Revista
Pará+ ABRIL 2012
BELÉM-PARÁ
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ISSN 16776968
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Editora Círios
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PARÁ NEGÓCIOS NOVOS INVESTIMENTOS NO SETOR PRODUTIVO DO PARÁ CAPA.indd 1
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Aqui, sustentabilidade é uma tradição.
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E a Eletrobras Eletronorte tem muito orgulho de fazer parte dessa história.
A Eletrobras Eletronorte acredita que o respeito às diferenças e ao planeta seguem lado a lado. Por isso, há 25 anos desenvolve os programas Waimiri Atroari e Parakanã, referências mundiais na promoção da autonomia indígena. Com ações de apoio à produção, educação, cultura e saúde, essas etnias hoje estão livres da extinção. Os 621 índios que corriam o risco de desaparecer, hoje somam quase três mil brasileiros e provam ao mundo que sustentabilidade existe de verdade. 19 de abril. Dia do Índio.
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Dia do índio
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Secti homenageia Camillo Vianna
Indígenas vão discutir detalhes de seus Jogos Mundiais durante a Rio+20
PUBLICAÇÃO
Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br
ÍNDICE DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Amanda Engelke, Ana Carolina Pimenta, Andréa Amazonas, Camillo Martins Vianna, Carlos Correia Santos, Cláudio Simões, Edna Sidou, Eunice Ferrari, Sergio Pandolfo, Thiago Melo; FOTOGRAFIAS: Adriano Magalhães/Comus ; Agência Brasil; Alessandra Serrão, Antonio Silva, Carlos Sodré, Carlos Silva, Eliseu Dias, Rita Abitibol, Tamará Saré e Rodolfo Oliveira/Ag. Pará; Jean Barbosa/Divulgação Paratur; José Pantoja Ascom/Sespa; Marcelo Martins; Mequias Pinheiro; Raphael Freire/Ascom Secti ; e Robson Kawasaki; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios
08 Pará Negócios – o dinamismo do empresariado paraense
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N E STA E D I Ç Ã O
Prêmio do Ministério da Saúde contempla projetos da Sespa
* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
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O significado da Páscoa
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Estado investirá R$ 30 milhões em pesquisa e produção de biofármacos
Secretaria Estadual de Turismo do Pará
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Pará atrai R$ 7 bilhões em investimentos para o setor produtivo
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Congresso discute em Belém conservação da fauna amazônica
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Polo de plantação de dendê será implantado no nordeste paraense
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46 Os 385 anos do Ver-o-Peso 48 Nesta Edição (122).indd 4
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32 Concessão de florestas no oeste paraense vai gerar renda para a população
CIOS PARÁ NEGÓ TIMENTOS NO ES NOVOS INV UTIVO DO PARÁ D O R P R TO SE Índia Kayapó, na 4ª edição da Semana dos Povos Indígenas, no município de São Félix do Xingu, Sul do Pará. Foto: Cristino Martins/Ag. Pará
Ministério garante que Pará está apto a se tornar zona livre de febre aftosa Comida di Buteco Voos de pássaros na Amazônia Língua Portuguesa - Enfim uma grafia unificada ORGULHO DE SER PARANSE
Bruno Seabra
Portal Amazônia
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Dia do índio >>
por Cláudio Simões
Fotos: Agência Brasil
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música de Jorge Benjor diz que “todo dia era dia de índio”, lembrando que os índios que viviam no Brasil eram donos da terra quando ele foi descoberto. Mas em outra estrofe, Benjor lembra que “agora ele só tem o dia 19 de abril”. Em 1940, no México, foi realizado o I Congresso Indigenista Interamericano, com a presença de diversos países da América e os índios, tema central do evento, também foram convidados. Como estavam habituados a perseguições e outros tipos de desrespeito, preferiram manter-se afastados e não aceitaram o convite. Dias depois, após refletirem sobre a importância do Congresso na luta pela garantia de seus direitos, os índios decidiram comparecer. Essa data, 19 de abril, por sua importância histórica, passou a ser o Dia do Índio, em todo o continente americano. No Brasil, o então presidente Getúlio Vargas assinou o decreto nº 5.540, em 1943, determinando que o Brasil, a exemplo dos outros países da América, comemorasse o Dia do Índio em 19 de abril. Índia da etnia Terena
Ashaninkas, o nosso povo da floresta é muito importante para a preservação da Amazônia
A todos oosBrasil índios d * Zeli Poa
ucum. terra cor de ur Somos filhos da do jatobá. apé e da força ar ig do ns so Dos s, do Iguaçu. uaia, do Tapajó ag Ar do s ua Das ág de Jaci. Kuaray, da lua de l so do s ho Somos fil nga e o aipim. guaraná, a pita o a ei m se e E da chuva qu s mitos. Somos filhos do pranto. o, do vento e do nt ca u se e ru Do uirapu rtes, sábios. Guerreiros, fo s. vantes, Caiabi , Guaranis, Xa is ân m no Ia os Som os de ser. nunca deixarem E o que somos www.paramais.com.br
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Indígenas vão discutir detalhes de seus Jogos Mundiais durante a Rio+20
Atletas indígenas no Parque dos Tupiniquins na Praia da Enseada
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ovos indígenas de diversos países devem aproveitar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) para acertar os detalhes e assinar o protocolo de seus Jogos Mundiais, previstos para ocorrer no Brasil em 2013. Segundo Marcos Terena, articulador indígena para a Rio+20, pelo menos 16 países devem participar da competição. “A gente tem que ver o tipo de esporte que cada um vai apresentar [para os Jogos]. Não há uma regra sobre que tipo de esporte deve integrar os Jogos, desde que seja indígena, tradicional. O arco e �lecha é um deles”, disse Terena. 06
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Marcos Terena, o articulador indígena para a Rio+20
Segundo ele, desde 2000 discute-se a realização de uma edição dos Jogos Mundiais Indígenas. A primeira competição seria realizada no Canadá, mas ela acabou sendo adiada. Indígenas de diversos países vão se reunir antes e durante a realização da Rio+20, em um espaço chamado de Kari-oca 2, que vai reproduzir uma aldeia brasileira. Durante esse período, será realizada uma miniedição dos Jogos dos Povos Indígenas brasileiros, com a participação de 350 a 400 pessoas de 12 etnias. A última edição dos jogos nacionais reuniu, em Tocantins, em novembro do ano passado, 1.400 indígenas de 39 etnias. www.paramais.com.br
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Eles disputaram dez modalidades, entre elas a corrida de tora (em que o atleta corre carregando uma tora de madeira), o arremesso de lança e a natação.
Kari-oca 2
A aldeia com pelo menos quatro ocas será montada no Rio de Janeiro para discutir questões ligadas aos indígenas. Segundo o articulador indígena para a conferência, Marcos Terena, o espaço deverá se chamar Kari-oca 2, nome que remete aos moradores da cidade do Rio de Janeiro, os cariocas, e cujo signi�icado original, na língua indígena tupi, é “casa do homem branco”. Na aldeia haverá duas ocas com redes para abrigar 80 pessoas, uma “oca eletrônica” e uma grande oca com capa-
Indígena da etnia Kapirapé faz pintura no corpo, na nona edição dos Jogos dos Povos Indígenas
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cidade para 500 pessoas, onde serão feitas as discussões. Terena e um grupo de indígenas estiveram no Rio de Janeiro para de�inir a área exata onde a aldeia será montada. A ideia é que o espaço ocupe o Autódromo de Jacarepaguá, próximo aos locais onde ocorrerão as conferências o�iciais das Nações Unidas. “É uma iniciativa para abrigar povos indígenas do mundo inteiro aqui no Rio de Janeiro durante a Conferência Rio+20 e para que a gente possa ter um lugar para debater a economia verde e o desenvolvimento sustentável. Ao mesmo tempo vai servir para que a gente possa mostrar a força cultural dos povos indígenas do Brasil. O projeto é uma iniciativa indígena brasileira, que é conec-
Não há uma regra sobre que tipo de esporte deve integrar os Jogos
tada com os índios da África, das Américas, da Ásia”, a�irmou Terena. Segundo Terena, a montagem da “oca eletrônica” será uma das grandes novidades. “Essa oca, que foi uma sugestão dos índios navajos, dos Estados Unidos, é uma inovação, já que mistura uma oca tipicamente brasileira com conteúdo eletrônico. Ali haverá iniciativas voltadas à tecnologia da informação e também terá o objetivo de fazer a transmissão online da conferência aqui do Rio de Janeiro”, disse. Na aldeia, haverá ainda pro�issionais indígenas, como enfermeiros e advogados, para atender os participantes da conferência, caso haja necessidade. Além disso, estão programadas cerimônias espirituais tradicionais, durante todos os dias da Rio+20.
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Pará Negócios
o dinamismo do empresariado paraense Fotos: Eliseu Dias/Ag. Pará , Marcelo Martins e Mequias Pinheiro
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abertura oficial da 1ª edição da Pará Negócios, a feira multisetorial organizada e realizada pela Associação Comercial do Pará (ACP), com apoio do Governo do Estado, por meio do Núcleo de Articulação e Cidadania no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, contou com a presença de empresários, secretários de governo, deputados e o governador Simão Jatene. Contando com 150 expositores dos mais diferentes segmentos, o evento reuniiu representantes de empresas de micro, pequeno e grande portes. A iniciativa foi bastante elogiada durante a solenidade. “Mais do que uma feira, esse evento é a celebração de um esforço coletivo e isso precisa, sim, ser festejado. Esse é um momento em que os empreendedores,
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Abertura oficial da 1ª edição da Pará Negócios, a feira multisetorial da ACP
O governador Simão Jatene, acompanhado da primeira dama, Ana Jatene e do presidente da ACP, Sergio Bitar na abertura do Pará Negócios – Feira Multisetorial, promovida pela ACP, com apoio do Governo do Estado, por meio do Núcleo de Articulação e Cidadania no Hangar
os empresários e a própria sociedade se reúnem e celebram o esforço de construir uma sociedade melhor, porque cada produto que a gente vai poder ver nos estandes, tem por trás toda uma história. E festejar essa história nos capacita cada vez mais para enfrentar esse mundo competitivo e os grandes desafios postos a nós. Tenho certeza que é o primeiro de uma longa série”, afirmou Jatene. Para o presidente da ACP, Sergio Bitar, o evento é uma grande oportunidade de aproximar o público e o empresariado dos mais diversos campos da economia. “Esse é um evento que congrega vários outros como forma de agregar conceitos e negócios. Dentro da Pará Negócios, foram realizados ainda vários outros eventos, como a 10ª Feira Outlet, promovida pelo Conselho da Mulher Empresária; o 3º Encon-
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O chefe do Executivo também visitou o estande que apresenta os projetos desenvolvidos pelo Governo do Pará Sergio Bitar, presidente da ACP, saúda os presentes
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tro da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje); o XI Simpósio de Aperfeiçoamento de Corretores de Seguros (Sacs) e o XI Encontro de Educadores Gestores do Pará, além de palestras, workshops, premiações e rodadas de negócios. “A grande importância desse evento é não só o setor empresarial paraense poder mostrar o que está produzindo, mas se preparar para empreender em um mercado global mais competitivo, cheio de oportunidades”, destacou Sérgio Bitar, o presidente da ACP. Vilson Schuber, diretor-superintendente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Pará, elogiou a iniciativa e ressaltou “a capacidade da ACP de agregar tantos diferentes atores empresa-
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do federal de Goiás, Armando Vergílio. Entre as representações do setor, prestigiaram a abertura o diretor da federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará (Faciapa), Valmir Batista; o presidente do Fórum das entidades de empresários do Pará, Fernando Yamada; do presidente da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), Marduck Duarte; do presidente do Conselho de Jovens Empresários (Conjove) da ACP; Fabrizio Guaglia None; do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, Carlos Fendandes Xavier.
Visita aos estandes
riais em uma única programação”. Marduk Duarte, presidente do Conaje, disse estar honrado em participar de um evento em um Estado cujo governo dá tanta importância ao empresariado jovem. Já o presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), Fernando Yamada, reforçou que a ACP mostra ousadia ao lançar a Pará Negócios, “uma feira que já nasce destinada ao sucesso”. O deputado federal Armando Vergílio (PSD), presidente da Federação Nacional de Corretores de Seguros (Fenacor), enfatizou que 8% do Produto Interno Bruto do Brasil advém de seguros e que o Pará é responsável por 2% dessa fatia. O presidente da Assembleia Legislativa do do Pará (Alepa), deputado Manoel Pioneiro (PSDB), lembrou que o governo não apenas participa dos momentos festivos do mercado de negócios. “Nosso diálogo com o empresariado é constante e se estende ao Legislativo”, afirmou.
No Hangar, a abertura da 1ª edição da Pará Negócios
Após a abertura oficial, o governador, acompanhado da primeira dama, Ana Jatene, visitou os vários estandes do evento, entre eles o do Núcleo de Ar-
Outros participantes
Também participaram da abertura da 1ª edição da Pará Negócios, diversas autoridades estaduais, entre eles os secretários de Estado Sidney Rosa, de Desenvolvimento e Incentivo à Produção; Antônio José, de Assuntos Institucionais; o presidente da Imprensa Oficial do Estado, Cláudio Rocha; o superintendente do Sistema Penitenciário, André Cunha; além do presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Manoel Pioneiro e do deputa-
Em visita aos estandes
Simão Jatene festejou a primeira edição da feira e afirmou que ela celebra o esforço de construir uma sociedade melhor
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O estande da Círios foi um dos mais movimentados e visitados
Estande da Editora Círios
Expositor da Outlet, considerada a maior feira de ponta de estoque da cidade
ticulação e Cidadania. O espaço apresenta a iniciativa do Governo do Estado que tem como objetivo articular e estimular parcerias entre governos, iniciativa privada e sociedade civil. Entre os
exemplos de ações e programas apoiados pelo núcleo, o público que visitar espaço poderá conhecer, entre outros, programas como o Natal d’Água, o Livro Solidário, a Fábrica Esperança, e o Cul-
tivando Flores e Vidas. A programação do evento envolve, principalmente, as empresas que integram as Câmaras Setoriais da associação, com destaque para a de educação, con-
A MS Terraplenagem, marcando presença na feira Multisetorial – Pará Negócios, onde apresentou portfólios de execução de serviços que contribui para o desenvolvimento da região investindo sempre em equipamentos de ponta e maquinas pesadas, treinamento e capacitação de profissional, excelentes serviços e Know-how. Luiz Felippe enfatizou os principais clientes e parceiros comercias que contribui para o seu sucesso entre eles: Alunorte – Alumina do Norte do Brasil S/A, Grupo Nassau, Mineração Buritirama, Companhia de Alumina do Norte do Brasil, Santos Brasil S/A, Imerys Rio Capim dentre outros.
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Articulação pela Cidadania >>Alguns exemplos do resultado de ações integradas entre o governo do Estado, iniciativa privada e a sociedade civil podiam ser vistos em dois estandes da Feira Paránegócios. Os estandes mostraram projetos que o programa Articulação e Cidadania, da Casa Civil da Governadoria, apoia em diversos segmentos. Foi possível ver a produção de cooperativas, de jovens que cumprem medidas socioeducativas, de egressos da Superintendência do Sistema Penal (Susipe) e ainda exemplos de programas e projetos que ajudam na redução da pobreza e das desigualdades sociais, como o Natal D’Água, Cultivando Flores e Vidas, Livro Solidário e Escola da Vida, entre outros. Walmir da Silva do Carmo estava presente no estande vendendo produtos da Cooperativa dos Caetés de Bragança. A entidade reúne 40 pessoas que fazem produtos diversos, entre eles cremes hidratantes feitos com produtos da natureza, como andiroba, buriti e murumuru, até feijão capupi, farinha de tapioca e cocada. “Estar aqui mostrando os produtos é muito bom para nós. É a oportunidade que temos de divulgar nosso produto e ganhar mais espaço no mercado”, avaliou. Os produtos da Fábrica Esperança fizeram sucesso na feira. A organização social que promove a reinserção social de egressos do sistema penitenciário levou para os estandes do Articulação e Cidadania artigos de rouparia, pintura e panificação. Segundo o egresso Carlos Amador, que trabalha na fábrica como assistente administrativo, a iniciativa do governo do Estado ao dar a oportunidade ao egresso de ter uma profissão é muito importante, principalmente para as famílias que sofrem muito quando eles estão presos. “É uma oportunidade única, que ajuda a nossa vida a tomar um novo rumo”, afirmou. A Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) levou para a feira exemplos de projetos que estão ajudando adolescentes que cumprem medidas socioeducativas, como o projeto Terra Viva e o Pneu Móveis. Os móveis feitos com pneus foram a grande novidade do evento e foram vendidos no primeiro dia. Segundo o técnico
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Simão Jatene visitou os estandes do evento, que reúne principalmente micro e pequenos empresários paraenses
agrícola da Fasepa, Jaracelyr Pereira, a instituição está trabalhando a ressocialização e a conscientização ambiental, além de estar formando mão-de-obra. O projeto Pneu Móveis está sendo desenvolvido em uma unidade da Fasepa em Benevides, onde os jovens produzem os móveis. “Recebemos na feira a visita de pessoas do Sebrae que se interessaram pelo produto e há a possibilidade de uma parceria para nos orientar a lançar o produto no mercado”, revelou. A assistente social da fundação, Kátia Santos, lembrou a parceria entre Fasepa e Secretaria de Estado de Administração (Sead), que está inserindo os jovens em órgãos do Estado como bolsistas. “Já há socioeducandos na Sepof, Funtelpa, Loterpa, Defensoria e nos Tribunais de Justiça e de Contas do Estado”, revelou. Podiam ser vistos nos estandes também trabalhos da Emater, por meio da Unidade Didática Agroecológica do Nordeste Paraense, situada em Bragança, e da Associação Talentos em Movimento, do município de Paragominas.
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Apresentação do grupo coral e grupo de violões formado por internas do Centro de Reeducação Feminino (CRF)
Grupo Dons, formado por crianças e jovens de Icoaraci, é fruto de um projeto que há dois anos capacita os pequenos para o mundo da música
tabilidade, informática, pet shop, de seguros, entre outras. A programação também inclui rodada de negócios, seminários e congressos, por meio de ação conjunta entre as Câmaras Setoriais, Conselhos de Jovens Empresários (Conjove) e da Mulher Empresária (CME), Universidade Corporativa e Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem.
Projetos sociais do governo foram destaque na Feira Pará Negócios Estande do Conjove
O Governo do Estado, por meio do Núcleo Articulação e Cidadania (NAC), apresentou durante a 12ª Feira Pará Negócios, uma série de projetos sociais desenvolvidos pelos órgãos estaduais. No encerramento do evento, a primeira-dama do
A Norte Empreendimentos representada pelo diretor Washington Cordeiro, apresentou junto com sua equipe, seu portfólio de atividades que são desenvolvidas nas regiões norte e nordeste: Agenciamento marítimo, operação portuária e locação de equipamentos. A empresa dispõe de soluções para atender seus clientes, oferecendo seus serviços com equipamentos de altíssima tecnologia, mão de obra qualificada e respeitando as normas de saúde, segurança e meio ambiente.
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Estado, Ana Jatene, coordenadora do NAC, fez um balanço da participação do Governo no evento e destacou a importância de se criar parcerias com o empresariado paraense. “Nosso objetivo maior na Feira foi estabelecer parcerias entre o Governo do Estado, ONGs e o empresariado. Queremos incluir neste meio a responsabilidade social. Precisamos unir forças com a sociedade civil e os empresários para o desenvolvimento e a melhoria de vida da população”, disse Ana Jatene. Esta última parceria, segundo a primeira-dama, já começou a ser alinhavada com iniciativas como a da participação na Feira Pará Negócios. “O fato de trazemos os projetos sociais executados e apoiados pelo Governo mostra que esta parceira já está se estabelecendo. Queremos que os empresários e a sociedade conheçam esse trabalho para que possam praticar a responsabilidade social junto conosco.
Nossa índia em ação...
É um investimento para toda a sociedade”, enfatizou a primeira-dama.
Premiação
Roberto Dias da Amazon Organização Contábil recebendo sua premiação
Ao final, foram premiados 4 estandes, sendo: - Sos Pet Shop: criatividade e beleza; - Articulação e Cidadania (Governo): originalidade e inovação; - Amazon Organização Contábil: aproveitamento do espaço e; - Maior Mobilização Setorial: câmara setorial de seguros da ACP.
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>>Livro Solidário, visa arrecadar livros e distribuí-los em espaços de leitura nas comunidades carentes. A meta do programa é implantar esses espaços em bairros com maior vulnerabilidade social da Região Metropolitana de Belém, a fim de contribuir para o exercício da cidadania e garantia do direito de acesso ao conhecimento
Fernando Yamada presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), com nosso diretor Rodrigo Hühn e a índia Ane Sousa
Empresários comemoram sucesso A ACP comemorou os 5 milhões de negócios gerados, 1.500 empregos diretos e 2.000 indiretos durante a realização da Pará Negócios. A Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), por meio da Rede de Desenvolvimento de Fornecedores (Redes), atenderam individualmente empresários paraenses de diversos setores, apresentando suas demandas de compras de produtos e serviços. 60 empresas participaram da rodada de negócios quando empresários do Estado
puderam apresentar seus produtos. O 11º Simpósio de Aperfeiçoamento de Corretores de Seguros (SACS), reuniu mais de 300 profissionais da área e a 10ª Outlet, considerada a maior feira de ponta de estoque da cidade, com 45 expositores de bijuterias, bolsas, acessórios, caçados, artigos médicos, pet shop e roupas com vários estilos, foi sucesso entre os cerca de 20 mil visitantes entre participantes de congressos e público externo. Foram disponibilizadas ao todo, 26 palestras e 24 apresentações
culturais nos quatro dias de atividade, da primeira edição da Feira Multisetorial Pará Negócios, realizada no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. A II edição da Pará Negócios está confirmada para o período de 22 a 25 de agosto de 2013.
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Secti homenageia Camillo Vianna U >>
por Ana Carolina Pimenta*
ma vida dedicada à preservação ambiental e ao desenvolvimento sociocultural da Amazônia. O médico, folclorista e ambientalista Camillo Vianna completou 86 anos no dia 14 de abril com uma justa homenagem. Em solenidade realizada no dia 10, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) abriu o�icialmente a Mostra de Ciência e Cultura, que este ano recebe o nome do homem que se tornou um ícone na luta em defesa da �loresta e dos povos que nela vivem. Todo ano a Mostra promovida pela Secti ganha o nome de uma personalidade da área cientí�ica ou educacional com atuação de destaque no Pará. A escolha por Camillo Vianna, este ano, foi, sobretudo, por sua luta pela preservação da cultura e da �loresta amazônicas e pelo respeito aos povos da região. “Senti muita alegria ao saber da homenagem. Fiquei muito feliz com o reconhecimento, principalmente por vir de um evento que leva a ciência para dentro das escolas do interior do Pará”, declara Camillo. O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Alex Fiúza de Mello, destacou a pertinência da homenagem ao ambientalista num ano em que dirigentes do mundo inteiro debaterão o destino da Amazônia na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio +20. “Nada melhor que escolher Camillo Vianna, que devotou sua vida à causa pública, sempre com um tratamento diferenciado à questão amazônica. O Estado o homenageia pela sua obra, pela sua vida e pelo seu exemplo”. A Mostra de Ciência e Cultura Camillo Vianna levará para diversos municípios do estado uma boa parte da produção cientí�ico-acadêmica das
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Fotos: Eliseu Dias/Ag. Pará, Raphael Freire/Ascom Secti e Robson Kawasaki
Camillo Vianna, médico, folclorista e ambientalista – um ícone na luta em defesa da floresta e dos povos que nela vivem
mais importantes instituições de ensino e pesquisa da Amazônia Oriental. Estudantes, educadores e a sociedade em geral são convidados a participar de uma ampla programação voltada aos mais diferentes gostos. Quem se interessa por astronomia, por exemplo, tem a oportunidade de conhecer mais sobre a história dos calendários, da astronáutica e da Astronomia. Nas o�icinas, os participantes podem participar da confecção de um relógio solar, além de construir e lançar um protótipo de foguete. Além de despertar a curiosidade e o interesse pela ciência em crianças e jovens, a programação da Mostra acaba por complementar a formação dos estudantes. “A palestra sobre astrobiologia foi muito importante para mim, pois minha turma precisa entregar um trabalho sobre esse assunto, mas a gente não entendeu muito bem quando a professora explicou. Agora, vendo vídeos e imagens, �icou bem mais fácil”, comenta
Maria de Lourdes, 16, estudante de Marabá, que conheceu mais a respeito da ciência que estuda a presença de vida em outros planetas. Saúde bucal, sexualidade, nutrição, energias alternativas, desenvolvimento sustentável, drogas são algumas das outras temáticas abordadas nas palestras, o�icinas, exposições e atividades interativas ofertadas nos dois dias de evento. O objetivo é mostrar que a ciência faz parte do cotidiano infanto-juvenil e, a partir daí, oferecer um espaço de re�lexão e descoberta. Ao ter como público as crianças e jovens, as mostras vão ao encontro do que Camillo Vianna sempre defendeu em sua vida. “Nós precisamos tomar consciência e nos educar, principalmente os jovens e as crianças, de que o meio ambiente é importantíssimo para nossa sobrevivência”, defende. www.paramais.com.br
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Pioneirismo O exemplo e pioneirismo de Camillo Vianna são importantes legados para as próximas gerações. Em um tempo em que o termo “desenvolvimento sustentável” ainda nem havia sido cunhado, Camillo já trabalhava com esta abordagem. “Ele nunca tratou dos problemas ecológicos de forma desvinculada das questões sociais. Muito pelo contrário, deixa claro que as soluções para a crise ambiental precisam incorporar o homem que vive na Amazônia e sua cultura”, destaca Tatiana Amaral, coordenadora de Difusão e Popularização de C&T da Secti. Na solenidade, Camillo pouco falou. De forma simples, como sua própria essência, o homenageado agradeceu. E para que mais palavras? A voz de Camillo muito já ecoou nos quatro cantos do nosso estado e, hoje, ainda se faz
Alex Fiúza de Mello, secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, homenageando Camillo
ouvida e respeitada por pesquisadores, gestores, estudantes, ambientalistas, ribeirinhos, quilombolas, en�im, pela gente que compõe esse nosso meio ambiente.
Na abertura da Mostra Camillo Vianna de Ciência e Cultura, no auditório Alexandre Rodrigues Ferreira – Parque Zoobotânico do Museu Goeldi
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Trajetória Formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do Estado do Pará, Camillo Vianna atuou no ensino de Medicina e em conselhos pro�issionais da área. Seu primeiro emprego foi no Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), onde Camilo trabalhou para custear seus estudos na antiga Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará. “Foi no Museu Goeldi, em 1968, que tive um contato maior com diversas espécies de plantas e comecei a me apaixonar por elas”, revela Camillo. Foi vice-reitor e pró-reitor de extensão da Universidade Federal do Pará, onde criou diversos projetos de extensão e interiorização. Também idealizou atividades como as Semanas Amazônicas de Preservação e o Primeiro Encontro dos Povos Indígenas do Xingu. Em 1968, criou a Sociedade de Preservação aos Recursos Naturais e Culturais da Amazônia (SOPREN), or-
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Camillo Vianna apreciando sua querida Pará+
ganização preservacionista destinada à valorização das pessoas, recursos e natureza da região. Segundo Noemi Vianna, pesquisadora da Embrapa e sobrinha de Camillo, o grande legado de seu tio foi sua luta em defesa de uma Amazônia mais justa e preservada. Um exemplo que serviu de inspiração para tantos outros pro�issionais, incluindo a própria Noemi, que seguiu a carreira de engenheira �lorestal por in�luência direta do tio. Durante a solenidade de homenagem, a pesquisadora lembrou episódios importantes da trajetória de Camillo, como sua atuação no Projeto Rondon, no qual ele coordenou ações extensionistas em diversas localidades ribeirinhas. A idealização do “Trote Ecológico”, criado por Camillo para formar nos calouros uma consciência sobre a importância do re�lorestamento para o bem-estar da população e para a preservação ambiental. A pesquisadora também ressaltou a versatilidade de Camillo quando narrou o fato de ele ter sido escolhido como o homenageado pela escola de samba Império Juru-
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maio, serão contemplados Capanema, nos dias 10 e 11, e Paragominas, em 14 e 15. A programação do primeiro semestre encerra em junho, quando a Mostra será realizada nos municípios de Moju, nos dias 14 e 15, e Abaetetuba, em 28 e 29. As mostras são viabilizadas com o apoio de instituições de pesquisa, além de organizações governamentais e nãogovernamentais, como a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Universidade do Estado do Pará (Uepa), Universidade Federal do Pará (UFPA), Parque de Ciências e Associação Agroecológica Iara, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) e Escola Estadual de Educação Tecnológica do Pará- EETEPA- Salvaterra. (*) Ascom Secti
Camillo agradecendo as homenagens ao lado de sua sobrinha Noemi Vianna
nense. “Foi o próprio tio Camillo quem escreveu o samba-enredo ‘A morte do Curupira’”.
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A Mostra de Ciência e Cultura vem integrando ações voltadas à popularização da ciência e da tecnologia
Mostra de Ciência e Cultura
A Mostra já percorreu, este ano, os municípios de Conceição do Araguaia, Marabá e Soure. Do Marajó, a Mostra segue para Terra Alta, no nordeste paraense, nos dias 26 e 27 de abril. Em
Ensinando escovação correta para manter a saúde dos dentes e da boca
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A Mostra de Ciência e Cultura em Soure
A Mostra de Ciência e Cultura em Cametá
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Prêmio do Ministério da Saúde contempla projetos da Sespa >>
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por Edna Sidou*
ois projetos elaborados pela equipe técnica da Gerência de Formação e Desenvolvimento, subordinada à Diretoria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), foram classificados com o prêmio “InovaSUS”, do Ministério da Saúde. A iniciativa tem como objetivo identificar, reconhecer e valorizar práticas inovadoras na gestão pública do setor. Foram inscritos 262 projetos de todos os Estados brasileiros e classificados 190. O conteúdo aborda experiências criativas de gestores e trabalhadores de saúde que buscam alternativas de gestão do trabalho, comprometidas com a qualidade do atendimento e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Os trabalhos intitulados “Mapear para educar: descobrindo e valorizando talentos” e “Itinerante” têm como autoras as enfermeiras Ana Denise Monteiro e Iraquelma Nascimento, as psicólogas Kelly Lopes Cardoso e Sônia Akemi Kabuki e as assistentes so-
Fotos: José Pantoja Ascom/Sespa
ciais Marilda Martins Campos e Maria Rosete Cardoso. O projeto “Itinerante” trata de uma experiência integrada de gestão do trabalho com ações de educação em saúde, que propõem valorizar e investir na formação continuada e integrada dos trabalhadores da saúde pública, para contribuir na melhoria da qualidade dos serviços prestados à população. É voltado a todos os servidores da secretaria, incluindo gestores, técnicos, agentes administrativos e equipes de apoio com atuação nos municípios que integram as macrorregiões do Estado. Implantado em 2009, o “Itinerante” iniciou as atividades em unidades de saúde da capital, vinculadas à Sespa, com características peculiares, considerando o perfil dos trabalhadores e a localização, como o Hospital Regional Abelardo Santos, que atende os moradores de Icoaraci e a população das regiões ribeirinhas e ilhas próximas, alcançando bons resultados. As ações do projeto têm como meta, até 2014, alcançar 80% dos trabalhadores dos municípios das demais macrorregiões do Estado.
Alexandre Padilha , ministro da Saúde, com ganhadoras da 1ª edição do Prêmio InovaSUS – Gestão do Trabalho para Valorização de Boas Práticas e Inovação na Gestão do Trabalho na Saúde, na cerimônia de premiação durante o II Encontro Nacional de Gestores do Trabalho em Saúde, no Hotel Nacional, em Brasília, com a presença As autoras dos projetos contemplados pelo prêmio “InovaSUS”, e a diretora de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde da Sespa, Sônia Bahia. (Esquerda para direita Marilda Campos, Kelly Lopes, Rosete Cardoso, Sônia Bahia, Sônia Akemi e Iraquelma Nascimento).
Perfil O projeto “Mapear para educar: descobrindo e valorizando talentos” pretende identificar o perfil do servidor público da Sespa, com suas habilidades e competências, que podem ser aprimoradas com investimentos na formação pessoal e profissional para o trabalho na área de saúde. A ideia é estimular a socialização do conhecimento, incentivar e premiar o compartilhamento de conhecimento. O projeto vem sendo executado desde 2009 e compreende quatro etapas, com ampla pesquisa em todas as unidades e setores que integram os diferentes níveis de gestão da secretaria, usando como instrumento de coleta de dados um questionário eletrônico, já aplicado a cinco mil servidores. A meta é aplicar mais três mil no período de janeiro a julho deste ano, que corresponde a 90% do total de servidores. Segundo a diretora de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Sônia Bahia, os trabalhos são parte dos prjetos desenvolvidos em prol das políticas de valorização da formação e desenvolvimento profissional na área da saúde. Ela afirmou que ser contemplado com um prêmio do porte InovaSUS é um reconhecimento ímpar das ações da atual gestão. “Temos o privilégio de divulgar nossas ações. Ser contemplado com um prêmio nacional é uma expressão muito grande, pois nos conduz a um passo muito importante”, considerou. (*) Sespa
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Secretaria Estadual de Turismo do Pará
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Fotos: Alessandra Serrão/Ag. Pará
Secretaria de Estado de Turismo (Setur) foi oficialmente criada em 29 de dezembro de 2011, com a publicação, no Diário Oficial do Estado do Pará da Lei Nº 7.593, de 28 de dezembro de 2011, através da qual o governador Simão Jatene criou o Sistema Estadual de Gestão do Turismo (Segetur), ao qual está ligada a referida secretaria. O Segetur tem por missão institucional promover o desenvolvimento turístico no Estado do Pará, de forma integrada e articulada, com os órgãos que o compõem: Fórum de Desenvolvimento Turístico do Estado do Pará (Fomentur); Companhia Paraense de Turismo (Paratur) e Secretaria de Estado de Turismo (Setur). Através dos órgãos que o compõem, o Segetur tem por missão propor a política estadual de desenvolvimento do turismo; promover e divulgar o turismo do Estado do Pará no país e no exterior; estimular as iniciativas públicas e privadas de incentivo às atividades turísticas; planejar, coordenar, supervisionar e avaliar os planos e programas de incentivo ao turismo. A Secretaria de Estado de Turismo (Setur), órgão da administração direta, vinculada à Secretaria Especial de Estado de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção (Sedip), é também o órgão central do Sistema Estadual de Gestão de Turismo, cuja atuação está voltada para a observância e o cumprimento de sua finalidade institucional e das funções desenvolvidas pelos órgãos integrantes do sistema. Surge com a finalidade de planejar, coordenar e gerenciar a política de desenvolvimento turístico no Estado do Pará.
O secretário
O Diário Oficial Estado (DOE) de 17/04, publicou decreto do governador Simão Jatene nomeando o médico
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Adenauer Góes, no Santuário de Nazaré em Portugal, frente a imagem original de Nossa Senhora de Nazaré
e gestor público Adenauer de Oliveira Góes, o primeiro secretário de Turismo do Pará. O governador tinha formalizado recentemente, no Palácio dos Despachos, convite oficial para que Adenauer Góes assumisse o cargo de secretário de Estado de Turismo do Pará. Na oportunidade também houve a formalização de que Socorro Costa, administradora e especialista em gestão pública, assumirá a presidência da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), em substituição a Adenauer.
Fomentur
Atualmente presidido pelo gestor da Companhia Paraense de Turismo, Adenauer Góes, o Fomentur tem por finalidade auxiliar o Secretário de Estado de Turismo na proposição da Política Estadual de Turismo e na execução de ações estratégicas de turismo do Estado do Pará, bem como dos programas,
projetos e atividades deles derivados. É formado por mais de 40 entidades de classe e representativas do poder público, imprensa, setor empresarial e organizações não governamentais, que através de reuniões ordinárias e extraordinárias garantem o aconselhamento do gestor quanto as ações, programas, projetos, ações, serviços e outros que beneficiam o setor. O Segetur, tem como finalidade estimular e promover o desenvolvimento da cadeia produtiva de turismo, desenvolver o marketing turístico e as estratégias de comunicação do Pará, no Brasil e no exterior, assim como organizar produtos e destinos orientados ao mercado. Tanto a Paratur, Fomentur quanto a recém criada Setur devem somar esforços para garantir a execução do Plano Estratégico do Turismo do Pará, “Ver-oPará”, também lançado no final de 2011, que representa o resultado de um pacto da gestão pública, do empresariado, da sociedade em geral pelo turismo. O Plano, como explica Adenauer Góes, criado com apoio da consultoria da empresa espanhola Chias Marketing, contempla nove macroprogramas que vão direcionar os novos rumos do turismo paraense, com 42 projetos de desenvolvimento turístico e 26 projetos voltados para ações de marketing. A estrutura da Secretaria de Estado de Turismo (Setur) envolve 64 cargos comissionados, entre secretário, assessores, gerentes, diretores e técnicos. Os recursos previstos para funcionamento inicial da Setur somam R$ 3.487.870,00. Adenauer de Oliveira Góes, o primeiro secretário de Turismo do Pará no lançamento do Paixão de Cristo, Paixão da Amazônia
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O significado da Páscoa
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por Eunice Ferrari
Páscoa, juntamente com o Natal, é uma das mais importantes datas para os cristãos, pois traz em sua simbologia todo o caminho do Cristo Jesus, desde Sua condenação até a Sua ressurreição e ascensão ao céu. Já para os judeus, a Páscoa tem um sentido diferente, pois é comemorada como um dia de liberdade, pois sua simbologia está relacionada com o �im da escravidão do povo judeu no Egito. A palavra Páscoa é de origem hebraica (Pesach) e quer dizer passagem. Seu signi�icado judaico não foge muito do signi�icado cristão, já que a morte, seguida da ressurreição, e em seguida, da ascensão, não deixa de ser uma passagem. Todos nós precisamos entender que, além do grande prazer que sentimos em reunir a família e comer muito chocolate, os dias que antecedem a Páscoa podem e devem ser dias de introspecção, re�lexão e rituais que elevem nosso espírito. Esses dias representam a nossa passagem da vida mundana até a morte de nosso pequeno ego, quando caminhamos nus em direcção à ressurreição e a um estado de consciência mais elevado, com o triunfo do espírito sobre a matéria. Antigamente, algumas civilizações pagãs, nessa época do ano, saudavam e comemoravam a vida e a alegria de viver. Muitos rituais de fertilidade eram feitos em comemoração ao início da primavera, estação que trazia em si o símbolo da liberação por meio de novas colheitas. Para os pagãos, o ovo era o símbolo da fonte da vida e o coelho o da multiplicação da espécie, ambos indicando renovação e esperança. Como
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vocês podem perceber, seja qual for o povo que comemora, há uma simbologia essencial que representa a renovação da vida e a esperança e ressurreição do espírito. Mas o que podemos fazer verdadeiramente para aproveitar este momento de transformação e iniciar em nossas vidas uma nova fase de renovação? 1. Não podemos nos esquecer que este é um ótimo momento para despertarmos o poder de nossa vontade através do esforço, da meditação e do poder mental e emocional que todos possuímos. 2. Trabalhar e estudar em direção ao auto-conhecimento, para o equilíbrio e mudança de atitudes, hábitos e renovação de sentimentos.
No Cristianismo a Páscoa é a festa que celebra a morte e Ressurreição de Jesus Cristo
É claro que é mais fácil falar de mudanças do que fazê-las efetivamente. Mas nada é impossível aos olhos de Deus. Somos Seus �ilhos e por isso trazemos dentro de nós a chispa da criação. Podemos, através de nossa força interior, mover montanhas dentro e fora de nós. Aprender o desapego, o desprendimento, a boa conduta e o amor está ao alcance de todos nós, e pode ser um bom começo. Que esta Páscoa seja um momento de ressurreição de tudo o que há de melhor em cada um de nós e que o Cristo Jesus esteja presente no coração de todos. Luz, Sabedoria e Amor para todos! Feliz Páscoa!
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Estado investirá R$ 30 milhões em pesquisa e produção de biofármacos >>
por Ana Carolina Pimenta*
Fotos: Rita Abitipol e Rodolfo Oliveira/Ag. Pará Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá)
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governo do Pará vai investir R$ 30 milhões na criação do Parafarma, um centro de pesquisa de medicamentos genéricos, a ser instalado no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá). A iniciativa é um importante passo rumo à implantação de um núcleo biotecnológico voltado à pesquisa e ao desenvolvimento de biofármacos no Pará, que no futuro vai gerar empregos e royalties ao Tesouro estadual. Atualmente, poucos países dominam a
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tecnologia de produção de biofármacos. No Brasil, o Pará seria a porta de entrada dessa tecnologia inovadora, que seria transferida por renomadas universidades e centros de pesquisas internacionais. A implantação do Parafarma foi discutida em reunião com a participação do governador Simão Jatene; do secretário Especial de Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento Sustentável, Sérgio Leão; do secretário adjunto da Secretaria de Estado de Ciência, Tecno-
logia e Inovação, Alberto Arruda, e de representantes do setor produtivo ligados à pesquisa e ao desenvolvimento de fármacos.
Referência
Segundo Alberto Arruda, a expectativa é que o Pará possa se tornar, a longo prazo, uma referência no estudo e desenvolvimento de biossimilares, que são genéricos de medicamentos baseados em organismos vivos (proteínas),
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Pesquisa e produção de biofármacos
Sérgio Leão participou da reunião sobre os investimentos do governo na biofarmacologia, representando a área de desenvolvimento sustentável
a partir da criação de novas versões de biofármacos existentes, mas cujas patentes já expiraram. “A perspectiva é criarmos um centro de inteligência na área de biofármacos em nosso Estado, com emprego e qualificação da mão de obra especializada local
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e geração de renda a partir dos royalties decorrentes dos direitos de propriedade intelectual e comercialização desses medicamentos”, ressaltou o secretário adjunto. Além do Parafarma, o PCT Guamá abrigará diversos laboratórios ligados à
área de Biotecnologia. O investimento no setor compõe o planejamento do Estado, por meio das estratégias previstas no Plano Diretor da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). (*) Secti
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Pará atrai R$ 7 bilhões em investimentos para o setor produtivo >>
por Amanda Engelke*
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Pará despertou, nos últimos anos, o interesse de empresas brasileiras e internacionais, nos mais variados setores da produção. Segundo o Departamento de Mercado e Atração de Investimentos (DMAI), vinculado à Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), 18 empresas estão em fase de implantação no Pará, com investimentos estimados em R$ 7 bilhões. A previsão é que essas empresas gerem mais de 15 mil empregos no Estado. Em 2011, de acordo com o levantamento, o interesse dos investidores deu um salto, em relação a anos anteriores. Das 57 empresas atendidas atualmente pelo Departamento de Mercado e Atração do Pará, 35 delas demonstraram interesse em ingressar no mercado paraense no primeiro ano da atual gestão. A agroindústria é o setor de maior interesse das empresas, correspondendo a 17% da demanda. Segundo a diretora do DMAI, Fátima Gonçalves, o número reflete a adoção de uma política de atrativos posta em prática pelo Governo do Pará. “Estamos cada vez mais nos preparando para trabalhar profissionalmente a atração de investimentos produtivos para o Estado, investindo, inclusive, na capacitação dos próprios servidores que integram o Programa de Atração de Investimentos”, informa Fátima, destacando que o principal objetivo da equipe é garantir investimentos sustentáveis. Em março, o governador Simão Jatene abordou no programa de rádio “Prestando Contas” o impacto positivo dos novos empreendimentos no desenvolvimento do Estado. Segundo ele, do segundo semestre de 2011 até março de
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Fotos: Antônio Silva, Eliseu Dias e Tamara Saré-Ag. Pará
O governador Simão Jatene e o vicepresidente de operações e logística da Natura, João Paulo Ferreira, assinaram o protocolo de intenções para a construção de um complexo industrial no município de Benevides
2012, pelo menos 10 grandes empresas iniciaram o processo de instalação no Pará, tendo como base a utilização de matéria prima. “Mais do que exportar a matéria prima, essas empresas vão utilizar nossos recursos para chegar ao produto final no Estado, gerando produção, emprego e renda”, ressaltou. Segundo Jatene, a política de atrativos adotada pelo Governo do Estado tem sido determinante para que as empresas decidam investir no setor produtivo paraense. “As empresas não vão para um lugar onde não encontrem um ambiente favorável”, afirmou o governador, destacando ainda que a melhoria na imagem do Estado fora das suas fronteiras também funciona como um importante atrativo para investidores.
Mudança na imagem “Nos últimos tempos, a verdade é que a nossa imagem na mídia nacional começou a ter uma mudança de perfil. Começamos a ser vistos pelo que temos de positivo, com os nossos artistas tendo mais espaço, a nossa culinária sendo referenciada e o Pará sendo um espaço privilegiado para realização de grandes eventos esportivos. Essas coisas todas, sem dúvida, terminam influenciando não só na nossa autoestima, mas também para que o resto do Brasil e alguns países vejam o Estado como um território atraente para projetos de boa qualidade, não apenas para retirar matéria prima e processar fora das nossas fronteiras, mas para montar aqui fábricas, que gerem emprego e renda para a nossa gente”, destacou. Simão Jatene comentou ainda no programa a reunião realizada no dia 15 de www.paramais.com.br
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março, com representantes da Natura, empresa brasileira de grande destaque na produção de cosméticos. Na ocasião, o governador e o vice-presidente de Operações e Logística da empresa, João Paulo Ferreira, assinaram um Protocolo de Intenções para a construção de um complexo industrial no município de Benevides, na Região Metropolitana de Belém. Segundo Jatene, o investimento da Natura para a implantação do complexo será de cerca de R$ 150 milhões. De acordo com o governador, o empre-
O diretor de assuntos corporativos da Natura, Rodolfo Guttilla durante assinatura do protocolo
endimento da Natura permitirá aumentar a arrecadação de tributos no Pará, gerar 400 empregos diretos e abrir oportunidades para pelo menos 2.500 famílias, que serão incluídas na cadeia extrativista de coleta de matéria prima. Jatene destacou ainda o compromisso assumido pela Natura de implantar um polo de inovação que, segundo ele,
Na reunião para criar proposta estratégica que amplie e aperfeiçoe o apoio federal a habitats de inovação na Amazônia, especialmente na forma de Parques Científicos e Tecnológicos
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David Leal, secretário de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), anunciou investimento de R$ 1.076.372.705, 00 em infraestrutura nas regiões sul e sudeste do Pará durante reunião da equipe da Caravana da Produção, em Marabá
deverá incentivar outras empresas do ramo a investir na produção de cosméticos no Pará, a partir da biodiversidade amazônica. Segundo Jatene, mais do que atrair empresas para o território paraense, o governo está atento para que os empreendimentos sejam aliados na produção sustentável, como forma de preservar a biodiversidade da região. “Esse é um desafio nosso. Não adianta festejar qualquer empreendimento. Nós temos que ter cuidado. Os empreendimentos quer vêm para cá devem ser sustentáveis, no sentido de tratar o ambiente de forma correta”, ressaltou.
Estratégia
Maquete do Polo Metal Mecânico em Marabá
O titular da Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção, Sidney Rosa, explica que a política de atrativos adotada pelo Governo do Estado busca proporcionar “um ambiente propício, para que o investidor possa sentir que seu empreendimento vai ser instalado em um Estado viável e de bom acolhimento, por parte do governo, quanto ao ambiente
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Vice-governador Helenilson Pontes, discute a criação do Polo Metal Mecânico em Marabá
empresarial”. Segundo Sidney Rosa, o principal objetivo é dinamizar a economia com a geração de emprego e renda. “O que o governador Simão Jatene tem dito sempre é que o grande objetivo de um governo é a geração de emprego e renda. Somente com essa oportunidade é que nós vamos emancipar as pessoas”, destaca. Para isto, segundo o secretário, o governo trabalha a partir de um planejamento que busca convergir os investimentos realizados no Pará e transformá-los em desenvolvimento. “É necessário buscar soluções nos ‘gargalos’ que ainda temos na economia, como por exemplo na logística e na qualificação profissional, e enfrentar o desafio de fazer com que nossas matérias primas em potencial possam se converter em produtos competitivos nos mercados nacional e internacional. São essas condições que vão atrair os investidores, para que tenhamos novos postos de trabalho no Pará”, avalia.
Segurança 2 horas
A agroindústria é o setor de maior interesse das empresas, correspondendo a 17% da demanda
A estratégia do governo vem alcançando resultados positivos. Em 2011, o Pará gerou 52 mil novos postos de trabalho, segundo o relatório elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Pará, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O número foi o segundo melhor saldo al-
cançado pelo Estado, desde 1992, quando iniciou a série histórica do Caged. O balanço sobre a evolução do emprego formal no Pará, de janeiro a dezembro de 2011, mostrou crescimento em todo o Estado: 366.721 admissões contra 315.228 desligamentos, resultando em um crescimento de 8,04%. (*) Secom
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Congresso discute em Belém conservação da fauna amazônica
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por Amanda Engelke
iscutir mecanismos de valorização dos espaços verdes existentes nas zonas urbanas do país e de preservação da fauna brasileira foi o objetivo do 36° Congresso da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil, aberto no Hangar – Centro de Convenções e Feira da Amazônia. Promovido pelo Mangal das Garças, o evento teve como tema a “Conservação da Fauna Amazônica”, reunindo cerca de 500 pessoas de vários países, entre cientistas, biólogos, estudantes e demais representantes da área. Sediado pela primeira vez na Região Norte, o congresso ofereceu uma vasta programação, com conferências, minicursos, workshops e palestras de pro�issionais de referência na área. Entre eles a cientista Gabriela Mastromonaco, PhD em Biotecnologia Reprodutiva e curadora do zoológico de Toronto, no Canadá, e o biólogo Sérgio Rangel, conhecido nacionalmente por suas participações em programas de TV. O secretário de Estado de Cultura, Pau-
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Fotos: Carlos Sodré/Ag. Pa
lo Chaves Fernandes, que participou da abertura, destacou a importância da realização do congresso em Belém. “Quando se tem um encontro como esse, em que estão reunidas pessoas ligadas e engajadas na preservação do meio ambiente, do bioma e da biota amazônica, nós devemos dizer ‘amém’, já que teremos a oportunidade de trocar informações atualizadas entre as mais diversas instituições e o próprio governo do Pará, no sentido de como proceder para que possamos preservar a Amazônia do jeito, do tamanho e da O evento reuniu pesquisadores de outros Estados e países, para discutir mecanismos de valorização dos espaços verdes nas zonas urbanas
maneira como deve ser”, ressaltou o secretário. Segundo Paulo Chaves, “nós estamos inseridos em um grande zoológico natural, que é a Amazônia, com uma das maiores biodiversidades do planeta. Essa visão zoológica, no sentido de preservar, é fundamental, para que as pessoas valorizem, admirem e sintam o quanto é importante manter o ecossistema. O favorecido com isso é o próprio homem”. Em Belém, espaços como o Parque Zoobotânico Bosque Rodrigues Alves e o Museu Paraense Emílio Goeldi são exemplos do foco do evento, que apresentará temáticas referentes ao universo dos zoológicos e aquários, voltadas ao cenário local. “Serão discutidos temas como a importância deles na economia de uma cidade, como atração turística, as legislações que envolvem os problemas ambientais no país, pesquisas e educação ambiental. Todos sob a ótica da realidade amazônica”, reiterou o gerente do Mangal das Garças, biólogo Igor Seligmann. Ele também destacou a evolução pela qual os zoológicos passaram com o tempo, e a importância que eles têm para a sociedade. “Antigamente, os zoológicos eram locais vistos como um espaço em que as pessoas iam apenas www.paramais.com.br
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ver animais, algo parecido como uma coleção de museu. Hoje, esses espaços buscam, sobretudo, passar informações para as pessoas. E com a urbanização as pessoas não têm mais tanto contato com a natureza, e os jardins zoológicos se tornaram locais importantes, por proporcionar isso, sendo um mecanismo de preservação e defesa do meio ambiente”, a�irmou.
Homenagem
Durante a abertura do congresso, o secretário Paulo Chaves entregou uma placa ao professor Manuel Ayres, um dos pioneiros na pesquisa genética e bioestatística na região amazônica, e personalidade homenageada no evento deste ano. Natural do município de Óbidos, Manuel Ayres fundou em 1966 o Laboratório de Genética da Universidade Federal do Pará (UFPA). Na época, Ayres, já com título de doutor, atuava como professor na instituição. “Sinto-me honrado, ainda mais por ser um congresso como esse, que traz uma contribuição muito grande para a preservação do meio ambiente, às vésperas de um evento de extrema importância, que é a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada em junho, no Rio de Janeiro)”, a�irmou. Também participaram da solenidade o secretário de Estado de Pesca e Aquicultura, Henrique Sawaki; o presidente da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil, Luiz Pires; o representante do Museu Paraense Emílio Goeldi, Paulo Nelson Sanjad; o reitor da Universidade Federal Rural da Amazônia, Sueo Numazawa, e a secretária Municipal de Meio Ambiente, Camilla Penna Figueiredo.
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O titular da Sepaq, Henrique Sawaki, presidente da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil (SZB), Luiz Pires, e o secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves
O secretário de Estado de Cultura e Paulo Chaves e o Prof. Dr. Manuel Ayres, um dos pioneiros na pesquisa genética e bioestatística na região amazônica e personalidade homenageada pelo evento este ano
Igor Seligmann, biólogo, gerente do Mangal das Garças e presidente do Congresso
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Concessão de florestas
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por Thiago Melo*
s habitantes do Pará que vivem no entorno do Rio Mamuru, no município de Juruti, oeste paraense, serão beneficiados diretamente pelas concessões que o Estado está realizando nas florestas públicas da região. A partir das concessões, empresas especializadas em extração sustentável terão o direito de explorar áreas florestais, empregando pelo menos 30% da mão de obra local. Além dos empregos, recursos gerados com as concessões serão revertidos pelo governo em projetos sociais e infraestrutura para as comunidades. Segundo o técnico em Gestão Florestal, José Maria Neto, do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor), as florestas fazem parte do conjunto de cinco glebas conhecido como MamuruArapiuns. O nome faz referência aos dois rios que cercam a região. A área total deste complexo corresponde a 1,312 milhão de hectares, o equivalente a 1,3 milhão estádios de futebol, como o “Mangueirão”. No entorno do Mamuru o Estado está criando um centro de treinamento de manejo florestal, e já concedeu três áreas para a exploração sustentável de madeira, onde empresas estão se instalando. Em breve, uma licitação apontará a empresa que se instalará na área mais recente destinada à exploração. “Para realizar as concessões, o Estado fez o ordenamento territorial da região, delimitando o limite das cinco glebas, e identificando o território de cada comunidade, que será regularizado. Todo o processo considerou aspectos ambientais e sociais, para assegurar o sucesso das concessões, que vão gerar o desenvolvimento socioeconômico local”, explicou José Maria Neto. 32
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Fotos: Eliseu Dias/Ag. Pará
As florestas fazem parte do conjunto de cinco glebas conhecido como Mamuru-Arapiuns
Comunidades Segundo ele, dos recursos gerados com a exploração sustentável, 30% serão usados na estruturação dos órgãos ambientais e monitoramento da floresta; outros 30% serão destinados aos municípios abrangidos pelas áreas de concessão, para investimentos nas comunidades, como a construção de escolas, aquisição de embarcações etc., e os outros 40% irão para o Fundo de Desenvolvimento Florestal do Estado, que financiará uma série de projetos
sustentáveis na região. As comunidades do Rio Mamuru que serão beneficiadas aguardam ansiosas pelas concessões. Na Vila Mocambo, o presidente da associação comunitária, Paulo Ferreira, 50 anos, acredita que as concessões serão uma oportunidade para todos, principalmente para os jovens. “É uma oportunidade muito boa, principalmente para os jovens, nossos filhos, que terão emprego e poderão ter condições melhores para estudar”, ressaltou Paulo, que se dedica ao plantio de mandioca. Na comunidade de Monte Carmelo, lowww.paramais.com.br
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calizada quase na cabeceira do rio, já próximo ao município de Aveiro, o desejo das famílias não é diferente. A agricultora Luci Gonzaga, 60 anos, disse que pretende ter a sua comunidade beneficiada com vários projetos, a partir dos recursos gerados pelas concessões. “Nós precisamos de um colégio para as crianças, um posto de saúde e água potável. Tudo isso poderá ser colocado para nós com o rendimento das concessões”, afirmou Luci, que vende em Parintins (AM) a farinha que produz. Para ela, além das benfeitorias, a exploração sustentável possibilitará algo que é difícil na localidade: o emprego de carteira assinada. “O povo trabalha, mas sem carteira assinada. Com as empresas explorando legalmente as florestas, sem depredá-las, e empregando parte da população, os trabalhadores terão acesso a seus direitos”, frisou. Sustentabilidade - Para garantir a exploração sustentável na região, o governo paraense primeiro concedeu uma área com aproximadamente 46 mil hectares, que está sob responsabilidade da empresa LN Guerra. A segunda área, com
cerca de 20 mil hectares, é gerenciada pela Rondobel, e a terceira, com 85 mil hectares, será explorada pela Amazônia Florestal. A outra área que o Estado já destinou para este tipo de exploração, e que ainda será licitada, tem 102 mil hectares. Está assegurado em contrato, além de ser requisito para a seleção da empresa no processo licitatório, a forma como se dará a exploração, que não pode prejudicar a floresta. “Diferentemente das madeireiras ilegais, estas empre-
A operação Mamuru II, desenvolvida pelo Governo do Estado, por meio dos seus órgãos de Segurança Pública e Meio Ambiente, promoveu recentemente, a conscientização ambiental nas comunidades ao longo do rio Mamuru
sas utilizam técnicas que asseguram a preservação do meio ambiente, garantindo, inclusive, a regeneração da mata. São vários fatores e técnicas levados em consideração neste tipo de exploração”, informou José Maria Neto. (*) Secom
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Fiscalizando pontos que eram alvos de madeireiros ilegais, para combater o desmatamento e orientar a população sobre a preservação da natureza e as concessões florestais
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Polo de plantação de dendê será implantado no nordeste paraense >>
por Andréa Amazonas
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Fotos: Cristino Martins/Ag. Pará
m novo polo para plantação da palma de óleo (dendê) foi apresentado recentemente, a produtores rurais do município de São Miguel do Guamá, no nordeste paraense, pelo secretário Especial de Incentivo à Produção, Sidney Rosa. O polo deve e vai aproveitar as áreas já alteradas, para implantação de uma indústria esmagadora do dendê, visando a produção de óleo bruto, que posteriormente será transformado em biodiesel ou óleo para alimentação. Grandes, médios e pequenos produtores serão estimulados a investir na plantação, principalmente os agricultores familiares. A programação aconteceu pela manhã
Dendê >>Palmácea originária da África Ocidental o dendê, ou palma de óleo (palm oil como é conhecida em inglês), foi revelada economicamente nas plantações do Extremo Oriente, com a utilização do óleo inicialmente em sabão e, depois, como lubrificante de máquinas a vapor. Com o crescimento da demanda as plantações expandiram na Malásia na década de 1930 e a seguir na Indonésia. Hoje, o óleo da palma é utilizado em inúmeros produtos alimentícios e cosméticos da Europa, Japão e E.U.A2, sendo dos mais consumidos do mundo. Segundo a WWF, é utilizado em 50% de todos os produtos embalados encontrados em supermercados. 34
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Da esqueda para direita, Julio Cesar Pinho, diretor da empresa Belém Bioenergia Brasil, Francisco Santana, presidente da Associação de Produtores Rurais de Mãe do Rio (Aprofemar) Manuel Pioneiro, presidente da Aepa, Sidney Rosa, secretário Especial de Incentivo à Produção e os Admilson Oliveira, secretario de agricultura e a vereadora Hosana de Mãe do Rio
em São Miguel do Guamá e também no município de Irituia, e à tarde em Mãe do Rio, onde será implantado outro polo de plantação da palma de óleo. O projeto de plantação de palma já atinge áreas importantes do Pará, incluindo os municípios de Tailândia, Garrafão do Norte e São Domingos do Capim. Para Sidney Rosa, é importante incentivar a cultura do dendê, “pois é muito interessante do ponto de vista econômico, sendo uma das atividades produtivas que melhor remuneram a terra, além de utilizar muita mão de obra, tanto no plantio quanto na época de safra”. Um novo polo para plantação da palma de óleo (dendê)
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Ministério garante que Pará está apto a se tornar zona livre de febre aftosa
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Fotos: Carlos Silva
Pará teve a melhor avaliação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com nota superior a 80%, e está apto a se tornar zona livre de febre aftosa. Para atingir esse status, o rebanho paraense deve passar por mais exames sorológicos, que serão realizados agora em abril. Depois desse processo, em 2013 o Pará poderá ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal como território livre da doença. O resultado da auditoria da febre aftosa, realizada entre os dias 13 e 17 de fevereiro, nas regiões norte, nordeste, oeste e Marajó, foi divulgado na sede do Ministério da Agricultura, em Brasília. Atualmente, 75% do rebanho paraense já podem ser considerados livres da doença. O Pará evoluiu nos 28 itens avaliados, crescendo em 27 e mantendo o mesmo status, sem regressão, em apenas um deles. Entre os itens avaliados estão controle de trânsito, epidemiologia, controle de revendas e funcionamento dos escritórios das agências de defesa sanitárias.
Durante a reunião entre integrantes do DSA, secretários de Agricultura estaduais e membros de agências de defesa agropecuária, em Brasília
Vacinação contra febre aftosa
Os Estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte também foram classificados como área livre de aftosa com vacinação. Atingir o status de zona livre de febre aftosa é uma meta que governo e produtores das regiões nordeste, oeste e do Marajó vêm perseguindo há mais de 10 anos. “Isso melhora muito a exportação de carnes, atrai novos frigoríficos e
permite aos municípios dessas regiões levarem animais de alta genética para qualquer exposição”, ressalta o diretor geral da Adepará, Mário Moreira. Também participaram da reunião em Brasília todos os diretores das Agências de Defesa Agropecuária do país, secretários de Agricultura, superintendentes dos Ministérios da Agricultura, presidentes das Federações de Agricultura e representantes dos governadores.
>>Um termo de compromisso – proposto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – foi assinado por representantes de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte para garantir o prosseguimento do projeto de ampliação da zona livre de febre aftosa do Brasil. O acordo foi firmado recentemente, durante uma reunião entre integrantes do Departamento de Saúde Animal (DSA), secretários de Agricultura estaduais e membros de agências de defesa agropecuária, em Brasília. Nele, os Secretários da Agricultura dos estados se comprometem a executar integralmente as medidas acertadas nos Planos de Ação – e aquelas consideradas complementares – para correção das deficiências apontadas em auditorias do Mapa realizadas em 2011 e no início de 2012. No documento, as autoridades estaduais também garantem o cumprimento das condições exigidas para o avanço dos trabalhos. O objetivo é alcançar os resultados mínimos satisfatórios para itens considerados imprescindíveis e melhorar os demais critérios (classificados como importantes ou necessários) sem retrocesso nos 27 pontos avaliados pelo Ministério.
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de Frente ao bolo 0 10metros e 20to quilos, o prefeins bé cantou os Para lem à Be www.paramais.com.br
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Ao ritmo de carimbó do grupo Os Baioaras, o Prefeito de Belém foi recebido pela população para o momento mais esperado da festa, os parabéns. Durante a comemoração,Duciomar Costa destacou a alegria de participar de mais um aniversário do principal cartão postal da cidade. “O Ver-o-Peso é feito pelas pessoas que trabalham aqui. É uma alegria poder comemorar estes 385 anos com o Mercado Franscisco Bolonha totalmente restaurado e com o Mercado de Peixe em obras, para ser entregue no final deste ano”, declarou.
Jogos do Ver-o-Peso marcam comemoração pelos 385 anos da maior feira livre da América Latina
Em um espaço de 35 mil metros quadrados o Ver-o-Peso reúne cores, cheiros, sabores e um incontável número de histórias. Relatos de vidas construídas ou modificadas a partir do trabalho na feira símbolo da capital paraense. Histórias como a de dona Benedita Soares,
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O Ver-o-Peso, considerada a maior feira livre da América Latina, completou 395 anos no último 27 de março
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Em direção às ilhas para a prova do açai
vinda do interior na esperança de deixar para trás uma condição de miséria e que encontrou no Ver-o-Peso a oportunidade que precisava. “Trabalho aqui há 27 anos. Foi onde conquistei uma vida melhor”. A maior feira livre fixa da América Latina concentra em um só ponto de Belém, todos os produtos representativos da cultura paraense. São mais de 3.500 feirantes comercializando artesanato, frutas regionais, artigos religiosos, ervas medicinais, banhos, peixe, entre muitos outros produtos. Descascando Mandioca
Escamando peixe
Na manhã do domingo, 25/03, os feirantes participaram da 3ª edição dos Jogos do Ver-o-Peso, ponto alto das comemorações pelos 385 anos do principal ponto turístico da cidade. O casal Lene Monteiro e Luiz Gillet, que frequenta o espaço regularmente, ficou surpreso com a programação. “É a primeira vez que assistimos, as provas são realmente inusitadas. Achamos maravilhosa a iniciativa de incentivar as atividades
desenvolvidas no Ver-o-Peso”, elogiou Lene. A gincana anual tem o objetivo de valorizar o trabalho de quem tira do Ver-oPeso o sustento próprio e o da família. As provas foram projetadas com base nos ofícios desempenhados no complexo, como pescar; descamar e limpar peixes; descascar castanha e mandioca; despolpar cupuaçu; colher açaí e preparar pratos com ingredientes regionais. Ações de saúde no Solar da Beira, anexo ao mercado do Ver-o-Peso
Como nos anos anteriores, seis equipes foram formadas, todas com nomes de frutas regionais conhecidas: Castanha do Pará, Cupuaçu, Bacuri, Pupunha, Açaí e Manga. Nenhum dos grupos poupou esforços para levar para casa as premiações, de R$300, R$200 e R$100, em cartões presentes Y.Yamada, distribuídos aos primeiros, segundos e terceiros colocados de cada uma das modalidades respectivamente.
No mercado de peixes do Ver-oPeso, pescado in natura 38
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O titular da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, Francileno Mendes, diz que além da valorização dos trabalhadores, os jogos tem a intenção de promover a interação entre eles e divulgar
o mercado mundialmente. “A ideia é promover uma competição saudável, que incentive e oportunize a interação durante às brincadeiras e recreações além, é claro, de mostrar ao mundo suas Prova do Açai
Despolpando Cupuaçu
Descascando Castanha do Pará
Pescaria na orla
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Vencedores na Pescaria
Comida tipica, tacacá no pirex
histórias e a peculiaridade do lugar de onde tiram o seu sustento”. A prova mais esperada do dia foi a do açaí, em que cada dupla participante realiza a travessia de Belém de barquinho até a Ilha do Combú para colher o fruto diretamente do açaizeiro, debulhar a maior quantidade possível e retornar ao centro ao Ver-o-Peso para a pesagem dos cestos. A agilidade dos participantes empolgou o público que pôde acompanhar passo a passo a prova, em embarcações disponibilizadas para a população pela Sejel. Foi assim que puderam assistir a vitória da dupla Amarilson e Victor, pai e filho, da equipe Açaí. Eles coletaram 21,470 quilos da fruta. O projetista industrial, Israel Rodrigues, acompanhou a programação e se disse impressionado, principalmente porque alguns participantes tinham entre 8 e 10 anos. “Fiquei maravilhado de ver toda essa programação montada aqui no Ver-o-Peso e a facilidade que essas crianças das ilhas têm em subir e descer nos açaizeiros”, afirmou espantado. A grande novidade este ano foi a eleição de uma representante de cada equipe para o concurso de Miss Ver-o-Peso. Os requisitos para participar foram: beleza, desenvoltura, originalidade no traje e simpatia. Qualidades preenchidas com sucesso pela campeã Irene Cheirosinha, da equipe Castanha do Pará, aos 57 anos. Segundo ela, a sensação de ter participado e ter levado a faixa de Miss Ver-o-Peso é única. “É maravilhoso o que estou vivendo, porque o Ver-o-Peso para mim é um
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Vencedores em Descascar Mandioca
Vencedores em Despolpar Cupuaçu
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Vencedores em Escamar Peixe
Vencedores em Descascar Castanha
Vencedores em Comidas Regionais
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lugar de felicidade e paz. É daqui que eu sobrevivo e daqui que vem a minha alegria. Essa é mais uma!”, comemora a feirante que há 42 trabalha no Ver-o-Peso. Renomados donos de restaurantes e chefs de cozinha foram convidados pela Prefeitura para compor a mesa de jurados da prova pratos regionais. Eles levaram em consideração o sabor e aparência dos alimentos apresentados. Entre os degustadores estava o proprietário do restaurante Piracatú, Manoel Rodrigues, que é bicampeão paraense e vice-campeão brasileiro em concursos relacionados à culinária típica do Estado. Para ele a programação é mais uma oportunidade para divulgação dos ingredientes e pratos exóticos do Pará. Para Altino Barra, do restaurante Tucunaré, de Limoeiro do Ajurú, o evento foi um grande evento por apresentar ao público e aos próprios avaliadores, receitas ainda não conhecidas e uma variedade de formas de aproveitamento de ingredientes regionais. Pirarucú no vinagreiro, moqueca de pescada amarela, filhote à paraense, bacalhau, arroz paraense ao creme de pupunha e vatapá foram os pratos apresentados pelas equipes. O grande vencedor, apesar de já comum na mesa do paraense, foi o Vatapá, com sabor e toque diferenciado dado por Dona Osvaldina Pereira, da equipe Castanha do Pará, que possui um box de comidas regionais no local. Idealizador dos Jogos do Ver-o-Peso, o ex-secretário de Esporte e Lazer de Belém, Saulo Costa, comemora a evolução do evento nestes três anos. “A cada ano os jogos vão engrandecendo e divulgando ainda mais o Mercado do Ver-o-Peso”, destaca.
Degustaçao de Comidas Regionais
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Comida di Buteco 17 botecos vão concorrer pelo título de melhor tira-gosto de Belém. A decisão está em suas mãos!
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Comida di Buteco é um evento gastronômico de petiscos típicos de botecos que avalia os tiragostos mais saborosos, a temperatura das bebidas, a higiene e o atendimento. O evento tem como objetivo resgatar a culinária de raiz e valorizar os botecos familiares da cidade. Ingredientes regionais dão origem a petiscos como pastel de jambu, pirarucu, camarão entre outros tipicamente paraenses que serão apresentados em mais uma edição do festival gastronômico “Comida di Buteco”. O evento acontece pela segunda vez em Belém. Este ano, a organização investiu em um grande evento nacional, com a estreia da cidade de São Paulo, que participará do circuito a partir de junho. O concurso é simples. Os botecos servem petiscos deliciosos, capricham na organização do ambiente e servem uma cervejinha gelada. Cada estabelecimento participante seleciona um petisco especial para concorrer. Público e júri visitam os locais, provam e votam. É avaliado além do tira-gosto, o atendimento, a temperatura da bebida e a higiene do local. A média entre esses quesitos é que faz o vencedor. O tira-gosto tem valor maior na contagem. O Instituto Vox Populi é o responsável pela apuração dos votos. 50% do peso dos votos é dos jurados e 50% do público. O “Comida di Buteco” procura valorizar a culinária de raiz. ‘A Amazônia possui uma gastronomia exótica e repleta de temperos ainda pouco conhecidos no país. Em Belém, o concurso já começa a ficar conhecido e tem tudo para ser um ótimo evento’, conta o gastrônomo e um dos realizadores do evento, Eduardo Maya. Maya é hoje um dos maiores especialistas em botecos do país e visita por ano, mais de mil estabelecimentos. Em 2011, na capital paraense, o Bar
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Picanha na Pedra faturou o prêmio de Melhor Petisco com um delicioso pastel de peixe, seguido pelo bar Espaço Cultural Boiúna e Bar Suíço, servindo pastelzinho de jambú e carne seca, respectivamente. Para este ano, o Comida di Buteco quer surpreender ainda mais.
Lista “di Butecos” de Belém
Bar do Gugu Postas de dourada fritas acompanhadas de molho à base de maionese. Rua dos Pariquis, 3184 - entre Trav. 9 de janeiro e Av. Alcindo Cacela - Bairro Cremação F: (91) 3269-6024 Segunda a Sexta: 10h às 22h. Sáb: 9h às 18h. Dom: 11h às 18h
Bar Suiço Costela de porco assada com molho de laranja picante. Travessa Lomas Valentinas, 1988 - esquina com Romulo Maiorana - Bairro do Marco F: (91) 3228-0668 Ter. a Dom: 18h às 23h
Barão da 25 Bruschetta Ver-o-Peso. Torradas de pão italiano levadas ao forno com molho de jambú e camarão. Av. Rômulo Maiorana, 1580, esquina com a Barão do Triúnfo F: (91) 3246-6763 Ter. a Dom: 10h às 24h
Biroska Arrumadinho no copo virado. Feijão da colônia, vinagrete, farofa e charque, acompanhados de pirão de queijo. Tv. do Chaco, 1828, entre Duque de Caxias e Romulo Maiorana F: (91) 3255-7494 Ter. a Dom: 18h às 24h
Box da Lúcia Camarão empanado ao molho de ervas. Av. Castilhos França, s/nº - Complexo Ver-oPeso F: (91) 8359-8852 Seg. a Sáb: 10h às 18h
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Caranguejo do Gatinho Caranguejo toc-toc servido com farofa e vinagrete à base de maionese. Tv. Angustura, 2203, entre Marquês de Herval e Visconde F: (91) 3276-6828 Ter. e Qui: 18h às 24h. Sex. e Sáb: 12h às 16h - reabre: 18h às 24h. Dom: 12h às 16h
Meu Garoto Carnel de sol frita com macaxeira e molho à base de maionese. Rua Manoel Barata, 928 - esquina com Frei Gil - Bairro Campina F: (91) 3230-5413 Seg. e Ter: 7h30 às 22h. Qua. e Qui: 7h30 às 23h. Sex: 7h30 às 1h. Sáb: 9h às 14h
Picanha na Pedra Búfala mocoronga.Tortinhas de piracuí, quejo de búfala e maionese. Av. Conselheiro Furtado, 4064 - entre a Rua Teófilo Conduru e a Rua Guerra Passos F: (91) 3274-3314 Seg. a qui: 18h às 00h. Sex: 18h às 01h. Sáb: 11h às 01h. Dom: 11h às 00h
Confraria do Horto Gozada. Filé de gó frito com pirão de peixe. Passagem do Horto, s/nº F: (91) 3222-8955 Ter a Sáb: 16h à 01h. Dom: 12h às 22h
Na Pressão Dois em um. Filhote recheado com molho a base de camarão rosa. Domingos Marreiros, 909 - esquina com Alcindo Cacela - Bairro Umarizal F: (91) 3087-6614. Td. os dias: 08h às 24h
Sabores do Pará Surpresa marajoara. Bolinho de pirarucu, recheado com queijo marajoara, jambú e maionese. Avenida Rui Barata, Quiosque 5 - Complexo Ver-o-Rio F: (91) 3252-1752. Seg. a Qui: 16h30min às 23h. Sex. a Dom: 16h30min às 24h
Espaço Cultural Boiúna Pastel de pirarucu defumado com jambú e maionese. Rua dos Pariquis, 1556 - entre Pe. Eutiquio e Apinagés - Bairro Batista Campos F: (91) 4141-3190 Ter a Dom: 19h à 01h
Esther Leitão na chapa com camarão, servido com torradas. Tv. Monte Alegre, 123 F: (91) 3223-3742 Todos os dias: 18h até o último cliente
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O Peixe Frito Isca de dourada servida ao molho de ervas. Av. Senador Lemos, s/nº - próximo a Passagem Santa Catarina F: (91) 3267-4261 Seg a Sáb: 11h30 às 24h30
Pé de Salsa Patinhas de boteco. Patinhas feitas com massa de caranguejo servidas com molho rosé. Rua Siqueira Mendes, 347 - Bairro Cruzeiro/ Icoaraci F: (91) 3227-1351 Dom. a Qui: 10h às 24h. Sex. a e Sáb: 10h até o último cliente
Saldosa Maloca Mujica Saldosa. Caldo de camarão regional. Margem esquerda do Rio Guamá - Ilha do Cumbú F: (91) 9982-3396 Sáb. e Dom: 10h às 18h
Vinil Pub Bolinho de Tacacá. Bolinho de tucupi, jambú e camarão. Travessa do Chaco, 2629 (entre João Paulo II e Almirante Barroso) F: (91) 8898-1741 Seg. e ter: das 18h as 22h. Qua. a sáb: das 18h as 00h
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CAMILLO MARTINS VIANNA*
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Voos de pássaros na Amazônia
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stamos deixando de assistir nas noites de lua cheia a agradável cantoria de dois ou três marrecões em voo por sobre o Museu Paraense Emílio Goeldi, e sobre a Basílica Santuário de Nazaré. Era hábito assistir o sobrevoo dessas belas aves que lembravam semelhante ocorrência, no entanto, em muito maior número, nos campos marajoaras. Nos últimos anos, naquela região, como decorrência da caça desenfreada, com o propósito único
de vender animais abatidos para restaurantes, hotéis e biroscas situados principalmente em Belém, capital do estado, ocorreu diminuição acentuada da população de aves comumente encontadas no maior arquipélago de água doce do mundo. No lugar dos marrecões, ouve-se agora reduzido número de corujas noturnas, com seus cantos lúgubres característicos e sobre elas ocorrem incontáveis estórias. Uma delas diz respeito ao voo desses animais por sobre as casas, fato que imediatamente é interpretado como aviso de morte de um morador, cujo estado de
saúde não esteja bem. De maneira oposta, a passagem do pássaro conhecido como Tesoura Grande acima das copas de árvores, significa prenúncio de muita sorte, principalmente quando em parelhas. Vez ou outra, em praias oceânicas, vindas sempre em pequenas quantidades, aves chamadas Fragatas mergulhavam profundamente no mar para realizar de maneira exímia verdadeira caçada a cardumes de sardinhas. No estado do Pará, a praia do Atalaia, localizada no município de Salinópolis, era a preferida por essa espécie na busca de alimentos. No entanto, é
A beleza do voo das araras
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importante destacar que a presença dos colonizadores portugueses, resultou no aparecimento cada vez mais raro dessas aves na região. Coincidindo com a chegada da chamada “boca da noite”, o céu marajoara fica com aspecto lindo de se ver em função do voo imponente e disciplinado de palmípedes, como, marrecas, patos do mato e muitos outros. Pena que a caça indiscriminada, realizada tanto na Ilha do Marajó como em outras localidades situadas na chamada Zona do Salgado paraense, como por exemplo, as praias do município de Bragança, tenha afetado significativamente a presença dessas aves na região. Um dos grandes pássaros que procuram os pujantes campos marajoaras em periodos alagados, é o Tuiuú, que parte na busca diária de alimento, formado basicamente por peixes, e que em função da destreza nata da ave são presas fáceis de serem capturadas. Ainda na região, surge quantidade expressiva de pequenos pássaros de papo encarnado e costas de cor preta - Baeta - que, diferentemente do Tuiuú, prefere se alimentar do arroz “brabo” que frequentemente se desenvolve nos campos encharcados da Ilha. Muito comum na área de influência do rio Tapajós, e em outros lugares como no Furo do Maracapucu, na região das Ilhas do município de Abaetetuba, é a presença da chamada Pomba Galega ou Santa Cruz que chega para desovar nas praias e capoeiras existentes nessas regiões.
Coruja noturna
Acontecimento interessante é o que diz respeito à Ilha dos Papagaios, às proximidades de Belém, que recebeu essa denominação em função de servir como refúgio para essa espécie de pássaro sempre de forma acasalada. Ao amanhecer, próximo à ilha, pode-se ouvir barulho intenso promovido por verdadeira algazarra promovida por essa aves que saem à procura de alimento, retornando somente à noitinha, fazendo invariavelmente a mesma zoada. Ave que apresenta voo magnífico, frequentemente à grande altura, que na fase adulta possui coloração preta, apesar de nascer completamente branca, é o conhecido urubu. Durante chuveiro desses que chamam
de cabeceira, testemunhou-se o seguinte comportamento da ave: O urubu encolhe as pernas, fecha as asas, baixa a cabeça e desce em voo rápido e barulhento, procurando abrigo no rumo do solo. Outra curiosidade em relação a esse catartigídio: quando procura agasalho em palmeira de dendê, se alimenta do fruto que cai no chão e o pessoal que testemunhou garante que o bicho se embebeda todo a partir daí. Nas áreas costeiras, principalmente em praias oceânicas, Gaivotinhas, como são chamadas, vêm de muito longe, às vezes com dias de viagem, após atravessar longas distâncias, muitas vezes pousando em galhos e troncos para descansar e assim chegar ao destino final, para tempos depois empreender uma vez mais o caminho de volta ao local de origem. Paisagem interessante pode ser observada quando cabos condutores de energia fixados em postes localizados próximos às margens de rios ficam completamente tomados por Andorinhas. Cenas como essa podem ser vistas até mesmo na movimentada e populosa cidade de Belém. Acontecimento inusitado ocorreu em Belém, nos anos 30, quando a cidade foi literalmente invadida por verdadeira nuvem de Tucanos provenientes de ilhas próximas, ocasião em que muitas aves foram apanhadas para venda ou alimentação. Estranhamente fato como esse nunca mais se repetiu.
Voo de marrecas no Marajó
Revoada de Garças
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SÉRGIO MARTINS PANDOLFO*
(*) Médico e Escritor. ABRAMES/SOBRAMES
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Língua Portuguesa
Enfim uma grafia unificada
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asso da maior Importância foi dado pelo governo português para a implantação oficial e exclusiva das regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa naquele país irmão, de que são signatários o Brasil e demais países componentes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP. Resolução do Conselho de Ministros determinou a aplicação do Acordo Ortográfico a partir de 1º de Janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na
Luís de Camões, o Príncipe Perpétuo dos Poetas da Língua Portuguesa, cinzelador do primitivo idioma ibérico lusitano, na traça personalística de Rubem Franca, maior camonólogo vivo do País
dependência do Governo, bem como à publicação do Diário da República. Similarmente, por meio da Deliberação n.º 3-PL/2010, de 15 de dezembro, “a Assembleia da República, a partir de 1º de janeiro de 2012, passa a aplicar a ortografia constante do Acordo Ortográfico em todos os seus atos legislativos e não legislativos, bem como nas suas publicações oficiais e instrumentos de comunicação com o exterior”. Com essas decisões praticamente se consolida a adoção do acordo e se põe fim a uma situação que já vinha perdurando havia muitas décadas, qual seja, ser a Língua Portuguesa a única entre os idiomas universais de cultura a ter duas ortografias, ao mesmo tempo oficiais e excludentes – a de Portugal (com suas ex-colônias) e a do Brasil -, o que impediu, até aqui, que o português fosse admitido como língua oficial da ONU, cabendo-lhe apenas servir como “língua de trabalho”. No Brasil, igual medida tomada pelo presidente Lula, oficializando a normativa acordada entre os países lusofônicos a partir de 01/01/2009, com um período de adaptação de quatro anos que se extinguirá no final do exercício corrente, vimos a imediata adesão dos órgãos da mídia em todos os seus segmentos, o que fez com que a população tomasse logo contacto com as mudanças – que são poucas, fáceis e simplificadoras – e logo as absorvesse. O Acordo simplifica e sistematiza vários aspectos da ortografia e elimina algumas exceções de grafia, acentos e letras inúteis (impronunciadas), garantindo uma maior harmonização ortográfica. A norma acordada visa dois objetivos: reforçar o papel do idioma luso (3º mais falado do ocidente) como língua de comunicação internacional e garantir uma maior harmonia ortográfica entre os oito países soberanos partícipes da CPLP. Claro que há os renitentes, os inconformados, que logo, logo, terão que as adotar, pois a normativa tem
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“Língua Portuguesa, majestoso monumento imperecível da humana criação”. SMP força de lei e, assim, cabe cumpri-la, como já ocorrera aquando de outras reformas até mais profundas e complexas. A redizer Fernando Pessoa: “Primeiro estranha-se, depois entranha-se”. Àqueles que recalcitram lembramos que a grande maioria dos que se declaram contrários às novas regras ao serem inquiridos dizem desconheceremnas, ou seja, são do tipo: “Não li e não gostei!”. Destarte espera-se que em Portugal ocorra fato semelhante e já se observa, em vários segmentos midiáticos, em especial nos blogues e sítios internetianos, adesão às novas regras, fazendo questão de informar: “Segue as normas do Acordo Ortográfico”. E note-se que por ocasião da assinatura efetivada pelo presidente Lula do Brasil e pelo Primeiro Ministro português ficou acertado um período de adaptação de quatro anos para o Brasil e de seis anos para Portugal, cuja escrita sofrerá um percentual maior (o dobro) de modificações, encerrando-se em 31/12/2015. A partir daí a lusa língua passará a ter escrita única para todos os países de expressão oficial portuguesa, a saber: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Timor-Leste, componentes soberanos da CPLP; Macau, onde é cooficial, em alguns que se ajuntaram à CPLP como observadores associados, tais a Guiné Equatorial, o Senegal e ilhas
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Maurício, bem como núcleos de antigas possessões do Império Português, tais: Goa, Damão e Diu na Índia, Malaca, Sri Lanca e muitos outros, integrantes do majestoso caudal da lusofonia que se esparrama, soberbo, pelos seis Continentes. Para o Brasil que aspira a ter uma cadeira permanente na corte internacional supranacional da ONU isso é simplesmente indefectível e impostergável. Por incidir apenas sobre a ortografia, mantém-se a pronúncia e o uso das palavras inalteráveis e é sempre interessante salientar algumas diferenças de pronúncia entre o português do Brasil e o de Portugal (e ex-colônias), sem que isso nos cause nenhuns atrapalhos como a seguir se constata. Enquanto no falar daqui a palavra porque (preposição por + conjunção que) seja sempre pronunciada como oxítona (porquê), em Portugal, ao revés, é ela todas as vezes entonada, a nosso juízo acertadamente, como paroxítona (pôrque) - a melhor dizer, com aquele típico sotaque lusitano: púrqui -, em razão de ser um dissílabo terminado em e sem acento agudo final. Já em porquê (substantivo masculino) e por quê (usado no final de frase), a sílaba tônica é sempre a última, i.é, oxítona. Numa das viagens que empreendemos à terra de nossos avoengos peninsulares tomamos um taxi e demos o endereço a chegar. Incontinênti o condutor do mesmo nos perguntou: - O senhor é brasileiro, pois não? Respondemos-lhe que sim e perguntamos: por quê? - Pelo sotaque, ora pois; os senhores não pronunciam corretamente nem o nome do vosso país, obtemperou o motorista. Como assim, indagamos? - Os senhores não dizem Brasil, e sim Brasiu. - É verdade, retrucamos, mas até nisso somos iguais... ou parecidos, eis que vocês também
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não dizem Portugal, mas Purtugal, além de ilétrico, cumboio, puisia, certamente em razão de que as crianças por aqui não vão ao colégio, mas ao culégio. Nessa altura o chofer, com um sorriso maroto, teve de reconhecer: - É verdade, disse ele, o senhor tem toda a razão. E nada mais foi dito nem perguntado. Chegamos ao destino, saltamos
e nos despedimos: Tenha boa estadia pur cá! – bradou o motorista - Obrigado. Nossa estada por aqui será breve, replicamos. sergio.serpan@gmail.com serpan@amazon.com.br www.sergiopandolfo.com
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Bruno Seabra
Um memorável mestre dos romances
efinitivamente, a grafia do Pará se inscreve no melhor e mais áureo patamar da Literatura Brasileira. Vários são os nomes nascidos em terras paraoaras que fizeram o Brasil se tornar um amplo campo de talentos das letras. Um desses nomes, no entanto, merece mais luzes. Autor de clássicos, amigo de mestres indeléveis, Bruno Seabra reclama a glória que lhe é justa. Esse delicado artífice dos parágrafos desaguou nas páginas cedo. Sua estreia na literatura se dá precisamente em 1855, aos 18 anos de idade, no Rio de Janeiro, para onde se mudara ainda bem jovem. A porta que abre para a arte do escrever é a publicação do poemeto “Um Fenômeno do Tempo Presente” ou “Lembranças das Cenas Passadas a Bordo da Galera Defensora”. Inícios podem ser uma mera desculpa para traçar o definitivo. Bruno arrisca tal sorte, mal sabendo que estava redigindo o prefácio de uma bibliografia consistente. Do poemeto – bem acolhido pela crítica – não tardaria a passar para laudas mais extensas. Entretanto, como nos enredos dos melhores romances, a trajetória daquele paraense se pontuaria por clímax e anticlímax. A saúde seria um capítulo adverso para Seabra. Dono de uma frágil constituição física – caraterística diretamente oposta a força de seu espírito - viveria a frustração de ser dispensado do Exército. Uma junta médica, reunida para analisar seu caso, considerou-o definitivamente incapaz para a carreira militar. Toda uma projeção de vida teve de ser afogada. Ainda nos primeiros passos da vida, Bruno sentia o corte profundo que causa o aborto de sonhos. Mas ele tinha muito mais o que fazer nascer. O talento que gestara, e que já havia deixado vir ao mundo, pedia por mais gênese. A escrita já lhe era como Bruno Seabra torna-se uma prole que não queria mais ficar colega de redação de Machado de Assis... guardada em seu íntimo.
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O rumo certo Ainda que fazendo do serviço público sua nova profissão (assume o posto de praticante da Alfândega do Rio de Janeiro), Seabra passa a se dedicar com afinco a literatura. Burila a sensibilidade, amplia a veia artística, entrega-se apaixonadamente a composição de poemas e narrativas longas. Aquela seria sua milícia particular: versos e personagens. 48
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Tendo sua criatividade progressivamente reconhecida, começa a colaborar em alguns jornais da Corte. Período em que assina suas poesias e demais textos com o pseudônimo de Aristóteles de Sousa. O ano de 1859 assinala uma experiência marcante. Durante esses idos, o paraense privou do convívio daquele que seria o grande mestre da literatura brasileira. Bruno Seabra torna-se colega de redação de Machado de Assis na “Marmota Fluminense”, jornal de modas e variedades editado e redigido por Paula Brito. Vários periódicos abrigariam os trabalhos de Bruno. Suas criações foram publicadas em “O Miosote”, jornal literário editado mensalmente por Gratuliano Coelho, e na “Semana Ilustrada”, cujo proprietário era Henrique Fleiuss. O ofício alfandegário levaria Seabra a uma curta temporada no nordeste. As exigências da carreira burocrática transferiram-no para o Maranhão, onde exerceria o cargo de amanuense. Embora breve sua permanência naquele estado, o escritor teve tempo para se tornar colaborador do jornal “Pacotilha”. No retorno ao Rio de Janeiro, a continuidade de semeadura literária.
Livros Entre os anos de 1861 a 1863 Bruno Seabra atinge sua maturidade artística. Nessa época, o autor publica seus melhores livros: “Doutor Pancrácio”, “Paulo”, “Flores e Frutos” e “Por Direito de Patchouly”. De acordo com o pesquisador Carlos Alberto Iannone, a eclosão da obra de Bruno é contemporânea de uma série de acontecimentos importantes na literatura nacional: o surgimento da Revista Brasileira; a estréia da peça “O Demônio Familiar”, de José de Alencar; a edição dos “Estudos Críticos e Literários”, de Quintino Bocaiúva; o lançamento de “As Primaveras”, de Casimiro de Abreu; Machado de Assis faz sua estreia com as poesias de “Desencanto” e com a peça “Queda que as mulheres têm pelos tolos”; dentre outros fatos histórica e artisticamente relevantes. Carlos Alberto Iannone ressalta: “Pode-se aquilatar, perfeitamente, a importância e a intensidade www.paramais.com.br
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da atividade das nossas letras no período compreendido entre 1857 e 1869 (...) Bruno Seabra atravessou essa fase tumultuosa do romantismo brasileiro, mais ou menos à margem das tendências em voga, principalmente na poesia. Nos seus romances, como ‘O Doutor Pancrácio’, ‘Paulo’ e ‘Memórias de Um Pobre Diabo’, a nota predominante (...) é o sentimentalismo (...) Nas suas poesias, entretanto, estão presentes a simplicidade e a fluência popularesca do verso, o ar regionalista e o humorismo, traços característicos que diferenciam Seabra dos outros poetas românticos”.
Inovações
gundes Varela se confessava completamente descrente da vida aos vinte e poucos anos, Bruno Seabra volta-se para a nossa natureza e fixa, em versos sempre fáceis e penetrantes, seus aspectos mais característicos”. O professor Iannone arremata, explicando que o livro de poemas “Flores e Frutos”, que Bruno lança em 1862, pode ser entendido como uma das raras obras que conseguiu vencer o desfio de unir erudito a inspiração popular. “O conteúdo dessas poesias prende-se a namoros, brejeirice, beijos roubados, promessas falazes, flores e mais flores, tudo isso expresso em corretos alexandrinos”.
Bruno é, assim, apontado como introdutor de elementos novos no panorama poético brasileiro. Elementos que seriam amplamente explorados por artistas de gerações posteriores. O paraense diferenciou-se por utilizar em seus escritos um toque de humor extremamente bem dosado. Toque presente na descrição de cenas e quadros vistos por um prisma local, focados sobre o pitoresco, sobre as pequenas mazelas do cotidiano. A edição de “Flores e Frutos” concede aquele paraense, cujo berço Com relação ao estilo do escritor, o também pesquisador Edgar Cafora um rio, o referendo da gloria nacional. Bruno teve, em vida, o prazer de valheiro completa: “Mas ao lado ver-se tornar bastante popular em todo o Brasil, a partir de 1862. “Flores e do humorista temos, ainda, ou Frutos” foi considerado pelo então jovem crítico Machado de Assis “uma prova principalmente, o pintor de ceséria para a admissão no lar das musas”. nas, costumes e tipos nacionais O sucesso como escritor e o reconhecimento intelectual abrem portas e o exaltado cantor dos assuntos únicas para Seabra. Ainda no ano de 1862, precisamente no dia 31 de janeiro, pátrios. Nossas flores e frutos, o escritor é eleito membro do Conservatório Dramático do Rio de Janeiro. gentes e paisagens encontram Entre seus feitos, uma vertente política. Em fevereiro de 1864, é noem Bruno Seabra um sensível e meado secretário da Presidência da Província do Paraná. Destacada posição apaixonado intérprete. É digno que ocuparia até 1866. No ano seguinte, nomeado por um decreto especial, de nota o detalhe, sobretudo se passa a responder pela secretaria da Província de Alagoas. pensarmos o quanto andavam os Tão elevados compromissos em nada amainaram a inquieta pulsação poetas do seu tempo preocupado autor. Entre um e outro despacho, entre novas criações escritas, Seabra dos com aventuras imaginárias ainda encontra tempo para ver outras cores. Desde modo, resolve dedicarem reinos imaginários. Enquanto se a pintura. E de tal empenho resultou o registro em tela um Álvares de Azevedo desejava Memórias de Um de vários hábitos e costumes brasileiros, sobretudo os mais ser um Dom Juan, um Dom Juan Pobre Diabo de Bruno Seabra provincianos. tipicamente byroniano, ou um Fa-
O talento traz os méritos
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Perto de um coração tão selvagem
Na Academia Paraense de Letras, Bruno é patrono da cadeira de número oito
Os caminhos burocráticos foram responsáveis pela mudança de Bruno para aquele que seria seu porto derradeiro: a Bahia. Também serviria como oficial da secretaria da Província baiana. E, ali, encontraria a companheira com a qual, enfim, contrairia matrimônio. Frustações, superação, garra, glória. Bruno escreve o capitulo final de sua notável história literária em 1869 com o lançamento do romance “Memórias de Um Pobre Diabo”. Tudo lhe parecia escrito. No mais, era só ser lido. Bruno Henrique de Almeida Seabra foi, ainda, Cavaleiro da Ordem da Rosa, sócio do Clube Filosófico do Maranhão, da Sociedade Filomática, do Ateneu Militar, da Academia Filosófica e de várias outras entidades culturais brasileiras. Na Academia Paulo de Bruno Seabra
Paraense de Letras, Bruno é patrono da cadeira de número oito, já ocupada pelo célebre José Guilherme de Campos Ribeiro. Não havia águas da Amazônia no entorno, mas guardava-se todo um Pará dentro de Bruno Seabra, no dia 8 de abril de 1876. Nessa data falece, na cidade de Salvador, aquele que foi um grande exemplo de escritor nortista brilhante e bravo. Rio literário que fluiu das margens de Tatuoca para desembocar num mar de prestigio nacional. Todavia como pode o que ontem foi oceano, hoje encontrar quase nenhuma foz? Escritores, mortos ou vivos (eles sempre estão vivos), querem ser navegados. E o barco que singra páginas chama-se leitura. Barco cujo leme é a memória. Em que porto estão ancorados os navegantes de Bruno Seabra? Nota: Matéria feita com a colaboração de Teresinha Lima, bibliotecária da seção Obras do Pará, da Biblioteca Arthur Vianna, do Centur. (*) CARLOS CORREIA SANTOS é pesquisador e escritor premiado nacionalmente, autor, dentre outras obras, das peças “Nu Nery”, “Ópera Profano” e do romance “Velas na Tapera”. Para mais informações acesse os blogs: http://nadasantostudoalma.blospot.com http://mesmoquenaoqueiraseutecontos.blogspot.com
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Proteger o meio ambiente é um exercício diário. Combater a dengue também deve ser. Por isso reúna seus familiares e vizinhos para este combate. E cuide da sua casa. Fique atento. Febre alta com dor de cabeça, dor atrás dos olhos, no corpo e nas juntas, vá a uma Unidade de Saúde, pode ser dengue. Se apresentar dores abdominais e vômito, cuidado. Pode ser a forma grave da doença.
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O governador Simão Jatene lança o Projeto Jovem de Futuro, no Hangar, na presença de estudantes, professores e gestores de escolas
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as escolas, para os professores e para os alunos. É assim que o Governo do Pará e você, juntos, constroem um futuro melhor para todos. Secretaria de Estado de Educação
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