Pará+ 111

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Revista

Pará+

EDIÇÃO 111

MAIO 2011

BELÉM-PARÁ

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ISSN 16776968

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PUBLICAÇÃO

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9ª edição do Ver-o-Peso da Cozinha Paraense

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Paratur presente no pólo Marajó

Cachoeira do Arari recebe Roteiros da Amazônia

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Governo, BNDES, Norte Energia e Belo Monte

ÍNDICE DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Anete Costa Ferreira, Benigna Soares, Camillo M. Vianna, Carlos Correia Santos, Christian Barbosa, Ivan Postigo, Josué Costa, Juliano Barreto, Manuela Viana, Sarah Winfrey, Sergio Pandolfo; FOTOGRAFIAS: Abilio Santana; Alzir Quaresma; Arquivo Carlos Correia Santos; Arquivo IPHAN; Cristino Martins/O Liberal; João Gomes; João Ramid/Abrajet Pará; José Levy; Marcelo Martins e Werick Santos; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

PA-538

CAPA

Pará+

EDITORA

CÍRIOS

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BELÉM-PARÁ

MAIO 2011

EDIÇÃO 111

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ORGULHO DE SER PARAENSE

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PÓ DO GOVERNO O GP CAIXA ATLETISM PARÁ DE

A dama que veio de eternidade

Grande Prêmio Internacional Caixa Governo do Pará de Atletismo 2011

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Projeto Anjos da Guarda é destaque em inclusão social

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Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprova tombamento de dois bairros de Belém

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3º Encontro Nacional das Cidades Históricas e Turísticas

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

Revista

EDIÇÃO 111 - MAIO/ 2011

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3º Encontro Nacional das Cidades Históricas e Turísticas >>

Fotos: Alzyr Quaresma

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cerimônia de abertura do evento do Ministério do Turismo, com apoio da Paratur, Belemtur, Iphan e outros parceiros, teve cerca de 150 participantes. Entre eles: Bel Mesquita, secretária Nacional de Políticas de Turismo do Ministério do Turismo; Adenauer Góes, presidente da Pararur, Maria Dorotéa de Lima, superintendente do Ipham-Pará; Wady Khayat, coordenador da Belemtur; Carlos Amilcar Pereira, presidente da Fumbel e José Conrado Azevedo Santos, presidente da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa). Bel Mesquita, disse na abertura do evento: “É imprescindível que tenhamos conhecimento da história do Brasil, retratada em cada azulejo, em cada prédio histórico”. Ela também esclareceu sobre as ações do Governo Federal através do PAC – Plano de Aceleração do Crescimento, das Cidades Históricas. “A alma do Brasil está nas cidades históricas”. Finalizou Bel, que em Belém também participou de reuniões sobre turismo religioso. Dorotéa de Lima, superintendente do do Iphan, mostrou que os recursos liberados para investimentos voltados ao patrimônio histórico eram de R$ 50 milhões em 1995. Em 2010 chegaram a R$ 250 milhões. Atualmente, das 173 Cidades Históricas brasileiras, 162 já aderiram ao PAC, um

Adenauer Góes, presidente da Pararur, Bel Mesquita, secretária Nacional de Políticas de Turismo do Ministério do Turismo e Wady Khayat, coordenador da Belemtur, na abertura do 3º Encontro Nacional das Cidades Históricas e Turísticas

total de 90%. De todo o patrimônio histórico tombado no Brasil, o Norte é guardião de 37, dos quais 25 estão no Pará. O evento no auditório Albano Franco, da Fiepa, reuniu em Belém prefeitos, secretários de turismo, técnicos, planejadores e outros profissionais da área, oriundos das 65 cidades brasileiras contempladas pelo Ministério do Turismo através do programa 65 Destinos Indutores do Turismo. Presidente da Paratur falou sobre turismo e cidades históricas do Pará A temática da palestra foram os investimentos e ações que estão sendo implementados ou previstos pelo Governo do Estado, por meio da Paratur, para a área da preservação, recuperação e promoção do patrimônio histórico do Pará,visando o aproveitamento para o turismo. Adenauer destacou a parceria constante do Ministério

Durante a exposição de Wady Khayat www.paramais.com.br

3º Encontro Nacional das Cidades Históricas e Turísticas.indd 5

do Turismo com o Pará e fez questão de ressaltar obras importantes da primeira gestão do governador Simão Jatene para o resgate, restauração e bom uso de importantes equipamentos históricos de Belém, hoje direcionados ao turismo, lazer e bem-estar dos que vivem na cidade, como a Estação das Docas, Pólo Joalheiro, Complexo Feliz Lusitânia, Hangar, entre outros. Adenauer destacou como investimentos e ações da Paratur, através do Prodetur – Programa de Desenvolvimento do Turismo, recuperação de prédios e sítios arqueológicos, revitalização da Casa do Patrimônio em Belém, ruínas de presídio na ilha de Cotijuba, do Passo Municipal de Ponta de Pedras, revitalização das ruínas de Joanes, no Marajó, entre outras obras. “O governador Simão Jatene tem a compreensão e entende o turismo como eixo de desenvolvimento do Pará”. Disse Adenauer, que durante a palestra relatou que a cultura é um dos principais insumos na formatação de produtos turísticos, especialmente em cidades históricas, e que o Pará tem inúmeras opções nesse segmento. Para ele, “o patrimônio cultural deve Pará+

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É imprescindível que tenhamos conhecimento da história do Brasil, retratada em cada azulejo, em cada prédio histórico

ser trabalhado em conjunto com órgãos ligados à cultura nas esferas federal, estadual e municipal e que a meta é melhorar a qualidade de vida da população local”. Mas também lembrou que é de suma importância a parceria da iniciativa privada nesse processo de restauração e aproveitamento do patrimônio. Também ministrou palestra no evento o representante da Associação Brasileira das Cidades Históricas e Turísticas, Robson Almeida. A programação teve palestras, mesa redonda e city tour, tendo Belém, Icoaraci e Mosqueiro como cenário principal da programação, que tem participantes de todo o Brasil.

O Círio de Nazaré no Encontro das Cidades Históricas

não só pelo turismo em si, mas pelo que representa na sociedade. “A empresa que investe no Círio de Nazaré também investe na responsabilidade social”, explicou. O coordenador da diretoria do Círio apresentou todas as manifestações religiosas que envolvem a festa. Ele destacou a trasladação, a procissão Fluvial e as romarias que antecedem a grande procissão no segundo domingo de outubro. E citou, também, as manifestações culturais, como o Auto do Círio e a Festa da Chiquita. Quanto ao Círio como segmento de turismo, César Neves foi enfático: “O Círio de Nazaré divulga o Pará em escala nacional e fortalece o turismo religioso na Amazônia”. Ele apresentou números dos últimos três anos que comprovam essa importância. No ano passado, 69 mil turistas estiveram em Belém no Círio, e gastaram 25 milhões de dólares. “Em três anos, o crescimento de turistas no Círio de Nazaré chegou a 10%, um aumento considerável”, destacou César Neves.

O encerramento Uma caminhada pelo centro histórico de Belém encerrou o 3º Encontro Nacional Cláudio Martins, prefeito do município de Jaguarão, no 3º Encontro Nacional das Cidades Históricas e Turísticas

O médico César Neves reconheceu que o Círio de Nazaré ainda tem sido pouco explorado nacionalmente como instrumento de turismo religioso, embora tenha apresentado números positivos nos últimos três anos, movido mais pela fé e religiosidade dos brasileiros. Ele explica que o Brasil só agora começou a ver esse filão. Ele disse, também, que é preciso aumentar os investimentos nesse segmento,

O governador Simão Jatene tem a compreensão e entende o turismo como eixo de desenvolvimento do Pará, disse Adenauer

das Cidades Históricas e Turísticas, realizado em Belém. Foram 150 pessoas de 43 cidades brasileiras e 20 estados que, durante três dias, elaboraram propostas e conheceram experiências para o desenvolvimento do turismo nas cidades históricas do Brasil. A Secretária Nacional de Políticas de Turismo, Bel Mesquita,destacou o evento como de grande importância para Belém e disse que a reunião foi um elo facilitador para a busca de recursos federais. Ela também reafirmou a parceria com as cidades históricas, que considera especiais. “Nesse encontro, tornamos possível o que parecia ser impossível”, declarou Bel Mesquita. Para a secretária, as discussões fortaleceram o tema e deram fôlego para a busca de soluções. “Viemos aqui para possibilitar a abertura de entraves e fortalecer ainda mais o turismo”. Além das palestras, debates e mesas redondas, o encontro também possibilitou uma caminhada com roteiro geoturístico, onde os participantes conheceram o centro histórico de Belém. No roteiro estavam o complexo Feliz Lusitânia, o Fórum Landi na Praça do Carmo, a rua da ladeira e Praça Joaquim Távora, Palacete Pinho e

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Frente à Igreja do Carmo

ainda os palácios Lauro Sodré e Antônio Lemos. Para a professora Maria Gorete, professora da Universidade Federal do Pará, responsável pelo roteiro, o projeto tem uma importância voltada para a educação patrimonial, além de ser outra alternativa para o turismo, que valoriza o patrimônio. “É um roteiro a pé ao longo da cidade velha. Você vai vivenciar como se deu o processo de construção desse espaço, colocando elementos da geografia, da arquitetura, da história e da cultura em geral”, explicou. A Secretária Geral de Segmentação do Ministério do Turismo, Sáskia Freire de Castro, fez parte da caminhada e ficou surpresa com a ideia . Para ela, é uma maneira diferente de fazer turismo. “Caminhando num roteiro desses, você não só conhece o patrimônio como a história da cidade. E está tudo próximo. Foi um prazer participar”, disse. O coordenador de Turismo de Belém, Wady Khayat, destacou o evento organizado pela Prefeitura de Belém. Para ele, a capital paraense vive hoje uma nova realidade no cenário nacional do turismo. “Temos potencialidade em várias opções de turismo, como o ecológico, o de eventos e negócios, por exemplo. Agora, o patrimônio histórico entrou nesse roteiro”, destacou.

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Pelas ruas da Cidade Velha

Coroando o sucesso do 3º Encontro Nacional das Cidades Históricas e Turísticas, em Belém

Durante a caminhada pelo centro histórico de Belém

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Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprova tombamento de dois bairros de Belém

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m cenário que remonta ao ano de 1616, quando o Brasil colônia expulsou, em definitivo, os franceses do território. Assim é, ainda hoje, o Centro Histórico de Belém, no Pará, com postos intermediários e construção de fortalezas, em conformidade com as recomendações dos tratados de arquitetura militar da época. Os elementos históricos, arquitetônicos, urbanísticos e paisagísticos, remanescentes desse período e localizados nos bairros da Cidade Velha e Campina, foram tombados nesta terça-feira (3) com a aprovação do Conselho Consultivo do Patrimônio Cul-

Quase 3 mil edificações nos bairros de Cidade Velha e Campina, foram tombadas pelo Iphan

tural, reunido em Brasília. Antes desta decisão, o centro histórico de Belém possuía 23 bens tombados em nível federal, com cerca de 800 imóveis protegidos. Com a proposta aprovada pelo Conselho, 2,8 mil edificações passam a estar sob a proteção do governo federal. O processo de tombamento foi elaborado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, instituição vinculada ao Ministério da Cultura. O parecer dado pelo Departamento de Patrimônio Material – Depam/Iphan ressalta que a cidade de Belém (e sobretudo os bairros Cidade Velha e Campina, enquanto sua Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reunido em Brasília

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como baía, igarapé e alagadiços constituem, ainda, um dos maiores e mais íntegros conjuntos urbanos do país, dando à cidade de Belém configuração peculiar. O conjunto constituído pela trama da cidade consolidada entre os séculos XVII e porção mais antiga) tem grande importância no processo de conquista e colonização portuguesa no Norte do país. Após a expulsão dos franceses da Ilha de São Luís do Maranhão, a cidade de Belém ganhou função estratégica como elo de ligação entre o rio Amazonas e o mar, possibilitando a posse de toda a Amazônia e a transformação de Belém no maior entreposto comercial das riquezas produzidas na região. Neste contexto, foi erguido um conjunto arquitetônico misturando traços básicos da arquitetura europeia com a cultura local, arquitetura neoclássica, exemplos arquitetônicos expressivos do período eclético, com grande concentração de exemplares de arquitetura azulejar, e arquitetura de ferro. Os bairros da Cidade Velha e Campina condicionados por elementos naturais

A aprovação do Tombamento

Um cenário que remonta ao ano de 1616, quando o Brasil colônia expulsou, em definitivo, os franceses do território

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Centro histórico de Belém (PA)

XVIII, em que se destacam as igrejas com suas torres, os largos e praças, os coretos, os mercados e as feiras, em perfeita interação com a baía de Guajará, é suficientemente expressivo para retratar a história urbana de Belém. Ainda conforme o dossiê do Iphan, a área de tombamento aprovada pelo Conselho inclui bens já tombados individualmente pelo Iphan, nas décadas de 1940, 1950, 1960 e 1970.

O início da cidade de Belém do Gram Pará A formação da cidade a partir das duas áreas é um dos elementos importantes para a compreensão de Belém. Assim como a escolha do sítio não foi aleatória, as diretrizes da ocupação também foram dadas por um elemento natural, o rio, permitindo que as construções fossem aos poucos assinalando as etapas do desenvolvimento. A política de proteção do território

brasileiro, após a expulsão dos franceses, escolheu o local como o mais adequado para a construção de uma fortificação e estabelecimento de uma cidade. Foi definida uma estreita faixa de terra confinada, de um lado, pela baía do rio Guarajá e, de outro, por um grande igarapé denominado de Piri – onde, mais tarde, foi instalado um fortim de madeira, permitindo a defesa da área de um ataque pelo interior e o controle da entrada da baía. Foi nessa área que surgiu o primeiro lo-

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gradouro do núcleo, aberto paralelamente ao rio, denominado rua do Norte, atual rua Siqueira Mendes, ligando uma edificação militar, o Forte do Presépio, às edificações religiosas como o Convento de Santo Antonio e Igreja e Convento do Carmo, uma característica comum a muitos núcleos coloniais. Os caminhos que surgiram, no sentido do interior, ligando as edificações, em especial aquelas vinculadas às diferentes ordens religiosas, consolidou a conformação do bairro depois denominado Cidade Velha. O crescimento do núcleo urbano, inicialmente lento devido

aos constantes conflitos entre nativos e estrangeiros, ganhou impulso a partir da Carta de Doação e Sesmaria que concedeu a primeira légua patrimonial, fazendo com que, em meados do século XVII, com a instalação da Igreja das Mercês, a área fosse ocupada e, no século seguinte, se consolidasse como centro comercial com a fundação da Companhia do Comércio do Grão-Pará e Maranhão, em 1755.

Sobre o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural O Conselho que avalia os processos de

Vista aérea do conjunto do Ver-oPeso, Feliz Luzitâia, Forte do Presépio

tombamento e registro de bens do patrimônio cultural brasileiro, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e da sociedade civil.

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9ª edição do Ver-o-Peso da Cozinha Paraense

Nacionalidade com tempero regional

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m dos pontos altos do “Ver-oPeso da Cozinha Paraense”, foi o jantar popular, marcando o encerramento do festival gastronômico em que os chefs convidados de fora do Estado: Danio Braga (Locanda della Mimosa – Petrópolis, RJ), Alex Atala (D.O.M, SP), Mônica Rangel (Gosto com Gosto – Visconde de Mauá, RJ), Dalton Rangel (Yuca Gourmet – Visconde de Mauá – RJ) Juarez Campos (Oriundi Ristorante – Vitória, ES) André Saburó (Quina do Futuro – Recife, PE), Ana Luiza Trajano (Restaurante Brasil a Gosto – SP), William Chen (Restaurante Babel – Brasília/DF) e Heiko Grabolle (Consultor Gastronômico), e os chefs paraenses Carmelo Procópio (Marujo´s), Cristine Klautau (Maga Bistrô), Daniela Martins (Lá em Casa), Fabio Sicília (Famiglia Sicilia),

Foto: Cristino Martins – O Liberal, José Levy

Santro Mota (Mania de Pizza, Santarém) e Thiago Castanho (Remanso do Peixe), criaram receitas harmonizadas com os pratos feitos pelas “boieiras” – as feirantes que habitualmente servem as “bóias” (refeições) no mercado. A programação incluiu também, uma visita/exploração ao mercado do Ver-o-Peso, um passeio de barco pela Baia do Guajará e quatro degustações comandadas por Daniela Martins, Sandro Mota (Mania de Pizza), Thiago Castanho (Remanso do Peixe) e Sérgio Leão (Benjamin), para reforçar a troca de conhecimento entre os chefs locais e os visitantes. Cerca de 50 ingredientes lhes foram apresentados, alguns desconhecidos até para veteranos como Danio Braga. Ele se surpreendeu com a fruta cacau-jacaré e o micro camarão aviú fresco, normalmente Chefs Heiko Grabolle e Pedro Bastos fazendo o preparo de seus prato com apoio da equipe de alunos do Senac/PA

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servido seco. “Venho aqui desde 1980, e cada vez aprendo alguma coisa”, comentou. “Os produtos são tão novos para nós brasileiros, como para os estrangeiros. O mercado retrata uma cozinha local e popularizada. Várias barracas servem o peixe frito com açaí e farofa, uma ao lado da outra, e estão lotadas. Não tem arroz, feijão e salada, por exemplo. É a comida do lugar”, esclareceu o chef. Em seguida, à noitinha, uma mesa redonda reuniu, no Hotel Hilton, alguns dos participantes em torno de temas como o uso dos ingredientes regionais na cozinha contemporânea, a possível perda da identidade regional tradicional, e o incentivo à melhoria da qualidade dos produtos. Em sua nona edição, o evento teve como objetivo homenagear Paulo Martins, reconhecido com o título informal de Embaixador da Cozinha Paraense por ter sido o seu maior divulgador,falecido em setembro de 2010. Para Joanna Martins, filha do chef e uma das organizadoras do evento, a meta foi reunir o conhecimento e a técnica dos Chefs com a experiência das Boieiras, na elaboração dos pratos, acrescentando toques pessoais às receitas. Peixe frito com Teriaki de Açai, farofa de bolacha água e sal e arroz amarelo com feijão de corda e alfavaca foram algumas das combinações criadas com ingredientes regionais. “A culinária paraense é a mais brasileira de todas as culinárias”, disse a chef Daniela Martins, que trabalhou com o prato Pirarucu com Castanha-do-Pará Fresca com Pure de feijao manteiguinha de Santarém. Para Rafael Menezes, tecnólogo de alimentos, que degustou o prato filhote ao molho de camarão com arroz amarelo, a importância do evento é trazer as peculiaridades da cozinha local e www.paramais.com.br

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Heiko Grabolle, em sua harmonização

incentivar investimentos na culinária do estado. Com experiência de 25 anos no mercado gastronômico, Alex Atala destacou a importância da comida paraense para a identidade brasileira. “Por meio do Paulo (Martins) conheci os sabores do Pará como pupunha, jambú, tucupi e comecei a fazer experimentações. A culinária paraense está sendo reconhecida nacionalmente. A cosmética sabe mais como utilizar os ingredientes da Amazônia do que a culinária. Temos que associar a culinária com a cultura e, a partir da natureza, estaChefs Sandro Mota, William Chen, Monica Rangel, Heiko Grabolle, Dalton Rangel, Thiago Castanho, Pedro Bastos e Frederic Meyer descobrindo as frutas amazônicas na barraca da Carmelita no Ver-o-Peso Mercado de Peixe do Ver-o-Peso durante o Jantar Popular

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No Hotel Hilton, Chefs Heiko Grabolle, Dalton Rangel, Danio Braga, Monica Rangel, William Chen e Pedro Bastos, a realizadora do evento Tania Martins e o mediador Mauro Bonna, se reuniram em torno de temas como o uso dos ingredientes regionais na cozinha contemporânea e o incentivo à melhoria da qualidade dos produtos

Alex Atala (D.O.M, SP), incrementando o tacacá, foi premiado recentemente, como o sétimo melhor restaurante do mundo pelo S. Pellegrino World’s 50 Best Restaurants, reconhecido como o mais célebre indicador dos melhores lugares para comer nos cinco continentes

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belecer uma renda sustentável. Para isso há necessidade de incentivo público”, afirmou Atala, que recebeu uma camisa do Brasil com número sete, em homenagem ao posicionamento do seu restaurante no ranking dos 50 mais conceituados do mundo. Para Wady Salim Khayat, coordenador de Turismo da Belemtur, “o turismo abrange diversas áreas, como o ecoturismo, negócios e o cultural. Neste ramo a culinária, herdada pela cozinha indígena, representa o nosso estado. O ‘Ver o Peso da Cozinha Paraense’ concebe bem essa questão, pois se trata do maior evento gastronômico do norte. Desenvolve o turismo, promovendo cores, aromas e sabores da nossa terra”, concluiu. Para Daniela, que liderou a caravana pelo mercado do Ver-o-Peso ao lado da irmã Joana. “Essa edição foi muito especial, a maioria aqui era amigo íntimo do meu pai e todos estão aqui para homenageá-lo fazendo o que ele mais gostava, que era cozinhar”.

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Homenagem ao Chef Paulo Martins, Embaixador da Cozinha Paraense

Wady Khayat (cordenador de Turismo da Belemtur), com Joana, Tania e Daniela Martins

O passeio ao mercado do Ver-o-Peso serviu para a apresentação de nossos cheiros e sabores ao Chefs convidados. O evento teve o apoio da Prefeitura de Belém, através da Belemtur, patrocínio da Cerpa, do Hotel Hilton e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

Histórico

Pirarucu frito com Teryaki de Açai e Jambu, elaborado pela Boieira MARIA DA CONCEIÇAO BARBOSA DA SILVA e o Chef André Saburó Aviú, jambú e farinha d’água

Tucupi, jambu, aviú, açaí, farinha de tapioca, cupuaçu, bacuri, pupunha. Se não fosse pelo talento do saudoso chef Paulo Martins, os nomes desses produtos e ingredientes tão comuns à culinária paraense seguiriam desconhecidos da maioria do público brasileiro. Orgulhoso de suas raízes e sabedor do potencial das delícias de sua terra, o chef Paulo foi um verdadeiro militante na divulgação da culinária natal em viagens, festivais, palestras e cursos. O trabalho culminou com a criação, em 2000, do evento “Ver-o-Peso da Cozinha Paraense”, um dos mais bem sucedidos festivais gastronômicos do país. Com o falecimento de Paulo, em setembro de 2010, a organização passou para sua esposa Tania Martins. A gastronomia regional brasileira se reconhece a partir da culinária paraense. A fusão de quatro elementos foi indispensável para o sucesso: A riqueza de ingredientes locais, a sabedoria na sua utilização, a herança dos povos nativos, e a singularidade no preparo introduzido pelos colonizadores portugueses. Em se tratando da Nouvelle Cuisine contemporânea, o Pará destaca-se como um dos mais promissores destinos gastronômicos. A influência de sua culinária disseminou-se com os chefs locais, trazendo reconhecimento da autêntica cozinha brasileira, bem como do resgate de sua auto-estima

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Entrada do Mercado de Peixe

(Senac), realização do Lá em Casa e da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança, organização da Dahás Comunicação e contou com a assessoria de imprensa da Gaby Comunicação. O jantar foi aberto ao público, e o ingresso dava direito a degustação de dois diferentes sabores.

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Chef Alex Atala com as realizadoras do festival, Chef Daniela Martins, Tania Martins e Joanna Martins

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As boieiras e os chefes convidados

BOIEIRAS

Prato

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Maria da Conceição Barbosa da Silva

Pirarucu e Dourada Frita

Andre Saburo - Quina do Futuro

Teriaki de Açai com Jambu

Hildely Maria da Silva Moreira

Arroz Paraense

Danio Braga - Locanda della Mimosa

Picadinho de Tambaqui

Iracema Andrade

Salada de Camarao

Dalton Rangel - Yuka Gourmet

Cama de manga com ovas surpresa ao molho citrico de siciliano

Raquel Novaes

Tacaca

Alex Atala - Dom Restaurante

Pirão de Camarão

Oswaldina Ferreira

Silveirinha de camarao

Monica Rangel - Gosto com Gosto

Agridoce de Taperebá e Castanha-do-Pará Crocante

Eliana Ferreira

Camarao Brasileirinho

Juarez Campos - Oriundi

Pirão Capixaba

Maria de Nazare Ferreira

Maniçoba

Ana Luiza Trajano - Brasil a Gosto

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Lucilene Torres

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Heiko Grabolle - Consultor

Arroz amarelo com feijão de corda e alfavaca

Jorgia Progenio

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Paratur presente n >>

C

Ana Mokarzel Arquivo Paratur

onhecer o Pará é sempre um convite irrecusável. Considerado “A Obra-Prima da Amazônia” é um dos estados mais ricos e atraentes da Região Norte do Brasil. Formado por 144 municípios é dividido em seis pólos turísticos. Em cada pólo um mix de cultura, natureza, sol, praia de rio ou de mar, artesanato, gastronomia típica influenciada pelas culturas indígenas, negras e européias, uma fauna inigualável e manifestações culturais sui generis. Esta divisão, segundo as diretrizes do Plano de Desenvolvimento Turístico do Estado do Pará, que a Companhia Paraense de Turismo – PARATUR iniciou neste momento a atualização através da empresa Chias Marketing, conceitua 14 municípios como prioritários para o turismo, sob o olhar do Ministério do Turismo (MTUR). São eles: Belém (pólo Belém), Soure (pólo Marajó), Santarém (pólo Tapajós), Bragança, Curuçá, Marapanim e Salinópolis (pólo Amazônia Atlântica), Barcarena, Cametá, Conceição do Araguaia, Ma-

Búfalos. Fazenda Vitória - Traucateua, Pará

18 Pará+

Paratur presente no pólo Marajó.indd 18

por Benigna Soares

rabá, Parauapebas e Tucuruí (pólo Araguaia Tocantins) e Altamira (pólo Xingu). O turista, portanto, tem 144 motivos para conhecer o Pará, 14 dos quais são prioridades a todos que visitam este Estado. Uma boa dica para quem não tem tanto tempo disponível é o roteiro Amazônia do Marajó. Ao desembarcar no Porto do Camará, em Salvaterra, o turista deve estar preparado para apreciar praias de águas mornas e salobras, observar búfalos que servem de montaria à polícia e aos visitantes, trilhas no mangue, passeios de canoa e revoada de guarás, alguns dos atrativos da maior ilha fluvial e marítima do mundo, a lha do Marajó. Passeios por campos alagados, degustação do queijo bubalino oferecidos nos hotéis e fazendas

que recebem aqueles que visitam a Ilha também são convites irrecusáveis para quem deseja conhecer o arquipélago do Marajó, composto por aproximadamente 3 mil ilhas e ilhotas distribuídas em 15 municípios, em uma área de mais de 50 mil km² , banhada pelo oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Pará. A beleza exótica do Marajó é vista em pequenos rios e igarapés que criam áreas alagadas , refúgio dos fortes búfalos, principal produto pecuário da região. Merece destaque a praia do Pesqueiro no município de Soure cujo encanto atrai turistas de todo o mundo. O artesanato marajoara também merece ser visto, com seus desenhos inconfundíveis aplicados em cerâmicas marajoaras, peças de vestuário de couro bubalino. Inspiradas na região, as bio-jóias são produzidas a partir de sementes, folhas e cipós, alguns dos artigos encontrados nas feiras e barracas de lembranças dos municípios marajoaras. Habitat de grande variedade de www.paramais.com.br

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no pólo Marajó Na Fazenda São Jerônimo

hotéis e pousadas garantem o conforto do visitante. Para desfrutar as belezas da Ilha do Marajó é necessário pelo menos dois dias, as saídas são diárias partindo de Belém de barco, lancha, balsa em linhas públicas regulares ou aviões fretados.

Luiz Braga Arquivo Paratur

Fortalecimento

peixes e pássaros, o arquipélago oferece muitas atividades em meio à natureza, realizadas nas fazendas, como observação de guarás - ave típica de penas vermelhas -, pesca, a focagem de jacarés, passeios de barco pelos igarapés. Os fãs dos esportes de aventura também se divertem na área com a prática de caminhadas na selva.

O

TURISM

A gastronomia, que tem na carne de búfalo ingrediente principal, é representada por pratos típicos como filé marajoara, servido com mussarela de búfala derretida e o frito do vaqueiro. Além de Soure, conhecida como “A Pérola do Marajó”, vale destacar no arquipélago o município de Salvaterra. Inúmeros

Para garantir que o pólo Marajó seja cada vez mais competitivo no mercado nacional e internacional a Companhia Paraense de Turismo (Paratur) desde o início do ano vem executando uma série de ações que envolvem desde a licitação de empresas para elaborar projetos técnicos visando construção de melhor infraestrutura de acesso a Ponta de Pedras, Soure, Salvaterra e outros municípios do pólo, visitas técnicas, oficinas de capacitação e de sensibilização, entre outras. Em fevereiro, por exemplo, o presidente da Paratur, Adenauer Góes, licitou dois importantes projetos para a infraestrutura

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Cláudio Santos/ Ag.Pará

Praia do Pesqueiro, em Soure na Ilha do Marajó

turística do Pará. Um visa elaboração de projetos executivos para a pavimentação urbana de Soure e para a sinalização turística também de Soure, Salvaterra e Ponta de Pedras, além das comunidades de Tartarugueiro e Santana do Arari. Atendendo solicitação da Associação Comercial, Rural e Industrial de Ponta de Pedras a Paratur também vem dialogando com a secretaria de turismo do município e com visitas técnicas avaliando a infraestrutura local, principalmente da rede hoteleira. O município, considerado de apoio ao turismo, está de olho na demanda que será gerada ao Pará por conta da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas do Rio 2016.

Visando o fortalecimento também do pólo Marajó a Paratur está dialogando com a Companhia de Portos e Hidrovias (CPH). “O governador Simão Jatene tem dado sempre uma orientação bem especifica para sua equipe de trabalho para que os projetos possa encontrar sintonia e com isso fortalecer as ações do Estado. Então nós estamos conversando tecnicamente com a Companhia de Portos e Hidrovias do Estado do Pará (CPH) no sentido de que a CPH desenvolva seus projetos integrados aos projetos da Paratur no que diz respeito à melhoria da prestação de serviços de transportes de passageiros e dos turistas”. Explica Adenauer Góes, que em recente reunião com presidente da CPH,

Abraão Benassuly Neto tratou sobre acesso ao Marajó. Os dois trataram também sobre as operações do Terminal Fluvial de Belém. A Paratur também levou ao Marajó ações do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR-PA), através do V WORKSHOP PRODETUR- Projetos Prioritários para os Pólos Belém, Tapajós e Marajó. O Workshop faz parte das ações programadas pela Paratur, responsável pela gestão do programa no Estado, para o ano de 2011. O Workshop ocorreu no município de Soure, no período de 27 a 30 de março no município de Salvaterra, no período de 01 a04 de maio. Em Ponta de Pedras de 17 a18 de maio. No município de Salvaterra

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Carlos Macapuna

Passeio pela ponte de palafitas dentro da fazenda São Jerônimo, no municipio de Soure, na Ilha do Marajó

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Cláudio Santos/ Ag.Pará

A programação inclui apresentação das ações prioritárias do Prodetur para o Pólo Marajó, incluindo as que estão em execução: avaliação ambiental estratégica, projetos de infraestrutura, fortalecimento da gestão do turismo e criação do Banco de Dados do Turismo no Estado. Também previstas visita técnica no Marajó para diagnóstico da avaliação ambiental estratégica (AAE) e diagnóstico do transporte para o Marajó. Outra ação foi a do Projeto de Gestão e Planejamento de Destinos Turísticos, baseado no Índice de Competitividade do Ministério do Turismo, que visa identificar as áreas que necessitam de investimentos para que se tornem referência para o turismo internacional, como ocorreu com Belém e Santarém, que hoje integram a lista dos 65 Destinos Indutores do Turismo. Durante a programação no auditório da Prefeitura Municipal de Soure, no início do mês de maio, apresentou ao município de Soure os indicadores locais, construídos após estudos da Fundação Getúlio Vargas. Também foram realizados pela Paratur, em parceria com o Instituto Marca Brasil e Ministério do Turismo (MTUR), os cursos “Competitividade de Destino: Posicionamento e Formação

Carlos Macapuna

Em Soure

Passeio de búfalo dentro da fazenda São Jerõnimo

do Grupo Gestor” e “2º. Ciclo de Assessoramento em Instâncias de Governança de Turismo nas Regiões Turísticas do Pará”, este com objetivo de sensibilizar os participantes da importância que tem a

qualificação das instâncias de governança regionais para a gestão e planejamento do turismo nos pólos. (*) Gerente de Comunicação da Paratur / Diretora Regional Norte da Abrajet

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a r i e o h c Ca i r a r A do

a i n 么 z a m A a d s o r i e t o R recebe centen谩rio arco Sesqui

M

a do Arari

de Cachoeir

22 Par谩+ Cachoeira do Arari recebe Roteiros da Amaz么nia.indd 22

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Participantes do Roteiros da Amazônia em Cachoeira do Arari

>>

por Benigna Soares Fotos: João Ramid/Abrajet Pará

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ma iniciativa inédita mu- cas sobre Comunicação e Turismo, profedou a rotina de Cachoeira ridas pelos jornalistas João Zucaratto, da do Arari, no arquipélago do Abrajet de João Pessoa (ES) e Benigna Marajó, recentemente, quan- Soares, da Abrajet Pará, seguidos pelo do a Associação Brasileira de Jornalistas presidente da Abrajet Pará, o fotógrafo de Turismo – Abrajet Pará incluiu o muni- João Ramid e por Pedro Rodrigues, tamcípio nas atividades do projeto “Roteiros bém fotógrafo. da Amazônia”. Cerca de 25 pessoas parti- O prefeito local Jaime Barbosa e a direciparam da programação, que teve como tora escolar Sandra Souza prestigiaram objetivo dar visibilidade ao município a programação, que contemplou também enquanto integrante do pólo turístico do estudantes de escolas públicas de CachoMarajó, capacitar estudantes e profissio- eira do Arari. nais de turismo e de comunicação quanto aos conceitos e práticas do jornalismo especializado, fotografia e roteirização turística. O grupo conheceu a cidade e apreciou ponA escolha de Cachoeira do Arari pela tos turísticos como o Marco SesquicenteAbrajet foi motivada, em especial, por nário, a Igreja Nossa Senhora da Conceiabrigar um dos mais importantes ícones ção, o Porto Municipal e as ruínas de onde da cultura marajoara, o Museu do Mara- foi a casa do poeta Dalcídio Jurandir. O jó, que desde a morte de seu fundador, momento mais importante da oficina foi o o padre italiano Giovanni Gallo, enfrenta sérias dificuldades de se manter em funcionamento. Ao chegar no município os participantes, a maioria profissionais de turismo e comunicação, foram recepcionados no Museu do Marajó por uma apresentação do Grupo folclórico “Acauã”. À noite, experimentaram um pouco das delícias do Marajó encontradas no cardápio João Zucaratto (presidente da Abrajet do Espírito Santo), Maria José do Restaurante Fundo de Quintal. (diretora do Museu do Marajó), João Ramid (presidente da Abrajet O segundo dia em Cachoeira foi Pará) e Benigna Soares (Diretora Regional da Abrajet Nacional) marcado por aulas práticas e teóri-

Roteiro

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Cachoeira do Arari recebe Roteiros da Amazônia.indd 23

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A apresentação do Grupo folclórico Acauã

Museu do Marajó. Desde a morte de seu fundador, o padre italiano Giovanni Gallo, enfrenta sérias dificuldades de se manter em funcionamento

contato dos participantes com um roteiro inédito em Cachoeira do Arari. No dia 23 o grupo partiu de barco pelo rio Arari às 5h da manhã com destino à Fazenda São Vicente, que guarda traços típicos de uma fazenda marajoara. Lá, além de conhecer a realidade dos campos do Marajó o grupo foi surpreendido com a visitação, no meio da floresta, a um ninhal de pássaros. Garças, guarás, gaviões e dezenas de outras espécies puderam ser vistas bem de perto, uma experiência indescritível para os participantes, que aproveitaram para tirar excelentes fotos. O evento contou com apoio da Companhia Paraense de Turismo (PARATUR), Henvil Navegação, Prefeitura Municipal 12 anos de Sucesso

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Cachoeira O município foi fundado pelo capitão-mor André Fernandes Gavinho, com a denominação de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Cachoeira, na dependência da Vila do Marajó. Em 1811 foi criada a Vila de Cachoeira, nome que teve origem devido a um desnível do leito do rio Ararí.

O que visitar Museu do Marajó A cultura marajoara está retratada numa exposição permanente e interativa. O Padre Gianoanni Gallo fundou o Museu em 1972. Existe LÁ uma coleção arqueológica de peças em cerâmica, oriundas da tradição andina, típicas da região. Livros e CDs produzidos pelo Museu estão à disposição, além de artesanato e demais

No Restaurante Fundo de Quintal

atividades culturais. O corpo do Pe. Gallo foi enterrado no quintal do próprio Museu do Marajó. TV. do Museu, 1983 – Choque, Cachoeira do Arari – PA.

Quando visitar Sempre, mas especialmente em dezembro, tempo da festividade de Nossa Senhora da Conceição e em janeiro, por ocasião dos festejos de São Sebastião.

Onde ficar Pousada Marajó: Travessa Dr. Bento Miranda, s/n – Centro.

Onde comer Restaurante Fundo de Quintal (da Zezé) TV. do Museu, – Choque, Cachoeira do Arari – PA. Bem em frente ao Museu do Marajó. Saiba mais: www.abrajetpara.blogspot.com (*) Abrajet Pará

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Governo, BNDES, Norte Energia e Belo Monte Jatene discute começo imediato das obras de redução dos impactos de Belo Monte

A

ntecipar-se aos problemas. Prever. Planejar. Essas foram as as palavras de ordem que nortearam a reunião ocorrida no Palácio dos Despachos, considerada pelo governador Simão Jatene um marco na aproximação do Governo do Pará com o Consórcio Norte Engenharia, responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal financiador da execução da obra. “Precisamos nos antecipar aos problemas que possam ocorrer futuramente com a instalação da usina, principalmente no que diz respeito à mi-

Valter Cardeal, diretor da Eletrobras

A situação

26 Pará+ Governador, BNDES, Norte Energia e Belo Monte.indd 2

nimização dos impactos ambientais. Não é fazer mais do mesmo, é fazer diferente, assumindo os riscos e com chance de êxito”, ressaltou o governador. A reunião contou com a presença do presidente do Consórcio Norte Engenharia, Carlos Nascimento; de Elvio Lima Gaspar, diretor de Crédito e Inclusão Social do BNDES; Ademar Pallocci, diretor da Eletronorte; e Walter Cardeal, diretor da Eletrobras. Também participaram do encontro os secretários de Estado de Segurança, Luiz Fernandes; de Saúde, Hélio Franco; de Planejamento, Sérgio Bacury; de Governo, Sérgio Leão; e de Educação, Nilson Pinto. “Todos nós sabemos da importância e o desafio que significa um projeto com a dimensão de Belo Monte e reconhecemos que existe uma razoável experiência histórica, pelas esferas de governo que nos permite não reproduzir velhos erros. Devemos potencializar os efeitos desse projeto e transformá-los em vetores de crescimento e desenvolvimento para região”, enfatizou Jatene. As áreas de saúde, segurança e educação

Carlos Nascimento, presidente da Norte Energia

estão entre as prioridades do governo. De acordo com o governador, na área da saúde, o setor de traumatologia deverá ganhar um reforço nos hospitais. No âmbito da segurança será necessário um investimento que inclui desde novos equipamentos, compra de veículos até ampliação do número do efetivo. Jatene deixou claro que para assegurar todas essas aquisições é necessário que haja um esforço coletivo de todas as esferas de governo. Ele informou, ainda, que os prefeitos dos 11 municípios atingidos diretamente pela instalação da usina hidrelétrica serão convidados a fazer parte deste processo. “A Na foto (esq. dir.), secretário de Governo Sérgio Leão, diretor participação e o interesse de todos da Eletronorte Ademar Pallocci, conselheiro Valter Cardeal, diretor do BNDES Elvio Lima Gaspar, o governador Simão será fundamental. O Pará só tem Jatene e o presidente da Norte Energia Carlos Nascimento uma forma legítima de contribuir com o desenvolvimento brasileiro, que é através do seu próprio desenvolvimento”, concluiu. Para o diretor de Crédito e Inclusão Social do BNDES, Elvio Gaspar, a iniciativa do governo de se antecipar aos problemas que podem decorrer de um projeto dessa magnitude foi muito bem recebida pelos diretores do banco. “Dessa forma, não corremos o risco de cair nos mesmo erros e isso só tem chance de dar certo se o governador assumir a liderança, coisa que já fez”. www.paramais.com.br

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Precisamos nos antecipar aos problemas que possam ocorrer futuramente com a instalação da usina, principalmente no que diz respeito à minimização dos impactos ambientais. È fazer diferente, assumindo os riscos e com chance de êxito, ressaltou o governador

Simão Jatene e Ademar Palocci, diretor da Eletronorte

Anapu

Obras O presidente do Consórcio Norte Engenharia, Carlos Nascimento, espera que com a aproximação do Governo do Pará, o número de obras relacionadas às condicionantes socioambientais de Belo Monte passem a acontecer com maior celeridade. Segundo ele, até hoje cerca de 90 obras emergenciais estão em andamento nos

aula construídas pela Norte Energia na Escola de Ensino Fundamental e Médio Maria das Dores. Até o final deste ano, data acordada com a Prefeitura de Anapu, serão entregues mais três blocos, totalizando vinte salas de aula. Veja o estágio em que algumas obras emergenciais se encontram:

Altamira Educação: 6 escolas reformadas e ampliadas e outras 7 aguardando por essas obras. Saúde: 3 postos de saúde (em fase de definição das obras), Reforma do Hospital Municipal (em fase de definição). Saneamento: Aterro sanitário (aguardando a definição de quem fará a obra).

Educação: Ampliação de 2 escolas (construção de novas salas de aula), Cinco salas de aula construídas na Escola de Ensino Médio Maria das Dores. Saúde: Reforma no Hospital Municipal (em fase de contratação da empresa responsável pela obra), Construção de 1 posto de saúde (em fase de definição). Saneamento: Aumento da distribuição da rede de água (em execução), Projeto de implantação da rede de energia para atender poço semi-artesiano (em execução)

Vitória do Xingu Educação: Reforma e ampliação de 7 escolas (aguardando início das obras), Reforma e ampliação de 2 escolas (em execução), Reforma da Escola Creche (entregue). Saúde: Implantação de 1 posto de saúde (Compra do terreno em fase de pesquisa), Reforma da Secretaria Municipal de Saúde (projeto aguardando por aprovação) Saneamento: Reforma e ampliação da rede de distribuição de água (em fase de aprovação). Localização e área de influência da usina Belo Monte

Élvio Lima Gaspar, diretor do BNDES

municípios de Altamira, Anapu e Vitória Xingu. Ele disse também que já estão previstas obras nos outros oito municípios que estão na área de influência da usina e que integram o Consórcio Belo Monte, com sede em Altamira. São eles Senador José Porfírio, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas, Porto de Moz, Gurupá e Pacajá. Juntos, os 11 municípios têm uma população de 360 mil habitantes, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A primeira obra emergencial foi entregue no último dia 10 de março, em Anapu. Trata-se de um bloco com cinco salas de www.paramais.com.br

Governador, BNDES, Norte Energia e Belo Monte.indd 3

Pará+ 27 17/05/2011 14:07:50


Somente no primeiro trimestre de 2011, o Anjos da Guarda já conquistou duas medalhas de ouro e uma de bronze no III Campeonato Paraense de Artes

Projeto Anjos da Guarda é destaque em inclusão social >>

O

projeto Anjos da Guarda, tutelado pela Guarda Municipal de Belém, destaca-se como um dos maiores de inclusão social no Pará. Há três anos e cinco meses de plena atividade, a ação assistencial atende atualmente 250 crianças e adolescentes, na faixa etária de 7 a 14 anos, moradoras de bairros da Pratinha I, Pratinha 2 e Tapanã. Nas prateleiras, a ostentação de mais de 100 medalhas e troféus traduz as conquistas da garotada nos torneios e campeonatos disputados em diversas modalidades. Além desse público, pelos menos outros 50 jovens acima dos 15 anos que, por causa da idade estão automaticamente fora do projeto, continuam recebendo acompanhamento dos instrutores do Anjos da Guarda nas atividades de luta denominada Pólo. O prédio do Anjos da Guarda, na sede do comando da GMB, é equipado com brin-

28 Pará+ Projeto Anjos da Guarda é destaque em inclusão social.indd 2

por Josué Costa Fotos: João Gomes

quedoteca, cozinha e salas de reunião, reforço escolar e pintura, além dos espaços para os instrutores e setor administrativo. O projeto desenvolve atividades esportivas e pedagógicas realizadas diariamente, tais como Educação Artística, Dinâmicas de Grupo, Reforço Escolar, Noções de Civismo e Cidadania, Oficinas de Artesanato, Artes Marciais e Educação Ambiental.Outras ações são desenvolvidas no complexo esportivo do comando e áreas livres, como futebol de areia e voleibol. Dentre as atividades esportivas e de artes marciais destacam-se o karatê, Judô, Jiujitsu, Muai-Thai, Futebol de Salão, Handebol e Voleibol. Somente no primeiro

trimestre de 2011, o Anjos da Guarda já conquistou duas medalhas de ouro e uma de bronze no III Campeonato Paraense de Artes Marciais, na modalidade Karatê. E em dezembro deste ano uma equipe da Federação Paraense de Karatê deve conceder troca de faixas à Victória Ranieri, 13 anos. A aluna vai deixar de ser faixa marrom para ostentar a faixa preta. É a primeira na história do projeto.

Mais de 100 medalhas e troféus conquistados

Nesses três anos de atividades a galeria do projeto já reúne mais de 100 medalhas de ouro, prata e bronze conquistadas em competições oficiais. Alguns dos instrutores da Guarda Municipal que São pelo menos 30 a trabalham com as crianças e adolescentes mais, se comparado com o ano de 2009, quando o alcance foi de 63 medalhas, um número já significante. Os atletas são treinados por guardasatletas. Ao longo desses quase quatro anos o Anjos da Guarda sowww.paramais.com.br

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mou muitas conquistas e participações em eventos como o Intercâmbio com um grupo de 22 crianças e adolescentes da Guiana Francesa; jogo amistoso contra o time “Gigantes do Norte”; passeio turístico em Belém; participação no Campeonato Intermunicipal de Judô, em Paragominas; Corridinha do Círio;Campeonatos Paraense de Karatê; Campeonato Paraense de Jiu-jitsu; visitação ao teatro do Curro Velho; participações no Coral Natalino e no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu, no Rio de Janeiro. Doze instrutores da Guarda Municipal trabalham com as 250 crianças e adolescentes. As ações são desenvolvidas pela manhã e à tarde, turnos que recebem turmas selecionadas por atividade e para não prejudicar os horários de aulas dos alunos, uma vez que a exigência de estar estudando regularmente é um dos pré-requisitos

para participar do projeto. Os tutelados recebem ainda alimentação balanceada fornecida pela Fundação Municipal de Assistência ao Estudante (Fmae), parceira do projeto. O projeto que começou em dezembro de 2007, assistindo às crianças dos bairros do Tapanã, Pratinha I, Pratinha II, Icoaraci, Bengui e Lixão do Aurá, agora atende também o Parque Verde e Cabanagem. Até dezembro de 2010, o Anjos da Guarda contabilizou 982 crianças e adolescentes assistidos. Há uma fila de espera de pelo menos 300 interessados. Quando um tutelado atingem a idade limite para participar do projeto ou faltam injustificadamente às atividades do projeto, três vezes no mês, a regra é de que ele saia para que outro entre no lugar. Qualquer criança, comprovadamente de família carente, pode se inscrever. O serviço é gratuito.

Parcerias ajudam o projeto a sobreviver Para manter um projeto dessa magnitude, além dos recursos financeiros, ainda escassos, é necessário força de vontade e responsabilidade social. Mãos estendidas garantem a continuidade da obra. Independente da carência de material de trabalho e de recursos humanos, o Anjos da Guarda traz em sua proposta a construção de laços de boa convivência, baseados no respeito ao outro e na solidariedade às suas necessidades. É o que prega o coordenador do projeto, inspetor Hernandes Neves. “Nossa proposta tem essa dimensão educativa. Através da arte, da educação, do esporte e do lazer queremos imprimir na garotada a consciência de que,

reunidos, devemos nos unir para superar nossas carências”. Enquanto aguardam mais parcerias, os tutelados do Anjos da Guarda estendem suas mãos à generosidade dos cidadãos e cidadãs de bem.Suas ações estão carentes de material de trabalho. Toda ajuda é bem vinda. A oportunidade pode ser agora em maio, quando o Anjos da Guarda pretende levar seus atletas-mirins para participar do Campeonato de Karatê Norte/Nordeste, em Fortaleza, e do Campeonato de JiuJitsu, em São Paulo. Devido ao custo de passagens e hospedagens, a coordenação do projeto está correndo atrás de patrocinadores e conta com a colaboração da sociedade civil para levar adiante este trabalho de inclusão social. O inspetor Hernandes também solicita apoio de infraestrutura como água, lanches, transportes para que um maior número de atletas participe do Campeonato Brasileiro de Karatê, que vai acontecer em novembro, em Belém. Como propostas de ações para 2011, o Anjos da Guarda destaca a continuação das atividades de: Ética e Cidadania; Artes Marciais; educação para o trânsito; educação ambiental; reforço escolar; prática esportiva; dinâmicas de grupo; diversidade cultural; noções de Civismo; e, ainda, a implementação de iniciação à música e inclusão digital.

Serviço A sede da GMB fica na Av. Arthur Bernardes, 5511 (Km 17) - Tapanã Outras informações sobre o projeto podem ser obtidas pelo celular 8887-2730. Doações de material também podem ser agendadas por esse número. Há serviço de recolhimento de doações em domicílio. Qualquer criança, comprovadamente de família carente, pode se inscrever. O serviço é gratuito www.paramais.com.br

Projeto Anjos da Guarda é destaque em inclusão social.indd 3

(*) Ascom GMB

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governador Simão Jatene fez o lançamento da primeira etapa da Campanha de Combate à Febre Aftosa no Pará, no Parque de Exposições do Entroncamento. A vacinação de um boi e um búfalo pelo governador marcou o início simbólico da campanha 2011, que tem por objetivo tornar todo o Pará uma área livre da febre aftosa e garantir o acesso da carne bovina paraense no mercado internacional. “O combate à febre aftosa é absolutamente fundamental. E para alcançarmos a erradicação é necessária uma ação coleti-

Governo lança Campanha de Combate à Febre Aftosa no Pará >>

por Manuela Viana Foto: Cristino Martins/Ag. Pa

A vacinação de um boi e um búfalo pelo governador marcou o início simbólico da campanha 2011

30 Pará+ Governo lança Campanha de Combate à Febre Aftosa no Pará.indd 2

va, entre o governo, que incentiva a campanha, e os produtores, que a executam. Acredito que com essa união de esforços teremos um Pará totalmente livre da aftosa e competência para superar os desafios das barreiras sanitárias e exportar para o mercado internacional”, disse o governador na abertura da campanha. “Nunca nos faltou apoio de Jatene, então só temos a agradecê-lo por tudo. E com apoio do governo o setor só tende a crescer e fazer um Pará forte e livre da aftosa”, disse o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Mário Moreira. Na ocasião, o governador recebeu das mãos de um criador uma placa em reconhecimento ao apoio e incentivo que www.paramais.com.br

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O governador Simão Jatene fez o lançamento da primeira etapa da Campanha de Combate à Febre Aftosa no Pará de 2011, no Parque de Exposições do Entroncamento com a presença do secretário de Estado de Agricultura, Hildegardo Nunes e diversas outras autoridades

em apoiar o setor”, disse o secretário de Estado de Agricultura, Hildegardo Nunes, agradecendo a presença do governador, que também lhe entregou uma minuta de projeto de Lei para a legalização da comercialização do queijo marajoara. O lançamento da campanha também contou com a presença do superintendente federal da Agricultura, Ademir Teixeira; do diretor de Programas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Enio Marques; do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier; do presidente da Associação Paraense dos Criadores de Búfalos (APCB), Roberto Fonseca e diversas outras autoridades.

Dados Atualmente, somente a área I, que compreende 44 municípios do Centro-Sul do estado, é considerada livre da aftosa, com reconhecimento da Organização Internacional de Epizootias (OIE). As áreas II que corresponde ao Nordeste do Estado

Simão Jatene recebe de José Rodo, representante dos pecuaristas, uma placa de agradecimento pelo apoio e incentivo que sempre dispôs ao setor

- e III, que compreende o Baixo Amazonas e Marajó, têm classificação de médio risco para a doença. O rebanho paraense é o quinto maior do país, com cerca de 18,8 milhões de cabeças, entre bovinos e bubalinos. A primeira etapa da Campanha de Combate à Febre Aftosa no Pará será realizada de 1º a 31 de maio em todo o estado, com exceção da região do Marajó, que terá pela primeira vez, neste ano, etapa única de vacinação, que vai de 15 de agosto a 30 de setembro. A exceção acontece devido ao fato de que nesta época do ano, os campos da região estão alagados, dificultando o trabalho dos vacinadores.

Simão Jatene sempre dispôs ao setor. Durante a abertura da campanha, o governador também fez a entrega de 20 motos que serão utilizadas para o transporte das equipes da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará). “A entrega desse transporte simboliza o esforço do governo

As 20 motos que serão utilizadas para o transporte das equipes da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará)

Hildegardo Nunes, secretário de Estado de Agricultura, discursa durante o evento

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A dama que veio de eternidade Nome que traduz com perfeição a força e o brilho do talento literário feminino, Lindanor Celina é um capítulo ímpar da memória artística nortista

vento a circundou e resolveu soprá-la pelo mundo, espalhou-a em inúmeras letras pelo Brasil, por Portugal, pela França. (sabe Deus mais por onde). E o vento responsável por tamanha debandada lírica foi esse, quente e úmido, que namora as chuvas do Pará. Nome importante e absolutamente particular para a escrita nortista, a dama das letras Lindanor Celina nasceu em Castanhal, mas como os frutos que precisam oferecer semente a novos solos, aos dois anos de idade, foi parar em Bragança. A cidade assistiria toda sua infância. Ela própria afirmaria: “Só abri os olhos para o mundo mesmo em Bragança”. Aos 11 anos de idade, Lindanor muda-se para Belém. Chega a capital paraense para viver reclusa no Colégio Santo Antônio. Era o início de uma fase totalmente dedicada ao estudo, a formação intelectual e emocional. O sistema do convento em tudo diferia dos costumes daquela menina que viera do interior. As internas acordavam às seis da manhã, ao som do apito da Fábrica Palmeira. A mestra batia palmas e as meninas, sonolentas, tinham de sair da cama, vestir-se e seguir para a missa em jejum. Muitas desmaiavam de fome a caminho da mesa de comunhão. Com o Maestro Waldemar A própria Lindanor foi uma das que Henrique “desabou” certa vez. Foram seis anos assim, seguindo a firmeza dos ditames religiosos. Seis anos que Celina aponta como fundamentais na sua história, como os melhores de sua vida. Pois, dentro dos densos muros do internato, sua alma delicada sentia-se protegida, abrigada contra todos os perigos do mundo. Mas o mundo a queria, exigia-lhe a presença. Aos 16 anos, formada como professora normalista, Lindanor tinha cumprido sua permanência no Colégio Santo Antônio. Era hora de se levar em outras direções.

Lindanor menina e adolescente, em Bragança

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Profissão O casamento com a literatura, entretanto, seria para breve. Enquanto tal enlace não chegava, Lindanor vê a necessidade de buscar uma profissão. Deste modo, decide prestar concurso para o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). As provas eram em nível nacional, a concorrência enorme. Ultrapassando tais obstáculos, ela é aprovada como funcionária de carreira dos Ministérios. A conquista, porém, exigiu-lhe mudar-se para o Maranhão. A paraense casa-se e acaba voltando à terra natal. Sobre o matrimônio, diria: “Casei sem nenhum amor. Foi um erro (...) A vida às vezes é péssima romancista ou então é leitora de maus romances” Os ventos que cortejavam Lindanor queriam levá-la pelas distâncias. Ela se matricula na Aliança Francesa de Belém, ganha um concurso literário promovido pela seda da instituição e recebe como prêmio uma viagem para a França. Experiência que descreveria como a de uma Cinderela. De volta ao Pará, passa a trabalhar na célebre “Folha do Norte”. O tempo em que transitou pela redação do jornal foi o cúmplice perfeito para que Lindanor Celina cativasse inteligências como Haroldo Maranhão, Eliston Altman, Max Martins. Com Benedito Nunes (que, junto aos demais, compunha www.paramais.com.br

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o Suplemento Literário da publicação), Celina conviveria mais tarde, quando trabalharia como assessora de imprensa do Norte Teatro Escola. A escritora revela que Nunes surtiu uma influência considerável em sua vida. Além de seu professor de Estética, estimulou-a para o romance.

Dalcídio

Outro grande incentivador – na verdade, um dos que cedo acreditaram em seu talento– foi o insuperável criador de “Chove nos Campos de Cachoeiro”. Embora se conhecessem de longa data, Dalcídio Jurandir só havia tomado conhecimento da habilidade literária da amiga através de suas crônicas. E ficara gratamente surpreso. A companhia de Dalcídio, aliás, seria fundamental para compor o “début” de Lindanor no campo sugerido por Benedito Nunes. De passagem pelo Rio de Janeiro, Lindanor encontra-se com Dalcídio para mostrar-lhe os originais do primeiro romance que havia escrito. Tudo pronto, só faltava o toque de encanto: um título. Jurandir oferece a frase: “Menina que vem de...” Mas de onde deveria vir tal menina? A autora pensa imediatamente em Bragança. O outro recusa. Bragança tinha evidente relação como o “eu” da escritora. O ideal seria um lugar que sugerisse um que de magia, de pura ficção. Ele a incita a inventar. Por fim, surge aquela estranha e sonora paragem: Itaiara. Nome de um sítio que Lindanor tivera anos antes. Estava decidido. A mulher que fora e viera por tantos cantos, tinha consigo seu livro de estréia devidamente batizado: “A menina que vem de Itaiara”.

Sempre breve num único lugar, a escritora, em 1974, determina mudar-se para a França e ali fixar residência. O motivo da partida definitiva? Ela jamais soube explicar. Mas quem pode exigir do vento que explique as direções que toma? No dia 4 de março de 2003, as brisas e furacões de Lindanor partiram definitivamente para o infinito. Morreu a autora, para sempre ficaram seus parágrafos. Na literatura paraense, Lindanor Celina é uma energia ímpar. Força vigorosa própria das almas simples. Detentora do segredo das almas simples: o talento. E, como acontece com toda força talentosa, seu destino sempre foi o sucesso. E fazer sucesso é virar vento, soprar-se fronteiras afora, levando as raízes no rastro.

Uma existência ao lado dos mestres do existencialismo

Tudo o que mentes criativas querem é estar perto de grandes mentes criadoras. Esse privilégio Lindanor Celina conheceu. A existência e suas artimanhas a permitiu cruzar o caminho de um par de nomes “sine qua non” para a história recente da filosofia: Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. www.paramais.com.br

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Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir

Conheceu-os em Belém. Sim, eles já estiveram na capital paraense. Hospedados no Grande Hotel. Era o ano de 1960 e Lindanor ainda trabalhava na “Folha do Norte”. Além de cronista, eventualmente agia como repórter. Quando soube que o ilustre casal europeu se achava na cidade, convenceu Paulo Maranhão a deixá-la fazer uma entrevista. Encontrou Sartre e Simone se deliciando com uma feijoada. Aproximou-se, pediu para conversar e foi extremamente bem recebida. O idioma não foi problema, a jovem escritora o dominava. A empatia entre os três foi instantânea e definitiva. Sartre e Simone ofereceram seus endereços em Paris e afirmaram que esperariam recebê-la na Cidade Luz o quanto antes. O contato nunca mais foi perdido. E se estreitou quando Lindanor se mudou para a França, em 1974. Ela e Simone tornaram-se amigas constantes, encontravam-se regularmente para almoçar e beber uísque. Quando Sartre morreu, porém, Lindanor estava longe, em Lisboa, promovendo um de seus livros. A notícia a abalou profundamente. No lugar de consolar a viúva, foi Simone quem a consolou. Nota: Matéria feita com a colaboração de Terezinha Lima, ex-bibliotecária da Seção Obras do Pará, da Biblioteca Arthur Vianna do Centur.

As obras de Lindanor Celina “Menina que vem de Itaiara” “Estradas do Tempo-Foi” “Breve Sempre” “Afonso Contínuo, Santo de Altar” “Pranto por Dalcídio Juarandir” “Eram Seis Assinalados” “A Viajante e Seus Espantos” “Diário da Ilha” (*) Pesquisador e escritor premiado nacionalmente, autor, dentre outras obras, das peças Nu Nery , Ópera Profano e do romance Velas na Tapera

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SÉRGIO MARTINS PANDOLFO*

(*) Médico e Escritor. ABRAMES/SOBRAMES

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PELOURINHO DE ALCÂNTARA (MA)

Relíquia da memória histórica nacional

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pelourinho de Alcântara é mesmo um precioso elemento da História, pois, é nosso pensar, será um dos únicos atualmente existentes e bem conservados no Brasil (referenciam-se os de Mariana e São João Del Rei em MG, o de Paranaguá, PR e um outro mais no Maranhão) a apresentar aspectos existenciais e conservacionais inusitados, insólitos mesmo, que o expressam como um singular exemplar desse marco histórico do Brasil colonial, como já se verá ao longo deste texto. Feito em pedra de lioz artisticamente trabalhada terá vindo de Portugal (pois que em Alcântara não havia essa pedra marmórea) e para felicidade nossa escapou à sanha destruidora dos “símbolos” da escravidão negra que se seguiu após a Abolição e, nomeadamente, após a Proclamação da República, a fim de eliminar o “entulho” da monarquia. Hoje constituem raridade nas cidades brasileiras, mandados retirar – quem sabe? - por autoridades tocadas por súbito sentimento de remorso ou de revolta. História - Mais de 350 anos se passaram desde o surgimento da aldeia indígena Tapuitapera à histórica Alcântara. Os costumes da cidade, que se fez afamada pela promessa de visita do Imperador Dom Pedro II, emergiram da mistura de raças. Por um lado, a aristocracia branca instalada em imponentes casarões datados do século XVIII, do outro os serviçais negros, cuja influência é notória na cultura do município (há para mais de 250 comunidades quilombolas), ademais da contribuição pioneira do índio com o surgimento da aldeia, ainda no século XVII. Alcântara é reconhecida nacionalmente como Patrimônio Histórico Nacional, desde a década de 1940. A riqueza arquitetônica e os costumes de sua gente são os atrativos turísticos mais divulgados daquele pedaço continental de solo maranhense. A aproximação com São Luís - apenas uma hora de barco - estimula à prática de um turismo expressivo, mas de curta duração, ou seja, o visitante chega pela manhã, passeia somente pelo centro histórico e se vai à tarde. Pelourinho - Em 1648 surgiu a vila brasileira de Santo Antônio de Alcântara, hoje simplesmente Alcântara. Na praça principal plantou-se o pelourinho, símbolo da autoridade do rei e das prerrogativas do povo. Foi chantado em frente ao Senado da Câmara e da primitiva igreja de São Matias. Em virtude de sua importância exponencial no dia-a-dia das sociedades daquela época, eis que servia como símbolo da autonomia municipal e da justiça, o pelourinho erguia-se soberbamente na praça principal da vila ou cidade – a simbolizar esta condição -, de ordinário à frente dos paços. “Levantar pelourinho” valia dizer re34 Pará+ PANDOLFO - PELOURINHO DE ALCÂNTARA.indd 2

“É salutar que mudemos nossos conceitos e avaliações sobre qualquer coisa; os tempos mudam e o conhecimento evolui”. SerPan O belo monumento assentado no largo em frente ao antigo prédio do Senado da Câmara

ceber foral de vila. Legalmente, para que tal ocorresse, fazia-se mister o real consentimento. O pelourinho consistia, pelo geral, em coluna de pedra ou de madeira, no mais das vezes artisticamente esculpida e ornamentada com os símbolos reais, da colônia e/ou da vila (ou cidade), fincada a prumo, às vezes sobre baixo pedestal estagiado em degraus.

Mas para além da utilização de todos conhecida em que nele se infligia castigo aos que infringiam as leis, o pelourinho tinha outras serventias sociais, como a fixação de éditos reais, decisões das autoridades comunais a pleitos dos cidadãos ou informações de interesse da comunidade, verdadeiro elemento de ligação entre o poder constituído e o povo, por isso que se localizavam www.paramais.com.br

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sempre em frente ao edifício da câmara ou na praça principal. Alguns desses monumentos eram de tal forma imponentes, rebuscados de adornos e ornatos brasonados, que ofuscavam os demais prédios da comunidade, ou tamanha era a assiduidade de sua utilização, que acabavam por dar nome ao local: Largo ou Praça do Pelourinho, ou, como em Salvador, na Bahia, tão somente Pelourinho (conquanto ele próprio já lá de há muito não mais esteja), a nomear quadra tão importante do Centro Histórico, que é quase o “ex-líbris” da capital baiana. A imponência e sofisticação do conjunto estavam, quase sempre, ligadas à importância e florescência da sede da comuna. Só para pôr exemplo, o notável arquiteto régio bolonhês Antonio Giuseppe Landi, que viveu no GrãoPará entre 1753 e 1792, foi o projetista de alguns desses melancólicos monumentos, como o da vila de Borba, no Amazonas, e o de Belém do Pará (1757), este último magistralmente trabalhado por artesãos indígenas, com soberbos entalhes em peça nobre de pau d’arco e na forma de coluna dórica. Quando se instalou a República houve ordem da Junta do Governo Provisório para destruir os vestígios materiais da monarquia. Assim também se fez em Alcântara e o belo marco foi enterrado por ali mesmo. Sandice pura, eis que os traços da história não se devem tentar apagar; ao revés, devemos sim conservá-los e admirá-los, pois representam marcos de uma época, com seus costumes e até poderão servir como modo de dissuasão a que se não repitam. Setenta anos mais tarde, quando se cogitou reergue-lo, foi uma ex-escrava nonagenária, Nhá Calu, quem indicou onde se achava “sepultada” a relíquia. A

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De outro ângulo vê-se que esse simbólico marco colonial ficava também situado próximo à primitiva igreja de São Matias

memória não a traiu. O local onde eram exibidos e castigados os criminosos e os escravos desobedientes é um dos mais importantes atrativos de Alcântara. Lá está ele de novo, o pelourinho, símbolo da continuidade histórica na histórica cidade que se recusa a morrer. Decorado com as armas do império português no cabeçote que encima mastaréu caprichosamente lavrado é hoje o mais bem conservado do País. Tivemos a oportunidade de vê-lo de perto (e obviamente fotografá-lo) nas duas vezes em que visitamos essa maravilhosa cidade que já

foi aldeia indígena e capital da aristocracia maranhense. Oxalá os alcantarenses estejam todos imbuídos do desejo, diríamos melhor, da necessidade de preservação e conservação desse singelo, mas monumental resquício da história colonial brasileira.

sergio.serpan@gmail.com serpan@amazon.com.br www.sergiopandolfo.com

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CAMILLO MARTINS VIANNA*

(*) SOPREN/ SOBRAMES

Amazônia: A saga da Cobra Grande

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udo teve início em 1932, quando o tenente Gonçalo Lagos Castelo Branco Leão assumiu, por convite, a chefia da Federação Paraense de Escoteiros, em Belém, e passava para a tropa de escoteiros, informações, sobre a preservação e reanimação das nossas raízes culturais e a necessidade de serem cultivadas. Em novembro de 1949 foi criada a Associação Benjamim Sodré e transformada posteriormente em 12/11/1949, na Federação Educacional Infanto Juvenil (FEIJ). Vale informar que a partir da década de 60 ou 70, ou mesmo antes, nossas tradições estavam sob severas restrições. Analisamos a tomada de posição em relação a esse fato que estava acontecendo contra a valorização de nossas raízes culturais: A SOPREN (Sociedade de Preservação aos Recursos Naturais e Culturais da Amazônia): criada em fevereiro de 1968, foi a primeira grande proposta para enfrentar o que estava acontecendo de pior em relação a nossos hábitos, usos e costumes, a partir do momento em que foram identificados os aspectos negativos existentes na Amazônia, no que diz respeito à preservação e reanimação cultural. É importante que se diga que a inserção, na denominação da SOPREN, do termo recursos culturais, provocou críticas de setores nacionais. Franquia postal: Obtida através do empenho pessoal do belga Jean Dubois, representante na Amazônia do Instituto Americano de Ciências Agrícolas (IICA TRÓPICOS) que atuou na República do Congo, ex Congo-Belga, sob a presidência de Patrick Lumumba. Esse serviço de franquia possibilitou a divulgação dos trabalhos realizados pela SOPREN para toda a Amazônia - clássica e ribeirinha, deixando de lado a região chamada Amazônia Legal, cuja área geográfica e denominação foi de autoria do governo federal não passando de um despropositado artifício político. A relação de amizade do Dr. Jeans Dubois com integrante da diretoria da SOPREN, o médico veterinário, Dr. José Alfinito, à época delegado do Ministério da Agricultura no Estado do Pará e também coordenador para a região norte dessa mesma instituição federal, possibilitou o desenvolvimento de importantes atividades voltadas à preservação ambiental na Amazônia . Os Boletins da SOPREN: elaborados pela diretoria eram bi ou trimestrais e transmitiam as realizações da SOPREN e seus parceiros, com tiragem de 300 ou 400 unidades a cada edição, para distribuição internacional. Conselho Federal de Cultura: Em 1975 o Conselheiro José Candido de Melo Carvalho apresentou voto fundamentado em uma das reuniões do Conselho, outorgando 36 Pará+ CAMILLO VIANNA - A saga da Cobra Grande.indd 36

Na comunidade do Piquiá Tartarugalzinho-Amapá

à SOPREN, voto de louvor pelos relevantes serviços prestados ao setor da preservação cultural na área amazônica. O Dr. José Candido de Melo Carvalho, foi ex diretor do Museu Emílio Goeldi. Mobral: outro passo adiante, e com boa aceitação das atividades, foram alcançadas remotas comunidades interioranas da região, através a adesão do Movimento Brasileiro de Alfabetização de Adultos (MOBRAL) para Amazônia Ocidental, formada pelos estados do Amazonas, Rondônia, Roraima e Acre, sob direção da Sra. Eliza Tinoco, que constantemente entrava em contato com seus representados, e dava grande valor à preserva-

ção e reanimação culturais o que resultou a vinda, para Belém, de uma comissão de representantes do comando do Mobral nacional para entendimento com a SOPREN e Ministério da Agricultura, e que queria tomar conhecimento do que estava acontecendo na Amazônia, que já apresentava claros sinais de mudança para melhor. CRUTAC (Centro Rural Universitário de Treinamento e Ação Comunitária): Sob a coordenação do Reitor da Universidade Federal do Pará, Dr. Aluísio Chaves, e orientação do autor Camillo Vianna, permitiram, que o meio ambiente e a cultura popular da Amazônia, fossem apresentadas e discutidas em diferentes estados www.paramais.com.br

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do país. Houve mudança radical em todo o processo de interiorização, utilizado anteriormente, por universidades que tinham atuado na Amazônia. Projeto Rondon: esse setor abrangia alunos e professores, que no Pará, graças a outras parcerias tiveram ótimos resultados, no que diz respeito à interiorização, da própria universidade. Os jovens eram selecionados e treinados em Belém, por membros da diretoria da SOPREN e convidados de outros setores que tinham parceria com a Universidade. Treinamento: jovens universitários foram treinados em Belém para atuar na Amazônia, na administração do Coronel Roy, coordenador geral do Projeto Rondon, o que não ocorria antes. Comunicação abrangente: bem antes do surgimento da internet, agora em franca expansão, em todo o território nacional, o casal soprenista Homero e Maria Emília Cabral, radioamadores que semanalmente divulgavam para pontos do território nacional e fora dele, as atividades da SOPREN. DER-PA (Departamento de Estradas de Rodagem do Pará): outro apoio de muita importância, em conseqüência das residências rodoviárias, mantidas em todo o Estado do Pará, onde eram passadas informações sobre o meio-ambiente e cultura popular. Os motoristas que atuavam nas zonas do Salgado, Guajarina, Gurupi e Bragantina, distribuíam em pequenas escolas, às margens das rodovias já construídas ou em construção, volantes e cartilhas da SOPREN. O DER dispunha de serviço de rádio, lancha, veículos rodoviários e avião, que muito serviram à luta em defesa da natureza do Pará e da Amazônia. Cordelismo: a entidade conservacionista dispõe de dois cordelistas, o presidente (C.V) e o membro da entidade conhecido como João do MOBRAL, que primeiramente atuou em Altamira, no Xingu e depois em Belém. O cordel Plantio comunitário de fruteiras em quintais, Piquiá-AP

No Coleginho do ramal do Castanhal em Abaetetuba

“A Volta do Boi Mimoso Real, ou Quem Não tem Passado Não Terá Futuro”. Na primeira edição foram publicados 20 mil livretos, distribuídos amplamente entre os canoeiros da orla de Belém, incluindo a feira do Ver-o-Peso às margens da baía do Guajará, que é a maior feira livre aberta do Brasil, onde ribeirinhos vêm vender os produtos dos seus pequenos roçados, plantados às proximidades de Belém. Volantes: Volantes mimeografadas foram distribuídas em número superior a quinhentas mil, antecedendo a cada atividade conservacionista em toda a Amazônia Clássica, assim como cartazes multicoloridos e minicartazes, criação do artista Raymundo Vianna. Atividades especiais: expandiram-se no Vale do rio Tapajós, nas Bases Físicas do Ministério da Agricultura, Delegacia Federal do Pará, em Belterra e em Fordlândia – experiência no plantio da seringueira, que aliás, fracassou – abrangendo ainda a fazenda de criação de gado, em Daniel de Carvalho, adquirido já na fase de nacionalização, pelo Dr. Felisberto Camargo. O conjunto recebeu a denominação de ERT, Estabelecimento Rural do Tapajós. Graças à participação do Dr. José Afinito, foram transformadas em bases da SOPREN, CRUTAC e do próprio Ministério para distribuir e coordenar atividades relacionadas à preservação da natureza, meio ambiente, cultura popular e reanimação cultural. Transformação: A SOPREN E O CRUTAC passaram a ser integrados ao Estabelecimento Rural do Tapajós, ERT, para servirem de apoio e coordenação das atividades ambientalistas que já estavam começando a apresentar resultados na Amazônia clássica ou ribeirinha. Todas as

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Semanas da Pátria eram realizadas com a presença de representantes do M.A. e da SOPREN. Importante: Devido ao grande número de atividades realizadas no Vale do Tapajós, elas constarão de outra etapa, que serão apresentadas posteriormente. Monografia de responsabilidade da professora Maria da Paz Araujo Cardoso, do curso de Serviço Social da UFPA, da SOPREN e do CRUTAC, foi distribuída no Brasil pelo Conselho Federal de Serviço Social com o título de “Abordagem Cultural de Comunidade” e passou a ser utilizada no processo de integração da Amazônia. Treinamentos II: eram realizados em Belém, com duração de no mínimo trinta dias, abrangiam feitura de relatório de qualquer atividade realizada, assim como relatório geral por parte das coordenadoras. Os treinamentos realizados constavam de técnicas para falar em público, entrevistas para rádios, jornais e revistas, além de relacionamento com a comunidade, pesquisas, informações sobre o meio ambiente, problemas amazônicos e ecologia. Relatórios dessas atividades eram apresentados pelas coordenadoras. Atuação: Uma das características da SOPREN é a participação de maioria feminina, tanto na coordenação quanto no número de estagiários, que atuavam no interior sem receber remuneração. Encontro de Educadores: atividade da maior importância com excelentes resultados. As reuniões eram feitas em um ou mais municípios pela coordenação local da SOPREN/CRUTAC, membros da diretoria e integrantes selecionados da comunidade e eram divididas em três fases: no horário da manhã discutia-se a grade esco-

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Na pedra do Mira em Bom Jesus dos Fernandes, Tartarugalzinho -Amapá

lar, problemas existentes, necessidade de cursos para educadores, salários e outros aspectos relacionados aos professores. A tarde abordava-se ecologia, meio-ambiente e necessidades educacionais. Na etapa noturna tratava-se da necessidade de identificar pessoas da comunidade, ligadas às atividades culturais existentes e necessidades, bem como apresentação de peças da cultura local. Reunião final: avaliação do Encontro, relação de remanescentes que conhecessem a cultura geral, escolha do próximo local onde seria realizado o novo Encontro e entrega de certificados de participação. Essas reuniões eram mensais ou bimensais e às vezes abrangia mais de um município, considerando a distância de município e outro. A alimentação e alojamento ficavam por conta da prefeitura e comerciantes locais. Civismo: em Afuá ocorreu pelo menos uma passeata fluvial, coordenada pela soprenista Mercedes Costa e Silva, que atuou em Belém, no CRUTAC, com bandeiras, tambores e pequenas embarcações. No rio Maiuíra, em Igarapé-Mirim, na escolinha da SOPREN, coordenada pelo Mestre Juca, as Semanas da Pátria eram também comemoradas. Torneios desportivos: ocorriam, principalmente em Belterra e Fordlândia, sempre coordenadas por membros da diretoria dos clubes e por integrantes do MA e do CRUTAC e da SOPREN. Olimpíada Rural: em Curuçá, sob a coordenação da professora Sônia Maria Pinheiro Vianna foi realizada Olimpíada Rural, nas águas da região do Salgado paraense, hoje conhecida como Amazônia Azul, o mesmo ocorrendo em Fordlândia, no Tapajós. Marco Zero: o soprenista paraense, Roberto Macedo, criador de pequeno bosque as proximidades de Belém, por ser radiologista de primeira qualidade, montou um serviço de radiologia em Macapá, aonde ia com freqüência e criou o Jornal Marco Zero, cujo editorialista semanal passou a ser o coordenador da SOPREN. Círio: Círio de São Pedro, na pequena comunidade de Fazendinha, município de Marapanim, na orla atlântica, resultou da criação pela equipe da SOPREN/CRUTAC. Quatro funcionários da UFPA, há dois anos, por solicitação do professor, escreveram trabalho sobre as atividades do CRUTAC. O Papa João Paulo II, por intermédio do Arcebispo Dom Alberto Gaudêncio Ramos, recebeu oferendas representadas por uma pequena imagem de Nossa Senhora de Nazaré, feita em pau rosa que encostou na praia de Brasília Legal, no Tapajós, um seixo rolado do mesmo rio e trinta fitas gravadas com músicas regionais, coletadas em diferentes cidades da Amazônia. Integração: o coordenador da SOPREN/CRUTAC há dez 38 Pará+ CAMILLO VIANNA - A saga da Cobra Grande.indd 38

anos foi integrado ao Congresso Internacional de Sociosfera na Amazônia, sob a presidência da Dra. Oro Serruya, na condição de assessor científico onde participou de congressos e atividades outras relacionadas à preservação cultural e ambiental Plantio florestal: dois bosques foram plantados, um em Belterra e outro no porto de Pindobal, ambos no espólio da Companhia Ford Industrial do Brasil. Intolerância: o boi Pente-Fino no campo de futebol em Soure, município do Marajó, foi vaiado pela platéia por ter o rabo do “uniforme” chamado de “Boi Piroca” e “Rabo Pelado”. O dono do boi não gostou e, diante de todos, usando boca de ferro (microfone) reagiu da seguinte maneira: “já chamaram boi piroca pro meu boi, por isso mesmo o dono dele se zangou, o Pente Fino leva letreiro na testa e vai dizendo:” boi Piroca é o “c...” da mãe de quem chamou”. “Teje preso”: em relação aos “cordões de pássaros e bois”, essas manifestações folclóricas foram apresentadas no Pará durante as festas juninas. Dentre outras, dois deles se encontraram em ruas do subúrbio de Belém, na condição de contrários, e aí o pau comeu pra valer. O policial do distrito tomou a decisão de prender um dos bois, que foi metido no xilindró. O assunto mereceu fotografia no principal jornal de Belém, à época, a Folha do Norte. Intolerância religiosa: Outra ocorrência dessa natureza aconteceu na Fazenda São Sebastião, de propriedade do professor Guaraciaba Quaresma Gama da UFPA, localizada em frente ao município de Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó, quando o pároco proibiu a levantação dos mastros - troncos de árvores enfeitados com flores e frutos - uma das atrações da festa de São Sebastião,

padroeiro do local. Na apresentação dos mastros festivos, um deles era preparado pelos homens e outro pelas mulheres. Depois de reunião demorada e proveitosa entre o padre e este autor, tudo chegou a bom termo, inclusive foi criado o mastro das crianças. Circuito escolar rural e urbano: o principal apoio durante todo o período das atividades foi a parte educacional, pois todos os membros da SOPREN e do Centro Rural Universitário de Treinamento e Ação Comunitária, CRUTAC, com exceções, eram professores ou universitários, sendo que um dos coordenados, durante essa etapa foi indicado, para o cargo de Vice-Reitor e PróReitor de Extensão, que deu enorme apoio ao processo de interiorização da UFPA. Complementando a formação básica dos estudantes os universitários e técnicos receberam treinamento e deram boa colaboração ao meio rural e urbano das áreas trabalhadas, naturalmente considerando parcerias, valendo lembrar que o MOBRAL desempenhou excelente papel no interior, nos meios rurais e urbanos. A SOPREN e o CRUTAC treinaram professoras e colaboradores que já atuavam nesse meio. A Professora Íris Célia Cabanellas Zanini representou a equipe de trabalho em Rondônia e a coordenadora do MOBRAL para a Amazônia Ocidental, a professora Eliza Tinoco, cuja sede ficava em Manaus, dava excelente cobertura em toda a região. Outros centros de educação que receberam orientação foram escolas técnicas, escolas educacionais e grupos organizados de lavradores, pescadores, ribeirinhos e outros membros da comunidade. Atividade especial: com mais de cinco décadas de atuação no Pará, a FEDERAÇÃO EDUCACIONAL INFANTO JUVENIL, (FEIJ) apresenta um grande número de atividades para o desenvolvimento da infância e da juventude. A FEIJ é mais antiga das entidades que trabalharam em parceria com a SOPREN E O CRUTAC. Posteriormente serão apresentadas as atividades desenvolvidas por essas instituições. Projeto Gavião: deve ser considerado de grande importância, pois objetivava transformar professoras leigas em diplomadas, grave problema existente. De responsabilidade da equipe do professor David Sá, teve apoio do CRUTAC e da SOPREN. Esse projeto continua a ser desenvolvido em algumas regiões. Reforço acadêmico e cultural: como já foi dito, universitários e professores eram na maioria, da Universidade Federal do Pará e executaram trabalhos relevantes, sob qualquer aspecto que se queira considerar.

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Em São José do Maracapuco, em Abaetetuba www.paramais.com.br

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A saga da cobra grande é o projeto da Sociedade de Preservação dos Recursos Naturais e Culturais da Amazônia – SOPREN, que defende os hábitos, usos e costumes da região. Carnaval: em duas oportunidades a SOPREN foi representada em dois carnavais, sendo que o primeiro com o tema “Camillo Verde Vianna”, formado por moradores do bairro do Jurunas, em Belém, foi vencedora do concurso promovido pela prefeitura da cidade. A outra brincadeira momesca foi realizada em Abaetetuba, uma das bases da SOPREN/CRUTAC, no baixo Tocantins paraense, sob o título: “A Morte do Curupira”, que também homenageou o presidente da SOPREN. Grupos: representantes do povo, inclusive membros da SOPREN, atuaram na Assembléia Legislativa do Pará, na Câmara de Vereadores de Belém e em Brasília, na qualidade de deputados, representantes e um senador. Projeto Ícaro/Bombardeio Ecológico: na década de setenta a SOPREN, em parceria com o Aeroclube do Pará desenvolveu o projeto Ícaro, que consistia na dispersão de sementes por quatro aeronaves, atividade que ocorria uma vez por ano. Esta trabalho foi retomado há dez anos pelo CISA, Congresso Internacional Israelita da Sociosfera na Amazônia, FAB e Aeroclube. Além do “Bombardeio Ecológico” são realizados concursos de desenhos, nas escolas de Belém, com temas relacionados à natureza, que são expostos na capital. A engenheira florestal Noemi Leão, especialista em sementes da Amazônia, seleciona não só as sementes como a área e solo, indicados pelo

SIPAM, em algumas ilhas ao redor de Belém. Cordão do Papagaio: Os cordões juninos, de pássaros são de exclusividade do estado do Pará. O pássaro junino ou joaninho, “Cordão do Papagaio”, criação do então vice-presidente da FEIJ, Raymundo Vianna, do pioneiro do escotismo, Justiniano Fonseca e do considerado Príncipe dos Poetas Paraenses, Bruno de Menezes. O autor, por ser formando em medicina, interpretou o papel de ajudante do pajé e posteriormente do próprio pajé, por impossibilidade do titular. O Cordão do Papagaio foi um dos mais conhecidos nos anos sessenta, apresentado na sede da FEIJ e em seis municípios do interior: Bragança, Igarapé-Açu, Capanema, Castanhal, Santa Izabel e Cametá e na cidade de Macapá no antigo Território Federal do Amapá, sendo que nessas duas últimas localidades foram realizadas duas apresentações. Participação religiosa: correção obrigatória e importante: é extremamente importante que o autor, quando se refere negativamente à participação religiosa, nesta e em outras oportunidades, inclui apenas missionários estrangeiros recém-chegados. No que diz respeito aos brasileiros, estes são considerados excelentes colaboradores em todo o Brasil, com a característica de, grande número participar desde o início das atividades da SOPREN, como por exemplo, o então Arcebispo de Belém

Dom Alberto Gaudêncio Ramos, que possuía programa na Rádio Clube do Pará, através do qual tratava do problema da preservação da Amazônia em todos os seus aspectos e mantinha excelente relacionamento com a entidade. O cônego Geraldo Menezes e seus familiares, filhos de um dos maiores poetas paraenses, Bruno de Menezes, foi, por longo período, orientador religioso da Federação Educacional Infanto Juvenil, a FEIJ. No Rio de Janeiro temos também precursores, como a madre Maria Helena Cavalcanti, da Congregação de Nossa Senhora de Belém. Ela e seus familiares, Sandra Cavalcanti, Maria da Graça e Etelvina, participaram desde os primeiros momentos e são consideradas fundadoras da entidade conservacionista amazônica. O Irmão Afonso Haus, do Colégio Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará, agora em Brasília, foi homenageado com a criação de um bosque que leva o seu nome e tem currículo maravilhoso, principalmente relacionado às mangueiras de Belém. Religiosas e religiosos dos colégios do interior e da capital vêm participando ativamente das atividades preservacionistas em toda a Amazônia. Manifestações populares: O autor não tem nenhuma lembrança ou conhecimento, de manifestações populares, a não ser nas últimas décadas, sobre preservação cultural e ambiental. Poluição televisiva: alguns programas de nossas televisões, que repetem produções de emissoras brasileiras, somente agora, apresentam aspectos que dizem respeito a problemas da Amazônia. Muitos dos técnicos, assim como radialistas mantém excelente relacionamento com a SOPREN, sendo alguns deles mestres preservadores. Barafunda: os chamados desenhos animados, americanos ou japoneses, são absurdamente confusos e com agravante de serem dirigidos especialmente para crianças pequenas e jovens que são fascinadas por tais programas ignorando a realidade nacional e as informações prestadas por professores. Imitação cultural: principalmente no que diz respeito à música popular brasileira, como é o caso do ocorrido no retiro Muruci, da fazenda Livramento, no Marajó, sob orientação de dona Tomázia, cantavam a letra coletada pelo autor: Patrão o trem atrasou Por isso estou chegando agora, Trago aqui o memorando da Central O trem atrasou meia hora, e o senhor não tem razão Pra me mandar embora, Meu bom patrão.

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Os Folares da Páscoa Portuguesa N >>

a língua anglo-saxônica a palavra Páscoa (Easter) é de origem pagã, derivada de Eastre, nome da deusa Teutônica símbolo da Primavera e da Fertilidade que era comemorada durante o mês de Abril. Dessa celebração permanecem até aos dias atuais os Ovos de Páscoa e o Coelhinho da Páscoa. Segundo os estudiosos o Coelho simboliza a fertilidade e os Ovos vida renovada. É comum nos países anglo saxônicos os jogos com ovos coloridos, e a imagem do coelhinho, cuja presença é permanente em todo o período das festividades, confirmando-se que ambos continuam a fazer parte do nosso imaginário pascal. Por outro lado, deparamos com a palavra Páscoa sendo originária do hebraico Peseach, que significa passagem e transição. A Páscoa cristã é ela própria uma adaptação das solenidades judaicas que festejavam a libertação do povo judeu e a passagem do Egito para a Terra Prometida, através do Mar Vermelho, sob a orientação de Moisés. Os cristãos da antiguidade que eram judeus ao abraçarem a nova religião deram prosseguimento a celebração atribuindo novo significado ao adotar um outro tipo de passagem ou seja da Morte para a Vida, com a Ressurreição de Jesus, festa que coincidia na mesma data em que os judeus comemoravam a sua Páscoa. Considerada pelos cristãos como a festa mais importante da cristandade embora não conste em calendário litúrgico fixo, foi introduzida no segmento da Quaresma, culminando na Vigília Pascal, dando ensejo a festas de grandes celebrações da Vida que vence a Morte ou seja a Páscoa da Ressurreição de Jesus Cristo. Em Portugal às vésperas da Páscoa é comum ouvir-se a expressão: “O Compasso já anda na rua!”. Manifestação que anuncia a chegada da Ressurreição de Cristo. Flores e palmas atapetam 40 Pará+ Os Folares da Páscoa Portuguesa.indd 40

por Anete Costa Ferreira *

as ruas e os caminhos. É gente correndo, de casa em casa, chamando os vizinhos, conhecidos e amigos, pobres ou ricos, pretos ou brancos, crianças, jovens e idosos anunciando a Boa Nova. É um autêntico frenesi! Risadas, gestos, beijos e abraços

todos apressam-se em chegar à casa onde o Pároco vai benzer o lar com água benta, saudando:” Paz a esta casa e a todos os seus habitantes. Aleluia! Aleluia!”. Estão iniciadas as cerimônias da Páscoa. Em seguida o Padre beija a cruz e dá ao dono da casa que vai entregando a cada um para o mesmo gesto. Terminado este ritual e servido o rico lanche a todos os presentes, o proprietário entrega ao Senhor Abade o Folar que substitui a iguaria que era usada habitualmente. Na maior parte consiste em um envelope fechado que contém donativos para as Almas e para Jesus Cristo. Há localidades onde o Folar da Páscoa é composto por alimentos que são sempre colocado sobre a mesa ricamente ornamentada com toalha de linho, flores e bandejas. Os géneros perecíveis são separados para serem vendidos nas feiras, cuja receita reverte em prol da Paróquia. Os demais são trocados por outros produtos nas mercearias, fazendo assim o equilíbrio alimentar dos paroquianos até a próxima Páscoa. É uma época característica de presentes, notadamente alimentares com o nome de “Folares ou Bolas”. Há diferentes espécies de Folares. O mais usado é o “Bolo de massa seca, doce e ligado”. É confeccionado com farinha de trigo, ovos, leite, azeite, banha de porco derretida, açúcar e fermento. Leva ainda canela e ervas aromáticas que resulta num grande bolo. Qualquer que seja o tamanho tem incrustado um ou vários ovos cozidos que ficam inteiros e com as cascas. Algumas pessoas preferem tingi-los artisticamente, separando-os com tiras coloridas para distinguir da massa que os encobre. É o tipo mais comum usado tanto no Algarve, como no Alentejo, arredores de Lisboa, Beira Litoral, Beira Baixa, Beira Alta e Beira Interior, chegando até ao Douro, porém esporadicamente aparece no Porto. www.paramais.com.br

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Em todo o país é comum as ofertas de Páscoa levarem o nome genérico de “Folares”. Pesquisadores informam ser a origem da palavra “Folar” do latim “Floralis”; do alemão Flado”; do francês “Poulard”; a Grande Enciclopédia Luso Brasileira registra o “Folar” como o direito paroquial de receber o presente dos paroquianos; os espanhóis denominam “Pascua” e os italianos chamam “Pasqua”. Em Portugal dá-se ao Folar o significado de oferta ao “Prior” que tanto pode ser um bolo, uma rosca, um pão de ló, uma galinha ou vários ovos, etc.etc. No Nordeste Transmontano os Folares são feitos com farinha de trigo, ovos, leite, manteiga e azeite, recheados com vitela, franjo, coelho, presunto e salpicão. No Minho e Porto os Folares dão lugar ao Bolo Doce que é um delicado Pão-de-ló, destacando-se os mais famosos das localidades de Margaride, Ovar, Arouca e Alfeizerão. Uma das tradições mais importantes são os padrinhos darem presentes aos seus afilhados na Páscoa. Por exemplo em Mirandela (Trás-os-Montes) o Folar do padrinho é precedido por parte do afilhado com a oferta de um ramo de flores, pre-

Durante o Compasso, da Páscoa

viamente benzido no Domingo de Ramos. Nessa localidade, os moradores comem o Folar na 2ª feira da Páscoa, escolhendo o campo de aviação, um lugar à beira do rio ou uma praça pública. Na Aldeia de Vitorino das Donas (Minho) há uma particularidade, foi ali que nasceu a proibição do uso do chapéu pelos homens quando presentes em atos religiosos. Os integrantes do cortejo para livramse do sol passaram a usar cachenés. Outro detalhe, o mordomo que arrecada o Folar para o Senhor Abade usa obrigatoriamente uma toalha de linho, a tiracolo. O “Com-

passo” realiza-se no Domingo e na 2ª feira da Páscoa. Já em Vila Praia de Âncora situada também no Minho “O Compasso” é realizado no domingo da Pascoela como parte dos festejos religiosos para a entrega do Folar. Na Vila Serdedelo em Ponte de Lima (Minho) as moças aguardam o Abade na porta da entrada principal para lhe entregar um raminho que será transportado até outra casa e assim sucessivamente. Nos lares modestos os Folares para o Abade e o Mordomo são colocados num móvel ao lado do crucifixo. Se na residên-

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Ia começar o Compasso, da Páscoa

Beijinhos

cia houver falecido alguém durante aquele ano o Pároco reza um responso por alma do morto. Há também o Jogo Pascal, uma tradição em Freixo de Numão (Vila Nova de Foz Côa) que consiste durante a Quaresma no seguinte: um rapaz e uma moça seguram os dedos midinhos das mãos direitas dizendo: ”enganchar, enganchar, até ao dia da Páscoa, para que quando te ver, te mandar rezar”. Após, evitam encontraremse; mas se casualmente se depararem, o primeiro que vê o outro diz:”Reza”. Venceu a primeira etapa. O jogo final é no domingo de Páscoa quando juntam-se e aquele que rezar mais ganha o Folar que lhe é entregue pelo perdedor. É um Folar especial feito com farinha fina, ovos e açúcar, coberto com amendôas oriundas da Vila Torre de Moncorvo (Bragança). Chaves, Valpaços e Freixo de Espada à Cinta cidades transmontanas produzem

Os Folares peças indispensáveis nos festejos da Páscoa portuguesa

Folares achatados e pequenos, em massa seca, largamente apreciados pelos comensais. Na região do Alentejo, os Folares dados aos rapazes têm a forma de jacarés, pintos e carneiros, para as moças são representados por pintinhos, pombas e ovelhas, quase sempre enfeitados com fitas coloridas. Há Folares em forma de coração que são trocados entre os namorados. Raramente surgem figuras de galinhas moldadas na mesma na massa de Folares, referenciando a reprodução. No Dia de Páscoa são obrigatórios cabritos e carneiros no almoço familiar. Na 2ª feira, sopa de sarapatel, ensopados de quartos trazeiros e pás assados no forno são saboreados no campo ao ar livre. Há outros rituais pascais como o “Jantar da Cruz” quando o Mordomo da Cruz oferece ao Juiz da Igreja o “Jantar da Mordomia”, onde são servidos os entreténs de boca (entrada), a refeição e a sobremesa, sendo na ocasião distribuídos “Beijinhos da Páscoa”, semelhantes a caramelos e bombons tidos como deliciosos. Tradição que vem perdendo terreno é o “Doce da Romaria”,de fabricação caseira. São rosquinhas, papudos e bate, todos muito parecidos com o tradicional “pão doce” ou pão de ló. São vendidos por ambulantes no trajeto da Romaria, mas sem a grande procura como antigamente,

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lamentam as doceiras. No Norte do país destaca-se o ritual semelhante a uma procissão onde o padre de sobrepeliz e estola, precedido dos membros da confraria ou paróquia, de opa, e levando o crucifixo, a campainha e a caldeirinha, percorre as cidades, os bairros e as colónias para levar aos católicos a Boa Nova, dar a benção pascal e receber o Folar. Em Vale de Ílhavo (Aveiro) o mesmo, é disputadíssimo pelo seu sabor doce e aveludado que o distingue de qualquer outro, assim afirmam os apreciadores que o consideram autêntico manjar. Os Folares peças indispensáveis nos festejos da Páscoa portuguesa, consoante a localidade podem ser redondos, ovalados, espessos, maciços, em forma de coração, zoomórficos ou outra qualquer forma de acordo com a imaginação de quem os confecciona. São sempre feitos em casa no forno onde cozem o pão, algumas vezes nas padarias locais que oferecem unicamente o forno. Os portugueses mantêm a tradição do Folar firmados no ritual de partilha, solidariedade e confraternização, atos carregados de forte significado simbólico e religioso na celebração da Páscoa. Cruz de Pau, 15 de Março de 2011. (*) Correspondente da Editora Círios em Portugal

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Estudo sugere que vinho caro é desperdício, pois consumidor não nota diferença m degustação às cegas, 578 pessoas só identificaram vinhos caros e baratos na metade dos casos. Vinhos mais baratos podem ter o mesmo efeito em termos de paladar que garrafas mais caras, segundo um estudo britânico. No total, 578 pessoas participaram de uma degustação às cegas durante o Festival de Ciência de Edimburgo, na Escócia, e só na metade dos casos conseguiram identificar quais eram os vinhos caros e quais eram os mais baratos. Eles experimentaram diversas variedades de vinhos tintos e brancos com preços menores que 5 libras (R$13) e outras safras consideradas superiores vendidas a preços entre 10 e 30 libras (R$ 26 e R$ 78). Na degustação, também havia garrafas de champagne de 17 libras (R$ 44) e de 30 libras (R$ 78).

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Degustação às cegas, preparando as provas...

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Estudo sugere que vinho caro é desperdício.indd 3

Vinhos mais baratos podem ter o mesmo efeito em termos de paladar

Os participantes tinham de dizer, então, quais eram os vinhos baratos e quais eram os caros. Mesmo sem saber a resposta, eles teriam 50% de chance de acertar. E foi exatamente isso o que aconteceu. A conclusão, para os pesquisadores da Universidade de Hertfordshire, é que muita gente não consegue distinguir os vinhos pelo paladar e pode estar pagando mais caro apenas pelo rótulo. “Estes resultados são impressionantes. As pessoas não conseguiram notar a diferença entre vinhos caros e baratos, então nesse momento de dificuldades

financeiras a mensagem é clara: os vinhos baratos que testamos tinham um gosto tão bom quanto as garrafas caras”, disse o psicólogo Richard Wiseman, que conduziu o estudo. Não vá atras de entendidos, o que interessa, sempre, é o seu paladar, independente do custos …

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O passado conta ao futuro a presente história >>

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randes homens e seus pensamentos presentes serão notados apenas no futuro, quando o passado escrever suas histórias. Se aqueles que se foram voltassem com novas roupagens e nos falassem sobre outras idéias os chamaríamos loucos, agitadores, insanos! Gênios presentes não são percebidos pelo presente homem, que vive com a cabeça no futuro e os olhos e ouvidos no passado. Palavras como foi bom, deu certo, valeu a pena, trouxe riqueza, dão mais segurança que a incerteza do será bom, dará certo, valerá a pena, trará riqueza. No universo somos um povo avançado ou um planeta esquecido, abandonado à própria sorte? Teriam os alienígenas extraterrestres nos visitado e vendo nosso atraso e comportamentos egocêntricos nos abandonado e esquecido? Seríamos vítimas de nossa omphaloskepsis, a excessiva introspecção, preocupados demais com nossos próprios umbigos? Os alienígenas consultores teriam sido substituídos por consultores alienistas, em virtude de nossa própria característica alienante? O sábio pouco pode ensinar ao ignorante que a sabedoria rejeita. O homem tem mais medo do que não conhece do que daquilo que se apresenta de fato. Que nos desminta o Frances Michel de Notredame, conhecido como Nostradamus, nascido no ano de 1503, que, com seus livros profé-

Seríamos vítimas de nossa omphaloskepsis

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Pará+

O passado conta ao futuro a presente história.indd 2

por Ivan Postigo *

ticos, causa arrepios ao mundo. Conhecedor do homem, Nostradamus fez suas previsões, desafiando as mentes mais privilegiadas, provocando alarde, pois nada intriga mais o homem e o amedronta do que aquilo que a ciência e a razão desconhecem. O fim da vida com a degradação ambiental não gera tanta especulação, debates e interesses como 2012 no calendário Maia. Do presente não aproveitamos as lições. O homem registra o fato para que o passado o torne história, que será contada com alarde no futuro. Nos últimos cinquenta anos provocamos mais prejuízos ao planeta que em toda nossa existência, mas enquanto não formos duramente atingidos continuaremos alienados. Vestimos luto, choramos algumas horas e seguimos em frente, até a próxima catástrofe, no mesmo local.

Que nos desminta o Frances Michel de Notredame, conhecido como Nostradamus

Que diríamos a Noé se construísse no terreno ao lado uma arca totalmente informatizada? -Esperando outro dilúvio? – Talvez! Que diríamos a Jesus, se no meio do expediente, na mesa ao lado, mochila no chão, capacete apoiado sobre esta, ao notar comportamentos incoerentes nos dissesse: “O olho é a lâmpada do corpo. Se teu olho é bom, todo o teu corpo se encherá de luz. Mas se ele é mau, todo teu corpo se encherá de escuridão. Se a

Gênios presentes não são percebidos

luz que há em ti está apagada, imensa é a escuridão.” -Ora, trabalha, não enrola, deixa a poesia de lado! – certamente seria a frase, sob risos. E lá seguiria o menino com sua moto e sua cruz... Assim é o homem, cético, incoerente, paradoxalmente crédulo e incrédulo. Não crê no semelhante, prefere, muitas vezes, a imagem que constrói. Como Chuck Noland (Tom Hanks), no filme Náufrago (título original Cast away), cuja solidão o faz transformar a bola em amigo e divindade: Wilson! No futuro, nosso passado terá o registro de cada presente ato, quer importem à alguém ou não! (*) Diretor de Gestão Empresarial da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão

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Transformar a bola em amigo e divindade: Wilson!

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Quando ser empreendedor não é tão fascinante? >>

por Sarah Winfrey

uando você se encontra em seu escritório e olha para as paredes, vislumbrando seus projetos, sentado em uma mesa com seu computador a frente, pensa que a vida empresarial é a vida que você pediu a Deus. Afinal nada parece melhor do que essa aparente tranquilidade e mordomia. Embora possa ser verdade que a vida empresarial foi feita para você nunca deixe de pensar nos problemas que ocorrem antes, durante e após a mesma. Vejamos alguns dos problemas que devem ser levados em conta antes de decidir em se arriscar no ramo ou não. Observe:

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Quando faltar dinheiro no início da carreira

Se você sonha em ser um empreendedor não se desestimule…

3. Quando você perceber que passou o dia inteiro de pijama Para cumprir metas e prazos tem-se que levar até mesmo serviço para casa. Em seu lar você pode ficar mais à vontade. Sendo que você acorda já pensando “se chegar o cansaço já estou pronto para dormir”... Horas se passam e você começa se sentir amarrotado e com mau cheiro. Definitivamente não a nada de fascinante nisto... 4. Quando você começa a aceitar trabalhos que não são o que você quer Nada mais desestimulante do que pegar qualquer serviço somente para não ficar parado e ganhar dinheiro para se manter... No início você tem sonhos e objetivos pré definidos, mas que na maioria das vezes são alterados para se adequar a realidade da necessidade imediata: manter/consolidar a empresa. Bom, se você sonha em ser um empreendedor não se desestimule. Leia e crie mais força de vontade de vencer os obstáculos. Pois é mais fácil enfrentar o inimigo quando se conhece.

1. Quando você passar noites inteiras em claro para cumprir metas Normalmente os empresários que querem ver suas empresas crescerem fazem determinados sacrifícios como esse. Por que antes de exigir dos funcionários eles são os primeiros a dar o exemplo para que o serviço seja levado a sério e caminhe de forma correta; 2. Quando faltar dinheiro no início da carreira Sacrifícios são necessários no início. Os primeiros trabalhos remunerados são sempre para pagar as contas até estabilizar a empresa. Enquanto isso o empreendedor tem que se privar de muitas coisas... isso não é fascinante. www.paramais.com.br

Quando ser empreendedor não é tão fascinante.indd 3

Quando você começa a aceitar trabalhos que não são o que você quer

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Um grande público assistiu as provas do GP de Atletismo no Estádio Olímpico do Pará

Grande Prêmio Internacional

Caixa Governo do Pará de Atletismo 2011 >>

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governador Simão Jatene declarou aberta a programação do Grande Prêmio Internacional de Atletismo, no Estádio Olímpico do Pará – Mangueirão, e em discurso breve, Jatene deu boas-vindas ao público e aos atletas participantes. O desfile das delegações foi acompanhado pela banda de música da Polícia Militar. As bandeiras foram conduzidas pelos alunos do Centro de Instrução “Almirante Braz de Aguiar”, da Marinha do Brasil. O Grande Prêmio Internacional de Atletismo é uma realização da Confederação Brasileira de Atletismo com apoio da Caixa Econômica Federal e Governo do Estado do Pará. Uma exibição especial do atletismo paraolímpico paraense abriu a programação das provas de pista e de campo. O governador estava acompanhado do secretáario de Esporte e Lazer, Marcos Eiró, e do chefe da Casa Civil, Zenaldo Coutinho. Participaram 133 atletas de 25 países (71 brasileiros e 62 estrangeiros), com cinco recordes do Meeting superados, na presença de 26.305 espectadores. Os atletas Alan Fonteles, medalhista mundial; Bruno Lins, campeão brasileiro 46 Pará+ Grande Prêmio Internacional de Atletismo.indd 46

Fotos: Antônio Silva/Ag. Pará; Wagner Carmo e Ray Nonato

das provas de 100, 200 e 400 metros do circuito brasileiro de atletismo paraolímpico, e Danyson Melo de Oliveira, outra boa promessa do atletismo paraolímpico paraense integraram a comitiva. O GP Internacional de Atletismo trouxe para Belém as maiores estrelas brasileiras da modalidade, como a campeã Olímpica de Pequim, Maurren Maggi, do salto em distância; Fábio Gomes da Silva, atual recordista da prova de salto com vara, e Ana Cláudia Lemos Silva, uma das líderes do ranking 2011, na prova de 100 metros rasos. O superintendente da Caixa Econômica no

Pará, Evandro Narciso de Lima, ressaltou o orgulho da Instituição em participar do evento. “Nos sentimos muito honrados, é um resgate importante para o Pará. Para nós, como patrocinadores do atletismo nacional, é muito importante esta parceria com o governo, que ajuda a trazer de volta a competição ao Estado. Esperamos conseguir trazer outros eventos de repercussão nacional”, disse. O presidente da Confederação Nacional de Atletismo, Roberto Gesta, falou sobre o valor do torcedor paraense para o fortalecimento da competição. “É um privilegio voltar a Belém para a décima edição

O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Roberto de Melo, o Governador Simão Jatene, o Secretário de Esporte e Lazer, Marcos Eiró e o Chefe da Casa Civil, Zenaldo Coutinho, durante cerimônia de abertura do GP Internacional de Atletismo

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Brigitte Merlano (centro) bate o recorde dos 100 m com barreiras

do GP. Atletas do Brasil e do mundo são unânimes ao testemunhar sobre a generosa hospitalidade do povo paraense. Isso é uma grande conquista para o atletismo e par o esporte em nosso país”. Nas noves edições anteriores, Belém registrou os maiores números de espectadores em competições de atletismo da América do Sul. O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Roberto Gesta de Melo, também avaliou positivamente o Grande Prêmio e disse que a competição foi uma prévia dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e do Rio de Janeiro, em 2016. “O GP em Belém é sempre excelente. Neste domingo, até o tempo ajudou com pouco sol. Em termos dos atletas, o nível é muito bom. Tivemos o grande campeão Dwain Chambers, e os quenianos que lideraram a prova dos cinco mil metros”, disse.

Resultados SALTO EM DISTÂNCIA FEMININO – O ouro foi para a norte-americana Brianna Glenn, com um salto de 6,74 m, na quinta rodada . Com 6,62 m, na segunda tentativa, a pernambucana Keila Costa levou a medalha de prata. O melhor salto da paulista de São Carlos foi 6,61 m e garantiu a medalha de bronze. 800 M MASCULINO – Um grande resultado foi alcançado nos 800 m masculino. A exemplo do que fizera em Fortaleza, o bicampeão mundial juvenil David Mutinda Mutua, do Quênia, venceu a prova com 1:44.06 (2º melhor tempo mundial da temporada) e recorde pessoal. O brasileiro Kleberson Davide também fez sua melhor www.paramais.com.br

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Pódium da prova de salto em distância. Com as brasileiras Maurren Maggi em terceiro lugar e Keila Costa em segundo, o ouro ficou com a americana Brianna Glenn

marca, com 1:44.28, e superou os índices com vara masculino, Lázaro Borges deu a para o Campeonato Mundial (1:45.80) e vitória a Cuba, com 5,70 m. Fábio Gomes para o PAN (1:46.09). “Gostei de correr da Silva e Thiago Braz deram, respectivaem Belém, estive muito à vontade”, falou mente, prata e bronze para o Brasil, com David Mutinda, de 19 anos. 5,50 m e 5,30 m. Lázaro bateu o recor100 M MASCULINO – O britânico de do torneio, do norte-americano Mark Dwain Chambers veio pelo segundo ano Hollis, que no ano passado saltou 5,55 m. seguido para a disputa dos 100 m, com a E Thiago Braz estabeleceu novo recorde esperança de fazer “tempos melhores” do brasileiro juvenil (o anterior era 5,17 m, que os anteriores que obtivera em 2011. de Fábio Gomes da Silva, de 2002). “Nem quero falar o tempo que fiz numa SALTO TRIPLO MASCULINO – Surprova nos Estados Unidos”, confessou. presa no triplo masculino, com a vitória Mas nesta estreia em um Meeting do Bra- do cubano Osniel Tosca, com 17,16 m, zilian Athletics Tour, em Belém, Cham- enquanto seus companheiros top 10 Yobers, campeão mundial indoor dos 60m, andri Betanzos e David Girat, que foram venceu os 100 m com 10.16 (0.6) e ficou os 4º e 6º colocados, respectivamente com a um centésimo do recorde do torneio, ob- 16,41 m e 16,24 m. Completaram o pódio tido pelo francês Martial Mbandjock em os brasileiros Jefferson Sabino (16,71 m) 2010. O trinitino Marc Burns foi o 2º com e Hilton da Silva (16,65 m). 10.38 e Adams Harris (Guyana) foi o 3º ARREMESSO DO PESO FEMININO com 10.51. “A prova foi ótima, gostei do – No arremesso do peso feminino, mais clima, até porque foi encontrar situação uma vitória de Cleopatra Borel (Trinidad semelhante em outros eventos da tempo- y Tobago). Campeã em Fortaleza, a top rada, como o Mundial da coréia do Sul”, 10 mundial marcou 18,68 m para levar o afirmou Chambers. ouro (foram campeã também em Fortale100 M FEMININO – Última atleta a che- za) e superar o recorde anterior da chilena gar a Belém para o GP, o nigeriana Oludamola Osayomi ganhou os 100 m com 11.31 (0.7) e deixou em 2º Tahesia Harrigan (Ilhas Virgens Britânicas), que fez 11.33. Na disputa pelo bronze a brasileira Ana Claudia silva levou a melhor sobre a norte-americana Mikele Barber, ao fazer 11.35 contra 11.36. SALTO COM VARA A musa Molly Beckwith vencedora dos 800 m FEMININA – No salto Pará+ 47 17/05/2011 15:29:45


Natalia Ducó, que tinha 17,49 m. Completaram o pódio as cubanas Mailin Vargas, prata com 18,56 m, e Misleydis González, bronze com 18,21 m. 5.000 M MASCULINO – Nos 5.000 m masculino, o queniano Bisluke Kiplagat ganhou com 13:21.79 e surpreendeu o campeão mundial juvenil, seu compatriota David Kiprotich, que desta vez foi o 2º, com 13:24.66. O 3º foi o sul-africano Tshamano Setone, com 13:34.62. 800 M FEMININO – A norte-americana Molly Beckwith foi a campeã dos 800 m, da mesma forma que em Fortaleza. Neste domingo ela marcou 2:02.55, enquanto que a colombiana Rosibel Garcia foi a vice, com 2:03.45, e a jamaicana Korene Hinds levou o bronze, com 2:03.97.O tempo de Molly é recorde do Meeting: o anterior, de 2010, era 2:02.78, da panamenha Andrea Ferris. “Senti um pouco o clima, o calor forte, mas o carinho do público me fez gostar de correr em Belém”, disse a meio-fundista, “eleita” a musa do torneio, que depois da prova atendeu muitos pedidos de autógrafos e também tirou fotos com inúmeros fãs. ARREMESSO DO PESO MASCULINO – Com 20,32 m, Marcos Fortes (Portugal) ganhou o arremesso do peso, enquanto que o cubano Carlos Véliz, 1º em Fortaleza, desta vez foi o 3º, com 20,02 m. O vice-campeão em Belém foi o argentino Germán Lauro (também vice no disco) ganhou a prata com 20,09 m. LANÇAMENTO DO DISCO MASCULINO – Jorge Fernandez (Cuba) repetiu seu feito de Fortaleza e ganhou o lançamento do disco com 63,37 m. German Lauro (Argentina) foi o vice-campeão com 61,30 m e Ronald Julião (Brasil) o 3º, com 60,65m. LANÇAMENTO DO DISCO FEMININO – No lançamento do disco feminino,

Paraolímpica, 100m, categoria cadeirantes

vitória brasileira, com Fernanda Borges, com a marca de 58,38 m. Ela superou, entre outras, a russa Olesya Korotkova, 2ª com 57,76 m, e Zinaida Sendriuti (Lituânia), com 57,45 m.

O campeão dos 800m, David Mutinda Mutua, do Quênia, venceu a prova com 144.06 (2º melhor tempo mundial da temporada)

110 M COM BARREIRAS MASCULINO – Antwon Hicks (Estados Unidos) levou o título dos 110 m com barreiras, ao marcas 13.54 (0.2). O brasileiro Matheus Inocêncio (13.65) e o peruano Jorge

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McFarlane (13.87) levaram prata e bronze. SALTO EM ALTURA FEMININO – Deirdre Mullen (Estados Unidos) ganhou o salto em altura com 1,86 m, depois de passar 1,81 m, 1,84 m (3ª tentativa) e 1,86 m. Tentou 1,90 m, mas errou as três tentativas. Prata para a croata Ana Simic, com 1,84 m, e bronze para a brasileira Valdileia Martins, com 1,81 m. A campeã superou o recorde da Levern Spencer (Santa Lúcia), que tinha 1,85 m. 100 M COM BARREIRAS FEMININO – O primeiro recorde do torneio superado foi o dos 100 m com barreiras feminino, com a colombiana Brigite Merlano. Ela venceu com 13.04 e quebrou seu próprio recorde anterior, que era 13.12 e fora mascado em 2010. “De minha parte achei o tempo muito bom para a prova, gosto de competir no Brasil, mas esperava fazer um tempo ainda melhor”, disse a campeã. A maior estrela da prova, a brasileira Maurren Maggi encerrou a série de saltos em terceiro lugar e ficou com a medalha de bronze. Keila Costa, também brasileira, ficou com a prata; e a americana Brianna Glenn ficou com ouro. A norte-americana Brianna Glenn, com um salto de 6,74 m,

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Campeonato Milha SulAmericana de Rua abre a programação do GP Internacional de Atletismo

Fotos: Eliseu Dias/Ag. Pará

Alan Fontelles, campeão da prova Paraolímpica, 100m, categoria mista

admitiu estar “particularmente feliz por superar uma campeã como Maurren em seu país”. “Queria vencer para retribuir o apoio do público paraense, mas estou feliz com minha atuação, pois mantive minha regularidade”, disse Maurren. 5.000 M FEMININO – A primeira prova a distribuir medalhas no Meeting 2011 foi a dos 5.000 m feminino. As etíopes Almaz Ayana (15:12.24) e Mekdes Bekele (15:49.11) levaram ouro e prata, enquanto o bronze foi para a queniana Purity Cherotich Kirui (16:13.42). Por sinal, as três repetiram, na mesma ordem, o pódio dos 3.000 m com obstáculos, disputados no GP Caixa Unifor, em Fortaleza, na última quarta-feira 11. 19 PAÍSES NO PÓDIO – Dez países fizeram campeões em Belém, que foi sede de um GP internacional pelo 10º ano seguido. No total, 19 colocaram atletas no pódio. O Brasil conquistou 13 medalhas: 1 de prata, 5 de prata e 7 de bronze. PARAOLÍMPICOS – Atletas paraolímpicos do Pará disputaram duas provasexibição, antes do início do programa oficial. Alan Fonteles Cardoso de Oliveira venceu a prova dos 100 m misto, com 11.94. Nos 100 m cadeirantes, o campeão foi Rosivaldo Itabereci Andrade, com 19.67. O GP encerrou com o tradicional sorteio de um carro zero quilômetro. O sorteado foi o número 05.601, pertencente a Juvenal Pereira da Costa. O secretário Marcos Eiró entregou as chaves do carro ao grande ganhador do dia.

O vencedor do carro sorteado pela organização do GP de atletismo, Juvenal Pereira da Costa , morador do bairro da Terra Firme, ao lado do Secretário de Esporte e Lazer, Marcos Eiró www.paramais.com.br

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Dobradinha brasileira no pódium da Milha Sul-Americana de Rua, abrindo a temporada da Grande Internacional de Atletismo. O atleta Leandro Prates Oliveira ficou com a medalha de ouro, com tempo de quatro minutos e cinco segundos, seguido de outro brasileiro, André Alberi de Santana, medalha de prata, com o tempo de quatro minutos e sete segundos. O atleta peruano Mario Bazan foi bronze, com o tempo de quatro minutos e oito segundos. O paraense Itamar Silva do Carmo ficou em quarto lugar, com O atleta paulista Leandro Prates Oliveira, medalha de ouro da Milha quatro minutos e onze segundos de tempo. “Foi uma boa colocaSul-Americana de Rua 2011 ção. Estava confiante e esperava ficar entre os cinco primeiros colocados”, disse o representante paraense na prova. Itamar também vai correr os 800 metros, no próximo domingo, no Estádio Olímpico do Pará. “Espero sair bem. Treinei bastante durante a semana e quero fazer uma boa prova”, disse o jovem, que é natural da cidade de Tucuruí, no sudeste do Estado.

Competição O Campeonato de Milha de Rua abriu oficialmente a programação do Grande Prêmio Internacional de Atletismo no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão. A Milha que antecedeu a programação foi composta por quatro provas: Milha dos Funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF), vencida por Thiago Cunha de Moraes, da agência Círio, em Belém, e Jucinete do Socorro Lobato da Silva, também de Belém; Milha Paraense Feminina, vencida pelo atleta Mara Rogéria da Conceição Silva; Milha Juvenil Masculina, cujo vencedor foi Roger Muller Amaral Santos; e Milha Paraense Masculina, conquistada por Eduardo Costa da Silva, da cidade de Tucuruí. Dezenas de pessoas acompanharam as provas. O circuito de 1.609 metros foi montado no bairro da Cidade Velha com a intenção de valorizar os pontos turísticos, como a Casa das Onze Janelas, no projeto Feliz Lusitânia, e a Estação das Docas. Incentivo - Para o presidente da Federação Paraense de Atletismo (FPA), Ronaldo Estevam, o GP e as provas de rua de alto nível técnico só tendem a valorizar o atletismo paraense. Para ele, o momento é de investir na mão-de-obra qualificada e expandir o conhecimento técnico para as cidades do interior do Estado. “Estamos caminhando bem. A herança destes dez anos de GP tem sido muito positiva”, disse. O secretário de Estado de Esporte e Lazer, Marcos Eiró, também avaliou positivamente a abertura do GP. “A Seel está trabalhando firme desde o início da semana para fazermos uma das maiores festas do esporte internacional. Na Milha venceram os melhores, os favoritos, mas no domingo vamos torcer para que nosso representante seja bem colocado”, comentou. A vitória do atleta paulista Leandro Prates Oliveira quebra um jejum de liderança do paranaense Fabiano Peçanha, vencedor das últimas versões da Milha em Belém. “Toda prova é difícil, mas se você se preparar pode alcançar um bom resultado”, concluiu o atleta.

Leandro Prates Oliveira ao centro, medalha de ouro, seguido de André Alberi de Santana e do peruano Mario Bazan

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