Pará+ 135

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Revista

Pará+ MAIO 2013

BELÉM-PARÁ

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ISSN 16776968

EDIÇÃO 135

Editora Círios

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PEDRAL DO LOURENÇO: PEDRAS NO CAMINHO DO DESENVOLVIMENTO Pará+

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Hoje é dia de quem nos inspira a buscar energia na natureza. E, mais do que isso, a conviver com ela em harmonia. 19 de abril, Dia do Índio.

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Há 25 anos, a Eletrobras Eletronorte desenvolve os programas Waimiri Atroari e Parakanã, referências mundiais na promoção da autonomia indígena. É assim que, todos os dias, transformamos desenvolvimento sustentável em energia para o Brasil. 19 de abril, Dia do Índio. www.paramais.com.br

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Revista

N E STA E D I Ç ÃO EDIÇÃO 135 - MAIO/2013

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Amor demais pode machucar

PUBLICAÇÃO

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XVII Feira Pan-Amazônica do Livro celebra o Pará país de Ruy Barata

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Pedras no caminho do desenvolvimento

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Vale entrega projeto que viabiliza hidrovia

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A sustentabilidade é mensurável?

ÍNDICE DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Ana Claudina Santos, Andreia Ferreira, Camillo Martins Vianna, Dinna Santos, Lady Sereta, Luciane Barros, Natia Ney, Vivian Blaso; FOTOGRAFIAS: Arquivo Adepará, Arquivo AHIMOR , Arquivo MRE, Ascom Prodepa, DivulgaÇÃO, Advaldo Nobre/Ascom Seduc, Antonio Silva, Cláudio Santos, Eliseu Dias, Eunice Pinto, Geraldo Ramos/Os Pará, Rodolfo Oliveira, Tamara Saré/Ag. Pará; Everaldo Nascimento/Os Pará 2000, Marcelo Martins, Rai Pontes/Ascom Seduc, Rodrigo Sávio / ASCOM SEJUDH; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Círio Editora

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BELÉM-PARÁ

MAIO 2013

EDIÇÃO 135

Petrobras contempla projetos paraenses

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A aposta do Brasil na Educação

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Movimento República de Emaús

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Jornada destaca relação do homem amazônico com povos indígenas

ISSN 16776

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Encontro estadual debate direitos das crianças e dos adolescentes

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 EDITORA CÍRIOS ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

Revista

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Joias da coleção para o Dia das Mães retratam a elegância da Belle Époque

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Para ouvir a banda passar

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“Kd a Berlinda?”, da Prodepa, é finalista do 5º Prêmio Tela Viva Móvel

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O boi branco das dunas de Curuçá

Editora Círios, a única Editora do Norte associada a Associação Nacional de Editores de Revistas

FAVOR POR

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Rebanhos do Pará já estão sendo vacinados contra a febre aftosa Nesta Edição (135).indd 4

ST A

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Pedral do Lourenço, trecho de formações rochosas no leito do Rio Tocantins, localizado entre os Municípios de Itupiranga e Marabá, dificulta a navegação durante os meses de seca, atrapalhando o desenvolvimento do estado do Pará. Foto Arquivo AHIMOR

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I LE ESTA REV

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Portal Amazônia

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Cadastro Ambiental Rural

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O Pará tem agora o seu Cadastro Ambiental Rural, o CAR, um sistema de identificação de propriedades rurais que reúne todos os dados do imóvel rural: tamanho, áreas de e Mais d de preservação permanente, ões 30 milh dastrados a localização geográfica, c s hectare odo o Pará. qualificação do propriet em seu Faça o iental Rural tário e outros. mb A o r t s s Com essas informações, Cada aproveite a m e er u s e o Governo do Pará pode d s en vantag r legalizado. fazer muito por quem o produt produz produz. Pode regularizar as Unidades de Produção Familiar (UPF), dar o licenciamento ambiental, levar crédito, melhorar a produtividade, fazer a regularização fundiária e possibilitar o acesso a novos mercados. Em todo o Pará, já são mais de 30 milhões de hectares cadastrados e até o final deste ano o cadastro chegará a 30 mil propriedades rurais. O CAR também contribui diretamente com a redução do desmatamento e para a utilização ordenada dos recursos naturais. Faça o seu CAR, aproveite as muitas vantagens que o Governo do Estado tem para você e entre para um dos setores mais rentáveis da economia mundial: a economia verde.

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Anel e pingente de ouro, da designer Marcilene Rodrigues

Anel glamour, criado pela designer Joseli Limão Musa de Belém, pingente criado pela designer Helena Bezerra

Brincos Elegance, criação da designer Joseli Lima

Joias da coleção para o Dia das Mães

retratam a elegância da Belle Époque

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Texto Luciane Barros* Fotos Rodolfo Oliveira/Ag. Pará

m olhar contemporâneo sobre uma época áurea na história da capital paraense é o que o público encontra na coleção de joias que celebra o mês alusivo às mães, criada e confeccionada por pro�issionais do Polo Joalheiro do Pará. O modo de ser e viver na Belle Époque, em Belém, inspirou os designers e permitiu uma bela homenagem à cidade na exposição da Coleção de Joias do Dia das Mães, no Espaço São José Liberto. Designers, ourives, cravadores, lapidários, produtores e demais pro�issionais que integram o Programa Polo Joalheiro, mantido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e gerenciado pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Iga-

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Joias da coleção para o Dia das Mães.indd 6

ma), oferecem ao público 30 joias na nova coleção, que se destacam pela riqueza de detalhes e composição, e remetem ao período em que Belém era a porta de entrada da Europa no Brasil. A coleção tem brincos, colares, anéis e pulseiras feitas em metais nobres, como prata e ouro branco e amarelo, e que ganham o brilho das gemas minerais, como diamante, coral, pérola, rubi, granada, quartzo black, ônix e ametista.

Paris N’América

A ametista realça a criação do designer Felipe Braun. Em forma de rosa, o coral dá o tom romântico e luxuoso às joias criadas pela designer Lídia Abrahim. Já a esmeralda dá um toque especial às peças criadas pela designer Helena Bezerra, intituladas “Musa de Belém”. Helena conta que a inspiração

nasceu da observação dos detalhes do teto de gesso da loja de tecidos Paris N’América, fundada em 1870, quando funcionava como ponto de encontro da sociedade paraense. “É uma viagem ao passado da ‘francesinha do Norte’, como Belém era conhecida na época. É o início do ‘glamour’ e, até hoje, é um dos prédios que mais preservam a arquitetura do período”, ressalta Helena, explicando que o verde da gema é um elo com a questão ambiental, e a tendência de motivos �lorais da época em que Belém vivenciou o Ciclo da Borracha. Além das gemas e metais, que dão cor e forma às joias, materiais inusitados ajudam a compor algumas peças da coleção, como as louças portuguesas, herança do pai da designer Celeste Heitmann, que usou os fragmentos para compor o colar em prata com gemas minerais, denominado “Memória afetiva”. Ela explica que a joia foi inspirada na elewww.paramais.com.br

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Pó Ce Be


Memória afetiva, colar criado pela designer Celeste Heitman. Fragmentos de porcelana portuguesa, prata e gemas minerais compõem o colar

gância, no estilo re�inado e, sobretudo, no modo de viver da sociedade da época, no que diz respeito à arte decorativa. Segundo a designer, o colar tem estilo jovem, e valoriza artisticamente, por meio de uma herança, as joias contemporâneas, “dando condição de uso a peças antigas, resultando em algo novo e original”.

Inspiração

Azulejos, gradis, objetos decorativos em fachadas de prédios e formas inspiradas no Art Noveau, ainda presente no cenário de Belém, serviram de fonte de informação e inspiração para os designers, durante o Workshop de Geração de Produtos: “Viagens pela Belle Époque: Olhares sobre o cotidiano e o urbanismo da Belém no início do século XX”, promovido pelo Espaço São José Liberto em 2012. O workshop foi coordenado pela consultora Regina Machado, arquiteta, designer de joias, mestre em Comunicação dos Sistemas Simbólicos e doutora em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ). Rosa Helena Neves, diretora do Espaço São José Liberto, ressalta que o lançamento da coleção no período de celebração do Dia das Mães motiva a escolha de um belo presente. “É uma joia com conteúdo, beleza, so�isticação e romance, que inspira desejo e celebra uma forma de viver que se eternizou

na memória do paraense. E na perspectiva do consumo, a coleção tem um per�il acessível, que agrega bom preço à qualidade”, enfatiza a diretora.

Inovações

A lapidação diferenciada, técnica desenvolvida pela lapidária paraense Leila Salame, é outro destaque da exposição. Resultado de experimentações e técnicas que inovam o processo de criação e confecção das joias artesanais do Pará, Leila utiliza gra�ismos marajoaras para criar uma simetria nas gemas. A lapidação diferenciada, segundo ela, surgiu da vontade de criar além do tradicional, e, ao mesmo tempo, homenagear a cultura paraense. A lapidação diferenciada pode ser vista nas criações das designers Marcilene Rodrigues e Joseli Limão, que trabalharam, respectivamente, com o quartzo fumê e o quartzo hialino. O anel “Glamour”, criado por Joseli Limão, realça esse tipo de lapidação e foi inspirado nos arabescos da Igreja de Santo Alexandre. A designer também criou o brinco “Elegance”, a partir de detalhes do gradil do Mercado de Ferro, contendo rubis e diamantes. Criatividade é o que não falta na nova coleção. Até “as folhas ao vento” serviram de inspiração para a designer Marcilene Rodrigues criar anéis, brincos e pingente. As joias, denominadas “Outono”, segundo ela retra-

Coleção Dia

Brincos Outono, da designer Marcilene Rodrigues

tam, de forma contemporânea, os caminhos sinuosos característicos da época, quando era comum retratar na arquitetura formas orgânicas de plantas. ”No dia que estávamos no Comércio (durante o workshop) olhando prédios, as praças, deu uma ventania forte, que eu associei a esse paisagismo pitoresco: os bosques, os parques da Belle Époque”, conta Marcilene. Fazem parte da exposição as seguintes empresas e designers: HS Criações (Helena Bezerra), Danatureza (Joseli Limão), Sila Brasila (Marcilene Rodrigues e Rosáurea Simões), Hanna Mariah (Lídia Abrahim), Ourogema (Felipe Braun), Amazon Art (Lídia Abrahim), Bel Roque (B. Roque), Celeste Heitmann (C. Heitmann) e o produtor Joelson Leão (Fares Farage). A exposição de joias do Dia das Mães pode ser visitada até 26 de maio, no espaço de exposições do Coliseu das Artes, no Polo Joalheiro do Pará/Espaço São José Liberto. A entrada é franca.

Serviço

Exposição de Joias do Dia das Mães no Polo Joalheiro do Pará. De 3 a 26 de maio, no horário de funcionamento do Espaço São José Liberto (Praça Amazonas, s/n, bairro Jurunas), das 09 às 19 h (de 3ª a sábado) e das 10 às 18 h (aos domingos e feriados). Entrada Franca. (*) São José Liberto

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Não é apenas o amor romântico que caracteriza a dependência dessas mulheres

Amor demais pode machucar

Mulheres que Amam Demais Anônimas (MADA)

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ma a uma elas ocupam as cadeiras em uma sala de uma escola em Belém. Por algumas horas, as mulheres enfrentam o desa�io de colocar em palavras seus sentimentos, angústias e histórias de vida. São mulheres de distintas idades, níveis sociais e educacionais, mas unidas pelo elo de uma só realidade: elas amam demais. Para elas, amar é sofrer e, por isso, comparecem às reuniões do grupo Mulheres que Amam Demais Anônimas (MADA). As mulheres que sofrem de dependência afetiva são conhecidas como “Mulheres que Amam Demais”, devido ao livro de Robin Norwood. “Amar demais” tem o sentido de amar excessivamente, de forma doentia, controladora e obsessiva. Como diz a sinopse do livro “Para algumas mulheres, amar é sempre sinônimo de sofrer. As mulheres que amam demais são atraídas por homens perturbados, distantes, temperamentais e ignoram os “bons rapazes”, que consideram aborrecidos. Deixam de lado amigos e interesses para estarem sempre disponíveis para ele. Sentem-se vazias sem ele, muito embora estar com ele seja um tormento“. Normalmente um dependente de relacionamentos patológicos cresceu numa família disfuncional, onde as suas necessidades emocionais não foram atendidas. Quando era criança recebeu pouca atenção e para tentar diminuir sua carência tornou-se uma pessoa altruísta, que dá aos outros mais do

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que lhe é pedido, esperando receber em troca o carinho de que necessita. Como não foi capaz de transformar os seus pais em pessoas mais carinhosas e atenciosas, inconscientemente procura um parceiro pouco atencioso e emocionalmente indisponível, que tenta mudar através do seu amor, repetindo assim o comportamento que tinha em criança. Como não foi amado ou não aprendeu a amar de forma saudável, repete o mesmo comportamento com o parceiro. É dependente do parceiro e da dor emocional que um relacionamento disfuncional lhe proporciona. Os dependentes de relacionamentos cresceram com esta dor e a confundem com amor. Isto faz com que inconscientemente considerem que dor e amor são a mesma coisa e que por isso repitam o mesmo padrão de comportamento. A mulher MADA tem medo do abandono, tem baixa autoestima, procura controlar o relacionamento, idealiza o parceiro e tem tendências à depressão e à dependência química de drogas, álcool ou compulsão para certos tipos de alimentos, como os doces.

De frente para o espelho

Não é fácil falar dos próprios sentimentos e reconhecer suas fraquezas. Apenas cada uma dessas mulheres sabe as barreiras internas que venceu até chegar ao grupo e

reconhecer a necessidade de ajuda e suporte frente a seus problemas. Elas não conseguem controlar a manifestação do seu amor e, por isso, possuem uma patologia, segundo a coordenadora do grupo e terapeuta Graça Amorim. “Elas priorizam o amado e tentam mudar a relação que não traz felicidade por que não acreditam que podem ser felizes sem o outro”. No MADA, a terapia é a do espelho, onde a pessoa vê e ouve relatos de outras pessoas e se enxerga nas mesmas situações. “Sem o tratamento, seja em grupo ou individual, voltado para a dependência emocional de amor patológico, pode se tornar um caso greave. Uma MADA em grau crônico pode até cometer suicídio”, alerta Graça Amorim. Por isso, o grupo se torna para muitas dessas mulheres uma maneira de permanecer sob vigília constante. Ou seja, ir às reuniões serve como exemplo e apoio, já que elas ouvem histórias e relatos alheios de mulheres que apresentam o comportamento de uma MADA, ou que já apresentaram, mas que necessitam vigiar suas próprias atitudes. “É a �iloso�ia de um dia de cada vez, somos sempre MADAS em recuperação”, conclui a terapeuta. A própria Graça Amorim admite que passou pelo mesmo problema. “Sou uma ex-MADA, era de alto grau, tive todos os sintomas e reações. Por isso, quando acompanho os depoimentos de outras mulheres, me vejo nelas”, avalia Graça Amorim. A experiência pessoal fez com que Graça Amorim criasse o grupo em Belém. “Eu procurava material para ler sobre o assunto e ia em reuniões no Rio de Janeiro e São Paulo. Como senti minha vida melhorar, quis criar um grupo aqui para ajudar outras mulheres”, lembra ela. Na primeira reunião, há quatro anos, 15 mulheres participaram. Hoje, a média é de 35 mulheres por reunião. Desde então, cerca de 4.500 mulheres já foram atendidas. Uma dessas mulheres é a pedagoga Valdilena Silva. Ela freqüenta o grupo há três anos e começou por insistência da mãe. “No começo, eu achava que era MADA por causa do meu marido, nós dois tínhamos muito ciúmes”, lembra ela. “Mas na verdade, estava pedida, mas sabia que precisava de ajuda”, relembra Valdilena. Nas reuniões, descobriu que também tinha uma relação patológica com o trabalho. Ela trabalhava em duas escolas e largava tudo para dar conta de todas as tarefas “Mas a sobrecarga e as cobranças me deixaram doente, entrei em depressão e passei a não dormir , não ter vida pessoal e familiar. Me tornei compulsiva pelo trabalho e isso me levou também à compulsão por compras. Além disso, acirrava ainda mais o ciúme e a posse em relação ao meu marido”, descreve Valdilena. Ela começou com a terapia individual,

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antes de freqüentar o grupo. Hoje já recebi alta, mas continuo freqüentando o grupo como voluntária. Eu me sinto bem, meu relacionamento melhorou muito. O MADA me deu clareza do que é errado e o que eu não quero mais para mim”, �inaliza.

Graça Amorim

Quem é MADA?

Algumas atitudes são típicas de Mulheres que Amam Demais, como a submissão a relacionamentos destrutivos em nome da dependência do outro. Mas seriam elas dependentes de um homem? Não necessariamente. Não é apenas o amor romântico que caracteriza a dependência dessas mulheres. Em seus depoimentos, elas relatam a necessidade de serem amadas e aceitas no seio familiar, no círculo de amigos, no ambiente de trabalho e/ ou por um homem na maioria dos casos. “Normalmente, elas vem de lares desajustados”, explica a terapeuta. “Embora o mais comum sejam relacionamentos problemáticos com o companheiro, os relacionamentos desequilibrados podem acontecer entre mãe e �ilhos, entre amigos, no trabalho”, enumera Graça. A dependência do outro não cria apenas necessidade emocional de atenção, mas também o desejo de transformar a outra pessoa. A literatura do grupo estipula que essas mulheres não se atraem pelos homens gentis, estáveis e seguros, porque os considera enfadonhos. Já as relações instáveis criam agitação e implicam em problemas

Valdilena Silva com o marido relacionamento mais feliz e saudável

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que precisam de soluções e com os quais a mulher pode se ocupar. “É aí que se cria a dependência emocional, que pode evoluir para seqüelas �ísicas também”, explica Graça Amorim. “Pessoas e fatos nos adoecem e o ideal é que todos pudessem fazer alguma terapia ou tratamento mental preventivo em algum momento da vida”, avalia Graça.

MADA no Brasil

Existem 30 grupos MADA no Brasil, em diversos estados e cidades. Em São Paulo, a primeira reunião do grupo foi realizada em 16 de abril de 1994. O grupo foi criado a partir do livro de Robin Norwood “Mulheres que Amam Demais” (1985), baseado na experiência da autora, psicóloga e terapeuta familiar, e na experiência de centenas de mulheres. O MADA adota conceitos do Alcoólicos Anônimos (AA) - o pioneiro dessa categoria de grupos. O grupo MADA propõe o uso dos ‘doze passos de MADA’, que auxiliam na recuperação e na manutenção da unidade do grupo. No grupo, em Belém, elas recebem uma cartilha com todas as informações que precisam para reconhecer quando estão tomando atitudes sem controle. “Os passos funcionam como elementos norteadores, como um farol na neblina desses confusos sentimentos. Sempre digo para elas que

Os 12 passos do MADA 1. Admitimos que éramos impotentes perante os relacionamentos e que tínhamos perdido o controle de nossas vidas. 2. Passamos acreditar que um poder superior a nós mesmas poderia nos devolver a sanidade. 3. Decidimos entregar nossas vidas aos cuidados de Deus, na maneira como O concebíamos. 4. Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmas. 5. Admitimos perante Deus, perante nós mesmas e outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas. 6. Nos dispusemos inteiramente a deixar que Deus removesse os defeitos do nosso caráter. 7. Humildemente, pedimos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições. 8. Fizemos uma lista de todas as pessoas que prejudicamos e nos dispusemos a reparar os erros que cometemos com elas. 9. Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem. 10. Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos erradas, nós o admitíamos prontamente. 11. Procuramos, através da prece e da meditação, melhorar nosso contato com Deus, na forma em que O concebíamos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade e forças para realizar essa vontade. 12. Graças a esses passos, experimentamos um despertar espiritual e procuramos transmitir essa mensagem a outras mulheres, dependentes de pessoas. Procuramos praticar esses princípios em todas as nossas atividades. Nada, absolutamente nada, acontece por equívoco no mundo de Deus. A não ser que eu aceite a vida totalmente do jeito que ela é, não poderei ser feliz. Preciso me concentrar menos no que é preciso mudar no mundo e mais no que eu preciso mudar em mim e nas minhas atitudes.

tudo o que precisam saber está na cartilha. Seguindo os passos do MADA, elas podem se recuperar de amar demais, passando a se aceitar, amar a si própria, aceitar o outro como ele é, se conhecer, cuidar de si mesma, ser con�iante, abandonar os relacionamentos destrutivos e identi�icar os relacionamentos que possuem futuro”, orienta Graça Amorim. site >> www.madapara.com.br telefone >> 91 3087-6537

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Apresentação musical de artistas paraenses que homenagearam o escritor Ruy Barata durante a abertura da Feira do Livro

XVII Feira PanAmazônica do Livro

celebra o Pará país de Ruy Barata Fotos Advaldo Nobre/Ascom Seduc, Cláudio Santos, Eliseu Dias, Eunice Pinto, Geraldo Ramos/ Os Pará, Rodolfo Oliveira, Tamara Saré/Ag. Pará; Everaldo Nascimento/Os Pará 2000, Rai Pontes/ Ascom Seduc

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maior encontro literário da Região Norte: a Feira Pan -Amazônica do Livro, na sua 17ª edição, ocorreu no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia. A tradição de homenagear um país diferente ganhou adaptações. As honrarias dessa vez se estenderam ao Pará e ao poeta Ruy Barata, que elevou o estado à condição de nação em seus versos. Do “Encontro Literário Paraense” participaram os autores Amaury Braga Dantas, Maria Stella Pessoa, Harley Dolzane, Ney Ferraz Paiva, Olga Savary, Maciste Costa, André Nunes, Benilton Cruz e Daniel Leite. Compositores como Waldemar Henrique, Wilson Fonseca e Nilson Chaves e os ritmos do carimbó, retumbão e outros compondo um grande passeio pela música paraense com o show Pará em Canto, apresentado du10

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O governador Simão Jatene durante abertura da XVII Feira PanAmazônica do Livro

rante a abertura da Feira por Paulo André Barata e Liah Soares, e também pelo vozerio da nova geração, representado por Camila Honda e Nana Reis. Seminários, encontros e espetáculos voltados à temáticas paraenses podiam ser acompanhados diariamente na Sala Marajó, que nesta Feira ganhou o nome

“O País que se chama Pará” e homenageou, além de Ruy, Raimundo Jinkings e Benedito Nunes. A Feira ofereceu ao público atividades variadas como mesas redondas, palestras, sessões de autógrafos, oficinas, debates, seminários e shows. A programação incluiu www.paramais.com.br

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o Encontro Literário”, com os escritores Ignácio de Loyola Brandão (SP), Tony Bellotto (RJ), Cristovão Tezza (PR), Guilherme Fiúza (RJ), Tiago Santana (CE), Michel Maffesoli (Paris/FR), Merval Pereira (RJ), José Maria Castello (PR) e Affonso Romano de Sant’Anna (RJ). Outras atrações musicais ficaram por conta da Palavra Cantada (RJ), do espetáculo infantil apresentado pelo grupo teatral Companhia do Tijolo (SP), da Amazônia Jazz Band e do cantor Toquinho com seu show em homenagem ao centenário do poeta Vinícius de Moraes. No Papo Cabeça, Sérgio Nogueira (RJ) e Stella Maris Rezende (RJ) dividiram espaço com os paraenses Zildinha Sequeira, Renato Cortês e Mariana Mendonça, tratando de maneira bem informal sobre diversos assuntos do cotidiano da juventude. No Espaço Infantil houve contação de história e O secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves

teatro todos os dias, desde o período da manhã até a noite, e um dos destaques dessas atividades voltadas para as crianças foi o projeto Catalendas, da TV Cultura do Pará, e da In Bust Companhia de Bonecos, que resgata em forma de espetáculo teatral os contos fantásticos e as narrativas populares do folclore brasileiro. Além disso, uma Mostra de Cinema Paraense, exposições diversas e sessões de autógrafos no Ponto do Autor. O premiado escritor Ziraldo fez sessão de autógrafo, logo depois de proferir a palestra “Estudar é importante, mas ler é mais im-

Durante a abertura da XVII Feira PanAmazônica do Livro

portante que estudar”. O estilista Ronaldo Fraga (MG) também esteve entre os palestrantes, com “Escrita para Vestir”, bem como Cléo Busatto (PR) que falou sobre “Contar e encantar - Pequenos segredos da narrativa”. A XVII Feira Pan-Amazônica do Livro também recebu ainda o Encontro de Cordelistas da Amazônia, na sua terceira edição, e o V Salão Internacional de Humor da Amazônia. A jornalista da Rede Globo, Sônia Bridi, participou do encontro “Literatura e Sustentabilidade” e outros seminários, como Literatura Indígena, Grafismo Assurini, leituras de vestibular e Educação na Amazônia Paraense. O público teve ainda a opção de escolher entre 19 oficinas de temas diferentes para se inscrever. O Momento Literário Marista também voltou à Feira, com montagens cênicas das leituras obrigatórias do Vestibular 2014. O evento realizado pelo Governo do Estado e pela Secretaria Especial de Promoção Social (Sepros), por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), realizou, além da Feira propriamente dita, uma programação anual que incluiu Saraus Literários, Pan-Amazônica nas Escolas, Pan-Amazônica

Governador e comitiva visitam estandes da Feira do Livro

O governador Simão Jatene e secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves, visitam estandes da Feira do Livro

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Em palestra na Feira do Livro, Ziraldo afirma que não há educação sem leitura

XVII Feira Pan-Amazônica do Livro , no Hangar – Convenções e Feiras da Amazônia

nos Municípios e Salões Regionais do Livro. Em 2013 serão dois salões do livro, realizados no segundo semestre em Santarém, na região do Baixo Amazonas; e em Paragominas, na região do Capim.

Celebração cultural

Durante a solenidade de abertura o go-

vernador Simão Jatene, reiterou declaração do titular da Secult, afirmando “Deixou de ser uma Feira do Livro mesmo, para virar uma celebração à cultura”. O secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves, tinha declarado na abertura da XVII Feira Pan-Amazônica do Livro, no Auditório Benedito Nunes: : “Isto não é mais uma Feira do Livro. Isto é uma feira cultural.

A feira é uma realização do governo do Estado, através da secretaria de Estado de Cultura

Biscoitos Integrais

O escritor paraense Daniel Leite em tarde de autógrafos

A Feira ofereceu ao público atividades variadas

Paulo Chaves afirmou que Belém surpreende a organização do evento a cada edição. “Acho extraordinário saber que, em Belém, durante 10 dias, livreiros e editoras vendem um volume grandioso de livros, como no ano passado, quando foram 850 mil unidades comercializadas. Penso que isso se deve ao fato de que, a cada ano, esta Feira incorpora novos ares, mantém seus critérios exigentes, e não cai na mesmice. Prova disso é, por exemplo, o fato de termos aqui no Hangar, que continua do mesmo tamanho, 14 estandes a mais do que no ano passado e 50 novas editoras, que nunca estiveram em Belém antes”, ressaltou. O secretário também

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No estande da Seduc na

A carreira e o fascínio pela literatura marcam o encontro com Tony Bellotto No Seminário Pensamento Social em José Veríssimo

A escritora paraense Maria Stella Pessoa, mestre pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAE), da Universidade Federal do Pará

lembrou que, em 2013, mangás, histórias em quadrinhos, literatura de cordel e até publicações de moda têm espaço próprio no Hangar.

Para todo mundo

Simão Jatene disse ficar emocionado com o sucesso da Feira. “Lembro quando a ideia de fazer um evento desses em Belém era motivo de piada, quando diziam que era

L JA de internet

A coordenadora estadual do Mais Educação, Laura Lopes

coisa de intelectual desocupado. Aí a gente passeia pelos estandes e vê famílias inteiras, de todos os tipos, com suas cestinhas e sacolas repletas de livros. Vê que Feira do Livro não é só para intelectual, é para todo mundo. Então, percebo na Feira o exemplo mais forte e vivo de que, juntos, a gente pode construir uma sociedade melhor, mais fraterna”, afirmou. Após a solenidade oficial de abertura começou o show Pará em Canto, com um

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repertório repleto de obras de Waldemar Henrique, Chico Sena, Nilson Chaves e do grande homenageado do evento, o poeta e compositor Ruy Barata, nas vozes de Paulo André Barata, Liah Soares, Olivar Barreto, Toni Soares, Junior Soares, Ronaldo Silva, Camila Honda, Nana Reis e Almirzinho Gabriel. O público ficou na cadeira até o momento em que todos os cantores se juntaram no palco para cantar o Hino do Pará. A plateia

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Na conferência de abertura ministrada pela professora Maria Inês de Almeida doutora em literatura brasileira, literatura indígena e edição, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

acompanhou, em coro e de pé. Ao final das apresentações, Paulo Chaves e Simão Jatene visitaram os espaços da Feira e conversaram com expositores e o público.

Encerramento e balanço da Feira do Livro

A XVII Feira Pan-Amazônica do Livro alcançou um público de 404 mil visitantes em dez dias e movimentou R$ 15 milhões com a venda de 840 mil livros e para o secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves, foi “Um sucesso”. O secretário afirmou que ela deverá se passar a chamar “Feira Pan-Amazônica da Cultura, com uma feira do livro dentro”.

Pronatec foi tema de palestra na Feira do Livro

Ele destacou o incremento de 80%, um total de 4 mil livros, nas vendas do Estande dos Escritores Paraenses, justamente no ano em que o Pará e o poeta Rui Barata foram homenageados. O governador Simão Jatene, acompanhado da primeira-dama, Ana Jatene, foi ao encerramento da feira e falou orgulhosamente que o povo paraense tem a capacidade de surpreender e se superar. “Saber que os autores paraenses venderam quatro mil livros me emocionou bastante, não somente pelo volume de negócios, mas pelo reconhecimento da nossa linguagem, da nossa cultura e da nossa gente. Tenho certeza que é assim que iremos construir uma sociedade melhor, com a participação de todos, Guilherme Fiúza, jornalista e escritor carioca

Quadrinhos atraem pessoas de todas as idades à Feira do Livro

224 estandes ofereciam o melhor da literatura Concurso de Redação estimula a criatividade de alunos da rede pública estadual

Desenvolvendo a criatividade por meio de exercícios literários

Pa (e Co 81 w

Crianças e adolescentes lotaram o auditório Dalcídio Jurandir, no Papo Cabeça 14

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mas, sobretudo, com a crença de que tudo é possível se tivermos um sonho coletivo”, valorizou. “Parabéns não apenas ao Governo do Pará, mas, sobretudo, ao povo, aos paraenses, que mais uma vez demonstraram seu poder de superação. A Feira Pan-Amazônica do Livro já é um patrimônio nosso”, definiu Simão Jatene. Idealizador do evento, Paulo Chaves avaliou, durante coletiva de imprensa, mais uma edição da feira. “Buscamos a cada ano organizar uma feira de cultura em que se tenha a valorização do livro. Estamos invertendo um pouco o caráter inicial dela; antes, era uma Feira Pan-Amazônica do Livro e agora é uma feira pan-amazônica da cultura”, disse.

A escritora Cléo Busatto prendeu a atenção do púbico que lotou a Sala Belém

Mudanças

Para o próximo ano, existe a possibilidade de que o país homenageado seja a Alemanha ou até mesmo a Terra, pois segundo Chaves, a ideia seria um encontro ecológico internacional durante a feira, sugerida pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). A data da próxima feira já está escolhida: A XVIII Feira Pan-Amazônica do Livro será realizada de 30 de maio a 8 de junho de 2014, para evitar o período de chuvas.

Zildinha Sequeira, psicóloga e psicoterapeuta O professor Renato Cortez em um Papo CabeçaCabeça Zildinha Sequeira, psicóloga e psicoterapeuta paraense, no Papo Cabeça

Mariana Mendonça encerra programação Papo Cabeça da Feira do Livro

Projeções e Eventos Passagem Boaventura, 911 (entre Castelo Branco e 14 de Abril) Fátima Contatos: (91) 3236-4111 / 4100-0922 8112-5595 / 8833-8657 / kprojecoes@gmail.com www.kprojecoes.com www.paramais.com.br

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Alunos da Escola Estadual Pinto Marques, Gabriel Nascimento (E) e Jonathan Miranda lançaram a música “Esse Pacto é Nosso” em homenagem e apoio ao Pacto Pela Educação do Pará

Movimentação sempre intensa na XVII Feira PanAmazônica do Livro Rádio Web da Seduc envolve alunos da rede estadual na Feira do Livro

Resultados Os expositores ficaram satisfeitos com o resultado da feira e a maioria já garantiu presença ano que vem. O representante da Associação Brasileira de Difusão de Livros (ABDF), Robério Silva, apresentou o ranking O governador Simão Jatene, o cantor Toquinho e o secretário Paulos Chaves

Isa Jinkings, viúva de Raimundo Jinkings, no Seminário em sua Homenagem destacando a sua vida e profissão de livreiro

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literário das obras mais procuradas e falou das vendas dos livros paraenses. “Estamos felizes com o movimento que a feira nos proporcionou este ano. Fizemos um levantamento das literaturas mais procuradas e identificamos as fantásticas, seguidas por romance, livros acadêmicos, infanto-juvenis, leitura para vestibular e obras de autores paraenses, as quais tiveram um acréscimo de 80% este ano”, enumerou Robério Silva.

O show Toquinho Canta Vinícius, uma homenagem ao centenário de um dos maiores poetas e músicos do Brasil, Vinicius de Morais

Este ano, mais de 500 editoras nacionais e regionais – 50 a mais que na edição passada – participaram da feira. Destas, 15 eram especializadas em quadrinhos e mangás. As editoras religiosas também superaram as expectativas. Representantes de onze países estiveram na feira. Foram expositores do Peru, com os Menores Livros do Mundo; Estados Unidos e Inglaterra, com Queen Books; Argentina, Espanha, México e Venezuela; Equador, Guiana Francesa, Espanha e França. Durante programação Infantil na Feira do Livro

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Encontro estadual debate direitos

das crianças e dos adolescentes

Representantes de Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente da capital e do interior paraense participaram da abertura

Fotos Cláudio Santos/ Ag. Pará, Rodrigo Sávio / ASCOM SEJUDH

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epresentantes de Conselhos Tutelares e de Direitos da Criança e do Adolescente de todos os 144 municípios do Estado do Pará participaram do I Encontro Estadual do Movimento pela Valorização do Estatuto da Criança e do Adolescente (Mover), no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia.

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O evento foi promovido pelo Governo do Estado do Pará em parceria com a Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça do Estado, Ministério Público, Defensoria Pública e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). O evento teve como objetivo debater os direitos das crianças e dos adolescentes com educadores, conselheiros tutelares e de direitos da criança e adolescente, além de juízes, a fim de qualificá-los e orientá-los sobre o melhor atendimento a jovens que são

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Mover reuniu representantes de todo o Estado para debater o ECA, com o auditório do Hangar lotado

vítimas de uso de drogas, violência e de medidas socioeducativas, buscando o fortalecimento do sistema de garantia de direitos. Objetivou também qualificar e orientar os gestores sobre o melhor atendimento a jovens vítimas de uso de drogas e outros tipos de violência, assim como abordou a questão das medidas socioeducativas. O encontro teve palestras e mesas de debates que apresentarão o funcionamento da Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes no Pará, Brasil e América Latina. Os participantes também vão debater os desafios e limites para o êxito dos direitos dos jovens e o papel de Conselhos Tutelares e de Direitos da Criança e do Adolescente, para garantir o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente. O evento focou temas como violência sexual, medidas socioeducativas e uso de drogas, além de apresentar ações bem-sucedidas em diferentes localidades e os desafios que precisam ser enfrentados para garantir a participação de adolescentes e jovens nas políticas públicas do Estado. Mover reuniu representantes de todo o Estado para debater o ECA Representantes de Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente da capital e do interior paraense participaram no Hangar, da abertura do 1º Encontro Estadual do Mover - Movimento pela Valorização do Estatuto da Criança e do Adolescente, projeto coordenado pelo Pro Paz. O principal objetivo do encontro é capacitar e fortalecer a rede de garantia de 18

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seus municípios, tudo flui com mais facilidade”, pontuou a coordenadora do Pro Paz, Izabela Jatene. Além da coordenadora do Pro Paz, a abertura contou a participação de diversas instituições e órgãos do setor público e da sociedade civil organizada. Estiveram presentes representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), Fundação Papa João XXIII (Funpapa), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca), do Movimento República de Emaús.

Redução

Izabela Jatene, coordenadora do Pro Paz e Heitor Pinheiro, titular da Secretaria de Assistência Social

direitos de crianças e adolescente no Pará, através do ECA, que em julho completa 23 anos. “A presença dos gestores municipais e de todos os operadores da rede de garantia de direitos é fundamental para que seja trabalhada a integração dessa rede. Já vivemos um problema claro aqui no Pará, quanto à espacialidade e à logística, por sermos um Estado de dimensões gigantescas. Se não estivermos integrados essa garantia fica muito mais difícil. Por outro lado, se a rede estiver funcionando de forma articulada e os profissionais estiverem capacitados em

Um dos assuntos abordados pelos gestores durante a abertura foi a redução da maioridade penal. Apesar da questão não estar formalmente inclusa na pauta, Izabela Jatene destacou a importância de se discutir o assunto. “É sempre mais fácil optar pela diminuição da maioridade penal sem resolver problemas estruturantes. Não é dessa forma que nós vamos resolver. A solução não é diminuir a idade para punir. É garantindo as alternativas de construção de desenvolvimento para as crianças e adolescentes. Venho me posicionando contra, por entender que nós - sociedade civil, poder público e empresariado -, temos que dar conta das nossas crianças, tal qual o ECA já previu desde a sua criação”, afirmou. www.paramais.com.br

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O representante da Unicef no Pará, Fábio Atanásio, compartilhou a mesma posição e ressaltou a importância do encontro. “Temos que fazer valer o artigo 227, da Constituição Brasileira, que diz que criança e adolescente são prioridades absolutas nas políticas públicas. É um momento em que paramos para discutir e refletir sobre as melhores formas de garantir esses direitos”, afirmou. Para ele, apesar dos indicadores da Amazônia estarem abaixo de outras regiões do país, a região vem trabalhado para reverter esse quadro. “Nós estamos otimistas. Entedemos que iniciativas como o Mover e o Pro Paz têm contribuído de maneira significativa, não só para promover a garantia de direitos no Estado do Pará, como também tem estimulado outros estados da região para caminharem nessa direção”, destacou.

Terezinha Cordeiro, presidente da Fasepa Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará , defendeu o uso das medidas de liberdade assistida e de prestação de serviço à comunidade nos municípios

Palestras sobre combate à violência encerram atividades do I Encontro Estadual do MOVER

O último dia da programação reuniu educadores, conselheiros tutelares e organismos que atuam na defesa dos direitos da Criança e do Adolescente para uma rodada de palestras que tiveram como tema o combate à violência e exploração de crianças e No último dia da programação do MOVER

Fábio Atanásio, representante da UNICEF no Pará

adolescentes, a participação de jovens nas políticas públicas voltadas para o segmento nos municípios paraenses e o planejamento de recursos para a implantação dessas mesmas políticas. Os debates foram conduzidos por representantes do Pro Paz, Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado do Pará (Fasepa), Secretaria de Estado e Assistência Social (Seas) e do Tribunal de Contas dos Municípios. Segundo a coordenadora do Pro Paz Integrado, Eugênia Fonseca, o desafio é expandir as ações do programa para os municípios do

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interior. “Além de dois núcleos na capital, já temos unidades instaladas nos municípios de Bragança, Santarém e, recentemente, garantimos mais uma em Parauapebas. Com isso, buscamos evitar que a população precise se deslocar para Belém a fim de obter o auxílio necessário e também asseguramos um serviço de qualidade e humanizado para crianças e jovens”. A promotora e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude do Ministério Público, Leane Fiúza, participou do encontro do Mover

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Outra vista da Pedra do Lourenço

Pedras no caminho do

desenvolvimento Fotos Arquivo AHIMOR

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eunir em um mesmo texto os versos da canção “Esse rio é minha rua”, escrita por Paulo André e Ruy Barata, com o poema “No meio do caminho”, de Carlos Drummond de Andrade, não é apenas licença poética. A hidrovia Araguaia- Tocantins, sonho dos paraenses, vem colecionando obstáculos ao longo dos anos. A hidrovia de 2.794 quilômetros é fundamental para garantir o transporte de embarcações de grande porte, sendo uma

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importante alternativa ao escoamento da produção e de insumos, interligando o centro-oeste brasileiro ao sul do Pará. As eclusas da hidrelétrica de Tucuruí demoraram 30 anos para serem feitas e agora, a obra de R$ 1,6 bilhão não tem utilidade nenhuma porque tem, literalmente, uma pedra no meio do caminho. Ou melhor: muitas pedras. O Pedral do Lourenço tem cerca de 43 quilômetros de extensão, fica entre Tucuruí e Marabá e dificulta a navegação das balsas durante os meses de seca. As eclusas permitem a navegação entre o lago da hidrelétrica Ponto crítico para a navegação, onde haverá a derrocagem

de Tucuruí e o trecho que fica depois da barragem. Esse trecho do rio é utilizado, principalmente, para carregar minério de ferro e carvão para as siderúrgicas localizadas em Marabá. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é o responsável pelo derrocamento do pedral, ou seja: pela retirada das pedras do meio do caminho, com o uso de explosivos, em um trecho de aproximadamente 35 quilômetros no rio Tocantins. A obra recebeu licença ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) em 2010 e deveria ter começado, mas o DNIT contestou e pediu anulação de licença prévia expedida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), julgando que a mesma não teria competência para tal, e pediu um novo licenciamento ambiental, desta vez pelo Ibama. Em 2011, o Governo Federal anunciou ter retirado do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) os recursos que permitiriam a realização da dragagem do rio Tocantins. Mas já recuou e garantiu que vai fazer a obra. O ex-ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, esteve em Marabá em março deste ano e garantiu que a derrocagem do Pedral do Lourenço vai acontecer por ser considerada estratégica para o desenvolvimento da região de Carajás e de todo o Meio Norte. A estimativa do projeto era de 520 milhões de reais. Agora, a expectativa é pelo novo projeto executivo que a mineradora Vale se comprometeu a fazer e doar ao Governo Federal. O projeto deveria ter sido concluído em sewww.paramais.com.br

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tembro de 2012, mas ainda não foi entregue. A Universidade Federal do Pará tem um projeto pronto desde 2010, com estudo de viabilidade econômica. Por isso, a promessa do Governo é que em maio, mesmo que a Vale não entregue a sua proposta, a obra vai ser licitada para iniciar ainda neste ano.

Vista lateral da Pedra do Lourenço

Prejuízo anunciado

Além de ser facilitadora do escoamento da produção, a hidrovia alavancará uma série de atividades produtivas, e é um empreendimento que desperta o debate e interesse de toda sociedade local sobre a ALPA - a siderúrgica da Vale que promete fazer a verticalização da cadeia do minério de ferro produzido no Pará. Sem o derrocamento do pedral, a Alpa pode não sair do papel, obrigando o Pará a manter-se como mero produtor de matéria prima. Além de anular o investimento da Vale, não dar navegabilidade ao Rio Tocantins nos 12 meses do ano, afastam o investidor do Pará. Já existem indícios que a Vale estaria fechando sociedade com empresa do Ceará, para verticalizar o minério de ferro paraense naquele estado. A Aços Laminados do Pará – Alpa era tida como prioridade do governo federal como forma de fomentar novos investimentos estruturantes na Região Norte do Brasil, trazendo benefícios à economia por meio da agregação de valor à cadeia produtiva e,

em especial, da oferta de empregos. Estudo da Rede de Desenvolvimento de Fornecedores do Pará (Redes), da Federação das Indústrias do Estado do Pará, indica que o investimento de R$ 8 milhões para a instalação da Alpa se desdobraria em 18 mil empregos diretos. De todos os projetos listados pelo estudo da Redes, a Alpa é tida como a mais eficiente no estímulo de novos postos de trabalho para a região de Carajás. Dos 64.913 empregos a serem criados até 2016,

cerca de 30% são atribuídos ao projeto da siderúrgica. “Além de deixar de criar 18 mil novos empregos para o município de Marabá, onde a siderúrgica deveria ser instalada, não investir em um projeto tão relevante ao desenvolvimento socioeconômico do Pará é jogar um “balde de água fria” nos investidores locais que acreditaram no governo federal”, avalia o presidente da Federação das Indústrias do Pará, José Conrado Santos. “Naquele mo-

>> O Pedral é um trecho de formações rochosas no leito do Rio Tocantins, localizado entre Itupiranga e Marabá, que impede a navegação no período de estiagem na Amazônia, entre Marabá e o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, ao norte do Pará. A obra, segundo Passos, será licitada em no máximo dois meses. “Talvez até antes”, explicou.

As formações rochosas no leito do Rio Tocantins

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mento de promessas, o ex-presidente Lula chegou a vir ao Pará para participar, ao lado da então governadora Ana Júlia Carepa, do lançamento da pedra fundamental da Alpa”, lembra Conrado. O anúncio de implantação do projeto Alpa, da Vale, injetou ânimo nos moradores locais. Diante da possibilidade de implantação da Alpa, empresários foram estimulados a investir em melhorias em hotéis, restaurantes e comércio em geral. Condomínios horizontais, que até então não eram comuns em Marabá, começaram a ser erguidos. Foram muitos investimentos e muitas expectativas. Hoje o vê se vê é só lamentação, pois os recursos foram investidos e o retorno não veio. Após tanta promessa, ultimamente a única coisa que vigora no centro comercial de Marabá é a frustração da classe empresarial que se vê sem alternativa econômica, uma vez que esse empreendimento não avançou, por conta da falta de contrapartida do governo federal, que seria a derrocagem do Pedral do Lourenço, no trecho do Rio Tocantins.

Modal

De acordo com avaliação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), um comboio em meio hidroviário consome quase nove vezes menos combustível que o rodoviário. Enquanto que com um litro de combustível, uma carreta consegue transportar por 25 km uma carga de 01 tonelada. O comboio hidroviário leva a mesma carga numa extensão de 218 km e é capaz de substituir até 708 carretas, evidenciando a eficiência e agilidade que os rios paraenses proporcionam para o escoamento da produção local. Para a FIEPA, dada a relevância da obra e seus efeitos positivos ao desenvolvimento socioeconômico do Pará, com a ausência do Governo Federal, o Governo do Estado deveria entrar nesta seara para dar navegabilidade ao rio. “Sabe-se que, por exemplo, o es-

HIDROVIA DO TOCANTINS-ARAGUAIA  Trechos Críticos

MT/DNIT/CDP

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ADMINISTRAÇÃO DAS HIDROVIAS DA AMAZÔNIA ORIENTAL

TRECHOS CRÍTICOS

Trecho 1: Reservatório UHE Tucuruí

Ilha do Bogea (Km350) Trecho 2: Região dos Pedrais

Trecho 3: Taurí / Marabá

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Marabá (Km445)

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tado está arrecadando R$ 500 milhões por ano com a taxa mineral, recurso este que poderia muito bem ser investido na derrocagem do pedral”, argumenta José Conrado. Outra alternativa apontada pela FIEPA seria uma espécie de Parceria Público-Privada (PPP), onde o governo estimularia a iniciativa privada de tocar a obra e concederia a empresa realizadora da empreitada o direito de explorar, por tempo determinado, o trecho do rio.

O tamanho da pedra >> São 43 quilômetros de pedral – cerca de 1 milhão de metro cúbico de pedras – inviabilizando a navegação nos períodos de seca na hidrovia Araguaia Tocantins.

Competitivo

Através do Projeto Norte Competitivo idealizado pela Federação das Indústrias do Estado do Pará e incorporado pela Ação Pró-Amazônia, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi apontado que o custo logístico para transportar a produção da Amazônia Legal é, em média anual, de R$ 17 bilhões. Em 2020, se melhorias na infraestrutura dos atuais eixos de integração e a criação de novos corredores de acesso não saírem do papel, este valor passará para R$ 33,5 bilhões, reduzindo ainda mais a competitividade dos produtos made in Amazônia. Argumentos a favor do derrocamento do Pedral do Lourenço não faltam. A julgar pelos 30 anos de espera pela conclusão das

ESS

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Vista Geral do Pedral do Lorenço

eclusas de Tucuruí, a expectativa é não ter que amargar tanto tempo para conseguir também a navegabilidade da hidrovia Araguaia Tocantins durante o ano todo. Mas a

confiança na realização da obra permanece. Afinal, como preceitua o ditado popular, “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.

Licença para abrir caminho - A licença prévia para o derrocamento do Pedral do Lourenço foi solicitada pelo Dnit, responsável pela obra, em agosto de 2009, através do processo 2047/2009 - Em junho de 2010 a Sema emitiu a licença prévia (LP), que é a primeira de uma série de três que compõe o licenciamento ambiental de uma obra desta natureza. Em seguida são previstas a licença de instalação (LI) e por último a licença de operação (LO). A validade da LP tinha data de validade até junho deste ano. - Em junho de 2012 o próprio Dnit solicitou o arquivamento do processo, alegando que o licenciamento ambiental do projeto seria a partir de então, de responsabilidade do Ibama, por se tratar de obra com impacto interestadual.

ANÁLISE DO MODAL HIDROVIÁRIO NA AMAZÔNIA LEGAL (PRODUZIDA PELO PROJETO NORTE COMPETITIVO)

A)

FORÇAS

B)

FRAQUEZAS

C)

OPORTUNIDADES

D)

AMEAÇAS

- O custo de implantação, operação e manutenção de uma hidrovia é menor que dos modais rodoviário e ferroviário; - A hidrovia não compete pelo uso do solo e gera menos impactos ambientais; - A segurança da carga é maior que no modal rodoviário (acidentes e roubos) - Maior vida útil do modal (50 anos), se comparada com o ferroviário e com o rodoviário

- A implantação de hidrovias cria uma alternativa para os transportes ferroviário e rodoviário, que são insuficientes na Região, permitindo o descongestionamento de alguns eixos atuais de transporte; - Redução dos custos de transporte com ganho de competitividade através do aumento da capacidade ofertada e da redução de “lead times”; - Incentivo à exploração de muitos rios ainda inexplorados; - Desenvolvimento da indústria nacional de navegação (estaleiros e operadoras)

- Possibilidades de restrições de calado e à navegação em épocas ou períodos de estiagem; - A maioria das usinas hidrelétricas brasileiras foram planejadas sem eclusas; - Ainda não há uma política positiva e clara de planejamento, implantação e de apoio ao modal

- A implantação de novas usinas hidrelétricas sem eclusas poderá aumentar as restrições da navegação fluvial, aumentando os custos de transporte na região; - Não há um plano estratégico para o transporte hidroviário no país e nem uma definição de programa de investimentos continuados em infraestrutura para o transporte hidroviário.

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Vale entrega projeto que viabiliza hidrovia

N

o último dia de abril, via internet, a Vale enviou ao DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o projeto executivo do derrocamento do Pedral do Lourenço, com orçamento no valor de R$300 milhões.

Segurança 2 horas

Expectativa

Agora a expectativa é grande quanto aos detalhes e às providências que serão tomadas para a licitação da obra que viabilizará a hidro-

Em recente audiência pública o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), General Jorge Fraxe, prometeu ao senador Flexa Ribeiro, que o derrocamento do Pedral do Lourenço, fundamental para a viabilização da Hidrovia do Tocantins, voltaria ao PAC quando a Vale entregasse o projeto reformuladado

via do Tocantins – fundamental para a instalação de um polo industrial em Marabá e várias outras potencialidades da região. Acreditamos que ele será agora analisado rapidamente pelo Ministério dos Transportes para ser licitado o mais rápido possível. De acordo com o senador Flexa Ribeiro, a expectativa é que o DNIT e o Ministério dos Transportes, convoquem a bancada do Pará e o Governo do Estado para tratar do tema. “Este compromisso foi assumido publicamente com o diretor do DNIT em audiência no Senado.

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Rede de Educação Popular pelos direitos das crianças e adolescentes da Amazônia, projeto do CEAPS

Petrobras contempla projetos paraenses

P

ela primeira vez, instituições paraenses foram contempladas pela Petrobrás nas seleções públicas dos Programas Petrobras Ambiental e Petrobras Desenvolvimento & Cidadania, lançadas em setembro do ano passado. A Companhia destinará R$ 145 milhões a 130 projetos sociais e R$ 102 milhões a 46 projetos ambientais, de todas as regiões do país. Será o maior investimento de todas as edições dos programas. Nas duas seleções públicas foram inscritos 4.177 projetos. Das 130 iniciativas sociais contempladas, quatro têm atuação nacional, 41 são da região Sudeste, 50 são do Nordeste, 8 do Centro-Oeste, 14 do Sul; e 13 do Norte. No Pará, apenas três projetos passaram pelo crivo da Petrobrás. São os projetos Projeto Multimaneira’s, do Lar Fabiano de Cristo; Reconstruindo a liberdade: promoção e defesa dos direitos de adolescentes e jovens 26

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Metodologias de arte-educação e educomunicação para a mobilização comunitária em defesa dos direitos infanto-juvenis

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Segundo Max Costa, o projeto aprovado vai possibilitar a denúncia de situações de risco, assessoria para as famílias dos adolescentes…

Lar Fabiano de Cristo UPI José As atividades do projeto UNIPOP vão se estender pelas unidades socioeducativas do estado na região metropolitana de Belém, Marabá e Santarém

que cumprem medidas, da Unipop; e o único do interior do estado, Rede de Educação Popular pelos direitos das crianças e adolescentes da Amazônia, realizado pelo Centro de Estudos Avançados de Promoção Social e Ambiental, em Santarém. Segundo o gerente executivo de Responsabilidade Social da Petrobras, Armando Tripodi, “todos precisam ter oportunidades iguais para transformar suas vidas, em todos os locais do Brasil. Os programas Petrobras Desenvolvimento & Cidadania e Petrobras Ambiental integram a contribuição da Petrobras para um projeto de país mais justo e mais sustentável”.

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Projetos selecionados no Pará - Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania Projeto Multimaneira’s O Lar Fabiano de Cristo tem atuação em Belém, especificamente nas comunidades do entorno da Bacia do Tucunduba- bairros do Guamá e Terra Firme. Com o projeto Multimaneira´s, a instituição vai atender 150 jovens. O Projeto irá ofertar às crianças, adolescentes e jovens de famílias de baixa renda

Aulas do projeto “Se essa rua fosse minha...” no espaço Nossa Biblioteca, do Lar Fabiano de Cristo, no bairro do Guamá, que serve o público do bairro a mais de 40 anos e oferece vários projetos a crianças e adultos

um espaço destinado à alfabetização digital, cultura, lazer e educação transformadora, defendendo e garantindo seus direitos, auxiliando-os no processo de construção de sua cidadania, desenvolvendo o gosto pelo saber, propiciando protagonismo, emponderamento e fortalecendo seu relacionamento familiar. “Ter o projeto contemplado pela Petrobrás é importante porque completa e fortalece o trabalho de garantia e defesa dos direitos das crianças e adolescentes”, explica o orientador de projetos da instituição, Sérgio Carvalho. Com os recursos conquistados, vai ser montada uma sala de multimídia para intensificar as ações junto à comunidade, com foco na tecnologia como ferramenta de trabalho. “Os jovens serão incentivados a trazer o cotidiano deles e interagir com a sociedade, debater os temas de interesse deles, como drogas e violência, numa linguagem mais interessante e atrativa para eles, como as mídias sociais”, destaca Sérgio Carvalho. Para isso, o Lar Fabiano de Cristo vai receber, nos próximos dois anos, cerca de R4 600 mil. “O projeto foi bem elaborado, a própria Petrobrás faz uma preparação dos interessados sobre como elaborar o projeto e participar da seleção”, diz Sérgio. O Lar Fabiano de Cristo faz parte de uma rede nacional criada em janeiro de 1958. A

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unidade de Belém completa 42 anos de funcionamento no próximo mês de setembro.

Reconstruindo a liberdade: promoção e defesa dos direitos de adolescentes e jovens que cumprem medidas

O Instituto Universidade Popular- Unipop, conseguiu a aprovação do projeto para contribuir para a promoção e defesa dos direitos de adolescentes e jovens que cumprem medida socioeducativa no estado do Pará, por meio do desenvolvimento de suas competências e habilidades para o exercício da cidadania ativa. As atividades do projeto vão se estender pelas unidades socioeducativas do estado na região metropolitana de Belém, Mara-

Crianças do Lar Fabiano de Cristo, da Oficina de Danças

O projeto vai promover oportunidades de aprendizagem, inclusão social e exercício da cidadania para crianças, adolescentes e jovens de comunidades ribeirinhas da Amazônia

bá e Santarém. De acordo com a lei federal 2.594, que criou o Sistema nacional de Atendimento Sócio Educativo, os jovens em cumprimento das medidas devem receber atendimento em saúde e educação, mas na prática isso não acontece. Segundo Max Costa, coordenador do programa de promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente, da Unipop, exemplos da falta de atendimento por parte

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A casa de São José do Lar Fabiano de Cristo, no Guamá

do Estado não faltam. “Em Benevides, os jovens estão sem aulas em séries iniciais. Na saúde, não há tratamento de desdrogadição, previsto na sentença judicial de 80% dos internos”, enumera. O resultado é o agravamento dos problemas no Sistema Penal para adultos. “A própria Susipe fez um levantamento que apontou que 61% dos presos já passaram por medidas socioeducativas antes de completarem a maioridade”, lamenta Max Costa. Segundo Max, o projeto aprovado vai possibilitar a denúncia de situações de risco, assessoria para as famílias dos adolescentes, a publicação de pesquisas e diagnósticos sobre como está sendo o cumprimento dessas medidas socioeducativas no Pará, além da formação e capacitação desses jovens nos próprios espaços do governo, com oficinas para cidadania, letramento, atividades artísticas e orientação para o mercado Na Oficina de reciclagem, fazendo telhas de caixas tetrapac

de trabalho. Para isso, a Unipop captou R$ 1 milhão e 600 mil da Petrobrás, para atender nos próximos anos 240 adolescentes internos nos 10 espaços socioeducativos do Estado.

Rede de Educação Popular pelos direitos das crianças e adolescentes da Amazônia

O projeto apresentado pelo Centro de Estudos Avançados de Promoção Social e Ambiental - CEAPS, em Santarém, vai pro-

mover oportunidades de aprendizagem, inclusão social e exercício da cidadania para crianças, adolescentes e jovens de comunidades ribeirinhas da Amazônia por meio de atividades socioeducativas articuladas em uma Rede Intercomunitária de Educação Popular. Para isso, serão utilizadas metodologias de arte-educação e educomunicação para a mobilização comunitária em defesa dos direitos infanto-juvenis, prevenindo situações de abusos e explorações, melhorando a qualidade de vida e aumentando o senso de responsabilidade social das comunidades

pela proteção das novas gerações. Os três projetos tem previsão para o início das atividades no segundo semestre deste ano. Os Programas contam com planejamento plurianual e seus resultados têm contribuído para a melhoria da qualidade de vida das populações mais pobres e vulneráveis e a preservação do meio ambiente em todas as regiões do país. O Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania, em seu ciclo 2007 / 2012 investiu R$ 1,2 bilhões em projetos voltados para a promoção da garantia dos direitos da criança e do adolescente, para a geração de renda e oportunidade de trabalho e para qualificação profissional. Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento local, regional e nacional, e gerar a inserção social de pessoas e grupos em vulnerabilidade social, suas ações já envolvem diretamente cerca de 18 milhões de pessoas. Atualmente o Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania tem 375 projetos em sua carteira.

Sobre a seleção

A cada dois anos, a Petrobras realiza seleções públicas como forma de democratizar o acesso aos recursos e garantir a transparência do processo de patrocínio. A Companhia também promove as caravanas que são oficinas presenciais e online para capacitar as organizações proponentes na elaboração de projetos sociais e ambientais. Para estas seleções, foram capacitadas mais de 4 mil pessoas em 37 cidades de norte a sul do país, e realizados mais de 2.500 atendimentos online.

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A sustentabilidade é mensurável? Texto Ricardo Zibas*

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s efeitos combinados da crise financeira global, às preocupações com a escassez de recursos naturais e à segurança energética vêm alterando, aos poucos, a forma com que várias partes interessadas das empresas (stakeholders), notavelmente alguns acionistas “ativistas”, percebem a sustentabilidade como fator de geração de valor no longo prazo. Atualmente é muito comum nas organizações adotar uma divisão da comunicação externa entre a área de Relação com os Investidores (RI), responsável pela divulgação da performance financeira, e as áreas de sustentabilidade (ou comunicação), responsáveis pela divulgação dos dados socioambientais. Esta dispersão de esforços muitas vezes pode causar a divulgação de informações desencontradas ou até contraditórias para o mercado, opostas às tendências que têm se apresentado. A primeira tendência é o aumento do reconhecimento da sustentabilidade como guia de investimentos. Seguindo o rescaldo da crise global de 2008, o mercado testemunhou o fortalecimento de uma série de iniciativas bancadas pelos investidores como, por exemplo, a United Nations Principles for Responsible Investment (PRI), que saiu de 50 signatários em 2006 para mais de 1.100 em 2012, com ativos gerenciados da ordem de US$ 32 trilhões. O mesmo aconteceu com os Princípios do Equador, que norteiam os impactos socioambientais dos empréstimos realizados pelas instituições financeiras, com 16 signatários em 2003 e que passou para cerca de 80 participantes em 2012. A segunda é a integração da sustentabilidade na estratégia das organizações. Incidentes como o ocorrido em uma plataforma petroleira no Golfo do México em 2010 fizeram com que a abordagem de quantificação de riscos das empresas e investidores evoluísse, em muitos casos, para uma visão sistêmica que vai além da performance financeira de curto prazo, migrando para a avaliação dos riscos socioambientais envolvidos no médio e longo prazos. Apesar de o número de empresas que reportam as informações de cunho não financeiro ter crescido ano após ano, os investidores ainda se mostram preocupados com a falta de foco nos temas materiais e que realmente impactam os

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A sustentabilidade é mensurável.indd 30

Avaliação dos riscos socioambientais

negócios. Ainda há um desencontro da linguagem utilizada nos relatórios e o entendimento por parte dos investidores. Outra preocupação é a forma de mensurar este impacto na performance das ações negociadas em Bolsa, por exemplo. Recentemente, fizemos uma revisão de 75 estudos sobre o tema e buscamos correlacionar o investimento socioambiental responsável e a oscilação da performance financeira das organizações. Para 51% dos estudos, esta correlação foi positiva, ou seja, a adoção de princípios e critérios de sustentabilidade na escolha dos investimentos trouxe uma performance financeira melhor. Em 39% dos casos esta performance foi neutra, mantendo-se no mesmo patamar e, para os 10% restantes, houve uma piora nos resultados, ou seja, quase um empate técnico, se considerarmos os casos em que não houve correlação ou esta foi negativa.

Isto demonstra que os modelos que mensuram o retorno da sustentabilidade em decisões de investimento ainda são imaturos e não permitem que os tomadores de decisão tenham acesso a um ferramental adequado para a avaliação dos riscos e oportunidades derivadas dos dados não financeiros. Entretanto, outro aspecto revelado por esta comparação é que as empresas que possuem maior controle sobre as informações socioambientais são mais proativas em responder as demandas dos investidores e a reagir mais rapidamente aos riscos e oportunidades. Como geralmente são companhias mais estáveis, minimizam os custos de investimento e de operação, melhoram o fluxo de caixa e têm acesso facilitado ao mercado de capitais para financiar programas e aquisições. Os acontecimentos dos últimos anos fizeram com que o escrutínio dos investidores sobre o impacto da sustentabilidade finalmente aparecesse no radar. Ainda há muito a percorrer, mas já é claro que a gestão da sustentabilidade passou a ser encarada como uma matriz que envolve reputação, risco e qualidade das decisões da alta gerência, sendo fundamental para a geração de valor no longo prazo. Uma visão míope para os dados não financeiros, focada nos resultados de curtíssimo prazo, pode vir a ser fatal para muitas organizações. www.paramais.com.br

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A aposta do Brasil na Educação Texto Gilberto Alvarez*

A

gora é obrigatório. Com a nova lei sancionada no dia 5 de abril de 2013, passa a ser dever dos pais e responsáveis matricular os filhos a partir dos quatro anos de idade na educação básica – pela norma anterior, a matrícula era obrigatória apenas a partir dos seis anos de idade. A mudança é uma adequação às alterações feitas em 2009 na Constituição, que obrigavam o governo a oferecer educação básica e gratuita dos quatro aos 17 anos de idade. O que faltava era apenas incorporar a responsabilidade dos pais. Levando em consideração que o acesso à educação básica é um direito de todo cidadão e que ela, como o próprio nome diz, é a base para o desenvolvimento humano, podemos dizer que a mudança será fundamental para provocar mudanças relevantes na taxa de escolarização. Os números comprovam que o aprimoramento da educação básica é condição primordial para uma sociedade mais justa, igualitária e desenvolvida. Segundo recente estudo feito pelo Instituto “Todos Pela Educação”, no Brasil, quando uma pessoa tem um ano a mais de estudos, o impacto na renda é de 15%. Ao completar o ensino superior e cursar um ano de pós-graduação, o aumento é de 47%. Por outro lado, se tiver apenas o ensino fundamental I, um ano a mais de estudo representa um impacto de apenas 6% na renda. Como todos sabemos, a realidade educacional brasileira ainda deixa muito a desejar, visto que a média de estudo em nosso país é de 7,3 anos, o que significa que grande parte dos alunos sequer completou o ensino fundamental. Mas, com a nova regra, essa realidade deve mudar: segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), as crianças que tiveram uma boa pré -escola têm 38% mais chances de concluir a

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Agora é obrigatório matricular os filhos a partir dos quatro anos de idade na educação básica

educação básica do que aquelas que começaram a estudar no ensino fundamental. Já estamos longe da época em que se considerava o ensino das crianças um mero passatempo. Chegamos à conclusão que é mais fácil, mais barato e, principalmente, mais inteligente, investir e valorizar o ensino de primeira infância do que tentar, tardiamente, suprir as deficiências, evitar evasões e repetências e lidar com o analfabetismo funcional. Com essa nova abordagem, poderemos eliminar os principais entraves para que os alunos da escola pública tenham condições plenas de chegar ao ensino superior. Nos últimos anos, o Brasil avançou muito para superar o hiato educacional de décadas, com o avanço na universalização da alfabetização, a melhoria da qualidade de ensino e a ampliação do acesso à Universidade. Mas estamos longe de ter um ensino público amplo e qualificado, que atenda às necessidades atuais da população. O ensino fundamental continua padecendo de deficiências graves e o acesso ao ensino superior não está totalmente democratizado. E a grande parte dos professores e funcionários, por sua vez, ainda não é adequadamen-

te paga e qualificada. Para possibilitar que o país dê esse salto, o Plano Nacional da Educação (PNE), ora em tramitação no Senado, prevê que seja gasto o equivalente a 10% do PIB em Educação até 2023. É uma cifra razoável, já que hoje investimos o equivalente a 5% do PIB, enquanto que países desenvolvidos investem pelo menos 7% em Educação. Falar é fácil, mas de onde viria essa quantidade de dinheiro? Simples: das nossas riquezas naturais. No pronunciamento do Dia do Trabalho, a presidenta Dilma Rousseff informou que o governo está enviando ao Congresso um novo projeto para vincular 100% dos royalties do petróleo do pré-sal à Educação. Será uma excelente oportunidade de “carimbar” essas divisas, evitando que os recursos provenientes de um bem não-renovável sejam desperdiçados em pagamento de contas correntes, como acontece hoje com muitas prefeituras. Com amplos recursos garantidos à Educação, o Brasil, que já é a 7ª economia mundial e vem diminuindo drasticamente a desigualdade social, se unirá ao clube dos países com alto índice de desenvolvimento humano. (*) Especialista em Enem e diretor do Cursinho da Poli (SP), instituição sem fins lucrativos que trabalha a educação como inclusão social

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A Banda Sinfônica do Pará

Para ouvir a banda passar Banda Sinfônica da Escola Estadual Lauro Sodré

Banda municipal de Piriá

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Fotos Divulgação e Eunice Pinto, Rodolfo Oliveira/Ag. Pará

A

Banda de Música é um patrimônio cultural do povo, é celeiro de novos talentos e instrumento de inserção cultural. O Dicionário de Música (Zahar Editores – 1995) con�irma a importância das Bandas de Música como instituições que transcendem o aspecto músico-cultural, para se revestir do aspecto social. Por meio da Banda de Música muitos talentos se revelam, melhores cidadãos se formam e, não raro, dentre os seus instrumentistas, surgem lideranças importantes para a comunidade. No Brasil existem cerca de 1.500 bandas de música e, no Pará encontramos cerca de 80espalhadas pelos municípios do interior do Estado. Já foram mais: cerca de 150 até a década de 80, quando entraram em declínio. Muitas bandas encerraram as atividades, foram extintas. A partir do ano 2000, várias ações foram iniciadas para revitalizar as bandas de música. Na sua maioria, elas sobrevivem com di�iculdades por falta de apoio ou de recursos. Mesmo assim, elas sobrevivem. Esse trabalho ganhou força com a aprovação da Lei Federal 11.769, de 2010, que torna obrigatório o ensino de música nas escolas. Segundo o maestro e professor Jacob Cantão, da Escola de Música da Universidade Federal do Pará, “o ensino não é restrito à teoria musical e prática de instrumentos. Pará+

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É o ensino de conteúdo, como os tipos e gêneros musicais, a história e cultura dos diversos estilos”. Jacob Cantão destaca que a disciplina tem que ter um professor com licenciatura, mas como as universidades não formam pro�issionais su�icientes para atender todo o Estado, foi criado assim um mercado de trabalho para os integrantes das bandas tradicionais. “Esses músicos de interior vem pra capital fazer a graduação e voltam para ensinar nas escolas de suas cidades”. Para Jacob Cantão, isso não só garante a continuidade da tradição, mas também aumenta o interesse e a produção de trabalhos acadêmicos sobre as bandas de música. O efeito dominó é inevitável. Cada vez mais músicos do interior vêm à Belém para estudar, aprender e ensinar, numa troca de experiências rica e pro�ícua. Intercâmbio- É assim que, toda semana, cerca de 50 músicos de bandinhas de interior se reúnem na Escola de Música da UFPA. Com o projeto de interiorização, o conhecimento popular local e o conhecimento acadêmico erudito caminham juntos na valorização e preservação da cultura. “É muito bom trazer esses músicos do interior para que eles conheçam técnicas e instrumentos que não teriam acesso em seus municípios. E eles também nos ensinam muito. É impressionante ver o talento desses músicos e a paixão com que fazem música de qualidade mesmo com falta de estrutura e com instrumentos sucateados”, avalia Jacob. Para o maestro, “as universidades abriram as portas da academia para esse convívio com as bandas de música. Isso leva para as escolas formais a vivência da música popular. É um universo muito rico”, comemora Jacob Cantão. Segundo ele, antigamente as bandas eram chamadas de �ilarmônicas, nome de origem portuguesa muito usado no século passado para designar as bandas musicais ligadas a alguma associação ou instituição da comunidade. São espaços onde os músicos não apenas tocam. Também são escolas onde novos talentos são criados e desenvol-

Banda da FCG no teatro da Paz, Regência Jacob Cantão

Banda de Ulianópolis

vidos. O termo �ilarmônica caiu em desuso, mas a cada vez mais atrai a participação de crianças e jovens em muitas destas entidades. A maior preocupação é incentivá-los à continuidade deste trabalho. “Mesmo com as di�iculdades, essas bandas conseguem identi�icar grandes talentos e fazer educação, porque não se restringem à atividade artística, mas também ao aspecto pedagógico. As bandas mantém escoli-

nhas de música, o que ajuda a dar uma formação melhor aos integrantes e garantem a continuidade da tradição”, explica Jacob Cantão.

Resgate social

As bandas esbanjam música, cultura, tradição e ainda conseguem dialogar com os moradores da cidade. As sociedades musi-

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Bandas de música cadastradas pela FUNARTE, em atividade UF

MUNICÍPIO

NOME

PA

Acará

Escola de Música de Acará

PA

Altamira

Banda Municipal de Altamira

PA

Anajás

Banda Sol do Marajó

PA

Ananindeua

Banda Municipal. de Ananindeua

PA

Anapú

Escola de Música de Anapú

PA

Augusto Corrêa

Banda de Música Municipal José Lauro da Costa

PA

Barcarena

Escola de Música. Joaquim de Lima Vieira

PA

Barcarena

Capitão Melquisedech Pereira dos Santos

PA

Belém

Banda de Música da Escola Lauro Sodré

PA

Belém

Banda de Música Cristo Redentor - Belém

PA

Belém

Sociedade Musical Portosalvense 25 de Dezembro - Belém

PA

Belém

Banda de Música Prof. Noé Azevedo

PA

Bragança

Banda de Música Cantídio Gouvêa (Furiosa)

PA

Bragança

Grêmio Musical Nazeazeno Ferreira

PA

Bragança

Banda de Música Sons do Caeté

PA

Brasil Novo

Escola de Música de Brasil Novo

PA

Breu Branco

Banda Municipal de Breu Branco

PA

Breves

Banda de MúsicaProjeto Curumim

PA

Cachoeira do Arari

Banda João Viana

PA

Cametá

Escola de Música Satiro de Melo

PA

Cametá

Banda de Música Raimundo Sátiro de Melo

PA

Capanema

Banda de Música. Aisseris

PA

Castanhal

Escola de Música Mestre Odilon

PA

Chaves

AAssociação Cultural Musical Honório Leão

PA

Colares

Banda de Música Prof. Luiz Gama

PA

Conceição do Araguaia

Centro de Estudo Musical de Conceição do Araguaia

PA

Curucá

Clube Musical Henrique Gurjão

PA

Curuçá

Clube Musical Lauro Sodré

PA

Curuçá

Banda de Músicade Curuçá

PA

Faro

Escola de Música de Faro

PA

Floresta do Araguaia

Banda Municipal de Floresta do Araguaia

PA

Icoaraci

Escola de Música Sagrado Coração

PA

Iguarapé - Açu

Banda Cônego Calado

PA

Iguarapé-Açú

Banda Nova Harmonia

PA

Inhangapi

Banda Municipal de Inhangapi

PA

Itupiranga

Banda Municipal de Itupiranga

PA

Livramento

Asssociação dos Musicos de Livramento

PA

Marabá

Banda Waldemar Henrique

PA

Marabá

Banda Shalom

PA

Maracanã

Banda de Música. Clube Musical Eládio DAlmeida

PA

Marapanim

Banda de Música Santa Cecília - Marapanim

PA

Marapanim

Banda de Música Progresso Marudaense

PA

Marapanim

Associação Comunitária e Escola de Música Perseverança

PA

Melgaço

Banda de Música Pedro Castro Pacheco

PA

Mocajuba

da de Música Severo Farias

PA

Moju

Banda Mirim Divino Espírito Santo

PA

Muaná - Marajó

Banda de Música da Prefeitura de Muaná

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Banda da Associação Musical Antonio Malato (AMAM), fundada em Ponta de Pedras (Marajó)

Banda de Música Municipal Diego Cotes de Moraes, de Uruará

cais prezam por essa interação e fazem questão de carregar o nome do município por onde se apresentam. Enquanto os moradores se dizem orgulhosos de serem representados por essas corporações. Além do entretenimento que proporcionam as sociedades civis carregam também o papel do resgate cultural presente e da manutenção daquilo que faz a história de uma cidade. Dessa forma, os moradores antigos podem reviver suas memórias ao ouvirem a banda tocar, e os novos conhecer essa cultura que ultrapassa gerações. As bandas constroem espaços de sociabilidade, a�irmando uma determinada cultura e identidade, revelam um ambiente de trocas e apropriações culturais. A cultura das bandas é, sem dúvida alguma, uma fonte importante de identidade local, além de constituir uma estratégia de luta pelo reconhecimento dessa identidade. Pará+

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Oriximiná

Banda de Música Municipal de Oriximiná

Ourém

Escola de Músicade Ourém

PA

Ourilândia do Norte

Banda Sinfônica de Ourilândia

PA

Ourilândia do Norte

Banda de Música Municipal de Ourilândia do Norte

PA

Paragominas

Banda de Música Municipal Daniel Nascimento

PA

Pau dArco

Banda de Música Municipal de Pau dArco

PA

Ponta de Pedras

Banda Antônio Malato

PA

Portel

Escola de Música de Portel

PA

Porto de Moz

Escola de Música de Porto de Moz

PA

Redenção

Banda de Música Municipal de Redenção

PA

Rio Maria

Banda Heitor Villa-Lobos

PA

Rondon do Pará

Escola de Música Antonio Soares de A. Filho

PA

Rurópolis

Escola de Música de Rurópolis

PA

Salinópolis

Banda de Música 14 de Abril

PA

Salinópolis

Banda de Música de Salinópolis

PA

Santa Luzia do Pará

Banda de Música Municipal de Santa Luzia do Pará

PA

Santa Maria das Barreiras

Banda de Música Arco-Íris - Stª Maria das Barreiras

PA

Santana do Araguaia

Banda de Música Municipal de Santana do Araguaia

PA

Santarém

Filarmônica Municipal Prof. José Agostinho

PA

Santarém Novo

Banda de Música Municipal de Santarém Novo

PA

Santo Antônio do Tauá

Escola de Música Santo Antônio do Tauá

PA

Santo Antônio do Tauá

Banda de Música Clube Musical Prof. Leonardo Leal

PA

São Félix do Xingu

Banda de Música de São Félix do Xingu

PA

São Francisco do Pará

Banda de Música de São Francisco do Pará

PA

São João da Ponta

Escola de Música Dr. Dionísio Bentes

PA

São João da Ponta

Banda de Música Municipal de São João da Ponta

PA

Senador José Porfírio

Escola de Música de Senador José Porfírio

PA

Terra Santa

Banda de Música Municipal de Terra Santa

PA

Trairão

Banda de Música Municipal de Trairão

PA

Uruará

Banda de Música Municipal Diego Cotes de Moraes

PA

Vigia Vigia Vigia

Clube e Banda de Música 31 de Agosto Clube de Música União Vigiense Sociedade Musical Portosalvense 25 de

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PA

Vigia Vigia Viseu Vitória do Xingu

Dezembro - Vigia

Banda Maestro Vale Instituto de Música e Arte Show Vigia Banda de Música Municipal de Viseu Escola de Música de Vitória do Xingú

Além disso, as bandas são conjuntos associados ao espaço público, ocupado por uma coletividade. Com elas, os eventos públicos ganham um novo e poderoso ingrediente, sendo este capaz de mobilizar uma parcela signi�icativa da população, despertando sentimentos coletivos.

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Projeto Bandas Desde 1976, a FUNARTE mantém o Projeto Bandas, para apoiar essa tradição. O projeto atende aos conjuntos de sopro e percussão, tradicionalmente designados como “bandas de música”, organizados, na forma da lei, como bandas civis, e que não se confundem com “bandas de rock”, “bandas de pagode”, “bandas folclóricas” etc. Estão também excluídas do Projeto as fanfarras e as bandas marciais de estabelecimentos de ensino públicos ou privados, as tradicionais “bandas de pífanos” nordestinas (com seu instrumental específico), os conjuntos musicais de instituições religiosa e as bandas militares e assemelhadas. Além de organizar o cadastramento das bandas, o projeto faz a doação de instrumentos musicais de sopro, promove o aperfeiçoamento prático e teórico de mestres e instrumentistas, realiza o�icinas de iniciação à manutenção e reparo de instrumentos de sopro, edita e distribui partituras de músicas de compositores brasileiros, especialmente arranjadas para bandas. Essas ações são desenvolvidas pela Funarte em parceria com instituições culturais estaduais, municipais e privadas de todo o país. Banda de Altamira

Instituto de Música e Arte Show Vigia, sob a regência do maestro Vale

Banda Maestro Vale em uma apresentação em Brasilia

História das bandas

Século XVIII - Surgem, no Rio de Janeiro, as primeiras bandas de música, formadas por barbeiros – escravos em sua maioria -, que tocavam fandangos, dobrados e quadrilhas, em festas religiosas e profanas. 1831 - São criadas as bandas de música da Guarda Nacional, e esta arte se espalha pelo país. 1896 - Anacleto de Medeiros funda a mais famosa de todas as bandas de música: a do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Século XX - As bandas de música se transformam em uma das mais populares manifestações da cultura nacional: onde havia um coreto, existia uma bandinha, orgulho da cidade. Nas bandas, formaram-se músicos profissionais e amadores, eruditos e populares, como Patápio Silva, Anacleto de Medeiros e Altamiro Carrilho, entre muitos outros. As bandas também foram um centro gerador de novos gêneros musicais e de um vasto repertório de chorinhos, marchas e dobrados. Com o desenvolvimento da cultura de massa, porém, esta rica e alegre tradição brasileira começou a correr sério risco de extinção.

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Movimento

República de Emaús

Em movimento sempre pelo bem Fotos Antônio Silva/Ag. Pará, Arquivo MRE

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cada dificuldade, vem mais coisas boas”. A frase é da coordenadora executiva do Movimento de Emaús, Graça Trapaça. E não é à toa. O movimento criado na década de 70 segue firme e forte nas ações que desenvolve junto a crianças e adolescentes. Para a maioria da s pessoas, a principal referência sobre o Movimento República de Emaús é a Grande Coleta, que acontece em setembro. Centenas de voluntários percorrem as ruas da cidade com caminhões recolhendo móveis, eletrodomésticos e

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aparelhos eletrônicos, livros, revistas, roupas... Enfim, qualquer coisa que as pessoas queiram doar. Mas a Grande Coleta é apenas Graça Trapasso, Sandra Assuncao e Georgina Kalife: períodos de dificuldade são enfrentados com muita força e união

uma das ações da campanha de Emaús, que dura o ano inteiro. “Conseguimos levar até a população a problemática vivida pelas crianças e adolescentes, mostrar que muita coisa precisa ser feita. As pessoas recebem a informação e podem ajudar com as doações”, avalia Graça. Doações que podem ser feitas durante o ano todo e que garantem a manutenção do trabalho social. Outra fonte de recursos para isso é o programa Sócio Solidário, em que as pessoas podem contribuir com qualquer valor. A campanha de Emaús e o programa Sócio Solidário representam 40% do que é necessário para o movimento manter as atividades. Os outros 60% vem de captação de recursos em projetos específicos. Vários desses projetos estão em fase de renovação. “Mas não podemos parar o trabalho e desmobilizar a equipe”, explica Graça Trapaça. Por isso, esses períodos de dificuldade são enfrentados com muita força e união. Além do atendimento direto em suas três sedes nos bairros do Bengui, Jurunas e Umarizal, o movimento também desenvolve www.paramais.com.br

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A coleta mobilizou cerca de 36 equipes, cada uma com 11 voluntários

As doações significam mais do que se livrar de objetos quebrados… Arte de Viver atende cerca de 80 adolescentes com idades de 12 a 18 anos

crática de participação de todas as crianças, adolescentes e educadores, e Emaús para expressar o desejo de chegar a uma sociedade justa e com direitos universais. O Movimento de Emaús atua em várias frentes de trabalho. São elas: Cedeca-Emaús, República do Pequeno Vendedor, Cidade de Emaús, Campanha de Emaús e Programa Sócio-solidário (Prossol).

Os primeiros passos

ações descentralizadas em empresas, outras ONG´s, em escolas e em outros municípios do Pará. Ainda há uma atuação política e de mobilização, que abrange estratégias e ações municipais, estaduais, nacionais e internacionais. Atualmente, o Movimento de Emaús atende diretamente cerca de 2 mil crianças, adolescentes e suas familias.

Sirva-se a vontade...

Emaús O nome do Movimento de Emaús é uma referência à passagem bíblica (Lucas, 24, 13-33) que retrata o caminho de Emaús, uma exaltação à solidariedade que transforma, por meio de um diálogo entre Jesus Cristo e os discípulos. Neste sentido, Movimento significa estar em constante ação, República para expressar a organização demo-

Alice’s

Os primeiros esforços do que depois ficou conhecido como Movimento República de Emaús surgiram em Belém, com um grupo de jovens e o padre Bruno Sechi. O ano era 1970 e aquele grupo montou na Ladeira do Castelo, uma rua do centro histórico de Belém, o chamado Restaurante do Pequeno Vendedor. A idéia era usar a hora do almoço para atrair meninos que vendiam frutas, sacolas e outros produtos na feira do Ver-O -Peso e, por isso, não estudavam, eram perseguidos pelo “rapa” e tratados como marginais pela sociedade e órgãos públicos. Arredios em princípio, logo os meninos perceberam que entre aquelas pessoas existia um sentimento com o qual eles não estavam acostumados, a solidariedade capaz de transformar suas vidas. No ano seguinte, 1971, o grupo já aglutinava mais de 150 meninos. Desse modo nasceu a República do Pequeno Vendedor e os princípios, até então inéditos, mas depois adotados no Brasil

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inteiro, da educação de rua. O Movimento República de Emaús foi fundado em 10 de setembro de 1971. Em 1972, aconteceram as primeiras grandes mudanças na República. Com a doação de um terreno entre as travessas Apinagés e Padre Eutíquio, no bairro do Jurunas, foi construída a primeira sede oficial do Movimento. Isso atraiu mais meninos e a solução encontrada para garantir a sustentação do grupo foi a de sair às ruas pedindo doações. Nascia assim a Grande Coleta de Emaús. Em 1978, a República do Pequeno Vendedor já reunia 400 meninos. O trabalho inspirou a criação do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, que existe até hoje em todo o País. Em 1980, como ação política de enfrentar o trabalho infantil de rua garantindo a permanência na comunidade da família na comunidade, o Movimento estende suas ações

Jovens em Curso que garante inclusão social com empregabilidade

Qualificação de adolescentes na área de informática

até o bairro do Bengui, onde foi construída a Escola Cidade de Emaús. A escola funcionava em regime de convênio com a rede pública estadual, mas desenvolvia uma metodologia inspirada na pedagogia da educação popular de Paulo Freire e montessoriana. de valorização do conhecimento popular e respeito à vivência das crianças. O método de ensino na Escola de Emaús e o surgimento da Escola Produção, uma experiência extracurricular com os alunos e suas famílias, proporcionou as primeiras atividades com adolescentes e famílias do bairro do Bengui e lançou as bases de todo o trabalho que vem sendo feito no bairro desde então. Em 1983, foi criado o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca-Emaús), o primeiro centro de defesa do Brasil e que inspirou a criação de mais de 30 centros em vários estados do Brasil. O Cedeca-Emaús nasceu da necessidade de defender juridicamente crianças e adolescentes com direitos civis ameaçados. A experiência educativa do Movimento inspirou a proposta do programa Conquistando a Vida, que reuniu 20 entidades, que atuavam com meninos e meninas em situ-

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Adolescente Aprendiz

Percorrendo os bairros de Belém coletando vários objetos

ação de rua. Na área de profissionalização, o MRE foi a entidade âncora (signatária) do Programa Consórcio Nacional da Juventude (Wapokai), do Ministério do Trabalho e Renda, que reunia mais de 20 entidades.

Arte de Viver

O Arte de Viver foi o primeiro projeto do Emaús voltado para o enfrentamento da violência sexual contra adolescentes do sexo feminino, que estavam em situação de

rua na área do Ver o Peso ou feiras do Jurunas, em Belém. O projeto começou em 1993 com um grupo de 10 meninas moradoras de rua. A metodologia utilizada foi a reciclagem de bonecas e brnquedos de pelúcia, como uma espécie de laboratório para que as jovens possam refletir sobre sua própria condição e meios de reação. Atualmente, o Arte de Viver atende cerca de 80 adolescentes com idades de 12 a 18 anos e ainda mantém a metodologia de usar a arte para mudança pessoal e social.

Projeto baseado nas premissas da Lei federal 10.097/2000, que prevê a atividade profissional de adolescentes maiores de 14 anos em condições específicas e com o objetivo de preparar adolescentes para o exercício profissional e adequada inserção no mundo do trabalho, oferecendo-lhes capacitação e garantindo inclusão social com empregabilidade e em condições que o trabalho dignas que não impossibilitem o crescimento profissional, e a formação dos jovens. Atualmente, o projeto Adolescente Aprendiz atende 141 adolescentes em 23 empresas de Belém.

Jepiara

Jepiara é o programa responsável pelas ações de enfrentamento a violência sexual contra crianças e adolescentes, englobando aí o tráfico de pessoas, a exploração sexual e o abuso sexual. O Jepiara foi lançado em 2004 e mantem os subprojetos: Jepiara na Rua, campanha dos hotéis, enfrentamento ao tráfico, além da representação em instâncias de controle social. Atualmente atende diretamente cerca de 180 crianças e adolescentes vítimas e/ou vulneráveis aos crimes sexuus. O projeto está alocado no Cedeca-Emaús,

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mas é gerido por um comitê de 19 entidades. Palavra que significa “defender-se” em tupi guarani, o programa atua de forma descentralizada em todos os eixos do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes com ações de prevenção, atendimento e responsabilização. O trabalho é descentralizado em bairros de Belém e municípios do interior, além da atuação nacional e internacional em função das especificidades de situações como o tráfico de pessoas.

Petid

Programa de Enfrentamento ao Trabalho Infantil Doméstico, o Petid atua diretamente no enfrentamento dessa modalidade de violação de direitos. O Petid foi lançado em Para se tornar um sócio solidário, basta ligar para os telefones 32389455 ou 88304706.

2000 e também é desenvolvido por um comitê assessor formado por 17 organizações. O programa atende crianças e adolescentes trabalhadores domésticos, buscando resgatar direitos como a educação, saúde, lazer e profissionalização. Também atua na prevenção, fortalecendo os vínculos de crianças e adolescentes com suas famílias, escola e comunidade. Outra prioridade é o fortalecimento da rede de parcerias, já que Governo, sociedade e empresários têm papel fundamental para a erradicação do trabalho.

PPCAM

Programa responsável pelas ações de proteção de crianças e adolescentes ameaçados de morte. Seu principal objetivo é preservar a vida, garantindo, na medida do possível, os vínculos familiares e afetivos, bem como a inserção social segura. Entre

Com o objetivo de preparar adolescentes para o exercício profissional e adequada inserção no mundo do trabalho

os objetivos do projeto estão também a garantia de acesso à saúde, educação e demais serviços, direitos, em geral, ausentes entre adolescentes envolvidos em violência. Outro objetivo é desenvolver as redes de serviço de atendimento além da capital, garantindo o acesso descentralizado.

Procon

Fazer com que jovens dos bairros do Bengui, Jurunas e Terra Firme atuem como multiplicadores dos direitos dos consumidores, por meio de atividades artísticas e esportivas. Esse é um dos objetivos da parceria entre o Procon-PA e o Movimento República de Emaús, por meio de recursos

Grande Coleta de Emaús 2012

>> Aconteceu no domingo, 30 de setembro. A ação foi promovida em 10 bairros de Belém, arrecadando objetos, roupas e alimentos. A coleta mobilizou cerca de 36 equipes, cada uma com 11 voluntários. Foram quase 400 pessoas percorrendo os bairros de Belém coletando vários objetos. A coordenadora da coleta, Inácia Winholt, disse que a arrecadação de 2012 teve como tema “Não à letalidade dos jovens”. O idealizador do projeto, padre Bruno Sechi, explica que as doações significam mais do que se livrar de objetos quebrados. “O ato de doar é uma forma de contribuir para a manutenção dos nossos projetos que já duram 40 anos, mas também uma forma de aderir à causa da infância e da juventude com ações concretas que mudam a realidade.”

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do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça As ações partem dos princípios do artigo 4º do Código de Defesa do Comsumidor, que relaciona o tema à cidadania, o respeito à dignidade, saúde e segurança.

Projeto Famílias

A atenção às famílias é uma parte essencial dos projetos do Emaús. Atualmente, as mães dos meninos e meninas que participam dos projetos do Bengui participam de várias iniciativas, a maioria delas voltadas para a geração de renda e aprendizado profissional. Entre as iniciativas está o salão de beleza, organizado lá mesmo no bairro do Bengui onde as mulheres oferecem serviços de corte e embelezamento ao público em geral. Também no Bengui funciona o ateliê de corte e costura, em que as mulheres produzem uniformes e roupas em geral sob encomenda. Cerca de 50 pessoas participam dos projetos com as famílias.

Projeto Marajoara

Projeto de qualificação de adolescentes na área de informática. Por meio desse projeto, os adolescentes são beneficiados com

cursos gratuitos custeados pela empresa pública Infraero. O projeto está na terceira turma e já beneficiou 60 jovens. O objetivo é que os jovens saiam do curso capacitados como usuários de programas como Word, Excel, Power Point e outros, além de desenvolverem habilidades para usar a internet como instrumento de trabalho/pesquisa.

Padre Bruno Sechi, idealizador do projeto República de Emaús

Projeto Prodepa

A Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa) é parceria no projeto que ajuda os meninas e meninas a se integrarem com as atividades de informática. Por meio do projeto, os alunos aprendem noções básicas de informática, como as ferramentas do Windows, a manusear diversos programas. Também há um foco inportante no aprendizado de ações de suporte e manutenção de micros.

Campanha de Emaús

As doações podem ser feitas durante todo o ano. Basta levar os objetos para a Cidade de Emaús, no bengui, ou ligar para 32792700, que o Movimento manda buscar a doação. Todos os móveis e equipamentos são

recuperados e vendidos por preços simbólicos na lojinha da Cidade de Emaús e nas feiras realizadas duas vezes por mês. SERVIÇO: SÓCIO SOLIDÁRIO PARA SE TORNAR UM SÓCIO SOLIDÁRIO, BASTA LIGAR PARA OS TELEFONES 32389455 OU 8830-4706. O DOADOR RECEBERÁ TODAS AS INFORMAÇÕES A RESPEITO DO MOVIMENTO E TERÁ A TRANQÜILIDADE DE SABER COMO O RECURSO DOADO SERÁ APLICADO.

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Jornada destaca relação do homem

amazônico com povos indígenas

Dança Indígena na Festividade Cultural representando a união dos povos

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relação entre quem nasce e vive na Amazônia e os povos tradicionais é inegável. Mas se as realidades dos moradores dos centros urbanos e os povos indígenas parecem distintas, a II Jornada dos Povos Indígenas promovida pela Faculdade Estácio do Pará (FAP), comprova que índios e civilizados estão cada vez mais próximos. A programação reuniu performances, exposições, palestras e debates. O evento foi criado a pedido de estudantes indígenas que deixaram suas tribos para cursar o nível superior em faculdades de Belém, para viabilizar um intercâmbio entre os estudantes e os povos indígenas, com a transmissão de informações da cultura tradicional e o desenvolvimento e a integração do ensino com a sociedade. E foram os estudantes de jornalismo da FAP que mais se identificaram com a idéia. Fizeram a primeira jornada em 2012 e em abril deste ano, realizaram a segunda edição do evento, com debates sobre o financiamento público para grandes obras de hidrelétricas em territórios indígenas. “É uma aproximação mais ampla entre estudantes e indígenas, que permeia as questões mais polêmicas que mobilizam a sociedade e motiva os estudantes a participarem ativamente desses debates”, explica a

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professora Viviane Mena, coordenadora da jornada. Paulista radicada em Belém há oito anos, a professora Viviane nem pensa em deixar a Amazônia. Durante os dias do evento, ela e os alunos de comunicação da FAP incorporaram as raízes indígenas que fazem parte da história do Brasil, com pinturas na pele e adereços. Incorporaram também o discurso em deIntegrante do JUCI na jornada dos povos indígenas

fesa dos povos tradicionais, mas com técnica e conhecimento científico. “Afinal, o evento é promovido por uma faculdade de comnunicação e o que queremos é gerar maneiras de sensibilizar a sociedade para essa questão como comunicólogos”, explica Viviane. “A Jornada mostra aos estudantes que os cidadãos nascidos na Amazônia sempre terão uma relação direta com os povos indígenas da região, independente de onde esses cidadãos possam estar no mundo. Na programação estimulamos a criatividade dos alunos a partir da cultura indígena, dos elementos da vida amazônica, porque essa cultura indígena corresponde a autoestima do cidadão da Amazônia que deve ser valorizada, preservada”, afirmou a coordenadora da Jornada na FAP, professora de Jornalismo Viviane Mena Barreto. Foi assim que vários produtos foram criados para levar a mensagem de preservação dos povos indígenas. Revistas em quadrinhos para a comunicação lúdico midiática, documentários nas aldeias que viraram artigos acadêmicos que serão apresentados no Intercom, encontro que reúne estudantes e professores de comunicação de todo o Brasil. “A ideia é ter esse diálogo entre o local e o global e nos conectarmos para ampliar as discussões”, avalia Viviane Mena. www.paramais.com.br

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Consciência ecológica tecnologia agroflorestal e juventude se unem

relato sobre como estão as aldeias indígenas afetadas por Belo Monte. “Participar de um encontro como essa jornada é um apoio muito importante, porque o movimento indígena está muito fragilizado. A comunidade indígena vem sofrendo um processo de criminalização, como se os índios fossem vilões, um obstáculo ao desenvolvimento”, lamenta Juma Xipaya. “lutamos pela nossa sobrevivência”, avalia ela. No entorno das obras de Belo Monte existem 38 aldeias de nove etnias; Xipaya, Curuaya, Araras, Jurunas, Paracanãs, Parauetés, Assurinis, Xicrim e Arueté. “A disseminação da informação, principalmente pelas redes sociais, é fundamental para que a questão seja conhecida. Mesmo que Belo Monte seja consumada, continuamos lutando”, garantiu a indígena.

Movimento social A professora explica que a partir da jornada, os estudantes iniciaram um processo de reetnização e resgate das tradições indígenas e da história de cada um na genealogia. “É interessante pensar que todos nós temos essa descendência, mas isso se perdeu ao longo das gerações. Vamos buscar esse encontro com nossa memória ancestral, utilizando todas as ferramentas da comunicação para isso”, afirma.

Da aldeia para o mundo

Juma Xipaya deixou a aldeia, na margem do rio Iriri, afluente do rio Xingu, em Altamira, para estudar na Universidade Federal do Pará. A indígena vivencia a luta dos povos tradicionais da região contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte e, agora, de outros projetos hidrelétricos anunciados pelo Governo Federal. Ela é uma dos 23 indígenas que cursam nível superior na UFPA e apresentou um

A aproximação dos universitários indígenas e não indígenas de Belém pôs em evidência as afinidades ideológicas entre eles, que se uniram para criar o movimento JUCI – Juventude Universitária pelas Causas. O aluno Mateus Breyer, 24 anos, do 3º período do curso de Jornalismo da FAP e ativista da Juci, informou que o movimento nasceu em 2012 a partir dos contatos com as etnias tembé, baré, parkatêjê e outros povos indígenas. De acordo com Mateus Breyer, o JUCI é um grupo de comunicação que tem como objetivo fomentar através da informação o debate a cerca das questões indígenas e amazônicas. A integração deu certo e hoje a JUCI vivencia in loco a cultura indígena tentando sempre através da informação esclarecer tanto indígenas quanto não indígenas sobre a realidade amazônica. “O que esperamos é defender e propagar toda informação acerca da Amazônia e seus povos tradicionais”, destaca Mateus. A meta vem sendo cumprida com sucesso. Os universitários indígenas e não indígenas viajaram ao Rio de Janeiro no ano passado para

Durante o Fórum Juventude por Capacitação

participar da Conferência Internacional da ONU sobre desenvolvimento sustentável, a Rio+20. A React and Change, organização não governamental brasileira com atuação internacional criada em 2009 no Congresso da ONU também se interessou pelo trabalho dos estudantes paraenses. Durante o Fórum Juventude por Capacitação, promovido pela ONG, Mateus Breyer participou de um dos workshops realizados, sobre sustentabilidade contra a desigualdade de gênero e a parte juvenil. “A interação foi muito proveitosa, 700 jovens de todo o Brasil se inscreveram e 20 foram selecionados pela React and Change. Nosso trabalho com o JUCI foi um dos escolhidos”, comemora Mateus. “Esses 20 projetos selecionados estão sendo mapeados pela ONG e o que demonstrar maior impacto na localidade onde atua será levado para Washington (EUA), em setembro, para ser apresentado na ONU”, diz o estudante.

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“Kd a Berlinda?”, da Prodepa, é finalista do 5º Prêmio Tela Viva Móvel No Círio 2012, graças à ferramenta criada pela Prodepa, a movimentação da berlinda que conduz a imagem de Nossa Senhora de Nazaré foi acompanhada em tempo real

para o cidadão. “Isso demonstra a qualidade do pessoal da Prodepa, e que boas ideias, bem executadas em um timing perfeito, podem fazer a diferença”, resaltou Theo Pires. O site “Kd a Berlinda?” recebeu no período do Círio mais de 20 mil acessos, de diferentes países. E a equipe da Prodepa já está trabalhando para aprimorar o aplicativo, que poderá ter novidades em 2013.

A indicação trouxe satisfação e confiança aos envolvidos no projeto Texto Natia Ney* Fotos Arquivo Ag/Pará; ASCOM PRODEPA; Cristino Martins e Eunice Pinto/ Ag. Pará

“K

d a Berlinda?”, ferramenta desenvolvida pela Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), com a qual os romeiros puderam acompanhar em tempo real a localização da berlinda no Círio 2012, é um dos cases finalistas do prêmio Tela Viva Móvel, na categoria Governo. O serviço foi oferecido desde a primeira das 11 romarias que integram a Festividade do Círio, incluindo o traslado da imagem de Nossa Senhora de Nazaré para Ananindeua (na Região Metropolitana de Belém). Foram acompanhadas as romarias rodoviária e fluvial, a motorromaria, a Trasladação e a grande procissão, no segundo domingo de outubro. Dez profissionais, entre técnicos e engenheiros, trabalharam nos três primeiros dias, nas principais procissões. De acordo com Anderson Góes, gerente de Tecnologia e Inovação da Prodepa, o projeto surgiu com a ideia de responder à pergunta que todos fazem durante o Círio de Nazaré. “Todos querem saber onde está a berlinda, para melhor se locomover”, afirmou. O “Kd a Berlinda” é um sistema georreferenciado, no qual as coordenadas da berlinda são capturadas por GPS, em tempo real, e 46

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Para o presidente da Prodepa, Theo Pires, estar entre os finalistas da premiação é um reconhecimento ao trabalho e ao esforço da empresa em prover serviços de tecnologia para o cidadão

transmitidas pela rede 3G para um servidor. No site http://www.kdaberlinda.pa.gov.br, acessível por qualquer dispositivo móvel ou computador, foi possível acompanhar o trajeto percorrido e o tempo.

Reconhecimento

Para o presidente da Prodepa, Theo Pires, estar entre os finalistas da premiação é um reconhecimento ao trabalho e ao esforço da empresa em prover serviços de tecnologia

“Independentemente do resultado da votação, só de sermos indicados já é uma premiação. O ‘Kd a Berlinda?’ tem inovação tecnológica e relevância social para competir de igual para igual”, frisou Anderson Góes, para quem a indicação tem, ainda, outro papel. “Esperamos que essa indicação incentive a Prodepa e outras entidades paraenses para a divulgação de seus trabalhos, pois existem muitos projetos que não são mostrados ao público externo”, disse ele. O prêmio faz parte do evento Tela Viva Móvel, que envolve criadores, anunciantes, fornecedores e diferentes tipos de usuários e tecnologias, aproximando esse mercado das empresas que buscam soluções de mobilidade. Temas atuais do mercado de conteúdo móvel, música, games, vídeos, redes sociais, localização, mobile marketing e mobile advertising fazem parte das discussões.

Conteúdo

A premiação, que destaca os melhores projetos de conteúdo para celulares e tablets de todo o Brasil, já está em sua quinta edição. O júri do 5º Prêmio Oi Tela Viva Móvel, composto por seis jornalistas especializados - André Mermelstein, da Tela Viva; Bruno Rosa, de O Globo; Cristina de Luca, do IDG Now!; Elis Monteiro, da Mobile Xpert; Fernando Paiva, do Mobile Time, e Nick Ellis, do MeioBit e TechTudo -, analisou www.paramais.com.br

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A ferramenta desenvolvida pela Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa), foi uma das finalistas do prêmio Tela Viva Móvel

quase 200 cases inscritos. Na avaliação foram considerados três critérios principais: criatividade e inovação; relevância para o mercado brasileiro de conteúdo móvel, e resultados obtidos. A partir da média das notas concedidas pelos seis jurados foram definidos quatro finalistas, em cada uma das 13 categorias existentes. A votação popular acontecerá até 12 de maio. Para votar é preciso acessar http:// telavivamovel.com.br/votacao, escolher o case favorito, informar o e-mail e validar o voto. É permitido apenas um voto por e-mail e por categoria. O case mais bem votado em cada categoria ganhará um troféu referente à escolha popular. Será dado também um troféu para o case mais bem avaliado pelo júri, em cada categoria. Os vencedores serão conhecidos em uma cerimônia de premiação na noite de 16 de maio, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, após os debates do primeiro dia do seminário Tela Viva Móvel.

Para votar é preciso acessar http://telavivamovel.com.br/ votacao,

O “Kd a Berlinda?” teve o apoio da Polícia Federal, Diretoria do Círio de Nazaré, Secretaria de Estado de Turismo (Setur), Companhia Paraense de Turismo (Paratur)

e Secretaria de Estado de Comunicação (Secom). (*) Prodepa

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A primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Pará foi iniciada em 1º de maio

Rebanhos do Pará já estão sendo

vacinados contra a febre aftosa Os rebanhos bovino e bubalino do Pará já estão recebendo a vacinação contra a febre aftosa, na primeira etapa da campanha realizada pela Adepará

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Rebanhos do Pará já estão sendo vacinados contra a febre aftosa.indd 48

Texto Andréa Ferreira* Fotos Ascom Adepará

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primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Pará foi iniciada em 1º de maio. A vacinação do rebanho de bovinos e bubalinos, que prossegue até 31 de maio, só ainda não está sendo realizada nos municípios do Arquipélago do Marajó e nos municípios de Faro e Terra Santa, no oeste paraense. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará), responsável pela campanha, investirá R$ 243.588,00 no combate à doença em 2.383 propriedades rurais, que estão em áreas consideradas de maior risco para a doença. A Adepará acompanha o trabalho para garantir que todo o processo de vacinação atenda às metas da Agência, a qual mobiliza mais de 520 servidores na campanha. Esta etapa abrangerá 105.363 propriedades rurais. De acordo com Elton Toda, gerente do Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (Pnefa), da Adepará, o próprio produtor rural compra a vacina e faz a www.paramais.com.br

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aplicação. Ele reafirmou que a vacina contra aftosa não oferece risco à saúde pública. “É uma vacina atenuada”, disse o gerente. Segundo Elton Toda, o produtor rural deve ser cadastrado pela Adepará e comprar a vacina em revendedora credenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Também é obrigatório verificar se as vacinas estão armazenadas na temperatura correta, entre 2º e 8ºC; utilizar uma caixa térmica com gelo e lacre; manter a vacina no gelo até o momento da aplicação e usar agulhas novas, adequadas e limpas. O lugar correto da aplicação é na “tábua do pescoço”, podendo ser no músculo ou embaixo da pele. O proprietário que não participar da campanha será autuado pela não vacinação dentro do prazo.

Notificação

A notificação de vacinação deve ser feita 15 após dias o encerramento da campanha. O produtor deve comparecer ao escritório da Adepará levando a declaração de vaci-

Esta etapa abrangerá 105.363 propriedades rurais

nação e a nota fiscal de compra das vacinas. A Adepará realizará a busca aos que não fizeram a vacinação. “Como estamos há mais de 10 anos sem foco de aftosa, tem produtor que acha desnecessária a ação”, frisou Elton Toda. A vacinação é obrigatória em todo o país,

O lugar correto da aplicação é na “tábua do pescoço”, podendo ser no músculo ou embaixo da pele

exceto em Santa Catarina, Estado considerado zona livre de febre aftosa sem vacinação. No Pará, 44 municípios localizados nas regiões centro-sul, sudeste, sudoeste e sul, já estão em zona livre de febre aftosa com vacinação, desde 2007. A expectativa do Ministério da Agricultura é que 166 milhões de cabeças sejam vacinadas nesta primeira etapa. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Ênio Marques, o sucesso da campanha depende também da participação ativa dos produtores. “Estamos próximos de reconhecer o Brasil como livre de aftosa com vacinação, mas para isso é necessário que os produtores também colaborem, vacinando corretamente o gado e mobilizando os vizinhos para a campanha”, destacou. A febre aftosa é uma doença contagiosa e se espalha rapidamente. Os sintomas são febre, aftas na boca, nas tetas e entre as unhas; isolamento e salivação excessiva. Os animais também começam a mancar, a ter os pelos arrepiados e a parar de comer e beber. A comunidade internacional estabelece barreiras comerciais à carne oriunda de regiões onde ainda ocorrem a febre aftosa, causando prejuízos econômicos e sociais a países produtores. (*) Adepara

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Livrerá 100 de A % ftosa

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Rebanhos do Pará já estão sendo vacinados contra a febre aftosa.indd 49

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CAMILLO MARTINS VIANNA*

(*) SOPREN/ SOBRAMES

O boi branco das

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dunas de Curuçá

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m dos personagens mais famosos e falados das dunas de Curuçá, o Boi Branco é bastante requisitado pelos moradores e veranistas desse município tão falado da costa do Pará, situado na chamada região do Salgado, que corresponde à faixa de terra banhada pelas águas do Atlântico, que começa a ser denominado de oceano azul. Pois bem, o tal personagem nas noites de lua cheia, aparece para, digamos, bordejar, nas referidas dunas da beira d’água. Trata-se, nada mais nada menos, que um lustroso boi branco de bom tamanho que apresenta igualmente outras características que o tornam mais diferente ainda, tais sejam, os chifres caídos para a frente podendo, por isso, fazer com que o bicho seja chamado de boi banana, além de ser orelhudo de marca e sinal, ou seja, não possui nenhum documento que o identifique e como é comumente denominado na ilha do Marajó, o gado do governo, que pode ser laçado por qualquer vaqueiro, possui ainda os bagos bem grandes e é rabudo de cauda. Outra peculiaridade é que, durante a noite, com a lua bem cheia, os olhos do bicho ficam extremamente brilhosos e o cupim, ou seja, aquela cucuruta muito comum em qualquer gado, mas que nele é bem avantajada. Como já foi dito, nessas noites, quando o pessoal da comunidade vai passear nas dunas arenosas, o boi brancoso muge aqui e ali para pura e simplesmente, desaparecer em seguida, daí porque, ser igualmente conhecido como boi fantasma, assustando cada vez mais os mais distraídos.

Boi branco de bom tamanho, nas dunas de Curuçá

Uma coisa é curta e certa, ninguém sabe a quem pertence o tal animal, de onde ele veio e onde se agasalha durante o dia e até mesmo se tem alguma companheira ou alguém que não tenha até hoje levado um susto daqueles, e dar sebo nas canelas, como se diz por lá. A estória do boi esbranquiçado já é bem longa e, prati-

Praia da Romana, em Curuçá, município da costa do Pará, região do Salgado, banhada pelas águas do Atlântico. A 70 km da cidade de Castanhal e 140 Km de Belém 50

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CAMILLO VIANNA - O boi branco das dunas de Curuçá.indd 50

camente, bem poucos ou quase ninguém, não o conhece, tanto que determinado dia, ou melhor, noite, parece que o brancão fica mais alvoroçado, mugindo cada vez mais forte e é aí que os notívagos praianos desaparecem sem contar conversa. Por falar nisso, está ocorrendo um fato bastante interessante por lá, bastando dizer que num desses dias, o mestre padre reverendo compareceu para rezar ladainha, acompanhado do sacristão, inúmeras beatas e bem umas quantas velas acesas, além da campainha da própria igreja. Toda a movimentação era para dar sumiço no boieco e que acabou não dando certo, ficando acertado, devido o fracasso da empreitada, que a única solução era pedir emprestado ao praça da guarnição um clavinote (carabina) desses boca de sino para quando o boião fosse encontrado alguém pudesse sentar fogo de bagas grande de chumbo que com certeza, na opinião de todos, seria “pá te acomoda”. Seja por isso, ou por aquilo, a vivência do bicho continua grossa e avultada e que ainda se escuta à miúde por aquelas paragens. Pela parte que me toca, as poucas vezes que tornei por lá, não me incomodei em procurar o dito animal deixando o boizão na Santa Paz do Senhor, mesmo ouvindo a população comentar cada vez mais o assunto. Felizmente por onde tenha andado por esses rincões da Amazônia, nunca dei de encontro com um animal fantasma, principalmente outro boi, seja lá que de que cor, tamanho ou mugido. www.paramais.com.br

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