Pará+ 125

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Revista

Pará+ JULHO 2012

BELÉM-PARÁ

WWW.PARAMAIS.COM.BR

ISSN 16776968

EDIÇÃO 125

Editora Círios

R$ 8,00

ESPECIAL

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A agenda CNI para a competitividade contempla 12 áreas de atuação:

Segurança Jurídica

Tributação e Gasto Público

Financiamento

Relações do Trabalho

Infraestrutura

A indústria tem pressa, o Brasil não pode esperar.

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Educação

Inovação

Comércio Exterior

Meio Ambiente

Burocracia

Micro e Pequena Empresa: um Caso Especial

Macroeconomia do Alto Crescimento

Temos uma legislação trabalhista que já deveria ter se aposentado. O mundo do trabalho mudou, mas o sistema de relações do trabalho no Brasil continua antiquado, baseado numa realidade de 70 anos atrás. As relações trabalhistas do mundo globalizado de hoje são outras, mais flexíveis e modernas, voltadas para a proteção do trabalhador e também para a competitividade das empresas. A rigidez das nossas leis atuais, a complexidade burocrática e as altas despesas de contratação prejudicam o ambiente de negócios e a produtividade da indústria brasileira. Também são afetadas as novas indústrias, baseadas em conhecimento, assim como as mais antigas, que precisam se modernizar. Nesse contexto, só temos duas alternativas: ou fazemos alguma coisa agora, ou fazemos alguma coisa já. • Uma legislação trabalhista mais moderna favorece o trabalhador e também as empresas. • Empresa que tem menos dificuldades para contratar pode contratar bem mais. • Obrigações trabalhistas menos onerosas estimulam o pagamento de melhores salários.

Uma legislação trabalhista mais moderna é igual a uma indústria mais forte, que é igual a mais e melhores empregos. Opine e veja mais informações sobre o tema em: www.aindustriatempressa.com.br

CNI. A FORÇA DO BRASIL INDÚSTRIA.

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Pará+

Revista

N E STA E D I Ç Ã O EDIÇÃO 125 - JULHO/2012

PUBLICAÇÃO

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

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Férias no Pará

ÍNDICE

Endocrinologista alerta para os perigos da estação

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Verão - como fugir do câncer de pele

20 22 Defesa Civil faz trabalho de prevenção nos principais balneários

Tranquildade no veraneio

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Manchas na pele após o verão

PA-538

C A PA

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Os 7 erros do protetor solar

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TCE-PA promove V Fórum, em Belém

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Círio Editora

AIS.COM.BR

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JULHO 2012

EDIÇÃO 125

R$ 8,00

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Recuperação de recursos públicos

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Novidades nas praias parauaras

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Governo do Estado e Ministério da Saúde inauguram UPA 24h em Tucuruí

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6968

Ideias para um belo verão

ISSN 1677

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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Anaïs Fernandes, Camillo Martins Vianna, Carlos Correia Santos, Cláudia Chang, Flávia Ribeiro, Júlia Garcia, Sergio Pandolfo, Thiago Melo; FOTOGRAFIAS: Arquivo BelemTur, Arquivo INC, Arquivo Paratur, Arquivo Pará+, Antonio Silva, Carlos Sodré, Claudio Santos e Cristino Martins, Elcimar Neves, Fernando Araujo, Rodolfo Oliveira/Ag.Pará, Júlio Barbosa, Máira Clívia, Marcelo Claiton, Nivaldo Silva, Rodrigo Lima e Zózimo Cristóvão; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

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36 Biopalma inaugura primeira planta de produção de óleo de palma no Pará

ESPECIAL

Lorena Campos, modelo da Beckmodel, na praia do Pesqueiro – em Soure, em arranjo com superposição de fotos de João Castro e Miro Jr

Severa Romana O Príncipe Perpétuo dos Poetas da Língua Portuguesa O Verde facilita o desempenho criativo Região amazônica concentra maior probabilidade de uso de mão-de-obra escrava

Produtos florestais geram renda e aquecem a economia no Pará

Portal Amazônia

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GRIFFO

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O RESPEITO ÀS PESSOAS GANHA MAIS ESPAÇO NA SAÚDE DO PARÁ.

34 NOVOS LEITOS E UM ANDAR INTEIRO NO OPHIR LOYOLA REFORMADO, SEM INTERROMPER O TRATAMENTO DOS PACIENTES. GOVERNO DO PARÁ. SAÚDE É PRIORIDADE.

Um a um, todos os andares do Hospital Ophir Loyola estão sendo revitalizados. Isso é mais qualidade de atendimento e mais saúde para a nossa população. A obra começou pelo terceiro andar, que foi totalmente reformado. Ganhou 34 novos leitos equipados com reanimadores cardíacos e outros aparelhos. Há mais espaço entre as camas, poltrona e banheiros exclusivos para os acompanhantes. O mais importante: a obra foi feita sem interromper o tratamento dos pacientes, que foram transferidos para o Centro Hospitalar Jean Bitar, do Governo do Estado. Em breve, o segundo andar também entrará em reforma, ganhando mais 120 novos leitos e centro cirúrgico com oito salas reformadas. Tratar com respeito, conforto e dignidade os pacientes do Ophir Loyola. Obra de um governo que faz da saúde prioridade. Secretaria Especial de Promoção Social www.pa.gov.br

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Férias no Pará Fotos Arquivo Paratur, Arquivo Belemtur, Arquivo Pará+, Antônio Silva, Cláudio Santos, Cristino Martins/Ag. Pará

Complexo do Ver-o-Peso, imprime um cenário único à capital paraense, é uma das nossas riquezas arquitetônicas e culturais

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cidade de Belém é rica em história, cultura, cores, cheiros, sabores e em natureza, e com uma grande diversidade de pontos turísticos, para serem observados e curtidos no período de férias, em especial. Com um extenso litoral atlântico, e uma grande malha fluvial, o Pará tem centenas de praias, tanto oceânicas – localizadas na Amazônia Atlântica, pólo turístico no leste do Estado – como fluviais, estas em quase todos os rios. Exceto em Belém, Barcarena e na região do Marajó, as praias fluviais são temporárias, e ocorrem no período de vazante dos rios, que varia conforme sua localização. Na Amazônia Atlântica, as praias oceânicas da estância de veraneio de Salinópolis são extensas e contam com infra-estrutura turística completa. Feira do açaí

Túnel de Mangueiras na Av. Magalhães Barata 06

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Forte do Castelo e a Casa das Onze Janelas colocam, local da fundação da cidade de Belém

Sugerimos os pontos turísticos abaixo para serem visitados em suas férias.

Theatro da Paz, bela herança da época de riqueza e efervescência cultural propiciadas pela exploração da borracha

Igreja da Sé

Lateral do Forte do Castelo

Embarcações da Feira do Açaí e mercado de ferro do Ver-o-peso www.paramais.com.br

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Mangal das Garças Pará+

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Verão 2012 Fotos Alessandra Serrão, Rodolfo Oliveira/Ag. Pará

Praia do Farol em Mosqueiro

Praia do Chapéu Virado em Mosqueiro

Na praia do Tucunaré, em Marabá

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Praia do Murubira em Mosqueiro

Na Praia da Aldeia, às margens do Rio Tocantins

Praia Algodoal no Pará

Para relaxar nas águas do rio em Cametá

Marahu em Mosqueiro

Ação preventiva na praia do Tucunaré, em Marabá

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Tatuagem combina com sol?

Cuidados importantes podem fazer a diferença na aparência da tatuagem, principalmente quando o assunto é sol

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Cada vez mais comum entre as pessoas, a tatuagem é produzida por meio da introdução de pigmentos na pele. Xuxa em Florianópolis, exibiu na praia de Jurerê Internacional a sua tatuagem. Praticamente cobrindo toda a sua costa com desenho de dragão.

O ator Kayky Brito e sua tatuagem

e uma só cor ou coloridas, com desenhos de todas as formas, em vários lugares do corpo. A tatuagem – ou dermopigmentação – é uma das formas de modificação do corpo mais conhecida e cultuada do mundo. Cada vez mais comum entre as pessoas, a tatuagem é produzida por meio da introdução de pigmentos na pele. Considerada um método permanente, a tatuagem necessita de cuidados importantes para se manter sempre bonita e com aspecto saudável. “A exposição das tatuagens ao sol deve ser evitada, pois as cores podem se modificar e a tatuagem desbotar. Por isso, os cuidados devem ser redobrados no verão. A exposição à radiação solar faz com que a tatuagem perca a cor e o brilho. O sol causa uma reabsorção dos pigmentos, o que deixa a tatuagem com aspecto desbotado e envelhecido. Além disso, todo pigmento é fotossensível, então, quanto mais o local da tatuagem ficar exposto à luz solar, mais risco de ela não se preservar”, explica a dermatologista Carolina Marçon, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. De acordo com Dra. Carolina, o ideal é usar protetor solar de amplo espectro UVA/UVB, de preferência com propriedades minerais, que contenham dióxido de zinco e óxido de titânio estes fazem barreira física à radiação. Deve ser usada uma camada grossa do produto e o mesmo deve ser reaplicado a cada duas horas. “As queimaduras solares podem modificar muito a coloração da tatuagem. Os cuidados para quem fez tatuagem há pouco tempo devem ser ainda mais intensos”, complementa a médica.

Todo pigmento é fotossensivel, então, quanto mais o local da tatuagem ficar exposto à luz solar, mais risco de ela não se preservar

Tatuagem/ bronzeado pelo sol. Esse não usa nem usou protetor 10

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BAS TOS

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Ideias para um belo verão

Tenha cuidados básicos para manter os cabelos saudáveis no verão

1. Conheça novos lugares

Que tal, você já conhece Marudá, e Alter do Chão, Soure é boa pedida…..

2. Durma como um anjo

Pre�ira lençóis de algodão para uma noite de sono fresquinha; imagine uma rede maneira…

3. Refresque o seu pet

Manter o amigão hidratado é o primeiro passo para que o verão não seja um sofrimento.

4. Cuide do cabelo

Para minimizar os estragos causados pelo mar, sol e piscina.

5. Escolha um biquíni novo

Praia de Crispim em Marudá

Se você for escolher um modelo sem alças, deve levar em conta o tamanho dos seios. O tomara-que-caia é indicado para as mulheres com seios grandes e �irmes ou seios com silicone. Isso porque para quem tem pouco seio o modelo achata.

6. Copie ou sonhe alto!

Frequente piscinas exuberantes ao redor do mundo: com fundo in�inito, toda de vidro...

7. Faça um milk-shake

Refrescante e irresistível, a bebida tem os seus segredos. Morango, creme e chocolate é o clássico trio da bebida.

Hidratado e fresquinho

8. Brinque com as crianças

Aproveite as férias para curtir os seus �ilhos.

9. Pegue uma cor

Como cuidar da pele no verão e conquistar um visual dourado digno de celebridade.

10. Evite queimaduras

Não erre na hora de escolher nem de aplicar o protetor solar. 12

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Essa dá pra

quebrar um www.paramais.com.br galho…

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Pra refrescar as tardes em Salinas

Curta a praia legal... Quanta indecisão…

Aproveite cada momento… Dourado digno de celebridade

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Endocrinologista alerta para os perigos da estação Texto Dra. Claudia Chang*

Invista numa corridinha de 15 minutos na areia da praia do Atalaia e derreta 2 quilos

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odos nos sabemos que nesta época do ano o brasileiro aproveita muito a parceria entre o sol e o mar, descansando e relaxando um pouco. Entretanto, precisamos ficar atentos porque existem alguns riscos inerentes ao verão. Confira algumas dicas da médica endocrinologista Dra Claudia Chang sobre como aproveitar este período de maneira mais saudável: * Alimentação Prefira uma alimentação leve, rica em legumes, verduras e frutas. Evite na praia os alimentos fritos ou que não estejam em bom estado de conservação. Intoxicações alimentares são muito comuns nesta época do ano.

nismo a desidratação. E qual a quantidade certa de líquido que o corpo precisa? Há uma variação individual muito grande. Uma dica simples é se observar a cor da urina. Quanto mais clara ou transparente melhor! Lembre-se ainda que os refrigerantes, por terem alta concentração de sódio (sal), não são indicados para hidratação, além de terem baixo valor nutritivo. Assim, prefira água filtrada ou mineral, água de côco ou sucos de frutas. * Exposição ao sol E para ficar com aquele bronzeado típico

Evitar a exposição solar entre as 10h da manhã e às 16h da tarde

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* Hidratação Não espere ter sede para ingerir líquido. A sede é uma manifestação tardia do orga-

de quem foi para praia? Existe alguma coisa realmente natural que poderia auxiliar? Sim! Ingira frutas e legumes ricos em beta caroteno como laranja, mamão, cenoura e abóbora. Por terem o precursor da vitamina

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Use e abuse do filtro solar

As férias podem aliar descanso, lazer e alimentação saudável

A, eles deixam um bronzeado não só mais bonito, mas também mais duradouro! Mas lembre-se de evitar a exposição solar entre as 10h da manhã e às 16h da tarde. Isto não só envelhece (foto-envelhecimento), mas aumenta muito o risco de câncer de pele! Assim, use e abuse do filtro solar, passando-o 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplique sempre que der um mergulho!

Na praia não se esqueça de fazer exercício

Alta tecnologia no combate ao câncer

* Atividade Física Que tal terminar o dia com uma caminhada? Ajuda não só para evitar o ganho de calorias extras, mas também na produção de endorfinas, que são substâncias que propiciam uma sensação de bem estar. Mas não se esqueça de ingerir uma fruta e hidratar-se antes! Fazer exercício em jejum não emagrece, pelo contrário, faz com que o corpo utilize energia a partir de músculo e não mexa em nenhum estoque de gordura. (*) Doutoranda em Endocrinologia e Metabologia pela USP, Coordenadora e Professora da Pós Graduação Endocrinologia do ISMD.

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Radioterapia (IMRT/IGRT) Braquiterapia Oncologia Clínica (Quimio) Oncologia Cirúrgica Exames de apoio ao diagnóstico

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Tranquildade no veraneio

Texto Julia Garcia* Fotos Carlos Sodré/Ag. Pa

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primeiro �inal de semana de julho foi tranquilo em Mosqueiro e Santa Izabel. Quem procurou os balneários para aproveitar o começo das férias desfrutou com conforto das atrações dos locais. O Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBM) e a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) estiveram presentes na organização da segurança e o balanço é favorável em comparação com o início do veraneio do ano passado. A PRE trabalha em Mosqueiro com um efetivo de 23 policiais, 2 viaturas e 4 motos. O trabalho de orientação é um dos focos da ação do veraneio. O cabo Francisco Freitas, da PRE, lembra aos motoristas sobre o cuidado que devem ter ao pegar a estrada. “Os condutores devem se preocupar com a situação dos veículos, como estepe e extin-

tor, além dos documentos necessários para transitar. Além da orientação realizamos o trabalho de �iscalização. Estamos com dois aparelhos de etilômetro na nossa área de atuação e lembramos que o motorista não deve consumir bebidas alcóolicas e pegar o volante”. O CBM também realiza um trabalho intensivo em 12 praias de Mosqueiro. Ao todo, 80 militares da corporação estão destacados para trabalhar durante o mês de julho na ilha. Destes, 65 são bombeiros guardavidas, responsáveis pela segurança de banhistas, turistas e cidadãos. Cinco viaturas e duas motos resgates dão apoio a operação, que fecha o primeiro �inal de semana com números satisfatórios. “Tivemos cinco ocorrências nestes três primeiros dias, duas ferradas de arraia, um acidente envolvendo animal marinho e dois afogamentos não fatais. Avalio positivamente estes números,

Aproveitando o começo das férias para se bronzear

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Em Caraparu no município de Santa Izabel do Pará No começo das férias em Mosqueiro

A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) presente no início do veraneio

A segurança foi garantida no balneário de Caraparu, no município de Santa Izabel do Pará, pela presença dos homens do Corpo de Bombeiros

estamos atentos à segurança da população e nosso trabalho tende a aumentar nos próximos dias”, diz o major Valtercir Pinheiro, comandante da operação guarda vidas em Mosqueiro. As principais orientações do CBM são para evitar o consumo excessivo de bebida alcóolica, nadar próximo à costa e identi�icar as crianças para que elas sejam encontradas com mais facilidade caso se percam. “O trabalho preventivo é essencial para os bombeiros e os cidadãos. Quanto mais cuidado as pessoas tiverem, menos acidentes acontecem. Este ano estamos com uma ação de distribuição de pulseiras de identi�icação para as crianças. Menores perdidos é a terceira maior ocorrência, atrás apenas de afogamento e acidente”, explica Major Valtercir Pinheiro.

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Santa Izabel O município conhecido pelos belos igarapés, festejou no 1º domingo de julho (1), o Círio de Santa Izabel. Depois da procissão, turistas e moradores da cidade começaram a procurar os balneários para aproveitar o dia. No balneário do Caraparu, o clima era de tranquilidade. O CBM estará presente durante todo o período de veraneio com um efetivo de 14 bombeiros guarda vidas em terra e dentro dos igarapés. “Por enquanto ainda está tranquilo aqui no Carapari. Todos os bombeiros estão atentos aos banhistas. Fizemos uma parceira com o pessoal das boias �lutuantes que visa, principalmente, a segurança das crianças menores de 5 anos, que não podem utili-

zar o aparelho desacompanhadas”, orienta o Sargento Moraes do CBM. As boias fazem parte da diversão no balneário. Jair Maués trabalha há mais de 20 anos com o aluguel dos �lutuantes e aguarda ansioso o mês das férias, quando a renda aumenta bastante. “A expectativa é grande com a chegada de julho, quando eu consigo tirar um proveito melhor do aluguel das boias e canoas. É uma renda extra que entra. É bom pra mim e para os banhistas”. O aquecimento da economia é um dos principais bene�ícios do mês de férias. Antônio Carlos, conhecido como “Bolacha” em Caraparu, é proprietário de um restaurante na beira do igarapé há 25 anos e torce para que ele e todos os comerciantes do local tenham um ótimo mês, de grande rendimento, e comemora a presença das equipes de segurança do estado. “A segurança tá nota 10, a polícia e os bombeiros estão presentes. Onde tem segurança o povo quer estar e isso é primordial para a nossa economia. É em julho que aquecemos nossa renda, que entra um bom dinheiro para pagar as dívidas. Minha esperança é que todos �iquem felizes e que os turistas possam desfrutar momentos bons por aqui”. Para Suely Leão, doméstica, a gente tá bem assistido com a presença da polícia e dos bombeiros, estamos curtindo despreocupados. Todos os �inais de semana vamos a um lugar diferente, já está programada nossa ida pra Abaetetuba e Bragança. É uma grande festa”. (*) Secom

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Verão - como fugir do câncer de pele

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er um corpo bronzeado na estação mais quente do ano pode ter um preço muito alto, a exposição ao sol é a principal causa do câncer de pele As altas temperaturas registradas nos últimos dias demonstram que agora o verão chegou para �icar. Com o calor vem aquela vontade de aproveitar ao máximo a estação mais esperada do ano e pegar aquele bronzeado. Mas é preciso tomar cuidado com o tempo de exposição ao sol. O câncer de pele é o mais frequente e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. O dado é do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Uma doença que pode ser fatal. Mas, se descoberto precocemente tem grande chance de cura.

É preciso tomar cuidado com o tempo de exposição ao sol

Os principais tipos

Tomar sol sem proteção é o principal atalho para desenvolver a doença que se apresenta, basicamente, em dois grupos distintos: o carcinoma, mais frequente e menos agressivo, e os melanomas, mais agressivos, porém menos comuns. Ainda que ambos os tipos acometam preferencialmente as populações de pele clara, há algumas diferenças importantes de comportamento que os distinguem. Os carcinomas são tumores de crescimento lento, localmente invasivos e raramente resultam em metástase. Uma pequena proporção torna-se letal e o número de óbitos resultante é muito baixo. Apresenta altas taxas de cura se tratado de forma adequada e precoce. Contudo, em alguns casos em que há demora no diagnóstico, pode levar a deformidades �ísicas graves pelo tumor ou pelo tratamento. Segundo o INCA, em 2012, estimam-se, para o Brasil, 62.680 casos novos de câncer da pele não melanoma entre homens e 71.490 em mulheres. Já o melanoma da pele é menos frequente, porém sua letalidade é mais elevada. Afeta todos os grupos étnicos em alguma proporção. No Brasil, são estimados 6 mil casos de melanoma por

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A exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco para o surgimento dos cânceres da pele

ano, mas acredita-se que este número seja subestimado. Nos Estados Unidos, são cerca de 70 mil pacientes anuais. A maior incidência no mundo é na Austrália, onde um a cada 30 brancos caucasianos (de pele clara) tem a doença.

Causa

A exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco para o surgimento dos cânceres da pele. O oncologista Dr. Rafael Schmerling explica que os carcinomas de pele basicamente estão relacionados à exposição crônica, contínua. Já o melanoma tem outro per�il. “Há dados que sugiram uma relação com a exposição aguda, intensa (queimaduras) e com maior risco de ocorrem na infância, com o desenvolvimento do câncer décadas depois; acomete principalmente as pessoas que �icam vermelhas com pouca exposição solar, o popular camarão”, conta.

Sinais

Com a ajuda do espelho é possível fazer um auto-exame, para detectar possíveis manchas na pele. Vale para qualquer região do corpo, rosto, costas, região genital, couro cabeludo e unhas. Os carcinomas aparecem como lesões rosas, com borda ligeiramente elevada. Pode ser ainda um nódulo brilhante, ou mancha avermelhada, ou até mesmo uma ferida aberta que sangra com saída de secreção. O câncer de pele que se apresenta em forma de pinta é o melanoma. A pinta do melanoma é normalmente diferente das outras.

Tomar sol sem proteção é o principal atalho para desenvolver a doença

“Habitualmente é maior, tem a borda assimétrica, e o fator mais importante é o crescimento. Se a pinta está crescendo, seja em elevação ou extensão, precisa ser avaliada imediatamente”, avisa Schmerling. “Se está coçando ou até mesmo sangrando, então, há risco de estar em estágio ainda mais avançado, resume.

Tratamento

A maioria das lesões precoces em caso de carcinoma é resolvida apenas com a intervenção cirúrgica. Já o melanoma além da cirurgia, eventualmente demandará um medicamento complementar. Estima-se que no Brasil em cerca de 20 a 25% dos casos o paciente apresenta a doença na forma metastática, ou seja, com comprometimento de outros órgãos. “O melanoma tem essa capacidade de invadir outros órgãos: pulmão, �ígado e até o cérebro”, comenta Schmerling Mesmo em situações de doenças metastáticas com terapêuticas bastante complexas é possível curar uma parcela desses pacientes. São tratamentos que envolvem imunoterapia, que é um tratamento de alta complexidade. A droga mais estudada e conhecida neste cenário é a interleucina-2, uma substância produzida em nosso organismo, mas que é aplicada em elevadas doses com o intuito de otimizar o sistema imu-

ne para que este ataque a doença. “Mesmo os que não são curados podem ter a doença sob controle para garantir a qualidade de vida do paciente, muitos inclusive continuam a trabalhar”, �inaliza.

Dicas para evitar danos à pele

• Aplicar e repassar várias vezes o protetor solar, mesmo quando exposto apenas à luz arti�icial • Usar chapéu • Dar preferência a roupas de proteção solar que �iltram os raios solares • Não se enganar com os dias nublados, mesmo quando há só mormaço, a pessoa �ica exposta aos raios solares, é quando acontecem as queimaduras mais graves.

O câncer de pele é o mais frequente e corresponde a 25% de todos os tumores malignos

a os www.paramais.com.br

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Manchas na pele após o verão Qual o melhor tratamento: peeling químico, mecânico ou a laser?

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om o fim da estação mais quente do ano, chegou a hora de correr atrás para “apagar” as manchinhas na pele que insistem em aparecer por causa da exposição (exagerada ou não, né?!) ao sol. Entre os tratamentos estéticos mais comuns, o peeling é uma das opções. Jean Vrabic, especialista em Fisioterapia Manipulativa, do Espaço Maxima, de São Paulo, explica que esse procedimento usa ácidos ou outros cremes manipulados, com o auxílio ou não de aparelhos. Ele pode ser de efeito superficial, médio ou profundo, de acordo com o grau da mancha, a causa do seu aparecimento e as características da pele de cada pessoa. “Quanto mais profundo, mais tempo demora para haver a recuperação da pele, mas também os resultados são bastante evidentes”, explica a fisioterapeuta dermatofuncional, Marcela Rodrigues. Para suavizar as marcas do sol, ele é uma alternativa. Segundo a fisioterapeuta da Clínica de Estética Dr. Alan Landecker, Maira Ramalho, a procura por esse procedimento nesta época pós-verão aumenta. São três tipos:

Peeling químico

Peeling a Laser de

CO2 fracionado São aplicados ácidos (como o retinoico, mandélico e glicólico, por exemplo) que variam em tipo, porcentagem e pH, de acordo com o grau da mancha. “Durante o processo, ocorre uma destruição da camada superficial, média ou profunda da pele, que sofre uma escamação, eliminando células mortas e dando lugar a uma cútis nova, 20 a 30 dias, “desde que não sejam usados ácidos que causem efeito livre de rugas, manchas, acne e outras imperfeições”, explica o muito profundo”, explica Maira. especialista Jean Vrabic. Também pode ser feito em casa, com o * Pós-tratamento: Marcela diz que a pele fica levemente avermelhada uso de cremes, porém com menor concentração de ácido. e, dois ou três dias após o peeling, começa uma descamação fina que * Recomendação: a partir de três sessões, com intervalo de dura de três a cinco dias. “Os resultados começam a ser percebidos logo

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cia, segundo Camila, é recomendável uma hidratação profunda para completar Pele mais jovem, o peeling. Jean também cita o peeling bonita e sem ultrassônico, que limpa profundamenmanchas, com o peeling de diamante te com um aparelho de última geração. *Recomendação: no mínimo, três sessões, com intervalo de 15 a 30 dias entre elas, dependendo da combinação do peeling com outro procedimento ou com uso de

após a primeira sessão. Com o fim do tratamento, há melhora da textura, coloração, uniformidade da pele, atenuação das manchas e até de rugas superficiais”, comenta. Para potencializar o efeito do peeling químico, a fisioterapeuta dermatofuncional, Camila Pinto, recomenda associá-lo ao mecânico. Mas isso somente pode ser feito após avaliar a pele e o grau de profundidade da mancha.

Peeling mecânico

O tratamento retira a camada superficial da pele por meio de cristais de óxido de alumínio (conhecido com peeling de cristal) ou de ponteiras diamantadas (que lembram o formato de uma caneta) ligadas a um aparelho que gera sucção na pele. Na sequênSão aplicados ácidos como o retinoico, mandélico e glicólico

Contraindicações e cuidados

Indicado para promover a descamação e renovação da pele, o peeling torna-se o procedimento estético mais procurado nos consultórios dos médicos brasileiros

dermocosméticos. *Pós-tratamento: os resultados podem ser percebidos desde a primeira sessão e os efeitos são mais visíveis quando combinados aos ácidos ou vitamina C.

Peeling a laser (ou físico) Diferentemente dos dois tipos anteriores, que podem ser realizados em clínicas de estética por fisioterapeutas, esse só é realizado por médicos dermatologistas, e consiste na emissão de laser para retirar as camadas da pele, causando descamação para renovar as células e também desacelerar a produção de melanina (pigmento que determina a cor da pele, pelos e cabelos).

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Manchas na pele após o verão.indd 21

*Recomendação: indicado em caso de manchas mais profundas. Deve ser aplicado mensalmente ou com intervalo de seis meses entre as sessões, conforme o laser utilizado. O tratamento também pode ser realizado em melasma (manchas acastanhadas que aparecem por causa de fatores hormonais, exposição solar, tendência genética e características raciais, normalmente no rosto, nas têmporas e na testa). *Pós-tratamento: o resultado pode ser visto a partir da primeira sessão, após ocorrer a descamação ou a implosão da melanina no interior das células. “O excesso de uso pode fragilizar a pele e causar manchas”, alerta Maria.

Peelings são contraindicados para quem está grávida. Segundo Camila, para as futuras mamães, é preciso verificar com o ginecologista se é recomendado e qual o tipo de tratamento estético é o melhor. “E se a pele ficar muito inflamada ou ressecada após o procedimento, pode ser utilizado um hidratante específico, para evitar a sensação de ardor e repuxamento. Nos casos de um tratamento mais profundo, o procedimento deve ser realizado por um médico dermatologista”, reforça Maria. E como retira o “manto protetor” da pele e a deixa mais vulnerável aos raios solares, a diretora do Babele Spa, de São Paulo, Ronite Benabou, lembra que é obrigatório o uso de bloqueador solar durante e após o tratamento. Colocar chapéu e evitar a exposição ao sol são cuidados essenciais que devem ser adotados por quem faz peeling, mesmo nesta época do ano, em que o sol parece ser mais fraco. Peles morenas e negras também precisam de cuidado especial. Camila explica que, com o peeling, peles mais escuras podem produzir mais melanina e aparecerem muitas manchas. E vale destacar: todo e qualquer procedimento estético deve ser feito com orientação de um profissional.

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Defesa Civil faz trabalho de prevenção

nos principais balneários

Fotos Cláudio Santos, Elcimar Neves/ Ag. Pará

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operação Verão do governo estadual teve como objetivo levar segurança e tranquilidade aos veranistas no mês de julho, com ações de orientação sobre segurança global, com ênfase no cuidado com o meio ambiente. Nos finais de semana, os agentes distribuem folderes com orientações de segurança e pulseirinhas de identificação para as crianças nas praias de Salinas, Marudá, Ajuruteua, Soure, Salvaterra e Caripi e nas principais praias do Pará.

Maré Guarda-Vidas sempre atentos Praia do Atalaia, em Salinas

Outra novidade na ação foi a fixação de placas com a tábua de marés (preamar e baixar) nos dez principais balneários do Estado. As tábuas foram colocadas nos seguintes locais: Salinas, no trevo que dá acesso à cidade e à praia do Atalaia; praia do Atalaia, na entrada da praia da Corvina; Marudá, no trevo que dá acesso às praias de Marudá e Crispim; Barcarena, na via de acesso pra praia de Caripi; Abaetetuba na via de acesso à praia de Beja; Bragança, na via de entrada da praia de Ajuruteua; Outeiro, na praia Grande, próximo ao estacionamento;

Verão da Paz em Mosqueiro 22

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Praia de Marudá

Marajó, no estacionamento da praia Grande de Salvaterra; e em Mosqueiro, em frente ao quartel dos Bombeiros. No Mosqueiro, praias lotadas

Praia do Ariramba na ilha de Mosqueiro

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Os 7 erros do protetor solar

Não tem problema algum passar o protetor solar e colocar a maquiagem por cima. O bronzeado fica ótimo

Os principais equívocos na hora de escolher e de usar o �iltro

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ara você que é daqueles que passa qualquer �iltro solar, direto sob o sol, sem se preocupar em reaplicar o produto depois de entrar na água, um aviso: sua pele está em risco. O resultado pode levar anos para aparecer, mas, acredite, ele aparece. Na última década, os médicos – e especial os dermatologistas – têm batido insistentemente nessa tecla e o resultado de tantas campanhas de conscientização sobre os efeitos nocivos do excesso de sol à pele ainda não surtiu o efeito desejado. “É impressionante a quantidade de gente Na praia ou na piscina, temos de usar o filtro solar. Passar o produto só na praia ou na piscina é um erro comum

Segurança 2 horas

que ainda não usa ou usa errado o protetor solar”, diz a dermatologista Daniela Landim. Para esclarecer os incautos, a especialista listou os sete erros mais comuns na hora de passar o protetor solar. Con�ira. 1. Usar �iltro solar só na praia ou na piscina: “Tem de passar todos os dias, pela manhã, especialmente nas áreas que �icam mais expostas, como rosto, pescoço, colo, e braços” insiste a médica. Segundo ela, não tem problema algum passar o protetor solar e colocar a maquiagem por cima. “É tudo uma questão de escolher os produtos certos para o seu tipo de pele”.

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2. Usar protetor solar para o outro tipo de pele: Quem faz isso está sujeito a problemas como ressecamento, espinhas e cravos. Portanto, é preciso prestar atenção ao veículo que carrega as substâncias químicas que atuam na pele protegendo-a do sol. “Pele seca pede cremes e loções. Quem tem pele oleosa deve-se usar o �iltro em forma de gel e loções oil-free. Já as peles normais ou mistas se adaptam bem aos �luidos, geis-creme e loções oil-free”, ensina a especialista. 3. Não reaplicar a proteção solar periodicamente, enquanto está exposto ao sol: “O �iltro solar deve ser novamente aplicado depois de entrar na água ou de se expor ao sol por mais de duas horas”, diz a dermatologista. Ela esclarece uma dúvida comum entre os consumidores: fator de proteção solar 100 oferece a mesma proteção que o 30. “A diferença está no tempo que você pode �icar exposto, ou seja, você pode �icar mais tempo

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Direto sob o sol, perigo total…

Carlos Freire (ABIH), Isabela Jatene (Pro Paz), Leane Mello (Ministério Público), Socorro Costa (Paratur) e Adenauer Góes (Setur)

sob o sol do que poderia �icar com o FPS30”. 4. Passar o protetor já estando sob o sol: “Deve-se aplicar o �iltro solar de 15 a 30 minutos antes da exposição, para que a pele absorva o produto e para que se tenha o efeito químico de proteção desejado”. E se esqueceu de passar e já está a caminho da praia ou da piscina? Hoje existem produtos de ação imediata, informa a especialista, mas mesmo assim o ideal é passar esses produtos na sombra, um pouco antes de ir para o sol. 5. Usar apenas maquiagem com �iltro solar: É um erro muito comum, pois hoje em dia a maior parte dos produtos de beleza vem com �iltro solar. O problema, explica a médica, é que a maquiagem nem sempre cobre toda a extensão da área que precisa ser protegida. “No intuito de realçar algumas áreas e esconder outras, a maquiagem nunca cobre o rosto todo e algumas áreas �icam

expostas ao sol”. 6. Usar protetor solar vencido: Quem quer lançar mão daquele restinho de �iltro solar que sobrou no armário do banheiro desde as últimas férias precisa �icar atento ao prazo de validade do produto. “Além de oferecer uma proteção falha ou totalmente ine�icaz, �iltro solar vencido pode gerar desde o aparecimento de irritações na pele e até uma forte reação alérgica”, diz Daniela. 7. Praticar esportes sem protetor especí�ico para isso: sim, quem sua muito durante a prática de esportes precisa usar bloqueador solar contendo dióxido de titânio e óxido de zinco. “Essas substâncias formam uma espécie de �ilme, uma barreira �ísica além da barreira química normalmente fornecida pelo �iltro normal”, explica a médica. Quem usa �iltro solar comum ao praticar esportes, acaba perdendo toda a proteção junto com o suor que escorre da pele.

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Mesa oficial na solenidade de abertura do V FORUM TCE

TCE-PA promove V Fórum em Belém

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Fotos Rodrigo Lima

Tribunal de Contas do Estado (TCE-PA) realizou, entre os dias 27 e 29 de junho, o V Fórum TCE-PA e Jurisdicionados. Com o tema “O Tribunal de Contas Frente às Exigências da Sociedade”, o evento aconteceu no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia. Nesta quinta edição o público participante foi de cerca de 1200 pessoas, entre autoridades, palestrantes, jurisdicionados, servidores públicos, profissionais liberais e estudantes de todo o Estado. “Esse é um evento que tem como fundamental objetivo orientar e prevenir que os gestores errem menos na administração pública. Fico muito feliz pela presença de todos, pelo interesse, estudo e conhecimentos trocados durante o encontro”, resumiu o presidente do TCE, conselheiro Cipriano Sabino. Os conselheiros Luis Cunha (vice-presidente e coordenador do V Fórum), Ivan Cunha (corregedor), Nelson Chaves,

Lourdes Lima e André Dias também participaram do evento. Durante os três dias de evento ocorreram a palestra Magna proferida pelo o presidente da ATRICON, conselheiro Antônio Joaquim (TCE-MT), a palestra “Agenda a ser Cumprida pelos Estados e Municípios para Adoção dos Novos Padrões Contábeis”, ministrada pelo servidor Paulo Henrique Feijó, da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). E palestras com a servidora da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Selene Nunes e Danielle Moura, da Controladoria Geral da União/Pará (CGU/PA).

e irá levar às escolas públicas o papel desempenhado pelo TCE-PA e a busca pela formação de cidadãos desde a adolescência. “Com esse programa queremos incentivar a cidadania entre jovens estudantes da rede pública de ensino estadual. O ‘TCE Cidadão’ pretende assegurar a esses futuros adultos a chance de participar do controle social dos gastos públicos”, disse o idealizador da ação, conselheiro Nelson Chaves. “O projeto é uma ação educacional, no sentindo de formar futuros cidadãos, e nós, da SEDUC, somos parceiros do TCE, no sentido de que a gente comece a trabalhar isso desde a escola, com a filosofia de que cidadania também é aplicar bem e corretamente o recurso público. Hoje nós temos cerca de 700 a 800 mil alunos. Gradativamente esse número poderá ter acesso ao universo do que significa controle externo e controle social. A assinatura deste convênio foi excelente para o governo do Estado, através da SEDUC, o TCE-PA e, claro, para sociedade”, Sec. de Educação Claudio Ribeiro assinando o convênio TCE Cidadão

TCE Cidadão: Contribuição social para 700 mil estudantes Cons. Nelson Caves assina o convênio TCE Cidadão 26

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TCE-PA promove V Fórum, em Belém.indd 26

Durante a cerimônia de abertura do V Fórum, foi assinado o convênio do projeto TCE Cidadão, celebrado entre o TCE-PA e o governo do Estado, através da SEDUC. O projeto é considerado pioneiro no Brasil,

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Cons. Cipriano Sabino, Des. Raimunda Noronha e o vicegovernador Helenilson Pontes

resumiu o secretário estadual de educação, Cláudio Ribeiro. O vice-governador do Estado, Helenilson Pontes, também falou sobre a importância do projeto. “Esses jovens serão o Pará do futuro, que irão construir o Pará do futuro. Então é importante que eles tenham conhecimento de que existe um Tribunal de Contas do Estado, o tribunal que controla a legalidade, a economicidade e a legitimidade da aplicação do recurso público. O governo fica muito feliz com essa aliança, porque estamos contribuindo para o aprimoramento da cidadania”, ressaltou o vicegovernador.

Mini-cursos agradam e motivam participantes

Desde a primeira edição do Fórum TCE-PA e Jurisdicionados, em 2008, os mini-cursos têm sido um diferencial na dinâmica do evento, por trazer momentos em que o jurisdicionado, seja ele gestor de algum órgão público, responsável por alguma ONG que recebe recursos do Estado, um profissional autônomo ou estudante, pode adquirir novos conhecimentos sobre procedimentos e instrumentos legais que redundem em uma gestão mais eficiente dos recursos públicos, em benefício da sociedade em geral. Neste V fórum, com a participação da Escola de Contas Alberto Veloso subsidiando as atividades, a tendência de oferecer aos participantes conhecimentos na área do controle externo foi mantida, com ampliações pertinentes e condizentes com novos elementos jurídicos e técnicos quanto à gestão pública, como, por exemplo, aqueles presentes nos mini-cursos “Introdução às novas normas da Contabilidade Aplicadas ao Setor Público” e “Ação Planejada e Transparente: Gênese da Educação e da Gestão Fiscal Responsável”. Como se trata de uma ação pedagógica, que objetiva transmitir aos jurisdicionados novos elementos à sua prática administrativa, visando sobretudo a eficiência da gestão, os mini-cursos foram bastante prestigiados, merecendo, inclusive, uma observação do Conselheiro Luis Cunha, coordenador do V Fórum, para quem este já é o maior e mewww.paramais.com.br

TCE-PA promove V Fórum, em Belém.indd 27

lhor fórum já realizado, em razão da maciça participação das pessoas, principalmente à tarde, nos mini-cursos. Segundo ele, o evento foi pensado para os jurisdicionados, que são a razão da existência do fórum. De fato, a importância dos mini-cursos, seja para a melhoria da prática gestora dos administradores públicos seja para a atualização do exercício profissional de alguns participantes ou mesmo para consolidar o atendimento às exigências sociais quanto à cidadania, pode ser verificada nos depoimentos colhidos no decorrer do evento. Na avaliação da servidora do TCE-PA, Engenheira Aíla Seguin Dias Aguiar de Oliveira, responsável pelo mini-curso “Acessibilidade”, “o direito de ir e vir, o direito à educação, ao lazer, ao trabalho, de qualquer pessoa com deficiência ou não, é uma exigência da sociedade, é um direito que deve ser exigido, e a acessibilidade é fundamental para que esses direitos sejam garantidos.” Por outro lado, a estudante de pós graduação em Gestão, Débora Almeida- Estudante, considerou “o curso Acessibilidade mui-

Pres.do TCE-PA, Cons. Cipriano Sabino assina convênio TCE-Cidadão

o curso “Ação Planejada e Transparente: Gênese da Educação e da Gestão Fiscal Responsável”, a expectativa quanto ao resultado do mini-curso na vida cotidiana dos participantes, é a de que “o cidadão possa despertar para a importância do tema em questão, considerado por muitos como árido, porque fala de planejamento, orçamento, gestão fiscal”. Para ele, quando alguém ouve falar de gestão fiscal, fica logo assustado por considerar algo complexo; por isso, avalia, o mini-curso pretende fazer com que Conselheiros do TCE-PA as pessoas percebam que apesar do e o Cons. do TCE-MT conteúdo técnico ser grande, naqueAntonio Joaquim le item, ou seja, a gestão fiscal, está inserido tudo o que é de interesse da sociedade, como, por exemplo, as ações nas áreas da saúde, da segurança; bastando que o gestor se ocupe em ler os instrumentos jurídicos e técnicos, como a LRF, a LDO, porque por trás dessas informações de conteúdo técnico e jurídico, existem informações fundamentais para a gestão pública, principalmente quanto aos to interessante, uma inovação por parte do recursos que o governo retirou da sociedaTCE, pois todos os anos os temas são mais de, a forma e quanto devem ser aplicados voltados para orçamentos, contabilidade, nas políticas públicas. licitação, e esse foi um assunto muito inteOutros depoimentos, como o do servidor ressante, que chamou muita atenção quan- público José Maria Braga, do TCM-PA, são to à acessibilidade de todo cidadão, que é o significativos para demonstrar a relevância direito de ir e vir, permitindo que qualquer dos mini-cursos do V Fórum TCE – Jurisdipessoa se relacione com os órgãos públicos.” cionados. Para ele, que participa do fórum Na avaliação do Dr. João Bosco Silveira desde sua primeira edição, em 2008, as da Silva, da Receita Federal, que ministrou informações obtidas durante as palestras e principalmente durante os mini-cursos, têm servido de base para suas atividades junto ao TCM na área do controle externo. Ele asseverou que faz questão de participar do fórum em razão dos novos conhecimentos que vem adquirindo para aplicar na sua prática profissional. Encerrando o ciclo de mini-cursos, o conselheiro Luis Cunha agradeceu a participação de cada jurisdicionado, e entregou aos professores diplomas e simbólicos presentes, como forma de homenagem à contribuição de cada um para o efetivo sucesso do evento. Os presentes nos mini-cursos também participaram de sorteios de livros, Conselheiro Ivan organizados pela Escola de Contas Alberto Cunha corregedor Veloso. do TCE

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Recuperação de recursos públicos

TCE, MPCE, PGE, MPE, AGE, e SEFA assinam Termo de Cooperação Fotos Rodrigo Lima Plenário do TCE,Cons. Emílio Martins

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Presidente do TCE, Cons. Cipriano Sabino durante a assinatura 28

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pós a Sessão Plenária de 03 de julho, no Plenário Emílio Martins do Tribunal de Contas do Estado (TCEPA), depois da proposição e articulação do Ministério Público de Contas do Estado (MPCE) e do Tribunal de Contas do Estado, através, respectivamente, do procurador geral do MPCE, Antônio Maria Cavalcante e do presidente da Corte, conselheiro Cipriano Sabino, foi assinado Termo de Cooperação entre as duas instituições e a Procuradoria Geral do Estado (PGE), o Ministério Público do Estado (MPE), a Auditoria Geral do Estado (AGE) e a Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA). O objeto do Termo de Cooperação é a cooperação mútua entre os entes signatários no permanente exercício da competência institucional de cada qual, valendo-se dos instrumentos constitucionais e legais para a promoção do célere e eficaz ressarcimento aos cofres públicos estaduais de recursos malversados, de modo que se coíba a prática de ilícitos cíveis e/ou penais, no âmbito dos processos de competência do TCE-PA. Ao TCE-PA cabe exercer o controle externo e julgar os processos referentes aos recursos do Estado utilizados pelos seus jurisdicionados. O MPCE tem competência para cobrar aqueles recursos julgados que devem retornar ao erário estadual. Ao MPE é facultada a prerrogativa de denunciar os responsáveis sobre os quais pairem indícios de ilícitos cíveis e penais. À SEFA, a responsabilidade de inscrever os devedores na dívida ativa e, à AGE, a atuação prevenwww.paramais.com.br

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Instituições assinam termo para dar celeridade na recuperação

tiva nos departamentos de controle interno das instituições públicas estaduais. Participaram da assinatura o presidente do TCE, Cipriano Sabino, o procurador geral do MPCE, Antônio Maria Cavalcante; representando o procurador geral do MPE, Antonio Barlleta, esteve presente o sub-procurador do parquet, Jorge de Mendonça Rocha; pela PGE, o signatário foi o procurador Geral do Estado Caio Trindade, representando a Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA), a secretária-adjunta, Adélia Macedo e a AGE, o auditor geral do Estado Roberto Paulo Amoras. Também participaram da solenidade, os conselheiros do TCE, Luís Cunha (vice-presidente), Ivan Cunha (corregedor), Nelson Chaves, Lourdes Lima e André Dias. Durante o evento o presidente da Corte de Contas, Cipriano Sabino também resumiu o momento de grande alegria e entusiasmo. “Nossa expectativa é a devolução do recurso público para os cofres do Estado. Hoje em dia a sociedade não aceita mais a impunidade para os gestores públicos, e com isso, essa ação reuni todos esses órgãos com a finalidade de fiscalizar e punir os administradores que não souberam aplicar corretamente o dinheiro público, e fazer com que esse gasto seja colocado para benefícios da sociedade em geral. Estou imensamente feliz com essa assinatura e empenho das entidades”, ressaltou o conselheiro. Em seu pronunciamento, o procurador geral do MPCE, Antônio Maria Cavalcante ressaltou a importância e necessidade dessa assinatura. “Esse é um momento histórico para o Estado do Pará, onde esse conjunto de órgãos irá realizar uma força-tarefa, para combater a impunidade nas administrações públicas, e devolver aos cofres públicos, o www.paramais.com.br

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fícios”, salientou o procurador. “É uma ação que possui uma tamanha importância para o Estado. A sociedade irá colher os resultados desse termo. Fiquei honroso pela iniciativa, daqui pra frente, os gestores que precisarem ser punidos, irão acarretar algum tipo de penalidade prevista em lei. Será um trabalho árduo, mas com grande significado”, resumiu o sub-procurador geral de Justiça, Jorge Mendonça da Rocha. O conselheiro André Dias também demonstrou entusiasmo com o Termo de Cooperação e falou no plenário das conseqüências positivas que a assinatura reConselheira Lourdes lima e o sultará. “Estes mais de quinze milhões de Cons. Nelson Chaves reais aptos para execução que estão sendo encaminhados à Procuradoria Geral do Estado para execução e cobrança podem ser transformados em mil casas residenciais que podem ser construídas para população. Esse convênio irá possibilitar o retorno do dinheiro mal aplicado por gestores públicos podendo, em seguida, serem reaplicados pelo Estado na melhoria de vida nas comunidades, e em investimentos nas áreas de saúde, moradia, educação. O tribunal e o Ministério Publico de Contas, além dos outros órgãos envolvidos nesse processo estão de dinheiro, que poderá ser aplicado na cons- parabéns. E os gestores que também achatruções de hospitais, escolas, melhoria na vam que não seriam punidos pela lei, irão se saúde, transporte. Ou seja queremos fazer sentir ameaçados”, disse o conselheiro. “Quero parabenizar especialmente o precom que a sociedade conquiste mais benesidente Cipriano Sabino e o procurador Antônio Maria Conselheiros Luis Cunha, André Dias Cavalcante. Estou feliz com e Ivan Cunha a assinatura desse instrumento, estou há 10 anos na área fiscal, e com certeza com esse empenho dos órgãos envolvidos, o resultado será de positivos frutos para o Estado do Pará”, comentou o procurador geral do Estado, Caio Trindade. Cons. André Dias

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CAMILLO MARTINS VIANNA*

(*) SOPREN/ SOBRAMES

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Novidades nas praias parauaras O mundão de gente na praia de rio de Outeiro

Complicando a vida dos banhistas 30

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stá ocorrendo fato bastante interessante aqui pelas bandas do Estado do Pará, que coincide com as férias não só escolares como as dos pais, parentes e amigos. A certeza é certa e garantida que tal acontecimento teve início de parelha como chamado surto rodoviário, conforme denominação do Dr. Paulo Calvacanti, botânico de primeira ordem não só do Museu Emilio Goeldi, como do Brasil.E integrante da SOPREN desde os primeiros tempos da criação da entidade conservacionista, criada em Belém, Capital do Estado do Pará, com atuação em toda a Amazônia Clássica, ou Legal, a aberração geográfica criada pelo Senador José Sarney que mandava e desmandava, não só em Brasília, como no Amapá, por onde se elegeu, Assim como coordenava duas grandes estruturas federais – a SUDAM no Pará e a SUDENE no nordeste, até quando essas estruturas foram praticamente desativadas pelo Governo Federal. Voltemos ao que interessa. Quando as Rodovias eram de chão batido e nas margens corriam pequenos rios e igarapés onde o pessoal do extinto Departamento de Estradas de Rodagem sapecava pequenas pontes de madeira e não deu outra, começando pelas comunidades próximas aos cursos d’agua onde eram organizados os chamados piqueniques. O rancho era levado pelos membros da comitiva, que incluía o de beber. O passo adiante foi arregimentar o pessoal da periferia de Belém, antigamente conhecido como subúrbio, em dias festivos os finais de semana, que se deslocavam em paus - de - arara, para o local escolhido previamente. Duas ou três senhoras, sabidamente responsáveis, preparavam o rango avultado e o arranca-rabo entrava pela boca da noite quando o pessoal levantava acampamento e os que nâo se aguentavam das pernas se enfiavam em viaturas de qualquer maneira. Essa verdadeira correria, na busca de novos balneários iam se consolidando, podendo aparecer, as vezes o cigarro do Diabo, ou seja a maconha. Nas praias tradicionais da Ilha de Mosqueiro que são 17, como as famosas de Salinópolis – Farol Velho, Atalaia e Corvina, esta mais recente, essas praias nos dias de veraneio, atualwww.paramais.com.br

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mente sofrem com grandes problemas de engarrafamento e lixo que se aproximam de 20 toneladas, sem esquecer as guloseimas jogadas em plena praia e outras peças que complicam a vida dos banhistas, como carros, cavalos, asas delta, vendedores de coco, de queijo e churrasquinhos. O retorno das praias resultam em gigantescos engarrafamentos e de vez em quando o pau canta entre uns e outros. Durante a noite, a elite cai na gandaia. Outra praia famosa é a do Tucunaré, no Vista aérea da praia do Caripi em Barcarena

Nos cursos d’agua onde eram organizados os chamados piqueniques

meio do Rio Tocantins em frente a cidade de Marabá que fica atopetada de banhistas, vendedores de bugigangas. No meio do Lago Verde, em frente a comunidade de Alter do Chão, existe restaurante de bom tamanho e os catraieiros chegam e viram transportando os usuários. Na festa do Sairé, das mais famosas do Tapajós e mesmo da Amazônia, o pessoal lota a festividade. As alterações do clima estão obrigando a criação de novos hábitos, usos e costumes. Outra praia famosa é a do Tucunaré, no meio do Rio Tocantins

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Calor do verão pode auxiliar na perda de peso Na estação mais quente do ano, o organismo precisa de alimentos naturais e com menos calorias que contribuem para uma dieta mais saudável Prática de exercícios físicos

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verão também pode ser um aliado de quem quer emagrecer. Em dias quentes, é comum a rejeição e inapetência a alimentos muito gordurosos e de difícil digestão. Segundo Camila Borduqui, nutricionista funcional e membro da equipe do Centro de Estética da Clínica Alan Landecker, isso acontece porque, no verão, ocorrem alterações fisiológicas, como a desaceleração do organismo e aumento da temperatura corporal. Com isso, fica mais fácil optar por uma alimentação mais natural, que é menos calórica e auxilia na perda de peso, quando combinada à prática de exercícios físicos. “É importante aumentar a ingestão de líquidos, como água, água de coco e sucos naturais para hidratar. É importante ainda optar por cereais integrais, carnes brancas, legumes, verduras e frutas, como sobremesa, para tornar a alimentação mais leve e de fácil digestão”, recomenda a profissional. Para potencializar os resultados, a prática de exercício físico é fundamental. Porém, é preciso redobrar os cuidados no verão. “Os carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas e minerais são nutrientes essenciais

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para um bom funcionamento do organismo. Por isso, nunca se deve praticar exercícios em jejum. As grandes refeições devem ser realizadas cerca de quatro horas antes do treino e as pequenas refeições ou lanches cerca de uma hora antes. A reposição de líquidos deve ser constante. Atletas que se exercitam por mais de uma hora e meia devem consumir também bebidas esportivas, para repor também os eletrólitos expelidos com o suor”, explica Camila.

- Boas opções e fáceis de preparar são os sanduiches com pães integrais e recheios magros, como peito de peru, frango desfiado e atum em água, acompanhados por uma salada temperada com azeite, sementes de linhaça, girassol, gergelim ou abóbora e pouco sal; - Saladas compostas por folhas verdes variadas com legumes crus, acompanhadas com grelhados e/ou assados, como abobrinha recheada com frango e kibe assado com quinua, são ótimas preparações leves para o verão; - Salada de frutas com aveia, açaí com fruta e granola são opções saudáveis e que dão energia; - Sucos de frutas variados, como abacaxi com hortelã, melancia com gengibre, cenoura com beterraba, couve, brócolis, maçã e kiwi, são ricos em antioxidantes, que combatem os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce, e têm ação antiinflamatória, conferindo mais beleza à pele; - Fazer pequenas refeições e se alimentar a cada três horas. Uma fruta, barra de cereal, castanhas ou frutas secas são boas opções de alimentos entre as principais refeições. Salada de frutas ...

Dicas

Para manter uma alimentação saudável sem brigar com a balança, Camila dá algumas dicas para ajudar na perda de peso. Confira: Sanduiches com pães integrais e recheios magros

Sucos de frutas variados

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Novo IMC compara cintura com altura

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hora de dizer adeus ao IMC (índice de massa corporal). A proposta é de pesquisadores britânicos, que apresentaram recentemente em Lyon, na França, uma revisão de estudos mostrando que a proporção entre a cintura e a altura prevê melhor o risco cardíaco e de diabetes do que a velha escala do IMC. O índice de massa corporal é calculado dividindo o peso em quilos pela altura, em metros, ao quadrado. A conta sugerida pela pesquisa da médica Margaret Ashwell, da Universidade Oxford Brookes, é ainda mais fácil: a circunferência da cintura deve ser, no máximo, a metade da altura. Se uma pessoa tiver 1,60 m de altura, sua cintura deve ter até 80 cm. Mais do que isso é sinal de risco. Mais do que isso é sinal de risco

Agora a circunferência da cintura deve ser, no máximo, a metade da altura

Gordura Abdominal Medir a cintura para ver risco cardíaco não é uma ideia nova. Mas, segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, os padrões usados hoje (102 cm para homens e 88 cm para mulheres como limite máximo) não levam em conta a altura. “Claro que uma pessoa de 1,90 m com cintura de 94 cm não tem o mesmo risco de uma com 1,50 m e a mesma circunferência.” O que faltava era a comprovação de que uma cintura medindo 50% da altura é um indicador fiel da maior probabilidade de ter problemas cardíacos e metabólicos. www.paramais.com.br

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A revisão de estudos feita pelos britânicos analisou 31 trabalhos, envolvendo um total de 300 mil pessoas. A pesquisa também levou em conta diferentes etnias para encontrar a proporção máxima da cintura. Isso é importante porque um dos pontos fracos do IMC é que ele tem significados diferentes para cada etnia. De acordo com Halpern, indianos e japoneses já apresentam risco de diabetes com valores de IMC considerados normais (entre 20 e 25). O IMC também não discrimina entre massa muscular e gordura na hora da conta. Por isso

é que a cintura começou a ganhar importância. De acordo com o médico da USP, o risco para a saúde é maior quando a pessoa tem mais gordura entre as vísceras. Essa gordura é mais perigosa do que a localizada logo abaixo da pele. A medida da circunferência não diferencia entre as duas. “Por isso também essa medida pode ser falha. Mas, quanto maior é a circunferência, mais gordura há dentro e fora das vísceras. Com a altura, a precisão aumenta.” Segundo a autora do estudo, a proporção entre altura e cintura, além de servir para pessoas com qualquer ascendência, também vale para crianças – a versão infantil do índice de massa corporal tem uma escala que varia de acordo com a idade. De acordo com Ashwell, a nova medida já está ganhando apoio em países como EUA, Austrália, Japão, Índia, Irã e também no Brasil. Pesquisadores da City University de Londres estimaram que um não fumante de 30 anos reduz sua expectativa de vida em até 33% se a medida de sua cintura corresponder a 80% de sua altura. “Manter a circunferência da cintura no ponto certo aumenta a expectativa de vida para todas as pessoas do mundo”, disse Ashwell. Halpern lembra, no entanto, que, como todo estudo epidemiológico, esse também vai se deparar com casos que fogem à regra. Pará+

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Em Tucuruí, a mais nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h do Pará

Governo do Estado e Ministério da Saúde inauguram UPA 24h em Tucuruí Texto Thiago Melo*

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município de Tucuruí, no sudeste do Pará, já conta com mais infraestrutura na área de saúde. Foi inaugurada na cidade, recentemente, a mais nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h do Pará, que recebeu investimentos dos governos federal, estadual e municipal. A solenidade de inauguração contou com as presenças do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, do secretário de Estado de Saúde Pública, Hélio Franco, e do prefeito do município, Saint Clair Ferreira. A UPA de Tucuruí tem capacidade para atender até 300 pessoas diariamente. Na solenidade, o secretário informou que o Estado deverá iniciar, a partir do segundo semestre, a ampliação do Hospital Regional de Tucuruí, onde será instalado um centro de hemodiálise. O ministro Alexandre Padilha, que visitou junto com o secretário e o prefeito as instalações da unidade de saúde, disse que

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o atendimento na UPA seguirá as classificações de risco, conforme padrões estabelecidos em vários países. “A triagem na unidade classificará o atendimento de acordo com a gravidade do paciente. Esse serviço de classificação agilizará ainda mais o atendimento. O nosso desafio é reduzir o tempo de espera do paciente A solenidade de inauguração da UPA teve e, com a construção da UPA, a presença de autoridades dos governos federal, estadual e municipal a reduzir a superlotação nos hospitais”, acrescentou. O secretário Hélio Franco ressaltou que o 150 mil dos R$ 2 milhões aplicados na obra. atendimento na UPA será importante para O restante foi liberado pelo Governo Federal toda a região, e acrescentou que este inves- e Prefeitura de Tucuruí. timento faz parte do Plano Estadual de Urgência e Emergência. “O Pará foi o primeiro a apresentar este plano ao Governo Federal, e está implementando uma série de ações A UPA de Tucuruí oferece à população para melhorar este atendimento para toda a quatro médicos de plantão, sendo dois clínipopulação”, informou o secretário. O Gover- cos e dois pediatras, e 26 enfermeiros, que no do Estado, por meio da Sespa, investiu R$ se revezam em turnos de 12 horas. Segundo

Urgência e Emergência

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Helio Franco, ao lado de Alexandre Padilha e Saint Clair Ferreira, anunciou a ampliação do hospital e o serviço de hemodiálise

O ministro Alexandre Padilha destacou a importância da UPA para agilizar o atendimento à população

o coordenador da UPA, médico Marcelo Silva, a unidade está preparada para atender diariamente a população de Tucuruí e de municípios próximos, com serviços de baixa e média complexidade, de urgência e emergência e pronto atendimento. “A UPA vai atender os pacientes de urgência e emergência, que poderão permanecer na unidade por até 24h em observação. Caso seja necessária a internação, nós encaminharemos o paciente para o Hospital Regional da cidade, que está preparado para atendimentos de média e alta complexidade. Além disso, haverá o pronto atendimento com consultas médicas. Se o paciente precisar, poderá ser medicado aqui mesmo”, informou o coordenador. A unidade tem espaços e equipamentos

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Em uma das dependências da UPA de Tucuruí

O prefeito do município, Saint Clair Ferreira, o ministro da saúde, Alexandre Padilha e a esposa do homenageado durante a inauguração, Oscarina Creão

para exames laboratoriais, além de aparelhos para eletrocardiograma, raio-x e ultrassom, e três leitos para alta complexidade, com todos os equipamentos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). De acordo com Marcelo Silva, a UTI atenderá aos pacientes em estado grave, até que eles sejam transferidos para o hospital de referência. Alexandre Padilha assegurou que a UPA será mantida com recursos do Ministério da Saúde, que investirá R$ 2 milhões na contratação de profissionais, compra de materiais e manutenção dos equipamentos. “Se o atendimento na unidade for considerado bom pela população, o Governo Federal pretende ampliar para R$ 3 milhões esse recurso, como forma de incentivo”, assegurou o ministro.

Mais investimentos Durante a inauguração, o secretário Hélio Franco disse que, ainda este ano, mais nove UPAs serão entregues no interior do Pará. No total, o governo investe em mais 37 unidades de pronto atendimento, com recursos do Ministério da Saúde e dos municípios. A UPA de Tucuruí é a terceira em território paraense. A primeira está no município de Capanema (no nordeste), e a segunda em Ananindeua (na Região Metropolitana de Belém). Além das UPAs, o governo paraense investe na rede de urgência e emergência no interior, conforme o Plano Estadual já apresentado ao MS, e estrutura centrais de regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

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Biopalma inaugura primeira planta de produção de óleo de palma no Pará A usina extratora, que será alimentada por energia limpa, marca início do projeto de biodiesel da Vale Fotos Antônio Silva/Ag. Pará

Helenilson Pontes,entregou ao presidente da Vale, Murilo Ferreira, a licença de operação de funcionamento da usina extratora que será alimentada por energia limpa

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Biopalma da Amazônia S.A., empresa da Vale em sociedade com o Grupo MSP, inaugurou a sua primeira usina extratora de palma (dendê), localizada no município de Moju, a 150 km de Belém. A usina é a primeira de duas unidades que serão construídas para extrair o óleo do fruto. Além disto, será construída uma planta industrial para transformar o óleo em biodiesel a partir de 2015. O investimento total é de US$ 500 milhões. O projeto tem como objetivo suprir a demanda de biodiesel para a utilização de B20 (20% de biodiesel e 80% de diesel comum) na frota de locomotivas, máquinas e equipamentos da Vale no Brasil. Hoje, a legislação brasileira estabelece o uso da mistura de, no mínimo, 5% de biodiesel (B5). A estimativa é que a utilização do B20 reduzirá a emissão de gases do efeito estufa da empresa em cerca de 20 milhões de toneladas de CO2 em 25 anos. Adicionalmente, estima-se também que 2 milhões de CO2 poderão ser sequestrados através da plantação da palma. A usina tem capacidade de extração de 120 toneladas/hora de cachos de fruto fresco (CFF), o que representa cerca de 25 toneladas/hora de óleo. A unidade já nasce com dois grandes diferenciais: é a primeira planta de extração de óleo concebida com nível inédito de automação em seus processos e, também, o maior complexo de geração de energia limpa já instalado em uma usina deste tipo no Brasil. Além disso, quase todos os resíduos formados ao longo da cadeira produtiva serão reaproveitados pela própria indústria na geração de energia renovável e no processo de adubação do plantio da palma. A capacidade de geração de energia limpa é de 11 MW, dos quais 3,5 MW serão utilizados na usina e o excedente poderá ser disponibilizado à concessionária de energia do Estado. Outro ganho ambiental gerado pela indústria é o reaproveitamento dos cachos vazios e das cinzas da caldeira, que retornarão à área agrícola para serem usados na adubação orgânica. Já o alto nível de automação da usina da Biopalma permitirá um grau elevado de segurança aos profissionais da indústria, além de ganhos com otimização de processos industriais. Um exemplo dessa automação poderá ser visto no processo de esterilização e cozimento dos frutos. Nas usinas convencionais, esta etapa é feita por profissionais que precisam acompanhar todo o andamento do processo, submetidos a ambientes com temperaturas elevadas. Com a automação, os empregados acompanharão o processo a distância, de dentro da sala de controle, medindo a qualidade do produto final. O uso da tecnologia estimulou a formação de profissionais especializados para atuarem nas funções novas. A Biopalma investiu na implantação de um centro de formação profissional em www.paramais.com.br

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A estimativa é que mais de 2 mil famílias sejam beneficiadas com esse projeto através do programa de agricultura familiar, que já utilizamos

O fruto de dendê, cujo óleo pode ser utilizado em diversos setores como cosméticos, produtos farmacêuticos, lubrificantes e alimentos e biocombustível

>>O diretor presidente da Vale, Murilo Ferreira, explicou que o Pará terá inúmeros benefícios com a instalação da usina extratora de dendê e que a capacidade de geração de energia limpa é de 11 MW, dos quais 3,5 MW serão utilizados na usina e o excedente poderá ser disponibilizado à concessionária de energia do estado. O projeto também irá promover desenvolvimento na região, gerando emprego e renda para a população. “A nossa estimativa é que mais de 2 mil famílias sejam beneficiadas com esse projeto através do programa de agricultura familiar, que já utilizamos. Os agricultores interessados irão disponibilizar 10 hectares em sua propriedade familiar para o plantio de dendê e receberão da Biopalma assistência técnica gratuita e garantia de compra da matéria-prima para os próximos 30 anos de produção”, ressaltou.

O prefeito de Moju, Iran Lima (e), o vicegovernador, Helenilson Pontes (c), o presidente da Vale, Murilo Ferreira (d) e diretores

Moju, onde qualificou e treinou seus novos empregados que vão atuar na usina extratora. Os operadores treinados, oriundos da própria região, foram capacitados nos cursos de elétrica e mecânica, focados na manutenção industrial.

Recuperação ambiental

A Biopalma já possui cerca de 50 mil hectares plantados com palma. Até 2013, serão 80 mil ha plantados e outros 90 mil ha destinados à reserva legal e à área de preservação permanente. Vale ressaltar que a implantação das áreas de cultivo foram realizadas em locais antes cultivados por pastagem e áreas abandonadas. Portanto, é um projeto com 100% de recuperação de áreas degradadas. A Biopalma possui cinco polos agrícolas na região do Vale do Acará e Baixo Tocantins, no nordeste do Pará, e será responsável pela produção de 600 mil toneladas de biodiesel em 2019, quando a lavoura atingir sua maturidade.

Desenvolvimento socioeconômico

Além do foco na recuperação e preservação ambiental, o projeto do biodiesel irá promover desenvolvimento na região, por meio da geração de emprego e renda. www.paramais.com.br

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O Carimbó animou a cerimônia de inauguração da Biopalma da Amazônia

Os agricultores interessados irão disponibilizar 10 hectares em sua propriedade familiar para o plantio de dendê

nos três primeiros anos do plantio até o início da colheita. Os agricultores interessados disponibilizam 10 hectares em sua propriedade familiar para o plantio de dendê e recebem da Biopalma assistência técnica gratuita e garantia de compra da matéria-prima durante os próximos 30 anos de produção. Paralelamente, para fortalecer a agricultura familiar junto aos produtores atendidos pelo programa, a Biopalma faz o acompanhamento e fornece o suporte técnico necessário para o desenvolvimento da produção agrícola pelas famílias, uma vez que elas também cultivam outras culturas na mesma propriedade, como frutas, aves etc.

Pará Em fevereiro de 2010, a empresa lançou o Programa de Agricultura Familiar, que tem como meta envolver duas mil famílias com o plantio de dendê até 2013. Atualmente, este programa já beneficia 124 famílias de agricultores e mais 500 estão em fase de cadastramento. Os agricultores são financiados com linhas de crédito do Pronaf-Eco Dendê - um programa do governo federal, por meio do Banco da Amazônia, para a aquisição de mudas, manutenção da plantação e necessidades de subsistência

O Pará é o maior produtor de óleo de palma do Brasil, com atividades que correspondem a 95% da produção nacional. Este óleo pode ser utilizado em diversos setores como cosméticos, produtos farmacêuticos, lubrificantes e alimentos, sendo que, para o uso de biocombustível, está comprovado que a palma possui a melhor produtividade (tonelada por hectare) entre as oleaginosas. A soja, principal matéria-prima do biodiesel brasileiro, possui uma produtividade 10 vezes menor que a palma e é mais intensiva no uso da terra. Pará+

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Na Região de Integração do Baixo Amazonas, o produto de destaque é a castanha do Brasil, popularmente conhecida como castanha do Pará

Produtos florestais geram renda e aquecem a economia no Pará

Texto Flávia Ribeiro Fotos Nivaldo Silva

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rodutos extraídos da floresta estão gerando renda no mercado paraense e conquistando consumidores nacionais e internacionais. É o que mostra o estudo “Cadeias de Comercialização de Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNM)”, desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp), com a parceria do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor). O estudo considera análises socioeconômicas das cadeias de comercialização dos PFNM para as Regiões de Integração do Baixo Amazonas, Guamá, Rio Caeté, Xingu e Marajó. “Os diagnósticos dos PFNM descortinam uma economia invisível até então, demonstrando que no seu entorno existe uma grande movimentação de mão de obra e geração de renda, contribuindo para a valorização dos ativos florestais como alternativa sustentável ao desenvolvimento da região”, ressalta Cassiano Ribeiro, diretor de Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural do Idesp. 38

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O açaí, adquire expressão estadual, nacional e até internacional… www.paramais.com.br

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Os relatórios permitem identificar possibilidades produtivas locais e regionais, entraves tecnológicos, necessidades de investimentos (de curto e longo prazo), regularização e especialização dos agentes locais e regionais, além de apontar produtos que não constam das estatísticas oficiais ou que são subestimados, e dar recomendações para melhorar a cadeia produtiva e ampliar a geração de renda. “O diagnóstico permite ainda uma análise regionalizada sobre a importância dos PFNM. Assim, alguns produtos apresentam importância local, como os fitoterápicos, artesanatos e óleos, geralmente tendo como principal canal de escoamento as feiras nos municípios. Outros produtos, como o açaí, adquirem expressão estadual, nacional e até internacional, e exigem canais mais sofisticados de transformação e comercialização”, destaca CassianoRibeiro. Os estudos identificaram que, na Região de Integração do Baixo Amazonas, o produto de destaque é a castanha do Brasil, popularmente conhecida como castanha do Pará, gerando uma renda bruta de R$ 71 milhões, sendo que 67% desse valor circularam fora do Estado. Na Região do Guamá, o destaque ficou com o açaí, com 85% da renda bruta, de R$ 88 milhões, circulando dentro do Pará. O produto também se sobressaiu nas regiões do Marajó e Rio Caeté, gerando, respectivamente, R$ 690 milhões, com 52% de circulação na região, e R$ 16 milhões, com 27% circulando fora do Estado. No Xingu, o cacau amêndoa é o principal produto, gerando R$ 1,54 bilhão, com 52% desse montando circulando fora do Pará.

Fortalecimento

Os resultados obtidos subsidiarão o Ideflor em ações que visam o fortalecimento das cadeias desses produtos. “Dentro da estratégia do Ideflor de recuperação de áreas alteradas e reflorestamento pautado em Sistemas Agroflorestais (SAF), o estudo de não madeireiros dá embasamento para que possamos discutir com os comunitários quais serão as espécies com fins comerciais que poderão ser inseridas nas ações”, informa Edson Cruz Barbosa, coordenador da Gerência de Promoção da Economia do Ideflor. Segundo Barbosa, o objetivo do estudo é reproduzir a cadeia de comercialização desses produtos, mostrando em que nível (local, regional e nacional) estão os recursos produzidos a partir dos mesmos. “O estudo vai beneficiar toda a população paraense, mas principalmente estudantes, pesquisadores de áreas afins, agricultores e extrativistas, principalmente os povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares (PCTAF) do Estado do Pará, que

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malva, taperebá, carvão e pupunha. Renda Bruta Total (RBT) gerada e circulada: R$ 99,5 milhões. Outro destaque: Palmito

podem vislumbrar agora a força das cadeias de comercialização dos produtos oriundos de suas regiões”, enfatiza.

Resumo em números do estudo realizado

- Região de Integração: Baixo Amazonas Número de municípios: 12 Total de produtos identificados: 63 • Alimentícios: 14 • Fármaco e cosméticos: 31 • Artesanatos e utensílios: 14 • Derivados da madeira: 3 • Derivado animal: 1 Principal produto: Castanha do Brasil (R$ 71 milhões), 67% de renda bruta gerada e circulada fora do Pará Outro destaque: Açaí (R$ 12,7 milhões) e 100% de renda gerada e circulada somente no Baixo Amazonas. Outros produtos: Cipós, sementes de cumaru, cacau, amêndoa, malva, tucumã fruto e copaíba. Renda Bruta Total (RBT) gerada e circulada: R$ 99,4 milhões.

- Região de Integração: Guamá Número de municípios: 18 Total de produtos identificados: 31 • Alimentícios: 17 • Fármaco e cosméticos: 9 • Artesanatos e utensílios: 2 • Derivados da madeira: 2 • Derivado animal: 1 Principal produto: Açaí (R$ 88 milhões), 85% de renda bruta gerada e circulada no Pará. Outro destaque: Cacau (R$ 2 milhões) e 64% de renda gerada e circulada fora do Pará. Outros produtos: muruci, urucum, mel,

No Xingu, o cacau amêndoa é o principal produto

- Região de Integração: Marajó Número de municípios: 16 Total de produtos identificados: 55 • Alimentícios: 17 • Medicinais, fármaco e cosméticos: 19 • Artesanatos e utensílios: 14 • Derivados da madeira: 4 • Derivado animal: 1 Principal produto: Açaí (R$ 690 milhões), 52% de renda bruta gerada e circulada no Marajó. Outro destaque: Palmito (R$ 460 milhões) e 44% de renda gerada e com circulação fora do Pará. Outros produtos: Castanha do Brasil, bacaba, bacuri, artesanato regional, utensílios e cupuaçu. Renda Bruta Total (RBT) gerada e circulada: R$ 750 milhões.

- Região de Integração: Rio Caeté Número de municípios: 15 Total de produtos identificados: 34 • Alimentícios: 10 • Medicinais, fármaco e cosméticos: 13 • Artesanatos e utensílios: 8 • Derivados da madeira: 2 • Derivado animal: 1 Principal produto: Açaí (R$ 16 milhões), 27% de renda bruta gerada e circulada fora do Pará Outro destaque: Bacuri (R$ 1,3 milhão) e 95% de renda gerada e circulada somente no Rio Caeté. Outros produtos: Buriti, mel, malva e carvão. Renda Bruta Total (RBT) gerada e circulada: R$ 22 milhões. - Região de Integração: Xingu Número de municípios: 10 Total de produtos identificados: 46 • Alimentícios: 14 • Medicinais, fármaco e cosméticos: 21 • Artesanatos e utensílios: 8 • Derivados da madeira: 2 • Derivado animal: 1 Principal produto: Cacau amêndoa (R$ 1,54 bilhão), 52% de renda bruta gerada e circulada fora do Pará Outro destaque: Cacau fruto (R$ 1,38 milhão) e 98% de renda gerada e circulada somente no Xingu. Outros produtos: Castanha do Brasil, urucum, açaí fruto, palmito, taperebá e muruci Renda Bruta Total (RBT) gerada e circulada: R$ 1,56 bilhão. SERVIÇO - OS RELATÓRIOS DO ESTUDO ESTÃO DISPONÍVEIS NOS SITES (WWW.IDEFLOR.PA.GOV.BR) (WWW.IDESP.PA.GOV.BR) Pará+

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Severa Romana

A mártir da honra que virou Santa no imaginário

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defesa da dignidade se fez tragédia, o martírio se fez mistério esposa de seu amigo. Na noite do dia 02 de julho de 1900, sabendo que e o milagre da fé criou um fenômeno. No início do século XX, o soldado Pedro ficaria de sentinela no quartel, o cabo seguiu até sua casa uma jovem era submetida ao horror de perder a vida, lutando sob o pretexto de jantar. Logo após servida a refeição, investiu contra Severa, para não ser ultrajada. Morreu simplesmente para se tornar tentando possuí-la a força. Diante da veemente recusa da jovem, o militar uma lenda. Talvez a maioria dos belenenses não saiba precisar como surgiu muniu-se de uma navalha e feriu-a mortalmente o mito de Severa Romana, mas uma coisa é certa: nem mesmo o decurso do A notícia do crime se espalhou rapidamente pela cidade, deixando tempo conseguiu apagar a chama desta enigmática e inquietante figura. os moradores de Belém estarrecidos como nunca antes. A vítima imediataEram os idos de 1900. Atravessava-se, então, o sempre perturba- mente passou a ser reverenciada pela população como “mártir da fidelidade dor período de mudança de século. O medo de matrimonial”. A mobilização foi tanta que, em pouco que o mundo fosse acabar no final do mês de tempo, conseguiu-se verba para a construção de um dezembro varria o planeta. Na Europa, nos Esmausoléu luxuoso para os padrões em vigor, em cuja tados Unidos, no Brasil, por todos os lugares, lápide foi inscrita a seguinte legenda: “Severa Romaenfim, crescia a necessidade de se buscar o na Pereira – Assassinada em defesa de sua honra, transcendental, algo que alentasse as incerteno dia 02 de julho de 1900. Homenagem popular à zas que a nova época trazia. Em torno daqueVirtude Heróica”. Políticos, artistas, todas as mais les anos articulam-se os elementos de uma eminentes figuras da época acompanharam o corhistória que movimentaria Belém como poucas tejo até o cemitério Santa Izabel. Por longas horas vezes já se vira. acalorados discursos foram proferidos beira túmulo, Filha de imigrantes italianos, Severa exaltando a santidade daquela moça que, mesmo Romana Pereira desde cedo habituara-se a grávida, preferira se deixar vitimar a trair o marido. Carlos Correia Santos difícil realidade de morar no que se conhecia Não é de se surpreender que, pouco temcomo estâncias: antigo sistema de habitação po depois, notícias de milagres operados por Severa coletiva em precários quartos de madeira, muito comum na cidade naquele tenham começado a eclodir por todo o Pará. Graças invariavelmente relacioperíodo. Sua mãe era lavadeira, tendo como freguesas as alunas do Colégio nadas a problemas familiares. O mito estava criado e não sucumbiria mesmo Santo Antônio, dirigido pelas irmãs Dorotéias. Ao longo de sua infância e ado- depois de um século. O túmulo de Severa Romana ainda hoje é um dos mais lescência, Severa era transportadora dessa roupa e foi graças ao contato com visitados pelos paraenses no dia de finados. as freiras que aprendeu a ler e escrever, norteada pelos ditames da fé católica. “Severa Romana”, de Bio Uma de suas mestras foi Madre Estefânia Castro, falecida aos 97 anos de Souza, Rael Hélyan e Sue Pavão idade no ano de 1959. A religiosa é apontada como uma das principais res– 2006, (Documentário), em imagem de Dirceu Maués ponsáveis por ter transmitido a futura milagreira a importância da fidelidade, entre os deveres conjugais. Aos 17 anos, Severa passa a viver maritalmente com um jovem também de origem modesta, o soldado Pedro Cavalcante de Oliveira, fixando morada numa pobre barraca na rua João Balby, no trecho entre as avenidas hoje conhecidas como Alcindo Cacela e 14 de Março. O terreno atualmente é ocupado pelo Edifício Antônio Júnior. Após dois anos de relacionamento, a jovem engravida. Estava no sétimo mês de gestação, quando o marido a apresenta ao cabo Antônio Ferreira dos Santos, que se encontrava em Belém transferido do 35º Batalhão B.I. (Ceará). O casal decide fornecer refeições e roupa lavada ao militar mediante módico pagamento. Antônio Ferreira não tardou em ficar fascinado com a beleza da

“Misturada entre a brutalidade de um crime e o fascínio exercido pelo sobrenatural, a figura de Severa Romana sobrevive incólume no lendário do Pará. “

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Jornalistas foram os primeiros a acender velas para Severa A Província do Pará foi um veículo chave para consolidar o mito de Severa Romana. Na semana seguinte ao crime, o jornal foi o único a fazer uma ampla cobertura daquele brutal e, até então, incomparável assassinato. Inflamados pela barbaridade do acontecido, os repórteres da Província escreveram extensos artigos que mobilizaram a opinião pública, não deixando o caso passar despercebido. A seguir a reprodução de alguns trechos destas matérias: “Uma fera fardada – A confissão do crime” (...) Muitas vezes, quando o soldado ficava de serviço no quartel, o cabo traidor e ingrato, aproveitava essa oportunidade para tentar a sedução da esposa laboriosa (...), que na ausência do marido se entregava aos afazeres domésticos. Eram porém infrutíferas essas tentações revoltantes do cabo desleal, porque (...) sempre encontrava a mais repreensiva frieza da parte de Severa, cujo nome bem caracterizava a sua honestidade perfeita e energia admirável. (...) O cabo em que a paixão (...) cada vez mais aumentava (...) atirou-se a uma conquista decisiva, na loucura recriminável de satisfazer seus desejos bestiais. (... )Antônio Ferreira dos Santos tem 39 anos de idade, é natural de Ceará e tem todos as características de assassino nato. Ontem, depois de ter cometido o delito, o facínora marchou friamente para o quartel, entregando-se para o Alferes Carneiro e comunicando ao seu superior o que acabara de fazer” (A Província do Pará – Terça-feira, 03 de julho de 1900 – pag. 03). “Sátiro assassino” Os leitores ficaram sem dúvida horrorizados ante a narrativa do assassi-

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nato cruel de Severa, a esposa infeliz do soldado Pedro Cavalcante (...) O assassino passou a noite na prisão dormindo tranqüilamente. Ainda ontem vestia a mesma roupa com que se achava por ocasião do crime. Várias famílias (...) mandaram ontem cobrir de flores a sepultura onde foi enterrada a infeliz Severa” (A Província do Pará – Quarta-feira, 04 de julho de 1900 – pág. 02) “Heroína da honra” Continua a mover-se, com a mais simpática presteza em torno ao nome de Severa, a generosidade pública (...) no intuito de angariar a soma precisa para a compra do túmulo em que repousam os despojos da honesta esposa. Como têm visto os nossos leitores, a nossa idéia encontrou o mais pronto acolhimento nos corações bem formados e afeitos à prática do bem. As nossas informações sobre este assunto têm produzido a natural impressão no espírito público, cuja manifestação em favor de Severa tem sido unânime. Ontem à tarde, distribuíram-se pela cidade muitos exemplares do seguinte boletim: ‘Uma heroína – preito a virtude’ (... ) apoteose devida a Mártir dos Deveres Conjugais” (A Província do Pará – Domingo, 08 de julho de 1900).

A imagem do mistério Todo esse mito torna-se ainda mais instigante com o fato de que não existem fotos de Severa Romana. Mesmo na época de seu assassinato, o povo jamais teve a noção exata das feições da “Mártir dos Deveres Conjugais”. O retrato feminino que os visi-

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Túmulo de Severa Romana no cemiterio de Santa Isabel

Cena do espetáculo Severa Romana, de Wagner Ataíde e Soane Guerreiro

Ainda no espetáculo Severa Romana

tantes se acostumaram a ver no cruzeiro sobre a lápide de Severa, no cemitério Santa Izabel, na verdade, é o de uma devota carioca que alcançou uma graça junto a jovem milagreira. Em agradecimento, a fiel deixou na sepultura sua própria fotografia.

Severa podia ter sido a primeira santa paraense

A terra de uma das mais fortes e impressionantes manifestações religiosas do mundo, o Círio de Nazaré, já tentou a sagração de uma santa nascida na região. A jornalista e estudiosa da vida de Severa Romana, Maria de Belém Menezes, revela que na década de 70, por iniciativa de Raimundo de Souza Moura (então Ministro do Superior Tribunal do Trabalho) foi iniciada uma campanha em prol da canonização de Severa. Uma das mais atuantes componentes do grupo que se dedicou ao projeto, Maria de Belém afirma ter se debruçado sobre várias peças que envolviam o caso. “Após muito trabalho, conseguimos achar nos arquivos do Tribunal o processo sobre o assassinato. Ainda hoje, inclusive, tem-se guardada a navalha que o cabo usou no delito”. A idéia era reunir um vasto material que seria endereçado ao Vaticano para a abertura dos trâmites religiosos. A canonização, porém, esbarrou em dois pontos delicados para a doutrina católica: Severa nunca fora batizada nem se casara oficialmente com Pedro Cavalcante. “Foi uma lástima ter de interrom-

EXPRESSO VAMOS + LONGE POR VOCÊ ! 42

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per o processo. Os casos de milagres de Severa são muitos”. Um, em especial, chama a atenção de pesquisadora. “Anos atrás, um homem que tinha sérios problemas com bebidas pediu a milagreira a graça de abandonar o álcool. Afirmando ter sido atendido, trabalhou gratuitamente como zelador do túmulo de Severa até a morte”. Nota: Matéria feita com a preciosa colaboração de Maria de Belém Menezes (*) CARLOS CORREIA SANTOS é pesquisador e escritor premiado nacionalmente, autor, dentre outras obras, das peças “Nu Nery”, “Ópera Profano” e do romance “Velas na Tapera”. Para mais informações acesse os blogs: http://nadasantostudoalma.blospot.com http://mesmoquenaoqueiraseutecontos.blogspot.com

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SÉRGIO MARTINS PANDOLFO*

(*) Médico e Escritor. ABRAMES/SOBRAMES

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O PRÍNCIPE PERPÉTUO DOS POETAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

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10 de junho comemora-se, em todo o mundo lusófono, o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas, dia consabido da morte do grande poeta, cuja feita natalícia até hoje se ignora: conquanto Manuel Faria e Souza, um de seus mais fecundos e percucientes estudiosos precise o ano de 1524, o dia ninguém conhece. Quando se fala em Camões logo vem à tona, ou à mente, seu opus magnum Os Lusíadas, épico inexcedível sobre a saga das conquistas lusitanas de ultramar.

Retrato de Camões em esmalte de Limoges, atribuído a Jacques Laudim (1625-1695)

Mas Camões não foi somente isso. A lírica camoniana está composta de numerosas outras formas de versejar, tais qual o soneto. O sôbolo bardo lusitano foi, a nosso ver, o maior de todos ao longo dos tempos, fato, aliás, reconhecido por ninguém menos que o idiocêntrico Bocage, um sonetista de escol, virtuoso e primoroso, que a ele assim se refere em sentidos versos seus: “Modelo meu tu és... Mas, ó tristeza!.../ Se te imito nos transes da ventura,/ Não te imito nos dons da natureza”. Inobstante a vasta e variada coletânea poética que deixou, sua segunda obra de primeira grandeza, segundo o próprio vate – Parnaso –, coletânea lírica que ultimava para levar ao prelo lhe fora furtada e nunca encontrada, o que deu azo a que numerosas composições lhe tenham sido atribuídas postumamente, sem comprovação, bem como poesias reivindicadas por outros poetas, coevos ou pósteros, lhe terem sido deferidas, também post mortem, pelo estilo e linguagem, posto que dominava como ninguém o idioma, valendo-se à farta, e com perfeição, de figuras tais o hipérbato, a silepse..., e vocabulário personalista que chegava a quase configurar um idioleto. Camões é, para nós, o Príncipe Perpétuo dos Poetas da Língua Portuguesa. O poeta, em que pese a estatura de sua genialidade, viveu pobre e miseravelmente morreu. Seus restos mortais estão no Mosteiro dos Jerônimos, em Lisboa, onde repousam os grandes de Portugal, ao lado de Vasco da Gama, do cenotáfio (urna vazia) reservado a D. Sebastião e do outro grande mágico do verso e do verbo, Fernando Pessoa. Veja-se a satiridade, a mordacidade, a jorrar em bicas, pari passu com a “aula filosófica” neste improviso do aedo, no qual se vale da figura metafórica de uma ave, o perdigão (macho da perdiz), a estigmatizar um alguém de seu meio, para tal cometimento:

“Numa mão sempre a pena e noutra a espada”.

Camões

ganha a pena do tormento. Não tem no ar nem no vento asas com que se sustenha: não há mal que lhe não venha. Quis voar a ûa alta torre mas achou-se desasado; e, vendo-se depenado, de puro penado morre. Se a queixumes se socorre, lança no fogo mais lenha: não há mal que lhe não venha. (Moral da história: se a gente está na pior e se lamenta, aumenta mais o sofrimento).

Perdigão perdeu a pena, Não há mal que lhe não venha. VOLTAS Perdigão, que o pensamento subiu em alto lugar, perde a pena do voar, www.paramais.com.br

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Túmulo de Camões nos Jerônimos sergio.serpan@gmail.com serpan@amazon.com.br www.sergiopandolfo.com Pará+

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O Verde facilita o desempenho criativo Pesquisa feita por cientistas alemães revela que exposição à cor verde leva a criação de soluções mais criativas e interessantes.

Para estimular a criatividade…

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m estudo recente feito na Alemanha revelou que a exposição à cor verde pode estimular a criatividade. De acordo com a pesquisa publicada no Personality and Social Psychology Bulletin, cientistas da Universidade Ludwig-Maximilians, de Munique, �izeram testes com 69 homens e mulheres, perguntando-lhes quais seriam os usos que dariam para um tijolo. As respostas foram codi�icadas com diferentes valores para medir o grau de criatividade. Soluções como “construir uma parede” receberam menos pontos. Já usos como “fazer o tijolo virar pó, misturar com água e usar como aquarela para pintar” foram classi�icados como mais criativos. Antes de responderem à pergunta, os participantes eram expostos a desenhos de retângulos azuis, cinzas, verme-

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lhos e brancos e outros verdes. Aqueles que viram as imagens verdes se saíram melhor no teste.

Para a autora da pesquisa, Stephanie Lichtenfeld, “o verde pode servir como uma pista que evoca a motivação de um esforço para autossuperação e o domínio de tarefas, que por sua vez podem levar ao crescimento”. A cientista deixou claro que a in�luência da cor é sutil e que os resultados ainda são iniciais, mas para aqueles que quiserem testar por si mesmos, informa que o tom de verde mais usado no estudo foi semelhante ao que é encontrado na natureza, como em pinheiros. Quanto a pintar paredes de escritórios de verde, para estimular os funcionários, por exemplo, Lichtenfeld recomenda cautela. “O bene�ício depende muito das tarefas que as pessoas estão fazendo. Em alguns setores o vermelho pode ter um impacto interessante também, de estimular a interação entre a equipe. O verde poderia ser útil quando as atividades dependem muito da criatividade”. Veja como outras cores podem afetar o ser humano:

Vermelho

Pesquisa publicada no Personality and Social Psychology Bulletin

Com potencial para causar efeitos negativos e positivos, o vermelho é uma cor que deve ser usada de forma estratégica. Estudos já revelaram que por suscitar um medo do fracasso, a cor não deve ser experimentada momentos antes de provas. No entanto, outra pesquisa indicou que times que usam uniformes vermelhos têm mais chance de vitória. Outro efeito tradicional é um aumento de atratividade das mulheres que vestem vermelho.

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Amarelo O amarelo é associado ao estímulo do bom humor e pode ajudar a aumentar a capacidade de concentração e foco, podendo ser usado em escritórios. Um estudo analisou convidados de três coquetéis em salas pintadas de amarelo, vermelho e azul, revelando que os que estavam no ambiente amarelo eram mais animados e falantes.

Azul

No mesmo estudo dos coquetéis, pesquisadores descobriram que aqueles que estavam na sala pintada de azul foram os que �icaram até mais tarde. O motivo? A cor deixaria as pessoas mais confortáveis e à vontade. A cor pode ser usada em quartos, pelo efeito calmante e relaxante, que pode até apaziguar a frequência cardí-

aca. Assim como o verde, também pode estimular a busca por soluções criativas. Eu amo a cor verde. Acho que é fresco, renovador, revigorante e relaxante

Rosa

O pensamento inovador parece ser estimulada pela cor verde

Embora seja associada com imagens de doçura, feminilidade e leveza, o rosa nada mais é do que um tom mais claro de vermelho, e por isso ainda é um forte estimulante. Para obter efeitos calmantes e relaxantes o ideal é o azul ou o verde.

Branco

Estudos passados identi�icaram associações desta cor com autoritarismo, esterilização, amplitude e pureza, dentre outros. Mas também há ligações com enjoos, náusea, fadiga e dores de cabeça. A cor deve ser evitada em escritórios, por exemplo, ou ao menos estar lado a lado com elementos coloridos para servirem de “descanso” ao olho humano.

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Região amazônica concentra maior probabilidade de

uso de mão-de-obra escrava no país Estudo aponta pelo menos vinte municípios com alto grau de probabilidade de trabalho escravo nas regiões fronteiriças da Amazônia legal Texto Anaïs Fernandes Fotos Nivaldo Silva

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ará, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso são os estados com maior “Probabilidade de Trabalho Escravo”. O índice e a conclusão são resultados da pesquisa de um grupo de geógrafos professores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) que lançou, neste ano, um atlas com mapas e análises sobre a distribuição, os fluxos, as modalidades e os usos do trabalho escravo em todos os âmbitos brasileiros, municipal, estadual e regional. Foi levado em consideração o trabalho escravo contemporâneo que se dá no campo. O projeto é uma iniciativa da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público “Amigos da Terra – Amazônia Brasileira”, com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O “Atlas do Trabalho Escravo no Brasil” pode auxiliar a implementação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 438/2001, originária do Senado e aprovada em 22 de maio passado pelo Plenário da Câmera, que autoriza a expropriação de imóveis rurais e urbanos em que seja encontrado trabalho escravo. O objetivo da pesquisa era não apenas diagnosticar e denunciar um fenômeno que há séculos perdura no Brasil, mas, também, apresentar instrumentos que possam ser usados por gestores públicos e sociais. Para isso, foram elaborados dois novos índices: o já citado Índice de Probabilidade do Traba46

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lho Escravo e o Índice de Vulnerabilidade ao Aliciamento. O primeiro possibilita detectar regiões em que, por diversos fatores políticos, econômicos e sociais, a chance de haver trabalho escravo é grande. O levantamento de tal exploração feito pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) depende de denúncias – dificultadas pelo difícil acesso a algumas regiões com trabalho escravo –, e, por isso, não consegue localizar todas as situações de escravidão no país. O novo índice permite o planejamento da atuação nesses locais sem que, no entanto, ações já tenham sido anteriormente lá executadas. Já o Índice de Vulnerabilidade ao Aliciamento estabeleceu a origem dos trabalhadores em regime de escravidão, de forma a orientar políticas públicas que possam proteger e alertar essas pessoas em suas cidades natais. Embora, de forma geral, a mão de obra explorada seja proveniente de todas as regiões do país, o estudo observou uma área de concentração principal: Maranhão, Piauí, extremo norte do Tocantins (o “Bico do Papagaio”) e o nordeste paraense. Outra região importante é a do Polígono das Secas, principalmente ao noroeste de Minas Gerais e centro-oeste da Bahia. A pesquisa desenhou também o perfil típico do brasileiro que em pleno século 21 é submetido a esse regime: migrante maranhense, do norte de Tocantins ou oeste do Piauí; do sexo masculino; analfabeto funcional, que foi levado para as fronteiras móveis da Amazônia, em municípios de criação recente, onde é utilizado principalmente em atividades vinculadas ao desmatamento.

Neli Aparecida de Mello-Théry, uma das pesquisadoras da equipe, destaca a estreita relação entre desmatamento e trabalho escravo na Amazônia, região cuja ocupação

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ocorre de forma desordenada. “A Amazônia ainda é pública, tem muita terra do Estado lá”, afirma Neli. Segundo o atlas, no território amazônico, atualmente 21% das terras são oficialmente devolutas, outras 21% estão sob disputa – é nelas que acontece a maioria dos conflitos de terra e emprego de trabalho escravo –, 4% são privadas e os restantes 43% são áreas protegidas, como reservas indígenas e unidades de conser-

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vação. Os 42% devolutos ou em disputas representam terras da União. Mas Neli contesta: “Nos cadastros de terras públicas não se mexe e o governo não sabe o que está registrado. O cadastro brasileiro de terras é muito ruim e quanto menos informação correta, mais a coisa fica como está”. O quadro de não-governança estabelecido na região deixa trabalhadores vulneráveis a aliciadores de mão-de-obra escrava. Demais atividades como cuidados com o pasto e aquelas ligadas à carvoaria e à colheita e plantio também estão entre as que mais utilizam mão-de-obra escrava. Neli chama a atenção, no entanto, para um erro comum: a acusação categórica de exploração da força de trabalho em grandes monoculturas de soja. A produção dessa cultura é mecanizada, exigindo uma mão de obra mais especializada que não se encaixa no perfil majoritário do escravo brasileiro contemporâneo. “A colheitadeira é completamente informatizada e não tem quem consiga mexer nela sem pelo menos o ensino fundamental”, ilustra a pesquisadora. Isso não significa, no entanto, que não exista nenhum escravo a ser resgatado nessas regiões. Outra relação interessante levantada nos mapas trata da distribuição de homens e mulheres como mão de obra escrava em regiões distintas, verificada a partir de ações de combate a esse tipo de exploração. Os

Neli Aparecida de Mello-Théry, uma das pesquisadoras da equipe, destaca a estreita relação entre desmatamento e trabalho escravo na Amazônia

homens são maioria (valores até 50% superiores aos de mulheres) por toda a região Centro-Oeste e amazônica, contrapondo-se à predominância feminina na faixa litorânea do Brasil. Notou-se que mais escravos são libertos, e logo a exploração é mais presente, em regiões com maior concentração de homens. Simultaneamente, áreas com baixa taxa de masculinidade predominam como região de origem dos trabalhadores escravizados.

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Desmatamento zero líquido no Pará Texto Antônio Silva e Rodolfo Oliveira/Ag. Pará

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esmatamento zero líquido no Pará até o ano de 2020. Este foi o compromisso que o governador Simão Jatene assumiu na Rio+20, o compromisso de Desmatamento zero líquido no Pará até o ano de 2020. “O desmatamento líquido funciona da seguinte forma: qualquer área desmatada deverá ser compensada pelo plantio de floresta nativa. Ou seja, qualquer desmatamento terá de ser compensado com a restauração do que foi derrubado em alguma outra área já alterada”, explicou o governador. O pronunciamento de Jatene foi feito no Espaço Humanidade, durante um bate-papo mediado pelo pesquisador sênior do Instituto do Homem e do Meio Ambiente (Imazon), Beto Veríssimo, que teve como participantes o prefeito de Paragominas, Adnan Demacki, o procurador do Ministério Público Federal do Pará, Daniel Azeredo, e o presidente do Sindicato Rural de Paragominas, Mauro Lúcio Costa. O governador paraense explicou que esta nova meta de desmatamento zero no Estado se dará através do que foi

O pronunciamento de Jatene foi feito no Espaço Humanidade

pactuado no Programa Estadual Municípios Verdes. “Desde que o programa foi lançado no Pará nós já conseguimos reduzir o índice de desmatamento de seis para três mil quilômetros quadrados no período de um ano. Precisamos ir além e ter coragem para cumprir essa

O governador Simão Jatene assumiu na Rio+20, o ocompromisso de Desmatamento zero líquido no Pará até o ano de 2020 48

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meta de desmatamento zero até 2020. Para isso, é necessário fazer uma tripla revolução: pelo conhecimento, pela produção e por novas formas de gestão e governança”, enfatizou. Para reduzir o desmate, o programa – criado em 2011 a partir da experiência de Paragominas – tem como linha de base a média anual de 6.255 Km² de desmatamento (1996-2005), na mesma linha da meta federal. Essa redução se dará em duas etapas, com uma diminuição para 2.104 Km² até 2015 e depois para 1.233 Km2 até 2020, com a possibilidade de chegar a cerca de 300 Km² já nesta data. A partir daí deverá vigorar o desmatamento líquido zero. “Sabemos que é praticamente impossível zerar totalmente o desmatamento, pois sempre haverá alguns resquícios, seja uma usina, ou uma obra de infraestrutura. A diferença é que, a partir de 2020, qualquer desmatamento terá de ser obrigatoriamente compensado com a restauração (replantio) do que foi derrubado em alguma outra área já alterada. E isso www.paramais.com.br

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e acordo com o governador, existem hoje cerca de 33 milhões de hectares de áreas abertas (desmatadas) da Floresta Amazônica no estado. Desse total, cerca 1,5 milhão de hectares são usados para a produção agrícola. Cerca de 31 milhões estariam, segundo ele, ocupados pela agropecuária, abandonados ou subutilizados. “O uso dessa área já aberta é muito baixo e podemos elevar a produtividade, mas precisaremos experimentar o que chamo de tripla revolução, que é pelo conhecimento, pela produção e por novas formas de gestão e governança e alguns municípios estão provando que isso é possível.” O pesquisador da Fundação Imazon Adalberto Veríssimo acredita que o desmatamento zero no Pará é possível e, se for concretizado, vai gerar mais renda e emprego para a região. “Conseguimos reduzir, em três anos, 50% do desmatamento e, hoje, a sociedade está cada vez mais consciente de que não é preciso desmatar mais para crescer. É possível manter a floresta e aproveitar bem todas as áreas que já foram desmatadas, que são muitas.”

só será aceito com espécies nativas da região”, explicou o governador Simão Jatene. Com o anúncio do governador, o Estado do Pará torna-se o primeiro da Amazônia a adotar metas mais ousadas e ir mesmo além da meta nacional, que prevê a redução de 80% do desmatamento na Amazônia até 2020. De acordo com o plano de governo, a meta da redução do desmatamento será atingida com a criação, nos próximos anos, de uma série de mecanismos para conter o desmatamento ilegal com novos sistemas de monitoramento, fiscalização, incentivos à economia de base florestal e aumento da eficiência das atividades como a pecuária. Para o período de 2012 a 2014, o Governo do Pará estabelecerá um núcleo de fiscalização estratégica de combate ao desmatamento e degradação florestal em conjunto com parceiros do programa. www.paramais.com.br

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A meta ousada foi anunciada na Rio+20

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Qualidade do conteúdo é o diferencial do livro digital e do impresso

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O fazer a palestra de abertura do 3º Congresso Internacional CBL do Livro Digital, recentemente no auditório da Fecomercio, em São Paulo, o presidente da IPA (International Publisher Association) e do Comitê de Gerenciamento da Elsevier, Youngsuk Chi, salientou que o livro impresso não é ameaçado pelo e-book. “O essencial será sempre a qualidade. O trabalho do editor será fazer com que os conteúdos sejam confiáveis e bons”. Para Youngsuk Chi, o livro digital não acabará com o impresso porque a leitura vai além do formato, pois as pessoas leem em várias mídias. “O essencial é o conteúdo e sua acessibilidade. O e-book agrega a possibilidade de, ao mesmo tempo, podermos ler, visualizar imagens e ouvir sons”. Youngsuk Chi lembrou que o momento da virada do preço surgiu com a internet, que gerou massa e fez com que os dispositivos ficassem mais acessíveis. “Hoje, contudo, as pessoas querem conteúdo gratuito, mas isso precisa ser pago por alguém, como um patrocinador. E de nada adianta termos muito conteúdo disponível, como já ocorre, se corremos o risco de encontrar material de qualidade questionável”. Nesse aspecto, evidenciase a importância do trabalho do editor de fazer com que os conteúdos sejam confiáveis e de qualidade.

Evolução

A revolução digital é apenas uma evolução, ressaltou Youngsuk Chi, explicando

Karine Pansa, Presidente da CBL, no 3º Congresso Internacional CBL do Livro Digital

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que a imprensa de Gutemberg, há cerca de 550 anos, impôs os mesmos desafios à sociedade da época que os e-books estabelecendo agora. “Com a internet, surgiram várias comunidades e a informação foi democratizada, o conhecimento ficou bem mais distribuído. O Google calcula que antes da internet havia 130 milhões de títulos de livros disponíveis. Depois de seu advento, o número passou para 676 milhões. Surgiram novos leitores e autores como resultado das novas possibilidades, inclusive escritores que publicam seus livros sem a intervenção das editoras”. Segundo o presidente da IPA, as editoras já não fazem parte apenas do mundo da edição impressa. Elas expandiram sua atuação para o meio digital e são parceiras das empresas de tecnologias que disponibilizam tais meios de interação entre leitores e os livros. “Haverá uma guerra pela disputa de quem será o curador do conteúdo digital, aquele que irá controlar os modelos de negócios criados neste momento e ainda não finalizados”. Nesse novo cenário, será preciso prover a informação certa, para o público certo, na plataforma adequada. Não basta apenas prover conteúdo. É preciso oferecer também a experiência, como valor agregado. E isso terá seu custo, disse Youngsuk Chi, acrescentando: “Há algo triste acontecendo, uma percepção de que o valor percebido do conteúdo está em declínio. Isso não é verdade, pois o valor real está aumentando, a despeito da existência de conteúdo gratuito. Futuramente, é possível que as editoras, apesar do investimento que fazem na produção dos livros, acabem por não cobrar pelo conteúdo, apenas pela experiência. A maior mudança será no modelo de negócios. “Não tenho certeza de como será, mas os leitores poderão pagar para alugar conteúdos, ter sua propriedade ou compartilhá-los temporariamente.

A questão dos direitos autorais vem incentivar a criação, mas não o comércio. A ideia é não erguermos muros ao redor do conteúdo. Tudo pode ser oferecido de graça, mas alguém terá de pagar a conta”, concluiu o presidente da IPA.

O Congresso

Idealizado e realizado pela Câmara Brasileira do Livro desde 2010, o Congresso Internacional CBL do Livro Digital e a própria entidade constituem o principal fórum brasileiro para a discussão e debate das tendências desse novo mercado. A 3ª edição realizada, teve como tema central: “A nova cadeia produtiva de conteúdo – do autor ao leitor”. O evento contou com a participação de grandes nomes do Brasil e do exterior. “Na edição deste ano, quizemos passar por toda a cadeia produtiva do livro digital, a fim de oferecer soluções e buscar alternativas para um mercado cada vez mais dinâmico e exigente”, afirma Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL). Para Youngsuk Chi, o mundo digital traz novas opções para o surgimento de mais leitores e novos escritores

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