuízos ao produtor e ao bem-estar animal.

2. PRODUZIR COM MENOS DESPERDÍCIOS

A FAO calcula que cerca de 30% dos alimentos produzidos é desperdiçado. A região da América Latina

O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO É UM ALIADO NA POTENCIALIZAÇÃO DOS RESULTADOS. EXEMPLOS DE TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS SÃO OS SISTEMAS PRODUTIVOS QUE INTEGRAM A PECUÁRIA COM LAVOURA E/OU FLORESTA EM UMA MESMA ÁREA.

PARA SER SUSTENTÁVEL, O SETOR AGROPECUÁRIO DEVE:

• Responder à crescente demanda por alimentos e aumentar sua contribuição para a segurança alimentar e nutricional; • Usar os recursos naturais de forma eficiente e mitigar impactos ambientais; • Melhorar a saúde e o bem-estar humano, animal e ambiental; • E, ao mesmo tempo, proporcionar oportunidades econômicas e ser rentável.

e Caribe figura dentre as cinco regiões de maiores índices de desperdício, segundo os dados analisados. Essa é uma questão bastante preocupante do ponto de vista de segurança alimentar, considerando que um décimo da população mundial se encontra em estado de subalimentação. Ademais, a comida que não chega ao seu destino final, também representa um desperdício de recursos, como água, energia, solo, sementes e outros insumos utilizados, aumentando emissões de GEE e também os custos de produção. Diante disso, é importante que avaliemos criteriosamente quais pontos da cadeia produtiva podem ser otimizados de modo a diminuir desperdícios.

Uma característica interessante da produção agropecuária é a ampla possibilidade de aproveitamento dos seus produtos e subprodutos, o que colabora com a redução de desperdícios. Qualquer parte dos animais, até mesmo penas, pelos e glândulas, tem valor comercial. Além disso, a destinação de dejetos como fertilizantes biológicos, é uma prática bastante consolidada pelo setor. Estima-se que globalmente os dejetos animais forneçam até 12% do nitrogênio para cultivo agrícola. Essa destinação dos resíduos permite uma nova fonte de renda ou, caso o produtor use os dejetos na própria fazenda, diminui a necessidade de gastos com a compra de fertilizantes sintéticos, os quais são mais intensivos em emissões de GEE.

3. ADOÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS

O desenvolvimento tecnológico é um aliado na potencialização dos resultados mencionados acima. Exemplos de tecnologias sustentáveis são os sistemas produtivos que integram a pecuária com lavoura e/ou floresta em uma mesma área. Segundo estudos realizados pela Embrapa, dentre os benefícios ambientais dos sistemas integrados estão a melhora dos nutrientes no solo, o bem-estar dos animais e a proteção de recursos naturais. Com relação aos ganhos econômicos, a integração possibilita a exploração da propriedade rural o ano todo, favorecendo a oferta variada de produtos, como grãos, fibras, carne, leite e produtos madeireiros e não madeireiros e, com isso, gera empregos e contribui para a renda dos produtores.

Os sistemas integrados vêm ganhando tamanha importância no contexto agropecuário brasileiro que recebem o apoio de políticas públicas para o seu desenvolvimento. Outros exemplos de técnicas que também recebem incentivo governamental são a recuperação de pastagens degradadas, o sistema de plantio direto e o tratamento de dejetos animais. O que motiva o interesse federal por essas e outras tecnologias sustentáveis no agronegócio é o potencial de redução das emissões de GEE, compromisso assumido internacionalmente pelo Brasil.

O setor agropecuário brasileiro vem sendo cada vez mais pressionado pelo mercado e pelos consumidores a reduzir suas emissões, e uma forma de tornar público o compromisso das metas de redução, é a construção de inventários de emissões de GEE. Este é o primeiro passo para as organizações que querem participar do combate às mudanças climáticas. Os inventários são fontes de informações quantitativas e qualitativas para a gestão das emissões de GEE e geram um importante material de reporte com o resultado das reduções ao longo dos anos. Esse reporte apresenta, perante a sociedade, a responsabilidade com questões climáticas, além de trazer visibilidade e transparência sobre a organização.

Em suma, podemos entender que práticas sustentáveis são urgentes para a construção de um futuro plausível, e são ao mesmo tempo ferramentas para alcançar maior rentabilidade no agora, otimizando os recursos abundantes que ainda temos. Construir um agronegócio mais sustentável a cada dia é um benefício e nossa responsabilidade.

Por Eldemar José Neitzke

A ARTE EM FAZER VENDAS CONSULTIVAS: MÓDULO II

ELDEMAR JOSÉ NEITZKE

Formado em Administração, com mestrado em Gestão Estratégica, MBA em Marketing Estratégico e pós-graduado em Gestão Empresarial, Diretor da N & N Gestão de Estratégias Comerciais. As mudanças advindas para a humanidade nos últimos anos são mais impactantes que no último século, e isso afeta todos os setores, pessoas, países e organizações e sistema de organização da civilização.

O acesso à internet diminui distâncias e tempo para acessar as informações diversas e variadas, que exigem do profissional comercial melhor planejamento, conhecimento de mercado, concorrência e produtos. Essa mudança disruptiva está alterando a maneira de fazer negócios, exigindo uma nova perspectiva dos profissionais da área comercial, pois é necessário se reinventar.

A capacidade de reinventar-se é um assunto muito impactante, pois depende da idade, da cultura, formação, geração e capacidade de adaptação ao novo, pois mudar exige sacrifício, disciplina e determinação, para sair do estado em que se encontra e desenvolver-se ao novo, que é efêmero, exigindo sempre novas mudanças. Em geral nos deparamos com o temor, medo e resistimos, porém é uma opção sem volta.

Existem previsões pessimistas ao setor comercial, o qual será totalmente substituído pelo e-commerce e outras ferramentas on-line. Será que isso realmente deverá

AS VENDAS REALIZADAS DE FORMA TRANSACIONAL, QUE EXIGEM POUCA INFLUÊNCIA DO “CONSULTOR DE VENDAS”, POSSUEM UMA GRANDE TENDÊNCIA DE SEREM TRANSFERIDAS A OUTRAS FERRAMENTAS LIGADAS A INTERNET, PORÉM AS “VENDAS CONSULTIVAS” E OU “VENDAS EMPREENDEDORAS”, ONDE É POSSÍVEL AGREGAR VALOR A ATIVIDADE, ESSA DIFICILMENTE SERÁ SUBSTITUÍDA.

acontecer? O que é possível ser realizado para minimizar essa tendência?

As vendas realizadas de forma transacional, que exigem pouca influência do “Consultor de Vendas”, possuem uma grande tendência de serem substituídas por outras ferramentas ligadas a internet, porém as “vendas consultivas” e ou “Vendas Empreendedoras”, onde é possível agregar valor a atividade, essa dificilmente será substituída.

A questão é o que é necessário fazer para continuar a realizar a atividade comercial com eficácia e eficiência, atendendo ao cliente, satisfazendo suas necessidades, desejos que são conhecidos e/ou que ele ainda não conhece em sua totalidade?

O acesso à internet possibilita adentrar em um mundo sem fronteira, com muitos contatos e amigos virtuais, porém vamos perdendo a essência de entender e compreender as pessoas. Isso dificulta a performance profissional em atender o cliente Auditivo, Visual, Cinestésico, e como desenvolver a capacidade de rapport (criar uma relação) com o cliente.

Essa capacidade deverá ser desenvolvida na prática, no mundo real, identificando e entendendo os mais diversos tipos psicológicos de pessoas, e assim como um camaleão, se adaptando e desenvolvendo uma capacidade única e própria de entender o ser humano.

Com essa capacidade, o Consultor Comercial obterá uma melhor performance em relação aos perfis dos compradores, utilizando as melhores técnicas em atender o comprador que é “Meticuloso, Amigável, Analítico e/ou Expressivo”, e assim realizar a negociação de ganha-ganha, que gera relacionamentos duradores.

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