Revista
Pará+ DEZEMBRO 2011
BELÉM-PARÁ
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ISSN 16776968
EDIÇÃO 118
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Novembro/2011
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Festas de fim de ano
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Amazônia ‒ uma das Sete Maravilhas da Natureza
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12 Ideias de Marketing para 2012
Ver-o-Pará
Tosca emociona público na abertura do X Festival de Ópera...
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Para os que querem dividir meu Pará
Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br
ÍNDICE DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Anete Costa Ferreira, Bruna Campos Camillo Martins Vianna, Carlos Correia Santos, Célia Fernanda, Ivan Postigo, Márcia A. Araujo, Ricardo Jordão Magalhães, Ruth Rendeiro, Sergio Pandolfo, Vinicius de Moraes; FOTOGRAFIAS: Adriano Magalhães, Alzir Quaresma, Carlos Sodré, Cristino Martins, Eliseu Dias, Eunice Pinto/ Ag. Pará, Flávio Ramos, Marcello Casal Jr./ ABr, Marlon Baptista e Werick Santos; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios
* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
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Mestre Verequete: um caboclo ritmado a pau e corda
A potencialidade do caranguejo Uçá
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Confira as dicas da consultora para conseguir realizar a festa de fim de ano com pé direito.
Sugestões A primeira providência para tornar a festa uma iniciativa bem-sucedida é sondar como os empregados gostariam de celebrar a passagem do fim de ano. Assim, a chance de eles ficarem realmente motivados para participar da comemoração é, sem dúvida, muito maior.
Funcionários à vontade A festa de fim de ano tem de ser elaborada, organizada e realizada para os funcionários, e só para eles. Nada de convidar clientes, fornecedores, acionistas.
O lugar certo
Festas de fim de ano >>
por Márcia A. Araujo
Natal e o Ano Novo estão chegando. Minúsculas lâmpadas coloridas começam aos poucos a enfeitar as fachadas de casas e prédios. Árvores natalinas, presépios e bonecos de Papai Noel invadem vias públicas, lojas e shopping centers. As pessoas andam de um lado para outro à procura daquele mimo especial para presentear parentes e amigos. E, como não poderia ser, esse espírito de confraternização também bate com força total à porta das empresas. As organizações buscam passar nestes eventos mensagens para os colaboradores, seja em relação a metas, resultados, motivação, novos desafios, integração ou lançamen-
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tos de produtos ou serviços. Quase todas têm o exclusivo intuito de comemoração. E resolvem promover animadas festas de final de ano. A decisão é boa para todo mundo, patrões e empregados. A iniciativa mostra que a empresa está preocupada em valorizar os funcionários, que se sentem mais motivados a vestir a camisa. A festa de fim de ano serve, de certo modo, para marcar o começo de um novo ciclo de vida da organização. Afinal, se sua empresa fechou bem o ano, obrigado, nada mais justo que comemorar as vitórias. Mas, se ao contrário, a organização amargou situações bastante complicadas, aproveite a ocasião para lavar a alma e levantar a auto-estima do pessoal.
A recomendação: tente procurar lugares inusitados ou montar uma decoração especial para dar aquele charme a mais à confraternização. E, principalmente, não deixe de verificar se realmente oferecem uma infra-estrutura adequada às suas necessidades. Os banheiros estão em bom estado? A cozinha está devidamente aparelhada? O local é de fácil acesso? Tem estacionamento? A casa dispõe de uma equipe de seguranças? E quanto aos aparelhos de ar-condicionado?
O tipo de festa A melhor opção é criar um momento de total descontração. Montar a festa na própria empresa com direito a shows e sorteios de prêmios? Isso irá depender do perfil da companhia, dos recursos disponíveis e do número de convidados.
Trabalheira Não se iluda. Tratar do planejamento à realização de uma festa de fim de ano dá trabalho. E muito. Feliz Natal, Feliz Ano Novo! Momento de total descontração
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Nossa Árvore de Natal autor toma emprestada informação preciosa constante em pequeno e interessante documento chamado “JOGOS DOS BICHOS: FAUNA. JOGO DA FAUNA X FLORA BRASILEIRA. Jogos Associativos” onde, entre outros assuntos, são descritos como e quais animais plantam diversas árvores que compõem a maior floresta dos trópicos. Daí porque o conteúdo passado pelo autor ficará por conta de possível responsável, caso seja identificado. Vamos ao que possa interessar: Angelim, gênero da família Leguminosae, sub-família Papilionacea, caracterizada por apresentar grandes folhas pinaculadas, flores exuberantes e perfumada, rosas ou púrpuras e seu maior plantador é a arara que abre as vagens, alimenta-se de algumas sementes e deixa cair um outro tanto ao solo. Fiquemos por aqui mesmo, para encerrar, antes de outros floreios: É a maior árvore do Brasil, atingindo até 65 metros de altura e, estamos conversados. Toda essa peroração, para relatar fato interessante ocorrido recentemente em uma florestinha precursora formada na décadade 1950, com total apoio do Engº Agrº Agostinho de Castro Ribeiro, na localidade de Taciateua, situada no município de Santa Maria do Pará, na Zona Bragantina, atualmente Região do Rio Caeté, por onde atravessava a ferrovia que ligava a capital Belém, à cidade de Bragança, fronteiriça ao estado do Maranhão, desativada durante o regime militar. Pois bem, no belo arboredo mantido pela SOPREN, foram identificadas pelo filho do autor, Camillo Jr., dois “filhotões” de angelim
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por Camillo M. Vianna
às margens do rio Taciateua, e que agora estão recebendo a devida atenção e em breve deverão iniciar o processo de floração e frutificação.
A introdução na florestinha de Taciateua de outras espécies que estavam em processo acelerado de desaparecimento, como é o caso muito representativo do cumaru, que, a partir de mudas trazidas da Unidade Agropecuária da Secretaria de Agricultura do Pará do município de Abaetetuba, proveniente de sementes obtidas no estado do Amazonas ,com o passar do tempo deram frutos e proporcionaram o surgimento de novas plantinhas até mesmo em locais afastados das plantas-mãe. Isso porque novos personagens entraram em cena, nada mais, nada menos, que morcegos frugívoros agindo ativamente na dispersão de sementes e ampliando consideravelmente a presença do cumaruzeiro em diversos pontos da região, castigada pela devastação ao longo de décadas. O início da safra do fruto do cumaru neste ano de 2011 possibilitou à SOPREN fornecer a um conhecido plantador de árvores da região do Baixo Tocantins, Sr. Daniel Lima, aproximadamente mil sementes que foram levadas ao município paraense de Concórdia do Pará, situada na Região do Rio Capim, colaborando ainda mais para ampliar as áreas de plantio e com isso garantir a sobrevivência da espécie. Curiosamente aqueles dois pés de angelim encontrados em Taciateua estão sendo chamados carinhosamente por membros da SOPREN de Árvores de Natal e de forma singela serão decoradas com enfeites característicos à época natalina para dar destaque a essas verdadeiras preciosidades amazônicas. (*) Sopren.Sobrames
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A iluminação natalina da Pra República, deu inicio ao proj ça da eto Belém, Natal de Luz
Belém, Natal de luz >> por Edson Oliveira
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um momento de comemoração. O Natal representa luz, amor,união. Toda essa programação foi planejada pela prefeitura para chamar a atenção da população paraense para o que foi preparado com tanto carinho e também para dizer que estamos lutando pela preservação da nossa natureza, a preservação de um espaço tão bonito que a nossa cidade tem”.Assim o prefeito de Belém, Duciomar Costa, resumiu, a inauguração da iluminação natalina da Praça da República, dando inicio ao projeto “Belém, Natal de Luz”.
Fotos: Elivaldo Pamplona
A inauguração da programação natalina da PMB, teve inicio exatamente no momento em que o prefeito entregava a chave da cidade ao Papai Noel. “Entregar a chave da cidade para o Papai Noel significa dizer que o bom velhinho traga grandes presentes para essa nossa capital”, disse Duciomar Costa. Duciomar destacou a importância da programação para a cidade. “Tudo isso é um presente para Belém. É um convite para que as famílias possam vir até aqui e sentir um pouco dessa celebração de amor e de paz. E também, renovar os tantos senti-
mentos com o renascimento de Cristo em nossos corações”, disse o prefeito. O prefeito caminhou pela praça, acompanhado de seus assessores e do público em geral. Muitas vezes teve que parar para receber o carinho das pessoas que fizeram questão de manifestar confiança no seu trabalho à frente da Prefeitura. “ Pra mim ele é um dos melhores prefeitos que essa cidade já teve. Um exemplo disso é essa linda decoração que a praça está recebendo”, afirmou a dona de casa Ruth Santana, 55 anos. Quem compartilha da mesma opinião é a
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A Praça da República estava
lotada
A inauguração da programação natalina da PMB, teve inicio com entregava da chave da cidade ao Papai Noel
diretora geral do gabinete, Hellen Zaparrote. “O espírito natalino se reflete hoje, na Praça da República. A praça que antes era escura ficou diferenciada e valorizada com essa decoração e iluminação. Eu adorei”, disse. Para que tudo ficasse como o planejado, a
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Praça da República, palco da programação de Natal, recebeu da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), a revitalização do paisagismo, roçagem, poda das árvores, limpeza dos lagos e recomposição do gramado. A programação “Belém,Natal de luz” vai
até o dia 22 de dezembro, com atrações em diversos pontos da praça. Dentre as várias poções de diversão para as crianças está o ônibus-biblioteca Levi Hall de Moura, da Biblioteca Avertano Rocha, que estará com diversas atividades lúdicas durante o projeto.
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O azevinho no Natal português >>
por Anete Costa Ferreira*
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eza a história que durante o solstício do Inverno as civilizações pagãs colocavam para decorar as casas folhagens de azevinho por acreditarem que a planta tinha poderes mágicos. Os romanos tinham o hábito de trocar ramos dessa árvore como presente dando origem a decoração nos lares cuja principal crença era ser símbolo de paz e felicidade. Segundo a lenda o Deus Baco em uma das suas viagens ao atravessar o país, ficou impressionado com a beleza do azevinho. Decidiu colhê-lo e cultivá-lo como uma lembrança especial das suas andanças. Símbolo da Vida, por haver protegido o Menino Jesus durante a fuga da Sagrada Família para o Egito
Para os celtas a utilização era bem diferente de decoração. Utilizavam as folhas para tratar enfermidades principalmente como antídoto contra venenos. Os ingleses usam o azevinho para decoração com a crença de que a planta espanta os maus espíritos e traz prosperidade. A origem consta da lenda de que a planta era usada pelos Druídas para afastar os malefícios. Então passam a colocar nas janelas e nas portas as folhas crentes de que estas são barreiras para impedir a entrada dos
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espíritos maus. A ideia é seguida por outros simpatizantes que optam pela decoração especialmente nas festas natalinas. O povo americano tem no azevinho um verdadeiro símbolo do Natal. Entendem que a planta representa o nascimento, a crucifixão e a ressurreição de Cristo. Tem um carinho especial pelos frutinhos arredondados, de cor vermelha brilhante que se adaptam facilmente à confeção de uma variedade de enfeites nas mais diversas festividades.
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Coroas de azevinho no Natal português
A Igreja que havia proibido o uso das folhagens dessa planta e ao notar que o procedimento se propalava entre os povos decide alterar tal comportamento afirmando aos fiéis que os ramos do azevinho representava o “Símbolo da Vida” por haver protegido o Menino Jesus durante a fuga da Sagrada Família para o Egito, impedindo que fosse morto pelos soldados de Herodes. Esse episódio passou a integrar a mitologia católica e a ser usado nos mais variados enfeites natalinos. A troca de conhecimentos entre os navegadores propicia a chegada a Portugal da planta azevinho que pela sua beleza natural e características ornamentais tornou-se preferida para adornos e arranjos natalinos sob a forma de coroas, guirlandas ou simplesmente os ramos que além de serem colocadas em vários espaços de estabelecimentos comerciais e residenciais são distribuídos ordenadamente nos presépios ocupando lugar de destaque durante a quadra natalina perpetuando a tradição. Louças, toalhas, guardanapos, brinquedos e vários artefactos têm como base o azevinho. Algumas localidades lusitanas costumam pendurar na porta de entrada ou por detrás das janelas em forma de coroas, justificando que o ornamento significa o nascimento de Jesus representado a vitória sobre a morte e o pecado. O azevinho por ter em dezembro procu-
O azevinho resiste ao Inverno mantendo sempre verdes suas folhas brilhantes e as bagas vermelhas durante toda a estação do frio
ra intensa e desordenada em Portugal, obrigou o governo criar uma lei protetora para salvaguardar este tipo de árvore ornamental que resiste ao Inverno mantendo sempre verdes suas folhas brilhantes e as bagas vermelhas durante toda a estação do frio. Felicito os leitores deste espaço com um trecho do poema “Natal” do poeta portu-
guês António Gedião: “Dia de Confraternização Universal, Dia de amor, de Paz de Felicidade, de Sonhos e Venturas. É dia de Natal Paz na Terra dos Homens de Boa Vontade Glória a Deus nas Alturas”. (*) Correspondente da Pará em Portugal
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Desejamos a todos um Feliz Natal
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Clientes, Fornecedores, Funcionários e Parceiros estão super ansiosos por fazer negócios com seres humanos divertidos, criativos, autênticos, desmascarados e completos
12 Idéias de
Marketing para 2012
E ai, já começou a pensar no seu Plano de Marketing Quebra Tudo para 2012? O meu palpite é que você nem começou a pensar nesse assunto. Acertei? >> lado bom da coisa é que você pode começar a pensar nesse assunto agora mesmo levando em conta algumas idéias de marketing que acredito que você tem que levar em conta para 2012. São idéias estratégias, táticas, pontuais, dê o nome que quiser, mas recomendo colocá-las em prática antes que o mundo acabe para a sua empresa em 2012. Aqui vão elas: 1. Fazer negócios com você tem que ser divertido. A era sisuda de fazer negócios já era. A vida é muito dura para ser levada tão a sério. Clientes, Fornecedores, Funcionários e Parceiros estão super ansiosos por fazer negócios com seres humanos divertidos, criativos, autênticos, desmascarados e completos. O web site da sua empresa tem que ser
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por Ricardo Jordão Magalhães*
divertido, os textos dos seus produtos tem que ser divertidos, as fotos dos produtos tem que ser divertidas, os Vídeos da empresa tem que ser divertidos, o futuro aplicativo mobile da empresa tem que ser divertido, o atendimento de vendas tem que ser divertido, o ambiente de trabalho tem que ser divertido, as reuniões tem que ser divertidas. Eu entendo que especialmente no Brasil é difícil criar um ambiente divertido sem perder o profissionalismo. Você oferece a mão, a galera pega o braço, mas ainda assim, se em paralelo você aplicar metas, métricas de performance e objetivos claros de negócios, é possível ter um ambiente divertido dentro do mundo corporativo. A idéia da diversão representa um grande desafio para os marketeiros das empresas.
O conceito não cabe em manuais de uso de marca. Pelo contrário, as drogas dos manuais de uso de marca são responsáveis por justamante ENGESSAR a marca da empresa e dar controle total para os marketeiros sisudos e ultrapassados manterem todo tipo de controle. Se o Google, que é o Google, bagunça com a própria marca quando celebra alguma data especial, por que você, que nem de perto é uma Google, é rabugento com a sua marquinha??? Deixa todo mundo se divertir com a marca da empresa!!! O Marketing tem que ser divertido! 2. A sua empresa tem que entrar na Era do Vídeo! 17% de todas as televisões vendidas no Brasil em 2011 serão TVs com conexão a internet. Estima-se que até 2015 75% das televisões vendidas terão acesso www.paramais.com.br
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Algumas idéias de marketing que acredito que você tem que levar em conta para 2012
a internet. Internet e TV, tudo a ver! Imagina o que vai acontecer com a televisão & internet quando a Apple lancar a AppleTV no ano que vem, o tráfego vai explodir! Em 2013, 90% de todo o tráfego na web será Vídeo. Os vídeos do YouTube tiveram mais de 3,5 bilhões de visualizações no mês passado, um crescimento de 500 milhões em apenas seis meses. Revolution Total!!! A rede bobo tá danada! A bicha terá que dividir a atenção da sua audiência com o YouTube, a Netflix, o TED, o Direto das Trincheiras, e, se você acelerar o ritmo, com o programa de vídeos da sua empresa. Uma pessoa lê, dez escutam música, mil assistem vídeos. Nunca se esqueça disso. Vídeo é muito poderoso. Vídeo é um recurso de marketing que até pouco tempo atrás estava restrito a meia dúzia de produtores e canais globais. Essa era já era. Existem hoje centenas de estúdios e profissionais de vídeos disponíveis para te ajudar a criar a Bizrevolution.tv da sua empresa. Você precisa entrar na era do vídeo. Vídeo é Viral, Vídeo é Divertido, Vídeo é
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Poderoso! Você precisa fazer vídeos de testemunhais de clientes, casos de sucesso, palestras técnicas, apresentações e demonstrações de produtos, resenhas de produtos, entrevistas com especialistas, análises de tendências, dicas sobre como fazer as coisas, enfim, você precisa entrar na era do vídeo. Tá esperando o quê? 3. Chega de muros, chega de paranóia, a sua empresa tem que ser Social! Nós somos o resultado da rede de relacionamentos que conseguimos formar durante a nossa vida. Quanto maiores forem as redes de relacionamentos dos funcionários da sua empresa, maiores serão as oportunidades de negócios que a sua empresa terá. Em 2012, a sua empresa precisa incentivar e premiar a sociabilidade dos seus funcionários. Em 2012, permita que a galera use as redes sociais durante o horário de trabalho, e premie aqueles que fizerem o melhor uso das redes sociais. Premie o funcionário que apresentar o
maior crescimento de número de seguidores da sua marca pessoal; premie o funcionário que melhor engajar os clientes da empresa nas suas redes sociais pessoais; premie o funcionário que tiver o maior número de comentários no texto que escreveu e publicou no blog da empresa; premie o funcionário que obter o maior número de “likes” na Facebook. Premie o funcionário que der as caras para bater nos vídeos da empresa, premie o funcionário que transformar os relacionamentos virtuais que levantou em relacionamentos cara-a-cara. Em 2012, premie o funcionário que participar do maior número de eventos presenciais ou on-line, premie o funcionário mais sociável. Pessoas compram de pessoas, não de empresas. Trabalhe duro em 2012 para deixar claro para os clientes que a sua empresa é formada por seres humanos que adoram interagir com outros seres humanos. 4. Meça a Satisfação do Usuário, e não a Satisfação do Consumidor. Para muita gente o mundo dos negócios é a arena do toma lá dá cá, tipo “Se não vai comprar
Os problemas dos clientes estão ficando cada vez mais complexos e específicos
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nada, cai fora”. Dá para contar nos dedos de uma mão e ainda vão sobrar muitos dedos, as empresas que incentivam os seus consumidores a se tornarem usuárias dos serviços da empresa. Explico. A grande maioria das empresas quer apenas que o consumidor consuma a droga do produto que vendem e caiam fora o mais rápido possível. Não existem sofás e cadeiras para você relaxar dentro das lojas de varejo. Não existe conteúdo relevante dentro dos web sites das empresas. Ninguém faz esforço nenhum para fazer você permanecer na loja depois que comprou! Ao terminar a sua refeição em 95% dos restaurantes que tem por ai, você é imediatamente convidado a se retirar para livrar a mesa para o próximo consumidor. No Frans Café, por exemplo, não existe uma única maldita tomada de energia elétrica para o consumidor plugar o seu notebook enquanto consome o seu cafezinho. A Starbucks, por outro lado, oferece uma dúzia de tomadas em seus restaurantes. A idéia aqui é criar situações online ou offline que incentivem a permanência do seu cliente dentro da sua empresa. As agências de propaganda, escritórios de advocacia, engenharia ou mesmo contabilidade, poderiam criar a sala do cliente dentro dos seus escritórios, e incentivá-los a trabalhar de lá mesmo; as lojas de varejo poderiam oferecer eventos e palestras para incentivar o seu cliente a permanecer mais tempo dentro das lojas; as empresas poderiam fazer uso da sua Fan Page na Facebook para criar um espaço de troca de idéias. Em 2012, você deveria medir a quantidade de tempo que o seu cliente permanece em contato com você, e não apenas o número de transações. 5. CRM feito pelo Cliente. Para muitos vendedores e marketeiros que tem por ai, CRM ainda significa Conselho Regional de Medicina. Ninguém usa software de CRM no Brasil. É uma vergonha. As razões são diversas: desconhecimento da matéria, boicote da força de vendas, falta de planejamento comercial e muito mais. Em 2012 eu recomendo a você adotar uma nova estratégia com relação a CRM: incentive o próprio cliente a manter atualizado o seu próprio “cadastro”. Se você trabalha com clientes-pessoas físi14
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O produto tem que ser dúca, as pessoas que entregam os produtos tem que ser dúca, a proposta da empresa tem que ser objetiva
cas, incentive o cliente a usar o Foursquare. Ao fazer o “check-in” na sua empresa no Foursquare, o cliente automaticamente deixa sua marca digital com todos os seus dados no seu banco de dados. Se você trabalha com clientes-pessoas jurídicas, recheie o seu web site com diferentes formulários que capturam diferentes dados dos seus clientes em troca de download de e-books, vídeos, artigos e muito mais. Chega de esperar pela boa vontade dos vendedores. Deixe o cliente te ajudar. 6. Funcionários e Clientes como uma extensão do departamento de marketing da empresa. O que pensa o seu cliente? Quais são as suas necessidades? Quais são os seus objetivos? Parece coisa de maluco mas apenas meia dúzia de empresas sabe quais serão as necessidades dos seus clientes em 2012. Em 2012 você precisa trazer a turma que influencia o seu negócio - clientes e funcionários - para dentro do departamento de marketing. Em 2012 compartilhe documentos “secretos” com clientes-chaves, formente uma comunidade fechada com a participação de clientes estratégicos, permita a livre expressão de feedbacks positivos e negativos sobre a sua empresa, deixe os seus clientes participarem do processo de decisão de inclusão de novos produtos e serviços. Em 2012 transforme os funcionários da empresa em blogueiros, twiteiros, videomakers e ombudsman, mas acima de tudo, crie situações transparentes onde os funcionários podem compartilhar livremente todas as suas idéias sobre o desenvolvimento da empresa. Em 2012 use as redes sociais e a web para te ajudar a definir o que é a sua empresa, quais produtos você deve vender, quais
serviços você deve oferecer. Marketing é muito importante para ficar restrito apenas a um departamento da empresa. 7. Seminário Reverso. Além das palestras e eventos que você realmente deve fazer para promover a sua empresa para os quatro cantos do mundo, que tal criar um momento dentro da sua empresa onde os seus funcionários assistem os clientes palestrar sobre suas estratégias e objetivos? Vá buscar o cara de limusine, estenda o tapete vermelho por todo o escritório, convide todos os funcionários chaves para participar da palestra - principalmente aqueles imbecis que acham que os melhores clientes são chatos. Os Seminários Reversos são uma oportunidade única para a empresa aprender sobre as estratégias e objetivos do cliente para os próximos meses, ouvir o que o cliente tem a dizer sobre a empresa, e o que ele espera dos seus melhores fornecedores. 8. Receita recorrente. Não seria o máximo se você pudesse começar o mês com 70% do faturamento garantido? Então porque você não começa a vender assinaturas de serviços ou contratos de manutenção de produtos? Todos os produtos do planeta poderiam ser vendidos por assinatura. Carros, computadores, serviços de lavanderia, telefones, flores, cursos, livros, roupas, consultoria, absolutamente tudo. O modelo de receita recorrente é uma maneira de forçar a sua empresa a sair do modelo de vendas transacionais onde o vendedor se importa apenas com a sua meta e a empurroterapia de produtos, e migrar para o modelo onde o que importa é construir relacionamentos e estar presente dentro do cliente. 9. Compre 5, doamos 1. 50% das ONGs www.paramais.com.br
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que tem por ai são entidades de fachada criadas para lavar dinheiro ou ajudar a empresa-mantenedora a pagar menos impostos. Ao invés de criar uma ONG ou Fundação ou qualquer coisa do tipo para ajudar uma causa que não tem nada a ver com o que você faz todos os dias, simplesmente doe alguns dos produtos que você vende para quem precisa. Se você vende computadores, doe 1 a cada 5 computadores que vender; se você vende sapatos, doe 1 a cada 5 pares de sapatos que você vender; se você está no negócio de transportes, de cada 5 passageiros que você transportar, doe 1 assento para quem precisa; se você está no negócio da educação, doe 1 curso a cada 5 que você vender. Eu faço isso desde sempre. Em todos os meus cursos, palestras e web seminários tem gente participando de graça. Se o produto que nós vendemos realmente resolve os problemas da humanidade, por que não usá-lo para ajudar as pessoas? 10. Ninguém precisa de vendedor de solução, o Cliente precisa de Especialistas. Na teoria acredita-se que o cliente prefere comprar tudo em um único lugar. Por conta disso surgiram milhares de malucos dizendo que vendem a “solução completa”. Bobagem. Na prática o cliente já experimentou comprar tudo em um único lugar e percebeu que o cara que diz que vende tudo não entende de nada. Hoje, o cliente procura por especialistas. Os problemas dos clientes estão ficando cada vez mais complexos e específicos, portanto, sai dessa de vender solução, e concentre todos os seus esforços em se especializar em duas ou três coisas. Na prática é loucura vender a tal da solução.
Chega de esperar pela boa vontade dos vendedores. Deixe o cliente te ajudar…
Se você fizer a conta vai perceber que custa muito caro para você lidar com diferentes fornecedores para conseguir entregar a tal solução completa. Talvez alguns clientes até achem o máximo esse seu esforço, mas na prática você está se esforçando demais para ter retorno de menos. Entre em 2012 cortando as gordurinhas da empresa! Rapa fora 50% do seu mix de produtos, solucões e serviços e foco em ser melhor em pouquíssimas coisas. 11. Crie um Software para competir com a Microsoft. O Século 21 é o século do software. Absolutamente todos os profissionais desse planeta deveriam transformar o seu conhecimento em um software que pudesse ajudá-lo a fazer mais com menos e ainda se relacionar com os seus clientes. Hoje as pessoas e as empresas resolvem muitos dos seus problemas particulares criando planilhas e documentos chinfrim com o Excel ou Word da Microsoft. Essa era está acabando.
Deixa todo mundo se divertir com a marca da empresa!!! www.paramais.com.br
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Um pediatra, por exemplo, poderia registrar todo o histórico dos atendimentos que realiza para seus pequenos pacientes em um software que transmitiria via web todo o mapa do que aconteceu, e as tarefas que os pais tem pela frente. Mecânicos, dentistas, consultores, vendedores de sabonete, papel, prestadores de serviços de todos os tipos, todos poderiam transformar para melhor a maneira que trabalham ao incluir um software no meio do caminho. Seja qual for a indústria ou segmento de mercado que você atua hoje, um dia você será uma empresa de software. Por que não em 2012? 12. Lute para acabar com o marketing! Marketing é Tudo. Tudo é Marketing. O pior e o melhor do mundo foi criado, divulgado e promovido pela turma do marketing. Hitler é filho do marketing, o iPad é filho do marketing. Em 2012 lute para transformar o marketing da sua empresa em um verdadeiro aliado de um mundo dos negócios mais real e autêntico. O marketing dos publicitários já era. O produto tem que ser dúca, as pessoas que entregam os produtos tem que ser dúca, a proposta da empresa tem que ser objetiva. Os melhores clientes vão ignorar a sua propaganda, e pular direto para “O que você tem para mim?”. 50 anos atrás o marketing foi inventado com a missão de entender e atender as necessidades dos clientes. Passados 50 anos, chegou a hora de cumprir essa missão e parar de enfeitar o pavão com filosofia de cerveja. Nada menos que isso interessa! Quebra tudo! Foi para isso que eu vim! E Você? (*) Caçador de Pavão. Bizrevolution ricardom@bizrevolution.com.br www.bizrevolution.com.br
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Amazônia ‒ uma das Sete M
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fundação suíça New 7 Wonders anunciou: a Amazônia é uma das Sete Maravilhas da Natureza. Junto com as Cataratas do Iguaçu, que são compartilhadas pelo Brasil e outros países da América do Sul, foram eleitas também, as seguintes atrações: Baía de Halong (Vietnã), a Ilha de Jeju (Coreia do Sul), o Parque Nacional de Komodo (Indonésia), o rio subterrâneo de Puerto Princesa (Filipinas) e a Table Mountain (África do Sul). Os locais foram anunciados em ordem alfabética e não por ordem de votação. O concurso recebeu cerca de 1 bilhão de votos. A votação foi feita pela internet, telefone e mensagens de texto da qual participaram milhares de pessoas. A votação terminou dia 11 de novembro de 2011 às 11 horas, 11 minutos e 11 se-
gundos, horário GMT. A divulgação foi feita pelo site new7wonders.com. O processo da eleição das Sete Maravilhas da Natureza começou em 2007, com a inscrição de 440 atrações de 200 países na disputa. Em 2009, um “júri de experts” (composto por sete pessoas, entre elas um ex-diretor da UNESCO e o próprio presidente da 7 New Wonders, Bernard Weber) escolheu as 28 finalistas. Das 28 finalistas, sete candidaturas procediam da América, cinco da Europa, duas da África, três da Oceania e 11 da Ásia. Recorreu-se, então, ao voto popular para decidir quais seriam as Sete Maravilhas da Natureza: milhões de pessoas participaram do sufrágio, votando via internet, mensagens de celular e ligações telefônicas. O total de votos que cada concorrente recebeu, porém, ainda não foi revelado
AmaApós a confirmação da vas zônia como uma das no es da maravilhas, os morador tal do cidade de Iquitos – capi de departamento (estado) amaLoreto, a maior região m zônica do Peru –, fizera ra uma verdadeira festa pa o, com comemorar a nomeaçã rio direito a um banho no Amazonas. João Ramid
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pela New 7 Wonders. Estar entre as sete maravilhas da natureza vai trazer grandes benefícios sociais e econômicos para os escolhidos. Consolida-os como marca de valor internacional e com certeza vai aumentar o fluxo de turistas nas regiões. A vitória na competição dará maior visibilidade internacional às atrações vencedoras.
Domínio asiático A grande quantidade de atrações asiáticas orientais eleitas provisoriamente na disputa (quatro ao todo) chamou a atenção do presidente da Fundação New 7 Wonders, Bernard Weber: “isso reflete a maneira como o mundo está cada vez mais voltado para o Oriente”, disse ele. O chefe
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Praia de Alter do Chão
e Maravilhas da Natureza de comunicação da instituição, Eammon Fitzgerald, por sua vez, ressaltou o fato de a Ásia possuir uma enorme população (apenas na China e na Índia vive mais de um terço da humanidade) que está cada vez mais conectada à internet, “o que impulsionou a votação naquela parte do mundo”. Alguns políticos e celebridades, por sua vez, entraram com tudo na campanha de divulgação das atrações de seus países. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por exemplo, foi à televisão dizer que uma eventual eleição do Mar Morto traria mais turistas ao local e beneficiaria “Israel, Jordânia e Autoridade Palestina”. “Seria um incentivo para que nossa cooperação econômica crescesse, em uma época de grande instabilidade na região”, disse o mandatário.
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A divulgação da Amazônia como uma das Sete Maravilhas da Natureza, no Brasil, foi centrada nas Revistas Amazônia e Pará +, e nas suas redes sociais, que exautivamente conclamavam dirigentes, seus leitores e a população brasileira, a votarem na Amazônia. Os futebolistas Lionel Messi e Kaká, por sua vez, pediram votos para as Cataratas do Iguaçu, enquanto o primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mohammad Bin Rashid Al Maktoum, se posicionou à frente das câmeras e usou um smartphone para votar na ilha de Bu Tinah. Criada na Suíça, a Fundação New 7 Wonders foi a responsável por realizar, em 2007, a eleição das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, que teve o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, como um dos
vencedores. A instituição também já começou a organizar uma nova disputa, que nos próximos anos irá eleger as Sete Cidades Maravilhosas do Mundo. Os vencedores ainda são provisórios. Os votos precisam ser auditados. A lista oficial será divulgada no começo de 2012. O empresário suíço Bernard Weber, fundador da empresa New Open World Corporation, agradeceu o apoio e afirmou que quem participou do concurso demonstrou “uma preocupação com algo que é muito importante para todos nós: nossa casa, a Mãe Terra”. Quando forem validados oficialmente, estes locais farão parte da Memória Global da Humanidade para sempre”, disse Bernard Weber presidente da 7 New Wonders.
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na Argentina e Brasil, estão As cataratas do rio Iguaçu, do e estão rodeadas por mun do s rata cata ores entre as mai esta tropical, com centenas dois parques nacionais e flora e flora raras e ameaçadas de espécies de faun
name e tem uma A Baía de Halong, fica no Viet1969 pequenas e tros ome quil 120 de ta cos enormes grutas e ilhas. “Várias das ilhas têm de 200 espécies de naquelas águas vivem mais peixes e 450 de moluscos”
cesa localiza-se nas O rio subterrâneo Puerto Prin vel por mais de oito egá nav a, Filipinas. O curso de águ gruta com várias câmaras e quilómetros, entra por uma estalactites e estalagmites
O Turismo De acordo com a coordenadora-geral de
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regionalização do Ministério do Turismo, Ana Clévia Guerreiro, essa conquista vem somar ao momento positivo de exposição mundial que o País vive com a chegada da
Copa do Mundo e das Olimpíadas. “Isso dá visibilidade para o Brasil, e não é só o turismo que se beneficia, mas todas as atividades econômicas que envolvem as
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uma superfície de A ilha vulcânica de Jeju, com a Sul da Coreia. tros óme quil 130 1846 km², fica Coreia do Sul, da alta s mai a tanh Jeju tem a mon acima do nível ros met 0 195 e ergu se Hallasan, que do mar
Indonésia. Criada Parque Nacional Komodo, nadragão de Komodo, o r ege em 1980 para prot -se por 1871 km² esta área protegida estende
belezas naturais”. Ela também ressaltou que a premiação beneficiará o turismo de todo o país, e não só dos locais escolhidos. “Quando a
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da África do Sul. Sobreviven Table Mountain é um ícone de erosão, este local – 1086 s do a seis milhões de ano - alberga mais de 1470 metros acima do nível do mardos mais ricos do mundo um espécies de plantas,
pessoa vem ao Brasil, ela tem um tempo de permanência maior e deseja aproveitar ao máximo para conhecer o que pode do País. Ela faz um roteiro misto onde tem
algo principal que motivou a viagem dela e depois aproveita para conhecer outras coisas”.
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Ver-o-Pará Governo lança plano estratégico e cria Secretaria de Estado de Turismo >> om o objetivo de fortalecer o segmento turístico, o Plano Estratégico de Turismo do Estado do Pará, denominado “Ver-o-Pará”, foi lançado pelo governador Simão Jatene e pelo presidente da Companhia Paraense de Turismo, Adenauer Góes, no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas. Na presença da secretária Nacional de Políticas de Turismo, Isabel Mesquita, e de diversas autoridades estaduais e municipais, o governador também assinou um Termo de Compromisso para criação da Secretaria de Turismo do Estado do Pará. “Hoje, ao apresentarmos esse plano estratégico para o turismo, temos a oportunidade de vermos nosso potencial e também nossos desafios. Ao assinar a criação da Secretaria de Turismo, não faço simplesmente para criar mais um órgão, e sim para que seja um instrumento concreto de viabilização do turismo neste Estado. Agora o projeto de lei será encaminhado à Assembleia Legislativa, e não tenho dúvida que, de forma rápida e eficiente, os parlamentares deverão aprová-lo”, afirmou o governador.
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Adenauer Góes, da Companhia Paraense de Turismo, mostrou as metas do Plano Estratégico de Turismo
por Amanda Engelke
Resultado de um trabalho realizado pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur), com a consultoria da empresa espanhola Chias Marketing, Adenauer Góes destacou que o plano “Ver-o-Pará” surge como norteador das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento e fortalecimento do turismo paraense, como ferramenta de geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida dos que estão ligados direta e indiretamente a essa cadeia produtiva. “O plano contempla uma série de questões, desde as emergenciais, que já começaram a ser postas em prática desde agosto deste ano, até as nossas metas, a serem alcançadas nos próximos anos. Ele fortalece a gestão pública do turismo, a fim de que o Pará dê passos largos rumo ao desenvolvimento, e ainda consolidará o turismo como uma atividade produtiva, capaz de gerar emprego, renda e melhorar a qualidade de vida da nossa sociedade”, reiterou o presidente da Paratur. A secretaria Isabel Mesquita disse que o plano é lançado em um momento importante para o turismo paraense. “Esse tem que ser o momento da Região Norte no país, para avançarmos. Fiquei muito feliz com a nova missão que o ministro Gastão Vieira (Turismo) me reportou e, com certeza, esse plano apresentado hoje será uma espécie de guia e me ajudará muito nesse trabalho”, declarou, referindo-se ao Programa de Aceleração do Turismo, que deverá ser elaborado pelo governo federal.
Metas Originalidade, criatividade e sustentabilidade. Estes são os conceitos que passarão a integrar a marca do turismo no Pará. Apresentado por Patrícia Sevilha, diretora da Chias Marketing, responsável pela coordenação na elaboração do plano, o 20
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Fotos: Eliseu Dias/Ag.Pa
Simão Jatene assina o Termo de criação da Secretaria de Turismo, mais uma ferramenta no incentivo ao segmento turístico no Pará
principal objetivo do “Ver-o-Pará” é gerar renda e bem estar. Com atuação estratégica, a meta é crescer 10% até dezembro de 2012 e, a partir do segundo ano, chegar a 15%. “Na primeira fase, de 2012 a 2014, teremos o que nominamos de Avança Pará’, que são as ações para estruturar o turismo e nos posicionar no cenário, e de 2015 a 2020 a ‘Consolidação do Pará’ como liderança na Amazônia”, explicou. Outra meta é aumentar a quantidade de turistas, que hoje ultrapassa 600 mil por ano, assim como o tempo de permanência deles em Belém e demais regiões turísticas. Para isso, será necessário que o orçamento para o setor seja triplicado em 2012 e, proporcionalmente, reduzido nos anos seguintes. Entre as principais ações do plano está a melhoria na qualidade dos produtos que o Pará oferece. www.paramais.com.br
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Autoridades e representantes de todos os segmentos turísticos e afins participaram da solenidade, no teatro Maria Sylvia Nunes
Ferramentas Também foram lançados o novo site promocional do turismo (www.turismoparaense.pa.gov.br), juntamente com a nova marca turística do Pará. As novas ferramentas darão identidade aos produtos comercializados, que carregam o slogan “Pará: Obra prima da Amazônia”. Produzida pela empresa Griffo Comunicação na cor do açaí, a logomarca une traços das culturas marajoara, tapajônica e xinguara, além de agregar a natureza amazônica, para sintetizar os atributos do Pará. Já o novo site é uma parceria da Paratur e Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), e estará disponível nos idiomas português, inglês, espanhol, francês e japonês. Outra característica do site será a atualização automática de notícias ligadas ao turismo, por meio da Agência Pará de Notícias, mantida pela Secretaria de Estado de Comunicação (Secom).
A nova logomarca do Turismo do Pará
O governador Simão Jatene, lança plano estratégico e cria Secretaria de Estado de Turismo, fundamental para nortear os rumos do turismo no Pará
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a n o i c o m e ” a c o s d a r “To u t r e b a a n público de Ópera do l a v i t s e XF z a P a d o r t a e h T
Ag. Pará
seu Dias/
Fotos: Eli
os de ais polític roe id s o d e defesa briu a p Puccini, a atraindo ão, ciúme o iç a m tr o c r, ia o G am e az, italiano d trama de eatro da P o h d T speo o ic d s s ra clá Ópe stigiar o e u e re d p l ra a a “Tosca”, v p ti s o rco aç do X Fe ram o esp a apresentação ma ta lo e u gramação q s , para tene de pessoa interdição Simão Ja e r d o d s centenas a e s rn e e m ov quase 10 ença do g rio, após om a pres á C n . te ou pelo lo n u e c c tá sa ópera palco s e o d d o ã ra ç . u nta uperar ção a reabert ela aprese rço feito para rec e restaura p a ó s rm o fo ã n re na rota esfo cial obras de vamente ento espe por representar o o n m o o m -l á c m u mazôas e colo “Esse é duzir na A , ao m todo, m sa memória viva, ro u p l o e m ív o s c é s festival ue é a nos lo mostra que é po cnica. O Pará não as u umento, q té c m n e , o tá d s e a o m p d fi s e li a e s s a s e de qu tos. O itos de n u is e v m ra e , u s lt e im u d s c muito os, los dos gran , espetácu a do ‘já teve’. Tem ue temos um futuro m lé e B nia, e em em, a terr r hoje demostra q do que diz ntece ou a imcontrário zendo aco tene. es, destac fa d s n o a m rn e ta a s F ão J ves realizado o que e rmou Sim Estado, Paulo Cha stival como esse, fi a , r” o s fe portunio promis do. “Um Cultura d nos dá a o cidas ta , e s a d E o o b o ri d o tá tã O secre reconhe na cultura a energia do teatro todos um es só eram portância o Paz, que passa a o, quando as cidad od ento únic no Theatr r um mom e iv v re e dade d
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O tenor Eric Herrero e a Soprano Silviane Bellato www.paramais.com.br
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O governador Simão Jatene, na abertura do X Festival de Ópera do Theatro da Paz
Clássico Tosca abre a programação do X Festival de Ópera do Theatro da Paz
quando tinham a sua casa de ópera, na segunda metade do século XIX. Esse teatro tem a cara e o jeito do Pará, que abriga do popular ao erudito. O público pode esperar um grande espetáculo de cultura e de arte, muito bem cuidado e de muita qualidade”, afirmou o secretário.
entregar ao chefe da polícia, mas em vez disso, mata-o e depois se suicida, atirando-se do alto da torre do castelo.
Espetáculo
A apresentação de cinco grandes balés de ópera que compõem o espetáculo “Dança na Ópera”, da Companhia de Dança Ana Unger, encantou o durante a programação do X Festival de Ópera do Theatro da Paz. A compilação de balés retrata óperas consagradas como “O Guarani”, de Carlos
Com figurinos de Elena Toscano, cenografia de Fernando Pessoa, iluminação de Lucas Gonçalves e Rubens Almeida, visagismo de Omar Júnior e supervisão artística de Gilberto Chaves, a montagem prendeu a atenção e emocionou o público. Conduzido pelo lirismo da soprano Silvane Bellato, que dá vida à personagem principal (Tosca), a plateia pode vivenciar junto com os artistas em cena, a densidade da trama de Puccini, baseada no drama de Victorien Sardou. “Tosca” se passa em Roma, em plena guerra napoleônica. Mário Caravadossi é um pintor de família nobre, amante da famosa cantora Tosca e amigo do preso político Cesare Angelotti, que naquele dia foge da prisão. Na tentativa de proteger o amigo, o pintor acaba sendo preso, torturado e condenado à morte pelo Barão Scarpia, o chefe da polícia política. E Tosca, para salvar seu amante, promete se
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Mistura de balé com orquestra agrada o público no Festival de Ópera
Mais da metade do elenco da ópera é formado por talentos paraenses
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O espetáculo “Dança na Ópera” reúne cinco grandes balés apresentados pela Companhia de Dança Ana Unger
Gomes, executadas pela Orquestra Jovem Vale Musica, sob a regência do maestro Miguel Campos Neto. O destaque do espetáculo ficou por conta do formato inédito – várias cenas de balés de ópera com orquestra –, apresentado pela primeira vez no centenário do Theatro do Paz. O resultado chamou a atenção
Mistura de balé com orquestra agrada o público no Festival de Ópera
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do público. A procuradora de Justiça aposentada, Wanda Luczynski, de 65 anos, destacou a união de músicos e bailarinos, assim como a variedade das óperas apresentadas. “Sempre prestigio o Festival de Ópera de Belém e também sempre vou ao de Manaus (Amazonas). Esse formato de apresentar trechos de várias óperas e unir a voz com a dança é bem interessante. Um complementa o outro”, disse. Com mais de 40 bailarinos em cena, além da dança exótica de índios e índias Aimorés de “O Guarani”, o público ainda pode conferir coreografias especialmente elaboradas para óperas “Orfeu e Eurídice” de Willibald, “Fausto”, Charles Gounod, “A Gioconda”, de Almicare Ponchielli, e “Sansão e Dalila”, de Ferdinand Lamaine. As coreografias são assinadas pelas paraenses Ana Unger, que também assina a direção geral do espetáculo, Aline Dias e
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Theatro da Paz, restaurado, apresentou o X Festival de Ópera
A montagem encantou o público durante a programação do X Festival de Ópera do Theatro da Paz
Diane dos Santos, e pelo paulista Guivalde de Almeida. A estudante Camila Wakimoto, de 16 anos, além de prestigiar o espetáculo, aproveitou para reencontrar amigos. “Estudei flauta transversal e violino no Conservatório Carlos Gomes e dei uma parada por causa dos estudos para o vestibular, mas sempre que posso venho conferir. Sempre me informo sobre os espetáculos com meus amigos. Já vim assistir a ‘Tosca’ e foi bem legal”, contou a jovem.
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Com figurino de Hélio Alvarez e iluminação cênica de Lucas Gonçalves e Rubens Almeida, “Dança na Ópera” tem o mesmo cenário para os cinco balés, com o diferencial dos efeitos, que tem a luz como foco. Com uma linguagem contemporânea, o espetáculo faz uma releitura dos balés de óperas tradicionais. A proposta serviu para aproximar o público. “Gosto muito de dança, e minha professora de ginástica e uma das bailarinas do espetáculo. Essa foi uma oportunidade para conhecer
mais”, disse a artesã Socorro Nascimento, de 45 anos, que foi ao Theatro da Paz pela primeira vez.
Programação Promovido pelo Governo do Estado, via Secretaria de Cultura (Secult), o festival ofereceu até o dia 3 de dezembro uma extensa programação com espetáculos, oficinas, palestra e masterclass, apresentados no palco do Theatro da Paz, da Igreja de Santo Alexandre e do Teatro Maria Sylvia Nunes.
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De 561 cidades brasileiras, 48 têm risco de surto de dengue e 236 estão em alerta Fotos: Marcello Casal Jr./ABr
ados divulgados dia 05 de dezembro, p.p, pelo Ministério da Saúde indicam que, dos 561 municípios monitorados pela pasta, 48 estão em situação de risco de surto de dengue, 236 estão em alerta para a doença e 277 apresentam índices considerados satisfatórios. O mapeamento foi feito entre outubro e novembro, em parceria com as secretarias municipais de Saúde. De acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), mais de 3,9% dos imóveis das cidades em situação de risco apresentaram larvas do mosquito. Nos municípios em alerta, a taxa ficou entre 1% e 3,9%. O índice considerado satisfatório é inferior a 1%. O balanço revelou ainda que 4,6 milhões de pessoas vivem em áreas de risco de epidemia de dengue. Os municípios nessa situação estão localizados em 16 estados e entre eles há três capitais: Rio Branco, Porto Velho e Cuiabá. Entre as capitais em situação de alerta destacam-se Salvador, com índice de infestação de 3,5%; Recife, com 3,1%; Belém, com 2,2%; São Luís, com 1,6%; e Aracaju, com 1,5%. No ano passado, 427 cidades foram mapeadas no Liraa. A partir de 2012, de acordo com o ministério, o estudo será feito três vezes ao ano e não mais anualmente. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que o mapeamento dá uma ideia da presença dos focos do mosquito transmissor da dengue no país. Ele ressaltou, entretanto, que outros fatores são considerados pela pasta como decisivos para que
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uma epidemia seja registrada. “A divulgação [do levantamento] é para deixar claro quais são os esforços necessários para reduzir os riscos”, disse. Segundo Padilha, cidades em situação de risco devem “trabalhar muito” para reduzir os índices até janeiro, mês da próxima avaliação. “Se nada for feito agora, a tendência é ter uma infestação ainda maior nesses municípios”, alertou. O secretário de Vigilância em Saúde, Jar-
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa 26
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Sesma comprova eficácia de água sanitária no combate à dengue
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulga os resultados do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa 2011) e lançou a Campanha de combate à dengue
bas Barbosa, lembrou que o período de maior concentração dos casos de dengue é entre janeiro e maio. A campanha de combate à doença no verão 2011/2012, segundo ele, terá como foco hábitos simples que ajudam a combater os focos do mosquito. “A campanha é permanente, mas há momentos em que é preciso chamar a atenção das pessoas”, disse. “Não precisa tecnologia nem comprar nada para combater a dengue. Temos que desmistificar: são medidas simples que cada família pode fazer”, disse, ao citar a limpeza de caixas d’água e o não acúmulo de lixo.
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A seção de Entomologia do Departamento de Vigilância em Saúde (Devs) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) realizou, em novembro, testes com água sanitária para eliminar larvas do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da dengue, e controlar a doença em Belém. Os testes confirmaram que água sanitária em uma formulação de 12 ml do produto por um litro de água, mata as larvas de Aedes aegypti. “Vale ressaltar que este tipo de combate à dengue é nos casos em que apartamentos ficam fechados por muito Os testes confirmaram que água sanitária em uma tempo. Esta é mais uma alternativa de controlar formulação de 12 ml do produto por um litro de a dengue em áreas urbanas, principalmente com água, mata as larvas de Aedes aegypti produtos que a própria população possa manusear sem riscos à saúde”, diz Carlene Castro, coordenadora do departamento realizador dos testes. Ela conta que durante os trabalhos de campo das equipes de combate à dengue foi identificado uma grande quantidade de apartamentos fechados durante a semana, de segunda à sexta-feira. “No nosso trabalho de campo identificamos que isso acontece com freqüência e idealizamos uma forma de combate ao mosquito nestes locais. Pensamos então em um produto que o morador pudesse colocar em determinados pontos da casa que a água pudesse ficar acumulada enquanto ele estiver fora. Os testes surgiram com a água sanitária e tivemos ótimos resultados”, afirma. Outros métodos de controle da proliferação do mosquito podem ser utilizados rotineiramente nos domicílios pelo próprio morador e complementado pelos Agentes de Bem Estar Social – Abes, da Secretaria de Saúde de Belém, que realizam visitas nas casas. “Não deixar água parada em pneus, garrafas e lixos acumulados nos quintais ou calhas das telhas. Tudo e qualquer lugar que deixe água parada pode ser um criadouro do mosquito”, alerta Carlene.
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Para os que querem dividir meu Pará >>
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ou da terra onde a Lobrás se chamava 4 e 4 e se ia lá pra comprar fechoeclair e trocar aquele que escangalhou na velha calça que fica no redengue. No rumo da Presidente Vargas uma parada para... a merenda no Jangadeiro:garapa e pastel eram os meus preferidos, mesmo que eu me sentisse depois empanturrada, com vontade de bardear dentro do ônibus Aero Clube. Às vezes o piriri era inevitável. Mal dava tempo de chegar em casa. Ahh a minha casa... Morei anos e anos na Baixa da Conselheiro e um dos meus divertimentos preferidos era pegar água na cacimba da Gentil. Sempre fui meio alesada e deixava boa parte da água pelo caminho. O balde chegava quase sem nada, motivo pra ouvir da minha avó: não te brigo nem te falo, só te olho. Na minha terra não se empina pipa, mas papagaio, curica e cangula, sempre olhando pra ver se eles não estão no leso e nunca deixando a linha emboletar. Depois do laço, a comemoração, maior ainda se cortou e aparou. Se perdeu a frase inevitável: laufoiele. Era um segurando o brinquedo artesanal feito de qualquer papel, enquanto o outro gritava de longe: larga ! E o empinador sai correndo. Não gostava dessa função, sempre me abostava e os meninos eram implacáveis: cheira lambão, a velha O pirão do açaí é quase um ritual...
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por Ruth Rendeiro
caiu no chão e depois ainda me arremedavam... Peteca ou fura-fura eram mais compatíveis com a minha leseira. Um triângulo desenhado no chão e dentro dele as pequenas bolinhas de vidro. Tirou de lá, ganhou a que saiu ou quem conseguia o tel. No fura-fura era essencial amolar bem a ponta do arame e sair jogando, emendando um ponto a outro sem nunca deixar que o adversário nos cercasse. Lá na minha terra peixe não fede, tem pitiú e quem não toma banho direito tem piché. Gostamos de ser chamados de papa-chibé, aquele que adora uma farinha e que faz Na minha terra não se empina pipa, mas papagaio, curica e cangula…
miséria com ela. Manga com farinha, doce de cupuaçu com farinha, sopa com farinha, macarrão com farinha. Um caribé bem quente, ralinho serve pra dar sustança ao doente e um chibé é excelente com peixe fritinho. Farinha só é ruim quando dizem: ihhh ta mais aparpada que farinha de feira ! O pirão do açaí é quase um ritual... Pode-se usar farinha d’água baguda ou mesmo a
fina amarela, mas nada melhor que uma farinha de tapioca bem torradinha. Depois de tomar uma cuia bem cheia (meio litro em diante), daquele um, tipo papa é inevitável deixar a mesa todo breado e empanturrado. A barriga por acolá de tão cheia. Hora de ir para rede reparadora. Uma hora de momó é suficiente pra curar aquele despombalecimento. A gastronomia na minha terra é tudo de bom. Se não tem pão comemos tapioquinha com manteiga ou pupunha no café, quem sabe até um bolo de milho recémsaído do forno com uma manteiga por cima da fatia, derretendo. O pão pequeno é careca e o curau, canjica e a canjica, mingau de milho. Tem gente que não gosta e ficava encarnando que esses pratos não são típicos. Preferem uma unha com bem pimenta ou um beijo de moça bem torradinho. Na minha infância o doce que mais consumíamos, em frente ao Grupo era o quebraqueixo. De amendoim ou de gergelim. O risco era ele cair na panela que sempre havia na boca da molecada. A dor era insuportável! Muitas vezes voltei pra casa correndo, debaixo de chuva pra colocar álcool no dente, adormecer até a panela parar de doer. – Vai na chuva mesmo? – www.paramais.com.br
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Espere o vinho de cupu
Claro não sou beiju ! Nossa Senhora de Nazaré, pela intimidade que temos com Ela, pode ser chamada carinhosamente de Naza e a erisipela de izipla. Cabelos grossos e cortados curtos viram espeta caju e quem pede muito é pirangueiro, filho de pipira. É proibido malinar, andar fedorento, ser um pirento inconveniente, desses que arrancam o cascão. Embora politicamente incorreto, adoro lembrar o “carro da phebo” passando e os
lixeiros invocados tendo que ouvir esses gracejos. Quantas vezes ouvi da minha avó, da minha mãe: - Só te digo vai ! ou de uma amiga pedindo para que a gente se demorasse mais um pouco: - Espere o vinho de cupu. E o calendário paraense que além do ontem tem o dontonte e o tresontonte ? Nos orgulhamos de falar tu e conjugá-lo corretamente, mas quem nunca ouviu essa frase? – Passasse por mim me olhasse, fizesse que nem me visse, nem falasse. Esse é o meu Pará que querem dividir. Retalhar não só o território, mas as falas, as tradições, a cultura, a sua História. Minha terra correndo o risco de não ser esse colo materno único, ímpar, que acolhe, que abriga da chuva, que nos enche de orgulho de ser não apenas Belém, mas Alter do Chão, Bragança, Soure, Altamira, Conceição do Araguaia, Ourém, Alenquer, Curucá, Vigia, Marapanim ... Talvez os que acreditam que a divisão é
Ihhh ta mais aparpada que farinha de feira !
o melhor tenham batido na mãe, comido manga com febre e não entendido a metade do que está escrito aqui ! (Agradecimento ao Raimundo Mário Sobral, que no seu dicionário Papachibé me ajudou a recordar muitas expressões e ao Mauro Magalhães que leu e incrementou mais o texto). (*) Jornalista
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Ela pode ser chamada carinhosamente de Naza
Carro da phebo
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Ação Cidadania leva
serviços aos trabalhadores do Espaço Palmeira >>
por Célia Fernanda
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em a chuva desanimou o público que passava pelo Espaço Palmeira, shopping popular do centro comercial de Belém, no último dia 26 de novembro. O local recebeu, durante toda a manhã, centenas de pessoas que puderam participar de uma grande Ação de Cidadania, promovida pela Secretaria Municipal de Economia (Secon) em parceria com demais órgãos municipais e parceiros externos. Serviços gratuitos como emissão de car-
Fotos: Alzyr Quaresma
teira de identidade, CPF, Carteira de Trabalho e segunda via de Certidão de Nascimento foram oferecidos pela Defensoria Pública do Estado do Pará e Polícia Civil, além de orientações jurídicas em conjunto com o Ministério Público. A estudante Ana Darling aproveitou o dia para providenciar a segunda via do RG e retirar o CPF do filho de dois anos. “Essa ação é boa porque muita gente necessita desses serviços e não tem condições de pagar ou tempo para resolver. Acho que Agentes da Sesan expondo brinquedos de garrafa pet
No Espaço Palmeira
hoje é uma boa oportunidade para a população que anda por aqui”, disse. A população também teve a oportunidade de se informar sobre a saúde com orientações de campanhas realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e aferição de pressão arterial. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) participou com campanhas de educação ambiental , distribuição de mudas de plantas e programação infantil com os Palhaços da Natureza. Já a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) promoveu uma campanha de educação ambiental focada na coleta seletiva do lixo e resíduos sólidos. Para o trabalhador do Espaço Palmeira, a Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) e o Sebrae Pará ofereceram orientações sobre tributos municipais, formalização e cadastramento para oficinas sobre gestão
Panificadora e Confeitaria
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de pequenos negócios e empreendedores individuais. Para a Associação dos Trabalhadores do Centro Histórico de Belém, a ação foi uma iniciativa positiva da Prefeitura de Belém. “É uma satisfação ter esse tipo de evento no Espaço Palmeira. Junto á Prefeitura temos uma luta em fazer esse lugar funcionar como merece. Além de dinamizar o espaço, a ação atrai serviços e é importante que a população venha conhecer esse espaço que passará por uma revitalização merecida”, frisou Heleno Freitas, presidente da Associação. A secretária municipal de Economia, Ociane Vasconcelos, também esteve presente na ação acompanhando os serviços juntos aos trabalhadores do local. “A Prefeitura de Belém, através da Secon, promove essa ação intencionalmente para divulgar o Shopping Popular Espaço Palmeira, que hoje atende mais de 370 trabalhadores que saíram do mercado informal nas ruas e estão desenvovendo suas atividades regularmente neste espaço. Em breve, o Espaço Palmeira passará também por uma revitalização pois, está incluso no projeto da Revitalização do Centro Comercial”, disse.
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Essa ação é boa porque muita gente necessita desses serviços e não tem condições de pagar ou tempo para resolver
Além dos serviços sociais, uma programação cultural animou a manhã no espaço com a apresentação de dança do Grupo de Carimbó do Centro de Convivência Zoé Gueiros e do grupo de jovens “Conquistando a Cidadania”, ambos de projetos da Funpapa. Atrações musicais e desfile de moda com confecções dos próprios trabahadores do espaço também fizeram parte da programação. (*) * Ascom Secon
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Durante a Ação de Cidadania, promovida pela Secretaria Municipal de Economia (Secon) e parceiros
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II Fórum Global de Sustentabilidade do SWU abertura oficial do fórum foi feita pelo publicitário Eduardo Fischer, idealizador do SWU, e pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin, no Theatro Municipal de Paulínia, cidade de 82 mil habitantes situada 118 km ao noroeste da capital paulista. Eduardo Fischer abriu oficialmente a segunda edição do fórum destacando que o amadurecimento do evento é evidente, principalmente por conta da relevância dos palestrantes que estão na programação e pela parceria inédita do SWU com o Pacto Global da ONU.
A
A sessão de abertura também contou com a participação do governador do Estado, Geraldo Alckmin, que aproveitou o momento para anunciar que a partir de 25 de janeiro de 2012 o uso de sacolas plásticas será abolido dos supermercados do Estado de São Paulo. Já o prefeito de Paulínia, José Pavan Júnior, reconheceu que o maior legado para a cidade será a consciência de mudança por um mundo melhor, e que apesar de Paulínia sediar a maior refinaria de petróleo do mundo, pode conciliar qualidade de vida e desenvolvimento sustentável. A abertura contou ainda com a apresentação da orquestra do Projeto Guri, que tem 51 mil alunos no Estado que recebem aulas de iniciação musical. Depois de executar peças especialmente para o evento, cantaram um Parabéns a você ao músico Neil Young, que completava 66 anos. A surpresa foi quando o músico pediu para cantar Happy Birthday acompanhada pela orquestra e pediu que todos cantassem parabéns ao planeta Terra. “Antes de eu 32
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nascer o planeta já estava aqui e é para ele que vamos cantar”, disse.
Energia e Diversidade Foi com muita festa que o movimento SWU (Starts With You – Começa com você) abriu seu Fórum Global de Sustentabilidade, parte da programação do SWU Music & Arts Festival, com o músico canadense Neil Young abrindo o painel de energia, com o tema “Desafios, impactos e interesses de um planejamento energético”, falando sobre o projeto do Lincoln Continental Mark IV, um automóvel da década de 50 movido a biodiesel, que ele transformou em um carro elétrico-híbrido, o Linc-Volt. “Eu sou uma pessoa mais velha, tenho péssimos hábitos. Não me ouçam. Não ouçam os seus pais. Ouça a você mesmo, ao seu coração. Você é parte do planeta e é sua responsabilidade tomar conta de você e de todas as pessoas que você ama”, disse.
O SWU e a ONU
Neste ano, o Fórum Global de Sustentabilidade SWU foi parceiro do Pacto Global da ONU, a maior iniciativa de responsabilidade corporativa, com mais de 6 mil empresas participantes em mais de 130 países. Matthias Stausberg, porta-voz do Pacto Global da ONU, falou no SWU sobre o desenvolvimento de uma responsabilidade ambiental e social nos negócios. “Sempre me pergunto: o que nós podemos fazer para mudar? A melhor resposta é tentar ser exatamente a mudança que você deseja ver nos outros”, disse Matthias. Alguns dos princípios norteadores para a responsabilidade corporativa nas empresas é a preocupação com o meio ambiente, direitos humanos, leis trabalhistas e corrupção. “A responsabilidade corporativa prevê que as empresas conciliem as suas necessidades sem comprometer o futuro das próximas gerações”. David Cahen, chefe do departamento de Eduardo Fischer fazendo a abertura do SWU
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Na abertura do SWU
No Theatro Municipal de Paulínia…
energias alternativas do Instituto Weizmann de Israel, fez uma apresentação sobre a situação energética em todo o mundo, destacando, principalmente, os países e regiões do mundo mais dependentes do petróleo, do óleo e do gás como fontes de energia. Os combustíveis fósseis somam mais de 80% de toda a energia consumida no mundo. A defesa do aproveitamento de energia solar é tema de pesquisa do cientista. Já o economista José Eli da Veiga, um dos primeiros estudiosos brasileiros a falar do tema da sustentabilidade no país alertou para o fato de que, além de ser muito importante a discussão sobre a sustentabilidade, é essencial frisar que o tema requer urgência. “Segundo estimativa da Agência Internacional de Energia, até 2035, as emissões de carbono vão aumentar 20%, o que significaria um aumento de 3,5 graus na temperatura global. Não podemos mais esperar”, disse José Eli.
Oportunidades e limites do modelo de desenvolvimento sustentável O cantor Neil Young recebe homenagem pelo dia de seu aniversário
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A ex-candidata à Presidência da República foi a principal convidada da mesa que discutiu Desenvolvimento Sustentável e Viabilidades. “Neste século 21, o homem tem de integrar economia e ecologia”, disse Marina Silva no inícia de sua fala. “Chegamos à era dos paradoxos. É nesse contexto que temos de nos situar.” Para a ex-senadora, estamos em um momento de crise em pelo menos cinco setores: “Há uma crise social, ambiental, política, econômica e de valores”. “Social porque hoje há 2 bilhões de pessoas que vivem com menos de US$ 2 por dia. No Brasil, são 16 milhões. Econômica porque em 2008 tivemos o colapso do sistema financeiro. E permanece de forma persistente.”
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O governador Geraldo Alckmin na abertura do SWU
E continuou: “Ambiental porque as pessoas não têm [com a ecologia] o mesmo sentido de urgência que têm em relação à crise econômica”. Comparou o aquecimento global a um “armageddon ambiental”. “A capacidade de suporte do planeta está comprometida em 30%. Até 2050, precisamos reduzir em 80% a emissão de gás carbônico.” Fez referências a recentes movimentos sociais e políticos, como a Primavera Árabe e os “indignados” espanhóis: “Há um deslocamento da população, especialmente dos jovens, em relação às representações políticas”. Ainda; “Estão querendo que os jovens sejam pragmáticos. Isso seria o fim da civilização.” Para Marina, a sociedade não está conseguindo “atacar o dragão do consumismo”. “Não somos capazes de parar de consumir”.
A segunda parte dos debates O primeiro a falar foi o jornalista Gilberto Dimenstein, que relatou suas experiências com a comunidade onde vive, no bairro da Vila Madalena, zona Oeste de São Paulo. Segundo ele, ações modificadoras são “como acupuntura”. “Você vai de agulhinha em agulhinha até fazer uma grande diferença”. As mudanças realizadas nos arredores da Rua Belmiro Braga, a força-tarefa para reerguer uma escola que seria desativada
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José Eli da Veiga, um dos primeiros estudiosos sobre Sustentabilidade , já na década de 1970, na sessão de abertura do II Fórum SWU
no bairro e a plataforma de divulgação de ações culturais, educativas e de entretenimento gratuitas (site Catraca Livre) desenvolvidas pelo jornalista serviram de exemplos de que é possível fazer grandes mudanças partindo de idéias simples. Já o médico e estilista Oskar Metsavaht, criador da marca Osklen, mostrou como é possível trabalhar artigos de alto padrão utilizando recursos da diversidade brasileira e de maneira sustentável. “Um dia uma bolsa fabricada com couro de peixe terá o mesmo valor de mercado que uma Hermés”, projeta. Laís Bodanzky relatou sua experiência de mais de dez anos levando arte para comunidades afastadas dos grandes centros, Pesquisadora Milena Boniolo
onde geralmente não há salas de cinema ou o acesso a elas não é possível para a maioria da população. Laís admite que deu início ao projeto esperando ajudar a levar conscientização a comunidades carentes mas, com o tempo, percebeu que a visão estava errada. “Foi uma postura arrogante achar no começo que a gente encontraria pessoas desinformadas, mas nos surpreendemos com gente de pouca instrução formal, mas com muito conhecimento e visão crítica”. Atualmente, por onde vai a gigante tela inflável do projeto Cine Tela Brasil, a ocupação da sala é de, em média, 80%. “A ocupação dos cinemas comerciais é de 30%. É muito bonito ver uma criança que sai de uma seção entrar na fila para ver a próxima. Ela está ali não é só pelo filme, mas por toda aquela aura que envolve a sala escura. É uma experiência sensorial comparável a ver o mar pela primeira vez”, comenta. O painel terminou com o relato da guatemalteca Rigoberta Menchú.
Prêmio Nobel da Paz emociona público do Fórum no SWU Rigoberta Manchú, a guatemalteca, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1992 por sua campanha em defesa dos povos indígenas, é embaixadora da boa-vontade da Unesco e vencedora do Prêmio Prínci-
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Bob Geldof falando sobre a urgência de nos mobilizarmos por mudanças profundas e duráveis
avant premiére do documentário “Neil Young Life”, do cineasta Jonathan Demme em homenagem ao cantor, que retornou ao palco para introduzir o vídeo ao público.
Otimismo contra crise ambiental
pe das Astúrias de Cooperação Internacional. Foi aplaudida de pé pelo público que participou do 2º Fórum SWU Rigoberta perdeu os pais de forma agressiva, e contou que desde pequena aprendeu que a violência era uma forma de vida decadente. “Sempre soube que tinha que dizer não à impunidade e ao silêncio”, disse. Boa parte de seu discurso foi orientada por uma visão de mundo de quem cresceu com referências indígenas. A guatemalte-
Aumentar os esforços para proteger a Amazônia e planejar mais soluções para a crise ambiental foram os principais temas debatidos no encontro contou com a presença da atriz norte-americana Daryl Hannah, que defende a causa ambientalista e se engajou como cofundadora de uma entidade que pesquisa e fomenta o biodiesel. “Quanto mais você aprende, mais descobre que temos soluções para as crises que estamos enfrentando”, justificando seu envolvimento na pesquisa de combustíveis renováveis. A atriz, que foi detida em agosto nos Estados Unidos durante um protesto em frente à Casa Branca, em Washington, contra a construção de um óleoduto, reconhece que o mundo enfrenta uma grave crise
Virgilio Viana fala sobre o trabalho de promoção de inclusão de renda na região
ca citou o calendário maia diversas vezes e disse que, para sua gente a natureza é algo sagrado, mas que essa visão é diferente para quem vive longe da terra. “Existe uma decadência espiritual global. Não devemos usar o materialismo para ostentar, mas sim para ajudar a sociedade a ter uma vida melhor.” Ao concluir seu discurso, a palestrante contou que em seu país são falados 22 dialetos diferentes, e que ela só falava um deles. “Nossa luta tinha que ser feita no boca a boca. Hoje vocês têm ferramentas mágicas como as redes sociais. Não desperdicem essa chance.” Após a rodada de debates, foi a vez da www.paramais.com.br
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Céline Cousteau oceanógrafa e documentarista francesa
econômica e também uma ambiental. Mas ela se diz otimista pois acredita que há soluções para esses problemas. Sobre a floresta amazônica, ela diz ter ficado impressionada “com a mágica da natureza”.
Defesa pela Amazônia O bioma também foi defendido no debate pelo seringueiro Manoel Cunha, presidente do Conselho Nacional da População Extrativista, e por Virgílio Viana, diretor da Fundação Amazonas Sustentável. De acordo com Cunha, que vive em uma reserva extrativista do Amazonas, a população da floresta é impactada pela mudança climática da mesma maneira que moradores de países insulares, ameaçados pelo aumento do nível dos oceanos. “O desenvolvimento que temos hoje é para nos levar à morte. Se é esse o desenvolvimento que queremos, vamos nos acomodar então. Caso contrário, temos que mudar nosso processo de consumir e transformar a sociedade”, disse. Já Virgílio Viana disse que o Brasil precisa conhecer melhor os problemas da Amazônia e lutar pela defesa da floresta.
David de Rothschild, ambientalista e aventureiro inglês, Fábio Feldman, ativista e consultor ambiental, Jon Rose ex-surfista profissional e a oceanógrafa e documentarista francesa Celine Cousteau
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Jon Rose com o purificador d’água, com matéria na Amazônia 27: sobre o projeto Waves for Water
Ele lembra que cerca de 70% da eletricidade no Brasil vem de usinas hidrelétricas, que dependem em grande medida de rios alimentados por chuvas formadas na Amazônia. “Manter a Amazônia em pé é essencial para que tenhamos energia. Manter a Amazônia em pé é um interesse nacional”, disse.
Cantos contra guerra Também esteve presente no painel, Anna Gabriel, que apresentou o “The Voice Project”, iniciativa para tirar jovens da guerra em Uganda por meio da música. O projeto consiste em apoiar a difusão por Fábio Feldmann
Vera Camara destacou que, mesmo diante de um problema, é preciso pensar positivamente para conseguir mudanças e realizações
rádio no país africano de canções de mulheres sobreviventes do conflito armado que ocorre há mais de 20 anos na região. As letras levam mensagens de paz e perdão para os rapazes que não se atrevem a voltar para suas famílias por causa dos crimes que cometeram. O pai de Anna, o músico Peter Gabriel, fez questão de comparecer ao teatro municipal de Paulínia para ver a palestra da filha. O escritor e diretor norte-americano M.K. Asante, que também participou do fórum, comentou que admira o educador brasileiro Paulo Freire, morto em 1997. Mas se questiona sobre a possibilidade do mundo se tornar um lugar mais sustentável. “Será que nós vamos conseguir? A única coisa que eu sei é que está em nossas mãos”, disse.
Jovens líderes Já o chileno Cristian Del Campo, da organização “Um teto para meu país”, mostrou como sua ONG trabalha na construção de casas populares para famílias neces-
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sitadas. Campo conta que quando houve o terremoto do Haiti, muitas pessoas disseram para os jovens engajados neste projeto para não irem até lá porque seria perigoso e não haveria condições. “Mas eles foram de qualquer jeito e construíram 600 casas. Essa perseverança só os jovens têm”, diz o chileno. Ele disse ainda que não pretende ser “a voz dos sem voz”. “As famílias sem casa que sua ONG ajuda têm voz própria”, defende. Por isso, segundo ele, a organização também quer fomentar jovens lideranças nas comunidades atendidas.
“Água – Segurança hídrica: conflitos, gestão e compromissos” Com cinco participações: do ambientalista e aventureiro inglês, David de Rothschild; da oceanógrafa e documentarista francesa Celine Cousteau; da química e pesquisadora Milena Boniolo, do ativista e consultor ambiental Fábio Feldman e do ex-surfista profissional Jon Rose. Milena abriu o painel contando o motivo
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Rigoberta Menchú no Fórum Global de Sustentabilidade do SWU
Para Marina Silva, a sociedade não está conseguindo “atacar o dragão do consumismo”
de ter iniciado suas pesquisas sobre despoluição das águas. Para ela, “se continuarmos com a ‘orgia’ energética, ainda conseguimos encontrar substitutos para os combustíveis, mas e para a água? Eu não conheço nenhum substituto para ela!”. A pesquisadora é responsável pela descoberta de que cascas de banana processadas em uma espécie de pó são capazes de eliminar metais pesados da água. Em seguida, Jon Rose contou sua experiência levando filtros d’água para comunidades de extrema pobreza. Com imagens de sua passagem pela Amazônia, o relato da experiência na ajuda aos desabrigados devido ao terremoto em Sumatra, a mensagem que o ex-surfista californiano deiKarla Parra, representante do Pacto Global do Pnud – ONU, no Brasil
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tempos políticas públicas do século 19, com investimentos em desenvolvimento sem preocupação com o meio ambiente”. Celine Cousteau emocionou a todos com o relato de seu trabalho desenvolvendo documentários para divulgar o trabalho de organizações sociais de diversas partes do mundo. Com um vídeo inspirador sobre mergulho em que ela foi acompanhada por baleias, Celine mostrou que é possível sensibilizar as pessoas, desde que haja amor pelo o O empresário Jason Salfi, dono da empresa Comet Skateboarders, mostra skate considerado sustentável e que teve o design certificado pelo selo “Cradle to Cradle
xou para o publicou foi a de que é possível salvar vidas com soluções simples. Com um filtro, capaz de purificar águas extremamente contaminadas, ele convidou o público a levar qualidade de vida a pessoas carentes. “Esse filtros mudam a vida das pessoas de verdade. Nós chegamos aos lugares, damos o filtro e as pessoas param de morrer, isso realmente acontece”, conta o ex-surfista. O terceiro a falar foi Fábio Feldman, que deu um panorama sobre a importância de modernizar as políticas públicas, tendo como rumo a sobrevivência das gerações futuras. “O grande conflito em que vivemos é que existe uma visão de mundo de século 21, consciente da importância da sustentabilidade, mas ao mesmo tempo
que se faz. Ao apresentar posteriormente um vídeo comovente de uma baleia presa em rede de pesca, Celine falou sobre a necessidade de agir para não perder o que se ama. “Meu avô dizia que só se protege aquilo que se ama. Meu pai diz que só se ama aquilo que se entende. Eu acredito que está na hora de agirmos para defender o que amamos”. O painel se encerrou com o aventureiro, documentarista e ativista ambiental David de Rothschild, que criticou a postura das pessoas pagarem mais para ter a sensação de estar em meio à natureza, quando poderiam entrar em contato com ela, entendêla e defendê-la diretamente. “As pessoas compram banana embalada em plástico, pagam para ficar em hotel de luxo com
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Marcelo Furtado falou sobre o poder de mobilização e de responsabilidade social
Para Bob Geldof , o Brasil está num de seus melhores momentos e deve, nos próximos cinco anos, se tornar uma potência ambiental
vista para a natureza, quando poderiam ir direto à praia”, espanta-se. Rotschild apresentou ao público o trabalho que está fazendo pela defesa da população de Altamira, onde está sendo construída a hidrelétrica de Belo Monte. Junto com crianças da região, construiu totens, que foram colocados no percurso do rio, que será alagado para a geração de energia.
“Mobilização em tempos de crise” No palco estavam presentes Julia Craik, do The Premise Studio; o diretor executivo do Greenpeace Brasil, Marcelo Furtado; Steve Andrews, da organização SolarAid e o cantor britânico Bob Geldof. Julia abriu o ciclo de palestras contando a iniciativa de transformar seu estúdio em um ambiente sustentável, com paineis solares que suprem a necessidade de energia, além de ter sido construído com materiais de baixo impacto. Depois, foi a vez de Marcelo Furtado falar sobre o poder de mobilização e de responsabilidade social. Segundo ele, o mundo tem sido testemunha de que as mudanças acontecem desde que haja mobilização. “Vimos a primavera árabe, o movimento de ocupação de Wall Street, as manifestações dos estudantes chilenos acontecer recentemente. Muitas vezes as pessoas acham que eles nem sabem pelo o que estão lutando, mas o mais importante é que sabem o que não querem para eles”. Steve Andrews, da organização SolarAid, fez um relato de sua experiência em diversos países africanos, para onde leva suas lâmpadas movidas por energia solar. “Na África, as crianças se esforçam muito na escola, pois sabem que esta é a única maneira que vão conseguir sair da situação de extrema pobreza. O problema é que elas não conseguem fazer seus deveres escolares à noite, pois não possuem energia elétrica em suas casas”, conta. De acordo com ele, no Velho Continente, a fumaça negra das lamparinas a querose-
Daryl Hannah, defende a causa ambientalista e fomenta o biodiesel
Manoel Cunha, presidente do Conselho Nacional da População Extrativista
ne matam mais que a malária. “Estamos levando novas oportunidades a essas pessoas. Uma criança que nasceu num posto médico para onde levamos luz terá agora oportunidade de tomar vacinas que serão guardadas em refrigeradores movidos a energia solar e terão um futuro diferente”. O cantor inglês Bob Geldof encerrou o painel falando a respeito de seu trabalho de mobilização, que modificou a vida de milhares de pessoas nas últimas três décadas, especialmente na África. Com o Band Aid e o Live Aid, Geldof conseguiu alimentar milhares de etíopes e até hoje participa de ações deste tipo. Atualmente, Geldof mantém também uma rede de colaboradores que atuam no lobby social, lutando por mudanças políticas. Para ele, o Brasil está num de seus melhores momentos e deve, nos próximos cinco anos, se tornar uma potência ambiental. “O Brasil precisa aproveitar a oportunidade que as Olimpíadas e a Copa trarão para o país e alavancar nesta área”.
Encerramento do II Fórum Global de Sustentabilidade SWU
Paulínia Um estudo realizado pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) coloca Paulínia como a segunda melhor cidade para se viver em todo o País – o município perde apenas para Barueri. A pesquisa foi feita nos 5.565 municípios do Brasil, com base em dados disponibilizados por prefeituras e pelos ministérios da Educação, Trabalho e Saúde. 38
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O encerramento aconteceu logo após um painel emocionante/inspirador e uma promessa para o próximo ano. Em seu discurso de encerramento, o criador do movimento SWU (Starts With You), Eduardo Fischer, antecipou que os temas abordados em 2012 serão Água, Florestas e Energia. Ele disse também que parte da www.paramais.com.br
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renda obtida com a bilheteria será doada a organizações sociais eleitas pelo público. Ao final, Fischer fez uma homenagem a todos os palestrantes do fórum e informou que já recebeu convites para levar o evento para Miami, Nova York e Qatar, além de outros Estados Brasil, dentre os quais Roraima. O representante do Pacto Global da ONU, Mathias Stausberg, é um dos incentivadores da expansão do fórum. “É preciso colocar o SWU na estrada e ampliar este debate”, disse em seu discurso de encerramento. O Fórum foi visto por mais de 1,5 milhão de pessoas pela internet e cerca de 3 mil pessoas passaram pelo Theatro Municipal de Paulínia nos três dias de debates. “Foi uma experiência enriquecedora para todos que pudemos assistir a palestras tocantes como a de Celine Cousteau, Marina Silva e Rigoberta Menchú, assim como aprendemos muito com o professor David Cahen e a pesquisadora Milena Boniolo. Neste ano conseguimos unir pessoas de diversas áreas, mas que têm o mesmo objetivo de tornar o mundo sustentável”, diz Ingrid Francine, gerente de Sustentabilidade do SWU e curadora do fórum. No SWU Music and Arts 2011 em Paulínia
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O parque do SWU
Neste 2011, o SWU foi montado em uma área de 1,2 milhão de metros quadrados, quatro vezes maior do que o espaço ocupado pela edição 2010, com dois palcos principais (chamados Energia e Consciência), um palco secundário (New Stage), uma tenda de música eletrônica e um palco para debates. O parque do SWU fica localizado entre a av. Juscelino Kubitscheck e as rodovias José Lozano Araújo e PIN 360, a cerca de 200 metros da rodoviária de Paulínia. Os dois maiores palcos ficam um em frente ao outro e recebem as atrações principais. As performances são alternadas: quando um show em um palco terminava, começava a apresentação seguinte no outro palco.
Faith No More fez o encerramento do SWU Paulínia
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Mestre Verequete:
um caboclo ritmado a pau e corda Autodidata, dono de uma trajetória de vida exemplar e inspiradora, o grande nome da música popular brasileira merece os aplausos da eternidade
e o curimbó quiser voz, canta no tom da Amazônia. E as florestas mandam chamar o ritmo. Se a cadência quiser som, canta no tom do carimbó. E a verdadeira tradição manda chamar Verequete. A voz autêntica dos ritmos paraenses é simples, forte e eterna. Morou no Jurunas e sobreviveu do que lhe destina a pouca memória do folclore local. Do som do carimbó de pau e corda fez sua existência, mas pagou as contas mensais com as dificuldades comuns aos artistas populares. A renda familiar tinha que ser ajudada com a venda de churrasquinho numa das esquinas do bairro. Mas a força atemporal de Verequete é igual a música que cantou. Beleza que nasce da mão contra o couro do tambor. Encanto que vem das
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Verequete Grupo Uirapuru Carimbo-Dance Music
batidas. Magia que vem do desafio. Quem o conheceu afirmava: foi figura que se enxergava à distância, mas que queria todos por perto, graças à humildade com que sempre encarou a vida. “Minha casa está sempre aberta para os amigos que eu conheço e para os que eu não conheço”, afirmou em certa ocasião. Ele certamente não nasceu. Foi vida que surgiu na beira de um igarapé na maré vazante. Mas, para os registros oficiais, é preferível contar que seus pais foram o senhor Antônio José e a senhora Maximiana. A data de seu nascimento: 16 de agosto de 1926, na cidade de Careca, no município de Bragança. Os registros oficiais, porém, são pouco imaginativos. Exemplo disso é que em sua certidão figurava o nome Augusto Gomes Rodrigues. Puro detalhe. Mais tarde o Pará o chamaria apenas de Verequete. O caminho de sons que o levaria até o novo batismo seria longo e, como nas melhores canções, cheio de mudanças de cadência. Os primeiros batuques foram marcados ao sabor de Artista do povo, o compositor não uma infância tranquila, em nada extraordinária para cidadezinhas recebeu da vida, que tanto animou, o devido reconhecimento do interior como Careca. De extraordinário, apenas a poesia da
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paisagem em volta, o encanto sereno das manifestações populares. Verequete era o penúltimo de seis irmãos. E tudo o que tantas crianças juntas podem fazer de melhor é se divertir, buscar folia. Logo cedo, ele passou a buscar na folia dos carimbós, dos cordões de pássaro e dos bois-bumbás o seu modo de se divertir. O pai, embora natural do Maranhão, vivia emaranhado nesses grupos e compunha temas para suas apresentações. Assim influenciado, já aos seis anos, Verequete começou a criar suas cantorias. E, aos oito anos, fundou seu próprio Cordão de Pássaro. O que nascia como mera brincadeira infantil, futuramente se transformaria no mais legítimo canto das tradições paraenses. O destino se desafina pela primeira vez na história daquele menino irrequieto com a morte de sua mãe. O silêncio o cala por algum tempo. Mas os passos adiante ainda seriam muitos. Era preciso prosseguir. A música regional já o mandara chamar. Portanto, não havia mais como fugir dessa determinação. Seguindo seu trajeto, Verequete vê o pai se casar pela segunda vez. A chegada da madrasta lhe traria acordes dissonantes. A relação com aquela nova figura feminina seria, desde o início, conflituosa. E as dificuldades não se faziam ouvir apenas no convívio familiar. Vinham de fora. Da soleira da porta para dentro, impunha-se a necessidade de alimentar todos os irmãos, pagar as dívidas. Verequete tem os estudos prejudicados por essa realidade. A madrasta não o queria na escola, preferia-o trabalhando, ajudando no sustento doméstico, ainda que tão pequeno. A situação acaba afastando-o definitivamente dos cadernos antes que tivesse tempo de aprender a ler e escrever. Nessa batida, o menino foi se tornando rapaz, crescendo junto com a ânsia de buscar novos rumos.
Rumos
No que completou doze anos, Verequete tomou uma importante decisão. Se por um lado já não suportava mais as desavenças
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Um caboclo ritmado a pau e corda
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Em Chama Verequete, um documentário poético sobre o Vodun da música paraense
A voz era o único registro do qual precisava.
com a madrasta, por outro partir vida afora se fazia uma necessidade que não mais conseguia conter. A idade era pouca, mas a coragem muita. O mundo certamente haveria de lhe acolher a inquietação. Decidido e confiante, ele pede a benção do pai e parte para seguir seu destino por conta própria. As contas iniciais foram desastrosas, é bem verdade. No primeiro dia da nova jornada, a alegria da libertação esbarra numa briga de rua e o rapaz acaba preso. O período atrás das grades foi como um aviso de que, para voar melhor, certos pássaros têm de conhecer a agonia de uma gaiola. Outra vez livre – agora bem mais consciente – Verequete se instala na casa de um irmão, ainda na vila de Careca. O novo endereço, entretanto, não lhe agrada. Ali, o dia a dia chegava a ser mais árduo do que na casa paterna. A rotina era somente trabalhar, trabalhar e trabalhar. Embora não fosse criatura dada à inércia, a energia daquele jovem pedia para ser gasta ao sabor dos folguedos. A facilidade para compor canções para as danças de rua continuava o acompanhando. Verequete não permanece muito tempo na casa do irmão. Sempre em busca do que de fato lhe agradasse, torna a partir. Os caminhos, então, levaram-no a outra cidade. A paragem escolhida foi Campo da Baixa. A guarida agora era a casa de um tio rico. Devidamente apadrinhado, o rapaz finalmente conhece o sossego, a paz de não precisar sacrificar-se para tirar do estômago a fome. Todavia, quando se tem na alma a vibração dos curimbós, o sossego é algo que logo incomoda. Assim, não tardaria para que Verequete também desse adeus à residência do tio. A opção foi simplesmente cair no mundo, perder-se. Ir para onde os ventos quisessem. Verequete percorreu, desta forma, várias cidades do interior. O pouso era certo apenas por alguns meses. A frente, sempre havia algo mais interessante. Amigos aqui e ali. Via-os hoje, amanhã não os veria nunca mais. A única companhia certa era a música, a cantoria de raiz. Todo errante, Verequete chega a Capanema. Paradeiro que lhe prenderia os passos por um tempo um pouco maior. Ficaria na cidade por dez anos. Época em que trabalharia como foguista da Usina de Luz. O calor das caldeiras mantinha acesa sua aptidão musical. Enquanto alimentava com lenha as fornalhas – para que a maquinaria gerasse luz – , acendiam-se ideias para esta ou aquela composição. Passados os dez anos, retornou a seus pés a sede por caminhadas. Então, justamente a pé, Verequete marchou de Capanema a Ananindeua. Nos trilhos de mais este pouso, acabou arranjando emprego nos trabalhos de manutenção da rede ferroviária local. Tornou-se cortador de lenha para os trens. Entre um e outro metro de madeira, a paixão por inventar modinhas sempre presente. Seis meses depois de chegar a Ananindeua, rumaria a um dos destinos mais certos de sua trajetória. 42
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A vila e a guerra
Era um tempo em que Icoaraci ainda nem era Icoaraci, ou sequer Vila Sorriso. Chamava-se Vila dos Pinheiros. Foi a essa localidade que Verequete chegou para se estabelecer por 40 anos. Nos limites do distrito, amadureceu, constituiu família, tornou-se lenda viva. O fervilhar de manifestações culturais – as mesmas que, ainda menino, lhe despertaram o talento – pediam por um mestre. Mesmo sem perceber, lentamente ele foi aceitando assumir esse posto. Participaria ativamente das brincadeiras de rua e criaria seu próprio grupo folclórico, o “Pai da Malhada”. Mas é válido lembrar que, até aquele ponto, Verequete ainda não era Verequete. Detalhe que logo seria corrigido. A Segunda Guerra Mundial varria o planeta e as cercanias de Belém (por se tratar, dentro do território nacional, de um dos pontos mais próximos a América do Norte) são escolhidas como posto estratégico do conflito. A Base Aérea Militar, que ficava nas proximidades da Vila dos Pinheiros (no limite de Val-de-Cans), passa a acolher os combatentes americanos. Tamanha movimentação bélica exigiu a contratação de alguns populares que auxiliassem na manutenção do quartel. Augusto Gomes Rodrigues, então com vinte anos, foi um dos que conseguiram o emprego. Na base, o rapaz exerceu funções das mais diversas: trabalhador braçal, ajudante de capataz e, por fim, capataz. Na folga do serviço, a diversão era namorar. A vida de solteiro lhe permitia esse passatempo. Uma das moças com quem paquerava, certo dia, o convidou para ir a um batuque. O festejo e sua força, o vigor da percussão. Tudo aquilo tomou o jovem pela sensibilidade. Mas algo em especial lhe chamou a atenção: uma música que fez morada em seus ouvidos, que se guardou dentro de si. Um toque de tambor acompanhado
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Mestre Verequete, um dos ícones da cultura paraense, em uma apresentação no palco do Teatro Experimental Waldemar Henrique, em fevereiro de 2009
do refrão: “Chama Verequete... Chama Verequete, ê ê ê ê ”. No dia seguinte, Augusto voltou ao trabalho com o batuque na cabeça e na ponta da língua. Passou o dia inteiro repetindo-o, passou semanas entoando a cantoria. Não custou nada para que os colegas de serviço começassem a apelidá-lo de Verequete. Apelido que viraria nome, desmentindo a certidão de nascimento que o registrara como Augusto. Em pouco tempo, nem mesmo a família o chamaria mais pela forma com que fora batizado. De posse da alcunha que o identificaria como um dos maiores expoentes da cultura popular do Estado, Verequete não parou de se envolver com os folguedos que tomavam conta das praças e vielas da Vila de Pinheiros. Em 1971, cria um novo grupo. “O Uirapuru do Amazonas”. O conjunto seria o grande passaporte que lhe abriria as portas para o respeito e admiração de todo o Norte. Indo além, Verequete, suas músicas e o Uirapuru viajariam pelo Brasil, ensinando tudo o que de belo nossos ritmos têm a dizer. O carimbó de pau e corda – a real essência do Pará – chegaria a Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia.
suas biografias. Com Verequete não poderia ter sido diferente. O compositor sempre criou suas canções longe do auxílio da música (jamais se dedicou a nenhum instrumento). Conforme se habituou a explicar, letra e melodia apareciam em sua cabeça e ele começava a cantá-las. A voz era o único registro do qual precisava. Uma vez decorada a composição, as companheiras com quem dividiu a vida, tomavam nota das letras (ele não aprendeu a ler e escrever) e as pérolas estavam resguardadas. Só pouco perto dos últimos capítulos de vida, Verequete passou a recorrer ao subterfúgio dos minigravadores. E planos outros mandaram chamar o grande homem. Após várias internações, após várias polêmicas e discussões sobre como poderia ou deveria ter sido tratada sua subsistência, o grande artista deu seu bater final nesse couro curtido chamado viver. Aos 93 anos, Mestre Verequete morreu na tarde de 03 de novembro de 2009, no Hospital Barros Barreto. Segundo noticiou a imprensa na época, não resistiu a um grave e prolongado quadro de pneumonia e infecção respiratória. Atravessando os modismos e as sofisticações que tanto podem comprometer o autêntico sotaque de nossas tradições, ele fez cair em sua alma o som da terra, a marcação verdadeira do pau e corda. A verdade é que os grandes mestres não precisam amplificar seu talento. As plateias fazem silêncio respeitoso para ouvir a arte autêntica. E o eco dessa magia se perde pela vastidão. Eco das percussões amazônicas, Augusto Gomes Rodrigues é um curimbó que a magia dos ritmos mandou chamar de Verequete. Mestre Verequete recebendo a comenda da Ordem do Mérito Cultural
Belém
A partir de 1980, Verequete passou a viver em Belém, no Jurunas, fazendo de todo o bairro a extensão de sua casa. Morada absolutamente humilde. Retrato mais do que árduo da última parada que o destino lhe reservou. Artista do povo, o compositor não recebeu da vida, que tanto animou, o devido reconhecimento. O retorno podia ter chegado um pouco antes e permanecido, evitando que o mestre tivesse de se manter vendendo churrasquinho numa esquina qualquer. Contudo, a leveza que sempre trouxe dentro de si, fez desse gentil caboclo um homem conformado com o que teve. Casado por três vezes, pai de cinco filhos, avô de muitos e bisavô de outros tantos, sua melhor composição foi ter se tornado um exemplo de vida. O processo criativo de cada artista é sempre um capítulo singular em
Nota: Matéria feita com a colaboração da bibliotecária Terezinha Lima. (*) CARLOS CORREIA SANTOS é pesquisador e escritor premiado nacionalmente, autor, dentre outras obras, das peças Nu Nery , Ópera Profano e do romance Velas na Tapera . Para mais informações acesse os blogs: http://nadasantostudoalma.blospot.com http://mesmoquenaoqueiraseutecontos.blogspot.com
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Você está criando ou adiando o futuro? >>
uando você pensa no futuro, mentalmente cria imagens. A casa dos sonhos sempre está lá, junto daquele carro tão desejado, acompanhados de uma poupança para educação dos filhos, com direito a viagens de férias, que podem nos levar para a linda Monte Verde, a deliciosa Campos do Jordão, as encantadoras Serras Gauchas, as paradisíacas praias nordestinas ou uma lua de mel em New York, London “or” Paris. Você sabe que terá apenas uma vida. Ainda que acredite em reencarnação, esse passaporte e esse CPF pertencerão apenas a essa pessoa que está lendo este material agora. Não sabemos se voltaremos e reencarnaremos como seres humanos ou como uma minhoca, como alguns acreditam. Temos o direito e devemos sonhar. Walt Disney dizia: “Tudo o que você é capaz de sonhar é capaz de realizar!” É verdade, mas não sonhando, agindo. Sonhos nos induzem a elaboração de planos que nos incentivam a ação. Um plano precisa ser bem elaborado para que a ação tenha fundamentação. Quando falamos em concretização de sonhos, em busca de sucesso, sempre mencionamos que é preciso trabalhar, e trabalhar muito.
por Ivan Postigo
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É melhor passar um dia tomando água de coco…
Essa é uma meia verdade. Ao ler isto, você vai me dizer: - Agora já não entendo mais nada! Você sempre diz que planos são importantes e a ação fundamental, pois o sucesso só aparece com muito trabalho. O que mudou? Realmente disse e vou continuar insistindo nisso, mas é importante destacar um aspecto no conceito trabalhar muito. Temos que trabalhar muito sim, mas da maneira certa!
Ao caminharmos firmes e fortes na direção errada só nos afastaremos dos nossos objetivos. Tenho visto pessoas chegarem cedo nas empresas, mergulharem no trabalho, passarem 10, 12 , 16 horas fazendo e refazendo tarefas que não as levarão muito longe. Acreditem, com todos os recursos que temos para processamento de informações ainda encontro pessoas contando os esto-
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Alegria e descontração no trabalho são aspectos importantes, mas sem perder o foco: a razão da sua participação naquele projeto
ques todos os dias! Quando questionadas dizem: É rápido! Como rápido? Há sempre alguém aguardando a informação para agir. Por experiência posso dizer: contam os estoques todos os dias, manuseiam as mesmas peças, e quando você audita o trabalho sabe o que percebe? A contagem está errada. As quantidades não batem, trocaram os códigos, digitaram errado. Não contaram e assumiram o que estava na etiqueta, e assim por diante. Ah, mas isso é só um detalhe! Não, isso não é um detalhe, é uma cultura. De uma espiada com cuidado e perceberá que muitas outras coisas também seguem essa filosofia. É a cultura do mais ou menos está bom. É feito rápido, é feito errado, é feito muitas vezes! Pelo amor do Grande Deus, deixe para fazer as coisas mais ou menos nas férias. Não desperdice 50% do seu dia na empresa, adiando o seu futuro e atrapalhando os planos dos outros. É melhor passar um dia fazendo piadas embaixo de um guarda-sol, tomando água de coco, do que no meio de pessoas atarefadas e preocupadas. Alegria e descontração no trabalho são
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aspectos importantes, mas sem perder o foco: a razão da sua participação naquele projeto. Quando encantar seus colegas, a si próprio, com a excelência da sua atuação, sem que se de conta estará encantando os clientes. Não adianta ser rápido e andar o dia inteiro quando você está na direção errada. A única coisa que vai conseguir é se afastar ainda mais do seu objetivo. Minhas maiores realizações estão ligadas a grupos de pessoas determinadas, projetos exaustivamente debatidos e ações conduzidas com atenção e cuidados necessários. Muitos profissionais me encontram e usam uma frase que considero a mais gratificante de todas: - Quando vamos trabalhar juntos novamente? Eu só tenho uma resposta: - Vocês foram os mentores. Vocês foram os responsáveis por aquele sucesso! Talvez um dia possa reunir alguns em um projeto, mas sei que é difícil. O tempo nos leva para caminhos diferentes. Aqueles que assumiram posições gerenciais e diretivas em grandes organizações não estão mais disponíveis. Esses sim estão construindo o futuro. Futuro, futuro! Falamos muito do futuro, mas o que é o futuro? Hoje estamos vivendo o futuro que ontem tentávamos imaginar como seria.
Você é quem decide se amanhã viverá na casa dos seus sonhos ou continuará sonhando com a casa em que viverá! Minha contribuição, quando posso, é para que comemore a viva vida. Que esta não seja apenas uma passagem de esperança, mas de determinação, sem adiamentos de compromissos com as nossas verdades. É gratificante encontrar os amigos, poder olhá-los nos olhos, e, num forte e verdadeiro abraço pelo que conseguimos com mútua ajuda, dizer: - Obrigado, tenho orgulho e prazer de trabalhar contigo! Hoje é o futuro que sonhamos. Como será amanhã? Sonhemos para imaginar, acordemos para realizar! (*) Diretor de Gestão Empresarial. Articulista, Escritor, Palestrante
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Caranguejo Uçá
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por Bruna Campos
Fotos: Carlos Sodré e Cristino Martins/Ag. Pará
ma plateia formada por estudantes de engenharia de pesca, biólogos e coletores de caranguejo, lotou o auditório do Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, durante o I Seminário de Caranguejo Uçá no Pará, promovido pela Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado (Sepaq). Durante o seminário, o biólogo e doutorando em ciência animal Mauro Tavares, expôs ao público um projeto feito por ele e sua equipe sobre a Bioecologia do caranguejo-uçá e seu potencial produtivo e extrativo no litoral paraense. Segundo o biólogo, quando comparado
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com o resto do Brasil, o Pará possui um grande potencial e muitas vantagens quando se fala na produção do crustáceo. “Os manguezais paraenses tem privilégios quando comparados a outros estados brasileiros, porém, mesmo assim ainda encontramos algumas dificuldades. Em alguns municípios, esses crustáceos vêm dimi-
representante da comunidade Arapiri do município de Curuçá. Estudantes do curso de Engenharia de Pesca vieram do estado do Amapá para participar do seminário e ficaram satisfeitos com o resultado. “Valeu muito a pena a gente ter feito esse esforço, ter saído do nosso estado para participar desse congresso. Tudo que aprendemos aqui será muito importante para a nossa vida acadêmica e profissional”, afirmou a estudante Morgana Santos. O representante da Associação dos Durante o I Seminário de Caranguejo Uçá Caranguejeiros de Arapiri, Ivanildo no Pará promovido pela Sepaq Lima, disse que irá repassar para nuindo muito”, ressaltou Tavares. Ainda seus colegas de profissão tudo que aprenassim, o litoral paraense apresenta um deu durante o congresso de pesca. “Nem grande potencial, como por exemplo, o todo puderam vir, mas, estou fazendo tomunicípio de Viseu. Lá, estudos feitos das as anotações, tirando todas as minhas mostram que 46 caranguejos são tirados duvidas e assim que chegar lá na comunidade vou reunir meus colegas para repaspor homem a cada hora. Outras informações sobre a produção do sar os ensinamentos”, contou. crustáceo no Estado, o período de defeso (*) Secom << e comercialização do caranguejo, também foram repassadas aos participantes. “Tudo Um dos maiores produtores paraenses de que ouvimos aqui foi muito interessante. caranguejo é o município de Viseu, onde são coletados 46 unidades por homem a cada hora Sou catador de caranguejo há 25 anos e pela primeira vez estou tendo oportunidade de conhecer mais sobre o meu trabalho”, disse Nilson Nascimento, 40 anos,
Os catadores Nilson Nascimento e Ivanildo Lima vieram de Curuçá até Belém para participar do evento
Os estudantes de Engenharia de Pesca, Netie Oliveira, Morgana Santos e Marcos Oliveira
Mauro Tavares, pesquisador da Universidade Federal do Pará, apresentou o estudo sobre a potencialidade do setor no Pará
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Alimentos amigos da sua beleza e saúde Toda mulher sonha em ter cabelos sedosos e uma pele macia e bonita. Mas isso é resultado não só dos cosméticos caros. O segredo do sucesso está na ingestão de determinados alimentos. Descubra quais poderão te deixar ainda mais linda.
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Os Exercícios físicos diminuem a gordura corporal e controla o apetite
minuindo a probabilidade do surgimento de doenças cardíacas. Melhora da função pulmonar aumentando a capacidade de consumo de Oxigênio. Aumento da resistência a esforços físicos e ao stress. Aumento da densidade óssea prevenindo a osteoporose e auxiliando em casos de osteopenia. Diminuição da gordura corporal e controle do apetite. Aumento da massa muscular e da força física. Redução de sintomas tais como ansiedade, depressão e insônia. Diminuição do consumo de medicamentos. Melhora da auto estima proporcionando bem estar e socialização. Estes são apenas alguns benefícios para sua beleza e saúde.
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O VERDE E A BIODIVERSIDADE No mundo há fome de verde, pro homem, sede de água; sem a mata o ar se perde, na seca só o pranto enxágua.
Para os olhos uma festa
São o verde da floresta e o cristalino das águas, para os olhos uma festa a pôr emoções em fráguas. Nossa Amassilva é do Mundo seu mostruário e pulmão, biodiversidade a fundo pra nosso uso e atenção. Nessa ambiência se agita toda uma fauna notável e se a silva periclita o bioverde é manejável. O verde da floresta e o cristalino das águas
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“Menção Especial” no Concurso Nacional de Literatura 2011-11-23 Da Sesmaria Cultural de Dom Pedrito-RS – outubro 2011
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IDEIAS BOAS IDEIAS TRANSFORMAM O SIMPLES EM EXTRAORDINÁRIO.
TE FAZEM SER ESCOLHA TER PENSAMENTO PRÓPRIO. ESCOLHA SER MODERNO.
MODERNO. Elas se alimentam dos livros, das conversas com os amigos, daquele filme que você viu com a galera. É pensando nisso que há mais de 90 anos o Moderno aposta num ensino de qualidade com estímulos às aptidões de seus alunos, incentivo à leitura, ao teatro e principalmente a pensar. Informações são mais importantes quando tornam-se opiniões.
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Nosso primeiro compromisso é com a vida. O segundo também.
As verdadeiras prioridades de um governo aparecem logo nas primeiras medidas que ele toma. O Governo do Pará distribuiu 700 novas viaturas de polícia em todo o estado, antes de completar um ano. E já instalou a primeira Unidade Integrada Pro Paz - UIPP, que alia o trabalho de segurança à cultura de paz. E também antes de virar o calendário, zerou a fila de espera por hemodiálise no estado, com a entrega de 100 aparelhos novos aos hospitais. Na capital, inaugurou o Centro de Hemodiálise Monteiro Leite e o Centro Hospitalar Jean Bitar. Em Marabá, o Hospital Regional está sendo ampliado e já no próximo ano vai fazer até cirurgias cardíacas. O Hospital Regional de Santarém recebeu 15 novas máquinas de hemodiálise e está sendo ampliado para receber a área cardiológica e os serviços de neurologia e neurocirurgia. Isso não é tudo. É só o primeiro ano de uma política que coloca a vida das pessoas lá no topo.
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