Revista
Pará+ OUTUBRO 2011
BELÉM-PARÁ
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ISSN 16776968
EDIÇÃO 116
Editora Círios
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PUBLICAÇÃO
EDIÇÃO 116 - OUTUBRO/ 2011
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Imagens de Círios
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Missa do Mandato
Exposição Círio de Nazaré na Câmara dos Deputados
Círio de Nazaré
ÍNDICE DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Anete Costa Ferreira, Argos Bonfá, Camillo Martins Vianna, Carlos Correia Santos, Cláudio T. Cortês, Elias Gorayeb, Flávia Ribeiro, Mariana Sousa Ferro, Sergio Pandolfo; FOTOGRAFIAS: Alexandre Moraes, Antonio Cruz/Abr; Ascom Comus PMB; Ascom Hangar; Cláudio Santos, Cristino Martins, Rodolfo Oliveira, Tamara Saré/Ag. Pará; Antenor Filho/ Ascom Susipe; Beto Oliveira; Geraldo Ramos; Rodrigo Sávio; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios
* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
PA-538
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Joias de Nazaré 2011
CAPA
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Revista
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Visitas da Imagem Peregrina
Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br
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Círio Editora
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BELÉM-PARÁ
OUTUBRO
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36 38
Sairé
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Governo do Pará assina os primeiros contratos de concessão florestal
ISSN 16776
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Lembranças do Círio
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EDIÇÃO 116
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NDOSA, BENÇÃO BO DAI-NOS A NAZARÉ ! DE SENHORA No Recírio, o andor com Nossa Senhora de Nazaré, frente à Basílica Santuário. 2º Lugar no 9°Concurso Imagens de Círios. Foto de Marcio Santos
ORGULHO DE SER PARAENSE
Francisco Bolonha
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A Mensagem do Governador “O Pará vive o Círio o ano inteiro. A fé e a devoção por Nossa Senhora de Nazaré estão presentes na vida dos paraenses, em todas as casas e em todos os corações. Todo dia é dia de homenagear a padroeira do Pará. Esta religiosidade singular do nosso povo é a alma de uma das maiores festas católicas do mundo, o Círio de Nazaré, onde todos juntos celebram o amor e a paz.”
Simão Jatene Governador do Estado do Pará
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DIA 04 05 05 05 07 07 07 08 08 08 08 08 08 09 09 10 09/23 11/22 11 a 22 15 15 16 16 22 23 23 23 23 23 24 24 24
Agenda do Círio 2011 HORA 19:00 08:00 18:00 21:00 07:00 07:30 09:00 05:30 09:00 11:30 12:30 16:30 17:30 05:00 06:30 19:00 21:30 05:30 19:00 08:00 17:00 07:00 08:00 16:00 07:00 08:00 19:30 21:00 22:00 05:30 06:00 07:00
EVENTO
Abertura Oficial do Círio 2011 Abertura da Vigília de Adoração/Oração Apresentação do Manto Transportes dos Carros – CDP Encerramento da Vigília de Adoração/ Oração Missa do Traslado Traslado Ananindeua/Marituba Romaria Rodoviária Romaria Fluvial Moto Romaria Descida da Imagem Missa da Trasladação Trasladação Missa do Círio Círio Noite dos Eleitos Programação Cultural/Círio Musical Terço da Alvorada Noitários Ciclo Romaria Romaria da Juventude Missa Romaria das Crianças Romaria das Crianças Missa Romaria da Juventude Missa Procissão da Festa Procissão da Festa Missa de Encerramento Encerramento do Círio 2011 Espetáculo Pirotécnico Subida da Imagem Missa do Recírio Recírio
LOCAL
Casa de Plácido Capela Bom Pastor Basílica Santuário Basílica Santuário / CDP Capela Bom Pastor Basílica Santuário Basílica Santuário Ananindeua Icoaraci Pça. Pedro Teixeira Basílica Santuário Colégio Gentil Colégio Gentil Catedral da Sé Catedral da Sé Salão de Festa da Basílica Santuário Concha Acústica Basílica Santuário Salão de Festa da Basílica Santuário Pça Santuário Paróquia santa Maria Gorethe Pça Santuário Pça Santuário A definir Igreja Santo Antônio Maria Zacaria A definir Pça Santuário Salão de Festa da Basílica Santuário Pça. Santuário Basílica Santuário Pça. Santuário Pça. Santuário
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ais uma vez é Círio de Nazaré! E o Círio não se repete, é sempre novo! É novo porque Deus faz novas todas as coisas! É novo porque a Virgem Maria de Nazaré continua dizendo “Fazei tudo o que Ele vos disser”, para que nosso povo se renove na graça da vivência da Palavra de Deus. O Círio é novo porque nossa alegria aponta para o Céu! É novo porque queremos percorrer nossas ruas como homens e mulheres que crescem no testemunho de Cristo Ressuscitado. À redação da Revista Pará+ e a todos os seus leitores chegue minha bênção e meu abraço. Que ela seja representante do pastor da Igreja de Belém para entrar em todas as casas e corações. Feliz Círio para todos!
Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
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Porque eu tenho esperança e muita fé, Porque eu quero ter amor bem mais ainda. Porque te amo, Senhora de Nazaré Quero puxar a corda de tua Berlinda Ave, Ave, ó Senhora da Berlinda Ave Maria, este é o meu grito de fé Ave, Ave, Deus te fez a flor mais linda Ave, Maria, Senhora de Nazaré. A tua corda me enlaça nesta hora, Me prende a Deus de corpo, alma e coração. Assim é doce ser escravo, teu, Senhora Servindo a Deus em cada homem meu irmão
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Missa do Mandato
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om Teodoro Mendes, bispo auxiliar de Belém, celebrou a Missa do Mandato iniciando oficialmente as peregrinações da imagem de Nossa Senhora de Nazaré. A celebração iniciou com a entrada da imagem peregrina, conduzida por membros da Diretoria da Festa, ao som do “Vós sois o lírio mimoso”, emocionando os fiéis que se encontravam na Praça Santuário, que aplaudiam Nossa Senhora de Nazaré. Durante a Missa do Mandato, foi enfatizado o tema do Círio 2011: “Fazei tudo o que ele vos disser”, afirmativa de Maria aos servos nas Bodas de Caná, na Galeia (João, 2 - 5), ao dialogar com Jesus momentos antes de a água ser transformada em vinho. A peregrinação da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, envolve 1,7 milhão de pessoas e 5,5 mil imagens de Nossa Senhora de Nazaré, como parte de kits para orações, reunindo uma Bíblia, 15 Livros das Peregrinações, com previsão de 110 mil casas sendo visitadas até outubro nas 71 paróquias da Arquidiocese de Belém. As peregrinações das imagens de casa em
casa, é uma tradição cujo objetivo é uma melhor preparação espiritual dos devotos para o Círio. Durante a celebração, foram abençoadas as imagens da Virgem de Nazaré que percorrerão os diversos bairros de Belém. A ocasião também marca o início da programação oficial do Círio 2011. De acordo com José Ventura, diretor de Evangelização da Festa de Nazaré, a Missa do Mandato é o momento de envio das pessoas que serão encarregadas de trabalhar na evangelização em preparação para o Círio”. Centenas de fiéis lotaram a Praça Santuário.
Manhã de formação Bem antes da Missa do Mandato, a diretoria da festa procedeu no Hangar uma manhã de louvor, formação e comunhão, presidido pelo Arcebispo Auxiliar, Dom Teodoro Mendes, para capacitação dos dirigentes das peregrinações da imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Na oportunidade os representantes das paróquias receberam os livros de peregrinação serão usados de base e para orientar os dirigentes durantes as orações nos lares paraen-
ses católicos. Dados de pesquisa realizada pela Diretoria da Festa e Departamento de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese/ Pa) apontam que foram confeccionadas 5,5 mil imagens de Nossa Senhora, que foram entregues junto com uma bíblia, Livro das Peregrinações e cartazes do Círio 2011. Tudo isso faz parte dos kit’s de evangelização. O Dieese e a Diretoria da Festa estimam que a imagem da Virgem visite cerca de 110 mil lares paraenses, isso levando-se em consideração que cada imagem visite cerca de 20 residências, com uma participação estimada de cerca de 1,7 milhões de fiéis.
Entrada da imagem peregrina, conduzida por membros da Diretoria da Festa
Dom Teodoro ressaltou a importância da evangelização
Durante a celebração, foram abençoadas as imagens da Virgem de Nazaré que percorrerão os diversos bairros de Belém
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Imagens de Círios >>
O
concurso “Imagens de Círios” já vem sendo realizado há 9 anos sempre com grande participação popular. Como não é específico para profissionais, um número muito grande de fotógrafos amadores participa todos os anos dele. E a despeito do avanço da tecnologia no ramo da fotografia, nem sempre os que usam recursos sofisticados são os vencedores. O que os jurados buscam é uma fotografia bem feita que traduza o maior número possível de ícones do Círio em uma só tomada. Uma foto que consiga visualizar a Berlinda, a corda e os promesseiros, leva
por Elias Gorayeb
vantagem sobre aquela estampa apenas a Berlinda. Quando o fotógrafo consegue acrescentar àqueles ícones, algo original, como uma expressão de fé de um romeiro, um “rio” de promesseiros serpenteando na avenida, a foto enche os olhos e chama a atenção dos 10 jurados. A foto realmente tem que se destacar, pois são centenas que passam pelas mãos dos escrutinadores, às vezes muito semelhantes e que apenas um detalhe pode fazer a diferença. As fotos deverão conter motivos diversos sobre a temática mariana, Círios, devoção e tudo que estiver relacionado à devoção mariana. A avaliação das fotos é
feita de forma muito criteriosa. Primeiro, cada jurado examina todas as fotos e separa as que mais lhe chamaram atenção. As que sobrarem ainda passarão por um segundo crivo para que, se algum jurado assim o desejar, poderá reincluí-la. As escolhidas passam sucessivas vezes pelas mãos dos jurados que as examinam bem e então irão ser anotadas pelo secretário. Mão a mão vão sendo mostradas e o jurado se manifesta declarando seu voto. O secretário anota o número que está no verso da foto e computa o voto e assim sucessivamente até o último jurado. As que tiverem o maior número de votos se-
Os jurados com as fotos Vencedoras
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Os Vencedores com as fotos vencedoras e seus premios
rão as classificadas. Se houver empate os jurados voltarão a votar para desempatar. É importante considerar que as fotos estão desidentificadas e só após a classificação final assinada por todos os jurados, o vencedor será identificado. Pela seriedade do concurso e pelos ótimos prêmios ofertados aos vencedores a cada ano cresce a participação no concurso de fotografias “Imagens de Círios”. Juri do Concurso Imagens de Círios 2010: Adenirson Lage, Elias Gorayeb, Fabrizio Guaglianone, Leonardo Daher, Neil Henriques, Pedro Corrêa, Roberto Pinto da Costa e Ubiratan Aguiar.
Vencedores do Concurso Imagens de Círios 2010 1º Lugar - Antonio Cícero Araujo dos Santos 2º Lugar - Márcio Santos Matos 3º Lugar - Márcio Santos Matos 4º Lugar - Fernando Araújo 5º Lugar - Bruno Oliveira Carachesti 6º Lugar - Antonio Cícero Araujo dos Santos
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Antonio Cícero A. dos Santos o 1º lugar recebeu sua máquina fotográfica Olympus
7º Lugar - Fernando Araújo 8º Lugar - Antonio Carlos Sales da Silva 9º Lugar - Bruno Oliveira Carachesti 10º Lugar - Marcelo Seabra .
Classificados do Concurso Imagens de Círios 2010 Simone Godinho Fernandes, Marcelo Seabra, Maria Raquel dos Santos, Elidio Jaime Silva Farache, Igor Mota Magno,
André Tadeu Dias Gaspar, Antonio Cícero Araujo dos Santos, Marcio Santos Matos, Welton Junior Vasconcelos Moraes, Simone Godinho Fernandes, Maria Raquel dos Santos, Bruno Oliveira Carachesti, Alessandra de Brito Gomes, Celso Roberto de Abreu silva, Fernando Araujo, Antonio Cícero Araujo dos Santos, Genildo Oliveira Mota, Antonio Carlos Sales da Silva, Milena Lucia Chaves Dias, Antonio Cícero Araujo dos Santos, Fernando Araujo, Renan Marinho de Pina, Marcelo Martins, Joanaldo Silva, Antonio Carlos Sales da Silva, Alessandra de Brito Gomes, Elson dos Santos Bandeira, Genildo Oliveira Mota, Marcelo Martins, Romero Giotto Do Amaral Brasil, Alessandra de Brito Gomes, Fernando Araujo e Marcelo Seabra.
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1º Lugar Antonio Cícero Araujo dos Santos
Os Vence dores
2º Lugar Márcio Santos Matos
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3º Lugar Márcio Santos Matos
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4º Lugar Fernando Araújo
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7º Lugar Fernando Araújo
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Exposição Círio de Nazaré na Câmara dos Deputados Fotos Antonio Cruz/ABr e Beto Oliveira
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endo como palco o Salão Verde da Câmara dos Deputados, em Brasília, recentemente foi aberta a exposição apresentando alguns dos mantos utilizados pela imagem de Nossa Senhora de Nazaré, no Círio de Nazaré, tradicional festividade católica paraense. Os mantos são do acervo permanente da Arquidiocese de Belém. A exposição que acontece pela segunda vez na Câmara, foi proposta pelos deputados Arnaldo Jordy (PPS/PA) e Paulo Abi-Ackel (PSDB/MG), respectivamente Vice-líder e Líder da Minoria. Dom Alberto Taveira, arcebispo metropolitano de Belém, ressaltou em sua fala a iniciativa em se promover a exposição no Congresso Nacional. Para o deputado Arnaldo Jordy, a exposi-
Durante a solenidade de abertura da exposição na Câmara dos Deputados
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Os presidentes da Câmara dos Deputados, Marco Maia e do Senado, José Sarney, com Dom Alberto Taveira, arcebispo de Belém, participam de cerimônia de abertura da exposição Círio de Nazaré: Os Mantos de Nossa Senhora - Expressão da Fé e Proteção ao Povo
ção apresenta toda a simbologia da festa do povo paraense, transposta para os belos mantos. “Porém, para que se tenha uma verdadeira noção do que representa o Círio de Nazaré para o paraense, é necessário ir além das imagens e dos símbolos, é preciso que todos participem do Círio em Belém, para só assim conhecerem o tamanho da fé do paraense em Nossa Senhora de Nazaré “, afirmou o parlamentar, convidando a todos a irem em outubro próximo ao Círio. Os primeiros mantos confeccionados para as procissões eram de responsabilidade da Congregação das Filhas de Sant’Ana.
Posteriormente, vários devotos passaram a produzir as vestes e a cada ano, famílias e até estilistas famoso de dedicam à produzir um novo manto, substuindo na procissão o manto original, bordado a ouro
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com pedras preciosas, que há 58 anos ornamenta a imagem. Para Sarney, esse tipo de manifestação popular é uma marca da identidade brasileira. Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira, o Círio de Nazaré é uma devoção religiosa católica que não exclui diferenças humanas e suas particularidades. Ele agrega uma
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diversidade cada vez mais complexa no modo de contemplar ou vivenciar os pontos culminantes da tradição e devoção popular. O Círio é de todos: é para todos que acreditam que a fé transcende palavras, descrições e explicações. A exposição ocorreu no corredor de acesso ao Plenário Ulysses Guimarães, com a curadoria de Darcilene Batista Costa.
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Exposição Mantos do Círio foi iniciativa de Arnaldo Jordy
Arnaldo Jordy faz a abertura da exposição, prestigiada pelos presidentes do Senado e da Câmara e por dezenas de fiéis
or iniciativa dos deputados federais, Arnaldo Jordy (PPS/Pa) e Paulo Abi-Ackel (PSDB/MG), a Câmara Federal realizou no dia 13 de setembro a exposição “Mantos do Círio”, reunindo alguns dos mantos utilizados pela imagem de Nossa Senhora de Nazaré, durante a procissão do Círio, em Belém. Os mantos são do acervo permanente da Arquidiocese de Belém. “A exposição apresenta toda a simbologia do Círio, mas para que se tenha a dimensão do que representa essa festa ao povo paraense é necessário ir além das imagens e dos símbolos: é preciso visitar Belém no mês de outubro e conhecer
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Exposição Círio de Nazaré na Câmara dos Deputados.indd 25
o tamanho da fé do paraense “, afirmou o parlamentar. A abertura da exposição contou com a presença de várias autoridades políticas e religiosas. Dom Alberto Taveira, arcebispo de Belém, elogiou a iniciativa, assim como também o diretor da festa de Nazaré, César Neves, que coordenou o evento, sob a curadoria de Darcilene Batista Costa. Presentes também estavam os presidentes do Senado, José Sarney (PDMB/MA) e da Câmara dos Deputados, Marcos Maia (PT/RS), além do senador paraense, Flexa Ribeiro (PSDB/PA) e vários deputados federais. A exposição ficou na Câmara Federal até o dia 16 de setembro. Pará+ 25
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Círio de Nazaré
Prefeitura de Belém faz últimos preparativos para a maior festa religiosa do povo paraense >>
Texto e fotos: Comus
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odos os anos temos a honra de fazer parte da festa de Nossa Senhora de Nazaré, que é a mais pura expressão da força de fé do povo paraense”, disse o prefeito Duciomar Costa, sobre o Círio de Nazaré, a maior festa religiosa do Brasil e uma das maiores do mundo, que acontece no segundo domingo de outubro. Todos os anos a Prefeitura Municipal de Belém é uma das realizadoras e apoiadoras do Círio. Prova disso, é que diversos órgãos da PMB fazem questão de receber a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. No próximo dia 05 de outubro, será a vez do Palácio Antonio Lemos receber a Padroeira dos Paraenses. Várias secretarias municipais estão envolvidas e intensificaram os preparativos para que a cidade receba esse volume de pessoas e a acolhida seja a melhor possível. Para o prefeito da capital os trabalhos em parceria com a diretoria do Círio de Nazaré são importantes. “A Prefeitura não pode ficar de fora de uma festa dessa magnitude, de forma alguma. Com o apoio das nossas secretarias, procuramos participar desde o processo de organização até o dia da festa”, ressaltou Duciomar Costa. César Neves, da diretoria do Círio, destaca a importância de apoios como o da Prefeitura. “Todos os anos entregamos ao prefeito o nosso projeto e pedimos o apoio de suas secretarias, como a de Saúde (Ses-
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A Prefeitura não pode ficar de fora de uma festa dessa magnitude, de forma alguma, afirmou Duciomar
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ma), de Urbanismo (Seurb), entre outras. Como os custos do Círio e da festividade, além do volume de pessoas que participam aumentam todo ano, cada vez se torna mais importante a participação dos patrocinadores e apoiadores”. César Neves informou ainda que o orçamento para o Círio 2011, é de R$ 2,5 milhões.
Preparativos Nos diversos espaços públicos da cidade como as praças da República, do Estivador e Waldemar Henrique, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente caprichou nos serviços de poda, roçagem e plantio de arbóreas, além de ações de paisagismo e revitalização em pontos tradicionais como a Avenida Portugal, Boulevard Castilhos França e praça da Sé e praça Batista Campos. A Prefeitura também terá outras frentes de trabalho para o sucesso da festa nazarena. A Secretaria Municipal de Economia (Secon) intensificará o serviço de fiscalização durante as procissões e em toda a quadra nazarena, em especial na atuação de ambulantes na área do Centro Arquitetônico de Nazaré. Já a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) é a responsável pelo licenciamento e fiscalização da instalação de praticáveis, cabine de transmissão para a imprensa, arquibancadas, palcos e quadros luminosos, dispostos no percurso do Círio. Além do envolvimento de grande parte do funcionalismo público municipal, a Prefeitura de Belém terá o apoio dos voluntários inscritos e treinados pela Defesa Civil Municipal para atuação no Círio 2011 com o atendimento de primeiros socorros. Este ano, o objetivo da Defesa é reunir mais de um mil voluntários, que são treinados pelos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192).
em prol da capital paraense sejam efetivadas, a Prefeitura de Belém é uma das patrocinadoras do projeto “Um presente para Belém”, de iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa). O projeto ligará duas importantes datas para o povo paraense (o Círio e o Natal) através de um sistema especial de iluminação na Praça Batista Campos acionado na primeira quinta-feira de outubro (06/10), mantendo-se pelos meses de novembro e dezembro até 12 de janeiro, dia do aniversário de Belém. A Prefeitura Municipal de Belém (PMB) contribuirá com o projeto atuando, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), para a conservação e limpeza da Praça Batista Campos; com a Guarda Municipal de Belém (GMB) re-
Todos os anos temos a honra de fazer parte da festa de Nossa Senhora de Nazaré, que é a mais pura expressão da força de fé do povo paraense, disse o prefeito Duciomar Costa
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente caprichou nos serviços de poda, roçagem e plantio de arbóreas, além de ações de paisagismo e revitalização em pontos tradicionais…
Todos os anos a Prefeitura Municipal de Belém é uma das realizadoras e apoiadoras do Círio
forçando o efetivo de agentes da guarda municipal na área e, através da Secretaria Municipal de Economia (Secon), com agentes de fiscalização impedindo que o projeto possa vir a atrair o mercado informal para o logradouro. A iluminação pública também ficou sob responsabilidade da Prefeitura Municipal. A iluminação pública também ficou sob responsabilidade da Prefeitura Municipal.
Um presente para Belém Com foco no fomento ao turismo e na abertura de espaços para que mais ações
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Joias de Nazaré 2011 Madonas do Barroco – A fé nos braços da Mãe Fotos Geraldo Ramos/ Ascom Hangar
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coleção Joias de Nazaré 2011, intitulada “Madonas do Barroco – A fé nos braços da Mãe”, teve um pré-lançamento durante a abertura do 28º Congresso da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet), no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Em um desfile criado pela fotógrafa Walda Marques, 39 das 103 peças da coleção, inspirada nas Madonas do Barroco, foram mostradas aos participantes de congresso e autoridades convidadas para a solenidade de abertura. Criadas e produzidas por profissionais do
Polo Joalheiro do Pará, que funciona no Espaço São José Liberto, as joias resultam de um workshop coordenado por Rosângela Gouvêa, designer de joias e professora do curso de Design da Universidade Federal do Pará (UFPA). No trabalho de elaboração da coleção, os designers assistiram a palestras sobre história da arte barroca e visitaram o Museu de Arte Sacra (MAS), instalado no prédio histórico que abriga também a Igreja de Santo Alexandre. O desfile aconteceu em cinco blocos, mostrando peças criadas por Joseli Limão, Ivam Pereira, Rosaurea Simões, Durante a abertura da 28a Conferência da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo, no Hangar
Joia criada por Joseli Lima
Circe Silva, Júlia Mendes, Evandro Gobitsch, Vânia Sabat, Celeste Heitmann, Helena Bezerra, Ivete Negrão, Rosa Leal, Rai Oliveira, Lídia Abrahim, Eli Cascaes, Clara Amorim, Erivaldo Júnior, Argemiro Muñoz, Fábio Monteiro, Michelle Rodrigues e Felipe Braun.
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do governo do Estado, por meio da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), o congresso trouxe a Belém cerca de 250 jornalistas especializados em cobertura de eventos e atrações turísticas em todo o país, incluindo 30 membros do Conselho Nacional da Abrajet e ainda profissionais de outros países, como Portugal, Estados Unidos, França e Espanha. O Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), Organização Social que gerencia o Polo Joalheiro do Pará, com apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), patrocinou o Congresso, fornecendo 250 brindes aos congressistas. Os empresários do setor joalheiro vinculados ao Polo ofereceram 200 muiraquitãs (símbolo do Polo Joalheiro do Pará) em prata, e a empresa Amazonita entregou à organização do evento 50 PINs em formato de boto, símbolo da Abrajet. Desfile das Joias de Nazaré marca a abertura do Congresso da Abrajet O desfile integrou as atrações culturais da solenidade de abertura do XVIII Congresso da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet). Vestidas de anjo – figuras tradicionais do
Círio de Nazaré -, as bailarinas abriram caminho para a entrada dos seis Plácidos, com suas capas e rústicas lanternas, na passarela já ornamentados com as joias. Peças em ouro, prata e gemas minerais e orgânicas encheram de beleza e fascínio a passarela. O último ato foi a entrega da imagem ao presidente nacional da Abrajet, Élcio Estrela. Com criação e direção da fotógrafa Walda Marques, o desfile mostrou, em um ambiente que relembrou um pedaço da floresta, com 39 das 103 joias. No desfile foram mostrados os trabalhos dos profissionais de criação Argemiro Muñoz, Celeste Heitmann, Circe Silva, Clara Amorim, Eli Cascaes, Erivaldo Júnior, Evandro Gobitsch, Fábio Monteiro, Felipe Braun, Helena Bezerra, Ivam Pereira, Ivete Negrão, Joseli Limão, Júlia Mendes, Lídia Abrahim, Michelle Rodrigues, Rai Oliveira, Rosa Leal, Rosaurea Simões e Vânia Sabat, e ainda das empresas Amazonita, Amorimendes, Brilho da Amazônia, Danatureza, D’Sales, Hanna Mariah, HS Criações, Joiartmiro, L&B Joias, Loja UNA, Ourama, Ourogema, Sila Brasila e Zeus.
Ao lado da fé de Amorimendes
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Exposição/ Serviço
Joia criada por Ivete Negrão e Ednaldo Pereira
Joia criada por Ivam Pereira
A coleção completa estará exposta de 4 a 30 de outubro, no Espaço São José Liberto, com entrada franca. Além das 103 joias, a exposição terá este ano imagens sacras de Maria, que integram o acervo do Museu de Arte Sacra, vinculado ao Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIM), da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
Que todos os povos digam sim ao chamado de Deus. como Maria fez!
Feliz Círio
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por Anete Costa Ferreira
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devoção à Nossa Senhora de Nazaré nascida com o caboclo Plácido desenvolveu-se junto ao povo chegando aos nossos dias com o mesmo fervor de há dois séculos. Os agradecimentos dos devotos pelas graças alcançadas através de ladainhas e romarias alcançaram uma dimensão incalculável que culminou com o Círio considerado hoje o maior evento religioso do Planeta. O Círio instituído em 1793 realiza-se anualmente no segundo domingo de outubro congregando mais de dois milhões de pessoas no trajeto entre a Catedral e a Basílica Santuário de Nazaré. Várias manifestações em louvor à Padroeira dos paraenses antecedem os quinze dias propriamente ditos. A primeira é a condução em carro aberto, da Santa, na 6ª feira pela manhã quando sai da Basílica em direção à Igreja Matriz do município de Ananindeua, recebendo no trajeto várias homenagens. No sábado, ao alvorecer a imagem é transportada para a Vila de Icoaraci na Romaria Rodoviária cujo cortejo é composto pelos carros da diretoria do Círio, da polícia, bombeiros, ambulâncias, além dos veículos oficiais conduzindo autoridades civis, militares e eclesiásticas. À chegada na Vila de Icoaraci, a Imagem é colocada num rico andor da embarcação especial para ser levada em Procissão Flu-
A vivência desse espírito místico termina na manhã de Segunda feira com o Recírio 30
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vial até a capital paraense. Barcos, iates, lanchas, voadeiras e canoas integram a romaria instituída para homenagear a população ribeirinha. Chega ao cais do porto pelas onze horas sendo alvo de grandes manifestações de Fé. Aguardando, estão os motoqueiros que recebem a Virgem Santíssima e, em carro aberto dão prosseguimento por via terrestre a Moto-Romaria em direção ao Colégio Gentil Bittencourt onde a Santa permanecerá até à noite para a saída da Trasladação. Às dezenove horas após a missa rezada na capela, o Arcebispo Metropolitano dirigese ao pátio e com a Imagem nas mãos concede a bênção aos peregrinos. Em seguida desce a escadaria colocando-a na Berlinda ricamente adornada que passa a ser conduzida pelos fiéis até a Catedral de onde sairá pela manhã de domingo no tradicional Círio. Pelas quatro horas da madrugada de domingo começa o movimento dos romeiros na Praça Frei Caetano Brandão disputando os melhores lugares onde possam assistir as cerimônias litúrgicas que se realizam na Catedral da Sé. A missa é rezada às 6 horas, e ao terminar, o Arcebispo coloca a Santa na Berlinda entregando-a oficialmente aos devotos que segurando a tradicional Corda percorrerão a grande procissão no trajeto de cinco quilómetros até a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré. À chegada retira a Imagem da Berlinda para as celebrações religiosas oficiais, abençoando os cerca dois milhões de católicos que postados reverenciam Nossa Senhora de Nazaré. Em seguida é servido o lauto “Almoço do Círio” onde a gastronomia regional é saboreada pelos comensais no grande convívio fraternal do “Natal dos Paraenses”. A festa prossegue com o religioso-profano. São quinze dias de novenas e ladainhas em louvor à Santíssima Virgem. O parque de diversões com brinquedos in-
A primeira ermida: devoção à Nossa Senhora de Nazaré nasce com o caboclo Plácido
fantis, barracas de comidas populares e lojas de artesanatos atraem a visita de romeiros, visitantes e turistas. O movimento no arraial é constante com centenas de pessoas passeando, misturando-se aos vendedores ambulantes de artigos religiosos, apreciam nas mesas improvisadas a exposição de bijouterias variadas enquanto aguardam o espetáculo dos fogos de artifícios, ás vezes cantarolando ou se balançando ao som da estridente música eletrônica que anima o espaço até a madrugada. A vivência desse espírito místico termina na manhã de Segunda feira com o Recírio. Esta procissão conta com grande número devotos, embora muitos fiéis acreditem que já cumpriram sua missão indo ao Círio onde pagaram suas promessas, agradeceram as graças alcançadas e renovaram seus pedidos de proteção à Virgem de Nazaré. Às seis horas de Segunda feira o ArceRecírio é o ato que encerra a quadra nazarena em Belém do Pará
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Barcos, iates, lanchas, voadeiras e canoas integram a romaria instituída para homenagear a população ribeirinha
bispo Metropolitano de Belém celebra a missa campal no altar da Praça do Santuário. Neste local há uma urna onde foram colocados milhares de papéis de agradecimentos, bençãos e proteção os quais são queimados na presença do povo, na tradicional “Incineração das Súplicas”. Terminada a cerimónia, a Santa é coloca-
da no andor decorado com flores naturais dando início ao Recírio quando aproximadamente cinquenta mil pessoas percorre, em procissão os 650 metros entre a Basílica e o Colégio Gentil Bittencourt, durante cerca de quarenta e cinco minutos. Na chegada Nossa Senhora de Nazaré recebe as últimas manifestações dos fiéis,
através de orações, acenos de lenços brancos e hinos sacros até ao momento de ser recolhida à Capela no interior do estabelecimento de ensino da Avenida Magalhães Barata. É o ato que encerra a quadra nazarena em Belém do Pará. (*) Correspondente em Lisboa, Portugal
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Que Nossa Senhora Abençoe imensamente a todos nossos amigos, clientes e colaboradores Obrigado Mãezinha
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Lembranças do Círio sando todo seu empenho e imaginação, o autor procura encontrar saída para resolver verdadeiro nó cego a ser desemboletado e dar conta do recado de explicar o significado dessa enorme demonstração de fé e cultura não só das gentes parauaras, como também de outras regiões do país e que já ultrapassam fronteiras nacionais, tentando encontrar também, pontos de semelhanças entre diferentes círios ao longo dos anos.
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Em consequência do processo de colonização lusitano, transcorreu de forma natural, a internacionalização das festas cirianas originadas no além mar. Ainda hoje, na Espanha, podem ser encontradas em algumas regiões, procissões dedicadas à Virgem de Nazaré, sendo mais conhecida a da cidade de Cabra, situada na província de Córdoba. Historicamente, parece não haver dúvida que as procissões em homenagem à Nossa Senhora tiveram começo no município de Saquarema,
Procissão do Círio no município de Saquarema, estado do Rio de Janeiro
estado do Rio de Janeiro seguindo posteriormente para Belém do Pará, havendo, porém, questionamento em relação ao primeiro círio paraense que teria ocorrido na cidade interiorana de Vigia, atualmente denominada de Vigia de Nazaré. Nesse estado, quase todos os municípios celebram no segundo semestre do ano, festividades com características e programações próprias em louvor à Virgem de Nazaré ou a outros santos, como por exemplo, às de Santo Antônio, padroeiro de municípios do Baixo Amazonas , como Alenquer, que apresentam igual sentimento de afeto e devoção ao círio realizado na capital onde mais de dois milhões meio de pessoas reverenciam à Santinha de Nazaré, considerada A Defensora da Amazônia e respeitosamente tratada com honras de chefe de estado. Antecedendo à exuberante romaria do segundo domingo de outubro, é tradição que a imagem da Santa percorra residências e repartições públicas ou privadas, ao mesmo tempo que lojas, empresas e centros comerciais ornamentam suas dependências, promovendo missas e orações com expressivo número de participantes. Não restam dúvidas que os meios de comunicação, destacadamente o rádio e a televisão, pelo fato de alcançarem longas distância e divulgarem sistematicamente o evento religioso, incentivam o deslocamento de milhares de pessoas em direção à Belém, principalmente àquela oriunda das regiões ribeirinhas e interioranas do Pará. A cada ano vem aumentado a presença em Belém, de devotos na procissão da Trasladação, momento em que a imagem da Santa é conduzida, à noite, do colégio Gentil Bittencourt para à Igreja da Sé, onde além das orações votivas, tem
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O Círio de Nazaré em Vigia de Nazaré
início no alvorecer do dia seguinte o círio maior de todos os paraens. A Trasladação é considerada um círio noturno em função da afluência de aproximadamente um milhão de católicos devotos. Os chamados promesseiros se deslocam de suas localidades, três ou quatro dias antes da celebração do círio, quase sempre a pé e descalços, e ao chegar a Belém, apresentam visíveis sinais de cansaço e sofrimento. Devido a essas ocorrências, no ano de 2010, foi criado um ambiente devidamente estruturado denominado Casa de Plácido que recebe esses pagadores de promessa oferecendo-lhes guarida, repouso, alimentação, assistência social e atendimento médico. A tradição do uso corda teve início logo no primeiro círio em função das péssimas condições de pavimentação da Av. Boulevard Castilho França, em Belém. Tornou-se um problema sério o hábito dos caminhantes de fracionar a corda com instrumentos cortantes para guardar como recordação. Dessa forma, a comissão que se dedica ao longo do ano, sob a coordenação do Arcebispo de Belém, a organizar toda a programação do Círio,
resolveu promover campanha solicitando às pessoas que não executem essa prática, garantindo aos interessados que após a chegada da Santa à
Basílica Santuário de Nazaré, serão presenteados com frações da corda. Como parte dos onze eventos que compõem a essa festividade católica, um número aproximado de quatrocentas embarcações participa do chamado círio fluvial nas águas da baía de Guajará em frente à cidade Belém, acompanhando a Santa que é conduzida em uma corveta da Marinha de Guerra do Brasil. Uma das características marcantes dessa época é relacionada ao almoço típico de confraternização das famílias onde o prato mais importante é o pato no tucupi juntamente com a maniçoba, preparada a partir da folha da mandioca. Durante todo o trajeto da procissão há distribuição farta de frutos de coco verde e de milhares de pequenas garrafas contendo água mineral para a hidratação dos participantes, principalmente aqueles que estão pagando promessa na corda de extensão aproximada de 400 metros de comprimento, posicionada em volta da Berlinda que conduz a Santa. A realidade evidencia que as demonstrações de amor e respeito à Padroeira de Nazaré, que já ocorrem nas cidades de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, entre outras, alcançarão todas as capitais das unidades federativas. Círio fluvial nas águas da baía de Guajará em frente à cidade Belém
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Belém se prepara para receber o Natal dos paraenses Fiepa, empresas do setor industrial, Prefeitura de Belém e Governo do Estado lançaram projeto que tem o objetivo de estimular o espírito natalino em outubro Fotos ASCOM/Sistema FIEPA
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Federação das Indústrias do Estado do Pará - Fiepa, a Diretoria da Festa de Nazaré e a Associação dos Amigos da Praça Batista Campos fizeram recentemente o lançamento, na sede da Fiepa, do projeto “Um Presente para Belém“. Para que a Praça Batista Campos, seja totalmente iluminada com elementos natalinos com o objetivo de consolidar como tradição, o Círio de Nazaré como o Natal dos Paraenses. De acordo com o superintendente regional do Serviço Social da Indústria – SESI Pará, José Olimpio Bastos, a ideia do projeto é transformar e simbolizar a Praça Batista Campos como uma grande árvore de natal. “Vamos acender de forma espetacular a praça entre as 18h e 19h da quinta-feira, 06, antes do domingo do Círio. Será a anunciação da chegada do Círio de Nazaré”, explicou José Olimpio. Ainda de acordo com Olimpio, existem cerca de 213 árvores na praça passíveis de serem iluminadas de acordo com o projeto arquitetônico. Elementos diversos como coretos, pontes, fontes, chafariz, entre outros também receberão luzes especiais. “No total serão mais de 5 quilômetros de iluminação natalina em cordas, além das mais variadas formas como cometas, estrelas, laços, sinos, anjos, sagrada família e nossa Senhora de Nazaré, que ficarão acesas durante todas as noites do final de semana do Círio, assim como durante todo o período da Festa de Nazaré, ou seja, cerca de 18 dias”.
Wady Kayath , presidente ca Belemtur), José Conrado, presidente da Fiepa, Duciomar Costa, prefeito de Belém e José Olimpio Bastos, superintendente do SESI Pará, no lançamento do projeto Um Presente para Belém
Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará - Fiepa, José Conrado Santos, o projeto “Um Presente para Belém” será uma oportunidade de divulgar a cidade de Belém e o estado do Pará de uma forma muito positiva para o Brasil e quem sabe para o mundo inteiro. “Por se tratar de um evento inusitado e ao mesmo tempo inovador em nossa região, acreditamos que o projeto vai fortalecer o turismo em nossa cidade durante o Círio, o que reflete diretamente em toda economia paraense. A Praça Batista Campos será mais um atrativo aos visitantes de fora do estado, assim como para a nossa população. Para fortalecer ainda mais neste aspecto atrativo, será montado um palco na aera central da praça, onde haverá uma programação artística e cultural com apresentações diárias de dança, teatro, música, entre outros”, aponta Conrado.
a iluminação natalina, a partir do dia 1º de dezembro, ela será acesa novamente, mas agora, durante todas as noites do mês. A ideia é levar o projeto até o aniversário de Belém, comemorado no dia 12 de janeiro, momento este o qual será encerrado o projeto“, explicou José Olimpio Bastos. Ainda de acordo com Olimpio, durante a continuação do projeto haverá também uma extensa programação cultural, agora com a temática natalina. “Para isso, a gerência de Cultura, Esporte e Lazer do SESI Pará em conjunto com as entidades parceiras estão responsáveis por coordenar e criar a programação cultural do projeto. Nossos colaboradores em parceria com as empresas estão entrando em contato diário com escolas de arte, música e dança, academias e demais centros artísticos e culturais com o intuito de convidar para participar do projeto. Será uma grande oportunidade para artistas individuais ou grupos apresentarem seus trabalhos artísticos”, finalizou.
O 2º Presente para Belém “Após o período da Festa de Nazaré, com a Praça Batista Campos já preparada com
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Governo do Pará assina os primeiros contratos de concessão florestal >>
por Flávia Ribeiro
Fotos Cristino Martins/Ag. Pará
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estado do Pará é um dos primeiros no país a assinar os contratos de concessão florestal. As três empresas vencedoras da licitação de 150,9 mil hectares de área de floresta nas glebas MamuruArapiuns, na região do Baixo Amazonas, terão acesso à área mediante pagamento de royalties que será revertido em benefícios para toda a sociedade, mas principalmente para as comunidades situadas no entorno das áreas licitadas. O governador Simão Jatene assinou recentemente, em solenidade no Teatro Maria Sylvia Nunes, em Belém, o decreto que institui o grupo de trabalho para a elaboração da Política Estadual de Manejo Florestal Comunitário e Familiar, dentre outras ações voltadas para a gestão ambiental e florestal. Para Marcos Sato, da empresa Amazônia Florestal, uma três vencedoras da licitação, a concessão florestal representa a sustentabilidade do setor madeireiro florestal. “A continuidade do setor florestal é a concessão, ela foi a maneira mais inteligente que o governo encontrou para manter a floresta em pé, porque ele vai nos fiscalizar. É uma política clara e correta. Por outro lado, as concessionárias vão tomar conta das áreas do governo, que em alguns casos não está dando conta disso. Há invasão, grilagem de terra, mas quando entrarmos na floresta vamos inibir tudo isso. Isso representa o futuro do setor madeireiro”, analisou o empresário. O diretor geral do Ideflor, José Alberto Colares, anunciou que novas concessões florestais serão feitas ainda este ano do Pará. “Estamos assinando os primeiros três contratos. É um ponto histórico, é a sinalização de um modelo de acessibilidade do setor madeireiro florestal a áreas públicas mediante concessão e mediante destinação dos benefícios dessa conces-
são às populações tradicionais, prefeituras, sociedade local e governo. Temos a previsão de mais 108 mil hectares nas glebas Mamuru-Arapiuns e até novembro faremos o edital na flota Paru, em Almeirim e Monte Alegre”, comentou Colares, referindo-se à Floresta Estadual do Paru. Além das concessões, a gestão florestal do estado será ampliada com o decreto assinado pelo governador Simão Jatene, na cerimônia, criando o grupo de trabalho para a elaboração da Política Estadual de Manejo Florestal Comunitário e Familiar. “Hoje nós estamos assegurando uma política de fomento, de assistência técnica, um regime fiscal diferenciado, uma política de agregação de valor, de comercialização competitiva para as populações tradicionais, como os quilombolas, ribeirinhos e todos que vivem entorno dos rios. Vamos estabelecer regras e critérios técnicos da relação entre empresas e comunidades. Sem isso não poderemos pensar na sustentabilidade dessas populações”, pontuou o diretor. Durante a cerimônia, o governador Si-
SEMINÁRIO TENDÊNCIAS DE MERCAD É um grande passo para a gestão ambiental e florestal…
Desafios e Oportunidade
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Governo do Pará assina os primeiros contratos de concessão florestal.indd 36
Teresa Cativo, secretária estadual de Meio Ambiente
Governador Jatene, assina decreto para desburocratização na área ambiental
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Na solenidade de assinatura dos primeiros contratos de concessão florestal
O Teatro Maria Sylvia Nunes, da Estação das Docas, estava lotado
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mão Jatene assinou também decretos sob a coordenação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), como o de Licenciamento Ambiental das Atividades de Silvicultura e Agropecuária realizadas nos imóveis rurais no Estado do Pará, os projetos de lei destinados à reestruturação da Sema, fortalecimento e modernização do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, e a criação do Instituto de Gestão de Águas e Mudanças Climáticas do Pará.
ades no Pará
SEMINÁRIO TENDÊNCIAS DE MERCADO 2012
Desafios e Oportunidades no Pará
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Governo do Pará assina os primeiros contratos de concessão florestal.indd 37
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Saída para a busca dos mastros tradicionalmente erguidos na abertura oficial da festa do Sairé
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Fotos Tamara Saré-Ag. Pará
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a Praça do Sairódromo lotada, a abertura oficial da mais tradicional manifestação cultural da região, congregando rituais beatos, danças, músicas, culinária e teatro, com duração de cinco dias. Foi com a celebração de uma missa pelo padre José Cortes, da paróquia local, no “barracão do Sairé”, com a presença do bispo emérito de Santarém, dom Esmeraldo Barreto de Farias, sendo a primeira vez que um representante da prelazia do município participou das celebrações. Após a missa, homens e mulheres divididos em dois grupos iniciaram o segundo ritual, em que cada um apanha os mastros preparados especialmente para a festa na praia do Cajueiro, retornando em seguida para o Sairódromo, onde eles são erguidos e fincados em frente à “barraca do Sairé”. Já posicionados, os mastros são enfeitados com folhas e frutos –
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Missa abriu a programação of icial em Alter do Chão
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Transportando o mastro
Procissão dos mastros na praia do Cajueiro
símbolos da fartura. Em procissão, a condução do símbolo oficial do Sairé por Maria Justa, a “saraipora” – a quem cabe a missão de carregar o principal ícone da festa, em forma de um semicírculo, confeccionado com cipó torcido, algodão, flores e fitas coloridas, que traz quatro cruzes, um no topo e outras três ao centro, representando Deus e o mistério da Santíssima Trindade. Na colocação dos mastros, na abertura da festa, os frutos simbolizam a fartura. Os
Em procura dos mastros tradicionalmente erguidos na abertura oficial da festa do Sairé Levantamento dos mastros durante a abertura do Sairé 2011
Na primeira ladainha do Sairé 2011
Troneira com a Coroa do Divino Espírito Santo durante a primeira ladainha
Rituais seculares e shows atuais fazem a festa do Sairé 40
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Apresentação do Boto Cor de Rosa
Mais de 15 mil pessoas prestigiaram o Festival dos Botos Tucuxi e Cor de Rosa Grupo Parafolclórico de curimbó, durante apresentação no Sairódromo No show do boto Cor de Rosa
Chegada da Rainha do Artesanato do Boto Rosa
Rainha do Sairé do Boto Cor de Rosa
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Chegada da cabocla Borari, durante apresentação do Boto Tucuxi
Boto Tucuxi
Dança da sedução do Boto Tucuxi
Boto Tucuxi, o vencedor do Festival dos Botos do Sairé 2011
mastros permanecem na Praça até o final da festa, quando acontece o ritual de derrubada. “Participo do levantamento dos mastros, pois faz parte da festa religiosa de celebrar Deus, então faz parte da minha cultura e religião. È um momento de alegria”, diz o artista plástico, Wilde Aben-Athar. À noite, as novenas, no barracão do Sairé,
procedidas de uma programação cultural. Um dos destaques da noite foi o Terruá Pará, show promovido pelo Governo do Estado, com 45 artistas paraenses de várias vertentes musicais, Sebastião Tapajós, Gaby Amarantos, Edilson Moreno, Charme do Choro, Dona Onete, Pio Lobato e Mestre Solano foram algumas das atrações.
Mais de 15 mil pessoas assistem ao Festival dos Botos em Alter do Chão Um desafio que reúne técnica, criatividade, ritmo e tradição. O festival do Sairé tem no embate entre os botos Tucuxi e Cor de Rosa um de seus pontos altos. O festival dos botos é um dos momentos mais aguardados pelo público que acompanha o Sairé. É um espetáculo no qual
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Pajé do Boto Tucuxi
O espetáculo agregou dança, teatro, música, história e efeitos especiais para contar a lenda do boto da Amazônia
Apresentação do Boto Tucuxi
Durante apresentação do Boto Tucuxi
duas associações da comunidade apresentam a lenda do homem boto, um jovem e belo rapaz de vestes brancas e chapéu na cabeça, que seduz a mais bela cabloca (ou cunhã, como são chamadas as moças da região) a vila. A história é contada de uma forma alegre e sensual pelas duas agremiações, com dança, teatro e música. O Festival atrai mais e mais expectadores a cada ano, vindos de diversas partes do país e do mundo para a Vila de Alter do Chão, a 30 quilômetros de Santarém, no Baixo Amazonas. Tucuxi vence o Festival dos Botos com o “Encanto do Sairé” O Tucuxi foi o vencedor do Festival dos Botos, durante a tradicional festa do Sairé, neste 2011. Na votação foram analisados critérios como figurino, trilha sonora e encenação. O enredo do Tucuxi foi “O encanto do Sairé”, que contou a origem da festa, uma manifestação secular da cultura amazônica. O encerramento da festa do Sairé aconteceu na amanhã desta segunda-feira, com a “Cecuiara”. Para sim-
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Saraipora, Dona Maria Justa durante a competição da derrubada dos mastros Pintando cuia da Família Camargo Fona, na comunidade de São Braz, em Santarém
Na Cecuiara, a festa que celebra o encerramento do Sairé
bolizar o final da programação, comunidade e visitantes da vila realizam o ritual de derrubada dos mastros, erguidos no início da festividade. Os mastros são derrubados a golpes de machado. Este ano, o grupo dos homens ganhou das mulheres a competição de levante e derrubada. Após esse ritual, o grupo de folia “Espanta Cão”, responsável pela parte musical do Sairé, fez um cortejo pela praça jun-
to com os mordomos do Sairé (pessoas que integram a organização da festa), no qual arrecadam doações dos barraqueiros da praça para um banquete, realizado no Sairódromo em meio a danças, músicas e brincadeiras. A celebração de encerramento reuniu crianças, adultos e idosos. À noite, o Baile dos Barraqueiros e Catraieiros, com a Banda Tapajoara, no Sairódromo.
Tarubá, bebida tradicional oferecida na festa do Sairé e produzida com a fernentação das sobras da mandioca
Palha das tradicionais barracas da festa do Sairé
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SÉRGIO MARTINS PANDOLFO*
(*) Médico e Escritor. ABRAMES/SOBRAMES
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TROVAS ANTISSEPARATISTAS
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odalidade especial da quadra, a trova é uma das formas de composição poética mais antigas e definidas, rigorosamente metrificada (sete silabas sônicas) e rimada e deve passar sentido completo e independente (daí porque não se a deve intitular), enfeixando temática de infinda variabilidade, tais como: humorística, lírica, política, circunstancial, satírica, religiosa, filosófica, romântica e muitas outras.
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No momento em que se discute sobre a possibilidade de tripartição do Estado do Pará, com o que absolutamente não concordamos, apresentamos algumas trovas ligadas ao assunto que ora preocupa os legítimos parauaras.
Parauaralândia tá correndo este risco sim, passar de grande Pará a jito Pará-Mirim.
Meu Pará velho de guerra o teu povo não se vexa contra essa gente que berra desde que em teu chão não mexa.
Não vamos deixar - pois sim! Que estranhos vindos pra cá mudem pra Pará-Mirim o que já foi Grão-Pará.
O Pará recebe a todos com alegria, lhaneza, mas não venhas com maus modos que não verás gentileza.
Tripartição do Pará é idéia de jericos, pra fazer do Grão-Pará uma troika de nanicos.
Propõem um Pará jitinho, mas nós não vamos deixar, querem ser nossos vizinhos, pra depois nos afastar.
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Francisco Bolonha O ontem que arquitetou o eterno A inspiração do gênio chamado Francisco Bolonha construiu uma das mais belas épocas de Belém.
Fotos: Adriano Magalhães
álculos, um traçar de retas e nasce. Já na planta baixa, nasce o que há de ser único. Aquele que engenharia novas linhas para a Amazônia nasceu em Belém no dia 22 de outubro de 1872. Francisco Bolonha vinha ao mundo para tornar-se o pé direito do amplo salão da criatividade. Viveria muito, veria muito e daria vida a muito do que decidisse ver. O primeiro ambiente que acolheu o futuro mestre dos refinados ambientes foi a casa em que moravam seus pais, Coronel Francisco Bolonha e D. Henriqueta Bolonha, situada naquela que era então conhecida como Estrada de Nazaré. Ali, na esquina com a Assis de Vasconcelos, erguia-se o lar da já tradicional família Bolonha. A residência, com sua fachada austera e pomposa, bem representava um lema arquitetônico imutável: exteriores traduzem poderio econômico. Internamente, porém, moradas - mais do que mero entorno de paredes - são o relicário onde essências amadurecem. A essência de Bolonha, segundo relatos de seus descendentes, desde sempre parecia nutrida pela vontade de edificar. Interessava-lhe saber como se levantara este ou aquele prédio. De onde vinha o construir? Enquanto não chegava tal resposta, o jovem aristocrata não estaria livre dos escombros da existência. Bolonha perderia a mãe tragicamente. D. Henriqueta faleceria no regresso de uma de suas muitas viagens a Europa. O episódio teve fortes tons de dramaticidade. Certa noite, a bordo de um luxuoso transatlântico que vinha de Paris, a matriarca vestiu seu melhor traje, adornou-se com suas mais caras jóias e, após o jantar, dirigiu-se a murada da embarcação e lançou-se ao mar.
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A dor e seus estranhos aposentos convidou os Bolonha a habitá-la, mas foi logo frustrada. O patriarca do clã terminaria por contrair novas núpcias com D. Augusta de Paiva, oriunda de ilustre família paraense. A madrasta daria dois irmãos a Francisco: Julieta e Benjamim.
Planta do Período
A época que se construía em torno da infância de Bolonha era ainda a dos ares da monarquia. A estética colonial, belo fruto do horror do trabalho escravo, mantinha-se soberana no país, sem que fosse diferente em Belém. O Pará, entretanto, preparava-se para viver sua era de fausto. Os seringais que a mata guardava não tardariam em sangrar ouro. A história precisava de alguém que soubesse construir essa época. Talvez por isso, o talento tenha começado a moldar desde cedo a inteligência do menino Francisco. Aluno aplicado, Bolonha iniciou seus estudos no Colégio Americano, de propriedade e direção do memorável professor José Veríssimo. Foi neste centro educacional, tido como um dos melhores da época, que se aproximou não apenas das letras, mas do mundo das ciências. Instigava-o tudo o que a racionalidade podia construir. Não demorou a descobrir que a beleza era também filha da precisão dos cálculos. Criar o bom gosto, percebeu, era uma questão de aritmética. Desde a juventude, Francisco alimentava-se do refinamento. No colégio, em casa, nos ciclos em que vivia, a regra básica era a polidez, o fino trato. O aroma fluía a partir de baixelas de prata, o sabor era servido em porcelana, o gosto se derramava do cristal. Habitando esse mundo, o paraense ia entendendo que o mundo devia habitar o belo.
Partir e Crescer
Na foto Francisco Bolonha é o número 6 do grupo
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Seguindo a tradição dos que tinham a sorte de bem viver naqueles tempos, Bolonha partiu para a Corte a fim de melhor adornar sua educação. Matriculou-se na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Ali, ocuparia a carteira do evoluir. No liceu estruturado para oferecer nada menos do que rica formação a seus alunos, o jovem de Belém rapidamente se destacou. A sagacidade www.paramais.com.br
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com que dominava a matemática e áreas afins logo fizeram seus mestres perceberem que o caminho daquele rapaz era construir caminhos. E Bolonha andava mais e mais a evoluir sua ótica espacial. Ele transitava pelos luxuosos recintos da aristocracia carioca não apenas para neles caber, mas para observá-los, esmiuçar estruturas, ângulos, cantos, quinas. O que numa sala devia ser amplo ou reservado, iluminado, discreto. Uma revolução conceitual crescia dentro de si. No seu entender, os padrões deviam mudar. O mudo acompanhava o ponto de vista de Bolonha. Na Europa, uma revolução de fato se consumava. Revolução social e ideológica que, inevitavelmente, reconstruía paradigmas estéticos. Eram os esboços de uma bela significativa época, de uma Belle Époque. Sustentado pelos pilares de sua vocação, Bolonha entrega-se ao aprendizado da engenharia civil e arquitetura. Aquela era a morada de seu futuro, não havia como evitar. Discípulo dos grandes mestres do período, vai se soerguendo também como mestre. Foi-lhe tarefa fácil conquistar a admiração de seus contemporâneos. Ao se graduar engenheiro e arquiteto, o paraense já era respeitado por seus pares. Admiração que cedo ganharia vulto nacional. Todo o Brasil daquele início de século XX, entrementes, tinha os olhos ansiosamente voltados para o Velho Mundo. A Europa era como um prédio do qual se via apenas os belíssimos telhados. Francisco Bolonha nunca resistia à vontade de se levar até aqueles interiores. Lá, ele sabia, havia os salões certos em que cadenciar sua criatividade. Ao longo da vida, constantes foram suas viagens ao Antigo Continente.
Palacete Bolonha, arquitetura do Amor
La France
Nova e desconcertante era. A máquina apresentava-se ao mundo como a reconstrutora da sociedade. A Europa engrenava os momentos culminantes da revolução industrial quando Francisco Bolonha desembarca na França. Bancado pelo pai, que se realizava através da genialidade e inquietação do filho, Bolonha reforça seu alicerce criativo com as inovadoras tendências francesas. Nunca satisfeito com o que conhecia, realizou vários cursos de aperfeiçoamento em Nice e Paris. Posteriormente se especializaria em hidráulica na Holanda Iniciais de Francisco Bolonha, em parede do Palacete Bolonha
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Bar do Parque
e Inglaterra. As noções que adquiriria sobre implantação de sistemas de água encanada seriam, a longo prazo, fundamentais para o progresso de Belém. Mas enquanto ainda não vinha reconstruir a história hidráulica de sua terra natal, Bolonha bebia de fontes preciosíssimas. O paraense estava na Cidade Luz no último ano do século XIX e foi, assim, testemunha ocular da célebre exposição de 1900 que presenteou Paris com um monumento então considerado insólito e descabido: a Torre Eiffel. Os parisienses receberam muito mal a construção. Consideraram-na grotesca, exagerada. Os planos eram de que, encerrada a exposição, a estrutura fosse imediatamente desmontada. Atrelado à modernidade dos novos criadores, Bolonha encantou-se com aquela fantástica obra de engenharia. Contemplou-a já com os olhos do amanhã. Não só se fascinou com as propostas fundidas no ferro da torre, como as absorveu em seus conceitos. Foi essa efusão que o fez aproximar-se do engenheiro Gustave Eiffel e dele tornar-se grande amigo. Convívio que lhe proporcionou tomar conhecimento de novas técnicas e sedimentou seu gosto pelo uso de cristais e metais em projetos arquitetônicos.
Arquitetura do Amor
Bolonha era um homem que amava as artes. Poesia, teatro, música. E foi justamente em meio à arte que encontrou seu grande amor. O paraense conheceu a elegante e talentosa pianista Alice Tem-Brink e decidiu entregar em suas mãos a construção de sua felicidade. Francisco e Alice se casaram e o paraense decidiu retornar ao berço de seus caminhos. Para a esposa, que ficou receosa com a mudança para uma terra que desconhecia, ele prometeu: em Belém, construiria um palacete para abrigar a amada. Já célebre em todo país por sua genialidade profissional (tinha projetos desenvolvidos no Rio e em outras capitais), Bolonha decide regressar com a esposa à capital paraense. A partir desse momento, dá início não apenas ao cumprimento de sua promessa, mas a um capítulo ímpar na paisagem urbana da cidade. Devotado à mulher, condensa em seu íntimo todas as referências que amealhara mundo afora e se dedica a construção do Palacete Bolonha. Detalhe a detalhe, do solo da Estrada de São Jerônimo (assim conhecida a rua naqueles idos), ergueu-se um das mais arrebatadoras jóias da arquitetura brasileira. A construção, mais do que tudo, foi um verdadeiro hino de amor à Alice. Tudo no prédio parecia ter sido projetado para acolher a essência da alma feminina. Cada ambiente ia se materializado sorria com a delicadeza das damas da Belle Époque. Na fachada, o requinte dos palacetes franceses aliado à forte influência das exposições industriais européias. Tramando um bordado raro, o 48
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A majestosa estrutura de ferro do mercado de carne de Belém, recém restaurado pela PMB
barroco, o rococó. A cobertura à la Mansard, com telhas vivamente pintadas, compunha um formidável jogo visual capaz de ser admirado à distância. Bolonha queria que a cidade toda soubesse que ali vivia sua riqueza. Seguindo para se entrar no templo poético, passava-se pelo portão e grades em estilo art nouveau. Parando um pouco no hall, antes de mergulhar nos interiores, o sinal de que a fé paraense abençoava a casa: em um nicho entre as portas à direita e à esquerda, uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré. E, por fim, estava-se num dos mais sofisticados interiores que o Norte já conheceu. A modernidade era a governanta da residência. Tudo fora pensado com afortunada inteligência. A ventilação no Palacete era perfeita no combate ao temível calor regional. No térreo, onde se situava a barbearia, uma abertura retangular na parede captava o ar vindo da Dr. Morais e São Jerônimo, permitindo que se espalhasse pelos pisos superiores através da escadaria em caracol. Os recintos, guarnecidos por mármore e madeira de lei, eram de indescritível deslumbramento. Ao talento pianístco de Alice, Bolonha dedicou uma sala de música que, por si, era um acorde sem ecos. Ali se reuniria a elite paraense para se enlevar com memoráveis recitais. Entre outras curiosidades, a concha acústica do recinto segurava delicadamente um lustre com querubins saindo em cascata, cada um tinha na mãozinha uma luz. Nos banheiros e lavabos, louças e torneiras inglesas. Pintadas nos azulejos, rosas de todo o ano. Azulejos brancos com monogramas em ouro e baixos relevos em porcelana com motivos neoclássicos. No forro da biblioteca, metal sanfonado do tipo “deploié”. Técnica possivelmente criada pelo arquiteto. Novidade, aliás, era o que não faltava ao local. O paraense antecipouse confeccionando armários embutidos para valorizar as paredes da copa e do quarto de dormir do casal. O conceito de móveis embutidos ainda não tinha registro em qualquer outra construção. Além disso, as dependências de empregados tinham entradas e saídas independentes, conceito arquitetônico mais do que avançado para a época. A doce loucura criativa não se resumiu ao palacete. Bolonha decidiu construir uma vila que se seguia ao prédio principal, desde a Dr. Morais, projetando-se em suave declive até a altura da Benjamin Constant. A pavimentação da vila era em paralelepípedos encaixados em espinha de peixe, dando à rampa de subida um ar elegante. Tal criação, nascida basicamente com intuito www.paramais.com.br
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O paraense recruta os engenheiros Bento Miranda e Raimundo Viana para, sob sua orientação, dar formas ao Mercado de Peixe de Belém. O prédio que se eternizaria como o Mercado do Ver-o-Peso foi erigido de acordo com as influências que Bolonha absorvera de Gustave Eiffel. O material para concretizar sua concepção foi todo encomendado à companhia inglesa Walter Marc Farlane. A estrutura, pré-moldada em ferro fundido, veio peça a peça da Europa a fim de ganhar corpo na outrora inóspita região das docas. A obra, suntuosa e única em todo o país, foi inaugurada no dia 01 de dezembro de 1901. Por ter construído o mercado com recursos próprios, Bolonha obteve a concessão para explorar por trinta anos o comércio efetuado no local. O arquiteto dava de graça o gelo para os pescadores em troca do monopólio do peixe. Os pescadores que recebiam gelo de Bolonha só podiam vender o pescado para ele. Foi com os lucros dessa transação que o paraense aquilatou impressionante fortuna e, assim, pode bancar os vultosos gastos com o Palacete dedicado a D. Alice.
Cristal do Frio
embelezador, hoje é vista como modelo na arquitetura moderna.
Nova Belém
A Amazônia não poupava finanças para se mostrar ao mundo como uma nova Europa. Belém era a própria Paris n’América. O sustento dessa atmosfera de fantasia vinha do látex. Estava-se no auge da era da borracha e Bolonha cumpria o papel que o destino lhe arquitetara: o de conceder nova engenharia ao Pará. O engenheiro criou seus próprios projetos – até hoje notáveis – e também concorreu para a concretização de inúmeros outros. Logo de seu regresso da Europa, Bolonha solicitou e conseguiu autorização do governo da província paraense para gerir a inexpressiva área das docas de Belém. O que parecia o ato extravagante de um excêntrico milionário era, na verdade, o ver adiante de Francisco. Assumindo a gestão da área que, (naquele tempo), não passava de um grande lodaçal, o engenheiro traz para o âmbito prático todo seu conhecimento em hidráulica. Torna-se, deste modo, o supervisor dos serviços de drenagem dos igarapés que cortavam o local e da urbanização das cercanias. Cumprida tal etapa, decide erguer ali um empreendimento que se tornaria um dos principais cartões postais do Norte. Palacete Bibi Costa na Av Governador José Malcher com Joaquim Nabuco
Gelo. Pedra que, naquele início de século, era verdadeiramente preciosa. O indômito espírito construtivo de Bolonha foi responsável pela construção de uma das primeiras fábricas de gelo do país, situada na rua Gaspar Viana. A indústria do frio chegava para aquecer a modernidade daquela Paris n’América. Bolonha permitiu que o espantoso benefício do gelo chegasse aos lares abastados de Belém, vendido em carrocinhas elegantes puxadas por cavalos, veículos nos quais se lia em letras rebuscadas: “Gelo Bolonha”. O projetista também importou para a Amazônia as geladeiras, feitas de uma cuba de esmalte revestida de madeira, cuidadosamente decoradas como se fossem arcas. Muitas foram as obras urdidas por Francisco Bolonha que redefiniram a capital paraense: a majestosa estrutura de ferro do mercado de carne de Belém, os sem iguais chalés de ferro que revolucionaram conceitos, os quiosques que adornavam a cidade (sendo o mais famoso o Bar do Parque), a idealização do reservatório d’água “Paes de Carvalho” (sistema de distribuição de água que redefiniu a ocupação especial da cidade), a reforma do Mercado de São Braz e a refeitura do prédio da antiga Folha do Norte. Graças a esta última construção, aliás, materializou-se um feito histórico no currículo de Bolonha. De acordo com pesquisas realizadas por técnicos da USP, na estrutura da sede do famoso jornal encontra-se a primeira aplicação de um material que se tornaria fundamental para posteriores edificações. Na época em que o Palacete da Folha foi concluído usava-se estrutura metálica apenas em pontes, na Inglaterra e na França. Bolonha, assim inspirado, decidiu usar estrutura metálica nas paredes e vigamentos da casa. Simplesmente, então, criou o concreto. A concreta capacidade de arquitetar novas paisagens urbanas foi a engenharia do destino deste paraense. Francisco Bolonha abriu portas para o refinamento, descerrou janelas para a poesia arquitetônica. Viveu uma vida sem igual: teve intensos amores, testemunhou fatos históricos. Aplaudiu Carlos Gomes no Theatro da Paz, assistiu o primeiro vôo de Santos Dummont em Paris. Tanto, tanto. O refinado e sedutor aristocrata (que a maior parte do tempo só se vestia de branco) encerrou a arquitetura de si mesmo aos 66 anos. Francisco Bolonha faleceu no dia 08 de julho de 1938. Tocando piano em aposentos de magia, a Memória habita a essência deste mestre, assim como o eterno do que restou de seus projetos habita Belém. Afinal, o que são belas épocas se não tempo que, de tão bem arquitetado, constrói a História? Nota: Matéria feita com a colaboração de Terezinha Lima, bibliotecária da Seção Obras do Pará, da Biblioteca Arthur Vianna, do Centur. (*) CARLOS CORREIA SANTOS é pesquisador e escritor premiado nacionalmente, autor, dentre outras obras, das peças “Nu Nery”, “Ópera Profano” e do romance “Velas na Tapera”. Para mais informações acesse os blogs: http://nadasantostudoalma.blospot.com http://mesmoquenaoqueiraseutecontos.blogspot.com
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É tempo de reunir a família e os amigos para celebrar. Curtir o clima de festa na cidade e saborear delícias como o pato no tucupi, maniçoba, vatapá. É tempo de se emocionar e fazer parte do rio de gente movida pela fé, que preenche Belém no mês de outubro.
É o Natal dos Paraenses,
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