Revista
Pará+ SETEMBRO 2012
BELÉM-PARÁ
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ISSN 16776968
EDIÇÃO 127
Editora Círios
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Sairé é festa da cultura em Santarém. Ampliação do Hospital Regional do Oeste
Água e saneamento básico para a polução
Caravana Propaz no Baixo Amazonas
Semana do Bebê - Cuidados na primeira infância
Estação Cidadania Integração de serviços
Ginásio Poliesportivo 5 mil lugares
Primeiro Propaz Integrado do interior
Salão do Livro - 300 editoras presentes
Reforma da Escola Romana Tavares Leal
Primeira eliminatória do Servifest
Conclusão do Colosso do Tapajós
Novas viaturas para Região Oeste
Para o Governo, Santarém também merece a festa do esporte, da cidadania, da educação, da qualidade de vida.
GRIFFO
Uma das grandes festas da cultura popular da Amazônia acontece em Santarém. O Sairé, com a disputa dos botos, une a cidade em torno dessa riqueza construída pela criatividade do povo santareno. O Governo do Pará participa desse momento de alegria. E trabalha para que Santarém viva outros bons momentos. Nos esportes, com a construção do ginásio poliesportivo e do novo estádio olímpico. Na cidadania, com a entrega da Estação Cidadania e a realização da Caravana Propaz. Na Educação, com a restauração da escola Rodrigues dos Santos, a recuperação de 15 escolas e entrega da Escola Tecnológica. Na qualidade de vida com novas obras de saneamento, pavimentação e ampliação do Hospital Regional. E muito mais. Governo do Pará e Santarém. Juntos na grande festa da cultura e na vida.
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DPZ
Erradicação da miséria
Transparência e ética
Qualidade de vida
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Revista
N E S TA E D I Ç Ã O EDIÇÃO 127 - SETEMBRO/2012
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O Governo do Pará em Tóquio
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A escola como fonte de talentos olímpicos
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Programa de Interiorização
16 Voto consciente: Exercício de cidadania e de soberania da vontade popular
PUBLICAÇÃO
14 Casa da Mineração foi inaugurada em Belém
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Plano Safra beneficia trabalhadores da agricultura familiar no Pará
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Hemopa faz parceria com escolas para captar jovens doadores
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Atividade física, ainda que tardia, ajuda a proteger o coração
Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 EDITORA CÍRIOS CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br
ÍNDICE DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Armando Guevara, Camillo Martins Vianna, Danielle Ferreira, Eduardo Zugaib, Gudrun Heise, Ivan Postigo, Jorge H. Fernandes, Nair Gusmão, Marco Sanchez, Rodrigo Maroja Barata, Ricardo Jordão Magalães, Ronald Junqueiro, Sergio Pandolfo, Vanessa Brito, Vera Rojas; FOTOGRAFIAS: Arquivo IBRAM e Simineral, Arquivo Pará+, Fernando Nobre/ Ag. Pará, Máira Clívia, Nivaldo Silva, Rodrigo Lima, Ronald Junqueiro, Sebastião Fernandez e Zózimo Cristóvão; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
Editora Círios, a única editora do Norte associada a Associação Nacional de Editores de Revistas
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SETEMBRO
2012
EDIÇÃO 127
ISSN 1677
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Neurociências
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Parto natural é benéfico ao desenvolvimento cerebral dos bebês
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O que iremos comer daqui a 20 anos?
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Vida eterna. Se minhas loucuras tivessem explicações, não seriam loucuras Por que não?
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Casos Médicos: O renascer da esperança A assustadora curva da criatividade Nova classe média brasileira gera necessidade de empresas se reinventarem Cinema e meu Pai
Ausência do orgasmo pode provocar doenças e transtornos mentais
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O Governo do Pará em Tóquio Firmado contrato de empréstimo na sede da Jica Texto Ronald Junqueiro Fotos Ronald Junqueiro/ Ag. Pará O governador Simão Jatene e o vicepresidente sênior da Jica, Hideaki Domichi, após a assinatura dos documentos que garantem o BRT metropolitano
tudo irá funcionar”. O governador destacou os resultados positivos que virão com a implantação do BRT, sistema que beneficiará especialmente a camada mais pobre da população, que enfrenta todos os dias as dificuldades impostas pelo transporte público em Belém e municípios vizinhos.
Impacto positivo
O
governo do Pará fechou um ciclo que levou duas décadas para ser concretizado, o projeto de implantação do Bus Rapid Transit (BRT), que integra o novo traçado de vias de trânsito em Belém e mais quatro municípios da Região Metropolitana. O governador Simão Jatene assinou em Tóquio (Japão), o contrato de empréstimo, no valor de R$ 320 milhões, com a Jica (Agência Internacional do Japão), na sede da empresa, que foi representada no ato pelo vice-presidente sênior, Hideaki Domichi. A cerimônia começou com a leitura do acordo de empréstimo e a assinatura de mais dois documentos, além do contrato, que garante o empréstimo, e o memorandum. Ao dar as boas vindas ao governador Simão Jatene e à comitiva que o acompanhou na missão oficial do Pará, Hideaki Domichi enfatizou a alegria de concluir o projeto, “que faz parte do plano do Pará há mais de 20 anos”. Ele fez uma retrospectiva dos problemas do trânsito em Belém, levantados nestes anos de negociação para deslanchar o projeto, o qual considerou, assim como o governador, um marco histórico na nova fase da mobilidade urbana na capital do Estado. Depois de fazer a troca de documentos, 06
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conferidos previamente por representantes do governo do Pará e da Jica, o vice-presidente da agência agradeceu e lembrou as relações históricas entre o Japão e o Brasil, destacando a grande importância do Pará, onde planeja investir em novos projetos. “No Pará há a terceira maior colônia japonesa do Brasil, atrás apenas de São Paulo e do Paraná, e fico muito feliz em participar dessa cooperação técnica. Espero que as relações entre Brasil e Japão, Jica e Brasil e Jica e Pará continuem”, afirmou Hideaki Domichi. Simão Jatene agradeceu a maneira “gentil e fraterna com que estamos sendo recebidos e pela assinatura deste contrato, que é um sonho antigo, e tenho confiança de que
O diretor geral da JICA no Departamento da América Latina e Caribe, Takashi Takano e o diretor geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano NGTM, Cesar Meira assinam documentos do Memorandun na sede da JICA
Em seguida, o governador agradeceu a todos os técnicos que participaram do projeto, e reafirmou que as dificuldades até agora só foram superadas graças à “cooperação entre a equipe da Jica e o povo do Pará”. Jatene ressaltou o impacto positivo que se instala com o projeto, não apenas na ordenação do trânsito, como também na questão ambiental, pois a circulação de meios de transporte como o BRT tem um papel importante no combate ao efeito estufa. A Jica, durante o planejamento do novo modelo de transporte urbano, simulou o funcionamento desse sistema de transporte, e os pré-estudos demonstraram a diminuição significativa da emissão de gases poluentes na atmosfera. “Eu trago aqui o agradecimento do povo do Pará”, finalizou o governador. Hideaki Domichi também agradeceu mais uma vez a parceria com o Pará, e disse
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Jatene mostra a investidores japoneses as oportunidades de negócios no Pará
Na sede da Jica (Agência Internacional do Japão), o acordo para a criação do Bus Rapid Transit, que vai ligar Belém a Marituba para atender municípios da Região Metropolitana de Belém
que em seus 40 anos dedicados aos negócios estrangeiros nunca teve oportunidade de conhecer o Brasil, e que no ano passado veio ao país apenas para tentar um encontro com a presidente Dilma Roussef, pois queria tratar sobre o projeto do governo para implantar o trem de alta velocidade, conhecido como trem-bala, no trecho entre as cidades de São Paulo e Campinas. Ele informou que tem interesse em participar da licitação para execução do projeto, que será lançada em outubro. O executivo afirmou que o Brasil é um mercado promissor para negócios e, segundo ele, “em termos de economia o Brasil vai ultrapassar o Japão em 2050”. “Nós queremos construir uma base global, que inclui o Brasil”, declarou Domichi, exemplificando os investimentos que a Jica está fazendo em Moçambique (África), com o projeto “Pró-Savana”, voltado ao desenvolvimento agrícola naquele país. “O Brasil tem um alto potencial agrícola, e temos interesse em implementar ações nesse setor”, garantiu. Simão Jatene disse compartilhar da visão do executivo da Jica, ressaltando que o Brasil vive um momento especial, marcado por dois fatores: a estabilização da moeda e a consolidação democrática. Segundo o governador, hoje, para o Brasil, a questão do estado supera as questões partidárias, e reforçou a crescente compreensão do país de que é preciso combater a pobreza e a desigualdade.
Cidades e soluções
O embaixador brasileiro no Japão, Marcos Galvão, presente ao ato de assinatura do acordo de empréstimo para construção do BRT, expressou o reconhecimento do Brasil a esse tipo de cooperação, pois, afirmou ele, entre os países emergentes é o que possui a maior taxa de urbanização, muitas vezes num crescimento maior do que o esperado ou do que seria razoável. O embaixador res-
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saltou “a importância humana desse projeto. A Jica tem feito história no Brasil, e agora cria um elo humano entre o Pará e o Japão”. Sobre a alta taxa de urbanização, o diplomata analisou que essa realidade “gera enormes desafios, como o da mobilidade, mas isso, por outro lado, desperta o sentimento de que as soluções para os problemas brasileiros podem estar fora das cidades, em projetos agroflorestais, como em Tomé-Açu
As oportunidades de investimentos que o Pará oferece a empresas internacionais foi o tema central da palestra realizada pelo governador Simão Jatene na sede do Keidaren, em Tóquio, que ampliou a rodada de encontros programados durante a visita da missão governamental ao Japão. Na exposição feita a representantes de companhias internacionais, o governador traçou um perfil geral das mais importantes áreas estratégicas onde o Japão pode investir, do minério, setor mais evidente na economia paraense, ao desenvolvimento de pesquisas e inovação tecnológica. “Somos um Estado francamente exportador que tem sua economia fundada na exportação. Em 2011, nossas exportações superaram os US$ 18 bilhões, enquanto as nossas importações superaram US$ 1 milhão. Isso nos coloca na condição de sermos o segundo maior saldo na balança comercial brasileira”, disse o governador, arrematando esses dados com outra informação: a de que as exportações continuam concentradas em produtos primários e semi-elaborados, especialmente o minério.
Ana Lúcia de Oliveira, procuradora da Fazenda Nacional e o vice presidente sênior da JICA, Hideaki Domichi
(município do nordeste do Pará, onde há uma expressiva comunidade de japoneses e descendentes)”. Acompanharam o governador Simão Jatene no ato de assinatura do acordo de empréstimo a procuradora da Fazenda Nacional, Ana Lúcia de Oliveira, que firmou o termo de garantia para reconhecimento em cartório, e o diretor geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), Cesar Meira, que assinou o memorandum, juntamente com o diretor geral do Departamento da América Latina e Caribe, Takashi Takano. Da solenidade participaram também o secretário especial de Proteção Social, Sérgio Leão, e a diretora executiva do NGTM, Marilena Mácola.
Jatene enfatizou, ainda, as áreas propícias à expansão de investimentos e mostrou regiões onde há atividades importantes como a produção de palma, que conta com 25 milhões de hectares disponíveis para cultivo; e de grãos, onde o Pará é o sexto produtor de arroz e o 14º na produção de soja, quem tem uma fronteira aberta para expansão. Também mostrou as regiões onde predomina a pecuária, atividade que coloca o Pará como o 5º. rebanho do Brasil, com aproximadamente 18 milhões de cabeças. Dessas, um milhão são exportadas em pé. O governador ressaltou a possibilidade da expansão agrícola, sem avançar na floresta, substituindo extensões ocupadas por uma pecuária pouco intensiva. Apresentou Pará+
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alternativas da exploração florestal sustentável em unidades de conservação; piscicultura e pesca. Pontuou o setor da fruticultura, com a produção do cupuaçu, cacau, coco, banana e fez uma menção especial ao açaí que começa a ter destaque no setor de exportação para o Japão através da empresa Fruta Fruta. “Hoje, para minha alegria, visitei um supermercado onde estava sendo vendido o nosso açaí”, contou Jatene. O minério também ganhou destaque ao final da exposição, quando o governador apontou a posição do Pará no ranking do setor: o segundo maior produtor de ferro e níquel do mundo, e o maior de bauxita, manganês, caulim e cobre. “Apesar do carinho que temos por Minas (Gerais), em breve os ultrapassaremos na produção mineral”, descontraiu. A área mais nova a receber investimentos do governo é a de biotecnologia e bioindústria. “Sempre digo que a floresta amazônica é talvez a maior biblioteca do mundo, basta que saibamos lê-la”, disse Jatene, apontando inovadoras possibilidades de investimentos na área de cosméticos e fármacos, atividade esta que ganhou impulso com a criação da Parafarma, que
posição para os 24 associados Keidaren, entidade representativa do segmento empresarial do Japão, convidados para o evento. A palestra foi mediada pelo conselheiro Takao Omae, da Mitsui, moderador do debate que
O governador falou para os 24 associados Keidaren, entidade representativa do segmento empresarial do Japão, convidados para o evento
atende ao chamado do governo federal para a produção nacional de medicamentos que tem no Sistema Único de Saúde o principal comprador. O governador avaliou que a percepção das potencialidades do Estado é comprovada por esses investimentos, em setores que, juntos, somam aproximadamente R$ 130 bilhões nos próximos quatro anos. Disse, ainda, que para que isso aconteça acredita que o Pará precisa de uma base de sustentação fundada no que ele chama de tripla revolução: pelo conhecimento, produção e por novas formas de gestão e governança. Esse é o eixo da criação dos parques tecnológicos que serão criados em Belém, projeto que está já em andamento. O governador Simão Jatene finalizou a ex08
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O embaixador do Brasil no Japão, Marcos Galvão, e o governador Simão Jatene na mesa de debates na sede do Keidaren
se seguiu à exposição feita pelo governador. Esse momento serviu para que os empresários falassem sobre as possibilidades de investimentos no Pará no âmbito dos setores de infraestrutura e logística. Jatene mencionou os investimentos que serão feitos na educação - da ordem de US$ 300 milhões de dólares, em empréstimo contraído junto ao BID -, por entender que é na formação média está a base do profissional no futuro, e ainda os feitos em logística e infraestrura, para os quais o Governo do Estado busca parcerias públicas e privadas. Sob esse aspecto, mostrou que Japão pode ser um parceiro em potencial, até mesmo pelos laços que aproximam os dois países. “O Pará é o Estado brasileiro que tem a terceira maior colônia japonesa. “Este é o momento é de fortalecermos uma amizade que possa ser entendida como complementaridade e que seja bom para ambas as partes”, finalizou. Nobuko Sanui, diretora da Keidaren, e o moderador do debate, Takao Omae
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A escola como fonte de talentos olímpicos Texto Armando Guevara*
A
recente participação do Brasil nos Jogos Olímpicos na Inglaterra e a oportunidade de sediar a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 reforçam a necessidade de discutir como o País deveria promover o esporte amador e investir em novos talentos. Em 21 participações em Olimpíadas, o Brasil mantém ainda a 15ª posição como sua melhor colocação, conquistada na Antuérpia, na Bélgica, há mais de 90 anos. De lá para cá, pouca coisa mudou, principalmente no que se refere ao apoio ao esporte amador e à forma como os atletas brasileiros se credenciam às competições, quase que exclusivamente graças ao incentivo da família, amigos e treinadores. A participação brasileira em Londres
A bolsa de estudos esportiva permite desenvolver a habilidade em uma das 28 modalidades olímpicas
aponta outros sinais de fragilidade, em que pese à falta de incentivo que desperdiça talentos. Em Londres, dos 252 atletas, quase a metade (123) eram do eixo Rio-São Paulo. Juntas, as regiões Sul e Sudeste somavam 72,61% dos atletas da delegação brasileira, enquanto Norte, Nordeste e Centro -Oeste, com maioria dos estados e maior porção territorial, com 49 atletas, representavam 19,44% do “Brasil Olímpico”. Diferentemente do que acontece aqui, nos Estados Unidos, a escola tem papel fundamental na promoção do esporte amador e na descoberta de novos talentos. É ela quem forma a base de atletas de alto desempenho e revela possíveis medalhistas olímpicos. Nas universidades norte-americanas não é diferente. Proibidas de realizarem qualquer transação financeira com equipes
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A escola como fonte de talentos olímpicos.indd 9
No Campeonato Escolar Olímpico
profissionais, as universidades promovem o esporte amador com a realização de ligas universitárias. Como retorno do investimento realizado no estudante-atleta, a universidade reforça seu marketing esportivo, fideliza alunos e ex-alunos, vende produtos licenciados e, sobretudo, consegue retorno de imagem junto à comunidade local. Um exemplo desse investimento é a oferta de bolsas de estudos. As universidades norte-americanas oferecem anualmente cerca de 350 mil bolsas de estudos, 80 mil das quais destinadas a estudantes estrangeiros. O esporte na escola movimenta mais de um bilhão de dólares em bolsas esportivas e ajuda financeira a estudantes todos os anos e também incentiva o empreendedorismo privado. Um exemplo disso é a criação de empre-
sas como o Collegiate Sports of America (CSA), hoje uma das maiores e mais tradicionais no recrutamento de jovens esportistas, que há 30 anos auxilia estudantes a conseguir bolsas de estudo nos Estados Unidos. Recentemente, o CSA desembarcou no Brasil com o mesmo propósito, o de selecionar talentos em esportes e encaminhá-los a universidades norte-americanas. Para o jovem estudante, além da possibilidade de reunir qualificações que o diferenciam em um mercado de trabalho acirrado, a bolsa de estudos esportiva permite desenvolver a habilidade em uma das 28 modalidades olímpicas oferecidas pelas universidades americanas. O modelo de eficiência explica o porquê de os Estados Unidos serem uma potência olímpica e inspira a construção de uma nova realidade Para o jovem para o Brasil.
estudante, a possibilidade de reunir qualificações
(*) Diretor do Collegiate Sports of America no Brasil.
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Programa de Interiorização Santarém reúne 650 participantes para receberem capacitação do TCE
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Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA), após realizar com sucesso a primeira edição do Programa de Interiorização em Bragança, em 2011, deu continuidade a iniciativa nos últimos dias 23 e 24 de agosto. Desta vez, a ação esteve em Santarém, maior cidade da região Oeste do estado, onde conselheiros e técnicos do tribunal estiveram para levar orientação e capacitação aos seus jurisdicionados que vivem e trabalham naquela região paraense. Santarém, também conhecida por “Pérola do Tapajós, recebeu a programação do “Conversando com o Controle Interno e Jurisdicionados”, tema desta segunda edição do seu Programa de Interiorização com grande aceitação e entusiasmo. Superando todas as expectativas – a organização do evento calculara em cerca de 300 o número de inscritos – , o TCE capacitou e orientou mais de 650 participantes. De acordo com o presidente do tribunal, conselheiro Cipriano Sabino, o evento foi criado com a missão de apresentar a missão pedagógica constitucional da Corte de Contas à gestores e servidores públicos; profissionais liberais e estudantes universitários, e qualquer outra categoria de jurisdicionado que receba recursos do erário estadual de todas as regiões paraenses. “Nós percebemos que nas prestações de contas os erros apresentados ocorrem, muitas vezes, pela falta de orientação, treinamento ou de atualização permanente por parte de muitos gestores. Este evento surge para que prefeitos e demais servidores errem menos. E a sua finalidade também é prevenir, orientar e capacitar todos que recebem recurso público do Estado. Estou muito feliz pela participação e presença de todos. Após estarmos em Bragança, ano passado, viemos aqui também mostrar o trabalho do Tribunal de Contas, além de afirmar que o TCE pode ser, sim, utilizado como ferramenta social”, assegurou Cipriano Sabino. Coordenado pelo corregedor do TCE, conselheiro Ivan Cunha, o Programa de Interiorização contou com palestras ministradas por técnicos do TCE e da Secretaria
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Conselheiro Ivan Cunha, prefeita de Santarém Maria do Carmo, vice-governador Helenilson Pontes, a conselheira Maria de Lourdes Lima de Oliveira, e o presidente do TCE, conselheiro Cipriano Sabino
de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças (SEPOF), além do pronunciamento de abertura, realizado pelo corregedor da corte. Com o tema “O Papel do Tribunal de Contas do Estado e as Atribuições do Controle Interno”, Cunha deu início aos dois dias de trabalhos. “Quem administra o dinheiro público prePrefeita Maria do Carmo, cons. Cipriano Sabino, vice-governador e o cons. Luis Cunha
cisa ter bastante cuidado e conhecimento. O bem público merece atenção redobrada do administrador, pois esse bem só tem um dono, que é o povo. Com isso, o Tribunal de Contas vem até Santarém para diminuir os índices de falhas nas prestações de contas. Ou seja, o Programa de Interiorização têm como principal objetivo, prevenir e orientar
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Mesa oficial de abertura do evento Conselheiro André Dias
Conselheiro Cipriano Sabino com os palestrantes Antônio Roberto Gomes e Luiz Roberto Reis e o coordenador de Controle Interno do TCE, Luiz Gonzaga e o diretor do Departamento de Controle Externo, Reinaldo Valino
Conselheiro Ivan Cunha, corregedor do TCE-PA
Vice-governador Helenilson Pontes, cons. Cipriano Sabino e a prefeita de Santarém Maria do Carmo www.paramais.com.br
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os gestores e técnicos dos órgãos públicos”, salientou o corregedor do TCE-PA. Improbidade administrativa, Procedimentos para Captação de Recursos junto ao Fundo de Desenvolvimento Econômico do Estado (FDE-SEPOF)” e “Fundamentos de Licitação e Contratos Administrativos” foram os temas que deram continuidade à programação do primeiro dia. A segunda etapa do encontro teve início com a manifestação do procurador geral do Ministério Público de Contas do Estado (MPCE), Antônio Maria Cavalcante. O procurador apresentou ao público presente a palestra “Prestação de Contas sem Mistérios: como comprovar o correto uso do dinheiro público”. Concomitante ao pronunciamento, foi exibida a versão eletrônica da cartilha. Logo após, foi a vez da palestra “Planejamento Público e Transparência” e, em seguida, “Contabilidade Aplicada ao SePará+
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Marta Bembom, consultora jurídica do TCE-PA
Palestrante Antonio Roberto Gomes
Técnica da SEPOF, Patrícia Godoy, durante palestra
Palestrante Luiz Thomas Conceição Neto
Auditório do Barrudada Hotel Tropical completamente lotado
tor Público”. A parte final da programação contou com a palestra “Prestação de Contas de Convênios com Recursos Estaduais sob a ótica da nova Lei Orgânica do TCE-PA”.
Autoridades presentes
Compuseram a mesa oficial durante a cerimônia de abertura, o presidente do TCE, conselheiro Cipriano Sabino; o coordenador do evento e corregedor do Tribunal, conselheiro Ivan Cunha; os conselheiros Luis Cunha (vice-presidente), André Dias e a conselheira, Lourdes Lima. O vice-governador do Estado, Helenilson Pontes; a prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins; o procurador geral do Ministério Público de Contas (MPCE), Antônio Maria Filgueiras Cavalcante; o deputado
estadual Nélio Aguiar; a secretária geral da Ordem dos Advogados, Glaucia de Fátima Cidoneo; José Gumercino Rebelo, presidente da Academia Santarena de Letras; o membro da Associação de Letras, Eriberto
Cléo Bernardo: TCE relança livro
Siqueira dos Santos; o prefeito de Rurópolis, Aparecido da Silva e o assessor jurídico da Associação dos Municípios da Calha Norte (AMUCOM), Nelson Diniz também formaram a mesa de abertura.
Conselheiro Nelson Chaves, autor da proposição da reedição do livro “A Pé com a Liberdade”, do escritor paraense Cléo Bernardo, falecido em 1984
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urante a solenidade de abertura do Programa de Interiorização, o Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA) lançou a reedição do livro “A Pé com a Liberdade”, do escritor paraense Cléo Bernardo, falecido em 1984. A homenagem aconteceu após preposição do conselheiro Nelson Chaves, aprovada por unanimidade pelo Pleno do TCE. O livro contempla uma coletânea de artigos do escritor publicados na imprensa local.
Conselheiro André Dias no lançamento do livro de Cléo Bernardo de Macambira Braga 12
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Cléo Bernardo, embora natural de Belém, fez toda sua carreira em Santarém. Escritor, político, professor, patrono da cadeira número 7 da Academia Santarena de Letras, Bernardo foi voluntário da Força Expedicionária Brasileira que combateu na Segunda Guerra Mundial. Para muitos que tiveram o privilégio em conviver consigo, ele foi uma grande personalidade da sua geração, que se imortalizou pelas suas obras, lutas e ideais. “Viveu, nesta terra, um dos homens mais dignos; um dos tribunos mais brilhantes que conheci, que foi o professor, o político, o deputado Cléo Bernardo de Macambira Braga. Esse homem foi cassado dos seus direitos políticos e depois, na década de 70, o Chico Buarque com Sivuca fizeram uma canção – tenho a impressão que, se o tivessem conhecido, se inspirariam na vida do Cléo Bernardo, porque ele dizia: ‘No nosso país, a gente é obrigado a ser feliz’”, disse o conselheiro propositor Nelson Chaves, sobre o homenageado.
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Concurso Público TCE-PA recebe novos auditores depois de 40 anos
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pós a sessão plenária de 28 de agosto, o Pleno do Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA) empossou, no cargo de auditor, os quatro primeiros colocados no concurso público realizado pela corte depois de um hiato de mais de quarenta anos sem promover certame para o cargo. Durante a solenidade, o presidente do TCE, conselheiro Cipriano Sabino, deu as boas vindas aos novos servidores Patrícia Sarmento dos Santos, Odilon Inácio Teixeira, Milene Dias da Cunha e Julival Silva Rocha. Coube a Sabino presidir a cerimônia. Também estiveram presentes o vice-presidente da corte, conselheiro Luis Cunha e os conselheiros, Nelson Chaves, Lourdes Lima e André Dias. “Após 40 anos sem realizar concurso para ingresso de novos auditores, hoje estamos empossando esses quatro novos profissionais públicos e cumprindo com o que Constituição do Estado determina. Ou seja, o TCE está assegurando que todas normas e exigências sejam realizadas. Ficamos felizes e motivados com a chegada dos novos auditores, e esperamos, que eles contribuam significamente com a missão do tribunal”, ressaltou o conselheiro Cipriano Sabino. O procurador geral do Ministério Público de Contas do Estado (MPCE), Antônio Maria Conselheiros Luis Cunha e André Dias
Plenário Cons. Emílio Martins, durante a solenidade
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tou três peças, sob regência do maestro Jeremias Progênio.
Concurso
Presidente do TCE, Cipriano Sabino, no ato de assinatura da posse, no cargo de auditor, dos quatro primeiros colocados no concurso
Filgueiras Cavalcante também participou da cerimônia, e saudou os auditores em nome do parquet ministerial. “São novas ideias e maneiras de pensar. É um momento histórico e de renovação para o TCE. A corte de Contas está passando por uma fase de transformação, onde a transparência é a busca por orientar os jurisdicionados. O Ministério Público de Contas também está na fase de inscrição do concurso público, que irá aprovar novos procuradores até janeiro de 2013”, salientou o procurador geral do MPCE. Pelo TCE, o conselheiro André Dias foi o responsável pela saudação aos concursados Após dar-lhes as boas vindas, o conselheiro falou sobre as ações do tribunal. “ Essa posse é fruto de muitas ações, por mais de 40 anos não existia concurso para novos auditores. É muito importante observamos este vento de transformações que estamos inseridos. Não é possível construirmos esse momento sem a participação dos servidores, e hoje, os senhores estão convidados a virem conosco e fazer parte da nova história do estado do Pará”, concluiu André Dias. Em seu discurso em nome dos aprovados, a nova auditora Patrícia Sarmento resumiu a felicidade pela posse e falou da expectativa na nova trajetória. “ Desde janeiro de 2012, quando começamos a batalha, viemos acompanhando as transformações que o TCE-PA está passando, com a nova Lei Orgânica, os eventos de interiorização, e isso nos deixa honrados de estarmos aqui. Deixamos nossos estados para trás, mas na certeza e com entusiasmo de cumprir a constituição e as leis da República e do Estado”, resumiu Patrícia. Para encerrar a solenidade, o presidente do TCE, destacou que os novos auditores sejam felizes e cumpram suas atribuições, no Tribunal de Contas do Estado do Pará. Ao final da solenidade o coral do TCE apresen-
Após 40 anos e conforme o artigo 120 da Constituição do Estado do Pará, o TCE-PA realizou entre os dias 15 de janeiro e 12 de fevereiro de 2012, o concurso público para ingressos de novos auditores, com a participação de 1.274 candidatos. O certame ofertou quatro vagas, sendo uma para pessoa portada de deficiência física, e que foram ocupadas por Patricia Sarmento dos Santos, Odilon Inácio Texeira, Milene Dias da Cunha e Julival Silva Rocha.
Da esq. para a direita - Odilon Inácio Teixeira, Patrícia Sarmento, Cons. Cipriano Sabino, Julival Silva Rocha e Milene Dias da Cunha
Cons. Lourdes Lima e Cons. Nelson Chaves
Coral do TCE, Cons. Eva Andersen Pinheiro
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Casa da Mineração foi inaugurada em Belém Fotos Divulgação IBRAM / Simineral
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sede do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral) e do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), foi inaugurada em concorrida cerimônia reunindo representantes da indústria de mineração do estado, sindicatos e associações de outras partes do país e representantes do poder público. José Fernando Gomes Júnior, presidente do Simineral, em seu discurso durante a inauguração, colocou as instalações a disposição da população, afirmando: “ Queremos que a população se aproprie desse espaço”. E recordou: a indústria de mineração é responsável por 92% da exportação do estado, gera mais de 230 mil empregos diretos e indiretos, mas a população a conhece pouco. Aqui temos reunido aqui um acervo completo sobre a mineração de todo país”. O presidente do Simineral disse o acervo de informações reunidas no espaço, será muito útil também para os estudantes de
Marcelo Tunes diretor de mineração do IBRAM, José Fernando Gomes presidente do Simineral, Rinaldo Mancin diretor de assuntos ambientais do IBRAM e Ary Pedreira, diretor financeiro do IBRAN 14
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Placa de inauguração
nível superior e profissionais da área, já que anuários da produção mineral do estado e publicações nacionais desenvolvidas pelo Ibram também poderão ser encontrados no local. Fernando afirmou que o Pará é uma potência mineral, mas ainda não tem uma noção exata do seu tamanho. “Somos o segundo estado minerador, e caminhamos para ser o primeiro, com a descoberta de novas
jazidas”, também citou algumas conquistas do setor no estado nos últimos meses como os projetos de lei que instituíram o Dia da Mineração e a criação da Frente Parlamentar de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Mineração.
O presidente do Simineral, ao final anunciou o lançamento da Exposibram Amazônia 2012, que reúne a Exposição Internacional de Mineração da Amazônia e o 3º Congresso de Mineração da Amazônia, e desde já se constitui num dos mais importantes eventos da área na região. Estiveram presentes na inauguração, as diretorias do Simineral, Ibram, Sindiextra (Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais) e Sinferbase (Sindicato Nacional da Indústria de Extração do Ferro e Metais Básicos), além das Frentes Parlamentares de Mineração do Pará e de Minas Gerais e grandes mineradoras. Durante a cerimônia foi anunciado que a Ordem dos Advogados do Brasil Sessão Pará (OAB/ PA) aderiu à Frente com a criação da Comissão de Fiscalização dos Royalties da Mineração. www.paramais.com.br
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José Fernando Coura, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração – Ibram
José Fernando Gomes presidente do Simineral e Marcelo Tunes diretor de mineração do IBRAM inauguram a Casa da Mineração
Informações Dados do anuário mineral de 2012, organizado pelo Sindicato, mostram que, dos US$ 18,3 bilhões em exportações totais do Estado do Pará em 2011, as Indústrias de Mineração e Transformação Mineral responderam por 91% do valor. Juntas, exportaram US$ 16,8 bilhões, fazendo do setor mineral o grande vetor de crescimento do comércio exterior paraense.
Serviço
A Casa da Mineração fica na avenida Rui Barbosa, n° 1536, entre as avenidas Brás de Aguiar e Gentil Bittencourt, no bairro de Nazaré. As visitas serão previamente agendadas e gratuitas.
Durante a inauguração da Casa da Mineração
Mensagem de José Fernando Coura, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração – Ibram. >> O evento de inauguração da Casa da Mineração no Pará é um gesto simbólico da indústria mineral para mostrar a todo o estado e aos demais estados da região amazônica, à sociedade, seus empresários e autoridades, que o relacionamento com nosso setor só tende a melhorar nessas próximas décadas. O retorno que as mineradoras oferecem são concretos, visíveis pela sociedade. Áreas onde há mineração têm alto índice de preservação da natureza e de recomposição vegetal dos locais minerados; há geração de diversos postos de trabalho nas minas e também em vários outros segmentos, que passam a ter relação comercial com as mineradoras; há qualificação profissional dos candidatos a emprego; as mineradoras constroem equipamentos públicos diversos que podem ser utilizados pela sociedade, tais como postos de saúde, hospitais, restaurantes, teatros, prédios públicos, sem mencionar obras de infraestrutura como habitação, transmissão de energia elétrica, estradas e ferrovias. Além disso tudo, há o pagamento de impostos e taxas. Mas a aplicação desses recursos, que são públicos, é dever das autoridades e não das mineradoras. É algo para a sociedade discutir com suas autoridades e lembrar sempre que é preciso garantir espaço para que a indústria mineral continue exercendo sua atividade e ampliando suas contribuições para que o Pará e toda a região amazônica acompanhem o desenvolvimento dos grandes centros brasileiros.
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Informações
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Voto consciente:
Exercício de cidadania e de soberania da vontade popular
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ais uma vez os cidadãos de todo o país são chamados a escolher os seus representantes nos poderes Executivo e Legislativo municipais. Mais uma vez temos a oportunidade de com o nosso voto contribuirmos para avançar com os princípios da administração pública estabelecidos no artigo 37 de nossa Constituição Federal: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Para isso é importante que cada cidadão trate o seu voto como um precioso bem, que o valorize, percebendo que ele pode ser a fonte de qualidade de vida no presente e no futuro. Para cada um de nós, nossos familiares e a nossa comunidade. Tratar o seu voto com responsabilidade implica fazer um acompanhamento do processo eleitoral de forma a escolher aqueles candidatos que melhor se adequam a sua visão de mundo, que tenham mais capacidade técnica e que tratem a coisa pública com o respeito que lhe é devido. Muitas vezes o cidadão se pergunta: como poderei eu saber se o candidato tal ou qual é o mais adequado para ser o prefeito da cidade e um de nossos vereadores? É importantíssimo que se busque conhecer as propostas que o candidato tem, serão elas adequadas para o cargo que ele está disputando? Fundamental, também, conhecer o histórico de vida pública do candidato. O que ele já fez na sua vida, onde ele já atuou, como ele atuou, seja num sindicato, numa associação de moradores, numa função pública, em sua empresa, na sua atividade profissional. Se é candidato à reeleição – seja no Executivo, seja no Legislativo – é importante nos preocuparmos em como ele cumpriu o exercício de sua missão, foi operante, foi resolutivo, respeitou as leis, fez avançar a sua cidade ou seu estado, e, não menos importante, agiu com ética?
Exerça sua soberania, vote
Mas o que é esta tal de cidadania?
>> Cidadania é o conjunto de deveres, responsabilidades e direitos que cada pessoa deve praticar para participar ativamente na vida e no governo de sua cidade, de seu estado e de seu país. A cidadania se constrói por meio de nossas ações no dia-a-dia e de nossa participação na vida social e no futuro de nossa cidade e do nosso país. 16
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Pergunta para saber se exerço a cidadania: Eu cumpro com meus deveres e responsabilidades sociais e luto pelos meus direitos como cidadão? Votar é uma das formas de participar e de exercer a sua cidadania. Por isso, votar pode fazer a diferença para o seu futuro e o de sua família! www.paramais.com.br
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Por que é importante votar?
Direito do cidadão
>> A palavra voto tem origem do latim “voluntas” que significa vontade. O voto é a forma legal de expressar a nossa vontade para escolher quem nos representará no governo de nossa cidade, de nosso estado e do nosso país. Ter o direito de escolher os nossos governantes pelo voto foi uma das maiores conquistas democráticas do Brasil. Votar é exercer a nossa cidadania. Como sabemos todos pela nossa experiência cotidiana seja pela nossa relação direta com os poderes públicos, seja por acompanharmos a imprensa no seu dia a dia, a falta de ética – e o seu principal exemplo na administração pública é a corrupção – tem efeitos nocivos para o bom funcionamento dos poderes e para a correta e eficiente prestação dos serviços e oferecimento de bens públicos. A corrupção mata. Ela encarece as obras públicas, fazendo com que tenhamos menos bens e serviços públicos, com mais tributos (impostos, contribuições e taxas, que, por sinal, são muitas em quantidade e valor), com que tenhamos esses mesmos bens e serviços com pouca qualidade também. Por causa da corrupção o asfalto fica mais caro, o remédio nos postos de saúde muitas vezes falta, bem como médicos e outros profissionais da saúde, as escolas não contam com os professores necessários, o saneamento não é feito de forma adequada, faltam espaço de cultura e lazer, além de muito mais. Por tudo isso é fundamental que tenhamos uma grande preocupação com o voto que iremos dar no dia 7 de outubro. A qualidade de vida em nossa cidade poderá melhorar ou piorar de acordo com as escolhas que fizermos. Voto consciente, vote Ficha Limpa, vote pela qualidade no serviço público.
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Votar é exercer a nossa cidadania
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Plano Safra beneficia trabalhadores da agricultura familiar no Pará Texto Danielle Ferreira Fotos Fernando Nobre/ Ag. Pará
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governo do Estado e o Ministério do Desenvolvimento Agrário lançaram o Plano Safra para Agricultura Familiar 2012/ 2013, que vai destinar aos agricultores do Pará mais de R$ 500 milhões para a atual safra, que começou no mês de julho. A cerimônia ocorreu no Auditório Rio Amazonas do Banco da Amazônia e teve a presença do governador em exercício, Helenilson Pontes, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, além de outras autoridades e trabalhadores rurais. Helenilson Pontes e o ministro Pepe Vargas assinaram o acordo de cooperação institucional entre governo do Estado e o Ministério do Desenvolvimento Agrário celebrando o inicio da articulação institucio-
nal para o exercício das ações do Plano Safra 2012/ 2013. “O Pará tem dois grandes adversários, que são a pobreza e a desigualdade. Para vencê-los, precisamos estar juntos”, disse o governador em exercício. “O Estado tem contribuído para o desenvolvimento do país com a sua produção,
grande parte dela familiar, e também nas discussões para a preservação ambiental, reduzindo decididamente o desmatamento. O investimento na agricultura familiar demonstra que o governo federal está olhando para as pequenas economias do interior do Pará, considerando as peculiaridades da nossa região”, afirmou Helenilson Pontes. Um dos maiores benefícios do Plano Safra no Pará é a ampliação de crédito para os agricultores que vivem do extrativismo. Para esta safra, os agricultores paraenses poderão captar até R$ 35 mil pelo Programa Nacional da Agricultura Familiar Floresta (Pronaf Floresta), 75% a mais que na temporada passada, quando o limite destinado aos trabalhadores foi de R$ 20 mil. O prazo para pagamento do credito varia de doze a O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse que o Plano Safra para Agricultura Familiar destinará ao Pará mais de R$ 500 milhões
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Durante o lançamento do o Plano Safra para Agricultura Familiar 2012/ 2013, no auditório do Banco da Amazônia
20 anos, com taxa de juros de 1% ao ano. Hoje no Estado 41 municípios, com cerca de dois milhões de pessoas, têm no extrativismo a base da economia. O presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, Atanagildo Matos, ressaltou o reconhecimento dos governos sobre importância da produção extrativista para a economia do Pará, destacando também a participação da mulher na cadeia extrativista. “São recursos que ampliam ainda mais a produção extrativista no Estado. Hoje podemos investir cada vez mais na aquisição de equipamentos, processamento e escoamento da produção”, enfatizou. Segundo Pepe Vargas, os investimentos na agricultura familiar vêm crescendo ao longo dos anos, passando de R$ 3,9 bilhões, em 2002, para R$ 18 bilhões este ano. Um
Helenilson Pontes e Pepe Vargas assinaram o acordo de cooperação que garante a execução do plano para a atual safra, que começou em julho deste ano
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A agricultura familiar
Helenilson Pontes, governador em exercício, disse que o Pará tem dois grandes adversários, que são a pobreza e a desigualdade, e para vencêlos, precisamos estar juntos
dos exemplos citados pelo ministro é o Programa de Aquisição de Alimentos, que vai destinar R$ 4,5 milhões para aquisição de produtos. Desde 2006, o programa já injetou mais de R$ 14 milhões na agricultura familiar paraense, tendo adquirido mais de oito mil toneladas de alimentos de quase cinco mil produtores familiares. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), implementado em 2009, também vai garantir a compra dos alimentos produzidos pelos empreendimentos familiares, ao valor de R$ 20 mil ao ano. “Nos últimos dez anos, os investimentos para a agricultura familiar tiveram um crescimento significativo, chegando hoje a R$ 18 bilhões só no Pronaf. Hoje um agricultor pode
>> A Lei 11.326/2006 define a agricultra e o agricultor familiar como sendo aquele que exerce atividades ou empreendimentos no meio rural, em área de até quatro módulos fiscais, com uso predominantemente da mão de obra da própria família em suas atividades econômicas. A definição da Lei abrange ainda silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores, quilombolas, artesãs e artesãos, etc. A agricultura familiar brasileira conta com mais de 4,3 milhões de unidades produtivas, isto representa 84% do número de estabelecimentos rurais do País. Este sertor responde por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e 74,4% do emprego de pessoal no meio rural. Atualmente, a agricultura familiar é responsável pela produção de 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros e ocupa cerca de 75% da mão de obra do campo, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Os Agricultores Familiares paraenses se beneficiarão da ampliação da capacidade de investimento do Plano Safra 2012/2013 nacional, passando o limite de renda bruta anual do agricultor familiar para acessar as linhas de crédito do Pronaf de R$ 110 mil para R$ 160 mil. Ao passo que o limite de financiamento de custeio, que era de R$ 50 mil, subiu para R$ 80 mil. A mundança atinge ainda Cooperativas e agroindústrias que terão ampliados os limites para investimento: o valor passou de R$ 10 milhões para R$ 30 milhões ao ano. No pacote deste Plano Safra a agricultura familiar do Pará contará ainda com investimento em serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) de R$ 22,3 milhões, valor que maximizará a produção causando reflexos nas demandas dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA), levando alimentos de qualidade para a mesa dos estudantes.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas entrega a chave de um dos caminhões comprados com recursos do Programa de Apoio a Projetos de Infraestrutura e Serviços (Proinf) O auditório do Banco da Amazônia estava lotado de autoridades e trabalhadores rurais
comprar um equipamento agrícola com juros de 2% ao ano. É um conjunto de políticas publicas que vem apoiando e ampliando a agricultura familiar”, destacou o ministro. Durante a cerimônia foi feita a entrega de dois caminhões comprados com recursos do Programa de Apoio a Projetos de Infraestrutura e Serviços (Proinf). Um dos veículos foi doado para a Cooperativa Agroindustrial dos Agricultores Familiares do Nordeste Paraense, em Ipixuna do Pará, no nordeste paraense, e vai atender diretamente 300 famílias de agricultores. O outro caminhão foi para o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Mãe do Rio, na mesma região, onde cerca de 100 famílias serão beneficiadas. (*) Secom
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Hemopa faz parceria com escolas para captar
jovens doadores
Texto Vera Rojas*
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Fundação Hemopa participou da programação da Semana da Pátria, que mobiliza as escolas da rede pública em torno das comemorações pela Independência do Brasil. Os desfiles que aconteceram tradicionalmente pelos bairros da Grande Belém tiveram a participação de pelotões que levaram para as ruas a mensagem da solidariedade, incentivando a população a doar sangue. A primeira participação ocorreu durante o desfile da escola “Serra Freire”, do Distrito de Icoaraci. Os desfiles escolares são promovidos pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e congregaram, este ano, 250 escolas estaduais, municipais e particulares com o tema “Pátria: amar, servir, e preservar”. O hemocentro esteve também e novamente nas ruas com o seu “Pelotão da Vida”, formado por estudantes dos colégios “Paulo Fonteles”, do bairro da Pratinha; e “Jaderlândia”, do bairro de mesmo nome. A ação fez parte do Programa Doador do Futuro, que visa levar às escolas de Ensino Fundamental e Médio, esclarecimentos sobre essa prática, contribuindo para a formação de uma nova cultura em relação à doação voluntária de sangue. O resultado concreto desse investimento pode ser comprovado pelos números: 42% das doações voluntárias de sangue feitas no Hemopa são do segmento jovem. Simente este ano, o Hemopa já percorreu 21 escolas da rede pública da Região Metropolitana, levando informação e atividades extracurriculares a 2.066 estudantes. Para a gerente de Captação de Doadores do Hemopa, assistente social Juciara Farias, a Semana da Pátria é um momento propício à disseminação do voluntariado entre alunos da rede estadual de ensino. “O envolvimento dessas instituições costuma ser total, mobilizando alunos, professores e até a comunidade do entorno. O incentivo ao ato solidário ganha formas de exercício de cidadania”, comparou a assistente social, lembrando aos diretores de escolas que estejam interessados em compor
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No desfile escolar pelos bairros de Belém
Pátria: amar, servir, e preservar
parceria com o hemocentro para o desenvolvimento do Programa Doador do Futuro, que só precisam entrar em contato pelo fone (91) 3224.5048, de segunda a sábado, das 8h às 17h.
Quem pode doar sangue
Candidatos com boa saúde; idade entre 16 anos completos e 67 anos; peso acima de 50 kg. Necessário portar documento de identidade original e com foto. Não precisa estar em jejum, ao contrário, o doador
Desfile escolar com solidariedade da doação de sangue
deve estar bem alimentado. Com a doação são realizados exames para diversas doenças, entre elas Aids, Sífilis, Doença de Chagas, Hepatites, HTLV I e II, além de tipagem sangüínea. O homem pode doar a cada dois meses e a mulher a cada três. Para fazer o cadastro de doação de medula óssea é necessário estar bem de saúde e ter entre 18 e 55 anos.
Serviço
O Hemopa espera por você na Tv. Pe. Eutíquio, 2109. Funcionamento para coleta: de segunda a sexta-feira, de 7h30 às 18h, e aos sábados de 7h30 às 17h. MAIS INFORMAÇÕES PELO FONE: 0800 280 8118, DE 2ª A 6ª-FEIRA, DAS 8H ÀS 18H; AOS SÁBADOS, ATÉ AS 17H. (*) Hemopa Pará+
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Reviclagem,
o desenvolvimento de novos modelos mentais
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Texto Ivan Postigo * esafiar a felicidade parece tão insensato que o homem, quando tudo está bem, não muda. Provocar a tristeza é aborrecido e perigoso, portanto não questiona. Como diziam meus avós: - La historia se repite porque los hombres nunca cambian. Meu avô, homem do campo, nos ensinou que as pragas se instalam e se desenvolvem onde os produtos cultivados são sempre os mesmos. E os combates com aplicações químicas fazem com que estas se modifiquem e se tornem mais resistentes. O que fazemos com nossos casos de sucesso? Usamos as mesmas práticas até que estes se esgotem ou alguém os esgote, e assim provoque transformações. E com os fracassos? Estes esquecemos e evitamos até que alguém, observando aplicações e vantagens, tire proveito. O aprendizado com o sucesso é mais prazeroso do que com o fracasso, porém há uma questão importante que precisamos estar atento e está relacionada ao conhecimento. Os discursos sobre o saber nos leva a crer que este muda o mundo. Diria que o conhecimento é a alavanca, mas na ponta desta é preciso que alguém aja, aplique força, para que os resultados apareçam. Conhecimento sem ação não significa absolutamente nada! Lembre-se que o tempo e o homem se encarregam de torná-lo obsoleto. Por crer que a terra era redonda, muitos foram para a fogueira, absurdo que a razão eliminou. Onde está o segredo? A ação é que o dissemina, pois ao mostrar resultados o multiplica. Nesse aspecto, vejo o mercado e o mundo acadêmico tratando o conhecimento sob diferentes primas, ainda que em muitos momentos se encontrem. O mercado, ávido por ação que gere resultados, precisa de respostas. Ele tem um problema e quer solução imediata. Por exemplo: Preciso de um pavio que acen22
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O conhecimento é a alavanca, mas na ponta desta é preciso que alguém aja, aplique força, para que os resultados apareçam
da esta vela e a sustente. Caso cem materiais sejam testados, com noventa e nove de desacertos e um acerto, este é que restará. Os demais, com muita certeza, serão descartados. Importante notar que estes noventa e nove materiais deram suas respostas. Não aquela específica que o mercado precisava, mas apontaram caminhos. Como tratar então esse assunto? Por que não no mundo acadêmico? Este é o ambiente ideal para especulações, pois é um mundo sem consequências. Este é o ambiente propício não só para busca de respostas, mas principalmente para a busca de perguntas. Invertamos o processo dizendo: Noventa e nove pavios apresentaram resultados distintos e específicos, onde poderiam ser aplicados? Descartá-los é desprezar noventa e nove caminhos para a adoção de um único! Note que o caminho inverso, aquele asfaltado por respostas em busca de perguntas,
amplia nosso horizonte para reflexões e descobertas. Ora, críticos, poderíamos pensar: Que bobagem, onde o fracasso poderia nos levar?
Sabia que assim nasceu o Post-it, que tanto sucesso faz?
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Sabia que assim nasceu o Post-it, que tanto sucesso faz? Para limitarmos nosso mundo basta observamos algo e perguntarmos: Por que tem que ser assim? Para ampliá-lo, basta observarmos o mesmo evento e perguntarmos: Por que não pode ser assim? No coração do artista, entre seu talento e vocação, reside a coragem para aceitar, antes mesmo de fazer a pergunta. Por essa razão a arte é extraordinariamente provocativa. A ordem do dia é a reciclagem, após a contenção do desperdício, então por que não aplicar a mesma diretriz na nossa forma de agir e pensar? Por que não “rever” conceitos, reutilizando não só o que aprendemos com o sucesso, mas também com o fracasso, permitindo o desenvolvimento de novos modelos mentais, que nos ajudem a crescer como pessoas, profissionais, pais, mães e mestres? Talvez possamos chamar esse exercício de “Reviclagem” e praticá-lo. Estranho o nome? Pode ser, mas uma certeza tenho: O mundo se tornará muito melhor! (*) Diretor de Gestão Empresarial da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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Os discursos sobre o saber nos leva a crer que este muda o mundo
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Atividade física, ainda que tardia,
ajuda a proteger o coração Mexa-se!
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m estudo britânico constatou que a prática regular de atividade física ajuda a proteger o coração, ainda que iniciada tardiamente, após os 40 ou 50 anos. O trabalho, publicado na revista científica Circulation, constatou que pessoas que faziam as duas horas e meia de exercícios recomendadas apresentavam índices menores de marcadores inflamatórios em seu sangue. Os marcadores inflamatórios são importantes porque, segundo os especialistas, sua presença em grandes quantidades foi associada a um aumento nos riscos de problemas cardiológicos. A pesquisa contou com a participação de mais de 4 mil pessoas e foi conduzida por cientistas da University College London, em Londres. A descoberta não é inédita, uma vez que outros estudos já comprovaram os imensos benefícios para a saúde dos exercícios físicos, porém pesquisadores puderam verificar a redução dos problemas cardíacos mesmo para aquelas pessoas que começam a praticá-los na meia-idade. A boa notícia é de que não é preciso fazer exercícios pesados na academia - caminhadas vigorosas e até jardinagem já contam para preencher a cota de duas horas e meia de atividade moderada por semana, acres-
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centaram os especialistas. A equipe explicou, no entanto, que o estudo se focou em indicadores de problemas cardíacos de maneira geral e não sobre doenças do coração específicas, e que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto. Além disso, o estudo se baseou em relatos dos próprios participantes sobre a quantidade de exercícios que fizeram. É sabido que as pessoas tendem a superestimar a quantidade de exercícios que fazem.
Os participantes que disseram ter praticado a quantidade recomendada de exercícios durante os dez anos de duração do estudo apresentaram os índices mais baixos de marcadores inflamatórios. Até aqueles que disseram ter começado a fazer os exercícios bem depois dos 40 apresentaram melhorias. Eles tinham menores índices de marcadores inflamatórios do que os participantes que relataram nunca ter feito exercícios suficientes. Os resultados se mantiveram mesmo quando os pesquisadores levaram em consideração outros fatores, como obesidade e o hábito de fumar. “Deveríamos estar encorajando mais pessoas a ficar ativas”, disse Mark Hamer, chefe do estudo. “Por exemplo, a andar em vez de pegar o ônibus. Você pode beneficiar sua saúde com atividades moderadas em qualquer momento da sua vida”.
Não seja sedentário
Recente pesquisa mostrou que o sedentarismo respondeu por 5,3 milhões de mortes, no mundo em 2008 A atividade física sempre foi defendida como benéfica para manter-se saudável e
>> O Programa Academia da Saúde, criado pela Portaria nº 719, de 07 de abril de 2011, tem como principal objetivo contribuir para a promoção da saúde da população a partir da implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e quadro de pessoal qualificado para a orientação de práticas corporais e atividade física e de lazer e modos de vida saudáveis. www.paramais.com.br
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Não é preciso fazer exercícios pesados na academia
retardar o aparecimento de doenças. Uma recente pesquisa americana, realizada em 122 países, foi muito além dessa verdade incontestável, trazendo um forte alerta: a inatividade física mata e é mais letal do que o tabagismo. De acordo com o estudo, o tabaco causou 5,1 milhões de mortes no mundo em 2008. Já o sedentarismo respondeu por 5,3 milhões de mortes. A inatividade seria responsável por 6% das doenças coronarianas, 7% das diabetes tipo 2, e 10% dos cânceres de mama e de pulmão. O Ministério da Saúde tem buscado investir não somente no tratamento de doenças, mas no cuidado de toda a saúde do brasileiro, da prevenção à cura. O Programa Academia da Saúde, lançado em 2011, incentiva a prática da atividade física. A disponibilidade de espaços públicos para exercícios eleva em até 30% a frequência de atividades físicas. Outra frente de atuação é com os planos
Caminhadas vigorosas e até jardinagem já contam para preencher a cota de duas horas e meia de atividade moderada por semana
de saúde. Resolução do Ministério da Saúde autoriza descontos para quem pratica atividade física. Para promover hábitos saudáveis em crianças e jovens, os ministérios da Saúde e o da Educação trabalham para fortalecer o Programa Saúde na Escola, que leva médicos e profissionais das UBS à rede pública de ensino. Cerca de 130 mil estudantes de 531 escolas em 25 municípios capixabas devem ser atendidos, até o fim do ano. Para sair da estatística de sedentarismo, não precisa praticar esporte. Exemplos da vida cotidiana como estacionar o carro um pouco distante do local a que se destina, subir pequenos lances de escada ou mesmo brincar com os filhos ajudam a combater a inatividade. As Academias da Saúde são mais um incentivo para que todos abracem essa ideia.
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Imponente. A eletrônica potencializa a tração 4x4, mas um pouco mais de torque seria bom.
O consumo é muito alto e as buchas da suspensão são frágeis.
OPINIÃO. QUANTO MAIS VOCÊ LÊ REVISTAS, MAIS O NÍVEL SOBE. Ler uma revista é se aprofundar no seu assunto preferido de forma descontraída. A cada página, um universo de informações dos mais diversos temas. E você ainda ganha mais bagagem para formar uma opinião forte e consistente.
Seria bom um pouco mais de cavalos, né?
Arisco.
Nossa, que carrão!
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Super-idosos, com uma média de idades de 83,5 anos, depois de terem feito um teste, mostravam terem uma memória equivalente a pessoas na casa dos 50 e dos 60 anos
NEUROCIÊNCIAS:
“Super-idosos” têm cérebros muito menos envelhecidos do que as pessoas da sua idade
publicados recentemente, na revista Journal of the International Neuropsychological Society, mostram que pode haver uma alternativa à desmemória inexorável trazida pelos anos. “Esta descoberta é excepcional, já que a matéria cinzenta ou a perda de células cerebrais é um aspecto do envelhecimento normal”, disse Emily Rogaslki, em comunicado. Esta normalidade está estudada na literatura. Uma pessoa saudável de 80 anos tem uma memória pior do que alguém com 50, que por sua vez terá mais dificuldade em recordar um determinado acontecimento do que um jovem. O fenomeno reflete-se em testes básicos, mas também é revelado quando se observa a anatomia humana. O córtex - a parte mais externa do cérebro, responsável pelas memórias, atenção, pensamento ou linguagem - diminui de espessura à medida que a idade avança. “Mas há relatos de indivíduos que parecem imunes à perda da memória”, diz o artigo científico. A equipe foi à procura destes casos para ver se esta perda seria inevitável ou se haveria uma
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cérebro encolhe. É um fato normal do envelhecimento. O córtex cerebral diminui de volume ao longo da vida, tal como as nossas memórias se vão perdendo. Há muito que os cientistas estudam a demência ou doenças como a Alzheimer, com o objetivo de aprender algo que possa ajudar a combater tudo o que ponha em risco a consciência, o nosso precioso “eu”. Mas as respostas podem vir de onde menos se espera: de pessoas com excelente memória. A equipe de Emily Rogaslki, da Universidade de Northwestern, em Chicago, nos Estados Unidos, enveredou pelo caminho inverso para tentar atingir esse objetivo. Foi à procura de algo que roça o mito urbano: idosos com um cérebro tão jovem como uma pessoa de meia-idade. E, surpreendentemente, encontrou-os. Os resultados
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Esta descoberta é excepcional, já que a matéria cinzenta ou a perda de células cerebrais é um aspecto do envelhecimento normal www.paramais.com.br
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“trajetória alternativa que resiste às mudanças anatomicas e cognitivas, características do envelhecimento normal”. Para isso, os cientistas estudaram 12 “super-idosos” com uma média de idades de 83,5 anos, depois de terem feito um teste que mostrava terem uma memória equivalente a pessoas na casa dos 50 e dos 60 anos. A equipe comparou estes “super-idosos” com dois grupos: o primeiro de dez idosos saudáveis com uma média de idades de 83,1 anos, o segundo tinha 14 pessoas com cerca de 57,9 anos. Os três grupos passaram por vários testes cognitivos e, depois, fizeramlhes imagens de ressonância magnética ao cérebro. Os resultados foram expressivos: os “super-idosos” tinham uma espessura do córtex cerebral maior do que o grupo de pessoas da mesma idade. Essa espessura era equivalente à do grupo com idades entre os 50 e os 65 anos. “A espessura do córtex dá uma medida indireta da saúde do cérebro”, disse a investigadora. “Um córtex mais espesso sugere um maior número de neurónios.” Uma região que sobressaiu nas imagens e nas medições foi o córtex cingular anterior, responsável pela capacidade de atenção, que nos “super-idosos” chegava a ser maior do que nas pessoas de meia-idade. “É mesmo incrível”, disse Rogalski. “Esta região é importante para a atenção, e a atenção suporta a memória. Talvez os “super-idosos” tenham mesmo uma atenção mais aguçada e isso suporta a sua memória excepcional.” Para a cientista, estes resultados podem vir a ajudar a tratar problemas como a doença de Alzheimer, que é degenerativa e cujos primeiros sinais são a perda gradual das recordações. “Podemos começar a perceber como é que os “super-idosos” conseguem manter a sua boa memória. O que www.paramais.com.br
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aprendemos com estes cérebros saudáveis pode ajudar nas estratégias para melhorar a qualidade de vida dos idosos e combater a doença de Alzheimer.” Mas esta população é mínima. Só 10% das pessoas que disseram ter uma capacidade extraordinária de guardar lembranças é que conseguiram passar os testes da equipe. Uma das questões que o artigo levanta é como é que estas pessoas chegaram a estas
O córtex - a parte mais externa do cérebro, responsável pelas memórias, atenção, pensamento ou linguagem - diminui de espessura à medida que a idade avança
idades assim: será que já nasceram com um córtex particularmente grande? Ou será que houve uma diminuição muito mais lenta do cérebro do que o normal? Qualquer que seja a resposta, o trabalho “demonstra como a manutenção de uma memória superior, acompanhada pela integridade do córtex, é possível a nível biológico”.
Como se forma a memória? >> A formação de uma memória resulta de modificações, ativadas por um sinal, nas conexões das redes neuronais. Quando uma informação é recebida, proteínas e genes são ativados nos neurônios pós-sinápticos (à direita). Protéinas são produzidas e encaminhadas pré e pós-sinápticos. Essas proteínas servem ao esforço e à construção de novas sinapses (os locais de comunicação entre os neurônios). Quando se forma uma nova memória, uma rede específica de neurônios é elaborada em diversas estruturas cerebrais, principalmente no hipocampo, e depois a lembrança é gravada da mesma maneira no córtex, local de seu armazenamento definitivo Pará+
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Vida eterna. Por que não? Beleza atemporal Texto Gudrun Heise
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de dar inveja... as cacatuas podem viver até 100 anos e são lindas em qualquer idade. Exteriormente não apresentam nenhum sinal de envelhecimento. Por que alguns animais atingem idades extremamente avançadas e outros seres vivos – como o homem – mal chegam aos 100 anos? Gerontólogos continuam tentando desvendar este mistério.
Recordista em longevidade
Com 10.000 anos de idade, a esponja gigante da Antártida é provavelmente o ser vivo mais velho do mundo. Os cientistas determinaram a idade desta esponja multicelular de dois metros tomando por base seu consumo de oxigênio. Quanto menos oxigênio um ser vivo necessita, mais baixo é o metabolismo e menor o crescimento, o que consequentemente aumenta a longevidade.
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Imortalidade debaixo d’água
Em forma de pólipo, a hidra de água doce é um exemplo de imortalidade, pois biologicamente ela não envelhece. Com isso, a hidra apoia a teoria das mais recentes pesquisas de que o envelhecimento biomolecular não tem necessariamente que acontecer. Mas a hidra não está imune à morte, pois pode ser vítima de vários predadores.
Os bancos de corais servem de incubadora para diversas espécies marinhas. Muitos deles estão sob proteção ambiental e podem chegar aos mil anos de idade. Essas belas e frágeis criaturas se aproximam bastante da ideia de alguns pesquisadores de que a imortalidade biológica é possível: células que podem se renovar e regenerar comple-
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tamente. O que eles não podem explicar ainda é como isso funciona.
Couraça forte
Em Calcutá, a tartaruga Adwaita morreu com 256 anos. Harriet, uma tartaruga australiana, com 176 anos, e a última tartaruga gigante de Galápagos, Lonesome George, morreu com apenas 100 anos – provavelmente de solidão. Atualmente os pesqui-
sadores estudam sob quais condições um organismo envelhece, que papel desempenham estresse, alimentação e influências do meio ambiente neste processo.
Fresquinha sobre a mesa
A lagosta poderia viver muito além da média de 100 anos, se não fosse uma dis-
putada iguaria que, quase sempre, termina a vida prematuramente em uma panela. Nos Estados Unidos, um exemplar especial de 140 anos foi salvo desse destino: depois de determinar sua idade, considerando seu peso de cerca de nove quilos, os cientistas o devolveram ao mar.
O preço máximo já pago por uma carpa koi japonesa foi cerca de 400 mil euros. Mas os proprietários desta raça de peixe podem desfrutar de sua aquisição durante muito tempo, pois eles vivem até 200 anos. Existem espécies desta raça cujo risco de morte diminui com a idade, e a capacidade de reprodução aumenta.
Rápido e indolor Os mosquitos efêmeros (ephemeroptera) fazem juz ao nome, já que seu tempo de vida é realmente dos mais curtos – apenas algu-
predeterminada. A dos elefantes, por exemplo, é parecida com a dos humanos, cerca de
70 a 80 anos. Mas os cientistas querem refutar esta tese. Eles partem do princípio de que o processo de envelhecimento é muito mais diversificado, e não estritamente definido. Afinal, a longo prazo, os seres humanos estão vivendo cada vez mais.
A mulher mais velha do mundo
Jeanne Calment é a prova concreta disso. Nascida no século retrasado, em 1875, ela veio a falecer em 1997, com 122 anos de idade. Uma idade bastante avançada, mas longe de ser imortal. Pelo menos ainda, dizem os especialistas. Até lá, teremos que nos conformar com o envelhecimento.
mas horas, no máximo alguns dias. Eles são um exemplo perfeito para os dois fatores determinantes da pesquisa do envelhecimento: ritmo e estrutura física. Isto é, qual a nossa expectativa de vida, e qual a capacidade de sobrevivência do nosso corpo no decorrer dos anos.
Pele grossa, vida longa
A expectativa de vida dos seres parece
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A doença de Alzheimer (DA) é uma desordem neurodegenerativa associada a uma síndrome demencial, de curso clínico progressivo, irreversível e fatal. Quando diagnosticada cedo o uso de medicação adequada pode trazer melhora temporária dos sintomas e prolongar a qualidade de vida do paciente.
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Bebês nascidos de parto natural apresentam melhor desenvolvimento cerebral
Parto natural é benéfico ao
desenvolvimento cerebral dos bebês Segundo estudo, bebês nascidos de parto natural possuem melhor desenvolvimento cerebral devido a expressão de uma proteína.
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ma pesquisa realizada pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, comprovou que o parto natural favorece o desenvolvimento cerebral do bebê. Isto acontece devido à expressão de uma proteína, que não se manifesta nos casos de cesárea.
Parto cesárea pode comprometer o hipocampo
A proteína, liberada pelo parto natural e considerada importante para o desenvolvimento do cérebro, se chama mitocondrial desacopladora 2 (UCP2, na sigla em inglês). Ela atua no hipocampo, uma região cerebral responsável por armazenar memórias de curto e longo prazo. Para chegar à conclusão de que o parto normal favorece o cérebro do recém-nascido, os pesquisadores usaram filhotes de ratos para realizar os testes. A proteína foi bloqueada após o nascimento dos animais, para que assim fosse possível descobrir qual o impacto na saúde mental. De acordo com as análises, a falta do com-
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Parto cesárea pode comprometer o hipocampo www.paramais.com.br
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ponente causou problemas na diferenciação dos neurônios, o que acabou comprometendo o comportamento até a fase adulta. Os ratos que nasceram através de cesáreas, apresentaram quantidades inferiores de UCP2, em comparação com aqueles que vieram ao mundo de forma natural. Sem a quantia adequada de proteínas, o desenvolvimento do hipocampo do cérebro ficou comprometido. Em humanos, o efeito do componente UCP2 é similar, afinal, potencializa as atividades desempenhadas pelo hipocampo. Segundo os especialistas, as crianças que apresentam baixos níveis da proteína, podem apresentar problemas de aprendizagem. Além de contribuir com o desenvolvimento dos neurônios, a proteína também atua no metabolismo celular da gordura, isto é, um nutriente importante para o leite materno. Desta forma, a maior expressão do CP2 contribui com a amamentação nos primeiros meses de vida da criança. Tamas Horvath, coordenador da pesquisa, acredita que a descoberta científica pode servir de alerta para as mães, que optam pelo parto cesárea por pura conveniência, ou seja, sem necessidade médica. É necessário tomar cuidado com a escolha do procedimento, pois isto pode desencadear efeitos inesperados no desenvolvimento cerebral e, inclusive, no comportamento.
Benefícios do parto natural
Além de produzir a proteína UCP2 em maiores quantidades, o parto natural também resulta em outros benefícios para mãe e filho. Confira: - Melhor pós-operatório para a mulher; - Menores riscos de infecções hospitalares; - Menor índice de morte materna; - Menor desconforto respiratório para o bebê; - Favorece a produção de leite materno; - Menor tempo de internação; - A dor do pós-parto é menor; - O bebê se torna mais ativo ao nascer.
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O que iremos comer daqui a 20 anos?
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rojeções de especialistas indicam que o aumento populacional, dos preços dos alimentos e a limitação na disponibilidade de recursos vão mudar os hábitos alimentares humanos nas próximas décadas. Alguns analistas calculam que o preço dos alimentos pode dobrar nos próximos cinco a sete anos, tornando itens hoje comuns, como carne, em artigo de luxo. Veja abaixo algumas alternativas que, embora estranhas à primeira vista, são apontadas como caminhos prováveis para resolver lacunas na demanda por alimentos.
Insetos
O governo holandês já investiu um milhão de euros em pesquisa sobre como inserir carne de insetos nas dietas de seus cidadãos e preparar leis para regulamentar sua criação. Insetos fornecem tanto valor nutricional Lagarta
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quanto carne de mamíferos, mas custam e poluem muito menos. Cerca de 1, 4 mil espécies poderiam ser consumidas pelo homem, compondo salsichas ou hambúrgueres. Boa parte da humanidade já come insetos, especialmente na Ásia e África. Mas os mercados ocidentais devem resistir à ideia e vão ser necessárias grandes campanha de marketing para tornar aceitável ideia de incluir insetos como gafanhotos, formigas e lagartas no cardápio.
Comida ultrassónica
É sabido que a aparência e o cheiro dos alimentos in�luenciam o seu consumo, mas agora há uma nova variável a incluir: o som. Um estudo recente realizado por cientistas da Universidade de Oxford concluiu que certos tons poderiam dar um sabor mais doce ou mais amargo aos alimentos. O estudo Bittersweet, liderado por Charles Spence, professor de psicologia experimental, descobriu que o sabor dos alimentos pode ser ajustado alterando as
propriedades sonoras de uma música de fundo. “Ainda não sabemos ao certo o que acontece no cérebro mas algo acontece e isso é realmente emocionante”, diz Jones. Pensa-se que estes estudos poderão ter um impacto importante no uso da música para remover ingredientes prejudiciais para a saúde, sem que o consumidor se aperceba dessa diferença no paladar. “Sabemos qual a frequência sonora que torna as coisas mais doces. Potencialmente, pode reduzir-se o açúcar num alimento, mas usar a música para fazê-lo parecer mais doce aos olhos do consumidor”, explica. Os sons graves fazem a comida parecer mais amarga. Sons mais agudos, tocados em pianos ou sinos, podem fazer parecer os alimentos mais doces. Fonte: Estudo Bittersweet. Algumas organizações já utilizam atualmente a ligação entre a comida e o som nas embalagens. Uma empresa de batatas-fritas mudou o material da embalagem para tornar a abertura da mesma o mais parecida À sua escolha
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so, seria possível reduzir o teor de gordura e aumentar a quantidade de nutrientes. Um dos principais desa�ios dos investigadores é o aspeto do produto em si. Uns defendem que deverá ser o mais parecido possível com a carne tradicional, outros defendem que o debate ainda está no início sobre com o que se deve parecer a carne produzida em laboratório.
Formigas iça
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Elas podem alimentar homens e animais, oferecer uma alternativa em graves crises alimentícias e ainda abrem mão do gasto de terra ou água potável para seu cultivo.
Farofa de Formigas iça, é gostosíssimo
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possível com o som estaladiço de comer batatas-fritas. Listas de músicas poderão ser, inclusive, inseridas nas embalagens de forma a ajudar a melhorar o sabor do produto. Ou por exemplo, um restaurante inglês que possui um prato chamado “Som do Mar” que é servido com um iPod tocando sons do mar de forma a fazer a comida parecer mais fresca. Carne feita em laboratório No início deste ano, cientistas holandeses conseguiram criar carne em laboratório, a partir de células embrionárias retiradas de vacas. Até ao �inal do ano, os mesmos esperam criar o primeiro hamburguer totalmente “in vitro”. Mas a produção de carne em laboratório não é propriamente recente. Há vários anos a NASA já teria estudado a possibilidade de criar carne “in vitro” de forma a ser consumida no espaço pelos astronautas. Hoje em dia, a solução passa por conseguir reduzir o impacto ambiental do consumo de carne. Cientistas da Universidade de Oxford concluíram que a carne produzida em laboratório reduziria signi�icativamente o efeito de estufa, bem como o desperdício de energia e água na sua produção. Além dis-
Carne in vitro
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Atualmente o besouro do coqueiro, dentro dos coquinhos do babaçu, é um dos insetos mais apreciados do mundo
Cientistas ainda apontam para o potencial de algas como fontes de biocombustíveis - o que reduziria a dependência dos combustíveis fósseis. Alguns especialistas preveem que fazendas de algas poderiam se tornar a mais promissora forma de agricultura intensiva. Elas já existem em países asiáticos como o Japão. Como os insetos, elas poderiam ser introduzidas em nossas dietas sem que soubéssemos. Cientistas na Grã-Bretanha estudam a substituição de sal marinho por algas em pães e outros alimentos industrializados. Grãos têm um forte sabor, mas com baixo índice de sal, sendo portanto, mais saudáveis.
As larvas das abelhas, dizem, são saborosíssimas
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Se minhas loucuras tivessem explicações, não seriam loucuras “Eu aprendi que eu consigo tomar uma boa decisão com 75% dos fatos. O pior não é decidir sem os fatos, mas esperar pelos malucos que não conseguem fazer nada até tudo esteja perfeito”
- Lee Iacocca
Texto Ricardo Jordão Magalhães*
O
doce de brigadeiro mais fantástico e delicioso que eu já comi na minha vida é feito por uma amiga que está desempregada há mais de um ano. O brigadeiro da minha amiga é uma loucura. Todo mundo que já provou insiste em dizer que ela poderia ficar milionária vendendo brigadeiro. Sabe aquele brigadeiro que a gente faz na panela e passa horas comendo de colherada? A minha amiga faz um brigadeiro melhor do que o melhor brigadeiro que você já comeu. Melhor do que o brigadeiro da sua mãe, da sua avó, da sua namorada, da sua vizinha. Quando rola uma festinha entre amigos,
o sanduíche de metro vem do Pão de Açúcar, o bolo da Doce Mania, os salgadinhos da Tia Sinhá, e o brigadeiro, ah, o brigadeiro vem da minha amiga que acaba sendo seduzida pelos pedidos insistentes da turma. Eu já falei para ela uma dezena de vezes, “Você precisa vender esse brigadeiro. É uma delícia. Vai vender milhões. Faz uma amostra grátis, imprime uma lista de preços, vai de porta em porta oferecendo o brigadeiro. Você vai faturar na hora. Levanta um blog, escreve sobre a história do brigadeiro, escreve sobre o poder de sedução do doce, você vai virar rapidamente a guru do brigadeiro na internet brasileira. Depois você poderia vender o brigadeiro em diferentes formatos, tamanhos, embalagens etc.”, e mais, “Todos os brigadeiros que existem por aí são horríveis. Ninguém sabe fazer briga-
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deiro. Você tem tudo para matar a pau”, e ela responde, “E eu quero passar a minha vida inteira fazendo brigadeiro? Você sabe o quanto cansa ficar no fogão fazendo brigadeiro, e depois ficar enrolando um-a-um? As minhas costas não aguentam. Eu é que não quero fazer brigadeiro para o resto da vida”. “Mas quem disse que você precisa fazer brigadeiro o resto da sua vida? É apenas um começo. Uma coisa leva a outra. Vá atrás dos primeiros pedidos, trabalhe duro, faça a segunda venda, contrate uma cozinheira, ensina ela a fazer o brigadeiro e bola prá frente”. “Ah não”, responde ela, “eu prefiro continuar enviando o meu currículo para as empresas”. “Poxa, você prefere trabalhar como assistente de produto na Amor aos Pedaços ou na Nestlé do que construir a sua própria empresa com o talento que você tem?” “Eu prefiro. Seria o máximo ser gerente de produtos do Sonho de Valsa, ou gerenciar as franquias do Amor aos Pedaços! É muito melhor do que ficar com a barriga no fogão dentro de casa fazendo brigadeiro para fora. O que tem de bacana em fazer isso? O que as minhas amigas iriam pensar de mim? Eu não quero virar a tiazinha dos doces!”. Eu lembrei da minha amiga dois dias atrás quando dei de cara com a mais nova loja do Shopping Market Place em São Paulo: a Brigaderia - uma loja 200% focada em vender brigadeiros de luxo para os endinheirados da cidade. Quem comanda a Brigaderia são as amigas Fernanda Zajd e Taciana Kalili, que há tempos cultivam o hábito de se reunir para fazer brigadeiro . Da mesma maneira que acontecia com a minha amiga, as duas sempre terminavam na cozinha quando rolava alguma reunião entre amigos. No web site da Brigadeira você tem a foto das duas fundadoras. Elas são bonitiwww.paramais.com.br
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nhas. Em nada lembram a Tia Anástica ou Dona Benta do Sítio do Pica Pau Amarelo. A Fernanda e a Taciana são duas mulheres bonitas que poderiam facilmente conseguir qualquer emprego assalariado com crachá pendurado no pescoço em alguma multinacional por aí, entretanto, elas optaram por transformar algo que sabem fazer bem feito em um negócio. A vida é assim mesmo. Se você dormir com as idéias na cabeça é capaz de acordar no dia seguinte com o barulho de alguém colocando as suas idéias em prática. Hoje em dia as pessoas são levadas a acreditar que é muito difícil começar uma empresa. Isso é culpa da quantidade de informações sobre empreendedorismo que a internet joga nas nossas cabeças. Se você for seguir a risca tudo que falam, você não começa nada. Você provavelmente não tem as 55 qualidades do empreendedor moderno segundo o último estudo feito pelo Sebrae, você provavelmente não tem o QI de Empreendedorismo necessário segundo a Associação dos Profissionais de Recursos Humanos. Você provavelmente não entende o suficiente sobre fluxo de caixa par abrir uma empresa. Você provavelmente não sabe escrever um plano de negócios e muito menos gerenciar pessoas. E daí? Nada disso faz falta quando o assunto é empreender. Esse papo furado vem intimidando muita gente, e transformando a centelha empreendedora das pessoas em crachá de grande empresa. O fato é que o plano de negócios que a minha amiga precisa colocar em prática resume-se a fazer o brigadeiro; imprimir a tabela de preço e ir de porta em porta em todas as casas do seu condomínio. Esse é o plano de negócios que ela precisa. Pau na máquina! Depois que os negócios atingirem um primeiro patamar estável, falamos sobre a próxima fase. Por conta dessa mania de começar perfeito, a grande maioria dos empreendedores estão começando seus negócios como se fossem grandes empresas estabelecidadas há décadas. As pequenas empresas de hoje O brigadeiro da minha amiga é uma loucura
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Viva a Brigaderia!
nascem como se fossem grandes multinacionais. É muito comum você encontrar uma pequena empresa cheia de categorias de produtos , cheia de planos de negócios para atingir os mais variados mercados, cheias de recursos, departamentos e processos antes só disponíveis nas big corporations. As pequenas empresas estão nascendo grandes! Ao invés de começar com apenas um produto e evoluir, os caras nascem com dezenas de produtos, e depois vão cortando - se houver tempo antes de quebrar - até ficar com o que interessa. Você conhece alguma pequena empresa que parece grande empresa? Eu conheço dezenas. Não existe curva de crescimento no mix de produtos em uma pequena empresa. Os caras desde sempre falam que vendem de tudo, e teimam em vender de tudo, e por conta disso não conseguem vender nada de nada. Hoje na hora do almoço em meio aquele calor do inferno, eu praticamente me escondi dentro da geladeira da Kibon. Enquanto detonava uma série de picolés de limão, eu fiquei pensando na evolução da empresa. Em 1942 os caras começaram com o Eskibon e o Chicabon; quase quarenta anos depois veio o lançamento do Cornetto com aquele inesquecível comercial de televisão em plena Veneza. Vinte anos depois, quando percebeu que o Cornetto já não era tão premium assim, a Kibon resolveu lançar a linha de sorvetes Magnum para superar o próprio Cornetto lançado anos atrás. Quando a Kibon começou, os caras não diziam que tinham sorvetes de todos os tamanhos, cores e preços para todos os tipos de consumidores. Os caras tinham o que podiam ter, e vendiam com entusiasmo aquilo que sabiam fazer. Não era o melhor, não era o mais barato, não era o mais bonito, mas era honesto e verdadeiro. Os ortodoxos vão dizer que estou errado, você precisa ser bom prá caramba para
competir com os líderes. Mas é exatamente esse o problema. Você acabou de entrar no campeonato. Essa é a sua primeira corrida. Você está largando na 26a posição. Você não precisar ser melhor que os carros que estão largando na primeira fila. Você não precisa correr mais que o Hamilton ou Schumacher. Você precisa ser melhor que o carro que está na 25a posição, depois melhor que o carro que está na 24a, depois 23a, e assim por diante. Deixe a sua concorrência botar banca de galã, torrar dinheiro com escritórios bacanas e práticas de grandes empresas, assuma que você é pequeno, não entende nada de gestão de pessoas, não entende nada de plano de negócios, mas mesmo assim vai abrir a sua empresa e aprender na marra o que tem que aprender.
Nada menos que isso interessa! Quebra Tudo! Foi para isso que eu vim! E Você? CViva a Brigaderia! E-Mail e Messenger: ricardom@bizrevolution.com.br (*) BIZREVOLUTION
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SÉRGIO MARTINS PANDOLFO*
(*) Médico e Escritor. ABRAMES/SOBRAMES
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Casos Médicos: O renascer da esperança
O
exercício regular da Medicina é um permanente aprendizado. Por mais dilatado que seja o tirocínio do profissional, nunca atingirá ele a plenitude do saber. Em nossa já bem alongada atividade como cirurgião e tocoginecologista (ginecologia/obstetrícia) tivemos a oportunidade de atender, há já uns anos, a uma paciente encaminhada por um colega militante na política local (trazia um bilhete), eis que a mesma já houvera sido “desenganada”, para tratamento de seu mal, em três grandes hospitais de Belém, visto tratar-se de pessoa idosa, em mau estado geral e apresentar lesões de grande complexidade terapêutica, além, é claro, da extrema pobreza financeira a agravar seu infortúnio. Tratava-se de uma senhora de 83 anos, cabisbaixa, desgrenhada, psiquicamente arrasada, debilitada fisicamente e mutilada em sua genitália, patologicamente exteriorizada, pois sofredora, havia muitos anos, de prolapso genital (útero caído na linguagem popular). Em escassas e fugidias palavras relatou-nos sua desdita, resumida a seguir. Moradora numa dessas remotas e quase intocadas brenhas de nosso vasto hinterland valia-se, tão somente, Doutor, agora eu e meu velho estamos numa boa
de um buraco cavado nos fundos do terreno, parcialmente recoberto com peças de madeira e cercado por paredes de palha trançada, a guisa de sanitário, para satisfação das necessidades fisiológicas da família; necessidades, adiante-se (e quem não imagina?), sempre cumpridas sob assédio inclemente de profusão de moscas e mosquitos. Assim, fica fácil entender que numa dessas visitas ao banheiro nossa paciente teve sua genitália (pendente, já o dissemos, pelo prolapso) utilizada pelas moscas para postura dos ovos, que geraram as larvas (miíase ou, popularmente, bicheira) de grande poder destrutivo, que literalmente comeram grande parte da parede anterior da vagina e da bexiga (que lhe fica subposta) e toda a uretra, o que, como é fácil imaginar, além da dor e do desconforto resultou na perda permanente, contínua, sem controle, das urinas. Os bichos (larvas) foram eliminados (pelos “entendidos” do lugar) com creolina em solução aquosa. Submetemos nossa paciente a uma extensa e melindrosa operação, para reparo das graves lesões e tivemos que retê-la no hospital por longa permanência (cerca de dois meses) - pois seus familiares em Belém com ela não se importavam nem se dispunham ao atendimento das necessidades higiênicas e terapêuticas indispensáveis na convalescença – só liberando-a após a cicatrização bem estabelecida das feridas cirúrgicas. Constitui-se o caso relatado em evento patológico raríssimo pela extensão e localização das lesões, tão raro que não encontramos, em extensa pesquisa a que procedemos junto a colegas de grande experiência do Brasil inteiro e através da Rede Médica Mundial de Informática (Medline) nenhum caso semelhante, pelo que publicamos nossa experiência em revista médica nacional indexada à rede informatizada e, mais tarde, compondo capítulo de livro especializado na área de Ginecologia e Obstetrícia. Corrido o tempo, nossa cliente voltou para consulta
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A restituição da saúde pode também restabelecer a harmonia conjugal
de revisão de um ano e desse encontro nunca mais nos esqueceremos. Estava diante de nós uma outra pessoa: alegre, sorridente, solícita às perguntas, bem composta (conquanto trajando modesta indumentária), relativamente bem nutrida e completamente recuperada das lesões de que fora padecente. Sagica, até brincou conosco: “Doutor, agora eu e meu velho estamos numa boa”. Este caso possibilitou-nos, não só contribuir para a plena recuperação e satisfação de uma criatura humana que já não tinha mais objetivos na vida nem esperança de remissão de seus males, bem como, com a divulgação que fizemos da ocorrência clínica em revista médica indexada à malha mundial especializada da Internet e em livro-texto para uso de estudantes e profissionais da área, poder prestar inestimável contributo aos colegas jovens ou interessados que dele tomarem conhecimento, auxiliando-os na conduta a tomarem frente a casos assemelhados. Essa foi, sem ponta de dúvida, uma das maiores satisfações que sentimos ao longo de toda nossa dedicada e diuturna atuação como discípulo de Hipócrates! Algo que não tem paga, mas tampouco se apaga. sergio.serpan@gmail.com serpan@amazon.com.br www.sergiopandolfo.com
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A assustadora curva da criatividade
Texto Eduardo Zugaib*
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idade mata a criatividade. Correto seria que, com o passar dos anos, nos tornássemos mais criativos, espontâneos e investigativos. Mas não é o que se percebe na prática. Roger von Oech, consultor de criatividade no Vale do Silício americano, relata uma história no seu livro Um toc na cuca que nos faz refletir um pouco sobre essa questão. Oech conta que, num dia de aula no seu curso colegial, o professor fez uma pequena marca de giz no quadro -negro, perguntando à classe o significado daquilo. Segundos depois alguém arriscou: “É uma marca de giz no quadro-negro”. Os demais alunos respiraram aliviados diante da obviedade, rindo e declarando a tarefa realizada. Não havia nada mais a ser dito. “Vocês são surpreendentes”, disse o professor. “Ontem apliquei o mesmo exercício a uma turma do jardim da infância, e eles me trouxeram mais de cinquenta respostas Mas podemos ficar tranquilos. Nem tudo está perdido.
diferentes: o olho de uma coruja, um inseto esmagado, uma flor e assim por diante.” Uma longa pesquisa realizada pela NASA, para seleção de cientistas e engenheiros com características pessoais inovadoras, acabou revelando o declínio da criatividade ao longo dos anos. Na primeira fase da pesquisa, as crianças tinham entre 3 e 5 anos e 98% apresentaram alta criatividade. O
Sem criatividade, uma empresa não vislumbra mercados, tende a ficar para trás www.paramais.com.br
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A assustadora curva da criatividade
mesmo grupo foi testado aos 10 anos, apresentando um número bem menor neste percentual: 30%. Com 15 anos, somente 12% dos pesquisados mantiveram altos índices de criatividade. O mesmo teste foi aplicado a um universo de mais de 200.000 adultos e somente 2% se mostraram altamente criativos. Os autores dessa pesquisa concluíram que, ao longo da vida, nós aprendemos a ser não-criativos. Um declínio que não se deve à idade, mas aos limitadores mentais que criamos e acumulamos ao longo da vida, muitos deles na escola, que acabam reforçando o pensamento de alguns educadores que afirmam que as crianças entram na escola como “pontos de interrogação” e saem como “frases feitas”. Mas podemos ficar tranquilos. Nem tudo está perdido. Como? Estimulando nossa mente com informações positivas, adotando posturas flexíveis e percebendo nossa vida e nossos relacionamentos como grandes e produtivas aulas, o engessamento pode ser revertido. Num cenário competitivo como o em que vivemos, onde muitos possuem acesso à informação em doses cada vez mais cavalares, a habilidade de pensar diferente torna-se a característica pessoal mais valorizada. A capacidade de ver o que ninguém viu antes tem gerado respostas inovadoras não apenas para os novos mas, principalmente, para os antigos problemas.
A capacidade de ver o que ninguém viu antes tem gerado respostas inovadoras não apenas para os novos mas, principalmente, para os antigos problemas
Sem criatividade, uma empresa não vislumbra mercados, não detecta oportunidades e tende a ficar para trás, repetindo a fórmula consagrada pela concorrência. Veja bem: eu disse que podemos ficar tranquilos, não parados. Em desenvolvimento pessoal, quando paramos de andar, já estamos sentados. Quando achamos que sentamos, já estamos deitados. Ao deitarmos, na verdade já estamos dormindo. E quando dormimos, já estamos mortos. (*) Escritor, profissional de comunicação e marketing, professor de pós-graduação, palestrante motivacional e comportamental. Ministra treinamentos nas áreas de Desenvolvimento Humano e Performance Organizacional
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Ausência do orgasmo pode
provocar doenças e transtornos mentais lados à insatisfação sexual. “Por exemplo, a ansiedade é um dos transtornos mais relacionados com a ausência do orgasmo”. Além disso, a psicóloga Ana Luna disse que “fisiologicamente, a descarga de muitas tensões que o ser humano acumula se produz por meio do orgasmo”.
Uma sinfonia do cérebro e/ ou Um show de fogos artificiais
Atividade cerebral
O orgasmo ativa mais de 80 diferentes regiões do cérebro
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ma sinfonia do cérebro” ou “um show de fogos artificiais”. Estes são alguns dos termos usados pelos cientistas para se referir à resposta do cérebro ao momento do orgasmo. Mas, embora o prazer proporcionado por essa sensação seja de conhecimento geral, quais são os benefícios para a saúde? Magdalena Salamanca,
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psicanalista especializada em sexo baseada na Espanha, disse que a ausência do prazer sexual pode provocar doenças e transtornos mentais. “É importante porque o orgasmo é a satisfação de um dos instintos mais importantes do ser humano, que é o sexual”, diz. Ela destacou ainda que muitos dos problemas de cunho social ou profissional estão vincu-
Há alguns meses, cientistas da Universidade de Rutgers, no Estado americano de Nova Jersey, determinaram que o orgasmo ativa mais de 80 diferentes regiões do cérebro. Utilizando imagens de ressonância magnética do cérebro de uma mulher de 54 anos enquanto tinha um orgasmo, os cientistas descobriram que no ato quase todo o cérebro se torna amarelo, o que indica que o órgão está praticamente todo ativo. Os níveis de oxigênio no cérebro também refletem um espectro que vai desde o vermelho intenso até um amarelo claro, e isto tem um impacto em todo organismo.
Representação esquemática do processamento de segregação e integrada das dimensões emocionais e atenção durante o ato sexual www.paramais.com.br
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Benefícios para a saúde “Há outros benefícios porque todo esse sangue oxigenado que flui pelo corpo chega aos microssensores da pele e vai para todos os órgãos”, diz a psicóloga Ana Luna. Já Magdalena destaca que a saúde física e psíquica estão muito vinculadas à satisfação sexual proporcionada pelo orgasmo, o que o estudo da Universidade Rutgers
parece comprovar. A pesquisa mostrou como a atividade cerebral iniciada pelo orgasmo se propaga por todo o sistema límbico, relacionado às emoções e à personalidade. Por isso, psicólogos como Ana Luna acreditam que o orgasmo é uma parte essencial de uma personalidade sadia. “Quando você não tem orgasmo toda essa energia fica represada”, diz a estudiosa,
Orgasmo: gozo; prazer sexual (segundo o dicionário)
Os níveis de oxigênio no cérebro também refletem um espectro que vai desde o vermelho intenso até um amarelo claro, e isto tem um impacto em todo organismo
acrescentando que muitas vezes a ausência do prazer sexual torna a pessoa irritadiça, triste, rabugenta e até mesmo com dificuldades para sorrir.
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Nova classe média brasileira
gera necessidade de empresas se reinventarem
Inclusão de 20 milhões de pessoas na nova classe média brasileira muda perfil de consumo e cria novos modelos de negócios no país, destaca especialista Texto Vanessa Brito
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os últimos dez anos, o mercado interno brasileiro mudou bastante, em decorrência da ascensão de cerca de 20 milhões de pessoas, antes consideradas de baixa renda e fora do mercado consumidor, à classe média. Por possuírem características diferentes com que o mercado lidou durante décadas, esses consumidores emergentes estão gerando mudanças significativas e necessidade de adequação de empresas e dos modelos de negócios. As demandas e a relação custo-benefício da nova classe média brasileira – em 2011, era composta por 174 milhões de pessoas (54% da classe C e 24% das classes D e E) - são outras. A pirâmide socioeconômica, agora, está assim desenhada: classes A e B no topo; classe C no meio; classes D e E na base. Todas são consumidoras em potencial. Para Johnny Wei, especialista e diretor da empresa Locomotiva Negócios Emergentes, este é o perfil do novo consumidor brasileiro. “O país está passando por importante
O novo consumidor possui lógicas próprias 42
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mudança estrutural”, diz. Segundo ele, os dados estatísticos justificam: a nova classe média é responsável por 48% da renda nacional (a classe C representa 59%); 68% de seus jovens estudam (coisa que os pais não fizeram); 50,2% são mulheres, que trabalham, frequentam salões de beleza e influem nas decisões familiares. Os jovens apoiam os pais e participam das escolhas da família, devido ao fato de estudarem. Os consumidores emergentes são responsáveis por: 70% dos cartões de crédito no país; 75% dos gastos com alimentação; e 83% dos celulares. “As empresas estão
tendo de se reinventar para atender a nova classe média”, enfatiza o especialista. Produzir e prestar serviços para essa parcela da população implica em fórmulas diferentes. “Eles gostam de produtos de qualidade”, acrescenta. Reduzir embalagens ou fracionar produtos pode ser uma estratégia para conquistar os novos consumidores, pois permite que possam consumir boas marcas. Uma promoção vertical, que vende três latas de leite em pó por menor preço, não é interessante para eles. Mas uma promoção horizontal, que ofereça café e leite em pó de marcas campeãs de mercado, em menor quantidade www.paramais.com.br
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e bom preço, vai agradar esses consumidores, sugere Wei. Para eles, computador representa lazer, entretenimento, estudo e pesquisa de preços, também, destaca. “É preciso pensar diferente”, alerta. “No Dia das Mães, por exemplo, a consumidora ganha um esmalte como brinde ao comprar leite”, sugere Wei. Para conquistar essa clientela é necessário pensar em parcerias inovadoras, como entre produtores de leite e fábrica de cosméticos.
Perfil do consumidor brasileiro
Sustentabilidade
Segundo Wei, envolver a nova classe média com o conceito sustentabilidade é fundamental. “Sustentabilidade tem que significar economia para eles, do mesmo jeito que ocorreu com as empresas”, ressalta. Ativismo é importante, mas não é suficiente para conquistar esse público. O novo consumidor possui lógicas próprias. Ele compra um tênis de marca interO mercado interno brasileiro mudou bastante
nacional, mas não o usa como as pessoas das classes A e B ou apenas nos finais de semana para se exercitar. O par de tênis será usado praticamente todos os dias como parte de sua indumentária. “Tem a ver com a relação custo-benefício. Sustentabilidade faz muito sentido para o novo consumidor”, observa. Os emergentes valorizam soluções integradas. Aluguel, transporte e roupa concorrem com produtos e serviços. “Muda o conceito de concorrência, que, até então,
significava disputa entre marcas de produtos semelhantes”, afirma. As vendas porta a porta se tornaram um modelo de negócio interessante para os novos consumidores e representa alternativa de renda para donas de casa. Nesse desenho as relações pessoais são importantes, pois compõem uma rede de conexões e podem eliminar despesas com transporte para fazer compras. Diferente da antiga classe média, é comum dever ao vizinho e não ao banco, destaca o especialista. Transformar o ecológico em negócio é
desafiante, assim como vender para emergentes. Wei sugere alguns caminhos para realizar essas tarefas: alianças entre empresas e setores; agregar valor ao processo de ser sustentável; transformar custos em benefícios; criar novos negócios para atender o comportamento sustentável. Como seria se o consumidor colaborativo ganhasse benefícios e descontos em sua conta de luz, por exemplo, se ele apoiasse a reciclagem?, desafia Wei. “Construir esses modelos é fundamental para conquistar os novos consumidores”, conclui.
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Cinema e meu Pai Texto Rodrigo Maroja Barata
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embro-me de um cinema velho em Belém, com imensos ventiladores nas paredes laterais, dentro de uma base militar, contradições da vida (meu pai fora preso político!), chamado Cine Guajará. Meu coroa me
levava lá para ver filmes clássicos; íamos numa Brasília azul, bem clarinho, ele me preparando para a sessão de cinema, empolgado, falando-me sobre o quanto a sétima arte havia marcado sua vida e sua breve passagem pela crítica nos jornais daqui de Belém. Ele, além de agitador político, fora crítico de cinema. Poxa, como admirava meu pai, mal sabia ele o quanto sinto saudades daquelas primeiras sessões movidas a jujubas, pipoca e a papos que não voltam mais, nunca mais. Ele me levou para ver vários filmes. Ao seu lado, assisti à primeira exibição de cinema de minha vida. Tinha uns 5 anos, em 1975, quando, na APCC (Assossiação Paraense de Críticos de Cinema), numa sala improvisada pelo amigo e cinéfilo dos maiores, Pedro Veriano, vi “King Kong” (1933), codirigido por Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack, com Fay Wray, Robert Armstrong, Bruce Cabot. Alucinei com aquilo, o que poderia significar aquele animal tão monstruoso apaixonar-se por uma linda porém decadente atriz, sofrer feito um con-
A Pequena Loja da Rua Principal: história de um homem pobre, eslovaco, que, durante a 2ª Guerra Mundial, recebe das autoridades nazistas a posse de uma pequena loja, cuja proprietária é uma senhora judia
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Ronaldo Barata, Sofia (neta) e Rodrigo Maroja Barata
denado, ser exposto `a curiosidade humana e depois se matar pelo tal amor numa cena que, para mim, era pura magia. Saí achando que aquilo era a minha paixão, o cinema. Sabia que seria platônica, pois um garoto de Belém do Pará, àquela época, sonhar em ser cineasta ou coisa que o valha, era utopia... Bem, voltando ao meu pai e ao cine Guajará, lembro-me de dois filmes que, ali, junto ao meu grande coroa, vi com sede de menino tonto e imaturo: “Spartacus” (1960), de Stanley Kubrick e “A Pequena Loja da Rua Principal” (1965), de Ján Kadár, filme tcheco que marcou minha pré-adolescência. O filme de Kubrick, de quem nada sabia naquele tempo, tinha um colorido impressionante, uma grandiosidade que assustava, um ator, o qual, por anos, foi meu segundo herói, Kirk Douglas. A epopeia de um escravo romano, condenado à morte por atacar um guarda numa mina na Líbia, que sonha com a liberdade sua e de seu povo era fascinante, comovente, tão à cara de meu pai, homem sempre à frente de causas intempestivas e urgentes, empunhando a ban-
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deira dos sem-terra, ele era meu Spartacus, não o sabia, no entanto até sua recente morte, via-o
como um escravo das nobres questões agrárias, as quais sonhou a vida toda solucionar. Kubrick escalou um elenco estelar: Laurence Olivier, Jean Simmons, Charles Laughton, Peter Ustinov, Tony Curtis, Anthony Hopkins, para eternizar a saga da libertação dos oprimidos. O Spartacus verdadeiro fracassou, mas foi o primeiro a lutar contra os tiranos de Roma. Meu pai não chegou a fracassar, no entanto morreu sem ver a causa pela qual lutou, por quase a vida toda, vitoriosa, a causa dos oprimidos da terra. O segundo filme a ser resgatado por minha saudade é o tcheco “A Pequena Loja da Rua Principal”, de 1965, de um diretor do qual nunca mais procurei nenhuma outra película, talvez por achar este um filme de um primor e de uma delicadeza sem iguais – talvez só em Giullieta Massina tenha visto estes matizes tão claramente. A fita conta a história de um homem pobre, eslovaco, que, durante a 2ª Guerra Mundial, recebe das autoridades nazistas a posse de uma pequena loja, cuja proprietária é uma senhora judia. O filme mostra um amor tão enorme de dimensão e tão imensurável, que até depois da morte, como no soberbo poema musical de Chico e Vinícius, “Valsinha”, ultrapassa todas as barreiras... nem havia sacado este belo diálogo que há entre o filme e a canção Recordo-me de ter visto, não sei se peco ao contar, meu pai escondendo uma lágrima. Bem, que importa a lágrima de um morto? Para mim, é só um imenso vazio, preenchido por estas duas obras cinematográficas... Meu pai, Ronaldo Barata, experimentou todos os caminhos e veredas e campinas. Trilhou, proveu e bradou sua crença e a ela foi fiel... A mim, deixou-me o cinema, a literatura, o jazz e o amor de amigo eterno! Agora, ele renasce, neste sopro de saudade, como um homem: digno, justo, ético, fraterno e altruísta. E para o Pará e à sua eterna luta, como um grande advogado, administrador público e homem da terra, para a terra e sempre pela terra! Meu velho, bom e eterno Spartacus...
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OIL, a cadeia do petróleo Texto Marco Sanchez
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dward Burtynsky é um fotógrafo canadense e artista internacionalmente conhecido por suas fotografias de paisagens industriais, em grandes formatos. Seu trabalho é preservado em mais de quinze grandes museus como o Museu Guggenheim são a National Gallery of Canada, e da Biblioteca Nacional da França, Paris. A exposição “OIL”, de fotografias do fotógrafo canadense Edward Burtynsky, narra o efeito do óleo em todas as nossas vidas, e para revelar os mecanismos raramente vistas de sua produção e distribuição. Esta exposição de Burtynsky, mostra três secções da série de Petróleo: Cultura extração e refinamento, Transporte e Motor e O fim do Óleo. As obras retratam paisagens marcadas pela extração de petróleo, as cidades e a expansão urbana definida por seu uso. Ele também aborda com eloquência o fim próximo do petróleo, à medida que enfrentamos o seu custo crescente e a disponibilidade cada vez menor. Edward Burtynsky não quer transmitir mensagem política com suas fotografias de grande formato. Seu exposição itinerante “OIL”, internacional e atualmente em exibição no Museu McCord de Montreal, reúne mais de 50 fotos inspiradoras, que documentam o “ciclo de vida” da fonte de energia que moldou o mundo moderno.
Consequências da exploração
Por mais de cem anos, os combustíveis fósseis têm movido o mundo moderno, causando danos irreparáveis para o meio ambiente. Como ninguém, o fotógrafo canadense Edward Burtynsky documentou cada elemento da indústria global do petróleo e suas consequências na natureza e na vida das pessoas.
artista sobre um tema que está direta ou indiretamente ligado à vida da maioria da população do planeta. Suas impressões mostram em vívidos detalhes as interligações entre consumo, transporte e produção de petróleo ao redor do mundo.
Campos de petróleo
A mostra é um retrato único da exploração dos recursos naturais. A série “Extração e refinamento” foca na retirada do petróleo de solos estéreis e seu envio para as fábricas e refinarias, com suas enormes e labirínticas tubulações.
Indústria interconectada 46
Em cartaz em Berlim, a exposição “Oil” mostra a perspectiva do Pará+
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Dominação urbana
Desastres ambientais
Em “Meios de transporte e a cultura do automóvel”, o fotógrafo mostra gigantescas intersecções de rodovias e como elas se impõem, tanto na paisagem urbana como na rural. Corridas amadoras e gigantescos estacionamentos completam a série que mostra que o carro não é apenas mais um meio de transporte, mas também um fetiche consumista.
“Oil” reúne mais de 30 imagens feitas ao longo de dez anos em lugares como os Estados Unidos, Azerbaijão e Bangladesh. As fotos mais recentes da exposição estão na série “Derramamento de petróleo” e foram feitas durante a tragédia no Golfo do México, em 2010.
Paisagem dramática Fim do ciclo
A destruição e as consequências da exploração do combustível aparecem na série “O fim do petróleo”. Depósitos de lixo, pilhas de aço e sucata, máquinas desativadas, aviões aposentados e barris de petróleo mostram o lado sujo da cadeia de produção e sua capacidade de destruição ambiental.
O contraste marca a exposição do canadense. A fascinante beleza das fotos busca inspiração na tradicional estética da pintura de paisagens do século XIX, que se sobrepõe à destruição causada pela exploração do petróleo.
Restaurante
AÇAÍ
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Resíduos em perspectiva
Reciclagem
Inspirada na visão dos pássaros caçadores, as fotos são quase sempre feitas à distância, com vista aérea, buscando o equilíbrio geométrico. O contraste entre a abstração e a perfeita composição visual, acentuada pela transição suave de cores, dá caráter contraditório e fascinante à obra do fotógrafo.
Em Chittagong, Bangladesh, 2001. As fotos de Burtynsky, centram-se em ilustrar o impacto do homem sobre a terra e suas deformações.
A exposição “OIL”, de Edward Burtynsky
Legado da exploração
Além de revelar a mecânica pouco conhecida de sua produção, Burtynsky capta os efeitos do petróleo sobre nossas vidas cotidianas, com belas e aterrorizantes paisagens, alteradas pela exploração do solo e pela expansão urbana gerada com seu uso. “Oil” está em cartaz na C/O Berlin até 29 de setembro.
Edward Burtynsky, fotógrafo canadense
I Exposição Fotográfica ‘‘Imagens da Fé’’ Data: 28 de Setembro a 15 Outubro 2012 Local: Parque Shopping Belém Fotografo: Ray Nonato Horário:10:00h as 22:00 Realização:
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CAMILLO MARTINS VIANNA*
(*) SOPREN/ SOBRAMES
Puxando a cachorrinha
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ão resta a menor dúvida que a colonização nordestina que já deu vez a dos sulistas e do centro - oeste, deixou rastros bem profundos na formação social, cultural e humana dos amazônidas contemporâneos. A zona bragantina, no Estado do Pará, não passaria, no abalizado parecer de ilustre entendedor dessas coisas, de um enclave de chegadas do nordeste aqui no que seria o Paraíso dos Cearenses
e acabou se transformado em verdadeiro campo de batalha dos oriundos da terra de Iracema e de seus vizinhos de direita e de esquerda. Hábitos, usos, costumes e falares dos cearenses - e aí vai um pelo outro - estão de tal modo arraigado nos ribeirinhos amazonauaras, que o sertão de suas origens nada mais é, na atualidade que a própria Floresta Magna do Planeta. Retomando o fio da meada, como se diz, puxar a cachorrinha na rua da amargura, tem o sig-
Serrarias que estão transformando a cobertura florestal em toras, tábuas, pernamancas, faquias, tocos réguas, esteios
Candéa Amazônia
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nificado especial de passar agruras, necessidade e o mais, por circunstâncias as mais diversas e variadas. Evidentemente, possuímos, em termos regionais, imagens vernaculares correspondentes a essa usança trazida pelos arigós que engrossaram o tão falado, famoso e desconhecido Exército da Borracha. É o caso, por exemplo, do serrar de baixo, referência à troca de turno de trabalho de extratores de madeira, já na fase de lavagem, em cima de uma armação chamada mutá ou dique. Para o manuseio do serrotão, antecessor da moto - serra, há necessidade de dois trabalhadores, um situado na parte de cima, e o outro logicamente, na de baixo da tal engenhoca. Encurtando as coisas, vale referir que tudo que é bagulho, cisco, casca, graveto e o mais que possa da atividade madeireira de transformação, cai em cima daquele que está por baixo. Daí a expressão e a necessidade da troca de turnos. Nessa espécie precursora das atuais serrarias que estão transformando a cobertura florestal em toras, tábuas, pernamancas, faquias, tocos réguas, esteios e todo um glossário que no fundo evidencia claramente o atual estágio da destruição da vegetação amazônica. Caracterizada portanto, a situação de desamparo da sorte e da fortuna, do indigitado cidadão que acaba pegando as sombras do aproveitamento das espécies silvestres da flora amazônica, não será muito difícil estabelecer uma espécie de comparação com o que está ocorrendo em relação à
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própria região. Estando o tal processo de integração sendo tocado a toda a força, os usuários do antigo Inferno Verde, ficam no ora veja em relação aos prodígios que resultariam da colonização acelerada da grande Ilha Amazônica. Um doce para quem conseguir provar, ou pelo menos mostrar, alguma coisa boa resultante não
Não nos resta outra alternativa senão puxar a cachorrinha
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só dos super projetos de agropecuária, mineração e tudo o quanto vem sendo levado em fiiria predatória para fora do Futuro Celeiro de Mundo. Pelo jeito, nós estamos serrando de baixo e sem nenhuma possibilidade de trocar de turno, ema vez que esse estado de coisas vem ocorrendo por essas bandas há mais de três séculos e meio.
Esse estado de coisas vem ocorrendo por essas bandas há mais de três séculos e meio
Não nos resta outra alternativa senão puxar a cachorrinha, o que dá mesmo. A expressão puxando a cachorrinha tem origem em Taciateua no município de Santa Maria do Pará.
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