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Revista

Pará+ AGOSTO 2011

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Os secretários especiais do governo do Estado do Pará

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Governador destaca investimentos na posse dos secretários especiais

Roteiros do Pará encantam visitantes no 6º Salão do Turismo

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Gastronomia paraense terá destaque nacional em evento da Abrasel

Itália e Dulcinéa Paraense são homenageados na Feira do Livro

A nutrição de peixes e a fome mundial

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Desmatamento influencia padrão das queimadas na Amazônia

PUBLICAÇÃO Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ÍNDICE

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Antonio de Júlio, Augusto Pacheco, Benigna Soares, Camillo Martins Vianna, Carlos Correia Santos, Fábio Reinal, Hinton Bentes, Ivan Postigo, José Luis Miranda, Marcos Domati, Sergio Pandolfo, Thiago Melo, Walter Chile; FOTOGRAFIAS: Antônio Silva; Arquivo Paratur ; Arthur Gleidersom; Cristino Martins, Eliseu Dias,Eunice Pinto Rodolfo Oliveira/Ag. Pará; David Alves/Arquivo Ag. Pará; Cesar Ogata; João Ramid; Sérgio Amaral; Renato Araújo/ABr e Werick Santos; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Gastronomia paraense terá destaque nacional em evento da Abrasel >> gastronomia paraense ganhará destaque nacional em setembro, em mais uma iniciativa de promoção da cultura local. O I Encontro Abrasel Belém – Sabores do Pará, acontecerá de 15 a 17 no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. O evento tem o apoio da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), que promoverá os principais produtos turísticos do Estado, com destaque para os polos de Belém, Marajó e Tapajós, que possuem selo de qualidade do Ministério do Turismo como roteiros internacionais. O I Encontro Abrasel Belém – Sabores do Pará, uma iniciativa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) -Seccional Pará, tem o apoio de empresas como Ambev, TAM e Mariza Alimentos.

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Fotos David Alves/Arquivo Ag. Pará

Da programação constam workshop, palestras, fóruns, cozinha show e preparação de pratos, com cobertura nacional ao vivo. A organização espera 3.500 participantes, entre profissionais, empresários, fornecedores e demais visitantes. A Paratur, que dará apoio institucional e promocional ao evento, terá um estande de 12 metros quadrados na feira de exposições do encontro, onde distribuirá material promocional do Pará e fará outras estratégias de divulgação do potencial turístico do Pará, incluindo o Círio de Nazaré, que acontece no segundo domingo de outubro. Maiores informações: www.abraselbelem.com.br

Tacacá: é uma iguaria da região amazônica brasileira, em particular do Pará. É preparado com um caldo fino de cor amarelada chamado tucupi, sobre o qual se coloca goma, camarão e jambu. Serve-se muito quente, temperado com sal e pimenta, em cuias

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Maniçoba: também conhecida como feijoada paraense, é um dos pratos da culinária brasileira, de origem indígena. O seu preparo é feito com as folhas da maniva/mandioca (Manihot utilíssima) moídas e cozidas, por aproximadamente uma semana (para que se retire da planta o acido cianídrico, que é venenoso), acrescida de carne de porco, carne bovina e outros ingredientes defumados e salgados

Pato no tucupi: é um prato brasileiro típico da culinária paraense. É elaborado com tucupi, líquido amarelo retirado da mandioca brava, e com jambu, verdura típica do estado, que possui propriedade anestésica, causando uma leve sensação de tremor na língua

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No auditório do Hangar, o governador destacou as obras e serviços que estão em andamento em todo o Pará

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por Thiago Melo* Fotos: Antônio Silva e Cristino Martins/Ag. Pará

ão cinco os secretários especiais que vão compor a nova estrutura administrativa estadual, publicada no Diário Oficial no último dia 21. Os novos secretários são responsáveis por órgãos que vão coordenar cinco grandes áreas – Proteção Social, Promoção Social, Infraestrutura e Logística, Desenvolvimento Econômico e Gestão. Segundo ele, as políticas acontecerão de forma integrada, a fim de otimizar os serviços e os projetos oferecidos e desenvolvidos pelo governo estadual. O Governador Simão Jatene, durante a cerimônia de posse, explicou que os novos investimentos estão sendo possíveis graças a uma política de articulação instituída nos órgãos da administração estadual e ao equilíbrio das contas do Executivo. “Não pode existir dificuldade de articulação entre as secretarias. Este é um grande desafio, inclusive das secretarias especiais que foram criadas. Já conseguimos equilibrar a receita e a despesa do Estado e, portanto, as dificuldades de desenvolver 06

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projetos estão diminuindo”, afirmou o governador. De acordo com a nova estrutura administrativa, o vice-governador Helenilson Pontes assume a Secretaria de Gestão. Zenaldo Coutinho deixou a chefia da Casa Civil para ser o secretário de Proteção Social. Nilson Pinto, que conduzia a Secretaria

de Estado de Educação (Seduc), é responsável pela Secretaria de Promoção Social. Sérgio Leão é o titular da Secretaria de Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento Sustentável, e Sidney Rosa assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção. A Secretaria Extraordinária para Assuntos Institucionais, com vínculo direto ao gabinete do governador, fica sob a responsabilidade de Antônio José de Freitas Guimarães. À cerimônia também compareceram autoridades dos poderes Legislativo e Judiciário

Integração

O governador Simão Jatene discursa durante posse dos novos secretários

O objetivo das secretarias especiais é garantir a articulação entre os órgãos do governo, além de elaborar políticas públicas imprescindíveis para o desenvolvimento do Estado nas mais diversas áreas, visando atingir as metas da Agenda Mínima. “A função é fazer com que caminhem as www.paramais.com.br

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ações e projetos estaduais de forma mais integrada possível”, ressaltou Nilson Pinto. Ele adiantou medidas que já estão sendo desenvolvidas na área de Promoção Social, como a construção do novo Parque Ambiental de Belém, a criação da Universidade Tecnológica do Estado do Pará e a implantação do curso de Medicina no campus da Universidade do Estado do Pará (Uepa) no município de Santarém (oeste do Estado). A Secretaria Especial de Proteção Social tem como norte as políticas públicas voltadas às áreas de saúde e assistência social. Zenaldo Coutinho disse que o objetivo maior é garantir mais atenção e projetos para a parcela da população mais carente, principalmente nos municípios do interior. “A meta é trabalhar para levar as ações estaduais para a população que mais precisa”, afirmou. Para Sérgio Leão, assumir a Secretaria de Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento Sustentável é um desafio. “Temos que trabalhar e alcançar uma definição a respeito das metas da Agenda Mínima. É um desafio, principalmente diante da situação econômica em que o Estado se

Simão Jatene deu posse aos cinco secretários especiais, que responderão por áreas estratégicas para o Estado

encontrava no início do ano”, destacou. Segundo Sidney Rosa, a geração de emprego e renda é o principal foco da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção. “As políticas de desenvolvimento econômico devem ser pautadas também pela geração de emprego e renda. Esta é uma das metas que devemos alcançar”, assegurou. O cumprimento de metas será cobrado pela Secretaria de Estado e Gestão, garantiu o vice-governador, acrescentando que a coordenação das secretarias e demas órgãos da administração estadual será

Helenilson Pontes, assina termo de posse na Secretaria de Gestão

acompanhada, a fim de garantir a integração desses órgãos, além da elaboração e execução eficaz dos projetos. Junto com as secretarias especiais, o Estado passa a contar com a Secretaria Extraordinária para Assuntos Institucionais. Subordinados diretamente à Governadoria estão Casa Civil, Casa Militar, Consultoria Geral do Estado, Procuradoria Geral do Estado (PGE), Auditoria Geral do Estado (AGE), Ação Social Integrada ao Palácio do Governo (Asipag), Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), SeSérgio Leão, assina termo de posse como coordenador da Secretaria de Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento Sustentável

Zenaldo Coutinho, secretário especial de Estado de Proteção e Desenvolvimento Social

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Antônio José Costa de Freitas Guimarães, que será responsável pela Secretaria Extraordinária para Assuntos Institucionais, ligada diretamente ao Governador Simão Jatene

Sidney Rosa, assina termo de posse na coordenadoria da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção

cretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) e Departamento de Trânsito (Detran). A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) continua a coordenar a Polícia Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Departamento de Trânsito (Detran) e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.

Nilson Pinto, assina termo de posse do secretário de Promoção Social, tendo ao lado a secretária de Adminsitração, Alice Viana

Nova estrutura administrativa do governo do Pará Secretaria Especial de Gestão: Sead, Sefa, Sepof, Igeprev, Iasep, Idesp, Escola de Governo, Loterpa, Ioepa, Prodepa e Banpará Secretaria Especial Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção: Sagri, Sepaq, Adepará, Jucepa, Emater, Ceasa, Paratur, CDI Secretaria Especial de Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento Sustentável: Setran, Seop, Sema, Secretaria

de Ciência e Tecnologia, Iterpa, Ideflor, Arcon, Cosanpa, Companhia de Portos e Hidrovias e Cohab. Secretaria Especial de Promoção Social: Seduc, Secult, Seel, Uepa, IAP, Centur, Fundação Carlos Gomes, Fundação Curro Velho e Fapespa. Secretaria Especial de Proteção Social: Sespa, Secretaria de Assistência Social, Seter, Sejudh, Defensoria Pública, Inmetro, Hospital Ophir Loyola, Fundação Santa Casa, Fundação Hemopa, Hospital de Clínicas, e Fundação de Atendimento Socioeducativo. Na cerimônia de posse dos secretários especiais realizada no Hangar

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Sofia Feio Costa, chefe da Casa Civil

Cláudio Cavalcante Ribeiro, assina termo de posse como secretário de Educação

Governador destaca investimentos na posse dos secretários especiais

O Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia estava lotado

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O governador Simão Jatene destacou na cerimônia de posse dos secretários especiais realizada no Hangar, uma série de investimentos que o governo está fazendo em Belém e em outros municípios, como a construção de dois hospitais na capital (um para tratamento de renais crônicos e outro para pequenas cirurgias), obras de reestruturação da Alça Viária e da PA-150, a substituição de 700 viaturas da Polícia Militar, a construção de 11 escolas técnicas a e reforma de pelo menos 130 escolas de ensino fundamental e médio. (*) Secom

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Roteiros do Pará

encantam visitantes no 6º Salão do Turismo >>

por Benigna Soares Fotos: Cesar Ogata, João Ramid/Divulgação, Sergio Amaral

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m espaço de quase 50 mil metros quadrados dedicado inteiramente à promoção do turismo brasileiro. O 6º Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, aberto pelo ministro do Turismo, Pedro Novaes, reuniu na vários políticos, empresários e jornalistas do Brasil no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. O Pará foi representado por mais de cem profissionais de diversas áreas contempladas pelo evento. O presidente da Companhia Paraense de Turismo, Adenauer Góes, que coordena o espaço reservado ao estado no Salão, recepcionou o ministro em sua visita ao estande. “A participação do Pará resulta de um trabalho de equipe em que todos os setores estão envolvidos na missão de fortalecer não apenas o turismo no Estado, mas na

Bel Mesquita e Adenauer Goes , no 6º Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, com o ministro do Turismo, Pedro Novaes

6º Salão do Turismo – Roteiros do Brasil: maior temporada de vendas de pacotes turísticos nacionais é aberta em São Paulo (SP) 10

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Macrorregião Norte e na Amazônia”, disse Adenauer, que presenteou o ministro com um kit de produtos da gastronomia e artesanato paraense. O chef de cozinha Paulo Leite, defensor e difusor da gastronomia paraense em São Paulo, ministrou uma aula prática de como preparar o arroz de Belém - regado a jambu e tucupi - a outros chefs e adeptos dos sabores amazônicos. O grupo Andirás, do município de Curuçá, deu um toque especial à demonstração com um show de carimbó. O presidente da Paratur também participou da apresentação do Plano Nacional de Turismo, no estande do MTur, juntamente com a secretária nacional de Políticas do Turismo, Bel Mesquita, que também é do Pará. No Espaço do Profissional, a técnica da Paratur Rosely Coroa apresentou o case do Pará, referência segundo o Ministério do Turismo na execução do Programa Turismo Sustentável e Infância (TSI), que tem como objetivo prevenir a exploração sexual de crianças e adolescentes. Este ano, a Paratur inovou na divulgação do programa e distribuiu um press kit à imprensa especializada com o objetivo de dar mais visibilidade ao programa e sensibilizar os formadores de opinião sobre o assunto. Adenauer Goes esteve presente, ainda, à reunião do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur), entidade da qual é vice-presidente regional, e defendeu a criação de uma entidade de fortalecimento do turis-

Ministro visita o Salão do Turismo

50 mil metros quadrados dedicado inteiramente à promoção do turismo brasileiro

Muita gente prestigiando o Salão www.paramais.com.br

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mo na Região Norte, aos moldes da CTI Nordeste. O Pará está divulgando seus principais produtos turísticos, com destaque para as belezas naturais e para as manifestações culturais da região, presentes principalmente nos polos Belém, Marajó (Soure), Tapajós (Santarém e Alter do Chão), Amazônia Atlântica (Bragança, Curuçá, Marapanim e Salinópolis), Araguaia-Tocantins (Barcarena, Cametá, Conceição do Araguaia, Marabá, Parauapebas e Tucuruí) e Xingu (Altamira). A Companhia Paraense de Turismo (Paratur) levou ao evento onze entidades que trabalham com artesanato no Pará, com a coordenação do espaço de artesanato do Pará no evento, Sheila Pires. A matéria-prima dos produtos incluiu cerâmica, cestaria, fibra, balata, sucata marinha, madeira e sementes. O artesão Desidério Santos, presidente da Associação dos Artesãos de Brinquedo de Miriti de Abaetetuba, avaliou positivamente a oportunidade, que garantiu visibilidade para o trabalho de 149 artesãos. Das 250 peças colocadas à venda no espaço, foram vendidas mais de 60 somente no primeiro dia.

Stand da Embratur

A palestra de Bel Mesquita

A CNT no Salão

Aquele que assume com hombridade sua missão de criar, cuidar, guiar e proteger segue pelos caminhos do Senhor. Por isso, tem a honra de ser chamado Pai. Neste Dia, a UGT PARÁ e a FETRACOM se congratulam com todos os trabalhadores e trabalhadoras, pais e mães de família que labutam na caminhada para a construção de uma família feliz! 12

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Estande da Paratur no 6º Salão do Turismo – Roteiros do Brasil

Colar Mandinga, projeto de design de Selma Montenegro

Joias do Pará no Salão

Colar “Vestígio”, criação de Argemiro Muñoz, com produção de Joiartmiro

O turismo de base comunitária também ganhou espaço no Salão do Turismo, com a participação de representantes do município de Curuçà. Ilson Lima, do Instituto Tapiaim, levou ao salão, com apoio da Paratur, experiências de receptivo turístico nas comunidades de Muriazinho, Romana, Ilha de Fora e Cabeceira, entre outras, que incluem praias, trilhas e visitação na comunidade. Uma Homenagem:

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A fé que move o Turismo MTur lança edital para selecionar cinco destinos brasileiros que serão modelos do turismo religioso no país A chamada pública do projeto Turismo Religioso: Experiências do Brasil prevê a estruturação e qualificação da oferta turística dos cinco destinos eleitos. Será formado um comitê gestor local e encomendado um diagnóstico da oferta municipal de turismo religioso. TamOs secretários Nacional de Políticas de Turismo, Isabel Mesquita, e Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert bém estão previstas a criação de um Martins, participaram da palestra sobre o Turismo Religioso roteiro turístico oficial para o município, que será publicado no Catálogo de Turismo Religioso Brasileiro, impresso em três idiomas (português, inglês e italiano). “A iniciativa fortalece o segmento no Brasil a partir do desenvolvimento e gestão da oferta de produtos do turismo religioso de forma integrada, organizada e sustentável”, informou o ministro do Turismo, Pedro Novais. Participaram da palestra sobre o Turismo Religioso os secretários Nacional de Políticas de Turismo, Isabel Mesquita, e Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins. O edital com as regras para participação e o formulário de inscrição já estão disponíveis na internet, no portal do Ministério do Turismo: www.turismo.gov.br. O parceiro do MTur nesta ação é o Instituto Cultural e Educacional do Paraguaçu (INCEP). Os resultados da chamada serão publicados a partir de 19 de setembro de 2011.

Apresentação do grupo Andirás, do município de Curuçá na abertura do 6º Salão do Turismo 14

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Stand do Pará no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo

nas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins para criar uma entidade fortalecedora do turismo integrado Feira de Produtos, Vitrine Brasil, Gastronomia, Artesanato, Núcleo de Conhecimento, Área de Comercialização, Rodada de Negócios, Turismo de Base Comunitário, Talentos do Brasil, Jóias do Brasil, Vivências e Saber Fazer foram alguns dos espaços representado o Pará está no 6º Salão do Turismo. Calculou-se um público estimado em 100 mil pessoas.

Grupo Andirás na abertura do 6º Salão do Turismo

Agricultura No espaço da agricultura familiar, biscoitos, doces, geleias, bombons e outros produtos de Marapanim, produzidos com castanha, açaí e cupuaçu, fortaleceram a divulgação do Pará e garantiram lucro aos produtores rurais. Oriundo da Vila Maú, em Marapanim, Silvio Chagas, em dois dias, comercializou cerca de 35% do material que levou, incluindo 300 quilos de biscoitos, 150 litros de geleia, 80 quilos de doces e dois mil bombons. “Uma grande oportunidade de mostrarmos nossa produção”, comemorou ele, que representou as 2,5 mil pessoas beneficiadas diretamente com a venda do produto. Para os agentes de turismo, o salão trará resultados imensuráveis ao Pará. “A Para-

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tur é nosso braço direito no fortalecimento do turismo. Nossa participação é importante para fazermos contatos e fecharmos negócios”, elogiou o empresário Francisco Rocha, da Travel In Turismo. Prefeitos de municípios do Marajó e do pólo Amazônia Atlântica prestigiaram o evento, a exemplo de João Luiz de Oliveira Neto, de Soure, e Fernando Damasceno, de Curuçá, que acompanharam os grupos de carimbó de seus municípios, Cruzeirinho e Andirás, respectivamente. O Pará retoma com essas parcerias as estratégias de fortalecimento do turismo e retomada também do Pará como forte destino da região Norte, obra-prima da Amazônia”, finaliza o presidente da Paratur, Adenauer Goes, que, no fim da tarde, assumiu o compromisso com os secretários de Turismo do Acre, Amapá, Amazo-

(*) Ascom/Paratur

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Projeto Bem Receber

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XV FEIRA PAN-AMAZÔNICA DO LIVRO

Itália e Dulcinéa Paraense são homenageados na Feira do Livro >>

por Augusto Pacheco Fotos: Eliseu Dias e Rodolfo Oliveira/Ag. Pará

e 2 a 11 de setembro acontece a XV Feira Pan-amazônica do Livro. A poetisa Dulcinéa Paraense será homenageada na versão 2011 do evento que acontece no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, tendo a Itália como país convidado. A Feira Pan-amazônica do Livro é uma realização do Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura - Secult. Na décima quinta edição da feira, o livro volta a ser o centro da intensa programação elaborada pelos técnicos da Secult para difusão do livro, este produto da interação perfeita entre as mãos e a técnica. “Estamos retomando ao foco, ao principal objetivo do evento, em que o livro volta a ser o protagonista. Sai a muvuca cultural e entra em cena o autor. Em lugar do populismo devasso, a seriedade cultural”, declarou o secretário de Cultura, Paulo Chaves Fernandes. Com área total de 4.700 mt² e 192 standes, a feira terá cerimônia de abertura com a Amazônia Jazz Band apresentando músicas italianas e as presenças confirmadas do Embaixador da Itália no Brasil,Gherardo La Francesca, e da escritora homenageada, Dulcinéa Paraense. O secretário de

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O embaixador da Itália Gherardo La Francesca e a embaixatriz Antonella, estarão na XV Feira Pan-amazônica do Livro

Cultura conta um fato inusitado: o filósofo Benedito Nunes, em sua última semana de vida, no leito da Beneficente Portuguesa, foi consultado por Paulo Chaves sobre três escritores indicados para ser o homenageado nesta edição. Em voz baixa, audível e sem titubear: Dulcinéa Paraense. Dulcinéa Lobato Paraense nasceu em Belém, em 2 de janeiro de 1918, onde teve uma intensa produção literária. Em seguida, saiu pelo país a mostrar seu talento. Radicada no Rio de Janeiro, completou em janeiro último, 93 anos. É autora de: Semeadura de versos e de sonhos, Momentos íntimos, Dez cenas brasileiras,

Dulcinéa Paraense, escritora homenageada na XV Feira Panamazônica do Livro

Flor revelada, Mística, Momentos e Estrela de vidro.

O livro A dificuldade do acesso ao livro é proveniente de vários fatores: o preço acima do poder aquisitivo de grande parte da população, a falta do hábito de ler, a deficiência de ofertas de salas leitura nas escolas públicas, bibliotecas com acervos desatualizados e pouco atraentes e a insuficiência de mediadores de leitura. Os dados induziram a Secretaria de Cultura a criar, há quinze anos, a Feira Pan-amazônica www.paramais.com.br

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do Livro, que ocorre anualmente na cidade de Belém durante dez dias e, durante o ano, acontece em vários municípios do estado com os Salões do Livro e o Sarau Literário. A Secult, em parceria com as prefeituras e secretarias culturais dos municípios paraenses, organiza o Salão do Livro, que alcança as cidades da circunvizinhança, atingindo alunos de escolas públicas com oficinas e programação cultural. No Sarau Literário, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação - Seduc, a Pan-Amazônica homenageia um escritor paraense com programação literária, com a presença palestrante especialista no assunto, oferecendo espetáculo de música ou teatro voltado para o tema.

Programação Considerada a quarta feira de livros mais importante do país, a Pan-amazônica apresenta um crescimento anual de 15%, tanto em área, quanto em público e volume de vendas. A partir da literatura, uma série de atividades paralelas, como oficinas, cursos, cinema, teatro, música, fotografia, em programação sedutora que atrai um público diversificado, assim como alunos da rede pública para o mundo do imaginário, do lazer e do entretenimento, da cultura e da educação. Por meio do bônus Crédi-livro, a oportunidade do professor adquirir livros no período de dez dias, contribuindo desse modo para o crescimento e desenvolvimento intelectual do cidadão por meio do acesso aos bens culturais regionais, nacionais e universais, e, este ano, especialmente à cultura italiana, em homenagem do Governo do Estado ao Momento Itália Brasil. “Espero que esse ano tenha mais espaço e

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Itália e Dulcinéa Paraense são homenageados na Feira do Livro.indd 17

A XV Feira Pan-amazônica do Livro, será realizada no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia

variedade nas editoras. E também que não se repita a confusão de valores culturais, como a venda de produtos sem relação alguma com o livro, bem como os shows que provocavam uma verdadeira bagunça no entorno, concentrando um público com pouco ou nenhum interesse pelo livro”, observa Elias Neves, professor da rede pública estadual de ensino.

Itália A imigração italiana na Amazônia se destaca no período econômico e social do final do século XIX, com a produção da borracha no auge (Ciclo da Borracha 1979/1912), respondendo por 40% das exportações brasileiras, com a circulação de riquezas, os avanços da tecnologia e modelos da urbanização, o modo de vida, a literatura, os hábitos e costumes que deixaram marcas. No estado do Pará, a benéfica influência italiana continuou em vários segmentos no decorrer dos anos, sobretudo na arquitetura, com a presença forte de Antonio Landi, e na pintura com Domenico De Angelis.

Paulo Chaves Fernandes, Secretário de Cultura

A Itália, suas criações literárias, o cinema e a música, serão apresentados na PanAmazônica em 2011, com a presença de convidados italianos, e parcerias com instituições como a Universidade Federal do Pará, Casa dos Estudos Italianos, além de apoio empresarial local. Com público de 600 mil pessoas (2010), a Feira Pan-amazônica gera negócios da ordem de 30 milhões de reais, incrementado a produção literária nacional e local, aumentando sensivelmente o número de leitores, gerando empregos e contribuindo para o crescimento do Estado. (*) Ascom Secult

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Coleção Joias de Nazaré 2011 busca inspiração nas Madonas do Barroco >> m mergulho no dualismo que permeia a arte barroca, a fim de trazer para os dias atuais o conceito das “Madonas”, traduzindo seus traços e simbolismo em joias, foi o objetivo do Workshop de Geração de Produtos: Coleção Joias de Nazaré 2011, que aconteceu no Espaço São José Liberto sob a coordenação da professora Rosângela Gouvêa, especialista em Educação Profissional e Design de Joias. A iniciativa, que integra o calendário de capacitação 2011 do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), reuniu 35 pessoas, entre designers, estudante de Design e demais profissionais que atuam no setor joalheiro, todos cadastrados no Programa de Desenvolvimento de Gemas e Metais Preciosos do Pará (Polo Joalheiro). Segundo Rosângela Gouvêa, o processo de criação da coleção inclui a parte teórica, com a abordagem do significado e das características do período Barroco (que vai do século XVI até meados do século XVII), da escola Renascentista, que o antecedeu, e dos períodos Rococó e Neoclássico, que o sucederam. “As Madonas são mulheres fortes, que transmitem a sensação de acolhimento e proteção. Vamos trabalhar os conceitos do Barroco com a feminilidade expressa em Maria, no sentido amplo da figura materna”, acrescenta. “Essa base teórica é importante, para que os designers tenham parâmetros para identificar as características do Barroco e buscar os elementos inspiradores para as peças”, ressalta Rosângela Gouvêa, graduada em Educação Artística, com habilitação em Artes Plásticas, e professora da Universidade do Estado do Pará (Uepa).

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Arte Sacra Esse contato com obras barrocas foi mantido mais diretamente efetuado quando 18

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Fotos: Rodolfo Oliveira/Ag. Pará

Workshop para criação da coleção Joias de Nazaré 2011, no Polo Joalheiro, coordenado pela professora Rosângela Gouvêa (d), especialista em Educação Profissional e Design de Joias

Durante o Workshop

todos os participantes do workshop visitaram o Museu de Arte Sacra e a Igreja de Santo Alexandre, onde viram esculturas do barroco português e espanhol, e peças com a influência da mão de obra indígena, treinada pelos jesuítas que vieram para a

Amazônia. “A visita permitiu observar o Barroco na pintura, na escultura e nas talhas (altares e púlpitos)”, explica Rosângela Gouvêa. Segundo ela, a fase de criação das peças, a coleção Joias de Nazaré 2011 apresenwww.paramais.com.br

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tou volume, curva, contracurvas e volutas (espirais que representam o infinito e dão sentido de profundidade). “Além disso, usamos muito ouro e gemas nas tonalidades do amarelo, vermelho, azul e verde, como citrinos, topázios amarelos, esmeraldas, quartzos verdes, turmalinas azuis, granadas e ágatas”, informa. A coleção terá um preview no dia 22 de setembro, na abertura do XXVIII Congresso da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet), no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. O evento prevê a participação de 250 jornalistas, brasileiros e estrangeiros, especializados na cobertura turística. A exposição “Joias de Nazaré 2011”, que pode ser visitada durante todo o mês de outubro no São José Liberto, com entrada franca, é resultado da parceria entre o Igama e o governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) e da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect). “A Secult e o São José Liberto realizam esta exposição desde 2003, acompanhando a evolução da capacidade técnica dos profissionais e da qualidade das joias produzidas. Para nossa grata surpresa, a cada anos eles se superam, trazendo sempre para a nossa realidade uma simbologia secular”, reitera Anna Cristina Meireles, diretora do Museu de Gemas do Pará e idealizadora da exposição.

O ourives colombiano Argemiro Muñoz no workshop

Rosa Helena Neves (e), diretora executiva do Igama, no Polo Joalheiro

O Workshop de Geração de Produtos: Coleção Joias de Nazaré 2011, aconteceu no Espaço São José Liberto

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Professor da USP afirma que a aquicultura pode contribuir para reduzir o problema da fome no mundo, mas para isso precisa encontrar novas fontes de nutrientes para os peixes

A nutrição de peixes e a fome mundial >>

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té o ano de 2050, o mundo passará dos atuais 6,7 bilhões para mais de 9 bilhões de habitantes agravando um problema já existente: a fome mundial. Os dados são da Divisão de Estatísticas das Nações Unidas (Unstat) e foram apresentados pelo professor Daniel Eduardo Lavanholi de Lemos do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) durante o World Aquaculture 2011, realizado de 6 a 10 de junho em Natal (RN). O crescimento populacional é agravado pela desigualdade, já que o grupo dos

por Fábio Reynol

mais ricos cresce menos que o grupo dos mais pobres, segundo o pesquisador. No cenário de 2050 delineado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), as nações da Ásia e da África subsaariana abrigarão 60% da população do planeta. Diante desse quadro, Lemos acredita que a aquicultura possui um importante papel a cumprir. “O pescado já é segunda maior fonte de proteína animal atrás apenas dos suínos”, assinalou o professor da USP, ressaltando que a aquicultura já divide igualmente com a pesca o fornecimento de pescado mundial.

A diferença é que a produção pesqueira não cresce desde o ano 2000 enquanto que a aquicultura aumenta a cada ano e ainda tem muito potencial para se expan-

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dir, segundo o especialista. “Assim como ocorreu com a caça, que não responde mais pelo suprimento de alimentos para o homem, era previsível que o mesmo ocorresse com a pesca”, assinalou Lemos em seu trabalho. No entanto, para crescer de maneira sustentável, a criação de pescado deve enfrentar vários desafios. Um dos maiores será o de encontrar fontes alternativas de nutrientes para as rações de piscicultura. Isso ocorre porque ainda se usam recursos marinhos na aquicultura. Boa parte da alimentação dos animais criados em tanques são rações compostas por farinha feita com peixes pescados e a redução dos esto-

Os animais aquáticos também são os que melhor convertem nutrientes em carne

A aquicultura continua a ser o mais rápido crescimento do setor para produção de alimentos

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A aquicultura aumenta a cada ano e ainda tem muito potencial para se expandir

ques naturais tem tornado a matéria-prima mais rara e o produto a cada dia mais caro. “A escassez desse insumo levará a buscas mundiais cada vez maiores por fontes de nutrientes-chave”, aventou. Encontrar soluções sustentáveis para a nutrição na aquicultura é o desafio atual de Lemos que coordena o projeto “Determinação in vitro da digestibilidade da proteína alimentar para peixes em aquicultura” , que tem o apoio FAPESP na modalidade Auxílio a Projeto de Pesquisa – Regular.

Subprodutos da agricultura Boa parte da resposta para a questão da aquicultura sustentável estaria na agricultura. Com produção mundial crescente, muitos subprodutos agrícolas poderão entrar na composição de rações sem prejuízo para a produção de alimentos, acredita o professor. “A tendência é usar fontes cada vez mais grosseiras para as rações e deixar as ma-

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térias-primas mais nobres para o consumo humano”, afirmou. Segundo ele, o arroz quebrado, por exemplo, é componente de rações no Ocidente, mas a China não se dá mais ao luxo de lançá-lo aos animais, pois prefere destiná-lo à população. Com um setor agropecuário superavitário, o Brasil desponta como um potencial fornecedor de insumos para a aquicultura, na opinião de Lemos, além de possuir vastas extensões de espelhos d’água a serem exploradas. E mesmo com os desafios relacionados à nutrição sustentável, a aquicultura ainda apresenta inúmeras vantagens em relação aos outros tipos de criação animal. Lemos lembra que mais de 50% da produção aquícola prescinde de ração como algas, ostras, vieiras e mexilhões ou de peixes que não consomem proteína animal. Os animais aquáticos também são os que melhor convertem nutrientes em carne, pois não gastam energia para produzir calor como os animais homeotérmicos e

sofrem menos a ação da força da gravidade, o que também demanda energia para a manutenção estrutural do corpo. “Teremos que saber administrar cada vez melhor os nutrientes-chave e saber usar os recursos nutritivos para a aquicultura de modo que ela se torne solução para a falta de alimentos, e não parte desse problema”, concluiu. (*) Da Agência FAPESP

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O pescado já é segunda maior fonte de proteína animal atrás apenas dos suínos

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Imazon prevê aumento do desmate na Amazônia até 2012 Desmatamento do bioma deve subir no período de agosto deste ano a julho de 2012

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m estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostra que o desmatamento do bioma deve subir no período de agosto deste ano a julho de 2012. A maior parte das florestas sob risco está no Pará. O boletim estima para o período analisado uma taxa de desmatamento anual de 7.134 km² - um aumento de 10,5% em relação ao observado em 2009/2010, quando foram destruídos 6.451 km² de floresta. A previsão reflete as últimas informações sobre desmatamento, que apontam alta no corte de árvores da Amazônia. De acordo com o estudo, as áreas com maior probabilidade de desmatamento se concentram ao longo das Rodovias Transamazônica (BR-230) e Cuiabá-Santarém (BR-163), além da região da Terra do Meio, no Pará. O mapeamento foi feito por meio de um modelo computacional que levou em conta o padrão do desmata-

mento ocorrido no passado na Amazônia e as condições de acesso às áreas. O pesquisador do Imazon Márcio Sales, estatístico e mestre em geografia pela Universidade da Califórnia em Santa Barbara (EUA), explica alguns fatores incluídos nesse modelo. A distância para estradas e rios navegáveis é importante, pois, quanto mais perto deles, mais fácil é para chegar ao local e escoar a madeira explorada. A topografia das áreas também foi observada - áreas com muita declividade são mais difíceis de aproveitar para outras ativida-

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des, como agricultura. As áreas mais problemáticas são as privadas - correspondem a 65% das que estão sob risco. Os assentamentos aparecem em segundo lugar (24%). Os três municípios que mais preocupam estão no Pará. No primeiro, Pacajá, podem ser desmatados 250 km² - o equivalente a metade do município de Bertioga (SP). Altamira pode perder 170 km² de floresta (área maior que o município de Guarujá) e São Félix do Xingu, 140 km² (área semelhante à de Cubatão).

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Desmatamento influencia padrão das queimadas na Amazônia >>

Fotos: Arthur Gleidersom, Renato Araújo/ABr

A degradação florestal gera áreas mais vulneráveis a ocorrência de queimadas

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nformações do pesquisador brasileiro Luiz Aragão que atua num projeto para avaliar os impactos das queimadas de 2010 na Amazônia, em trabalho financiado pelo Conselho de Pesquisa Ambiental da Inglaterra em colaboração com a Universidade de Lancaster (Grã-Bretanha), a Universidade Federal do Acre, INPE, Instituto Centro de Vida e NASA. O desmatamento no ano passado foi o menor na história. Mas as houve muita queimada. Isso significa que a redução do desmate não é necessariamente acompanhada pela redução dos incêndios. O desmatamento tem grande influência no padrão das queimadas na Amazônia, mas principalmente em anos de secas extremas, mesmo com redução de desmatamento se verifica um aumento de queimadas. Em 2010, publicamos um artigo na revista Science que mostrou que recentemente (aproximadamente nos últimos 10 anos), para grande parte da Amazônia tem ocorrido um aumento de queimadas mesmo em áreas com diminuição de desmatamento. Associamos isso a uma combinação de fatores relacionados à degradação florestal no entorno de áreas desmatadas. Essa degradação florestal

gera áreas mais vulneráveis a ocorrência de queimadas. Em outra publicação na revista Science demonstramos quantitativamente que existe uma alta probabilidade (77% de chance) de que essas queimadas não são provenientes somente de queimadas relacionadas à abertura de novas áreas e manejo de áreas já desmatadas. Parece que esse aumento da degradação está beneficiando o escape do fogo para áreas adjacentes às áreas desmatadas e incrementando o número de queimadas. Em São Félix do Xingu

Redução do desmatamento e a diminuição dos incêndios Em 2010 observamos um decréscimo de 65% nas taxas de desmatamento (em relação a 2005). Contudo, este desmatamento não foi acompanhado com a mesma magnitude pelas queimadas. Em 2010 (40.892 focos detectados) houve uma redução de apenas 25% no numero total de focos de calor detectados pelo sensor MODIS em relação a 2005 (56.948 focos detectados). O mais interessante é que houve um aumento de 109% no número de focos detectados por km2 desmatado em 2010 em relação a 2005. Apesar de um decréscimo do número absoluto de focos, os dados indicam que cada vez mais o impacto das queimadas para cada km2 de floresta desmatada é maior.

Cenário das mudanças climáticas O mais perigoso é que os modelos climáticos indicam que a Amazônia pode ficar mais seca no futuro e, portanto, podemos esperar que o impacto de queimadas se in24

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tensifique e provavelmente se torne relativamente mais importante que o impacto direto de desmatamento nas emissões de CO2 da Amazônia num futuro próximo. Em 2010 também observamos um incremento muito grande de queimadas no bioma cerrado - foram 37.978 focos detectados em 2010 contra 20.643 detectados em 2005. Portanto, as queimadas no cerrado tiveram uma contribuição extremamente relevante para o número recorde de queimadas na Amazônia Legal em 2010.

Monitoramento de Focos

Os prejuízos são grandes. Primeiro, existe uma perda elevada dos estoques de carbono da biomassa florestal. Esta perda de estoque de carbono pode chegar a aproximadamente 0,22 Pg C (1 Pg = 1 bilhão de toneladas) para a Amazônia como um todo. Este valor esta na mesma ordem de magnitude das emissões atuais por desmatamento. Além do carbono, outros impactos podem ser observados, como a perda direta de biodiversidade e prejuízo socioeconômicos. Em relação à biodiversidade, a queimada causa alta mortalidade de espécies arbóreas características de florestas maduras, que levam centenas de anos para se estabelecer. Essas espécies são substituídas por espécies pioneiras, colonizadoras, que dominam a área e diminuem a diversidade. Em relação à economia, dois pontos são relevantes: essas queimadas podem afetar áreas agrícolas de colonos na Amazônia, quando o fogo escapa de uma área para outra. Essas pessoas podem perder seus cultivos de subsistência. Além disso, muitas pessoas vivem de recursos não madeireiros extraídos das florestas, e o fogo pode danificar e matar espécies de interesse para essas pessoas, como a seringa, que é muito utilizada para extração de borracha no Acre.

Parece que esse aumento da degradação está beneficiando o escape do fogo para áreas adjacentes às áreas desmatadas e incrementando o número de queimadas Focos de Queimadas por Estados

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Qual é, em geral, o prejuízo das queimadas para a floresta? Quanto tempo ela pode levar para se recuperar?

Além do carbono, outros impactos podem ser observados, como a perda direta de biodiversidade e prejuízo socioeconômicos

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Nuvem da Engenharia promete nova era para setor industrial Nuvem industrial A empresa japonesa Fujitsu lançou o conceito de Nuvem da Engenharia, um conceito de serviços online para o setor industrial, inspirado no conceito já difundido de Computação em Nuvem. Além do conceito, a empresa está colocando no ar uma série de serviços que permitem a engenharia em nuvem, por meio de um conjunto de softwares e serviços relacionados às engenharias.

A nuvem inclui um sistema CAD, um software analítico voltado para as engenharias, bases de dados de peças e um conjunto de novos serviços voltados para o desenvolvimento e aprimoramento de processos industriais.

Nuvem de Engenharia “A Nuvem de Engenharia usa uma das mais avançadas tecnologias de compressão de imagens em alta velocidade, conhecida como RVEC. A RVEC torna possível

consolidar de forma eficiente aplicações e formatos de dados de grande volume, bem como dados de projeto, sobre uma plataforma em nuvem,” afirma a empresa. Com o sistema de engenharia em nuvem, as empresas se livrarão da necessidade de aquisição das caras estações de trabalho

Aplicações em nuvem como a Salesforce.com, podem ser facilmente usado para integrar-se com aplicativos ou bancos de dados

A situação

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voltadas para o desenvolvimento de projetos. A tecnologia RVEC (Remote Virtual Environment Computing - ambiente de computação virtual remoto) foi desenvolvida nos laboratórios da empresa, e reduz drasticamente o tempo necessário para transmitir vídeos e imagens estáticas de alta resolução quando se usa um desktop virtual - o tempo é de cerca de um décimo em comparação com as tecnologias existentes. Isso melhora a capacidade de resposta dos terminais clientes, tornando possível acessar o desktop virtual mesmo de um aparelho smartphone ou outro equipamento móvel, viabilizando o processamento gráfico de aplicativos com o CAD para uma ampla gama de dispositivos.

A computação em nuvem nome foi inspirado no símbolo de nuvem que muitas vezes é usada para representar a Internet em fluxogramas e diagramas. Um serviço de computação em nuvem tem três características distintas que o diferenciam de hospedagem tradicional. É vendido sob demanda, normalmente a cada minuto ou a hora, ele é elástico – um usuário pode ter tanto ou tão pouco de um serviço como eles querem em um determinado momento, e o serviço é totalmente gerenciado pelo fornecedor (que significa que a pessoa que usa-lo só precisa de um PC e acesso à Internet. Inovações significativas em virtualização e computação distribuída, bem como melhoria do acesso à Internet de alta velocidade e uma economia fraca, têm acelerado o interesse em computação em nuvem.

Clientes magros As estações de trabalho de projeto são equipamentos caros e normalmente exigem uma equipe de TI trabalhando em conjunto com a equipe de engenharia. Com o sistema de desktop remoto, a em-

Nuvem de Engenharia: um potencial de aplicações poderosas no mundo dos negócios

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presa afirma que os clientes se livrarão da necessidade de aquisição dessas estações, podendo usar os chamados thin-clients, e do setor de suporte, uma vez que os aplicativos estarão rodando na nuvem, disponíveis 24 horas por dias, 7 dias por semana. Outra vantagem é a possibilidade de equipes de vários laboratórios da mesma empresa, ou de empresas parceiras, compartilharem o ambiente de desenvolvimento, independentemente de onde cada grupo se localiza geograficamente. A Nuvem da Engenharia ainda está em fase de demonstração e testes, devendo estar disponível aos interessados a partir de Outubro.

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TI na nuvem reduz emissão de Co2 mpresas americanas que usam computação em nuvem devem economizar dinheiro em energia elétrica. A estimativa é que sejam aproximadamente US$12.3 bilhões de dólares mensais até 2020. O dado faz parte do Carbon Disclosure Project, CDP (Projeto de Divulgação de Carbono), “Computação em Nuvem: A Solução de TI para o Século XXI”, divulgado no final do mês passado pela operadora de celular americana AT&T e pela firma de pesquisa analítica independente Verdantix. Essas empresas estão, também, colaborando com o meio ambiente. Mantendo suas TIs na nuvem, elas podem ajudar a reduzir o equivalente a 200 milhões de barris de óleo – o suficiente para abastecer 5.7 milhões de carros por um ano – em emissão de carbono no meio ambiente. Ainda de acordo com o estudo, as empresas pesquisadas estão satisfeitas com o uso da computação em nuvem e planejam aumentar de 10% para 69% a quantidade de informações armazenadas em nuvem até 2020. Além da redução de carbono, TI na nuvem diminui os custos de investimento em infraestrutura e é mais ágil, já que uma TI

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pode ser criada on-line em minutos. O uso da nuvem também permite maior flexibilidade por deixar que as empresas paguem por excesso de capacidade apenas quando precisarem disso. Para o vice-presidente da AT&T, John Potter, o resultado do estudo é um poderoso exemplo para que empresários continuem a explorar e adotar a segurança e flexibilidade das soluções de computação em nuvem. Steve Jobs apresentou suas novidades para 2011, entre elas o serviço de armazenamento baseado nas nuvens, iCloud

Apple libera iCloud beta aos desenvolvedores A Apple liberou a nova página em beta do iCloud: https:// www.icloud.com/ serviço para armazenamento de conteúdos nas nuvens, aos desenvolvedores. Utilizando o login já registrado pelos desenvolvedores é possível acessar os serviços que serão oferecidos gratuitamente pelo iCloud como e-mail, calendário, agenda de contatos e a ferramenta “Find My iPhone” (que localiza dispositivos perdidos). Quem não possui uma conta de desenvolvedor, mas tem registro no MobileMe, poderá checar como migrar seus dados para o iCloud ao clicar na opção “Terms of Service”, localizado no canto inferior esquerdo da página. De acordo com o site 9to5Mac : http://9to5mac. com/2011/08/01/icloud-com-opens-up-for-developersfeatures-ipad-like-mail-contacts-calendar-apps/ , que obteve acesso à página completa, a interface do iCloud tem formato similar ao do iPad. E além dos serviços citados anteriormente (e-mail, calendário, etc.), o site também terá suporte aos conteúdos do iWork, permitindo armazenar arquivos gerados no Keynote, Pages e Numbers.

Preços dos pacotes extras O serviço iCloud será gratuito para armazenagem de até 5GB, após ultrapassar esse limite a Apple irá cobrar pelo uso de conteúdos extras. O aluguel de 10GB (que totalizará 15GB) custará US$ 20 ao ano. Para 20GB de espaço (25GB no total) o preço anual será de US$ 40. E para 50GB de espaço extra (totalizando 55GB) o valor ao ano será de US$ 100. O acesso completo ao iCloud deverá ser liberado juntamente com o lançamento oficial do iOS 5, que deverá ocorrer em meados de setembro. 28

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Ônibus escolar garante acesso a estudantes de Mosqueiro >>

por José Luis Miranda Fotos: Comus/Divulgação

ransporte escolar não é mais problema para os estudantes do assentamento Paulo Fonteles e das comunidades ao longo da rodovia que dá acesso à Baia do Sol. Com a aquisição de dois ônibus escolares, de 31 lugares cada, o investimento da Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), pretende diminuir o alto índice de evasão escolar nas comunidades e proporcionar segurança aos estudantes. O ônibus escolar percorre áreas de difícil acesso, atravessando pontes, terrenos alagados e leva os alunos às escolas municipais Ângelo Nascimento, Maroja Neto e Abel Martins. Ao término dos horários de aula, o veículo traz de volta para casa, 80 crianças e adolescentes, divididos em três turnos. Desde que o ônibus passou a circular diariamente, Ariele Cristina da Costa, de 22 anos, moradora do assentamento Paulo Fontelles, pôde, enfim, ter sossego para cuidar dos afazeres de casa, enquanto o marido viaja. Antes disso, ela só tinha uma solução para levar para levar dois de seus quatro filhos à escola. Os pequenos Miguel Victor, de seis anos, e Marcos Vinicius, de oito, sofriam para estudar. “Dava muita pena ver meus filhos apinhados numa mesma bicicleta, com mais duas crianças”, desabafa Ariele, que hoje

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O ônibus escolar A comunidade ficou feliz

Estudantes do assentamento Paulo Fonteles e das comunidades ao longo da rodovia que dá acesso à Baia do Sol, usando o ônibus escolar

Apresentação do ônibus para comunidade

Ariele Cristina da Costa, mãe de Miguel Victor, de seis anos, e Marcos Vinicius, de oito, que sofriam para estudar www.paramais.com.br

Ônibus escolar garante acesso a estudantes de Mosqueiro.indd 29

respira aliviada. “Agora, tá tudo muito legal. É gostoso andar nesse ônibus”, conta o empolgado Miguel Victor. O investimento é resultado da parceria entre a Prefeitura de Belém e a comunidade local, que em janeiro deste ano encaminhou à Semec, através do líder da Pastoral

da Criança em Mosqueiro, Emanoel Ferreira, um documento com 60 assinaturas de mães pedindo o serviço de transporte escolar para as crianças da ilha. Os técnicos da Semec levantaram a viabilidade de implantação e, em junho, a secretária municipal de Educação, Therezinha Gueiros, liberou o ônibus para localidade. Pará+ 29

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As redes sociais online crescem no mundo Serviços com público específico devem ganhar importância no futuro, segundo especialistas

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ites de rede social que exploram nichos têm conseguido crescer, paralelamente ao Facebook, reunindo usuários com interesses comuns e investindo em funcionalidades específicas. Plataformas sociais mais abrangentes, como Orkut, o Facebook e o Windows Live Profile, ligado ao serviço de mensagens MSN, são os líderes entre os usuários brasileiros, mas sites menos conhecidos tem ganhado espaço. Para analistas de mercado, a atuação de empresas em diversos sites de rede social com públicos e funcionalidades específicas se tornará mais importante, na medida em que eles conquistam mais usuários. “A relevância das redes para os negócios depende mais da identificação das pessoas com elas e do nicho que elas atingem. Em alguns casos, Tumblr ou Twitter podem ter importância muito maior do que o Facebook”, diz Luis Fernando Santos, gerente de mídias sociais da consultoria de marketing digital Predicta. Conheça alguns exemplos do fenômeno:

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Tumblr Inaugurado em 2007, o Tumblr é uma espécie de Twitter de imagens, onde os usuários criam blogs para compartilhar referências visuais e conversar entre si. É possível acompanhar as postagens dos blogs selecionados em uma linha do tempo, como no Twitter. O site já é o 25º mais acessado nos Estados Unidos e o 45º do mundo, de acordo com a Alexa. Tem cerca de 20 milhões de usuários. Trata-se do oitavo site de rede social mais acessado do Brasil, de acordo com a Comscore. Flickr A rede permite que cada usuário compartilhe fotografias, comente as fotos de outros usuários e participe de grupos de discussão. Desde 2004, o site acumulou cerca de 5 bilhões de fotos feitas por quase 60 milhões de usuários, segundo seus próprios dados. É o 31º site mais acessado no mundo. Last.fm Segundo seus criadores, o Last.fm é a maior rede social online de música do mundo, com mais de 30 milhões de usuários. O site possui um sistema de recomendação de músicas, que faz um perfil do gosto musical de cada pessoa com base nas músicas que ela ouve em seu computador, dispositivo portátil ou em rádios online. O perfil é disponibilizado na rede social e pode ser compartilhado em sites como Twitter e Facebook e comentado por outros usuários. Foi criado em 2002. Instagram A rede social de compartilhamento de imagens nasceu a partir de um aplicativo para iPod e iPhone, que permite aplicar efeitos retrô nas fotografias feitas com estes dispositivos. A partir daí, os www.paramais.com.br

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Eli bri pe

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usuários podem compartilhar suas imagens em um portfólio virtual e em outros sites similares. Desde seu lançamento, em 2010, o serviço acumulou cerca de 5 milhões de usuários. Goodreads É uma das principais redes sociais para leitores, com cerca de 4 milhões de usuários registrados. Nele, as pessoas podem criar suas próprias estantes Para Eric Schmidt, um dos recursos mais populares do virtuais, com livros que já leram, que estão lenPlus, especialmente entre usuários jovens, é o de videodo e que pretendem ler, além de fazer resenhas conferências dos livros e recomendá-los para amigos. Foi criado em 2006. O Google está deixando a porta aberta para maiores cooperações com gigantes das mídias sociais como Facebook e Twitter e acredita haver espaço Foursquare para várias redes sociais em um momento no qual lança a sua própria – A rede social Google Plus , disse o presidente do conselho da companhia, Eric Schmidt. online se baseia Mas um indicador chave do sucesso é o número de pessoas pedindo para em um aplicativo fazer parte do grupo limitado que tem acesso atualmente ao Plus, lançado para celulares recentemente. e dispositivos Um dos recursos mais populares do Plus, especialmente entre usuários jomóveis. Cada usuário faz um “check-in” no vens, é o de videoconferências, disse. lugar onde está e pode fazer comentários e inReferindo-se a dois serviços que podem ser vistos como rivais do Google teragir com outras pessoas que estejam perto. Plus, Schmidt disse que “adoraria ter uma integração maior com o Twitter O Foursquare pode ser integrado a sites como e o Facebook”. o Facebook e o Twitter e cresceu rapidamente Schmidt vê um futuro no qual existirão diversas formas de representação desde sua criação, em 2009. Em junho de 2011, de identidade na Internet e uma série de redes sociais, apesar de críticos atingiu a marca de 10 milhões de usuários. afirmarem que o serviço do Facebook, com milhões de usuários ao redor do Flixster mundo, está muito consolidado para permitir uma competição séria. Rede social sobre cinema, em que cada usuário pode selecionar seus filmes, atores e diretores favoritos, fazer avaliações de filmes e comparar suas preferências com as de seus contatos. Desde 2007, quando foi lançado, acumulou mais de 50 milhões de usuários registrados. Também pode ser conectado ao Facebook. Twitter O microblog, que permite compartilhar mensagens e links em até 140 caracteres, já ultrapassou a marca de 200 milhões de usuários em todo o mundo e ocupa o segundo lugar entre as redes mais populares em países como Austrália, França, Alemanha, Grã-Bretanha e Estados Unidos. Foi criado em 2006. A ComScore estima que o site

A nova rede Google Plus

Pai! Pode ser que daqui a algum tempo, Haja tempo pra gente ser mais, muito mais que dois grandes amigos Pai e filho talvez... Pai! Pode ser que daí você sinta qualquer coisa entre esses vinte ou trinta longos anos em busca de paz...

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Tempo utilizado na internet

é o quarto site de rede social mais acessado do Brasil. DeviantART Criado em 2000, o site é considerado a maior rede social online para artistas, com 12 milhões de usuários. Nele, é possível exibir de diversos tipos de trabalhos artísticos, desde ilustrações a animações de computador. Os participantes podem comentar os trabalhos alheios e selecioná-los como “favoritos”, além de criarem grupos de discussão e diários. O site é o 98º mais visitado nos Estados Unidos. LinkedIn Um site social específico para profissionais em busca de contatos e oportunidades. Permite disponibilizar o currículo na internet, recomendar colegas e se comunica com outros serviços como o Twitter. Criado em maio de 2003, o Linkedin já ultrapassa a marca de 100 milhões de usuários, segundo o blog da empresa. É o 11º site mais acessado nos Estados Unidos, segundo a empresa de monitoramento de tráfego Alexa. Segundo a ComScore, o LinkedIn é o sexto mais acessado do Brasil entre as redes sociais.

A relevância das redes para os negócios depende mais da identificação das pessoas com elas e do nicho que elas atingem

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Governo recebe da Natura projeto de desenvolvimento sustentável >>

Fotos: Eunice Pinto/ Ag. Pará

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esenvolvimento sustentável foi o tema central da reunião entre o governador Simão Jatene e diretores da empresa de cosméticos Natura, na tarde desta quintafeira (7). O grupo apresentou ao governo do Pará o “Programa Amazônia”, que visa a criação de negócios sustentáveis para a região, a partir de investimentos em ciência, tecnologia e inovação. “Fiquei contente em saber desse projeto, sobretudo por ter como objetivo o desenvolvimento sustentável. Alcançá-lo de fato não é uma tarefa fácil, mas é justamente através do incentivo ao conhecimento o caminho que estamos traçando no Pará para vencermos esse desafio, que é o desenvolvimento sustentável com base”, avaliou Simão Jatene. De acordo com a gerente de Sustentabilidade da Natura, Luciana Villa Nova, o programa deve ser implantado na região amazônica nos próximos 10 anos. “Nesse período, é um comprometimento da Natura que assumimos, de que nós vamos trazer desenvolvimento regional, utilizando o grande potencial humano e ambiental da

A gerente de sustentabilidade da Natura, Luciana Villa Nova, apresentou ao governo do Pará o “Programa Amazônia”, que visa a criação de negócios sustentáveis para a região, a partir de investimentos em ciência, tecnologia e inovação www.paramais.com.br

Governo recebe da Natura projeto de desenvolvimento sustentável.indd 33

Luciana Villa Nova, gerente de sustentabilidade da Natura, o governador Simão Jatene, a diretora jurídica da Natura, Lucilene Prado e o gerente de relações governamentais da Natura, Carlos Henrique Fernandes e Silva

região e transformando essa região em um grande polo de inovação e biodiversidade”, garantiu. Segundo a diretora, o papel da Natura será investir em ciência e inovação, nas cadeias produtivas de biodiversidade, e criar um ambiente favorável a negócios sustentáveis. A região, acrescentou ela, tem potencial para se afirmar como um grande polo mundial de negócio sustentável. “A gente quer construir esse programa junto com o governo, para atrairmos parceiros a essa empreitada. Queremos também nos unir à sociedade, junto com ONGs, empresas brasileiras e investidores internacionais. Especialmente no Pará nós temos uma frente muito importante, que é a expansão da nossa fábrica em Benevides (município da Região Metropolitana de Belém) a partir do ano que vem, ampliando os produtos produ-

zidos aqui”, adiantou. Também participaram do encontro, no gabinete do Comando Geral da Polícia Militar, a diretora Lucilene Silva Prado, o gerente jurídico da Natura, Rodrigo Marques França, e o gerente de Relações Governamentais, Carlos Henrique Fernandes. O grupo, que já esteve em Manaus (AM), deve se reunir, nos próximos meses, com representantes dos demais Estados da Amazônia.

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Qualidade e redução de Custos de Produção na pequena empresa >>

O

conceito de avaliação da conformidade há muito tempo é buscado pelas empresas para poder padronizar sua linha de produção e com isso atender o mercado consumidor de uma forma mais eficiente e com qualidade. Contudo a avaliação da conformidade ainda é uma pedra no sapato de muitas instituições. Ainda mais as que não possuem um sistema que possa fazer a demonstração de que os requisitos especificados relativos a um produto, processo, sistema, pessoa ou organismo são atendidos pelas normas de qualidade do Instituto Nacional de Metrologia de INMETRO. As empresas que recebem um maior acompanhamento são aquelas atuam no segmento da agroindústria, pois seus produtos vão diretamente para a mesa dos cidadãos. Em uma pesquisa realizada pelo Prof. Antônio Cordeiro da UFPA foi apurada que Carvão vegetal

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por Hinton Bentes

no Estado do Pará, que 28,7% do carvão vegetal, 52,8% da madeira em tora, 63% do açaí fruto, 80% da castanha-do-pará e 82,5% do palmito de açaí destinam-se aos intermediários da comercialização. Sendo assim como podemos garantir a qualidade destes produtos? As normas existem para facilitar as ações de comercialização das empresas serias e comprovar a sua idoneidade e para isso existem os organismos que realizam os serviços de avaliação de conformidade. Estas acreditações e atestações realizadas por terceiros são relativas a um organismo de avaliação de conformidade, exprimindo a demonstração formal de sua competência para realizar tarefas específicas de avaliação de conformidade. Ainda no século XX a preocupação ambiental e os interesses na inclusão social desenvolvido e própria relação das empresas com os órgãos de certificação criaram razões mais do que suficientes para que sejam desenvolvidas metodologias de qualificação destes processos e de mão de obra. Isso ocorre porque o consumidor não leva

Madeira em tora

mais apenas em consideração os selos orgânicos para circular com certificação de produtos de “mercado justo” pois junto deve vir a marca dos órgãos certificadores para comprovar a qualidade do produto ou mesmo do processo produtivo como um todo. A autoridade de um organismo de acreditação é geralmente oriunda do governo no caso que tratamos neste artigo que é a certificação de produtos e serviços é uma competência do INMETRO e no Estado do Pará essa competência é destinada ao Instituto de Metrologia do Pará – IMEP que é o organismo que fiscaliza as empresas dentro do estado buscando as certificações e comprovando e atestando as regulares. “A Avaliação da Conformidade é um processo sistematizado, com regras préestabelecidas, devidamente acompanhado e avaliado, de forma a propiciar adequado grau de confiança de que um produto, processo ou serviço, ou ainda um profissional, atende a requisitos pré-estabelecidos por normas ou regulamentos, com o menor custo possível para a sociedade”. Este conceito preconiza a idéia de tratamento sistêmico, pré-estabelecimento de regras e, como em todo sistema, acompanhamento e avaliação dos seus resultados e a ABNT NBR ISO/IEC 17000:2005 www.paramais.com.br

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normaliza a Avaliação da Conformidade. O mercado nacional e mundial cada vez mais tem seus olhos voltados para as essências da biodiversidade da Amazônia, mas este mercado ainda é pequeno no Brasil quando falamos na questão da produção, mais isso ocorre porque um volume reduzido de matéria-prima pode manter abastecida a indústria nacional. A acreditação é importante para prover confiança nas relações de mercado, pois com ela as empresas certificadas podem ir a conquista de novos mercados porque há o aumento da confiança dos clientes devido a evidência da competência técnica e reconhecimento e aceitação internacional de suas atividades alavancando a questão das exportações e com isso podendo eliminação de auditorias múltiplas e aprimoramento das práticas de certificação e com isso esta empresa pode realizar a divulgação dos serviços com maior eficiência dentro do mercado. Uma questão central deste conceito é a necessidade de cotejar adequado grau de confiança, com o menor custo possível para a sociedade. Ou seja, quanto maior o grau de confiança, maior o custo do processo de avaliação da conformidade, cus-

to este que, inevitavelmente, é repassado para o consumidor. Fica claro que, se aumentarmos o uso das ferramentas típicas da qualidade, como por exemplo, a freqüência das auditorias, a amostragem dos ensaios a serem realizados ou a freqüência com que efetuam-se os ensaios em amostras colhidas na expedição das fábricas ou no mercado, maior será a confiança de que o produto avaliado está em conformidade com a norma ou re-

gulamento técnico aplicável. Entretanto, a aplicação destas ferramentas tem um custo que onerará o preço do produto final que será repassado para o consumidor. Este raciocínio pode ser melhor ilustrado através do gráfico a seguir: Observa-se que, a partir do ponto “A” do gráfico, o aumento dos investimentos na aplicação de ferramentas da qualidade que, inevitavelmente, implicaria em maiores custos, não enseja um signifi-

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Castanha-do-Pará

cativo aumento no grau de confiança na conformidade do produto ou serviço, em relação às exigências da norma ou regulamento aplicável. Portanto, o grande desafio, quando do estabelecimento de um procedimento de avaliação da conformidade de qualquer produto, é o de desenvolver estudos para identificar o ponto “A”. É o ponto até aonde os investimentos na aplicação das ferramentas da qualidade não são elevados e ensejam significativos incrementos no grau de confiança na conformidade do produto em relação aos requisitos especificados. Por maior que seja a capacitação ou experiência dos técnicos envolvidos, identificar este ponto, na primeira tentativa, não

Palmito de açaí

é tarefa fácil. Aí é que fica clara a idéia de acompanhamento no mercado, com ênfase preventiva. Através dela, são coletadas amostras nos pontos de venda que são devidamente ensaiadas em laboratórios acreditados, objetivando identificar se existem não conformidades sistêmicas (repetitivas e, em geral, associadas às mesmas causas). Identificadas as não conformidades sistêmicas, fica clara a necessidade de estudar sua origem e definir ações corretivas a serem aplicadas ao procedimento de avaliação da conformidade. As não conformidades sistêmicas podem ter origem em deficiên36

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cias no regulamento ou padrão normativo, nos padrões metrológicos, no processo de acreditação de organismos e laboratórios, na deficiência de atuação dos organismos ou laboratórios acreditados, na deficiente atuação dos fornecedores, ou até mesmo nas ferramentas da qualidade exigidas (auditorias, ensaios de tipo, amostragem, sistema de gestão da qualidade do produtor etc.), ou seja, no procedimento de avaliação da conformidade estabelecido. Cabe, então, ao gestor do programa de avaliação da conformidade, analisar as não conformidades sistêmicas identificadas, mapear sua origem e definir as ações de melhoria aplicáveis. As ações de acompanhamento no mercado, através de ensaios em produtos com conformidade avaliada, feitas de forma sistematizada, permitirão a melhoria contínua dos procedimentos de avaliação da conformidade, alcançando com maior facilidade o ponto de equilíbrio entre o adequado grau de confiança na conformidade dos produtos e o adequado custo para a sociedade. À luz do exposto, pode-se concluir que a Avaliação da Conformidade, com tratamento sistêmico, visa assegurar ser remota a possibilidade de um produto chegar ao consumidor em desacordo com os requisitos estabelecidos por um documento normativo ou por um regulamento técnico e com um valor que não onere o consumidor. (*) Gerente de Qualidade do Instituto de Metrologia do Pará

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O voluntariado do bem, sempre >>

por Marcio Demari

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o mundo atual, moderno pela tecnologia de informação, muitas atividades ganham uma dinâmica melhor se os produtos e serviços tiverem, além da original seriedade, uma abrangência infinita de parceiros. Pela internet é possível se nutrir de redes de voluntariado, cuja finalidade é propiciar uma variedade de atividades com enfoque absoluto ao bem-estar da humanidade. Na medida em que uma ferramenta de primeiros socorros ou rápidas informações é disponibilizada economiza-se energia e se ganha tempo na resolução dos problemas. De fácil manipulação e utilização, o Planeta Voluntários nasceu com a premissa de fortalecer parcerias, agregar conhecimento e disseminá-lo, seja no eixo social, cultural, científico ou beneficente. Cada atividade é desenvolvida com a determinação de se buscar caminhos retos e rápidos, com o propósito de atuar na ime-

Voluntariado do bem, sempre

diata resolução, pois muitas vezes, uma resposta, uma alternativa ou mesmo ou uma sugestão, por simples que seja, pode estar a quilômetros de distância. Com os parceiros e colaboradores se forma um expressivo banco de dados e em poucos minutos se pode atuar na prática através da permuta comunitária. É a forma instantânea de agir e reagir. Na última década grandes avanços se consolidaram pelas atuações da mídia eletrônica. Muitos casos considerados difíceis foram resolvidos. Encontraram-se pesso-

as há muito tempo procuradas; dividiramse ajudas coletivas em prol de vítimas de catástrofes e consegui-se repassar à boa e importante informação. É bem verdade que há muitos instrumentos servindo várias populações hoje em dia. No caso do Planeta Voluntários, além de se caracterizar como uma organização que prima pela absoluta benevolência, há na espinha dorsal dos objetivos um imensurável potencial profissional, utilizando a rede para ser e não para ter. Paradoxalmente muitas pessoas acreditam que a internet e suas derivações servem para afastar as pessoas. O Plante Voluntários não. Nossa missão é aproximá-las para com efeito somatório dividirmos o que de bem se precisa para que as pessoas tenham dias melhores, anos melhores, uma vida melhor. (*) Empresário em Londrina, Pr. Além de fundador e Presidente do Portal Planeta Voluntários

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Com efeito somatório dividirmos o que de bem se precisa para que as pessoas tenham dias melhores, anos melhores, uma vida melhor

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Jogue Empreendedorismo, vinte e quatro horas por dia de adrenalina pura >>

por Ivan Postigo *

ovem gosta de emoção, desafio, barreira que mereça ser superada. Por que no singular? Pela pluralidade de comportamento e pela singularidade com que faz as coisas. Uma a cada tempo, até que se canse e parta para outra. Não sem antes obter uma “estrondosa vitória!” Todos? Não, há aqueles que desistem, claro! Pode usar a gíria que quiser para o fato, de amarelar à... Bom, sei lá, você escolhe. Saltam de paraquedas, asa-delta, mergulham entre os tubarões, pilotam em alta velocidade, arriscando a vida nas estradas, fogem com o carro dos pais, fogem de casa, faça sua lista, certamente não será pequena. Qual é a duração dessas empreitadas? De alguns segundos a alguns meses. Só adrenalina! Tenho aqui uma idéia: Que tal vinte e quatro horas por dia, a vida toda, de adrenalina pura? Risco? Total! Recompensa? Inimaginável! Penalidades? Pode ir da volta à estaca zero, quem sabe uma pontuação negativa,

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à cadeia, se você fizer algo fora da lei. Perigoso? Depende de seu ponto de vista, eu particularmente acho. Tira o sono? Quando dá certo não, mas quando dá errado você dorme como um bebe: acorda aos gritos? Há um aspecto interessante: você será dono do seu nariz, poderá fazer o quiser, a hora que quiser, como quiser. O detalhe é o seguinte: começou não tem como amarelar, terá que aguentar as consequências. E elas não são virtuais. O sucesso poderá realizar todos os seus sonhos. Casas, carros, champagne em Paris, viagens, as melhores e sonhadas companhias, e, veja, nada virtual, tudo real. Poderá perder dinheiro? Muito. E ganhar? Claro, mais ainda. Onde encontrar esse jogo? Em qualquer lugar, basta criar uma empresa. O que vender? O que você quiser, desde que lícito. Como começar? Pois é, chegamos ao primeiro ponto de descarga de adrenalina.

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Empreendedorismo, vinte e quatro horas por dia de adrenalina pura

Você terá que usar seus conhecimentos sobre negócios e caso não os tenha terá que usar o instinto de detetive e se mexer. Vai descobrir que o processo é muito mais complexo e exigirá muito mais habilidades e coragem do que se atirar de um barranco arriscando uma sorte calculada. E, atenção: quem tem que amarrar bem as duas pontas da corda é você. Errou, danou-se. Adrenalina! Quer algumas pistas? Claro! Amigos, desconhecidos que têm empresas similares, escolas, escritórios de contabilidade... Você não gostou da indicação dos descon-

hecidos porque podem não atendê-lo ou quem sabe tratá-lo mal? Ora, faz parte do jogo. Adrenalina! Tem que procurar fornecedores? Sim, lógico. Adrenalina! Clientes também? Evidente, quer moleza. Regra do jogo. Adrenalina! Implorar para conseguir empréstimos no banco? Se faltar dinheiro não vai ter jeito. Vai ter que usar sua capacidade de convencimento. Adrenalina! Meu caro, aqui a adrenalina não está na pedra de crack, mas em ser craque, pois você vai ralar certas partes na pedra. Adrenalina! Vida de Flintstone: quebrando pedras todos os dias. Sabe que gosto mais do nome dessa série em espanhol: Los Picapiedra! E ai, vamos em frente ou vai amarelar e dizer que isso não é para você? Meu amigo Ademir diria: “Cuidado, há perigo na esquina!” Meu filho já seria indagador: “Se não aguenta, por que veio?” Relaxa, eu acredito no seu potencial e disposição. Percebeu que a coisa aqui não acontece no singular, mas tudo no plural: Coisas para

Jovem gosta de emoção, desafio, barreira que mereça ser superada

fazer, e muitas? Adrenalina! Empreendedorismo é um belo jogo, cheio de riscos, estratégias, muita emoção, que pode ser jogado a vida toda. Eu to nessa e você? Adrenalina pura! (*) Diretor de Gestão Empresarial

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Felicidade faz-nos sentir mais saudáveis

Felicidade faz-nos sentir mais saudáveis Estudo indica que as boas relações familiares e de amizade contribuem para o bem-estar As pessoas felizes são menos propensas a problemas de saúde

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om o objetivo de encontrar relação entre o estado de saúde e os nível de felicidade e se as pessoas felizes são mais ou menos propensas a problemas de saúde, a instituição espanhola Instituto Coca-Cola da Felicidade e a Universidade Complutense de Madrid realizaram um estudo que confirma a relação entre bem-estar psicológico e saúde. Dirigido pelo professor Carmelo Vázquez, o estudo conclui que perante um problema de saúde, as pessoas mais felizes sentemse mais saudáveis do que as pessoas infelizes. A família e os amigos são outros factores que ajudam ao bem-estar. As conclusões do estudo estão publicadas no quarto relatório “A Felicidade e a www.paramais.com.br

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Percepção da Saúde” (“La felicidad y la percepción de la salud”, no original). O estudo foi feito através de três mil entrevistas a cidadãos espanhóis que entre 18 e 65 anos. Percebeu-se que perante um problema de saúde as pessoas mais felizes sentem-se mais saudáveis do que as infelizes. A sensação de saúde, segundo a investigação, está relacionada com a felicidade e esta com os afetos. “Um aspecto muito relevante é a influência da família e dos amigos no processo, já que os que se sentem acompanhados sentem-se também mais saudáveis do que os que têm menos apoio”. Isto significa que as pessoas doentes podem sentir-se mais saudáveis do que

As boas relações sociais tornam-nos mais otimistas, o otimismo faz-nos mais felizes e a felicidade faz-nos sentir mais saudáveis

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O apoio social fomenta a felicidade

as outras, independentemente da gravidade da doença. “O apoio social fomenta a felicidade”, assegura Gonzalo Hervás, médico e co-autor do estudo. Na verdade, os problemas físicos acabam por ser menos importantes do que os psicológicos quando se avalia a satisfação com a vida. A depressão, os problemas de

concentração, o stress e a ansiedade são os principais problemas que aparecem com a insatisfação. O relatório estabelece uma cadeia de conclusões. As boas relações sociais tornamnos mais otimistas, o otimismo faz-nos mais felizes e a felicidade faz-nos sentir mais saudáveis.

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O artista que se fez sublimes telas Entre as tintas e pincéis das artes plásticas brasileiras, está o cavalete de Theodoro Braga: um paraense que fez da Amazônia seu ateliê

udo começa com um esboço. Tracejado que define uma idéia, que condensa uma figura, que reclama por maior precisão, que exige um colorido, que ganha forma mesmo nos limites do quadrado da tela. Então, o mágico se faz. No que antes era apenas brancura, surgem obras primas. Nada que pudesse ter acontecido não fosse o ir e vir dos pincéis, atados a destreza de mãos sapecadas de tinta, subordinados a indomável capacidade humana de criar. Pintores: mestres que escrevem com imagem a história da arte. Todos os países, todas as cidades têm seus grandes nesta área. Com o Pará não poderia ser diferente. Hoje Belém acolhe diversas galerias, com inúmeras exposições para destacar valorosos artistas plásticos. Realidade que jamais teria sido pintada se antes não tivesse passado pela experimentação e pela criatividade dos primeiros mestres. As artes plásticas mal se esboçavam na Amazônia, quando se iniciou o desenho da trajetória de um dos maiores pintores não só de nosso Estado, mas de todo o Brasil.. Foi numa Belém dos meados de 1872, mas precisamente num dia 08 de junho, que nasceu Theodoro José da Silva Braga. O privilégio de poder se cercar de um núcleo familiar estruturado e distante de dificuldades financeiras lhe favoreceu uma educação mais apurada, abriu-lhe portas para se nutrir de um conhecimento sofisticado. Mas certamente coisa alguma disso teria valia não houvesse dentro do futuro artista o prisma de sempre querer alcançar o além. Desde pequeno, Theodoro mostrava a família um incurável gosto pelo desafio. Se era fácil aprender essa ou aquela matéria, então ele queria aprender o difícil. Ainda criança, suas íris são atraídas pelo fascínio daquela arte que se pendurava pelas paredes. Quadros! De onde vinham? Como nasciam? Aquele mistério lhe cai na alma. Tenta desvendá-lo com as resmas de papel e a caneta tinteiro. Theodoro se entrega ao lúdico passatempo de rabiscar, criar figuras, desenhos descompromissados. Mas em meio a todo aquele descompromisso já se era possível notar um traço firme, seguro. Indícios de uma habilidade que

Theodoro Braga

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precisava apenas ser bem tratada. Como todo objeto de ourives, o jovem era uma jóia bruta – mas valiosa – que suplicava por ser lapidada. Belém, naquele momento, era um centro cheio de limitações. As Escolas de Belas Artes eram raras. E as poucas que existiam funcionavam em condições adversas para dar suporte a um talento nato. Para que Theodoro desenvolvesse todo seu potencial urgia se mudar para outra cidade. A primeira chance de mudança chega com a época dos estudos universitários. Desde sempre aluno sagaz e destacado, Theodoro atinge precocemente o tempo de ingresso numa Faculdade. Mais por influência e sugestão da família que por sua própria escolha, acabava se voltando para a advocacia. Assim, muda-se para Pernambuco, onde se encontrava o mais conceituado centro de estudos jurídico do país: a Faculdade de Direito de Recife. Pela primeira vez, Theodoro parte de Belém. A vida longe da família, num Estado distante, torna-se uma árdua missão. Logo nos primeiros meses na Faculdade, percebe que estava se preparando para uma profissão que dificilmente seguiria. Por outro lado, não podia simplesmente jogar aquele aprenwww.paramais.com.br

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dizado pelos ares. O investimento que sua família fizera para vê-lo formado como causídico fora grande. Era preciso alentar a angústia de não se sentir fazendo a coisa certa. Desta feita, entre uma e outra leitura doutrinária, entregava-se ao hobby que tanto lhe clamava atenção. A habilidade para o desenho desenvolvia-se cada vez. Enchia resmas e mais resmas com ilustrações delicadas e expressivas. O rosto de uma bela jovem, pássaros, algum detalhe de uma rua... Tudo podia ser captado pela ponta de seu crayon.

Possibilidades Recife, àquela época, era uma cidade com muitas possibilidades artísticas. O movimento em torno da pintura não era estruturado nem representativo. Mas tinha-se um considerável número de ateliês onde artistas muniamse de cavaletes e telas para brincar com as cores. Pelas ladeiras da secular Olinda era comum encontrar diversos desses espaços. Theodoro se aproxima do universo das tintas. É apresentado a alguns pintores, fascina-se. A arte plástica é rica em vertentes e o jovem Theodoro vai se relacionando com muitas delas. Na Faculdade, por exemplo, diverte a turma criando desenhos humorísticos dos colegas. Já comuns na Europa, as caricaturas – vistas no Brasil como mera brincadeira – somente um pouco mais tarde começariam a ganhar destaque no país em publicações como revistas de costumes e sátira. O jovem paraense não imaginava, mas já treinava para se tornar um dos mais talentosos caricaturistas de seu tempo. Tempo que, para aquele rapaz inquieto, parecia demorar a passar. A verdade, porém, é que Theodoro tinha a precocidade a seu favor. Com apenas vinte e um anos, consegue a façanha de se graduar Bacharel em Direito. Diploma na mão, era hora de decidir o futuro. Voltar a Belém e passar o resto da vida emaranhado em leis e disputas judiciais ou se aventurar

por um algo mais? Ele opta pelo “algo mais”. Contrariando as expectativas dos parentes, o jovem Braga resolve partir rumo ao centro político, econômico e cultural do Brasil: o Rio de Janeiro Theodoro chega a capital carioca trazendo na bagagem a certeza de que sua verdadeira vocação eram os pincéis. Obstinado, ingressa na conceituada Escola Nacional de Belas Artes. Era o início de uma sólida e edificante formação. No liceu, o paraense aprimora sua técnica, passando do intuitivo para o tracejado seguro. Perspectiva, luz, textura: lições que o aplicado aluno absorve com facilidade. O ambiente também lhe propicia aproximar-se de outros artistas plásticos iniciantes, de mestres consagrados. Com todos, troca experiências, aprende, cresce. Theodoro Braga dá à luz suas primeiras telas. E o talento com que as cria logo o destaca entre os demais alunos da Escola de Belas Artes. Rapidamente ele se torna referência, é apontado como exemplo de dom inato. Suas qualidades extrapolam os muros do centro e correm pelo meio artístico. O século XIX entrava em sua reta final. Como sempre ocorre em períodos de transição, importantes transformações artísticas estavam se operando. O poder da imagem ganha como aliado um movimento literário que valorizava a simbologia das texturas e cores. Embora tenha sido uma concepção efêmera, a corrente que ficou conhecida como simbolismo (que destacou, entre outros escritores, o poeta Augusto dos Anjos) ganhou grandes adeptos no mundo das artes plásticas. Entre eles, Theodoro. A partir de 1898, ele se torna ilustrador da revista simbolista Vera Cruz.

Fundação de Belém

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Prêmio Graças a seu dinamismo e criatividade, em 1899 o pintor recebe da Escola de Belas Artes o maior prêmio que um artista poderia almejar: uma bolsa de estudos na Europa. Nova mudança. Agora o rumo era a nascente de tudo o que havia de melhor em termos de produção cultural, no período. Theodoro Braga passa dois anos em contato direto com o que se estava fazendo em cidades como Londres, Viena e, principalmente, Paris. Na Cidade Luz, estudou com o grande mestre Jean-Paul Laurens. Afastado pelo Atlântico de seu país, de sua terra natal, Theodoro sente crescer dentro de si um senso nacionalista que passaria a influenciar seus trabalhos dali em diante. O fato de ser visto pelos europeus como o representante de uma terra exótica, desperta no artista a consciência sobre as peculiaridades do Pará, da Amazônia. Concluída sua bolsa, Braga retorna ao Brasil. Permanece mais algum tempo residindo no Rio de Janeiro e, no ano de 1905, realiza sua primeira exposição individual. Viaja a Recife para ali também realizar algumas exposições e, por fim, regressa a Belém. Quando Theodoro Braga reencontra o Pará, toda a região Norte vivia o mais significativo momento da sua história. Do solo da Amazônia, germinava uma árvore cujos frutos maiores eram ouro. Das seringueiras, escorria abundantemente o látex: produto valioso para os mercados mundiais no início do século. Era o ciclo da borracha. Fase que superdimensionaria a economia dos Estados amazônicos. Administrada pelo Intendente Antônio José de Lemos, Belém atravessava um processo de urbanização e embelezamento norteado por padrões estéticos europeus. A capital paraense transformava-se numa autêntica Paris n’América. O centro brasileiro da Belle-Époque. Mas, para Lemos, não bastava pavimentar bulevares e incentivar os belenenses a edificar palacetes e chalés de luxo (tudo devidamente fotografado pelo estúdio Fidanza a fim de compor os álbuns que divulgavam o Pará no Velho Continente). Urgia incentivar a arte. Assim, o Intendente estimulava temporadas de óperas no Theatro da Paz, incitava os músicos locais a compor, abria espaço para que os pintores desenvolvessem seus talentos. Já notório por conta de suas viagens e prêmios, Theodoro Braga é convidado por Antônio Lemos a pintar telas que, somadas a de outros artistas locais e nacionais, justificassem a criação da primeira pinacoteca municipal. O pintor aproveita o ensejo para por em prática suas convicções. Braga assumira-se como um ferrenho defensor da nacionalização da arte. Adota como elementos maiores de suas criações aspectos da fauna e da flora amazônica. Isso, claro, sem deixar de fora as tradições indígenas. Inicia, desta feita, uma

Anhanguera

Padre Antonio Vieira

campanha de arte decorativa aplicada, voltada a valorizar artefatos regionais, como a cerâmica marajoara. Norteado por todas essas diretrizes, Theodoro se entrega a criação da tela que é apontada como sua obra prima: “Fundação da cidade de Belém”. O artista mergulha com sua meticulosidade (que os colegas chamavam de beneditina) na composição de um grandioso quadro que retratava a chegada ao Pará das caravelas dos conquistadores portugueses, entre as quais a flotilha em que viajava Castelo Branco. O resultado de todo seu primor pôde conferido pelo público no ano de 1908, numa exposição no Salão de Honra do Theatro da Paz. O tema da fundação da capital reflete outra considerável aptidão de Theodoro Braga: a de historiador. Apaixonado pela interação entre passado, presente e futuro, o artista escreveu algumas obras de cunho histórico. A desenvoltura para mexer com peças de humor – nascida nos tempos da Faculdade de Direito – coopera para tornar Braga um dos mais ativos caricaturistas e chargistas do Pará. A partir de 1910, fez da publicação “Revista Paraense” veículo para popularização de seus desenhos de sátira política.

Porto Seguro Já casado com D. Maria Braga, o pintor estabelece na Vila Bolonha, na Travessa Doutor Morais, seu ateliê. Local cujas portas abre para receber alunos interessados em aprender seus segredos de pintura e desenho. O local era o único endereço certo em que se podia encontrar o sempre efusivo pintor. Dias, tardes e noites eram mero tempo que passava para aquele homem de

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Périplo máximo de Antônio Raposo Tavares, 1928

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Um pouco da obra de Theodoro Braga

Castidade

Algumas telas “Fundação da cidade de Belém” Retrato de Senhora” “Borba Gato” “Anhanguera” “Garoa” “O périplo máximo de Antônio Raposo Tavares” “Padre Antônio Vieira” Livros “Pela nacionalização da arte decorativa” “Arte cerâmica” Fascinação de Iara Óleo sobre madeira - med. 30 x 38 cm. Ass. CIE. Critico de Artes. Livro Artistas do Brasil, 1942

de Orientação Artística do Estado de São Paulo e dos Institutos Histórico Geografico do Pará, Pernambuco, Ceará e Rio Grande Norte. Além de todos esses títulos, incontáveis prêmios em todo o país. Vulto cuja vida e obra mereceram inclusão nas publicações nacionais “Grandes Personagens da Nossa História” e “Dicionário das Artes Plásticas”. Seus trabalhos, hoje, se encontram expostos em locais diversos como o Palácio Antônio Lemos e a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Entretanto, toda a rica vivência de Theodoro Braga pede para ser apreciada qual uma lição de como se esboça, define e se colore um grande artista. Trajetória, portanto, que não pode ser reduzida a um simples quadro pendurado em prédios históricos. Muiraquitã

todo devotado a escolha do melhor ângulo, do matiz mais apropriado, da luminosidade certa para suas pinturas. Quando não estava em seu ateliê, Braga certamente era presença em cerimônias relevantes. Formalidades a exemplo de sua posse como patrono da cadeira de número 39, no Instituto Histórico e Geográfico do Pará. Quando não se achava nestes eventos, Braga certamente estava viajando, organizando mostra em outros Estados, aumentando seus conhecimentos, amadurecendo. Foi justamente numa temporada fora do Pará (na cidade de São Luís do Maranhão) que, no ano de 1953, Theodoro José da Silva Braga fez-se obra encerrada. O pintor falece aos 81 anos, deixando pintada para sempre uma história de consagrações. Livre docente da Escola Nacional de Belas Artes (1921), Professor Catedrático de Arte Decorativa – desenho e composição – da Escola de Belas Artes, em São Paulo (1926), membro do antigo Conselho

Nota: Matéria feita com a colaboração de Terezinha Lima, ex-bibliotecária da Seção Obras do Pará, da Biblioteca Arthur Vianna do Centur. (*) CARLOS CORREIA SANTOS é pesquisador e escritor premiado nacionalmente, autor, dentre outras obras, das peças “Nu Nery”, “Ópera Profano” e do romance “Velas na Tapera”. Para mais informações acesse os blogs: http://nadasantostudoalma.blospot.com http://mesmoquenaoqueiraseutecontos.blogspot.com

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SÉRGIO MARTINS PANDOLFO*

(*) Médico e Escritor. ABRAMES/SOBRAMES

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ompletaram-se, a 20 de julho de 2003, os 250 anos da chegada, a estas plagas, do notável arquiteto bolonhês Antônio José Landi, que, a redizer o historiador Mártires Coelho, “imprimiu forma e feição à arquitetura institucional civil e eclesiástica de Belém setecentista”. Esse gênio renovador da arquitetura de então, ainda marcadamente arraigada ao provecto barroco português, foi o primeiro a introduzir em nosso País o estilo neoclássico; e o fez exatamente em nossa região, o Grão-Pará, antecedendo, em mais de meio século, as edificações nesse novo padrão arquitetural projetadas no Rio de Janeiro, mormente pelo arquiteto parisiense Grandjean de Montigny, integrante de a missão francesa mandada trazer por D. João VI para a construção e adequação dos prédios públicos na então capital do Brasil. A Prefeitura Municipal de Belém e a UFPA, através de seus organismos competentes, acordaram promulgar, naquele exercício, fóruns específicos, prometendo elaborar programação alusiva ao fato, a incluir eventos diversos, tais como: palestras, seminários, exposições, publicações e passeios turísticos guiados, tudo visando a promover a divulgação do nome e das obras do grande mestre “ítalo-parauara”- sim, posto que aqui viveu metade de sua profícua existência e integrara-se com tamanha entrega a esta para ele fascinante região, A igreja da Sé (Catedral de Belém), um dos mais importantes templos católicos do País, a mais magnificente edificação religiosa de Belém. O conjunto das torres e o frontão (1782) não têm paralelos no mundo luso-brasileiro

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que, como já o dissemos algures, amazonidara-se. Pouco se tem visto, no entanto, quase uma década é já passada, do que fora tão efusivamente prometido à altura, a fim de dar realce e revivificação às obras desse notável arquiteto, hoje estudado e celebrado em todo o Mundo. Uma que outra obra de restauro de boa estirpe, tais a Catedral da Sé e a igrejinha de São João; obras adventícias no Palácio dos Governadores; uma projetada restauração na igreja de Santana, que parece nunca ter fim e até está envolta em denúncias nada abonadoras da Arquidiocese envolvendo os executantes do IPHAN; trabalhos de restauro da “casa rosada”, na Cidade Velha, levadas a cabo por empresa não governamental, das quais igualmente não se vislumbra o término e só. A recomposição e restauração das ruínas do Murutucu é coisa inadiável, pra ontem. Uma pena! Mas ainda há tempo! O mestre boloniense aqui chegou como partícipe da Comissão Demarcadora dos limites amazônicos dos reinos de Portugal e Espanha, solteiro e desapercebido de haveres, na qualidade de “desenhador”, integrando trupe de cientistas de alto quilate, mandada recrutar pelo monarca português D. José I, a fim de realizar tais trabalhos demarcatórios. Depois de seis anos envolvido quase exclusivamente com tal mister, cuja sede operacional ficava na cidade de Barcelos (primitivamente Mariuá, Amazonas), Landi vem para Belém, aqui se instala definitivamente, constitui família e dá início a uma série de obras civis e religiosas, que o distinguiriam como um dos mais marcantes ícones da arquitetura pós-renascentista. O GrãoPará vivia, nesse comenos, uma de suas fases de maior realce, sob a batuta do Marquês de Pombal, o ministro plenipotenciário d’El-rei D. José I, que designou para governar a região seu meio-irmão Mendonça Furtado, homem de fé, fibra e façanha. Landi, nascido em Bolonha,

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“Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão.” Carlos Drummond de Andrade

filho de família ilustre, foi professor de sua vanguardeira universidade e membro da assaz afamada Academia Clementina, em sua terra natal, à qual não mais retornaria. São inúmeras, ingentes e instantes as obras que aqui plantou, ainda hoje das mais grandiosas e notáveis de Belém, podendo-se enumerar, dentre as de âmbito eclesiástico, a Catedral da Sé, mais importante monumento sacro belenense (projetou as torres, fachada e altar-mor); a igreja do Carmo (fachada em lioz e capela anexa); igreja das Mercês (frontaria convexa) e o Convento dos Mercedários; capela de São João Batista, considerada jóia arquitetônica no gênero; igreja de Santana, sua obra prima, de seu inteiro feitio e onde consta haverem-no sepultado; igreja do Rosário dos Homens Pretos, na Campina; capela da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, anexa ao hospital homônimo e a de Santo Antônio, onde terá colaborado em alguns detalhes adventícios; capela de N.Srª. da Conceição, no engenho do Murucutu, de sua propriedade, onde residiu por longo tempo e veio a falecer, destruído à época da Cabanagem; capela Pombo (Senhor dos Passos); obras de atenuação do marcado barroco da igreja de São Francisco Xavier, hoje de Sto. Alexandre e de adaptações no Palácio Episcopal, antigo Colégio dos Jesuítas, atual Museu de Arte Sacra, ademais da capelinha originalmente integrante do Palácio dos Governadores, de onde saiu, em 1793, o primeiro Círio de Nazaré. São de sua traça, ainda, os templos primazes de Igarapé-Miri (N. Sra, Sant’Ana), Cametá (São João Batista) e Gurupá (São Benedito), todos monumentos singulares e de extremada beleza. Da monumentalidade civil a que mais proemina é, sem ponta de dúvida, o Palácio dos Governadores (Palácio “Lauro Sodré”), construído a mando da Coroa portuguesa para lhe servir de sede no Grão-Pará, que para estes lados do Atlântico tencionava transmudar-se segundo planos do atilado Pombal, assentes por D.José I. Tal palácio foi, à época do Brasil colonial, o maior edifício civil em território brasílico. Empreitadas outras de grande realce foram: ampliação e adaptação do Real Hospital Militar (atual Casa das 11 Janelas); a “caserna” (quartéis para abrigar as tropas militares), hoje não mais www.paramais.com.br

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O Palácio dos Governadores (1772), mais importante e imponente obra de engenharia civil do mestre

A igreja de N.Sra. do Carmo (fachada em mármore de lioz), com a capela anexa da Ordem Terceira do Monte do Carmo, outra importante edificação landiana

A “casa rosada”, obra civil atribuída a Landi, apresenta, do Mestre, nítidos detalhes e ornamentos. Passa por demorada reforma

Casa das Onze Janelas (antigo Hospital Real), obra magnífica, vista da Baía do Guajará em primeiro plano, apegada ao Forte do Presépio; mais atrás o Ver-o-Peso e ao fundo prédios da cidade

existente, no local atualmente ocupado pelo prédio do QG da 8ª Região Militar, na Praça da Bandeira, e residências para amigos e clientes, das quais ainda subsistem a “casa rosada”, na confluência da rua Siqueira Mendes com a Travessa da Vigia e a do ponto esquinado pelas ruas Conselheiro João Alfredo e Frutuoso Guimarães. Significativas são, também, suas contribuições como naturalista, com desenhos da fauna e flora regionais, que enriquecem os relatórios da “viagem filosófica” de Alexandre Rodrigues Ferreira, além de farta, precisa e preciosa coleção de ilustrações de plantas e animais amazônicos, que compõe, juntamente com manuscritos descritivos (obra que ficou inédita), verdadeira “história natural do Grão-Pará”, integrante da Coleção Pombalina da Biblioteca Municipal do Porto. Para finalizar, coisa que só pouquíssimos o sabem: Landi foi o introdutor da mangueira no GrãoPará, ao plantar, em áreas de seu engenho Murutucu, mudas dessa árvore que mandou vir da Bahia. Mangueiras que, 150 anos mais tarde, foram sabiamente escolhidas por outro excepcional cuidador de Belém, o intendente Antônio Lemos, para arborizá-la e defendêla das inclemências solares equatorianas. Tal somatório de ações e realizações configura, como já o dissemos alhures, verdadeira “landisciência”. Como ficou visto, Landi não só está a merecer, como é de toda propriedade, não somente a divulgação de seu nome, mas, fundamentalmente, a conservação e revitalização (termo tão a gosto das gestões petistas!) de sua preciosa obra, para orgulho dos parauaras e gáudio dos visitantes. E como os bons tempos estão de volta, pois temos novamente à frente da Secretaria de Cultura do Governo a competência, a seriedade, a expertise e capacidade de realização de Paulo Chaves Fernandes, antecipando-nos damos uma sugestão de iniciativa prioritária: restaurar e tornar elemento de visi-

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Ruínas da capela de N. Sra. Da Conceição, no antigo engenho do Murutucu, necessitam de urgentes obras de recomposição e solidificação. Entrada principal da capela

Capela da Conceição do antigo engenho do Murutucu: à E vê-se o interior da capela e, ao fundo, o altar principal. À D, entrada principal. Urgem obras de restauro

Túnel de mangueiras de Belém - árvore que Landi trouxe da Bahia para cá e Lemos utilizou para a arborização de nossa capital – ameniza as inclemências do clima em dias de feira

tação turística as ruínas da capela de N.Sra. da Conceição, no antigo e já desaparecido Engenho do Murutucu, atualmente dentro das matas da Ceasa, antes que nada mais seja possível fazer. O turismo penhoradamente agradece! sergio.serpan@gmail.com serpan@amazon.com.br www.sergiopandolfo.com

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CAMILLO MARTINS VIANNA* e Walter Chile **

(*) SOPREN/ SOBRAMES

Amazônia: integração no vai ou racha

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elacionamos alguns aspectos negativos que tem a ver com a integração da Amazônia brasileira, nos seus mais variados aspectos, a fim de que o leitor fique no pleno conhecimento que informações desencontradas são levadas ao conhecimento do povo brasileiro fazendo-o acreditar que tudo está Correndo na Santa Paz do Senhor. A situação está indo de mal a pior e somente uma fração dos aspectos destruidores é considerada nessa imensidão que é a região amazônica, bem como informações que muitas vezes não correspondem à ver-

dadeira realidade. A fim de consolidar os aspectos negativos, os autores resolveram em cada um deles acrescentar uma espécie de prêmio, invariavelmente relacionado ao problema. Senão vejamos: Especialistas em agressão ambiental utilizando pequenas aeronaves, usam substancias químicas, inclusive o agente laranja, sobra da guerra do Vietnã e vendido para nosso país em larga escala e sem controle, ampliando cada vez mais a devastação, arruinando a fauna, flora e cursos d’água. De acordo com as normas, os que usarem o produto serão aquinhoados com mais Imensas quantidades de toras de madeira nobre já estão completamente armazenadas nos pátios das serrarias

Especialistas em agressão ambiental utilizando pequenas aeronaves, usam substancias químicas, inclusive o agente laranja

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meio quilo de agente laranja cada qual, para usar como bem entender. Os fazendeiros centro-sulistas, que correspondem a uma nova espécie de migrantes, vem se especializando na devastação da mata ciliar dos cursos d’água para formação de pastagens e por isso são merecedores, por parte do governo federal de isenção de qualquer tipo de penalidade. Outra novidade de grande poder predatório, diz respeito à formação de imensas pastagens, principalmente no Estado do Pará, para a engorda do gado, que por portas e travessas, depois de algum período de tempo são embarcados vivos para a Líbia e para Venezuela. Os responsáveis recebem como premiação nenhuma ação judicial por essa ação criminosa. A chamada Terra do Meio é o exemplo mais concreto da devastação da floresta pelos meios mais diversificados visando a engorda de bois e vacas, orelhudos de marca e sinal são aqueles vendidos e comprados à revelia da Lei. Os prêmios distribuídos para cada um ou grupos de devastadores, diz respeito a pequenas imagens do chamado boi pirata, pelo excelente espírito de desrespeito à Lei que vêem praticando. Competição que teve início em Belém capital do Pará, diz respeito à destruição de enormes mangueiras de arborização da cidade. As primeiras já foram eliminadas pela introdução de substância tóxica no tronco das árvores. Os dois primeiros vencedores serão premiados com multas de faz de conta, se ocorrerem. Os incendiários que atuam em plena liberdade e muito entusiasmo são responsáveis pela formação de imensas florestas de capoeira. Os responsáveis por É extremamente fácil identificar enormes montanhas de serragem

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essa atividade altamente predatória, receberão em dia festivo, uma pequena imagem do finado Nero, conhecido na História Universal como único responsável pelo incêndio da cidade de Roma. Outra característica da destruição da floresta é que as autoridades repressoras somente agem quando imensas quantidades de toras de madeira nobre já estão completamente armazenadas nos pátios das serrarias. Por esse tipo de repressão só Deus sabe o que poderá acontecer. É extremamente fácil identificar enormes montanhas de serragem, resultante da transformação da mata amazônica e ainda por cima, os únicos responsáveis ateiam fogo, que pode durar meses ou anos. Os responsáveis serão igualmente premiados com reunião festiva, onde receberão motoserras como prêmio. Enormes carretas circulam dia e noite transportando toras de madeira nobre para fora da Amazônia em escala crescente. Cada motorista responsável ou dono de carreta receberá pequena imagem de São Cristóvão, desrespeitando, portanto o padroeiro dos motoristas. Começado singelamente junto aos trapiches ou pequenos portos de embarque, nas áreas ribeirinhas, os chamados ratos d’água hoje são denominados piratas, tal qual seus ancestrais, estando, entretanto, enormemente mais equipados. Cada qual receberá como premiação um barco de miriti originário do baixo Tocantins. A aviação vem merecendo destaque na fronteira da Amazônia, representada por pilotos desgarrados que trabalham no contrabando de armas e munição

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A pesca predatória quer seja na costa, quer nas águas internas, incluindo a de peixes ornamentais, mostra desrespeito absoluto à preservação

e no transporte de drogas, em substituição de seus companheiros que desenvolviam a região. A pesca predatória quer seja na costa, quer nas águas internas, incluindo a de peixes ornamentais, mostra desrespeito absoluto à preservação e aproveitamento de nossa fauna aquática. Os responsáveis são merecedores de prêmios dos mais diversificados, entre

eles, uma espinha de tambaqui. Os veranistas que assessoram as prefeituras na sujeira ímpar nos dias de veraneios nas praias amazônidas, deveriam receber como prêmio, casca de coco pendurada no pescoço. (**) SOPREN / UFPA

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Campanha para escolher as 7 Maravilhas da Natureza entra na reta final Vote na Amazônia como uma das novas 7 maravilhas da natureza odo mundo sabe que a Amazônia tem ecossistemas riquíssimos, biodiversidade inigualável e importância fundamental para a vida do planeta. Se eleita, a Amazônia entrará ainda mais no centro das atenções: novos investimentos sustentáveis, recursos privados e públicos para pesquisas, novas fontes de turismo ecológico e incentivos internacionais para diminuir o desmatamento e aumentar a fiscalização. Eleger a Amazônia é um ato de carinho e de amor à natureza! O concurso se encerra em 11 de novembro de 2011 e a Amazônia disputa posição com outras 27 candidaturas do mundo todo. A novidade da nova fase da campanha é o uso do telefone celular. Os brasileiros poderão votar mandando uma mensagem pelo sistema SMS para o número 22046, com a palavra “Amazônia”. O custo é de R$ 0,31, mais impostos. Podem participar clientes de todas as operadoras de telefonia celular e não há limite para o número de votos por pessoa. A nova fase da campanha é decisiva. Faltam menos de 90 dias para a escolha”. Vote na Amazônia em: http://wonderamazon.com/votar. php

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Revoada de Guarás em Soure, no Marajó

A Amazônia está na disputa entre as 7 maravilhas da natureza. Precisamos do seu voto! Alter do Chão, a mais bela praia do mundo

Campanha Nas fases anteriores da campanha, a votação era feita exclusivamente no site da entidade suíça organizadora do concurso, em inglês (www.n7w.com). Com a entrada do celular no jogo, a expectativa é que a votação ganhe impulso. A estimativa total da organização do concurso é de 1 bilhão de votos em todo o mundo. “O Brasil tem 190 milhões de linhas de celular e mais de 140 milhões de usuários”, sobre o potencial de votos dos brasileiros. “Queremos 100 milhões de votos e vamos trabalhar para conseguir até o dia 11 de novembro colocar a Amazônia entre as sete maravilhas da natureza”.

Cinco continentes O concurso para a escolha das Novas Sete Maravilhas da Natureza está programado para se encerrar em 11 de novembro de 2011. Participam, ao todo, 28 sítios finalistas espalhados pelos cinco continentes. Além da Amazônia, o Brasil é representado também pelas Cataratas. Vote na Amazônia como uma das novas 7 maravilhas da natureza Ao votar por Telefone, o Código da Amazônia é 7701 Mais informações em www.n7w.com

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