Revista Águas Claras - nº 23

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Novos parques na cidade Já estão definidos os projetos vencedores

Edição nº 23, jun/jul de 2017

NO ESPORTE Brasilienses farão parte das Surdolimpíadas 2017 BRASILIENSE SORTUDO Apostador vence sorteio da Lotofácil e leva bolada para casa L a z e r | F i t n e s | N u t r i ç ã o | M o d a | G a s t r o n o m i a | S a ú d e | C u l t u r a | E d u c a ç ã o | B e l e z a | Te c n o l o g i a






EDITORIAL

Revista Águas Claras

A REVISTA DA NOSSA CIDADE Ano V | Número 23 | jun/jul de 2017

EDITORIAL Nesta edição da Revista Águas Claras, trouxemos para você as principais manchetes dos meses de juno e julho. O foco é no projeto vencedor para o plano de construção dos parques sul e central da nossa cidade, em que a escolha se deu por meio de um processo seletivo relacionando o custo-benefício para a Administração, em conjunto com o GDF Não se esqueça de se cadastrar na nossa Lista de Transmissão, que começará em breve a funcionar. A partir de agosto, você receberá todas as notícias em tempo real, primeiro. Basta mandar um ‘olá’ para o número (61) 99908-9100. Participe. Boa leitura, Laise Tallman Editora

Comunique-se conosco por meio de nossos canais de relacionamento. Fale de suas experiências, do amor que sente por Águas Claras e de que maneira a revista tem contribuído para o desenvolvimento da cidade. Sua opinião é muito importante para nós!

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Foto de capa: Felipe Caian

EXPEDIENTE DIRETOR EXECUTIVO Orlando Antunes

COMERCIAL Fernando Vianna

DIAGRAMAÇÃO Felipe Caian

CTP IMPRESSÃO E ACABAMENTO

EDITORA Laise Tallman

REALIZAÇÃO Clik Mais

CONTATO

GRÁFICA FULLGRAPH

ADMINISTRATIVO/ FINANCEIRO Sérgio Ricardo Silva

PROJETO GRÁFICO OFSO Soluções

61

3034 0000

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO Felicittà Shopping (Praça de alimentação) Vitrinni Shopping (ao lado do Grand China) Metrópole Shopping (Chiquinho Sorvetes) Farturão Hortifruti Casa de Biscoitos Mineiros Rubinho Restaurante Cinco Estrelas Casa de Pães



SUMÁRIO

10

UM PROJETO VENCEDOR Parques Sul e Central já têm definido esboço

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ECONOMIA Lucro na seca

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SAÚDE & BELEZA Hospital de Câncer de Brasília

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LOTERIA O sortudo de Brasília

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GASTRONOMIA Comida caseira e gourmet

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ESPORTES DF participará de surdolimpíadas

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CIDADE CNH eletrônica



Crianças

Matéria de capa

Educação

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Revista Águas Claras | Jun/Jul 2017

UM PROJETO VENCEDOR Parques Sul e Central já têm definido o esboço das obras

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romovido pela Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP, e organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal – IAB/DF, o resultado do Concurso Público Nacional de Projetos de Arquitetura e Paisagismo para os Parques Central e Sul de Águas Claras, teve seu resultado divulgado recentemente. O objetivo do concurso foi a seleção da melhor proposta para os parques Central e Sul de Águas Claras no Distrito Federal, visando a con-

tratação da equipe técnica responsável pelo projeto vencedor, que desenvolverá o Anteprojeto, o Projeto Legal e o Projeto Executivo de Arquitetura, Paisagismo e Complementares. A comissão julgadora do concurso foi composta por Rosa Grena Kliass, Leandro Rodolfo Schenk, Raul Pereira, Bianca Ilha Pereira e Patrícia Veiga Fleury de Matos. Conheça, a seguir, o projeto vencedor do concurso, desenvolvido pelo escritório de arquitetura Sidonio Porto Arquitetos Associados:


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Educação

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Economia

O partido para os Parques Central e Sul de Águas Claras é definido, prioritariamente, pela via que liga a Estação Águas Claras do Metrô, a oeste, ao Parque Ecológico Águas Claras, ao norte, e ainda, a mesma estação ao Parque Sul através de duas alamedas. Além dos benefícios advindos desta interligação, há aqui mais um dado estrutural do partido: a unificação das quadras que compõem o Parque Central sendo que permanecem as vias do sistema viário local. A unificação do Parque Central e sua integração ao Parque Sul são feitas por duas vertentes: física e biótica. Vertente Física: através do eixo de circulação e suas vias secundárias; das calçadas alargadas no entorno das quadras; dos blocos arquitetônicos, modulares e componíveis e das soluções espaciais e de mobiliário comuns aos dois parques. Vertente Biótica: pelo emprego sistemático de solo e vegetação de cerrado mesclada por exemplares arbóreos da Mata Atlântica, já presentes no contexto.

A convergência destas vertentes resultou em um “continuum paisagístico” cuja leitura, pelo usuário, leva à identificação do espaço que percorre, usufrui e contempla como um território de fisionomia única. O eixo de circulação, elemento de ligação de todas as quadras, tem forte presença no conjunto paisagístico e se desenvolve ao longo de todo o Parque. Contém pistas para pedestres e ciclistas separadas por uma faixa verde de largura variável. Do eixo partem acessos aos espaços de estar. O piso será em saibro se utilizando pedras do local. As passarelas de ligação sobre as linhas do Metrô têm desenho que busca leveza e estética e se destacam de forma emblemática no Parque. Poderão ser executadas em concreto armado protendido ou em aço cortain. Às calçadas existentes acrescentamos faixas de 2,00 metros de largura pavimentadas com piso drenante e subtraídas aos perímetros das


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áreas destinadas aos parques. Com isso alteramos o padrão das calçadas que agora recebem árvores de sombra e permitem livres e agradáveis passeios se transformando em verdadeira “promenade” de integração dos parques com o sistema viário existente. Os edifícios que comporão o programa de necessidades fazem contraponto com as áreas verdes e de lazer por sua geometria e contraste formal com o entorno arquitetônico. Construtivamente serão constituídos por módulos pré-fabricados, simplesmente montados no local, visando rapidez de execução e economia de custos e manutenção. Poderá ser utilizado um sistema de painéis pré-fabricados em concreto ou executados em

chapas metálicas de vedação, providas de isolação térmica e acústica sobre estruturas de aço. Todos os projetos terão modulação construtiva de 1,25 metros e contemplam conceitos de ecoeficiência: utilização de placas fotovoltaicas nas coberturas, captação de água para reuso, ventilação cruzada e elementos de isolação para conforto interno e economia de energia. Os módulos serão agrupados de forma flexível, em conjuntos de atendimento ao público e ao programa específico e demandas de cada área. O conjunto de todas as soluções apresentadas levaram em consideração os custos previstos no Edital, visando a viabilidade da obra. Sendo assim, o projeto permite uma conveniente execução por etapas.


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LUCRO NA SECA Crise hídrica gera oportunidade para aplicativo de lavagem de veículos

A Lavô mergulhou de cabeça na nova tendência de oferta de serviços online por meio de aplicativos

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ão é de hoje que o mercado valoriza empresas que agregam ao valor de seus produtos ações que visem responsabilidade ambiental e social. Em tempos de crise econômica, política e hídrica, principalmente em regiões que já aderiram esquema de racionamento, como o Distrito Federal (DF), soluções criativas revelam os melhores negócios. Isso foi o que a startup Lavô fez: repaginou um serviço antigo apostando em uma saída ecologicamente correta. A empresa funciona semelhante ao sistema do Uber. O cliente solicita lavagem de carro por

aplicativo de celular, com pagamento feito no cartão de crédito ou débito, não precisando se deslocar e nem esperar em filas. O serviço não utiliza água. Para se ter uma ideia, só no primeiro mês de funcionamento em Brasília, a startup conseguiu gerar economia de recursos hídricos que abasteceriam 1600 casas. Ao invés de usar água, a lavagem é feita com uma cera líquida (certificada ecologicamente) que age sobre a sujeira, desfragmentando-a e facilitando a limpeza, sem arranhar a pintura do veículo. “Além de ser um negócio inovador, por propor um serviço que vai até o cliente, não gera


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impacto ambiental pela economia de água e também por ser digital”, explica Ricardo Pereira, criador do aplicativo. A Lavô tem feito parcerias com lava jatos para expandir o sistema de lavagem a seco.

Mais trabalho

A empresa já presta atendimento em Belo Horizonte, Natal, João Pessoa, Recife, Goiânia, Brasília Vitória, Anápolis e Fortaleza. Nessas capitais, de março até junho, foram cadastradas 823 pessoas para trabalhar com a Lavô. O esquema de trabalho é uma nova fonte de renda para quem tem sofrido as consequências da crise econômica no país. “É um negócio revolucionário tanto para o cliente que não precisa sair de onde está para ter o serviço quanto para quem decide trabalhar com a Lavô, como eu. O cliente reconhece a qualidade do serviço porque o material que usamos é muito bom e ainda consigo ganhar um dinheiro extra sem ocupar todo o meu dia com o trabalho”, conta João Batista, bombeiro militar aposentado e parceiro da Lavô. João, 44 anos, está no aplicativo há um mês. Trabalha junto com a esposa Márcia. Queria empreender sem ter que lidar com a burocracia e sem perder a qualidade de vida. “A experiência tem sido satisfatória. Estou fazendo algo que eu gosto e vejo um potencial de crescimento muito grande nesse ramo”, afirma. Ingressar no aplicativo é uma forma de empreendedorismo simples e barata. Não há cobrança de royalties, licença, nem grandes in-

vestimentos, como por exemplo as franquias. O que os trabalhadores buscam é um extra ou até mesmo uma saída para o desemprego. Para captar interessados no negócio, a start -up firmou parceria com a Secretaria Adjunta de Trabalho do DF. Foram abertas 600 vagas e a primeira fase de treinamento já está em andamento e acontece até o fim de junho, todas as quintas-feiras, às 9h, na quadra 6 do Setor Comercial Sul, na agência do trabalhador, além disso, os interessados podem fazer os cursos do Qualifica Mais Brasília, programa de qualificação profissional online oferecido pela secretaria. Para o Secretário Adjunto do Trabalho Thiago Jarjour, a aposta em novos modelos de geração de renda como food trucks, aplicativos de serviços como uber, cabify e até mesmo a própria Lavô é um meio de beneficiar a população e fomentar a economia local. “Acredito que a aposta nas parcerias com startups e nos novos modelos de negócios é essencial e benéfica à população, além de melhorarmos a qualidade da prestação de serviços ainda temos a possibilidade de gerar renda extra aos trabalhadores, o que consequentemente movimenta a economia da cidade”, diz Jarjour. Até o fim do ano, serão abertas mais 3.800 vagas. Os interessados podem se inscrever através do site. Após a inscrição, há uma pré-seleção feita pelos responsáveis pela plataforma e em seguida ele são encaminhados para o treinamento.


Gastronomia Turismo Crianças Saúde & Beleza Matéria de capa Esportes

Hospital do Câncer Anchieta Educação

Clicks

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Cidade

Economia

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A

Primeiro hospital privado dedicado ao tratamento do câncer deve chegar ao DF

partir de setembro, o Distrito Federal contará com o primeiro hospital privado dedicado ao paciente oncológico. O empreendimento é resultado de uma joint venture que reúne dois serviços de tradição no setor de saúde suplementar: o Hospital Anchieta e o Centro de Câncer de Brasília - Cettro. Batizado de Hospital do Câncer Anchieta, o negócio trará à capital federal um modelo inovador para o setor de saúde, inspirado em uma prática de sucesso do varejo: a “shop in shop” ou loja dentro de outra loja. O novo serviço funcionará dentro do complexo hospitalar Anchieta, mantendo, contudo, identidade, unidades e equipes próprias. A estrutura contará com portal de acesso com serviço de concièrge hospitalar, ambulatório com hospital-dia, 28 flats para internação oncológica, UTI oncológica, Unidade de Transplante de Medula Óssea e Pronto-Atendimento Oncológico 24h. “Concebemos um serviço de alta resolutividade, capaz de atender o paciente de maneira integral”, destaca dra. Naiara Porto, executiva à frente do projeto. O Hospital do Câncer Anchieta nascerá com outros atributos destacáveis. “Já levamos em consideração os critérios defendidos pela ANS no projeto Oncorede, modelo que deverá definir

o funcionamento ideal dos serviços de oncologia voltados à saúde suplementar”, antecipa o dr. Murilo Buso, superintendente do Cettro. Para a qualidade, o novo serviço vai adotar a certificação ONA 3 - selo já obtido tanto pelo Hospital Anchieta quanto pelo Cettro, que possuem expertise nessa acreditação. Há, ainda, projeto de adesão ao Planetree, programa internacional de assistência centrada no paciente. O negócio vai gerar cerca de 400 empregos, além de reunir em seu corpo clínico mais de 40 profissionais de saúde altamente capacitados. A segunda etapa do projeto prevê ações de pesquisa e ensino. Até 2030, o câncer gerará mais de 21 milhões de novos casos e 13 milhões de óbitos ao ano. Há perspectivas de que um em cada dois indivíduos enfrentem, em alguma etapa da vida, o diagnóstico da doença. “O desenvolvimento de serviços integrados, como será o Hospital do Câncer Anchieta, é uma das armas preconizadas para enfrentamento eficaz dessa realidade”, conclui dr. Murilo.


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Cidade Economia Loteria

O SORTUDO DE BRASÍLIA Homem leva bolada de mais de R$ 11,5 milhões em sorteio de loteria

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o dia 24 de junho, foi realizado o sorteio da Quina de São João, e um brasiliense sortudo levou uma bolada para casa. Ele acertou os cinco números, e levou R$ 11,6 milhões, junto com outras 11 pessoas, do Rio Grande do Sul, do Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, do Piauí, do Rio de Janeiro e de São Paulo (três foram os vencedores do prêmio no Estado da garoa). A Caixa Econômica não revela as identidades dos ganhadores, e ainda não havia especificação do banco sobre o local da aposta do brasiliense até esta publicação. Campina Grande, na Paraíba, foi a sede escolhida pela Caixa para a realização do sorteio, no sábado (24/6), e o próximo sorteio da Quina deve acontecer hoje, com estimativa de prêmio de R$ 600 mil. Foram distribuídos pelo concurso de nº 4.412, cerca de R$ 140 milhões, divididos entre vencedores de dois números (que levaram quase R$ 2,00), de três (cada um recebeu R$ 69,00) e de quatro números (que rendeu R$ 2,5 mil para cada felizardo).

Fama do DF O Distrito Federal é marcado por ser habitado por exemplo, um homem ganhou R$ 47 milhões pois, era a vez de outro morador do quadradinho casa. Mais atrás, em 2012, dois apostadores dividiram sendo um deles brasiliense.

por ‘pés-quentes’. Em 2015, em outubro; um mês delevar R$ 205 milhões para a bolada de R$ 14 milhões,

No último sorteio de cada ano, também conhecido como Mega da Virada, os brasilienses também dão aula no quesito sorte. Já são três vencedores. Em 2009, um apostador da Rodoviária Interestadual levou R$ 72 milhões. Já em 2011, na Rodoviária do Plano Piloto, R$ 177 milhões caíram na conta de um outro apostador. Mais recentemente, em 2015, o prêmio dividido por quatro brasileiros (um deles, daqui) distribuiu R$ 65 milhões para cada ganhador.



Cultura

Gastronomia

Crianças

COMIDA CASEIRA

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Educação

E GOURMET

Nós visitamos e avaliamos o restaurante. Confira.

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Economia

Restaurante Casero cumpre todos os requisitos para ser um dos melhores da cidade

A

onda dos restaurantes que seguem a linha gourmet vem crescendo cada vez mais, e Águas Claras, como pólo emergente na gastronomia brasiliense, não deixa de fora esse estilo de cozinha. Enviesado neste contexto, o restaurante Casero, localizado próximo à estação do metrô de Águas Claras e bem em frente ao Parque Sul, vem fazendo seu nome na culinária da cidade, e inovando cada dia mais na entrega de dois ingredientes fundamentais para a conquista dos leais, porém críticos, consumidores do DF: sofisticação e qualidade. O restaurante apresenta um menu brasileiríssimo, com pratos simples, o que dá sentido ao nome da casa. E o carro-chefe do Casero é, além da carne de porco de panela - servida de graça nos happy hours da casa -, a magnífica Feijoada tradicional do nosso país. Uma porção bem servida, numa panela de barro, acompanhada de arroz, couve, mandioca e uma esplêndida farofa com ovo, serve bem qualquer grupo de quatro pes-


Revista Águas Claras | Jun/Jul 2017 soas. Bem condimentada, com a dosagem certa de sal e temperos, se mostra a melhor pedida para o fim de semana, e perfeita para se pedir em um almoço para a família. Tudo isso, por um valor justo e coerente: R$ 99,00 o prato para quatro. Se um casal, no entanto, quiser se deleitar com a feijoada do Casero, desembolsa R$ 52,00, mas sairá satisfeito, e com a sensação de que achou o lugar ideal para um fim de semana. Ainda não contamos a parte boa: de brinde, ainda tem uma caipirinha geladíssima e deliciosa para o casal ou grupo que pedir o prato campeão de vendas da casa. A única ressalva que possa ser feita quanto

ao prato é, talvez, a baixa quantidade de caldo de feijão, em relação ao mundaréu de carne que vem mergulhada neste. Ambiente acolhedor Aos fins de semana, o Casero disponibiliza aos seus clientes música ao vivo, com atrações do samba e da MPB. A casa fica numa excelente localização, além de boa sinalização ao longo do caminho. Por tudo isso, e pela proposta em oferecer qualidade, sofisticação e preço baixo, o Casero Restaurante e Bistrô faz por merecer a nota 4/5 da Revista Águas Claras.




Crianças Saúde & Beleza Matéria de capa Esportes Educação Clicks

DF PARTICIPARÁ DE Nossos colunistas

Cidade

SURDOLIMPÍADAS Economia

Loteria

Grupo de 13 brasilienses disputa a 23ª edição da Surdolimpíada, de 18 a 30 de julho, na Turquia

A nadadora Jane de Freitas Silva, de 30 anos, que vai disputar a 23ª Surdolimpíada, exclusiva para atletas surdos, na Turquia

A

costumada com a piscina desde os 3 anos, Jane de Freitas Silva, de 30 anos, enfrentará o desafio de transformar as raias em cenário de vitórias. Em 15 de julho, ela embarca para Samsun, na Turquia, para disputar a 23ª Surdolimpíada, exclusiva para atletas surdos. Moradora de Santa Maria, será a primeira vez que ela participa de um mundial de natação, e sonha trazer para o Brasil medalhas nas competições de 100 e de 50 metros. “Não tem como explicar a emoção que é ter essa oportunidade. Estou ansiosa para pegar logo essa medalha de ouro”, planeja a nadadora. Jane integra a delegação brasileira de 99 esportistas surdos que competirá no mundial, de 18 a 30 de julho. Ela está entre os 13 brasilienses que contam com recursos do Compete Brasília para custear as passagens. “É preciso muito esforço e foco”, sintetiza a atleta, dona de medalhas de prata e de bronze dos Jogos SulAmericanos de Surdos de 2014.


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Para conseguir se destacar, Jane treina por duas horas pelo menos três vezes na semana sob a orientação de Marco Antônio Caetano Júnior, técnico que a acompanha desde 2013. Como ela ficou um tempo parada para ter o filho Gabriel, de 1 ano e 8 meses, precisou intensificar o treinamento. “Ela é rápida e focada. Em quatro meses, conseguiu diminuir em quatro segundos o tempo de prova, o que é muito na natação”, avalia o técnico. No total, a delegação brasileira conta com 140 pessoas. Dessas, 20 formam a delegação brasiliense, que irá em sua maioria com passagens do programa Compete Brasília —apenas uma atleta, que está fora da cidade, viajará com outro patrocínio. Entre as modalidades representadas por Brasília estão futebol masculino e feminino, vôlei, caratê, natação e atletismo. A presidente da Confederação Brasileira de Desportos dos Surdos, Deborah Dias, destaca que o número de atletas enviados ao evento, que costuma variar de 10 a 20, bateu recorde em 2017. “Ficamos felizes com o reconhecimento e estamos com expectativa alta para conseguir boas colocações.” À frente da equipe desde 2016, Deborah, de 33 anos, também integrará o time de futebol feminino com outras duas representantes de Brasília. “Queremos cada vez maior participação da categoria em eventos de grande porte como esse”, reforça, em relação à representatividade. Os atletas também contam com apoio do Ministério do Esporte e patrocínios privados para custear os gastos no torneio. Membro da delegação brasiliense, a intérprete da língua brasileira de sinais (libras) Esmeralda Castro Oliveira, de 54 anos, acompanhará os atletas do DF. “É muita felicidade e orgulho poder estar com eles em mais um desafio”, emociona-se. Com experiência de 34 anos, hoje ela

é secretária da Confederação Brasileira de Desportos dos Surdos. Ambiente acolhedor Criada exclusivamente para atletas sem audição, a Surdolimpíada foi disputada pela primeira vez em 1924, na França, com nome de Jogos Internacionais Silenciosos. O torneio, organizado pelo Comitê Internacional de Desportos de Surdos, ocorre a cada quatro anos, e em 2017 terá disputas em 22 modalidades. A participação do Brasil no evento começou em 1993, na Bulgária. Na última edição, em 2013, a delegação brasileira, formada por 19 atletas, conquistou quatro medalhas — uma de prata e duas de bronze, na natação, e outra de bronze, no caratê. Só pode participar quem tiver perda na audição acima de 55 decibéis nos dois ouvidos. No entanto, atletas surdos não se encaixam na categoria paralímpica. Eles fazem uma competição específica com as mesmas regras das pessoas sem deficiência. O que muda é a forma de comunicação. Segundo a presidente da confederação, já foi aventada a possibilidade de juntar os torneios. Mas isso seria inviável, a seu ver, pelo porte das disputas e por questões burocráticas que envolvem a organização dos mundiais. “São eventos que contam com milhares de atletas. Teriam que ser feitas muitas adaptações na quantidade de vagas e de modalidades, por exemplo”, explica Deborah. A média de participantes nas paralimpíadas é de 4 mil, e a das Surdolimpíada, de 2,5 mil esportistas. Apesar de ser uma competição tradicional, os atletas sofrem com a falta de visibilidade da Surdolimpíada. “Não temos o mesmo reconhecimento de imprensa, nem de financiamentos, mas lutamos para que isso melhore cada vez mais”, garante.


Cidade Cultura Ecologia

CNH ELETRÔNICA Gastronomia

Turismo

Saúde & Beleza

Criançasimpressa e ficará Documento equivale à CNH disponível por meio de aplicativo para celulares Matéria de capa

Esportes Educação Clicks Nossos colunistas Cidade Economia Loteria

Após registro com certificado digital, documento é acessado por QRCode

A

proposta da Carteira Nacional de Habilitação Eletrônica (CNH-e), elaborada pelo Ministério das Cidades, foi aprovada, nesta terça-feira (25), pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Agora, além do documento físico, os motoristas terão também o arquivo virtual da CNH, por meio de um aplicativo para smartphones. O documento virtual poderá ser apresentado no lugar da carteira física, e será identificado pela leitura do QRCode ou certificado digital. A carteira digital tem a mesma validade que o documento impresso. “Estamos dando um passo à frente, desburocratizando o processo. Há um conjunto de padrões técnicos para suportar um sistema criptográfico que assegura a validade do documento. Com isso, quem esquece a CNH em casa, não estará sujeito a multa e pontos na carteira. Basta

apresentar o documento digital”, destacou o ministro das Cidades, Bruno Araújo. Mesmo com a novidade, a emissão da CNH ainda ocorre normalmente. CNH digital Para adquirir a CNH, é preciso se cadastrar no site do Denatran com um certificado digital. Em seguida, o cadastro deve ser ativado a partir de um link que será enviado ao e-mail do motorista. A ativação deve ser feita no aparelho em que a CNH será salva, que será protegida por um PIN. Essa senha será exigida todas as vezes em que o acesso ao documento for requerido. Depois desse registro, a CNH eletrônica é exportada para o aparelho, após a autenticação pelo Denatran por meio da assinatura digital do Denatran. O sistema ainda permite o bloqueio do aplicativo caso o celular seja extraviado.


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