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Revista

N E S TA E D I Ç Ã O EDIÇÃO 126 - AGOSTO/2012

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Oque você precisa saber sobre amamentação

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Mosquito transgênico é a nova arma para combater a dengue

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Secom e Vivo se unem contra a violência e exploração sexual de menores

Amamentar hoje é pensar no futuro

14 Turismo Verde vai incentivar 12 roteiros sustentáveis no Pará

PUBLICAÇÃO

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Unidades de saúde fluviais da Amazônia e Pantanal terão mais recursos

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Paraenses participam do Projeto Rondon...

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As Principais Conclusões do Barômetro de Biodiversidade da UE BT

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 EDITORA CÍRIOS CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ÍNDICE DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Camillo Vianna, José Henrique Mota de Castro, Gero Rueter, Giselle Moreira do Vale Lima, Ivan Postigo, Insa Wrede, Marcio Damasceno, Sérgio Martins Pandolfo, Zélia Miranda Kilimnik; FOTOGRAFIAS: Claudio Santos/Ag.Pará, Frank Wallace de Sousa Rocha, José Pantoja/Sespa, Wilson Dias/ABr; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Editora Círios, a única editora do Norte associada a Associação Nacional de Editores de Revistas

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Á -PARÁ M-PAR BELÉM BELÉ

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A sustentabilidade começa quando nossa angústia se transforma em ação

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Cientistas identificam o umami como um quinto sabor encontrado em alguns alimentos

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Vitima Fatal ?

32 A Playmobil e o irresistível avanço dos bonequinhos de plástico

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Mastigar 40 vezes pode ser um segredo para emagrecer Berlim dá a largada para o Ano da Alemanha no Brasil

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O Pará e a Segunda Guerra Mundial

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Seu filho pode ficar mais inteligente a longo prazo O cérebro humano não nasce completamente formado. É durante os três primeiros anos que a quantidade de neurônios e sinapses (conexões entre neurônios) aumenta. “O leite materno tem substâncias que favorecem esse desenvolvimento”, diz Luciano Borges Santiago, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Amamentar pode deixar a mãe mais magra mesmo décadas mais tarde

Quantos filhos a mulher teve e se ela amamentou pode afetar seu índice de massa corporal (IMC) décadas mais tarde, afirma um novo estudo inglês.

A mãe fica mais calma Texto Anaïs Fernandes Fotos Nivaldo Silva

Estande Paratur no Salão do Turismo 2011

Dois hormônios agem durante o aleitamento: a prolactina, que induz o corpo a produzir leite, e a oxitocina, que ejeta o líquido da mama. Combinados, estes hormônios agem no organismo da mãe.

Bebê sonolento não mama direito

O processo de amamentação flui melhor quando o bebê está desperto, porque ele consegue abrir a boca para fazer a pega correta (abocanhar o mamilo e a maior parte da aréola). Quando está sonolento, geralmente atinge só a pontinha do mamilo. Resultado: não mama direito e em pouco tempo precisará se “abastecer” de novo.

Mãe adotiva também pode dar o peito

A possibilidade de ter leite natural mesmo sem passar pela bomba hormonal trazida pela gestação começa, primeiro, com vontade e disposição de realizar o ato. Empenho é a palavra de ordem.

Oque você precisa

saber sobre amamentação 06

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Alternar seios toda hora não é o ideal É melhor esvaziar completamente o primeiro seio para só então passar para o segundo. Muitas vezes, o esvaziamento total da mama exige duas ou três mamadas no mesmo peito. Quando as mães alternam os dois seios em cada mamada, acabam por produzir excesso de leite.

Amamentação exclusiva até 6 meses influencia rendimento escolar da criança

Estudo australiano apontou que meninos em idade escolar que foram amamentados pelo menos nos primeiros seis meses de vida podem ter melhor aproveitamento escolar que seus colegas em leitura, redação e aritmética.

Não se prenda ao tempo da mamada

O bebê não é um relógio. Ele funciona na hora que quer. Portanto, nada de se prender em conselhos de amigas e avós sobre a duração de cada mamada. “Não é de três em três horas ou de ‘tantos’ minutos em cada peito. Como o leite materno é de fácil digestão, alguns bebês mamam com muita frequ-

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ência”, explica o pediatra Marcus Renato de Carvalho.

Falta de informação faz mulheres amamentarem menos

Dor, falta de jeito, leite que demora a vir. Esses são alguns dos motivos que levam muitas mães a abandonarem precocemente a amamentação. A média de aleitamento exclusivo da população brasileira é de apenas 54 dias, segundo dados do Ministério da Saúde.

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Mães que estão amamentando podem colaborar tornando-se doadoras de leite materno para o Banco de Leite da Santa Casa

Amamentar hoje é pensar no futuro Fotos José Pantoja/ Sespa

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om esse tema, professores e alunos da Universidade do Estado do Pará (Uepa) se integraram a programação da Semana Mundial da Amamentação 2012, promovido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A abertura aconteceu na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, onde também foi lançada a campanha de arrecadação de frascos para armazenar leite. Os frascos devem ser de vidro com tampa de plástico e podem ser entregues nas coordenações administrativas da Uepa até o fim de agosto. “A integração entre a Sespa, uma instituição de saúde e a Uepa é muito importante para nós podermos estar juntos, orientando as mães da melhor maneira possível e promover um bom aleitamento materno”, ressaltou a pró-reitora de Extensão da Uepa, a pediatra Mariane Franco. A cerimônia de lançamento da Semana de Aleitamento serviu também para um grande debate entre as principais técnicas experientes no assunto, como a coordenadora estadual de Saúde da Criança, médica pediatra Ana Cristina Guzzo, que destacou o aleitamento materno como indicação prioritária para proteger o bebê de disfunções como diarreia, desidratação e infecções respiratórias. Além disso, Ana Cristina relembrou a ne-

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A Campanha de 2012, intitulada “Amamentar hoje é pensar no futuro”, tem como madrinha a cantora Wanessa Camargo

cessidade de criação de mais salas de amamentação por parte das empresas públicas e privadas, para favorecer mães cujos bebês ainda precisam ser alimentados com leite do peito após o período de licença-maternidade, que é de seis meses. Só este ano foram realizadas duas oficinas de sensibilização para adesão à criação de Salas de Apoio à Amamentação nas empresas, em que profis-

sionais de saúde são treinados para convencer empresários a adotarem a medida. Para a presidente da Santa Casa, Eunice Begot, o objetivo de cada Semana de Amamentação reforça o compromisso do Governo do Estado, por intermédio da Sespa, pelo apoio e promoção desse hábito, a fim de estabelecer, desde o nascimento da criança, a prática da alimentação saudável. Já a diretora de Atenção à Saúde da Sespa, Jane Neves, ressaltou que os benefícios da Amamentação se estendem para toda a vida. “É no início da vida de cada pessoa que é traçado o seu destino”, observou. O auditório da Santa Casa ficou repleto de representantes de instituições que são parceiras no evento, como a Uepa, a Secretaria de Saúde de Belém e a Sociedade Paraense de Pediatria, entre outras. Durante o lançamento da SMAM 2012, foi também lançada a certificação estadual do Programa de Apoio, Incentivo e Promoção do Aleitamento Materno Exclusivo (Proame), que é paraense e chega aos 21 anos de existência em 2012, numa trajetória que proporcionou a Belém o título de capital brasileira que mais amamenta por duas décadas consecutivas, divulgada em pesquisa nacional do Ministério da Saúde. A programação constou de seminários e oficinas voltados às gestantes. Desde o dia 5 de agosto, na Praça Batista Campos, professores e alunos da Uepa dos cursos www.paramais.com.br

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mãe, pois nele há as proteínas necessárias para esta fase. “Através do leite materno a criança recebe todos os nutrientes necessários para uma alimentação saudável. Ele, sozinho, completa tudo o que uma criança precisa para crescer e se desenvolver de maneira saudável em termos de peso, estatura e inteligência’’, acrescenta. A amamentação reduz na mãe as possibilidades de ter câncer de mama e facilita a perda de peso. Ana Cristina Guzzo, coordenadora estadual de Saúde da Criança, no lançamento da SMAM 2012

de Enfermagem e Medicina atenderam famílias em um estande, orientando sobre a importância de fazer o teste do pezinho, um exame laboratorial simples que detecta precocemente doenças metabólicas, genéticas e ou infeciosas, que poderão causar lesões irreversíveis no bebê. A Uepa é referência na aplicação deste teste no Estado.

Benefícios

A proposta da Semana Mundial da Amamentação 2012 é aumentar o índice de mães que amamentam. A pró-reitora explica que mãe e filho são beneficiados fisicamente e emocionalmente com a amamentação. “As crianças que mamam no seio desenvolvem melhor, crescem, engordam, têm uma aparência mais saudável do que as que tomam leite artificial. As crianças amamentadas pelo leite materno têm menor possibilidade de ter alergia, doenças no aparelho digestivo, intolerância alimentar, intolerância à lactose, doenças provocadas pelo leite artificial. A criança amamentada também fortalece o vínculo emocional com a mãe. Quando a criança nasce, ela não enxerga direito, o raio

de visão é de 30 cm. Normalmente, a única coisa que ela vê é o rosto da mãe enquanto mama no colo’’, explica Mariane Franco. Nos seis primeiros meses, a criança não necessita de mais nada além do leite da

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A SMAM 2012 serviu também para reforçar a campanha permanente realizada pela Santa Casa, com o objetivo de arrecadar frascos para o armazenamento de leite materno para ser doado às crianças atendidas em Belém

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Texto Luisa Frey

Estande Paratur no Salão do Turismo 2011

algo inédito fora da Inglaterra, onde a técnica de transgenia para supressão populacional foi desenvolvida, afirma Capurro. A primeira linhagem do mosquito transgênico foi desenvolvida pela empresa britânica Oxitec e, em 2010, a USP começou a trabalhar na adaptação do mosquito ao ambiente brasileiro. Em 2011, a biofábrica Moscamed entrou no projeto e passou a produzir 550 mil machos por semana. A organização sem fins lucrativos em Juazeiro, na Bahia, é especializada na produção de insetos para controle de pragas e reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Além da USP e da Moscamed, o PAT conta com a supervisão e apoio do Ministério da Saúde. “Nós incentivamos o desenvolvimento deste projeto e vamos monitorá-lo de perto, pois promete ser uma alternativa efetiva no controle da principal epidemia urbana do país”, declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na inauguração da nova unidade da biofábrica, no último dia 7 de julho. Somente no primeiro semestre deste ano, a dengue acometeu mais de 431 mil brasileiros. Na doença clássica – que raramente mata – os sintomas são febre, dor de cabeça e dores no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos. Já a dengue hemorrágica provoca também sangramento e pode terminar em morte.

Como funciona

Mosquito transgênico é a nova arma

para combater a dengue

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achos transmitem um gene letal para as fêmeas, que o repassam às suas proles. Os mosquitos morrem antes de chegar à idade adulta. Primeiros testes no interior da Bahia são animadores. “O Brasil é pioneiro em termos de dimensão na produção de mosquitos”, afirma a 10

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Mosquito transgênico é a nova arma.indd 10

bióloga Margareth Capurro, da Universidade de São Paulo (USP), que coordena o Projeto Aedes Transgênico (PAT). Com a inauguração da maior fábrica de mosquitos da dengue transgênicos do mundo no início de julho, na Bahia, pretende-se produzir 4 milhões de insetos por semana no país. O Brasil deu início à produção de ovos do mosquito em janeiro de 2011. Trata-se de

Os cientistas introduzem um gene letal no código genético do macho do mosquito que transmite a dengue. Depois de produzidos em laboratório, eles são liberados em áreas urbanas, as mais atingidas pela doença. Ao copular com as fêmeas da espécie, estas passam a carregar o gene letal e o transmitem a todas as suas proles futuras. Os mosquitos morrem antes de chegar à idade adulta. “A fêmea é a que pica. Se liberássemos fêmeas, a prole delas morreria, mas elas poderiam transmitir a dengue”, explica Capurro. Desde julho de 2011, a liberação de mosquitos em grande quantidade vem sendo

Alexandre Padilha durante a inauguração do PAT www.paramais.com.br

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gerente do PAT na Moscamed. “É a primeira vez que os testes se dão oficialmente, o Brasil é o primeiro grande país-teste”, destaca Jonas Schmidt-Chanasit, virologista do Instituto Bernhard-Nocht de Medicina Tropical em Hamburgo. Segundo o pesquisador, a cada ano são diagnosticados cerca de 500 casos de dengue na Alemanha, em indivíduos que viajaram principalmente para a Ásia e para o Brasil. Aspectos discutíveis Quando perguntado sobre os possíveis impactos ambientais da introdução dos indivíduos transgênicos na natureza, Carvalho explica que o Aedes aegypti é uma espécie exótica no país, natural da África e que

Liberação dos mosquitos

Mosquitos transgênicos são liberados para transmitir o gene letal

realizada nos bairros de Mandacaru e Itabereba, em Juazeiro, na Bahia. Em seis meses, verificou-se uma redução populacional média de 90% nas duas localidades. A Oxitec já havia realizado testes bem sucedidos nas Ilhas Caimã, território britânico no Caribe, mas com uma dimensão muito

não participa de nenhuma cadeia ecológica. Schmidt-Chanasit acredita que o inseto tem, sim, influência no ecossistema. “O mosquito existe há décadas no Brasil e foi integrado ao ecossistema local. Insetos servem de alimento para pássaros, peixes, anfíbios, e não sabemos que influência a eliminação de tantos mosquitos terá sobre essas outras espécies”, pondera. Já Capurro, da USP, afirma que o mosquito da dengue não é alimento exclusivo de nenhum desses grupos. “O principal criadouro do mosquito são caixas d’água limpas. Qual predador vive dentro de uma caixa d’água?”, questiona a bióloga. Apesar de reconhecer o caráter inovador

menor do que no Brasil. “Lá, a liberação total durante o período de testes foi de 3 milhões de mosquitos, enquanto aqui liberamos mais de meio milhão por semana “, destaca Danilo Carvalho,

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e as vantagens do PAT, Schmidt-Chanasit afirma que o vírus da dengue é altamente variável e, assim, poderia sofrer mutações e se adaptar a outros vetores da doença. “O Aedes aegypti é o principal, mas não o único transmissor”, diz. Segundo Capurro, o Aedes albopictus – outro possível transmissor da dengue – existe em algumas áreas do Brasil, mas nunca foi considerado vetor da dengue no país. “Se o albopictus passasse a transmitir a dengue também, não seria porque estamos eliminando oaegypti. A chance de mutação Fábrica de mosquitos da dengue transgênicos

No Projeto Aedes Transgênico (PAT), em Juazeiro/BA

EPIDEMIA

e mudança do vetor é praticamente nula”, considera. Em 1955, o Aedes aegypti foi erradicado no Brasil como resultado de medidas de con-

trole da febre amarela, também transmitida pelo mosquito. Mas no final da década de 1960, ele ressurgiu no país e hoje é encontrado em todos os estados brasileiros.

>>No primeiro semestre de 2012 (janeiro a junho), já foram registrados 431.194 casos de dengue em todo o País. A Região Sudeste tem o maior número de casos (182.895 casos; 42,4%), seguida da Região Nordeste (168.935 casos; 39,2%), CentroOeste (43.228 casos; 10,0%); Norte (31.927 casos; 7,4%), e Sul (4.209 casos; 1,0%). A Bahia apresentou mais de 41 mil casos de dengue em 2012. É o terceiro estado com maior número de notificações, atrás do Rio de Janeiro e Ceará.

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Secom e Vivo se unem contra a violência e exploração sexual de menores

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Fotos Cláudio Santos/ Ag. Pará

Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) e a Telefônica Vivo firmaram recentemente, uma parceria que tem como finalidade o combate ao abuso e exploração sexual de menores no Estado. O documento foi assinado durante coletiva de imprensa que reuniu representantes do Governo do Estado, da operadora de telefonia celular, do Pro Paz Integrado e do Ministério Público Estadual. A ação consiste no envio de 200 mil mensagens (SMS) para clientes da Vivo em todo o Estado. Pelo convênio, os usuários da operadora receberão em seus celulares a seguinte mensagem: “O Pará luta contra violência e exploração sexual de crianças e adolescentes. Denuncie este crime: Disque 100. Fundação Telefônica Vivo e Pro Paz”. De acordo com o secretário de Estado de Comunicação, Ney Messias, esta iniciativa faz parte do pacto estabelecido pelo Governo do Estado em prol do combate à violência em todas as suas extensões, e que tem nas ações integradas com a iniciativa privada um forte aliado. “Esta é uma estratégia de comunicação que envolve um público extenso com o objetivo de neutralizar a ação de pedófilos

por meio do estímulo à denúncia. Usaremos os mesmos mecanismos utilizados por estes criminosos para atrair suas vítimas, só que desta vez em favor delas”, diz. Esse tipo de iniciativa estimula o combate à violência sexual contra crianças e adolescentes e também a prática da denúncia”, ressalta Izabela Jatene, coordenadora do programa Pro-Paz. “Esse é um programa do Governo do Estado que atua de forma transformadora na vida dos assistidos, inclusive as crianças e adolescentes do Pro-Paz Integrado, que cuida dos casos de violência contra menores. Esta ação com a Vivo é de prevenção, para evitar que mais crianças sofram este tipo de violência”, disse Ney Messias. É a segunda vez que a Vivo e o Governo do Estado celebram uma parceria. No carnaval deste ano a empresa, em conjunto com a Fundação Hemopa, enviou torpedos com

O secretário de Comunicação, Ney Messias, disse que o governo tem nas ações integradas com a iniciativa privada um forte aliado no combate à violência

mensagens de estímulo à doação de sangue. Desta vez o objetivo é estimular a sociedade a denunciar casos de violência sexual contra menores. “É uma forma de contribuição e colaboração para a causa do combate à violência contra crianças e adolescentes. Vamos disparar 200 mil torpedos para aparelhos em todo o Estado, mostrando o compromisso da empresa com a sociedade paraense”, diz Maurício Santos, diretor da Regional Norte da Vivo.

Mauricio Santos, diretor regional da Vivo, Ney Messias, secretário de Estado de Comunicação e Izabela Jatene, a coordenadora do Pro Paz

Izabela Jatene, coordenadora do Pro Paz, assina o termo que permitirá um trabalho conjunto contra a exploração sexual infanto-juvenil www.paramais.com.br

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Turismo Verde vai incentivar

12 roteiros sustentáveis no Pará

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Praia da Ponta do Cajutuba em Belterra

Para dar início ao programa “Turismo Verde”, uma das primeiras ações da Secretaria de Turismo do Pará para impulsionar o turismo no segmento natureza, foi assinado um termo de cooperação pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur), por meio da Diretoria de Políticas Públicas para o Turismo, Secretaria Extraordinária de Coordenação do Programa Municípios Verdes e Prefeitura de Paragominas,. Segundo Adenauer Góes, titular da Setur, o programa pretende contribuir com o setor do turismo para a consolidação de uma economia verde no Pará. “O programa tem como diretriz o compromisso do governador Simão Jatene com as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável, visando a geração de renda e melhoria da qualidade de vida para a população, e o bom atendimento aos nossos visitantes”, informou Adenauer. O diretor de Políticas para o Turismo da Setur, Álvaro do Espírito Santo, a�irmou que o Turismo Verde tem como �inalidade a promoção do turismo sustentável, e metas de incentivo às boas práticas de sustentabilidade, a partir da elaboração de 12 roteiros turísticos sustentáveis, nos segmentos natureza e cultura. Também serão mapeados territórios em 12 municípios apropriados para essa prática, que sintetiza dois dos principais segmentos do turismo paraense apontados pelo Plano Ver-o-Pará, o qual contém as estratégias de planejamento do turismo até 2020.

Ética sustentável

Salinópolis, referência no segmento turístico na costa atlântica do Pará, receberá ações do programa Turismo Verde

A Diretoria de Políticas para o Turismo tem ainda como metas a capacitação de 240 pro�issionais para elaborar campanhas de conscientização sobre a ética sustentável no setor do turismo. Um dos subsídios do Turismo Verde é o Programa Municípios Verdes. Implantado ano passado pelo Governo do Estado, o programa tem sido o principal instrumento de redução da pobreza e da desigualdade social no Pará, com base no desenvolvimento sustentável. Região Insular de Ananindeua

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Paragominas, o primeiro município verde do Pará, é referência nacional em desenvolvimento sustentável, por ter conseguido abandonar um histórico de desmatamento em curto prazo. Além disso, o “Municípios Verdes” tem contribuído para dinamizar a economia local sustentável e promovido ações de educação ambiental. O Turismo Verde estará alinhado ao Plano Estratégico do Turismo Ver-o-Pará. Segundo o Plano, lançado ano passado pelo Estado como instrumento de gestão e promoção do turismo paraense, entre os cinco segmentos turísticos principais do Pará - natureza, cultura, sol e praia, eventos e negócios -, a cultura e a natureza são prioritários, por serem os principais elementos que diferenciam o Pará dos outros destinos turísticos. Além disso, o plano Ver-o-Pará elege a sustentabilidade como um dos principais valores a serem agregados ao destino, junto com outros, como originalidade, criatividade, autenticidade e diversidade. Os municípios que receberão o programa Turismo Verde são Ananindeua, na região turística de Belém; Belterra e Oriximiná, na região turística do Tapajós; Salinópolis e São João de Pirabas, na região Amazônia Atlântica; Marabá e Tucuruí, na região Araguaia Tocantins; Altamira e Vitória do Xingu, na região Turística do Xingu, e Soure e Salvaterra, na região do Marajó.

Praia de Barra Velha, em Soure, município do Marajó incluído no Programa Turismo Verde

A orla de Marabá, às margens do Tocantins

Praia do Pesqueiro, em Soure

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Unidades de saúde fluviais da Amazônia

e Pantanal terão mais recursos

Municípios e estados interessados em solicitar recursos para as embarcações deverão apresentar projetos ao Ministério da Saúde

Unidade de saúde fluvial do município de Cruzeiro do Sul, no Acre

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stados e municípios da Amazônia Legal e do Pantanal receberão verbas mensais do Ministério da Saúde para custeio de Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), que circulam pelos rios com equipes que atendem às comunidades ribeirinhas. Cada unidade será custeada com valores entre R$ 40 mil R$ 50 mil por mês. As unidades fluviais possuem consultório médico, odontológico e de enfermagem, além de ambiente para armazenamento e oferta de medicamentos, laboratório, sala de vacina, banheiros, sala para outros procedimentos ambulatoriais, cozinha e cabines com leitos em quantidade suficiente para abrigar a tripulação. As embarcações contam com equipes de Saúde da Família Fluviais formadas, no mínimo, por médico, enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem e de laboratório, além dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). As embarcações também podem contar com dentista e auxiliar, ou ainda, de téc-

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>> A Amazônia Legal é uma construção geopolítica estabelecida em 1966, para fins de planejamento regional. Abrange os estados do Amazonas, Amapá, Acre, oeste do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima e Tocantins. A Amazônia Legal compreende cerca de 61% do território nacional, em um total de aproximadamente cinco milhões de km2. O Pantanal mato-grossense é “a maior planície de inundação contínua do planeta”. Sua localização geográfica é de particular relevância, uma vez que representa o elo de ligação entre o Cerrado, no Brasil Central, o Chaco, na Bolívia, e a região Amazônica, ao Norte, identificando-se, aproximadamente, com a bacia do alto Paraguai.

A Unidade de Saúde da Família Fluvial – Barco Abaré em Santarém – PA

Unidade flutuante de atendimento médico operado em Anamã – AM

nico de saúde bucal. As embarcações terão até R$ 600 mil anuais para manutenção dos serviços. Receberão mais as que prestarem serviços odontológicos.

carro ou de bicicleta. Com essas Unidades Básicas de Saúde Fluvial, as comunidades ganham em agilidade e qualidade de vida”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Confira a portaria Nº 142, terça-feira,

Construção

Além do custeio às unidades fluviais, o ministério passou a liberar, no ano passado, verba para construção de 13 unidades no País. Outras 19, cujo processo de seleção dos municípios se encerrou no final de junho, devem ser aprovadas ainda este ano. Até 2014, serão 64 embarcações aprovadas. E para o funcionamento dos hospitais barcos o Ministério da Saúde investirá R$ 76,8 milhões. “A população das regiões amazônicas necessitam deste tipo de serviço. Muitas vezes para chegar a um hospital convencional, o paciente passa dias viajando, seja em barco,

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Evolução Muirapinima

Festival das tribos indígenas de Juruti O maior duelo tribal do mundo

Texto Giselle Moreira do Vale Lima Fotos Frank Wallace de Sousa Rocha

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Nayme Lopes Porta Estandarte Muirapinima 18

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enhum lugar do mundo consegue traduzir tão bem a história indígena e encená-la de forma esplendorosa, de encher os olhos de qualquer visitante, como Juruti, município paraense, às margens do rio Amazonas, e que tem, aproximadamente, 48 mil habitantes. É uma encenação a céu aberto de hábitos e costumes indígenas, da linguagem e das lendas amazônicas, protagonizadas pelas tribos Mundurukus e Muirapinima, fundadas na década de 90 e que há 18 anos mostram que Juruti valoriza e leva a mensagem da preservação da memória indígena e da Amazônia. Cada tribo tem no máximo três horas de apresentação dividas em atos: o coreográfico, o cênico e o musical. No ato coreográfico, e mais esperado pelos espectadores, as tribos apresentam movimentos corporais temáticos exibidos em diferentes momentos e itens como a tribo coreografada, evolução e harmonia, além das apresentações dos itens individuais como pajé, tuxaua, índia guerreira, guardiã tribal e porta estandarte. Já o ato cênico envolve a história contada que precisa ser coerente www.paramais.com.br

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Alegoria Mundurukus

tanto com os atores quanto com a melodia, esse ato é expresso no ritual indígena, da tribo originalidade, na originalidade em conjunto, alegorias e no item individual, apresentador, que é o narrador do tema levado para arena do Tribódromo, ele é a alma da tribo, é ele quem vai convencer os jurados da perfeição que é apresentada em cada ato. E por último, o ato musical que emociona o público, agita e faz vibrar a arquibancada, nele são julgados os itens: regional (banda), canto indígena (letra e música) e galera. Assim como as tribos dividem o cenário, elas dividem também o coração da cidade, uns se pintam de vermelho e amarelo (cores da Tribo Mundurukus) e outros se pintam e Silvio Araújo Cantor Muirapinima

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Marciele Silva Porta Estandarte Mundurukus

vermelho e azul (cores da Tribo Muirapinima). Esse duelo tribal faz nascer um sentimento de amor do torcedor por cada tribo e consequentemente pelo Festival das Tribos Indígenas de Juruti (Festribal). O Festival, quando surgiu em 1986, não era das tribos, mas era de grupos folclóricos, da cidade e do interior, que representavam a cultura local. Durante o mês de julho a cidade parava para prestigiar a magia das apresentações. Em 1990, nasceu um grupo de dança coordenado por Ana Márcia Cunha,

chamado “Ou Vai Ou Racha”, com 200 brincantes. Esse grupo veio com uma proposta diferente, utilizando ritmos mais dançantes, como o carimbó, o siriá, o boi-bumbá, a dança árabe, entre outros, que mexeram com uma cidade e fez do V Festival Folclórico de Juruti, como era chamado, o princípio de uma era tribal. O grupo folclórico “Ou Vai Ou Racha” foi imbatível durante 3 anos. Nas disputas era sempre o vencedor. E em 1993, para enfrentar o grupo campeão, surge a dança indíPará+

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Tribo Originalidade Muirapinima

gena com a Tribo Mundurukus, levando ao público a cultura tradicional dos primeiros habitantes de Juruti: os índios mundurucus. E como forma de homenageá-los, Carmem Barroso e Aldecías Batista fundam, em 1993, a que hoje é chamada de “tribo verdadeira”. Dois anos mais tarde, também como forma de homenagear tribos que habitaram a Vila de Juruti Velho, a professora Aurecília Andrade, por meio de uma disciplina de Redação e Expressão, apresenta ao povo de Juruti, no dia 17 de junho, a Tribo Muirapinima, com o tema “Tradição e Cultura”, a tribo que hoje é considerada a “tribo do povão”. E no mesmo ano, no mês de julho, há a primeira batalha entre as duas tribos, dando o primeiro título a Tribo Mundurukus, cujo tema foi “Jará, um lago, minha inspiração”. De 1996 a 1999, as tribos e alguns grupos folclóricos, incluindo “Ou Vai Ou Racha”, apresentaram-se no Centro Cultural e DesAlegoria Muirapinima

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Pará+

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Ritual Indígena Muirapinima

portivo Hudson Rebêlo, onde hoje é o Universo Mundurukus. A partir do ano 2000, os espetáculos ocorreram no Tribódromo e de lá pra cá a Arena tem ficado cada vez menor, com a dimensão que o Festival tomou, principalmente com o importante patrocínio da Prefeitura Municipal de Juruti. Em 2005, por haver somente as apresentações das tribos Muirapinima e Mundurukus, o Festival Folclórico passa a ser chamado de Festival das Tribos Indígenas de Juruti. Foi nesse mesmo ano que a Prefeitura assumiu a responsabilidade de patrocinar os CDs das duas tribos e as tribos mirins. O duelo é realizado todo último final de

semana do mês de julho, dividido em três dias: abertura (festa dos visitantes), apresentação das tribos mirins e apresentação das tribos oficiais. O FESTRIBAL se tornou patrimônio cultural do estado do Pará em 2008.

Tribos mirins mantêm tradição da festa indígena

De acordo com a programação elaborada pela Prefeitura de Juruti, o Festribal não se resume apenas na apresentação das duas tribos oficiais, que são as maiores atrações, mas em outros eventos paralelos que ocupam o tempo das pessoas que visitam Juruti.

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Tribo Mundurukus

Teo Neves Apresentador Mundurukus

A apresentação das tribos mirins durante o Festribal é uma iniciativa da coordenação do evento e da Prefeitura com o objetivo de despertar nas crianças o interesse e o gosto pela cultura local, uma vez que elas serão os futuros protagonistas desse evento. Por outro lado, se trata de um momento de lazer para as crianças que ficavam de fora dessa festa que envolve toda a população. Com isso, elas têm o seu espaço garantido durante o Festival das Tribos. No Tribódromo, cada tribo mirim teve em torno de uma hora e meia para fazer sua apresentação. O que não faltou foi esforço e empolgação das crianças para mostrar aos espectadores a beleza da cultura jurutiense. As arquibancadas do Tribódromo estiveram completamente lotadas já na noite de apresentação das tribos mirins. Diante dessa comprovação, o prefeito Henrique Costa disse que não tem dúvida de que a cada ano que passa o Festribal fica ainda melhor. Para ele, a apresentação das tribos mirins já se tornou também uma atração do evento. Coreografia Mundurukus

Taís Sampaio India Guerreira Mundurukus

A Tribo Mundurukus Mirim foi a primeira a entrar com o tema “A Criação do Mundo na

Visão Munduruku” e a Tribo Muirapinima Mirim encerrou a segunda noite de Festribal com o tema “Mitologia Curumim”.

Muirapinima e Mundurukus Campeãs do Festribal 2012

Tribo Muirapinima – “Misticismo” O ano de 2012 consagrou as duas tribos indígenas campeãs do 18º Festribal. A primeira a entrar na arena do Tribódromo foi a Tribo Muirapinima que levou o enredo “Misticismo”, além de estrear com o novo apresentador, Edivan Gonçalves, e o novo cantor oficial, Silvio Araújo.

Tribo Mundurukus – “Xamanismo”

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Já a Tribo Mundurukus foi a segunda a entrar a arena com o tema “Xamanismo” e também estreando novos itens como o apresentador, Teo Neves, guardiã tribal, Moana Barbosa, e porta estandarte, Marciele Silva. Pará+

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Durante oficina de reciclagem de lixo

Universitários participantes da Operação Açaí ajudam moradores do município a fazer sabão, a partir de óleo de cozinha usado

Paraenses participam do Projeto Rondon para se tornarem

multiplicadores de conhecimento Fotos Wilson Dias/ABr

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s moradores dos municípios paraenses que participaram das atividades do Projeto Rondon vão ajudar a multiplicar os conhecimentos adquiridos. O agente comunitário de saúde do município paraense de Curuçá José Roberto Souza da Conceição, 28 anos, recebeu orientações sobre saúde e aprendeu a cuidar melhor da alimentação. “Espero que o projeto aconteça várias vezes. Estou pegando as aulas com os professores para passar aos colegas e transmitir à comunidade.” 380 rondonistas, entre estudantes e professores universitários, participaram como voluntários da Operação Açaí, no Pará. Eles desenvolveram atividades com comunidades carentes espalhadas pelo Brasil. A operação abrangeu 19 municípios paraenses e contou com a participação de representantes de 38 instituições de ensino superior de nove estados e do Distrito Federal. Para o guarda municipal de Curuçá Francisco Assis dos Santos Neto, 30 anos, as ações do projeto foram uma oportunidade para ajudar na profissionalização dos moradores da cidade. O município não tem faculdades e nem cursos profissionalizantes. “As

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oportunidades aqui são poucas e quando aparece uma chance de se profissionalizar, enriquece o currículo. Aqui não temos esses cursos. Temos de sair do município e procurar Castanhal ou Belém, que já tem uma demanda maior.” De acordo com o professor do Centro Universitário Internacional de Curitiba (Uninter) Jack de Castro Holmer, 27 anos,

que atuou no município de Bonito, o foco do projeto é formar multiplicadores nas comunidades. Além disso, apoiar na formação pessoal dos estudantes universitários. “Eles valorizam pequenas coisas. Para mim, o Projeto Rondon é isso: saber como resolver essas crises dentro do convívio dos universitários. Quando a gente volta, consegue aproveitar muito.” A conselheira tutelar de Ipixuna do Pará, Lucimar Freire da Silva, 36 anos, também pretende repassar o conhecimento para os colegas. Ela participou assiduamente das oficinas e já aprendeu a oratória, a cuidar da refeição e como montar uma associação. “ Foi maravilhoso, não perdi um dia. Ficava ansiosa para participar. Como eu trabalho no conselho tutelar, tem muitas áreas que chamam a minha atenção em relação às crianças e aos adolescentes que aprendo.” Projeto Rondon transforma a vida de estudantes universitários Viver durante duas semanas em outra realidade social, desenvolvendo atividades com comunidades carentes espalhadas pelo Brasil, foi o trabalho de 380 rondonistas, entre estudantes e professores universitários, que participaram como voluntários da Operação Açaí, no Pará. Criado e idealizado em 1967 pelo prowww.paramais.com.br

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>> Rondonistas de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, levaram um pouco da cultura gaúcha para o município paraense de Curuçá. Além de ensinar danças típicas em oficinas para a comunidade, os estudantes universitários se apresentaram ontem no 36º Festival do Folclore da cidade, um dos maiores do estado do Pará. “A gente mostrava as nossas danças, mas no final eles falavam que a gente também tinha de aprender a dançar carimbó. Tínhamos uma visão do que era o carimbó, mas chegando aqui vimos que é algo totalmente diferente”, disse o estudante, que também é professor de dança.

Participantes do Projeto Rondon orientam sobre reciclagem de materiais

fessor Wilson Choeri, da Universidade do Estado da Guanabara, o programa foi interrompido por uma ação do governo entre 1989 e 2004, sendo retomado em 2005. De acordo com o coordenador de Operações do projeto, major Sidnei Sérgio Vial, estimular a consciência cidadã e o desenvolvimento local sustentável são alguns dos objetivos

do Projeto Rondon. “Queremos dar uma lição de cidadania. Nesse quesito, o resultado é maravilhoso. Os universitários voltam diferentes, mais amadurecidos”. O Projeto Rondon é realizado duas vezes por ano, durante o período de recesso das universidades. A gestão é feita por um comitê composto por oito ministérios. Moradores da cidade participam de atividades oferecidas pelos rondonistas

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As Principais Conclusões Biodiversidade da UE BT Biodiversidade é um assunto global

A conscientização sobre biodiversidade vem aumentando

Pela primeira vez o Barômetro de Biodiversidade da UEBT, pesquisa realizada para avaliar o nível de conhecimento sobre biodiversidade, foi realizado em sete países. Ao todo foram sete mil entrevistados no Brasil, Alemanha, Coréia, EUA, França, Japão e Reino Unido, para avaliar o entendimento sobre biodiversidade e noções relacionadas ao tema. E os resultados são surpreendentes - o Barômetro revela que as pessoas estão conscientes da biodiversidade em todo o globo.

70%

Para a França, Alemanha, Reino Unido e EUA, 2011 é o terceiro ano de aplicação do Barômetro e os dados mostram que a sensibilização para o tema tem crescido 56-65%. Além disso, os conceitos relacionados à biodiversidade, tais como o abastecimento ético da biodiversidade, biopirataria e repartição de benefícios são crescentes em muitos países.

dos entrevistados já ouviram falar de biodiversidade

Ano internacional da biodiversidade A Organização das Nações Unidas (ONU) nomeou 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade. Esta foi uma campanha mundial e teve como objetivo incentivar o reconhecimento do valor da biodiversidade e as conseqüências de sua perda em curso, bem como a colocação da biodiversidade na agenda política. No total, 1 em cada 3 entrevistados já tinham ouvido falar do Ano Internacional da Biodiversidade, no entanto, nem todos disseram que sabiam exatamente o que era. Em países onde a sensibilização para a biodiversidade é particularmente elevado, como o Brasil e a França, a conscientização sobre o Ano Internacional da Biodiversidade também foi alta, 42 e 70%, respectivamente.

33%

das pessoas ouviram falar do Ano Internacional da Biodiversidade

56% 60% para

para

65%

ampliação da consciência 2009 – 2011

Quem é o mais consciente? Os consumidores com renda mais elevada, maior nível de escolaridade e os jovens apresentaram maior consciência em relação ao tema e tiveram maior capacidade de definilo do que outros entrevistados. 24

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do Barômetro de O que significa biodiversidade?

“Diversidade entre pessoas de diferentes raças e religiões.” Nos EUA biodiversidade é frequentemente confundida com a diversidade social do país.

Embora mais e mais pessoas ouviram falar sobre biodiversidade, a conscientização ainda é uma prioridade e nem todos que já ouviram falar à respeito, sabem o que isso significa.

Aproximadamente

1 entre 3

“Biodiversidade é o uso da biotecnologia de diferentes maneiras para a produção de combustíveis e alimentos.” No Reino Unido, algumas pessoas confundem biodiversidade com biotecnologia.

pessoas

definem corretamente biodiversidade

“Refere-se à diversidade que podemos encontrar em um ecossistema”. Os sul-coreanos são os campeões para dar a definição correta sobre biodiversidade. “O Brasil é conhecido por ser o país de maior biodiversidade do planeta, especialmente na floresta amazônica.” Os brasileiros estão conscientes de como a biodiversidade é seu próprio país.

“Biodiversidade é o uso de muitos ingredientes orgânicos.” Muitas das definições incorretas dadas na Alemanha eram focadas em produtos orgânicos, ilustrando a importância deste setor.

O que motiva as pessoas a querer proteger a biodiversidade? Tradicionalmente, quando as organizações e os governos falam sobre a biodiversidade, eles falam sobre como esta é ameaçada e nos convidam a agir imediatamente antes que seja tarde demais. Nos últimos anos, tem sido feitas referências ao valor da biodiversidade, tanto em termos de serviços por ela prestados, bem como sua importância na disponibilização de insumos para os produtos que usamos no dia-a-dia. Recentemente especialistas têm sugerido que as mensagens relacionadas à biodiversidade sejam mais positivas e tentem inspirar mudanças de comportamento, ao invés de culpar as pessoas. Embora os dados alarmantes ainda sejam vistos como um forte motivador, chamadas para agir agora e fazer mais foram as menos motivadoras. 23% disseram que as informações sobre a importância da biodiversidade para a vida diária seriam mais motivadoras, destacando a oportunidade de uma comunicação através de mensagens mais positivas.

Como você aprendeu sobre biodiversidade? Programas de TV e documentários Artigos em jornais e revistas Propagandas na televisão Declarações de políticos e do governo Sites e blogs Comunicação da marca

Rank 55% 38% 19% 16% 14% 8%

1 2 3 5 7 9

55% ouviram falar sobre biodiversidade através de programas de TV e documentários.

Base: Tem ouvido falar de Biodiversidade (lista fornecida) Fevereiro 2011 (França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Brasil) www.paramais.com.br

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O que os consumidores sabem sobre assuntos relacionados a biodiversidade? A consciência de temas relacionados à biodiversidade também é forte em muitas regiões. Em alguns países, a percepção dessas noções relacionadas tem melhorado significativamente ao longo dos últimos anos. Na Alemanha, por exemplo, a conscientização da conservação da biodiversidade aumentou de 25 para 48%, e o abastecimento ético da

biodiversidade de 26 para 41%, respectivamente. Do mesmo modo, na França, mais pessoas sabem sobre a conservação da biodiversidade e do abastecimento ético do que nos anos anteriores. No entanto, essas noções ainda são secundárias quando comparadas com o comércio justo e o desmatamento.

Reino Unido 64% 22%

França 98% 35%

EUA 52% 16%

Alemanha 45% 23%

Coréia do Sul 76%

42% Japão 62% 29%

Brasil 93% 41%

% Já ouviu falar sobre biodiversidade % Definição correta sobre biodiversidade Fev 2011 (França, Alemanha, Reino Unido, EUA, Brasil) – Set 2010 (Japão, Coréia do Sul) - Amostra Total: 7000 consumidores on sumers

O que motiva os consumidores a comprar produtos contendo ingredientes naturais da África? Refletindo o rico patrimônio natural do continente, em 2011, o Barômetro investigou atitudes para a biodiversidade africana. Os entrevistados foram convidados a avaliar uma série de critérios que

O que faria você comprar um produto que contém ingredientes naturais da África?

iriam motivá-los a comprar um produto que contenha ingredientes naturais de origem africana. Um número significativo disse que a melhora da vida dos produtores africanos era importante, embora um produto eficiente e de alta qualidade (consistentemente classificada como número 1) seja uma condição prévia. Mais de 50% disseram que melhorar os meios de subsistência dos produtores africanos e proteger a biodiversidade africana, irá motivá-los a comprar produtos feitos com ingredientes naturais africanos.

% ranqueado em 1o ou 2o

A compra do produto ajuda a melhorar as condições de vida dos produtores africanos

53%

A compra do produto ajuda a preservar a biodiversidade na África

52%

Eu não presto atenção aos ingredientes de origem africana, estou apenas interessado na qualidade e eficácia do produto

42%

Estes ingredientes são tradicionalmente utilizados na África o que comprova sua eficácia

27%

Eu associo estes ingredientes a abundância e ao exotismo da flora e fauna da África

26%

50%

Mais de

disseram que melhorar os meios de subsistência dos produtores africanos e proteger a biodiversidade africana, irá motivá-los a comprar produtos feitos com ingredientes naturais africanos.

Base: Amostragem total (ranking) Fev 2011 (França, Alemanha, Reino Unido, EUA, Brasil)

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O que os consumidores sabem sobre assuntos relacionados a biodiversidade? A consciência de temas relacionados à biodiversidade também é forte em muitas regiões. Em alguns países, a percepção dessas noções relacionadas tem melhorado significativamente ao longo dos últimos anos. Na Alemanha, por exemplo, a conscientização da conservação da biodiversidade aumentou de 25 para 48%, e o abastecimento ético da biodiversidade de 26 para 41%, respectivamente. Do mesmo modo, na França, mais pessoas sabem sobre a conservação da biodiversidade e do abastecimento ético do que nos anos anteriores. No entanto, essas noções ainda são secundárias quando comparadas com o comércio justo e o desmatamento.

23%

das pessoas pensam que destacar a importância da biodiversidade para o nosso cotidiano é a mais estimulante de todas as mensagens de conservação da biodiversidade. A beleza e a maravilha da natureza é uma mensagem de conservação particularmente motivadora para os entrevistados alemães.

Qual a mensagem mais provável para incentivar as pessoas a conservar a biodiversidade?

Dados alarmantes sobre espécies ameaçadas de extinção

30%

Biodiversidade como um insumo para medicamentos, cosméticos, etc.

23%

Exemplos de sucesso dos esforços de conservação

14%

Informação sobre o valor monetário da biodiversidade

11%

Chamada para que as pessoas ajam agora e façam mais

8%

Mensagens destacando o valor monetário da biodiversidade são particularmente motivadoras para os americanos. No Brasil o convite a agir agora são particularmente motivadoras para ações de conservação.

Base: Amostragem Total Fevereiro 2011 (Alemanha, Brasil, Estados Unidos, França, Reino Unido)

Consumidores confiariam mais em uma empresa, se suas práticas fossem verificadas por um organismo independente. Um dos temas destacados pelo barômetro é o elevado nível de desconfiança que os consumidores têm em relação as empresas de cosméticos e de cuidados pessoais. Menos da metade dos entrevistados dizem confiar nas empresas do segmento de cosméticos e cuidados pessoais, e a maioria disse que confiaria mais em uma empresa se suas práticas fossem verificadas por um organismo de terceira parte.

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84% deixaria de comprar os produtos, se soubessem que a marca não respeita o meio ambiente ou práticas comerciais éticas

Os consumidores querem mais transparência no segmento de cosméticos e cuidados pessoais Quero saber mais sobre as práticas de abastecimento das empresas de cosméticos

88%

Boicotaria uma marca se esta não respeitasse princípios ambientais e éticos

84%

Acredito mais em uma empresa cujas ações de abastecimento são verificadas por uma terceira parte

80%

Em geral eu confio nas empresas de cosméticos

45%

Estou confiante que as empresas de cosméticos prestam atenção ao abastecimento ético da biodiversidade

40% Base: Entrevistados Fev 2011 (França, Alemanha, Reino Unido, EUA, Brasil)

O que as empresas estão falando sobre biodiversidade? Na análise de 2011 foi constatado que apenas um pequeno número das 100 maiores empresas mencionam a biodiversidade nos seus relatórios anuais, ainda assim este número representa o dobro do registrado na análise de 2009, o que ilustra o progresso na comunicação sobre o tema biodiversidade.

80%

dos consumidores querem estar mais bem informados sobre as práticas de abastecimento das empresas, mas apenas 27% das 100 maiores empresas analisadas mencionam a biodiversidade na sua comunicação.

2009

2010

2011

Variação de 2011 versus 2009

Empresas reportam informação sobre sustentabilidade

44%

52%

52%

+8

Empresas citam a biodiversidade

13%

21%

27%

+14

9%

12%

19%

+ 10

2%

3%

5%

+3

Empresas reportam práticas de abastecimento em biodiversidade Empresas citam temas relacionados a biodiversidade, como conhecimento tradicional e direitos de propriedade intelectual

Base: análise da UEBT das 100 maiores empresas da indústria da beleza (WWD)

Como a biodiversidade é retratada na mídia? O Barômetro de Biodiversidade da UEBT também analisa a cobertura da mídia sobre o tema, em especial, concentrando-se em artigos que focam a indústria de cosméticos e cuidados pessoais. Crescimento da cobertura sobre biodiversidade: 2010 mostrou um aumento de 35% no número de artigos escritos sobre biodiversidade. O Ano Internacional da Biodiversidade e a reunião da Conferência das Partes, em Nagoya, Japão contribuíram significativamente para este aumento. Protocolo de Nagoya: 66% dos artigos que mencionaram a biodiversidade e o setor de cuidados pessoais e cosméticos foram sobre o Protocolo de Nagoya e suas implicações para a indústria. 97,5% foram neutros. Tom crítico: 70% dos artigos sobre biodiversidade e temas como o acesso e repartição de benefícios na indústria de cosméticos e cuidados pessoais, foram críticas do setor. 28

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Comunicação Proativa: No entanto, a cobertura que resultou de uma comunicação proativa entre as marcas e a imprensa, sobre suas práticas de abastecimento da biodiversidade resultaram em algo positivo, sugerindo que as marcas têm muito a ganhar quando comunicam este tema.

Artigos sobre Biodiversidade e cuidados pessoais e questões específicas, como ABS Positivo Neutro Critico

12% 69%

19%

Base: Kantar Media/UEBT análise de artigos na imprensa na França, Alemanha, Reino Unido, EUA e Brasil www.paramais.com.br

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Barômetro de Biodiversidade

Como a indústria reporta sobre biodiversidade? Como a mídia cobre as práticas de abastecimento da biodiversidade?

O Barômetro de Biodiversidade da UEBT fornece uma visão geral anual de sensibilização para a biodiversidade a partir de três perspectivas diferentes: a dos consumidores, da indústria e da mídia. Ele responde algumas questões importantes, incluindo: Quantas pessoas já ouviram falar sobre biodiversidade? Como é que os consumidores consideram a importância do abastecimento ético da biodiversidade?

A UEBT é independente, imparcial e objetiva nas suas relações com governos, partidos políticos, outras organizações e indivíduos. Union for Ethical BioTrade

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Consumidores Temas relacionados com a biodiversidade no olhar do público Pesquisa IPSOS realizada com 7000 consumidores na França, Alemanha, Reino Unido, EUA, Brasil, em 2011 / Japão, Coréia no final de 2010. 2011 / South Korea and Japan end 2010

Empresas Relatórios da Indústria de Beleza no Abastecimento Ético da Biodiversidade Análise UEBT das 100 maiores empresas de beleza (Fonte WWD) e a sua comunicação sobre a biodiversidade e as práticas de abastecimento da biodiversidade (web e relatório anual)

Mídia

Barômetro UEBT

A cobertura da mídia sobre Abastecimento Ético da Biodiversidade na indústria da beleza Kantar Media/ Análise UEBT de artigos em 2010 na imprensa da França, Alemanha, Reino Unido e EUA

O Barômetro de Biodiversidade foi realizado com o suporte de

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A sustentabilidade começa quando nossa angústia se transforma em ação Antes de tratar dessa questão vamos refletir sobre a origem da palavra sustentabilidade. Texto Ivan Postigo *

O

termo “sustentável” vem do latim sustentare, que significa sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar, cuidar. O princípio da sustentabilidade, que por razões óbvias ganha cada vez mais dimensão, aplica-se aos empreendimentos, cidades, e claro, toda extensão do planeta. Por consciência, boa vontade e disposição do homem? Claro que não! Os mais apaixonados até dirão que sim e ainda acreditam que mudarão o mundo e salvarão planeta. Eu lamento dizer, mas não dá mais tempo. Poderemos salvar algumas coisas, contudo o preço que a humanidade pagará será muito alto. Alguns talvez me chamem de pessiOs mais apaixonados até dirão que sim e ainda acreditam que mudarão o mundo e salvarão planeta

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mista, mas observe o seguinte: o mundo não tem mais onde colocar o lixo e o homem não tem encontrado solução. Os rios estão cada vez mais poluídos, as fontes de água desaparecendo, e o homem não encontra solução. O ar recebe a cada dia mais gases e partículas tóxicas. Solução? Por enquanto algumas medidas que não podemos nem chamar de paliativas. Falávamos sobre isso e um amigo me disse: - Pelo amor de Deus, você só pega

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A sustentabilidade começa quando nossa angústia se transforma em ação.indd 30

Precisamos transformar nossa angústia em acção

casos extremos. Diga algo mais fácil onde possamos agir! Disse-lhe: - Se eu apontar algo mais fácil, mas muito mais simples, você resolve? Naquele minuto de silêncio, pudemos ver as interrogações que saiam de sua cabeça e seu olhar engraçado de desconfiança. Agoniado, pela espera, ele gritou: - Fala logo ou não tem argumento? - Mosquito da dengue! Resolva essa “parada”. Se não somos capazes de evitar o acúmulo de água em pneus, garrafas, latas, e tantos “cacarecos” nos nossos quintais, vamos salvar o planeta? Todos os anos é a mesma coisa. Equipes e mais equipes, batendo nas portas para vistoriar quintais. Pior, nas casas fechadas, abandonadas, esquecidas, elas não podem entrar sem uma medida legal. Vamos salvar o planeta? Agimos mais para minimizar

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Tra cej


do que para prevenir. Cuidamos mal do próprio corpo, que é nossa primeira morada. Para aqueles que acreditam em Deus ainda sobra a alma, para os que não acreditam não sobra nada! Sustentabilidade tem que ser observada em todos os empreendimentos, pois tem relação direta com a felicidade. Felicidade tem a ver com qualidade de vida, e esta com nosso trabalho e relações, então observe como ficaria nossa vida se tudo que fizéssemos fosse: ecologicamente correto economicamente viável socialmente justo culturalmente diverso O esforço vale a pena, mas não é assim que agimos. Falamos sim, mas não fomos educados e pouco educamos para essa conduta. Recebemos algumas orientações e uma caixa com medidas paliativas e outra com desculpas. E assim seguimos. Enquanto ouvia o depoimento da Professora Amanda Gurgel, na Assembléia legislativa do RN, pensava na contundência de suas palavras. Sua fala também alcança as catástrofes que temos observado e que pouco tem sido feito.

O esforço vale a pena…

Como só agimos nas crises, pouco pode-se remediar, então aprendamos com ela essa grande lição: “Precisamos transformar nossa angústia em ação”.

A raíz está na educação, que nos prepara para a sustentabilidade. (*) Diretor de Gestão Empresarial da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão

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A creche Jardim dos Girassóis dedica-se a Educação e ao cuidado das crianças de 1 á 5 anos.Oferece períodos de 4h á 10h diárias de permanência e conta com uma equipe técnica formada por pedagogas, estimuladoras, auxiliar pedagógica e nutricionista.Essa equipe é comandada pela pedagoga Márcia Bethânia Marques Noronha, que possui uma vasta experiência em outras creches e escolas de educação infantil, além de já ter trabalhado em atendimento educacional especializado com crianças especiais. A pedagoga também já desenvolveu trabalhos na área da pedagogia Waldorf e procura trazer características dessa filosofia pedagógica para a creche. A equipe trabalha para fazer um projeto educacional que respeite o tempo de cada criança. A creche Jardim dos Girassóis desenvolve um trabalho que se baseia em um principio no qual o ser humano é constituído por três qualidades essenciais: AGIR, SENTIR e PENSAR. E estas qualidades precisam ser desenvolvidas com atenção e interesse para que esseuma pequeno ser cresça com Faça-nos visita equilíbrio, consciência, criatividade e confiança.

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A Playmobil e o irresistível avanço dos bonequinhos de plástico As �igurinhas articuladas e as miniaturas de veículos e edi�ícios garantem à empresa do sul da Alemanha um faturamento anual superior a meio bilhão de euros. Uma história de sucesso que começou mais de 30 anos atrás Texto Insa Wrede

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m granulado branco que facilmente passaria despercebido é a matéria-prima da qual são feitos os sonhos infantis – sejam eles carros de bombeiro, naves espaciais, jogadores de futebol, castelos ou casas de boneca. Enfileiradas em diversos galpões num lugarejo próximo a Nurembergue, no sul da Alemanha, estão inúmeras máquinas de moldagem por injeção, que produzem peças de plástico 24 horas por dia. Há pouca gente à vista; vez por outra ouve-se um chiado nas tubulações, quando o granulado deixa o depósito para alimentar as máquinas. Nelas, a matéria plástica é tingida e fundida. “Aí ela vira uma massa, como de pão, que injetamos a alta pressão nas formas. A massa esfria, a forma se abre, a peça cai de dentro dela. E o processo recomeça”, explica Robert Benker, gerente técnico da fabricante de brinquedos

As embalagens azuis da Playmobil enchem prateleiras em mais de 70 países

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Playmobil, oficialmente Brandstätter & Co. A cada dia, as máquinas expelem cerca de 8 milhões de elementos. A história dos bonequinhos de plástico começou há mais de 30 anos, quando o empresário alemão Horst Brandstätter colocou no mercado índios, operários e cavaleiros, pequenos e articulados. Hoje, existe um verdadeiro exército de figuras e veículos, além de diversos edifícios em miniatura.

Sucesso irresistível

“Playmobil é uma história de crescimento e sucesso irresistível, que no iní-

cio ninguém imaginaria ser possível”, orgulha-se Andrea Schauer, diretora executiva da fabricante de brinquedos cujo faturamento anual supera os 500 milhões de euros. De fato: as embalagens azuis da Playmobil enchem prateleiras em mais de 70 países. O principal mercado de vendas é a Europa, diz Schauer à Deutsche Welle. Mas a empresa também faz bons negócios na América do Norte e tem perspectivas de expansão no Leste Europeu e na América do Sul. Para a diretora, uma coisa é certa: a empresa cresce. Prova disso são os investimentos planejados para este ano, totalizanwww.paramais.com.br

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do 80 milhões de euros, a maior parte na Alemanha. Hoje em dia as figuras de plástico são manufaturadas na Europa – na Alemanha, em Malta, na República Tcheca e na Espanha. Como tantos outros fabricantes de brinquedos, alguns anos atrás a Playmobil tentou voltar-se para a China, mas a produção acabou sendo relocada. “Constatamos que produzir com a mesma qualidade lá não sai assim tão mais barato. Se investirmos muito em processos tecnologizados, esCrianças embevecidas com os brinquedos da Playmobil

também os acessórios estão cada vez mais detalhados. Um dos critérios para decidir quais peças devem ser reprojetadas e como elas deveriam ficar são as 250 cartas dos miniconsumidores que chegam à central da empresa, a cada mês. “As cartas de crianças que recebemos refletem de maneira bem direta os acontecimentos da atualidade”, conta Bernhard Hane, chefe de desenvolvimento de produtos. “Posso apostar que agora, depois da catástrofe marítima na Itália, nos próximos meses as crianças vão escrever: ‘Por que não tem nenhum navio grande de passageiros?’” Antes de decidir se uma figura deve ser modificada ou mesmo criada, constrói-se um modelo de espuma, que é então digitalizado. Esse processo pode ser bastante complexo: o carro de bombei-

ros, por exemplo, é composto por 92 elementos. Estes são primeiro esculpidos com uma impressora 3D. “Trata-se de uma impressora que reproduz o elemento em

Galpão de máquinas da Playmobil

tamos bem melhor na Europa”, analisa Schauer.

Crianças exigentes

Mas uma produção eficiente não basta. Também a decisão sobre o que colocar no mercado exige muita expertise. Na época atual, a questão do design das peças não é mais tão simples como nos primeiros tempos, em que a cara dos bonecos eram “ponto, ponto, vírgula, travessão”. As crianças mudaram, e com elas, as expectativas em relação aos brinquedos. Hoje os bonecos são mais flexíveis, suas formas mais realistas, e www.paramais.com.br

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O mundo em miniatura da Playmobil

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Feira de Brinquedos de Nurembergue >> Terminou 6 de fevereiro, na Alemanha, onde 2.800 expositores de 62 países apresentaram seus mais novos produtose tendências na Feira de Brinquedos de Nurembergue. O evento reservado ao público especializado engloba cerca de 1 milhão de produtos, dos quais 70 mil era novas criações

Abertura da Feira

Brinquedos de Nurembergue

três dimensões, através da modelagem com líquidos, cera ou simples matéria plástica. Isso demora 24 horas”, diz

Playmobil tem que colocar suas novidades no mercado em grande quantidade e simultaneamente em diversas lojas, é preciso que disponha de um grande estoque. Assim acabam-se passando de dois a três anos para que uma ideia vire uma nova embalagem de Playmobil na loja de brinquedos. A empresa não teme os imitadores, afirma Schauer. Pois: “Nós não vivemos de uma só figura, somos o mundo inteiro em miniatura”. Somente em 2012, a firma pretende investir cerca de 23 bilhões de euros, sobretudo em novas formas, embora também sempre possa recorrer às formas existentes. A empresa familiar guarda seu tesouro de formas no porão abaixo dos galpões de produção. Cerca de 20 metros abaixo da terra, protegidas da água e do fogo, estão armazenadas formas de moldagem a injeção com até 30 anos de idade, empilhadas em prateleiras. Somente o seu valor material é calculado em 250 milhões de euros. “Nossas formas são nosso capital, nosso porão é o nosso Forte Knox.” Dificil escolha

Hane. Esse é o melhor método para conferir se as peças construídas no computador realmente se encaixam. Cerca de um ano transcorre até que sejam finalmente produzidas as formas de moldagem em que o granulado plástico será injetado. Nesse estágio, nada mais pode dar errado, pois cada forma custa entre 10 mil e 500 mil euros.

Forte Knox do plástico Executivos da Playmobil (da esq. para a dir.): Bernhard Hane, Andrea Schauer e Steffen Höpfner 34

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Geralmente é necessário mais um ano até ter-se manufaturado o suficiente para suprir os revendedores. Como a

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Cientistas identificam o umami como um quinto sabor encontrado em alguns alimentos e temperos

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o imaginar um prato ou uma bebida que dá água na boca, as pessoas podem ir além do salgado, doce, amargo e azedo. É a descoberta de um quinto sabor básico: o umami. A palavra, de origem japonesa, significa delicioso e saboroso. Na prática, o umami é reconhecido por ser duradouro, ficando na boca por mais tempo do que os demais sabores. Inconscientemente ou não, as pessoas tendem a não exagerar quando ingerem algo cujo sabor predominante é o umami. O umami está presente em vários alimentos e temperos que ocupam a mesa do brasileiro, como o queijo parmesão, os peixes, os frutos do mar, o tomate, os cogumelos, o molho shoyu e algumas carnes. Há oito anos, cientistas brasileiros da área de Toxicologia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, pesquisam em ratos os efeitos biológicos (aspectos bioquímicos) de uma das substâncias responsáveis por esse quinto sabor - o glutamato monossódico. O professor Felix G. Reyes, da Unicamp, que coordena o grupo de pesquisas, lembrou que a descoberta do umami foi gerada pela percepção do glutamato como realizador de sabor nos alimentos. Segundo o professor, em seguida foi verificado que o inosinato e guanilato também contribuem com o umami. Reyes destacou ainda que o gosto doce está associado à glucose e à sacarose, o salgado ao cloreto de sódio (sal de cozinha), no amargo há um conjunto de elementos que são na sua maioria orgânicos e no azedo a sensação gustativa depende da concentração do íon hidrogênio. Ao comer ou beber algo são acionados de 7.500 a 12.000 botões gustativos, que ficam na boca. O que parece simples e automático é identificado pela língua, que percebe os gostos doce,

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Cientistas identificam o umami como um quinto sabor encontrado em alguns alimentos e temperos Umami, pode ir além do salgado, doce, amargo e azedo

azedo, salgado, amargo e umami, e transmite as informações para o cérebro por meio dos nervos gustativos. “A descoberta do umami é do começo do século 20, no Japão, quando o pesquisador Kikunae Ikeda, da Universidade Imperial de Tóquio, fez pesquisas e chegou à conclusão que existe um quinto sabor, daí o nome umami ser de origem japonesa”, disse Reyes que, atualmente, desenvolve pesquisas para avaliar o uso seguro do glutamato como aditivo alimentar para observar possíveis efeitos que esse composto possa provocar no organismo humano. O pesquisador acrescentou ainda que o uso do glutamato como aditivo alimentar é autolimitante, pois os resultados mostram que o exagero na ingestão de um alimento ou tempero nos quais predominam o umami causam uma sensação desagradável. Reyes disse também que efeitos adversos à saúde têm sido associados ao glutamato quando o organismo é exposto

por uma via que não seja a oral. Assim, de acordo com ele, é necessário avançar nas pesquisas para verificar os impactos das substâncias que integram o umami, quando ingeridas junto com os alimentos. “Em conclusão, as evidências científicas indicam que essas moléculas [que formam o umami] são seguras quando usadas como aditivos alimentares. Mas é preciso desenvolver mais pesquisas. Queremos verificar se há impactos bioquímicos, hematológicos ou outros efeitos adversos ao organismo”, disse Reyes. Ao comer ou beber algo são acionados de 7.500 a 12.000 botões gustativos, que ficam na boca

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SÉRGIO MARTINS PANDOLFO*

(*) Médico e Escritor. ABRAMES/SOBRAMES

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Vítima Fatal? E

m horas, a agressividade dos atuais meios sônicos de comunicação transformam erros de linguagem em padrões de vernaculidade”, sentencia o filólogo Napoleão Mendes de Almeida. A cada instante estamos a ouvir nas rádios e TVs, ou a ler nos jornais, revistas e outros veículos noticiosos de todo o País, a expressão “vítima fatal”, em referência a pessoas que, atingidas por acidentes de diversas categorias, vieram a falecer. Esse cada vez mais comum jargão midiático “fere” os ouvidos daqueles que, mais atentos e inteirados da língua pátria, estranham e deploram a expressão.

A coisa generalizou-se de tal modo, que todos os órgãos da mídia, sem exceção, abonaram essa forma errônea, e de todo inadequada, de rotular os mortos em acidentes. Trata-se, a nosso entendimento, de um processo de imitação ou contaminação coletiva, como é exemplo o abominável “a nível de”, plagiado dos hispanos, que os “intelectuais” brasileiros, nas suas submissões de ajuda ao “Comandante Fidel” trouxeram de Cuba. “‘Televisão a cores’ faz parte da ganga impura que não encontrou bateia nem garimpeiro que a separassem da pedra rutilante”, adverte-nos, ainda, o mesmo supradito vernaculista. Nos dias correntes estamos a constatar que a mídia corrigiu a até há pouco incorretamente e a basto utilizada expressão “risco de vida” (Fulano corre risco de vida) pela forma adequada, consentânea com a situação, “risco de morte” (Sicrano, atingido por arma de fogo, corre seriíssimo risco de morte). Perfeito! Então, por que também não expurgar dos órgãos de comunicação a espúria “vítima fatal”? Análise, ainda que superficial, que se lhe faça, logo aponta a impropriedade, o desacerto da construção frasal, eis que vítima é a pessoa que foi acidentada, contundida, ferida, mutilada ou submetida a sacrifícios, à opressão, logro, etc. Um acidente, qualquer que seja sua natureza (de viação, náutico, por arma de fogo, submersão ou afogamento, aviação, por desmoronamento, incêndio, tumulto de rua ou outros que tais), poderá ou não redundar em morte da vítima, isto é, poderá - o acidente, nunca a vítima! - ser ou não fatal, diga-se, letal, mortal. Fatal, ou mortal, é o que, aquilo ou

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aquele que leva à morte, que é funesto, que conduz à ruína ou assume desfecho trágico. Assim entendido, vítima fatal seria aquela (vítima) que, por algum modus faciendi, levasse alguém ao êxito letal (à morte), o que, convenhamos, é algo improvável, quase quimérico. Num acidente seguido de morte de alguém, esse alguém (a vítima) não foi fatal! A ocorrência (o acidente) sim! Pelas razões acima apontadas fica muito evidente a necessidade de os organismos de informação de massa (a mídia), em suas várias feições, acharem uma nova expressão, mais apropriada e correta, para rotular as vítimas de acidentes fatais - ou mortais (isto sim!), a fim de comunicar à população em boa e escorreita linguagem. Que tal, como se disse acima, vítima de acidente fatal? Ou mortalmente vitimada? Ou, ainda, vitimada fatalmente? Ou, de outro modo: o acidente vitimou fatalmente (mortalmente) três envolvidos: Fulano, Beltrano e Sicrana. Podem até não ser “charmosas”, mas vernaculamente castiças. sergio.serpan@gmail.com serpan@amazon.com.br www.sergiopandolfo.com

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Por que sua dieta não está dando certo? Especialistas apontam oito erros que podem estar arruinando sua perda de peso

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ocê passa semanas sem comer doce, não coloca nenhum tipo de carboidrato no prato, faz centenas de abdominais e ainda assim o ponteiro da balança

Confira algumas armadilhas que podem estar fazendo sua dieta dar errado

não desce. Antes de culpar a azeitona da empada ou o chopp do final de semana, confira algumas armadilhas que podem estar fazendo sua dieta dar errado. 1 - Comer poucas vezes ao dia. “Uma das principais causas da baixa eficiência do emagrecimento mais de três horas sem se alimentar”, afirma a nutricionista Isabella Correia, da Clínica Patricia Davidson Haiat, no Rio de Janeiro. Ficar sem comer por muito tempo em vez de emagrecer, pode engordar. “O metabolismo energético diminui, fazendo com que a pessoa acumule tudo que consumir na próxima refeição e prejudicando a perda de peso”, explica Isabella. Além disso, a alimentação em períodos mais curtos vai permitir o fracionamento da porção, fazendo com que a pessoa faça a ingestão de uma menor quantidade de comida. 2 - Modo de preparo dos alimentos. O médico prescreveu uma porção de couve-flor à noite, mas com certeza não recomendou prepará-la gratinada com queijo e molho branco. Consumir molhos gordurosos e frituras pode comprometer até o mais saudável dos legumes. O ideal é substituir o óleo pela água, preferir o assado ao frito e o sal por temperos naturais.

Em caso de diabéticos, a ingestão de alguns alimentos deve ser controlada devido ao alto potencial de açúcar que eles contêm 38

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Somente um nutricionista ou nutrólogo poderá estudar seu peso, definir como e quanto você deve

3 - Sair da dieta no fim de semana. Embora sábado e domingo sejam dias reservados para o descanso, não dá para relaxar na hora de comer. Todo o trabalho da semana pode ser perdido nesses dois dias. Programe seu final de semana e tente usar a regra da compensação. Se vai sair para encontrar os amigos no sábado, nada de abusar da macarronada no domingo. “Não há problema em tomar um chopp ou uma taça de vinho, por exemplo. Mas comer e beber muito pode comprometer a silhueta. Esses dias também devem ser regrados, sem extrapolar no volume”, alerta a nutricionista Rita de Cassia Leite Novais, da Consultoria Alimentar. Segundo ela, três taças de champanhe, por exemplo, têm 360 calorias, o equivalente a quase 45 minutos de corrida. 4 - Pular o café da manhã. Essa ainda é a principal refeição do dia. Alimentar-se corretamente nesse período pode manter você satisfeito durante o dia. Também acredita-se que o desjejum evita comer demais nas outras refeições. 5 - Comer à vontade. Frutas e legumes são ótimos para a saúde, mas nem por isso devem ser consumidos sem moderação.

“Qualquer alimento tem valor calórico, é preciso cautela. A recomendação é consumir de três a quatro frutas por dia, mais que isso pode engordar e não faz bem”, diz Rita. Para Isabella, a restrição irá depender da individualidade de cada um. “Em caso de diabéticos, a ingestão de alguns alimentos deve ser controlada devido ao alto potencial de açúcar que eles contêm”, alerta Isabella. 6 - Dietas monótonas ou muito restritivas. Passar semanas à base de sopa ou jantar apenas o mesmo tipo de alimento só vai fazer com que você perca a paciência e abandone a dieta. “Uma alimentação balanceada consegue prolongar o efeito da perda de peso e tem maior adesão”, explica Evelyn Conti Martins, nutricionista do Spa Sorocaba. Cardápios com pouquíssimas calorias, sem supervisão, também costumam fracassar. 7 - Excluir grupos alimentares da dieta. Para dar certo, toda refeição deve conter os principais grupos existentes: proteínas, carboidratos e gorduras. “Dieta balanceada consegue prolongar o efeito emagrecedor”, diz Evelyn. Rita ressalta que o organismo responde à privação de determinado nutriente. “Quem faz esse tipo de dieta acaba ficando doente. Pode até perder peso em um pe-

Uma alimentação balanceada consegue prolongar o efeito da perda de peso e tem maior adesão, explica Evelyn Conti Martins, nutricionista do Spa Sorocaba

Saladas >> O uso de salada na alimentação é de extrema importância para a saúde. As vantagens do consumo de folhas e legumes não são facilmente encontradas nos demais alimentos. São ricos em vitaminas e minerais importantes para o funcionamento do organismo, previnem doenças e complicações. Por isso, é aconselhável a ingestão de vegetais crus, já que o cozimento elimina uma parte dos nutrientes ríodo, mas depois pode até dobrar de peso”, afirma Rita. 8 - Seguir uma dieta não personalizada. Mesmo que a dieta do abacaxi tenha dado certo para a sua vizinha, isso não significa que funcionará com você. Somente um nutricionista ou nutrólogo poderá estudar seu peso, definir como e quanto você deve perder e estruturar um plano alimentar eficiente. “É preciso verificar a estrutura da pessoa, tirar as medidas, conferir o percentual de gordura para só então definir uma reeducação que realmente funcione”, orienta Rita de Cassia Leite Novais, da Consultoria Alimenta.

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Mastigar 40 vezes pode ser um segredo para emagrecer Estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition

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s pessoas que mastigam várias vezes a comida antes de engolirem ingerem menos calorias e, por isso, tendem a engordar menos. Esta é a conclusão de um estudo de uma universidade chinesa que acaba de ser publicado no American Journal of Clinical Nutrition e que estabelece uma relação direta entre o número de vezes que se mastiga e os níveis de duas hormonas relacionadas com a regulação do apetite. Mastigar quarenta vezes cada garfada, em vez da média normal de 15 vezes, fez com que os participantes do estudo ingerissem menos 12 por cento de calorias, explicou Jie Li, coordenadora do estudo da Harbin Medical University da China. “Comparativamente com os participantes magros, os participantes obesos tiveram uma taxa de ingestão mais elevada e mastigaram menos vezes por cada grama de comida”, concretizou a investigadora. E acrescentou: “Independentemente do peso, os individuos que mastigaram 40 vezes ingeriram menos 11,9 por cento de calorias dos que mastigaram 15”. A equipe de Jie Li deu um pequeno-almoço a 14 jovens obesos e a 16 jovens com um peso equilibrado para observar as diferenças entre a forma como mastigavam. O grupo tentou também perceber se mastigar mais vezes ajuda ou não as pessoas a comerem menos e que efeitos tem isso nos níveis de açúcar no sangue e em certas hormonas responsáveis por regular o apetite. A presidente da Associação Portuguesa dos Nutricionistas, Alexandra Bento, sublinhou que “mastigar devagar e muitas vezes já é uma recomendação comum nas consultas de nutrição”, independentemente da evidência

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científica que existe sobre o assunto e que é muita. “Há várias explicações fisiológicas que o justificam e o mastigar mais vezes e devagar ajuda o reflexo de saciedade que como se sabe não é automático. Estar à mesa deve ser um momento de prazer e de saúde e isso passa por demorar mais algum tempo e por mastigar de forma a saborear todos os alimentos”, lembrou a especialista.

O segredo estará nas hormonas? Já outros estudos anteriores tinham mostrado que comer depressa e mastigar a comida poucas vezes potencia a obesidade. Mas também houve artigos que não conseguiram provar esta correlação. No entanto, Os autores não encontraram diferenças entre o tamanho das garfadas/dentadas

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Mastigar devagar é uma recomendação comum nas consultas de nutrição

Dizem ao cérebro quando começar e quando parar de comer

Mastigar mais reduz a sensação de fome

esta investigação chinesa conseguiu mostrar que a mastigação influencia os níveis hormonais que “dizem ao cérebro quando começar e quando parar de comer”. Em causa está uma hormona chamada grelina que aparentemente vê os seus níveis baixarem quando mastigamos mais, reduzindo a sensação de fome. Pelo contrário, a hormona CCK (colecistocinina ou colecistoquinina) vê os seus níveis aumentarem, o que faz com que a informação de saciedade chegue mais rapidamente ao cérebro. Os investigadores, apesar de reconhecerem que a amostra utilizada só incluiu homens jovens, que foi demasiado pequena e que são necessários mais estudos, acreditam que a descoberta relacionada com estas duas hormonas pode influenciar futuras terapêuticas na área da obesidade, ajudando a controlar o apetite. Os autores não en-

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Mastigar 40 vezes pode ser um segredo para emagrecer.indd 41

contraram diferenças entre o tamanho das garfadas/dentadas entre os dois grupos de participantes, assim como nenhuma relação entre o tempo de mastigação e os níveis de açúcar ou de insulina no sangue. Sobre a redução de quase 12 por cento das calorias no grupo, Adam Drewnowski, diretor do Centro de Investigação da Obesidade na Universidade de Washigton, em Seattle, lembrou também que tal descida pode significar uma perda de peso anual superior a dez quilos. Ainda assim, o especialista ressalvou que muita da comida que ingerimos, como a sopa ou mesmo os gelados, é líquida – pelo que o potencial de redução pode ser afetado.

Nenhuma relação entre o tempo de mastigação e os níveis de açúcar ou de insulina no sangue

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Berlim dá a largada para o Ano da

Alemanha no Brasil Texto Marcio Damasceno

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inistro do Exterior alemão, Guido Westerwelle, apresenta no Encontro Econômico Brasil-Alemanha em Frankfurt catálogo com mais de cem projetos, incluindo temas como cultura, esporte, ciência e economia. Poucas vezes o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, falou com tanta paixão de um evento alemão no exterior como é o caso do projeto Alemanha+Brasil 2013-2014, nome o�icial do Ano da Alemanha no Brasil, a ser iniciado em maio. Talvez isso seja pelo fato de ter participado ativamente do nascimento da iniciativa. “Lembro quando estive no Brasil com o presidente Lula e sugeri a ideia. E o presidente achou ótimo, não pestanejou, topou o projeto na hora”, recordou Westerwelle durante seu discurso no Encontro Econômico Brasil-Alemanha. A apresentação do primeiro catálogo do projeto foi um dos pontos altos do último dia do encontro anual, que reuniu em Frankfurt centenas de empresários, além de políticos e representantes do setor público dos dois países. “Os anos da Alemanha que promovemos no exterior são uma joia de nossa política exterior”, disse Westerwelle ao lançar a publicação, destinada a apresentar os projetos a potenciais parceiros e patrocinadores. O livro inclui mais de cem iniciativas e deve ter outras edições, incluindo outros eventos. “O ano do Brasil na Alemanha é nossa contribuição para o intercâmbio cultural entre os países.”

No Brasil, destaque não só para cultura

Os chamados “Anos Culturais da Alemanha no Exterior” já foram realizados em países como Japão, China, Rússia e Índia. Esta será a primeira vez que o festival abrangerá não só cultura, mas também ciência, economia, educação e esporte. “No Brasil, a peculiaridade é que a Federação Alemã da Indústria obtém pela primeira vez a direção”, explicou o coordenador da parte brasileira do projeto, Claudio Struck, acrescentando que o Instituto Goethe, que geralmente coordena, passou a ser segunda estância no gerenciamento.

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“Queremos apresentar a Alemanha num ângulo de 360 graus. Não será só um ano cultural, não só um ano econômico. Ele mostrará o país em todas as suas facetas”, ressaltou Struck. Segundo ele, essa diversi�icação temática, a ser implementada tendo como focos principais “inovação, sustentabilidade e urbanidade” se deve à força das empresas alemãs no Brasil. O Ano da Alemanha no Brasil, cujo lema será “onde as ideias se encontram”, terá um orçamento de cerca de seis milhões de euros. O projeto está ainda em fase de preparativos, de busca de patrocinadores. Entretanto, alguns eventos principais já estão garantidos, como é o caso da exposição Future Visions, a ser realizada em São Paulo, no Parque de Exposições do Ibirapuera.

Nela, empresas alemãs apresentarão, interativamente, soluções sustentáveis para o futuro nos campos de mobilidade, meio ambiente, segurança, energia e saúde. A mostra deverá ser acompanhada de uma conferência e de eventos ao ar livre. Uma exibição batizada “500 Anos de Arte da Alemanha – de Dürer e Cranach a Baselitz” deverá levar a cidades como Rio, São Paulo e Brasília obras de artistas alemães desde o ano 1500, vindas dos acervos de

Da esq: Stefan Zoller, presidente do BDI Brazil Board, ministro Westerwelle e Klaus-Dieter Lehmann, presidente do Instituto Goethe

Guido Westerwelle, ministro do Exterior alemão, no Encontro Econômico BrasilAlemanha em Frankfurt

museus em Berlim e em Dresden.

Roadshows promoverão eventos Os eventos serão itinerantes, o que será uma característica de grande parte das iniciativas previstas no Ano da Alemanha no Brasil. “A forte concentração nos grandes centros urbanos, que é característica do Brasil, é um desa�io para nós”, observa Claudio Struck.

“Por isso estamos planejando alguns roadshows, que levarão espetáculos e exibições móveis, que percorrerão em caminhões lugares distantes, fora dos grandes centros”, a�irma. “Para isso, já percebemos grande interesse de empresas alemãs do ramo automobilístico para entrarem como patrocinadoras.” Os brasileiros possivelmente também poderão acompanhar o Ano do Brasil na Alemanha em horário nobre. Entre os planos do ano alemão está a produção de 10 capítulos de uma novela da Rede Globo, nos quais dois jovens casais brasileiros percorrem a fervilhante vida cultural da capital alemã, incluindo também locações em Dresden. >>O ano da Alemanha no Brasil é uma iniciativa que prevê a realização de eventos culturais, científicos, educacionais e econômicos no Brasil. Sob o lema “Quando ideias de encontram”, os dois países pretendem estreitar ainda mais a tradicional parceria estratégica e o diálogo, existentes desde o começo do século XIX.

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Berlim dá a largada para o Ano da Alemanha no Brasil.indd 43

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Desafio logístico: parques eólicos no mar

A necessidade de guindastes especiais e o clima agreste: os custos para a instalação, logística, manutenção e transporte de energia são mais caros nas instalações marítimas. A energia eólica de parques construídos no mar custa o dobro da obtida em parques terrestres

Energia na floresta

Muitas regiões querem construir aerogeradores também em florestas. Principalmente no sul da Alemanha pode-se produzir mais energia com rotores bem acima da copa das árvores

Cresce a procura por pequenos aerogeradores

Pequenos aerogeradores servem para casas e para regiões isoladas da rede de energia elétrica e podem ser rentáveis. Existem mais de 600 mil aerogeradores deste tipo ao redor do mundo, que são fabricadas e montadas sobretudo na China e nos EUA

O avanço da energia eólica

Energia vantajosa e limpa

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Texto Gero Rueter

a saúde.

m terra, o vento é muitas vezes a fonte de energia mais lucrativa, sendo o custo de um kilowatt/hora de 5 a 9 centavos de euro. A produção de energia pela queima de carvão tem o mesmo preço, mas ela acaba custando 14 centavos de euro por causa das graves consequências da fuligem sobre

Alemanha aposta na energia eólica

Quase 10% da energia na Alemanha é proveniente da força do vento. No ano 2020, este porcentual deverá ser de 20% a 25%.

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Um investimento para 1.900 famílias

Lucrativo mesmo com pouco vento

Modelo valioso

Energia do vento produz gás

Antigamente, parques eólicos só compensavam se construídos em locais com muito vento, como na costa. Agora, na Alemanha, a instalação de aerogeradores é crescente até no interior, onde a geração de energia pode ser também rentável com aerogeradores mais altos e hélices maiores.

Este parque eólico produz 3,4 megawatts e fornece quase 7 milhões de kilowatts-hora por ano, cobrindo assim a demanda de energia de 1.900 residências. Este tipo de parque custa aproximadamente 3,4 milhões de euros.

Parques eólicos mudam a paisagem e algumas pessoas desaprovam esta ideia. Porém, parques comunitários são bem aceitos, como no município alemão de Morbach.

Com a ajuda da eletrólise, a energia eólica produz hidrogênio, que pode ser guardado e utilizado mais tarde. Na Alemanha, já existe um projeto piloto

Eficiente e barata

Novas oportunidades

Novas fábricas são construídas ao redor do mundo e a pressão sobre os custos e a concorrência é grande. Com uma crescente produção em série, os aerogeradores ficam cada vez mais eficientes e baratos

Cerca de 100 mil pessoas trabalham na indústria eólica na Alemanha. O setor cresceu muito nos últimos 15 anos. Dois terços da produção são exportados = Cerca de 100 mil pessoas trabalham na indústria eólica na Alemanha. O setor cresceu muito nos últimos 15 anos. Dois terços da produção são exportados

Boom global

Em todo o mundo, a potência dos aerogeradores atinge mais de 250 gigawatts (GW), o que corresponde à capacidade de 300 usinas nucleares. Para o ano de 2020, a previsão é que a potência chegue a 1.000 GW

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CAMILLO MARTINS VIANNA*

(*) SOPREN/ SOBRAMES

O Pará e a Segunda Guerra Mundial

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urante o longo período da 2ª Grande Guerra Mundial tropas americanas foram instaladas em alguns estados brasileiros, dentre eles o Pará, onde ficaram acantonadas em diferentes regiões sendo a principal situada no município de Belém. Na capital paraense importantes obras de engenharia foram erguidas, na Base Aérea de Val-de-Cans, visando sua adequação aos tempos de guerra, passando a ter papel importante na movimentação das forças aliadas. Na área pertencente à Aeronáutica brasileira foi erguida oficina mecânica com mão-de-obra especializada americana, em função da falta de qualificação dos trabalhadores locais, com a finalidade de realizar atividades de manutenção de pequenos dirigíveis artilhados, os chamados Blimps, que desenvolviam constantemente ações de controle da costa atlântica, como as realizadas em Salinópolis, bem como em outros municípios na faixa litorânea da Zona do Salgado, hoje conhecida como Amazônia Azul, onde submarinos italianos e alemães sistematicamente atacavam nossos navios de mercadorias e de passageiros. Também da citada Base de Val-de-Cans, no transcorrer da guerra, peridiocamente esquadrilha composta por seis aviões alçava voo de madrugada da capital paraense em missões de patrulhamento. Fato curioso: em determinada ocasião, um desses aviões apresentou sérios problemas mecânicos e tentou aterrissar na praça matriz de Salinópolis, porém não conseguiu em função da presença de pessoas e árvores. Já em emergência,

A base de dirigíveis “Blimps” de Igarapé-Açu, no Pará

pousou na praia do Farol Velho, deixando profundo rastro no local, chamado até hoje de Rego do Avião. Os americanos construíram também duas torres metálicas, de aproximadamente trinta metros de altura, para lançamento dos pequenos dirigíveis sendo que uma estava localizada Pará, no município de Igarapé Açu, e outra, no então Território Federal do Amapá, onde a base erguida é hoje espaço para visitação pública. Em relação à torre situada em solo paraense, é interessante comentar que ao término da guerra, o cabeçote existente na extremidade superior da estrutura me-

EXPRESSO VAMOS + LONGE POR VOCÊ !

tálica foi retirado para permitir a instalação de uma caixa d’água para servir à Força Aérea Brasileira, no entanto, todas as peças foram extraviadas e não se obteve mais nenhuma informação sobre o seu destino. Durante o período de confrontação militar, hove preocupação de ataques por submarinos inimigos pertencentes ao denominado Eixo (forças alemãs e italianas). Por esse motivo, na ilha do Mosqueiro, distrito de Belém, funcionava sob a responsabilidade do exército brasileiro a Bateria da Costa, composta por canhões de longo alcance assentados estrategicamente na praia do

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Dirigível Blimp Classe K, de patrulha

Chapéu Virado sob as sombras de frondosas mangueiras (Mangifera indica), ainda hoje existentes no local. Quando os aviões chegavam a Belém, vindos das fábricas americanas, geralmente de madrugada, dezenas de jovens se deslocavam de bicicleta até a Base de Val-de-Cans para admirar as aeronaves de guerra. Posteriormente todo esse aparato aéreo era direcionado para a cidade de Natal, capital do estado do Rio Grande

do Norte, para ser adequadamente preparado para combate no continente africano. Era grande também o movimento de entrada e saída de militares de tropas do exército brasileiro no Quartel General de Belém, localizado em frente à Praça da Bandeira, na região central da cidade. Nos dias de folga os fuzileiros navais americanos costumavam frequentar a zona de meretrício,

localizada próximo à Praça da República. Em algumas ocasiões, por qualquer alvoroço eram imediatamente recolhidos, pela PM americana, à Base de Val-de-Cans, às vezes com violência, transportados em caminhões com até oito rodas, que faziam sucesso na cidade. Em função de problemas de comportamento de membros da população local e de militares estrangeiros houve a necessidade de que na porta de residências, vizinhas aos prostíbulos, fossem fixadas placas, escritas à mão, indicando que ali era casa de família. Vez por outra os nativos se estranhavam com os americanos. É fato conhecido a confusão ocorrida quando navio de transporte de tropas dos Estados Unidos, após ter passado dois ou três meses na costa da África, atracou em portos paraenses e fez desembarcar a tripulação em Belém à procura de diversão. Foi necessária a intervenção da cavalaria da Polícia Militar do Estado para acalmar os ânimos. Oficiais estrangeiros quando estavam de licença, frequentavam um tal de Amazon Room, situada no Torre para atracação de Blimps, na cidade de Natal

Igarapé Açu, Pará

antigo prédio do Grande Hotel, para promover encontros com algumas mocinhas da cidade. Alguns hábitos também foram introduzidos na realidade paraense à época, como por exemplo, a chamada elite parauara substituiu nos dias festivos o tradicional vinho português pelo whisky trazido por soldados norte-americanos. No ano de 1985, quarenta anos depois do término da guerra, foram encontrados restos de avião norteamericano na região do rio Tapajós por um seringueiro e pescador brasileiro. Uma equipe americana que percorria o mundo, à procura de rastros nos diferentes locais, onde ocorreu o conflito mundial, recolheu partes dos destroços e do que restou da tripulação. No aeroporto da cidade de Macapá, capital do estado do Amapá, na presença do embaixador americano e de autoridades nacionais, foram prestadas homenagens aos mortos que em seguida foram conduzidos de volta ao país de origem.

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É inadiável equilibrarmos nossas vidas profissional e pessoal

Sobre carreira e competência e o necessário equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal

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Texto Zélia Miranda Kilimnik* e José Henrique Motta de Castro**

m nossas pesquisas sobre âncoras de carreira realizadas com alunos de cursos de graduação e pós-graduação, a maioria tem apontado como âncora principal, aquela denominada por Edgar Shein como estilo de vida, que diz respeito ao equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional. O que não deixa de ser surpreendente, considerando que a perspectiva é de se ter que trabalhar bastante, no atual contexto empresarial, caracterizado pela redução dos empregos e pela conseqüente sobrecarga de trabalho. Surpreende e, ao mesmo tempo, explica. A âncora estilo de vida revela um desejo, não necessariamente uma ação concreta no dia a dia ou uma meta já cumprida. Ou seja, esse equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho não é muito fácil de se alcançar e, neste caso, o ditado “querer não é poder” aplica-se muito bem. Fala-se muito, hoje em dia, acerca de competência no trabalho e o conceito de competência está muito relacionado ao exercício 48

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efetivo da capacidade, a colocar a nossa capacidade em ação, a obter resultados. Significa, também, a capacidade de integrar múltiplos saberes, múltiplas habilidades. Podemos deduzir, então, que para alcançarmos o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, temos que ser, antes de tudo, muito competentes em termos de comportamentos e ações determinadas e concretas voltadas para transformar essa meta em realidade. É bom salientar ainda que tal equilíbrio necessita ser dinâmico, o que comporta alguns momentos em que se dedicará mais tempo ao trabalho e outros mais tempo à vida pessoal (família, saúde, lazer, cultura, etc). A dificuldade em se atingir esse nível de competência, o do equilíbrio dinâmico entre a vida pessoal e o trabalho, é algo que também deveria ser de interesse das empresas, numa tentativa sistemática de se encontrar soluções adequadas a cada realidade organizacional. A médio e longo prazo, os ganhos que se obtém, quando as pessoas alcançam, ou se aproximam desse

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equilíbrio, muito provavelmente, serão muitas vezes superiores ao de quando elas se sacrificam e se desgastam continuamente em prol do trabalho, embora possam até apresentar melhores resultados no curto prazo. É certo que nem todas as empresas se importam com isso, pois muitas trabalham com elevada rotatividade de pessoal, mas existem outras que não podem atuar dessa forma, necessitando que seus funcionários estejam bem, física e psicologicamente. São empresas pautadas por valores éticos e humanistas e/ou cujos clientes estão dispostos a pagar um pouco mais por produtos, ou serviços de melhor qualidade. Essas empresas deveriam começar por dar mais atenção à questão das férias, por exemplo, pois elas representam um dos principais mecanismos criados para se tentar equilibrar as demandas da vida pessoal e as do trabalho. Ou seja, quando um trabalhador consegue tirar férias de no mínimo 15 dias, duas vezes por ano, e fica realmente sem trabalhar, tem condições de se refazer do estresse e obrigações do dia a dia, tem condições www.paramais.com.br

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de equilibrar um pouco sua vida. Sendo assim, a pessoa “respira” um pouco, cuida um pouco mais de si e de sua família, retoma amizades e se prepara para voltar com mais energia para o trabalho. É bem verdade que a nossa sociedade está se tornando altamente complexa. O celular e o computador insistem em nos perseguir fora do local e períodos de trabalho (o que inclui as férias). Portanto, outro aspecto importante da competência “equilíbrio dinâmico entre a vida pessoal e o trabalho” é não nos deixarmos levar por essas imposições tecnológicas, por esses automatismos, como o de verificar a caixa postal do correio eletrônico a cada momento. O conceito de competência, de acordo com Le Boterf e Zarifian, está relacionado à reflexibilidade e à capacidade de lidar com a complexidade e, situações como as que nos defrontamos em períodos que deveriam ser de relaxamento e descanso representam, ao contrário do que se poderia imaginar pelo senso comum, um grande desafio neste sentido. A capacidade de lidar com o tempo nesses períodos, por exemplo, torna-se uma arte, já que vem se tornando quase rotineira a sensação de que o tempo está voando. Sendo assim, saber planejar torna-se essencial, o que inclui identificar as nossas prioridades e nos conscientizarmos da importância de se relaxar de verdade. É importante ficar claro que algumas coisas simplesmente não poderão ser feitas, pois senão

O celular e o computador insistem em nos perseguir fora do local e períodos de trabalho (o que inclui as férias)

caímos na armadilha de ficar com uma agenda de executivo: segunda de manhã, médico; à tarde, dentista; terça, manhã, supermercado; à tarde, comprar roupa; à noite, sair; na quarta, de manhã, ginástica; e depois, fazer aquela arrumação na casa. Na quarta, à tarde, quem sabe assistir a um cinema, às 15:40 horas. Sinceramente, percebemos que precisamos descansar, mas o que fazemos? Quando viajamos, programamos um passeio diferente a cada dia, além de intensa programação noturna, ou nos desgastamos com pequenos contratempos como atrasos de avião e mau atendimento nos hotéis ou pousadas. Com isso Necessário equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal

voltamos ao trabalho sem realmente estarmos refeitos, mais criativos e tranqüilos. Tudo isso leva a crer que é inadiável equilibrarmos nossas vidas profissional e pessoal., revelando-se tal competência como cada vez mais importante para o mundo em que vivemos. A “administração” dos tempos de folga do trabalho e a percepção do prejuízo causado pelo “excesso” de competência somente no âmbito profissional poderiam servir como pontos de partida nessa busca. Finalmente, vale lembrar que o conceito de sucesso na carreira atualmente está muito ligado ao equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, como muito bem expressa a seguinte reflexão, encontrada em site da internet e atribuída a Einstein: “É um mito acreditar que o sucesso apenas profissional é medida de valor, que sem ele não há felicidade e, principalmente, que ele traz felicidade, já que: 1) muitas pessoas de sucesso não têm valor e muitas pessoas de valor não têm sucesso; 2) a felicidade está dentro da mente, não fora e ela é estado de bem-estar, um estado de auto-aceitação, uma disposição a gostar das coisas, a capacidade de ligar-se à vida, fruir o que ela traz; as coisas melhores da vida estão ao alcance de quase todos; 3) Quem não tem sucesso, não precisa ficar esperando por ele para ser feliz. Quem tem sucesso e sabedoria saberá apreciá-las também (porque não?) e aí verá que o resto não é tão relevante assim”. (*) Doutora em Administração e professora da FUMEC/MG) (**) Mestre em Administração e funcionário da Caixa Econômica Federal

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Rápido, vá devagar

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Texto Ivan Postigo *

stamos em uma enrascada. Quem passou a vida trabalhando mais de doze horas por dia, não são poucos, acha que não vale à pena. No norte da América, onde as idéias que dão certo tornam jovens milionários, o excesso de esforço tem sido questionado e a defesa a uma vida com melhor qualidade veiculada, o que dizer então a respeito do sul? Ir rápido porque e para onde? Mulheres no topo das organizações já não é mais novidade. Não só são aceitas como incentivadas. Algumas optaram por desenvolver suas carreiras, trocando de posição com os maridos, que cuidam da casa e das crianças. Estranho? Não mais. Agora, estranho é estranhar. Conforto não é de graça. Nada é grátis nesta vida. Ora, então que o providencie quem tiver as oportunidades. Qual a novidade então? Elas estão enfartando mais! Filhos, poucos e bem cuidados. Quem puder e souber os eduque, pois as ruas farão o contrário. Vovó lavava a boca dos netos com sabão quando diziam palavrões, insistia para que tomassem cuidados, pois os costumes de casa iam à praça. O mundo mudou. O chinelo foi aposentado, o sabão proibido, vovó foi para o retiro, os pais estão ausentes para obter renda para comprar o conforto, com isso os costumes da praça agora é que vão a casa. Palavrões em casa? C...caramba, como falam! Estamos todos muito ocupados

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Ir rápido porque e para onde?

Mundo aberto, sem proibições. Descriminalizar é a moda. Um amigo perdeu o filho. As drogas o levaram. Overdose. Não é mais o mesmo. Jamais imaginou que isso pudesse acontecer. O garoto sempre foi excelente aluno, exAssisti meu próprio filme

ceto no último ano em que se envolveu com as drogas e ninguém sabia o que estava acontecendo. O que pensa hoje o pai? Não sei. Anda pensativo. Diz que tinha a mente aberta, mas neste momento apenas boca fechada. Conhece pessoas com HIV positivo? Eu conheço. A guardete de uma empresa de serviços que contratei e o filho de um amigo. Meu contato, até então, era o filme Filadélfia com Tom Hanks. Senti o peso da questão quando ele se sentou em minha sala e em prantos falava sobre o impacto da notícia. Em segundos assisti meu próprio filme:

Também tenho filhos! Sempre que posso digo a eles: - Vão com calma, sejam cuidadosos, prevenidos... Eles ouvem? Sempre. Respondem? Só quando os encho muito. A frase é curta e direta: - Dá um tempo! Estão apenas usando o que aprenderam comigo quando eu queria que parassem com as peraltices. E as conquistas? Muitas. E o tempo para desfrutar? Pouco. Lembra do velho ditado das duas alegrias: Uma na compra e outra na venda? Cada vez mais válido. Um domingo, pela manhã, encontrei um amigo com uma maravilhosa motoca prata, mais de mil cilindradas. Feliz. Tinha realizado um sonho. Insistia para que eu também fizesse o mesmo. Passado algum tempo voltei a encontrá-lo caminhando. Disparei - Cadê a moto? Ele, mais feliz ainda, respondeu: - Vendi. Não tinha tempo para usar. Disse: Puxa, ainda bem que não te ouvi. Ele:- Sorte sua, porque vender foi minha segunda alegria. Aproveitei e perguntei: - Preciso fazer uma revisão no carro, quando posso deixar contigo? – um dos melhores mecânicos que conheço. Levei um susto com a resposta: - Passa lá sábado a tarde. Um tambor batia incessantemente na minha mente: Sábado à tarde? Não tinha tempo para a motoca, mas tem para trabalhar? Estamos todos muito ocupados. Será que a questão está em trabalhar mais ou melhor? Acho que não tem jeito. Rápido, mas muito rápido, teremos que ir mais devagar!

Rápido, mas muito rápido, teremos que ir mais devagar!

(*) Diretor de Gestão Empresarial da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão www.paramais.com.br

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